ACIDENTE DE TRABALHO NO BRASIL WORK ACCIDENTIN IN BRAZIL

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "ACIDENTE DE TRABALHO NO BRASIL WORK ACCIDENTIN IN BRAZIL"

Transcrição

1 1 ACIDENTE DE TRABALHO NO BRASIL WORK ACCIDENTIN IN BRAZIL Cláudia Cristina Galvão de Oliveira Lucilene Tizo Petri Aline Fagundes dos Santos RESUMO: No Brasil, a 1ª norma infortunística surgiu em 1919, mas antes já havia referências como nas Ordenações Filipinas. O Código Comercial Brasileiro de 1850, Lei 556, de , foi a 1ª norma legal a dar orientação sobre os infortúnios. Mesmo já havendo referências sobre a matéria infortunística, a Constituição Federal de 1891 não fez qualquer menção. A partir daí, surgiram diversas normas regulando a matéria, até que a Lei n.º 8.213/91, no artigo 21-A, trouxe importante inovação que facilitou o enquadramento das doenças ocupacionais, com a Classificação Nacional das Atividades Econômicas (CNAE) e da Classificação Internacional das Normas (CID-10), correlacionando algumas atividades profissionais com moléstias ocupacionais possivelmente sofridas pelos trabalhadores. Palavras chaves: Acidentes de Trabalho. Doenças. Legislação. ABSTRACT:The Brazilian Commercial Code of 1850, Law 556 of 25/06/1850, was the first legal standard to give guidance on the misfortunes. Even already there are references on the matter infortunistica, the Federal Constitution of 1891 made no any mention. From there emerged a number of rules regulating the matter, until the Law No /91, Article 21-A, Brought an important innovation that facilitated the framework of occupational diseases, with the National Classification of Economic Activities (NCEA) and the International Classification of the Standards (ICD-10), correlating certain professional activities with occupational diseases possibly suffered by workers. Keywords: Work Accidents. Diseases. Legislation. Bacharel em Direito pela FADAF Bacharel em Direito pela FADAF * Mestre em Direitos Fundamentais pela Universidade Luterana do Brasil(ULBRA-RS), Doutoranda em Direito Previdenciário (PUC-SP). Advogada atuante em Direito Previdenciário, Professora Universitária e Coordenadora do Grupo de Iniciação científica em Direito Previdenciário da FADAF

2 2 INTRODUÇÃO Durante toda a história dos acidentes do trabalho, os legisladores encontraram dificuldades para defini-los. Apesar dos acidentes do trabalho terem evoluído nas últimas décadas, as normas infortunísticas também não definiram bem os acidentes do trabalho de uma forma que abrangesse todas as hipóteses que geram incapacidade laborativa. Além disso, atualmente, no País, as regras infortunísticas encontram-se disseminadas entre os benefícios da Previdência Social, acarretando em dificuldades na diferenciação dos acidentes do trabalho. Após considerar que, diante da falta de norma específica que discipline os acidentes de trabalho e de um conceito que alcance todas as hipóteses de incapacidades laborativas, muitos trabalhadores que adquiriram alguma incapacidade acabam por não conseguir, os seus direitos. As normas infortunísticas no Brasil passaram por altos e baixos, mas a proteção à saúde do trabalhador evoluiu e atualmente as normas gerais sobre os acidentes do trabalho encontram-se dispostas entre os artigos 19 e 21-A, da Lei n.º 8.213, de 24 de julho de 1991, que em ordem, se referem aos acidentes do trabalho em sentido estrito, às doenças ocupacionais, às equiparações legais ao acidente do trabalho e ao nexo técnico epidemiológico. 1ACIDENTES DO TRABALHO Diante da evolução histórica dos acidentes do trabalho, percebe-se que houve dificuldades para defini-los. Tanto foi que, ainda hoje, mesmo depois de adaptações não foi bem elaborado um conceito que abrangesse todas as hipóteses que geram incapacidade laborativa. Nesse sentido Costa (2009), corrobora com o pensamento de Sachet, ao dizer que sempre foi difícil defini-lo, tanto que os legisladores franceses e de outros países preferiram deixar aos Tribunais a árdua tarefa de fazê-lo. O legislador da atual norma de acidente do trabalho, também enfrentando a dificuldade de formular um conceito que abrangesse todas as hipóteses, acabou por definir apenas o acidente do trabalho em sentido estrito, mas, por haver incapacidades que não se encaixam diretamente no conceito, acrescentou outras hipóteses que, para os efeitos legais, passaram a ser consideradas como acidentes do trabalho.

3 3 Sebastião Geraldo de Oliveira (2009, p.39), afirmando que pode haver incapacidades que não se encaixam diretamente ao conceito estrito de acidentes do trabalho, esclarece quais são as hipóteses que podem se equiparar ao acidente do trabalho em sentido estrito:... enfermidades decorrentes do trabalho; acidentes ou doenças provenientes de causas diversas, conjugando fatores do trabalho e extralaborais (concausas); acidentes ocorridos no local do trabalho, mas que não têm ligação direta com o exercício da atividade profissional; acidentes ocorridos fora do local da prestação dos serviços, mas com vínculo direto ou indireto com o cumprimento do contrato de trabalho e acidentes ocorridos no trajeto de ida ou volta da residência para o local do trabalho (...) o legislador formulou um conceito para o acidente do trabalho em sentido estrito, o acidente típico, e relacionou outras hipóteses que também geram incapacidade laborativa, os chamados acidentes do trabalho por equiparação legal. Ressalta-se que, atualmente, não há no País uma lei específica disciplinando os acidentes do trabalho, há apenas regras infortunísticas que se encontram disseminadas entre os benefícios da Previdência Social, ou seja, na Lei n.º de 24 de julho de 1991, cujas regras gerais encontram-se disciplinadas entre os artigos 19 e 21. A falta de norma específica que discipline os acidentes do trabalho acabou por se tornar motivo de críticas, conforme comenta Hertz Jacinto da Costa(2009, p.36): A orientação palmilhada do Governo deu no que aí esta: os resultados negativos mostram que o que temos são normas acidentárias com linha muito tênue de separação com aquelas estritamente previdenciária, causando perplexidade e boa dose de dificuldade na aplicação quando o tema em debate é proteger à saúde do trabalhador acidentado, bem como outorgar o ressarcimento justo. Ousa-se dizer que há muito não estávamos em uma indigência legal tão flagrante no tocante ao direito infortunístico. Conclui-se que, quando se fala em acidentes do trabalho, refere-se a acidente tipo, doenças ocupacionais, que estão subdivididas em doenças profissionais e doenças do trabalho, e, ainda, em acidentes do trabalho por equiparação legal. Antes de definir e diferenciar os acidentes do trabalho, importante que se entenda que, para a ocorrência desses sinistros, se faz necessária a presença de três requisitos,os quais agora passam a ser estudados. 1.1 Requisitos para a caracterização Segundo Francisco Milton de Araujo Junior, os acidentes do trabalho são caracterizados por três requisitos: a causa, o efeito e o nexo causal entre a causa e o efeito. a) causa: é o evento súbito lesionando a saúde física ou mental do trabalhador. Neste sentido, Francisco Milton(2009,p.66) entende que causa é um evento inesperado e de natureza fortuita, inexistindo, ao menos em princípio, dolo na ação ou omissão que propiciou o acidente.

4 4 Na mesma linha de raciocínio, Hertz(2009, p.42) complementa dizendo que esse evento ou acontecimento poderá ser provocado por ação humana própria, excluindo-se o dolo, evidentemente, ação humana de outra pessoa vinculada ao trabalhador, ou provocado por ferramentas e maquinarias em geral. Quanto à causa, é importante alertar que, considerando que qualquer atividade extralaboral pode acarretar em um acidente, para os acidentes do trabalho, é exigência legal (art. 19) que o evento que agrediu a integridade física ou psíquica do trabalhador tenha decorrido do exercício do trabalho a serviço da empresa ou em razão dele. Nesse sentido, Octavio Bueno Magano (2009, p.82) conclui que não são os riscos gerais a que se sujeitam todos os cidadãos que caracterizam o acidente do trabalho, mas sim os riscos específicos decorrentes do exercício do trabalho. b) efeito: é o resultado do evento, ocasionando lesão à saúde do trabalhador. Esta lesão poderá ser tanto de natureza física, através de mutilação no corpo em si, ou ainda nos, sentidos do corpo (visão, audição, olfato, etc.); também de natureza psicológica, que é o desequilíbrio psíquico do trabalhador. Deve-se entender então, como efeito a lesão à saúde física ou mental do trabalhador (lesão corporal ou perturbação funcional ou ainda lesão psicofísica), que, sem a qual, não há o que se falar em acidente do trabalho, conforme dispõe a alínea c, do 2º, do artigo 20, da Lei nº 8.213/91. Destaca-se que o acidente do trabalhado só estará caracterizado se a lesão resultar morte ou perda, ou ainda redução, permanente ou temporária, da capacidade laborativa do trabalhador. Quando a lesão resultar em morte, haverá a perda da capacidade jurídica do trabalhador e a titularidade dos seus direitos será transmitida aos seus herdeiros. Agora, quando a lesão resultar na perda ou na redução da capacidade laborativa, conforme explica Francisco Milton Araújo Junior (2009, p.57), estas consistirão na ausência ou na anormalidade da estrutura fisiológica e psicológica do trabalhador para desenvolver suas atividades profissionais. A incapacidade resultante do acidente do trabalho poderá ser permanente, e se dará quando o trabalhador não conseguir desempenhar as atividades que normalmente desenvolvia (incapacidade permanente parcial) ou, ainda, não conseguir desempenhar qualquer atividade pelo resto da sua vida (incapacidade permanente total). Nesse sentido, João Salvador Reis Menezes e NarayJesimar Aparecida Paulino (2002, p. 96/97) afirmam que a incapacidade permanente poderá ser classificada em:

5 5 a) uniprofissional é aquela em que o impedimento alcança apenas uma atividade específica; b)multiprofissional é aquela em que o impedimento abrange diversas atividades profissionais; c) omniprofissional é aquela que implica na impossibilidade do desempenho de toda e qualquer atividade laborativa. A incapacidade também poderá ser temporária e se dará quando o trabalhador não conseguir desempenhar as suas atividades rotineiras, como também atividades específicas por pouco tempo, determinados de acordo com a moléstia e o tempo de recuperação. Já se comentou, mas vale lembrar que a lesão à saúde do trabalhador poderá ser percebida tardiamente e, mesmo assim, ter relação com o evento. Nesse sentido, Oswaldo e Sílvia Optiz(1988, p.44) entendem que a lesão pode ser tão profunda que não se apresente aos olhos dos peritos, imediatamente, mas decorridos alguns dias ou até meses. Basta lembrar os vários casos de perturbações nervosas, causadas por acidentes do trabalho. c) nexo causal entre a causa e o efeito: também chamado de nexo de causalidade ou nexo etiológico, essa característica determina um liame entre o acidente decorrente do exercício do trabalho a serviço da empresa e a lesão psicofísica que o trabalhador veio a sofrer, ou seja, que o infortúnio ocorrido seja em decorrência do desempenho das atividades laborais. O Conselho Federal de Medicina estabeleceu critérios para a fixação do nexo de causalidade, conforme destaca Francisco Milton Araújo Júnior (2009, p.58): Cabe destacar que o Conselho Federal de Medicina, por meio da Resolução n /98 (art. 2º), estabeleceu critérios do nexo de causalidade entre os transtornos de saúde e as atividades do trabalhador, de modo que além do exame clínico (físico e mental) e os exames complementares, quando necessários, deve o médico considerar: a história clínica e ocupacional, decisiva em qualquer diagnóstico e/ou investigação de nexo; o estudo do local de trabalho; o estudo da organização do trabalho; os dados epidemiológicos; a literatura atualizada; e ocorrência de quadro clínico ou subclínico em trabalhador exposto a condições agressivas; a identificação de riscos físicos, químicos, biológicos, mecânicos, estressantes e outros, o depoimento e experiência dos trabalhadores; os conhecimentos e as práticas de outras disciplinas e de seus profissionais sejam ou não da área da saúde. Conclui-se, então, que o nexo de causalidade é a relação entre o acidente e o serviço prestado; logo, se o trabalhador sofrer um acidente na sua casa realizando uma atividade que não tenha relação com o seu trabalho, não há o que se falar em acidente do trabalho, por falta de nexo causal. Entendidos os pressupostos para a caracterização dos acidentes do trabalho, passamos a defini-los e a diferenciá-los.

6 6 1.2Acidente do trabalho em sentido estrito. O acidente do trabalho, também chamado de acidente tipo, acidente típico, acidente do trabalho em sentido estrito ou, ainda, macrotrauma está disciplinado no caput do artigo 19 da Lei n.º de 24 de julho de 1991, e dispõe o seguinte: Art. 19. Acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa ou pelo exercício do trabalho dos segurados referidos no inciso VII do artigo 11 desta Lei, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause morte ou a perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho. Costa (2009, p.81) conceitua acidente do trabalho em sentido estrito como um ataque inesperado ao corpo humano ocorrido durante o trabalho, decorrente de uma ação traumática violenta, subitânea, concentrada e de consequências identificadas. Para a identificação do acidente-tipo, Antonio Lopes Monteiro e Roberto Fleury de Souza Bertagni (1998, p.42) comentam tratar-se de um evento único, subitâneo, imprevisto, bem configurado no espaço e no tempo e de consequências geralmente imediatas. A instantaneidade (lesão imediata) do acidente-tipo é o diferencial desta para as demais entidades mórbidas. Mas, Sebastião Geraldo de Oliveira (2009, p.44) assevera que nem sempre a perturbação funcional é percebida de imediato, podendo haver manifestação tardia com real demonstração do nexo etiológico com o acidente ocorrido. Nesse sentido, Hertz Jacinto Costa(2009, p.82) comenta: Evidentemente não perde a característica de acidente modelo, ou típico, aquele cujos efeitos venham a ser tardios, quando o comum é serem imediatos. É possível exemplificar com o golpe que produz a lesão em um órgão interno e que o resultado lesionado só se revela passado algum tempo. Houve neste caso lesão corporal, ação súbita e violenta de uma causa exterior, mas seus efeitos não foram imediatamente percebidos. Observa-se que a atual legislação admite como sujeitos passivos de tal infortúnio, o trabalhador temporário e o avulso que até então não eram tutelados pelo ordenamento jurídico. Para a caracterização do acidente do trabalho a partir da sua definição legal há de se observar também os possíveis sujeitos passivos que, até então, não eram tutelados pelo ordenamento jurídico, que são o trabalhador empregado, temporário, avulso, autônomo e o integrante de economia familiar. Tal fato demonstra um avanço no ordenamento jurídico brasileiro, considerando que o conceito clássico permitia que somente os trabalhadores subordinados aos seus empregadores fossem vítimas de acidente do trabalho, mas, apesar da inovação, ainda excluem-se os empregados domésticos e os contribuintes individuais e facultativos.

7 7 1.3 Doenças ocupacionais Como já dito, por haver incapacidades laborativas que surgem em consequência de outros fatores que não sejam os do acidente do trabalho, estendeu-se aos infortúnios laborais o conceito de doenças ocupacionais. As doenças ocupacionais estão reguladas no artigo 20, da Lei n.º 8.213/91, que dispõe: Art. 20. Consideram-se acidente do trabalho, nos termos do artigo anterior, as seguintes entidades mórbidas: I doença profissional, assim entendida a produzida ou desencadeada pelo exercício do trabalho peculiar a determinada atividade e constante da respectiva relação elaborada pelo Ministério do Trabalho e da Previdência Social; II doença do trabalho, assim entendida a adquirida ou desencadeada em função de condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele se relacione diretamente, constante da relação mencionada no inciso I. 1º Não são consideradas como doença do trabalho: a) doença degenerativa; b) a inerente de grupo etário; c) a que não produza incapacidade laborativa; d) a doença endêmica adquirida por segurado habitante de região em que ela se desenvolva, salvo comprovação de que é resultante de exposição ou contato direto determinado pela natureza do trabalho. 2º Em caso excepcional, constatando-se que a doença não incluída na relação prevista nos incisos I e II deste artigo resultou das condições especiais em que o trabalho é executado e com ele se relaciona diretamente, a Previdência Social deve considerá-la acidente do trabalho. Conforme dispositivo legal, consideram-se como acidentes do trabalho as entidades mórbidas da doença profissional e das doenças do trabalho, que também podem ser entendidas como doenças ocupacionais. Para um melhor entendimento destes infortúnios laborais, deve-se entender então que a denominação doenças ocupacionais é o gênero que, segundo Sebastião Geraldo de Oliveira (2009,p.47), abrange todas as modalidades das doenças relacionadas com o trabalho e que as doenças profissionais e as doenças do trabalho são suas espécies. As doenças ocupacionais estão ligadas à atividade desempenhada pelo trabalhador ou às condições de trabalho às quais ele se submete quando da realização dos seus serviços. Hertz Jacinto Costa (2009, p.84) explica o que são essas moléstias ocupacionais: As doenças profissionais ou do trabalho são definidas como afecções, perturbações funcionais, lesões agudas ou crônicas de que podem ser vítimas os trabalhadores, por força da atividade, de um trabalho ou profissão, na manipulação de materiais empregados ou por influência das condições e processos especiais de industrialização, produzindo dano físico ou psíquico, que os incapacita para a atividade habitual. Os incisos do artigo 20, da Lei sobre os Planos de Benefícios de Previdência Social, mencionam, uma relação elaborada pelo Ministério do Trabalho e da Previdência Social que serve como referências às doenças ocupacionais.

8 8 Esta relação foi regulamentada pelo Decreto 3.048, de 06 de maio de 1999 e é explicada pelo autor Sebastião Geraldo de Oliveira (2009, p.47): A relação das doenças profissionais e do trabalho mencionada no art. 20, I, retro, está inserida no Anexo II do atual Regulamento da Previdência Social. O mencionado Anexo, após a mudança introduzida pelo Decreto n , de 12 fev. 2007, engloba três relações importantes: a primeira indica os agentes patogênicos causadores de doenças profissionais ou do trabalho; a segunda Lista A aponta os agentes ou fatores de risco de natureza ocupacional, relacionados com o trabalho e a terceira Lista B indica as doenças ocupacionais e os possíveis agentes etiológicos ou fatores de risco de natureza ocupacional. Essa listagem também foi adotada pelo Ministério da Saúde através da Portaria nº 1.339/GM, de 18 de novembro de 1999, evitando, assim, um tratamento diferenciado por parte da Previdência Social e do Sistema Único de Saúde. Este regulamento englobou as espécies de doenças ocupacionais num todo, através de uma única listagem sem diferenciar as doenças profissionais das doenças do trabalho. Por isso, trata-se a denominação de doenças ocupacionais como gêneros das espécies (doença profissional e doença do trabalho). O 1º, do art. 20, do dispositivo ora em questão, traz exclusões ao conceito das doenças do trabalho. Estas exclusões se deram porque elas não se relacionam ao serviço prestado, ou seja, foram excluídas por não possuírem nexo de causalidade com o trabalho, pois elas poderiam aparecer mesmo que o trabalhador acometido pela moléstia não estivesse trabalhando. Quando a moléstia não se enquadrar na já mencionada relação da Previdência Social, mas tiver nexo de causalidade com o serviço prestado permite-se que a mesma seja considerada como acidente do trabalho. É o que deixa claro o 2º, do art. 20, que alargou as hipóteses de enquadramento das doenças do trabalho, para aquelas que têm nexo de causalidade com o serviço prestado pelo trabalhador infortunado. Conclui-se, então, que o Regulamento da Previdência Social, por ser apenas norma interna da instituição, tem apenas caráter exemplificativo e que é possível que o trabalhador esteja acometido por doenças não relacionadas pelo Ministério da Saúde e pelo Ministério da Previdência Social. Nesse sentido, assevera Araújo Júnior (2009, p.61): O não enquadramento da enfermidade laboral na relação das doenças ocupacionais adotadas pelo Ministério da Saúde (MS) e pelo Ministério da Previdência e Assistência Social (MPAS) não é obstáculo na caracterização de novos tipos de doença do trabalho ou de doença profissional, uma vez que a listagem das doenças ocupacionais que consta do Regulamento da Previdência Social não é exaustiva, conforme estabelece o art. 20, 2º, da Lei n /91.

9 9 Uma vez entendido que as doenças ocupacionais se subdividem em doenças profissionais e doenças do trabalho, insta diferenciá-las. Doenças profissionais: são consequências naturais de certas profissões que exigem que o trabalhador realize os seus serviços em ambientes peculiares, ou seja, são doenças que se relacionam a determinados tipos de trabalho, conforme disciplina o inciso I, do art. 20, da Lei nº 8.213/91: as doenças profissionais típicas, ou também chamadas de tecnopatias ou ergopatias, são doenças peculiares ao exercício de determinadas atividades profissionais, ou seja, são aquelas típicas de determinadas profissões. Estas doenças, decorrentes de microtraumas, cotidianamente agridem e vulneram as defesas orgânicas do trabalhador, até que, por efeito cumulativo, terminam por vencê-los, deflagrando o processo mórbido. São consideradas moléstias típicas de determinadas atividades laborais em virtude das condições peculiares a que são submetidos os trabalhadores quando em determinada atividade profissional. Por serem patologias inerentes a alguns trabalhadores peculiares ou a determinadas atividades profissionais, o Ministério do Trabalho e da Previdência Social elaborou uma relação de doenças profissionais. Nas doenças profissionais, presume-se o nexo causal da atividade exercida com a patologia, portanto, inadmite-se prova em sentido contrário, bastando ao trabalhador doente comprove o acometimento da moléstia e o labor na atividade. Doenças do trabalho são contraídas de acordo com a maneira como trabalhador desempenha a sua atividade laboral, são ligadas a excesso de esforço físico, posturas incorretas durante a realização do serviço etc. As doenças do trabalho, mesopatias ou moléstias profissionais, atípicas, reguladas pelo inciso II, do artigo 20, da já citada Lei, são adquiridas em virtude das condições especiais em que o trabalho foi realizado, conforme destaca Costa (2009, p.81/82), elas decorrem das condições de agressividade existentes no local de trabalho, que agiram decididamente, seja para acelerar, eclodir ou agravar a saúde do trabalhador. Percebe-se, através do comentário feito pelo doutrinador Hertz (2009), que estas moléstias não são exclusivas do trabalhado realizado, ou seja, que não estão vinculadas a esta ou aquela profissão, pois podem advir de fatores que não sejam a atividade laboral. Sebastião Geraldo de Oliveira(2009, p.45) afirma que seu aparecimento decorre da forma em que o trabalho é prestado ou das condições específicas do ambiente do trabalho.

10 10 Ao contrário das doenças profissionais, as doenças do trabalho não têm nexo causal presumido, por isso exigem que seja comprovado que a moléstia é decorrente das condições especiais em que o trabalho foi realizado, o que torna o ônus probatório obrigatório ao trabalhador, conforme Costa(2009, p.83): Isso porque embora exista presunção de que ingressou em perfeitas condições de saúde, ou que apresentava determinada doença que não o impedia de trabalhar, deverá comprovar ter sido o ambiente laborativo que fez eclodir ou provocou o agravamento da doença ou perturbação funcional. É do obreiro o dever de comprovar a impossibilidade de se manter naquela mesma atividade, sob pena de ver a incapacidade aumentada, com previsibilidade razoável de sobrevir à incapacitação total ou permanente. Tanto o perito como o magistrado, quando da análise das doenças do trabalho, devem fazê-lo de forma minuciosa, avaliando pormenorizadamente possíveis irregularidades no ambiente do trabalho, os exames que podem demonstrar a evolução da doença, e também, os elementos probatórios trazidos aos autos. Francisco Milton Araújo Junior (2009, p.59/60) afirma que no caso da doença do trabalho, cabe ao trabalhador comprovar que a patologia desenvolveu-se em razão do desequilíbrio no meio ambiente do trabalho. O mesmo autor ainda menciona um importante aspecto diferenciador destas moléstias: A importância na diferenciação entre a doença profissional e a doença do trabalho consiste principalmente na fixação do ônus probatório, há vista que no caso da doença profissional, havendo prova de que o obreiro sofre de enfermidade enumerada na relação elaborada pelo Ministério do Trabalho e Previdência Social, aplica-se a presunção júris tantum para considerar que a enfermidade decorre das condições de trabalho. No caso da doença do trabalho, cabe ao trabalhador comprovar que a patologia desenvolveu-se em razão do desequilíbrio no meio ambiente do trabalho. As moléstias ocupacionais atingem o trabalhador de forma lenta e gradual, de tal modo que não se torna possível precisar o exato momento em que a doença ocorreu. Para facilitar o enquadramento das moléstias ocupacionais, o legislador criou o nexo técnico epidemiológico, que será objeto de estudo do próximo tópico Nexo técnico epidemiológico A Lei n.º , publicada em 27 de dezembro de 2006, acrescentou uma importante inovação à Lei n.º 8.213/91, o nexo técnico epidemiológico, instituído no artigo 21-A com o seguinte texto: Art. 21-A. A perícia médica do INSS considerará caracterizada a natureza acidentária da incapacidade quando constatar a ocorrência de nexo técnico epidemiológico entre o trabalho e o agravo, decorrente da relação entre a atividade da empresa e a entidade mórbida motivadora da incapacidade elencada na

11 11 Classificação Internacional de Doenças CID, em conformidade com o que dispuser o regulamento. 1º A perícia médica do INSS deixará de aplicar o disposto neste artigo quando demonstrada a inexistência do nexo de que trata o caput deste artigo. 2º A empresa poderá requerer a não aplicação do nexo técnico epidemiológico, de cuja decisão caberá recurso com efeito suspensivo, da empresa ou do segurado, ao Conselho de Recursos da Previdência Social. Tal instituto, como já dito, facilitou o enquadramento das doenças ocupacionais, pois, a partir da Classificação Nacional de Atividades Econômica (CNAE) e da Classificação Internacional de Doenças (CID 10), estabeleceu algumas correlações entre as atividades profissionais desempenhadas em determinados empreendimentos econômicos, com possíveis moléstias ocupacionais sofridas pelos trabalhadores que lhes prestam serviços. Se constatado em perícia médica realizada pelo INSS que o trabalhador encontra-se enfermo e incapaz para o labor há mais de 15 dias, e que esta enfermidade é reconhecida pelo INSS como de natureza epidemiológica, ser-lhe-á concedido o benefício previdenciário sem a necessidade de emissão da CAT por parte da empresa e sem multa administrativa. Comenta Araújo Júnior (2009,p.72) que o INSS pode reconhecer o nexo epidemiológico mesmo quando a incapacidade laborativa for inferior a 15 (quinze) dias, porém neste caso o trabalhador não receberá benefício previdenciário. Nesse contexto, é importante esclarecer que, na dúvida, o INSS poderá recorrer a outros meios, como oitiva de testemunhas, vistoria no local de trabalho, solicitação de documento etc., para a verificação do nexo técnico epidemiológico e, conforme parágrafo primeiro, do artigo em comento, inexistindo nexo de causalidade entre as condições em que foram prestados os serviços e a moléstia, o INSS desconstituirá o nexo técnico epidemiológico. Destacando o avanço que gerou a normatização do nexo técnico epidemiológico, Francisco Milton Araújo Junior (2009, p.72) observa que tal instituto permite a presunção das moléstias ocupacionais, veja-se: Observa-se que o nexo epidemiológico constitui-se em grande avanço do ordenamento jurídico brasileiro, na medida em que institui a inversão do ônus da prova na caracterização do agravo ocupacional, ou seja, passou-se a considerar a presunção relativa da ocorrência da doença ocupacional mediante enquadramento epidemiológico do CNAE da empresa, cabendo ao empregador o ônus de desconstituir o NTEP mediante a produção de prova, consoante estabelece o art. 21- A, parágrafo segundo, da Lei n /91, combinado com o art. 337, parágrafo sétimo, do Decreto n /07. Note que, mesmo havendo presunção causal presumida, segundo 2º, do artigo 21-A, em comento, o empregador quando puder demonstrar a inexistência de relação entre o serviço prestado e a moléstia, poderá requerer a não aplicação do nexo epidemiológico ao caso concreto.

12 12 Araújo Júnior (2099, p. 72) ainda destaca a unificação do reconhecimento do nexo técnico epidemiológico: Cabe destacar que o INSS, por meio da Instrução Normativa n. 31, de 10 de setembro de 2008, unificou o reconhecimento do NTEP, fixando 03 (três) categorias: nexo técnico profissional ou do trabalho, fundamentado nas associações entre patologias constantes das listas A e B do Anexo II, do Decreto n /99; nexo técnico por doença equiparada a acidente ou nexo técnico individual, decorrente de acidentes de trabalho típicos ou de trajeto, bem como de condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele relacionado diretamente, nos termos do art. 20, parágrafo segundo, da Lei n /91; nexo técnico epidemiológico previdenciário, aplicável quando houver significância estatística da associação entre o código da Classificação Internacional de Doença CID, e o da Classificação Nacional de Atividade Econômica CNAE, na parte inserida pelo Decreto n /07, na lista B do anexo II do Decreto n /99. Percebe-se, então, que o nexo técnico epidemiológico poderá ser entendido como nexo causal presumido e a sua caracterização é oficialmente reconhecida, segundo relação de moléstias ocupacionais, apresentada pelo órgão previdenciário. 1.5 Principais diferenças entre acidente do trabalho em sentido estrito e doença ocupacional Para diferenciar os acidentes do trabalho das doenças ocupacionais, utiliza-se citações de alguns doutrinadores. Costa (2009, p.81) diz que, nos acidentes do trabalho, conhece-se perfeitamente o momento da lesão, podendo ser estabelecido uma cronologia entre lesões sucessivas, e Oliveira (2009, p.45) complementa dizendo que nestes, os efeitos danosos normalmente são imediatos e o evento é perfeitamente identificável, tanto com relação ao local da ocorrência quanto no que tange ao momento do sinistro, diferentemente do que ocorre nas doenças ocupacionais. A doutrina esclarece de forma clara as situações que tratam especificamente de acidente do trabalho e ainda doenças ocupacionais. 1.6 Equiparações ao acidente do trabalho Amparando ainda mais o trabalhador desvalido, o artigo 21, da Lei nº 8.213/91, exibe situações que se equiparam aos acidentes do trabalho, pois se relacionam indiretamente com a atividade do obreiro: Art. 21. Equiparam-se também ao acidente de trabalho, para efeitos desta Lei:

13 13 I o acidente ligado ao trabalho que, embora não tenha sido causa única, haja contribuído diretamente para a morte do segurado, para redução ou perda da sua capacidade para o trabalho, ou produzido lesão que exija atenção médica para a sua recuperação; II o acidente sofrido pelo segurado no local e no horário do trabalho, em consequência de: a) Ato de agressão, sabotagem ou terrorismo praticado por terceiro ou companheiro de trabalho; b) Ofensa física intencional, inclusive de terceiro, por motivo de disputa relacionada ao trabalho; c) Ato de imprudência, de negligência ou de imperícia de terceiro ou de companheiro de trabalho; d) Ato de pessoa privada do uso da razão; e) Desabamento, inundação, incêndio e outros casos fortuitos ou decorrentes de força maior; III a doença proveniente de contaminação acidental do empregado no exercício de sua atividade; IV o acidente sofrido pelo segurado, ainda que fora do local e horário de trabalho: a) na execução de ordem ou na realização de serviço sob a autoridade da empresa; b) na prestação espontânea de qualquer serviço à empresa para lhe evitar prejuízo ou proporcionar proveito; c) em viagem a serviço da empresa, inclusive para estudo quando financiada por esta dentro de seus planos para melhor capacitação da mão de obra, independentemente do meio de locomoção utilizado, inclusive veículo de propriedade do segurado; d) no percurso da residência para o local de trabalho ou deste para aquela, qualquer que seja o meio de locomoção, inclusive veículo de propriedade do segurado. 1º Nos períodos destinados à refeição ou descanso, ou por ocasião da satisfação de outras necessidades fisiológicas, no local do trabalho ou durante este, o empregado é considerado no exercício do trabalho. 2 Não é considerada agravação ou complicação de acidente do trabalho a lesão que, resultante de acidente de outra origem, se associe ou se superponha às consequências do anterior. O termo acidente do trabalho, ora utilizado pelo legislador, não deve ser entendido apenas em seu sentido estrito, mas também deve ser entendido como doenças ocupacionais. Com relação aos requisitos para a caracterização das enfermidades equiparáveis aos infortúnios laborais, Francisco Milton Araújo Júnior (2009, p.67) ressalta que o nexo de causalidade deve ser fixado de forma diversa dos demais infortúnios laborais, pois o artigo em comento (art. 21) não exige que haja nexo direto ou exclusivo entre as condições de trabalho e a lesão, basta apenas que o labor do obreiro contribua para a produção do evento danoso. Entende-se, então, que, nas equiparações aos acidentes do trabalho, não se exige que as condições em que o serviço foi prestado pelo trabalhador tenham nexo de causalidade com o acidente do trabalho ou com a doença ocupacional (infortúnios laborais), mas sim, que estas contribuam de forma indireta para a ocorrência da moléstia ou da patologia. As causalidades diretas, também entendidas como concausas, são as moléstias dispostas no inciso I, do artigo 21, da Lei nº 8.213, e se dão quando entre o infortúnio e o trabalho existe uma relação precisa e inafastável de causa e efeito.

14 14 Já as causalidades indiretas se dão quando o trabalho enseja ou dá oportunidade para que o evento danoso ao trabalhador aconteça. Estas moléstias estão dispostas nos incisos II, III, e IV do já mencionado artigo, e na mesma ordem, se referem a infortúnios laborais ocorridos no local e horário de trabalho, por contaminação acidental dos profissionais da área da saúde e, ainda, quando o trabalhador está fora do local e horário de trabalho. Dentre os infortúnios laborais ora citados, merecedestaque, pelo peso estatístico considerável, o acidente de trajeto, ou ainda chamado de acidente in itinire, que será comentado aose falar em acidente do trabalho quando o trabalhador está fora do local e horário de trabalho. Quanto aos demais infortúnios laborais, dos mesmos são apenas superficialmente levantados, pois, por serem raros, não chamaram atenção dos doutrinadores e não se tornaram objetos de estudos. Veja-se comentário de Sebastião Geraldo de Oliveira (2009,p.51): Os acidentes do trabalho mencionados nesses dispositivos legais acontecem raramente, tanto que nem constam separadamente nas estatísticas da Previdência Social. São hipóteses que, mesmo quando ocorrem no local e no horário de trabalho, não estão diretamente relacionadas com a atividade profissional, apesar do vínculo causal indireto. Além disso, são indicados os acidentes ocorridos fora do local ou do horário do trabalho, mas que guardam vinculação estreita com o cumprimento do contrato laboral. Mas, não é por serem raros que não merecem atenção, vejam-se as definições dessas equiparações aos infortúnios laborais nos próximos tópicos. 1.7 Acidente no local e horário de trabalho Através das alíneas do inciso II, do artigo 21, da Lei nº 8.213/91, o legislador enumerou cinco situações que configuram o acidente no local e horário de trabalho. Tais situações foram explicadas por Francisco Milton Araújo Junior (2009). A alínea a, do referido dispositivo, refere-se a agressões, sabotagem ou terrorismo como infortúnios laborais. Francisco Milton diz que, para a caracterização deste infortúnio laboral, independe quem pratica tais atos. A alínea b faz referência a ofensas físicas, que devem ser relacionadas com assuntos do trabalho, caso contrário, se o motivo da ofensa for extralaboral, não será caracterizado o infortúnio laboral. Vejam-se exemplos de Francisco Milton Araújo Júnior(2009,p.66): São exemplos de ofensas físicas ocorridas no horário e local de trabalho: a) as ofensas físicas praticadas pelo operário contra um chefe de serviço, em represália à repreensão que por este lhe fora feita por causa do serviço; b) envenenamento de um fiscal por parte do operário em razão de queixa contra si apresentada por ele ao patrão; c) o atentado realizado contra o empregador para o fim de roubar-lhe

15 15 dinheiro destinado ao pagamento dos operários; d) as lesões praticadas no curso de discussão motivada por ajuste de contas referentes a salários. E, ainda, o autor critica este dispositivo pela falta da menção à ofensa moral, considerando que esta pode lhe causar perturbações funcionais, reconhecidas pelo artigo 19 da Lei nº 8.213/91, como acidentes do trabalho. Atos praticados por terceiros ou por companheiros de serviço, em que houve imprudência, negligência ou imperícia causando dano ao trabalhador é a situação prevista na alínea c, do inciso em estudo e caracteriza acidente de trabalho. Conforme a alínea d, pessoa que não tenha capacidade de discernimento ou que não possa exprimir sua vontade, mesmo que transitoriamente, também poderá causar dano ao trabalhador, se o causar, está configurado o acidente do trabalho. Já a última, a alínea e, fala em fatos decorrentes de caso fortuito ou força maior, que se ocorridos durante o horário e local do serviço, causando danos ao trabalhador caracterizam o acidente do trabalho. CONCLUSÃO Nos dias atuais o acidente do trabalho está regulamentado pela Lei nº 8.213/91, sendo conceituado como aquele que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte, redução ou perda da capacidade laborativa. Salienta-se, que a legislação reconhece as doenças ocupacionais como se acidente do trabalho fossem. E ainda que o reconhecimento das incapacidades laborais geradas por esses infortúnios não abrange todos os segurados da Previdência Social, pois ainda ficam sem proteção acidentária algumas categorias profissionais como, por exemplo, os trabalhadores domésticos, os autônomos. Em busca por uma avaliação crítica dos dados referentes ao fato acidente do trabalho, constatou-se que, mesmo tendo evoluído quanto aos problemas do risco do trabalho no âmbito das instituições, especialmente no que diz respeito ao Seguro Social, o modelo brasileiro deverá ser revisto, tendo em vista alguns fatores significativos como o grande número de óbitos decorrentes do acidente do trabalho, a carência no tratamento médico adequado, o alto custo dos eventos para a população e a ausência total de uma política prevencionista, vem contribuindo para o aumento dos danos dos trabalhadores.

16 16 Ao pesquisar os acidentes do trabalho e as situações legalmente equiparáveis percebemos a importância de uma legislação específica possibilitando a elaboração de um sistema adequado de proteção ao trabalhador, enfim um novo modelo que acima de qualquer situação, seja antes de tudo humanitário. Conclui-se, dessa forma, que uma nova legislação deverá corrigir substancialmente aspectos ainda não contemplados pela Previdência Social, garantindo a proteção integral do trabalhador, promovendo, acima de tudo condições saudáveis de trabalho. REFERÊNCIA ARAÚJO JUNIOR, Francisco Milton. Doença ocupacional e acidente de trabalho: Análise multidisciplinar. 1 ed. São Paulo: LTr, BRASIL. Código Civil. 2ª. ed. Rev. Ampl. e Atual. São Paulo: Ed. Revista dos Tribunais, (VadeMecum) COSTA, Hertz Jacinto. Manual de acidentes do trabalho. 3ª ed. Rev. e Atual. Curitiba: Juruá LIMA, Maria Marta Rodovalho Moreira de. Acidentes do trabalho: Responsabilidades relativas ao meio ambiente laboral. Disponível em Acessado em OLIVEIRA. Sebastião Geraldo de. Indenizações por acidente de trabalho ou doença ocupacional. 5 ed. São Paulo: LTR Editora Ltda., 2009.

PREVIDENCIÁRIO DR. MÁRCIO OTÁVIO DE MORAES HATZ

PREVIDENCIÁRIO DR. MÁRCIO OTÁVIO DE MORAES HATZ PREVIDENCIÁRIO PONTO 1: BENEFÍCIO POR INCAPACIDADE PONTO 2: AUXÍLIO DOENÇA; APOSENTADORIA POR INVALIDEZ PONTO 3: AUXÍLIO ACIDENTE BENEFÍCIO POR INCAPACIDADE: _ AUXÍLIO DOENÇA: vulgo encostar-se. Requisitos

Leia mais

Universidade Federal de Minas Gerais Pró-Reitoria de Recursos Humanos Departamento de Administração de Pessoal LICENÇA POR ACIDENTE EM SERVIÇO

Universidade Federal de Minas Gerais Pró-Reitoria de Recursos Humanos Departamento de Administração de Pessoal LICENÇA POR ACIDENTE EM SERVIÇO LICENÇA POR ACIDENTE EM SERVIÇO Cód.: LAS Nº: 78 Versão: 5 Data: 08/09/2014 DEFINIÇÃO Licença concedida, com a remuneração integral, em decorrência de acidente em serviço ocorrido no exercício do cargo,

Leia mais

ACIDENTES DE TRABALHO. Disciplina de Saúde do Trabalho. Angelica dos Santos Vianna

ACIDENTES DE TRABALHO. Disciplina de Saúde do Trabalho. Angelica dos Santos Vianna ACIDENTES DE TRABALHO Disciplina de Saúde do Trabalho Angelica dos Santos Vianna Grupos de agravos à saúde: 1. Acidentes de trabalho 2. Doença profissional 3. Doença do trabalho Quem tem direito? 1. o

Leia mais

Acidentes do Trabalho

Acidentes do Trabalho 01 coletanea de acidentes.mp4 Consequências dos acidentes por mínimas que eles sejam, sempre requerem cuidados especiais no tocante à readaptação do homem ao trabalho e, num sentido mais amplo, dependendo

Leia mais

RELATÓRIO DE AUDITORIA RA 01/2016

RELATÓRIO DE AUDITORIA RA 01/2016 TIPO DE AUDITORIA: ACOMPANHAMENTO EXERCÍCIO/PERÍODO: 2015-2016 UNIDADE AUDITADA: PRÓ-REITORIA ADMINISTRAÇÃO RELATÓRIO DE AUDITORIA RA 01/2016 1) ESCOPO DOS EXAMES Os trabalhos de auditoria acerca da regularidade

Leia mais

WWW.CONTEUDOJURIDICO.COM.BR

WWW.CONTEUDOJURIDICO.COM.BR » Cacildo Baptista Palhares Júnior Advogado em Araçatuba (SP) Questões comentadas de direito previdenciário da prova objetiva do concurso de 2010 para Defensor da União Com base no direito previdenciário,

Leia mais

SIASS SISTEMA INTEGRADO DE ATENÇÃO A SÁUDE DO SERVIDOR LEGISLAÇÃO REFERENTE A LICENÇAS PARA TRATAMENTO DE SAÚDE JUNHO 2015

SIASS SISTEMA INTEGRADO DE ATENÇÃO A SÁUDE DO SERVIDOR LEGISLAÇÃO REFERENTE A LICENÇAS PARA TRATAMENTO DE SAÚDE JUNHO 2015 INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA SUL-RIO-GRANDENSE SIASS 0261 SISTEMA INTEGRADO DE ATENÇÃO A SÁUDE DO SERVIDOR LEGISLAÇÃO REFERENTE A LICENÇAS PARA TRATAMENTO DE SAÚDE JUNHO 2015 PROGEP

Leia mais

Faz os seguintes questionamentos:

Faz os seguintes questionamentos: PARECER CFM nº 9/16 INTERESSADO: 1ª Vara da Fazenda da Comarca de Joinville/SC ASSUNTO: Dúvidas quanto à necessidade de especialidade médica para realização de exame pericial e determinação de capacidade

Leia mais

Disciplina: Saúde e Trabalho

Disciplina: Saúde e Trabalho Disciplina: Saúde e Trabalho AULA: ACIDENTES DE TRABALHO Isabel Braga Rio de Janeiro Setembro / 2010 Definição: Acidente de trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa, ou ainda

Leia mais

ACIDENTE DO TRABALHO. Fernanda Pereira Costa, adv. Ailza Santos Silva, est. Sumário:

ACIDENTE DO TRABALHO. Fernanda Pereira Costa, adv. Ailza Santos Silva, est. Sumário: ACIDENTE DO TRABALHO Fernanda Pereira Costa, adv. Ailza Santos Silva, est. Sumário: I- Introdução II- Conceito III. Responsabilidade civil do empregador pelo acidente do trabalho IV- Competência para apreciar

Leia mais

Ministério da Previdência Social Conselho de Recursos da Previdência Social 2ª Composição Adjunta da 13ª Junta de Recursos

Ministério da Previdência Social Conselho de Recursos da Previdência Social 2ª Composição Adjunta da 13ª Junta de Recursos Ministério da Previdência Social Conselho de Recursos da Previdência Social 2ª Composição Adjunta da 13ª Junta de Recursos Número do Processo: 44232.247906/2014-41 Unidade de Origem: AGÊNCIA DA PREVIDÊNCIA

Leia mais

DIRETRIZES SOBRE PROVA PERICIAL EM ACIDENTES DO TRABALHO E DOENÇAS OCUPACIONAIS

DIRETRIZES SOBRE PROVA PERICIAL EM ACIDENTES DO TRABALHO E DOENÇAS OCUPACIONAIS DIRETRIZES SOBRE PROVA PERICIAL EM ACIDENTES DO TRABALHO E DOENÇAS OCUPACIONAIS Propõe sugestões de diretrizes para a avaliação e a elaboração da prova pericial em questões referentes ao meio ambiente,

Leia mais

PREFEITURA MUNICIPAL DE VIANA

PREFEITURA MUNICIPAL DE VIANA INSTRUÇÃO NORMATIVA SJU Nº 02/2014 Versão: 01 Data da Aprovação: 31/03/2014 Ato de Aprovação: Decreto Municipal Nº 075/2014 Unidade Responsável: Procuradoria Geral. I - FINALIDADE: A presente Instrução

Leia mais

PLANOS DE CARGOS E SALÁRIOS DOS SERVIDORES MUNICIPAIS

PLANOS DE CARGOS E SALÁRIOS DOS SERVIDORES MUNICIPAIS PLANOS DE CARGOS E SALÁRIOS DOS SERVIDORES MUNICIPAIS LEI COMPLEMENTAR MUNICIPAL N. 27/99 De 12 de Novembro de 1999 Aprova o Plano de Cargos dos Servidores do Poder Executivo Municipal e contém providências

Leia mais

Contribuições à Audiência Pública AP 045/2008

Contribuições à Audiência Pública AP 045/2008 Contribuições à Audiência Pública AP 045/2008 27 de agosto de 2008 A) Contribuições gerais: 1) - No preâmbulo da minuta, falta citar a Lei 8078 de 11 de setembro de 1990, Código de Defesa do Consumidor.

Leia mais

d) condições ergonômicas não ensejam aposentadoria especial e) o trabalho penoso é aceito para enquadramento para aposentadoria especial.

d) condições ergonômicas não ensejam aposentadoria especial e) o trabalho penoso é aceito para enquadramento para aposentadoria especial. QUESTÕES DE PROVA BENEFÍCIOS PREVIDENCIÁRIOS 1. Considerando a análise do direito ao auxílio doença, analise as situações abaixo e assinale S (sim) ou N (não) quanto a essa concessão. A seguir, assinale

Leia mais

PROJETO DE LEI DO SENADO Nº 286, DE 2014

PROJETO DE LEI DO SENADO Nº 286, DE 2014 PROJETO DE LEI DO SENADO Nº 286, DE 2014 Acrescenta o art. 63-A à Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, que dispõe sobre os Planos de Benefícios da Previdência Social e dá outras providências, para instituir

Leia mais

A Responsabilidade civil objetiva no Código Civil Brasileiro: Teoria do risco criado, prevista no parágrafo único do artigo 927

A Responsabilidade civil objetiva no Código Civil Brasileiro: Teoria do risco criado, prevista no parágrafo único do artigo 927 A Responsabilidade civil objetiva no Código Civil Brasileiro: Teoria do risco criado, prevista no parágrafo único do artigo 927 Marcela Furtado Calixto 1 Resumo: O presente artigo visa discutir a teoria

Leia mais

PARECER COREN-SP 063/2013 CT PRCI n 102.713 Ticket 302.326

PARECER COREN-SP 063/2013 CT PRCI n 102.713 Ticket 302.326 PARECER COREN-SP 063/2013 CT PRCI n 102.713 Ticket 302.326 Ementa: Uso de contenção mecânica pela equipe de enfermagem, ante a recusa do paciente em receber tratamento. 1. Do fato Enfermeiro informa o

Leia mais

ASSESSORIA JURÍDICA. PARECER N 7/AJ/CAM/2002 Brasília (DF), 11 de junho de 2002. Senhora Presidente do Conselho Federal de Nutricionistas (CFN)

ASSESSORIA JURÍDICA. PARECER N 7/AJ/CAM/2002 Brasília (DF), 11 de junho de 2002. Senhora Presidente do Conselho Federal de Nutricionistas (CFN) ASSESSORIA JURÍDICA PARECER N 7/AJ/CAM/2002 Brasília (DF), 11 de junho de 2002. PARA: DA: REFERÊNCIA: Senhora Presidente do Conselho Federal de Nutricionistas (CFN) Assessoria Jurídica Expedientes Jurídicos

Leia mais

MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E GESTÃO

MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E GESTÃO MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E GESTÃO Secretaria de Recursos Humanos Departamento de Normas e Procedimentos Judiciais Coordenação Geral de Elaboração, Sistematização e Aplicação das Normas NOTA

Leia mais

COMISSÃO DE TRABALHO, DE ADMINISTRAÇÃO E SERVIÇO PÚBLICO PROJETO DE LEI Nº 4.481, DE 2012 VOTO EM SEPARADO DO DEPUTADO ROBERTO SANTIAGO

COMISSÃO DE TRABALHO, DE ADMINISTRAÇÃO E SERVIÇO PÚBLICO PROJETO DE LEI Nº 4.481, DE 2012 VOTO EM SEPARADO DO DEPUTADO ROBERTO SANTIAGO COMISSÃO DE TRABALHO, DE ADMINISTRAÇÃO E SERVIÇO PÚBLICO PROJETO DE LEI Nº 4.481, DE 2012 Dispõe sobre o exercício domiciliar de profissão liberal (home office). Autor: SENADO FEDERAL Relatora: Deputada

Leia mais

Interpretação do art. 966 do novo Código Civil

Interpretação do art. 966 do novo Código Civil Interpretação do art. 966 do novo Código Civil A TEORIA DA EMPRESA NO NOVO CÓDIGO CIVIL E A INTERPRETAÇÃO DO ART. 966: OS GRANDES ESCRITÓRIOS DE ADVOCACIA DEVERÃO TER REGISTRO NA JUNTA COMERCIAL? Bruno

Leia mais

Regulamento de Estágios ORIENTAÇÕES GERAIS

Regulamento de Estágios ORIENTAÇÕES GERAIS Regulamento de Estágios ORIENTAÇÕES GERAIS Versão 1.0 2015 I. Introdução Consistirá o estágio em um período de trabalho, realizado pelo aluno, sob o controle de uma autoridade docente, em um estabelecimento

Leia mais

AS PROFISSÕES DE CONTADOR, ECONOMISTA E ADMINISTRADOR: O QUE FAZEM E ONDE TRABALHAM

AS PROFISSÕES DE CONTADOR, ECONOMISTA E ADMINISTRADOR: O QUE FAZEM E ONDE TRABALHAM 1 AS PROFISSÕES DE CONTADOR, ECONOMISTA E ADMINISTRADOR: O QUE FAZEM E ONDE TRABALHAM De acordo com uma pesquisa realizada em Brasília, conforme consta em reportagem publicada pelo jornalista Luis Bissigo,

Leia mais

PROJETO DE LEI Nº 134/2014. NOSSO MUNICÍPIO. O PREFEITO MUNICIPAL,

PROJETO DE LEI Nº 134/2014. NOSSO MUNICÍPIO. O PREFEITO MUNICIPAL, PROJETO DE LEI Nº 134/2014. ALTERA A LEI Nº 11.304, DE 13 DE FEVEREIRO DE 2013, QUE CRIA O SERVIÇO VOLUNTÁRIO, COM OBJETIVOS CÍVICOS, CULTURAIS, CIENTÍFICOS, EDUCACIONAIS, OU DE ASSISTÊNCIA SOCIAL EM NOSSO

Leia mais

NP-NORMAS E PROCEDIMENTOS EM SEGURANÇA E SAÚDE OCUPACIONAL

NP-NORMAS E PROCEDIMENTOS EM SEGURANÇA E SAÚDE OCUPACIONAL Página 1 de 7 1. OBJETIVO 1.1. Estabelecer procedimentos técnico-administrativos para Registro, Análise e Investigação de Acidente do Trabalho envolvendo os servidores públicos e empregados fundacionais

Leia mais

Folha de informação rubricada sob nº. do processo nº. (a) P. CoBi nº.: 010/2004 Termo de Responsabilidade Internação Involuntária.

Folha de informação rubricada sob nº. do processo nº. (a) P. CoBi nº.: 010/2004 Termo de Responsabilidade Internação Involuntária. P. CoBi nº.: 010/2004 Título: Termo de Responsabilidade Internação Involuntária. Solicitante: Subcomissão de Análise de Informações sobre Paciente SAIP - IPq Ementa: Internação Involuntária em Psiquiatria.

Leia mais

Desoneração da Folha de Pagamento na Construção Civil. (Leis nº 12.546/11 e 12.844/13; Decreto nº 7.828/12; INs RFB nº 971/09 e 1.

Desoneração da Folha de Pagamento na Construção Civil. (Leis nº 12.546/11 e 12.844/13; Decreto nº 7.828/12; INs RFB nº 971/09 e 1. Desoneração da Folha de Pagamento na Construção Civil (Leis nº 12.546/11 e 12.844/13; Decreto nº 7.828/12; INs RFB nº 971/09 e 1.300/12) 1 Sumário 1. Como consultar os entendimentos da RFB? 2. Breve histórico

Leia mais

DECRETO Nº 29.290, DE 22 DE JULHO DE 2008 DODF de 23.07.2008

DECRETO Nº 29.290, DE 22 DE JULHO DE 2008 DODF de 23.07.2008 DECRETO Nº 29.290, DE 22 DE JULHO DE 2008 DODF de 23.07.2008 Dispõe sobre o afastamento para estudo, congressos, seminários ou reuniões similares de servidor e empregado da Administração Pública Distrital

Leia mais

RESOLUÇÃO Nº 11, DE 04 DE NOVEMBRO DE 2015. Art. 1º Aprovar, na forma do Anexo, a Norma de Capacitação de Servidores da APO.

RESOLUÇÃO Nº 11, DE 04 DE NOVEMBRO DE 2015. Art. 1º Aprovar, na forma do Anexo, a Norma de Capacitação de Servidores da APO. RESOLUÇÃO Nº 11, DE 04 DE NOVEMBRO DE 2015 A DIRETORIA EXECUTIVA DA AUTORIDADE PÚBLICA OLÍMPICA APO, no uso das atribuições que lhe conferem o inciso XIV do Parágrafo Segundo da Cláusula Décima Quinta

Leia mais

QUALIFICAÇÃO E CERTIFICAÇÃO DE PESSOAL EM CORROSÃO E PROTEÇÃO

QUALIFICAÇÃO E CERTIFICAÇÃO DE PESSOAL EM CORROSÃO E PROTEÇÃO ABRACO 00 de 0 OBJETIVO Esta norma estabelece a sistemática adotada pela Associação Brasileira de Corrosão ABRACO para o funcionamento do Sistema Nacional de Qualificação e Certificação em Corrosão e Proteção.

Leia mais

Acidentes de Trabalho com Consequência óbitos

Acidentes de Trabalho com Consequência óbitos Acidentes de Trabalho com Consequência óbitos Brasília DF Abril/2015 1. INTRODUÇÃO O Ministério da Previdência (MPS), por intermédio da Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência Social (DATAPREV),

Leia mais

Segurança e Saúde dos Trabalhadores

Segurança e Saúde dos Trabalhadores Segurança e Saúde dos Trabalhadores [1]CONVENÇÃO N. 155 I Aprovada na 67ª reunião da Conferência Internacional do Trabalho (Genebra 1981), entrou em vigor no plano internacional em 11.8.83. II Dados referentes

Leia mais

PREVIDÊNCIA SOCIAL NO BRASIL

PREVIDÊNCIA SOCIAL NO BRASIL 55 No Brasil, há benefícios devidos ao segurado e àqueles que dependem do segurado. Para ter direito aos benefícios, é preciso estar inscrito no INSS e manter suas contribuições em dia. Na maior parte

Leia mais

Licitações de Agências de Publicidade Lei nº 12.232/2010

Licitações de Agências de Publicidade Lei nº 12.232/2010 Licitações de Agências de Publicidade Lei nº 12.232/2010 * Rodrigo Corrêa da Costa Oliveira 1. INTRODUÇÃO A contratação de Agências de Propaganda pela Administração Pública sempre se pautou pela Lei Geral

Leia mais

Portal Nacional de Direito do Trabalho www.pndt.com.br. Resolução nº 485 do MPS

Portal Nacional de Direito do Trabalho www.pndt.com.br. Resolução nº 485 do MPS Portal Nacional de Direito do Trabalho www.pndt.com.br Resolução nº 485 do MPS MINISTÉRIO DA PREVIDÊNCIA SOCIAL INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL DOU de 09/07/2015 (nº 129, Seção 1, pág. 52) RESOLUÇÃO

Leia mais

ACIDENTE DE TRABALHO

ACIDENTE DE TRABALHO ACIDENTE DE TRABALHO Conselho Federal de Medicina (CFM) RESOLUÇÃO CFM nº 1488/1988 É responsabilidade do médico estabelecer a relação causal ou o nexo técnico entre a doença e o trabalho História clínica

Leia mais

36) Levando-se em conta as regras da Lei 8.112/90, analise os itens abaixo, a respeito dos direitos e vantagens do servidor público federal:

36) Levando-se em conta as regras da Lei 8.112/90, analise os itens abaixo, a respeito dos direitos e vantagens do servidor público federal: Hoje, continuaremos com os comentários ao simulado da 2ª Feira do Concurso. 36) Levando-se em conta as regras da Lei 8.112/90, analise os itens abaixo, a respeito dos direitos e vantagens do servidor público

Leia mais

Correção da Prova Bacharel Questões: 29 e 30 Perícia Contábil 35 e 37 Princípios Contábeis 41, 42 e 43 Legislação e Ética Profissional

Correção da Prova Bacharel Questões: 29 e 30 Perícia Contábil 35 e 37 Princípios Contábeis 41, 42 e 43 Legislação e Ética Profissional Correção da Prova Bacharel Questões: 29 e 30 Perícia Contábil 35 e 37 Princípios Contábeis 41, 42 e 43 Legislação e Ética Profissional Questão 29 De acordo com a NBC TP 01 Perícia Contábil, os procedimentos

Leia mais

CÂMARA MUNICIPAL DE MOURA

CÂMARA MUNICIPAL DE MOURA CÂMARA MUNICIPAL DE MOURA Regulamento de Estágio para Ingresso nas Carreiras do Grupo de Pessoal Técnico Superior, Técnico e de Informática do Quadro de Pessoal da Câmara Municipal de Moura PREÂMBULO Publicado

Leia mais

CARTILHA PPP VERSÃO 1 (30-06-2003) O quê é?

CARTILHA PPP VERSÃO 1 (30-06-2003) O quê é? CARTILHA PPP VERSÃO 1 (30-06-2003) O quê é? Documento histórico-laboral do trabalhador que reúne informações administrativas, ambientais e biológicas, durante todo o período em que prestou serviço para

Leia mais

Benefício Assistencial de Prestação Continuada (BPC)

Benefício Assistencial de Prestação Continuada (BPC) Benefício Assistencial de Prestação Continuada (BPC) Seguridade Social Em princípio, é necessário fazermos uma pequena introdução sobre Seguridade Social, para que possamos entender, com mais clareza,

Leia mais

Política de Divulgação de Atos ou Fatos Relevantes da Quality Software S.A. ( Política de Divulgação )

Política de Divulgação de Atos ou Fatos Relevantes da Quality Software S.A. ( Política de Divulgação ) Política de Divulgação de Atos ou Fatos Relevantes da Quality Software S.A. ( Política de Divulgação ) Versão: 1.0, 08/03/2013 Fatos Relevantes v 1.docx 1. INTRODUÇÃO E OBJETIVO... 3 2. PESSOAS SUJEITAS

Leia mais

PARECER Nº, DE 2005. RELATOR: Senador AUGUSTO BOTELHO I RELATÓRIO

PARECER Nº, DE 2005. RELATOR: Senador AUGUSTO BOTELHO I RELATÓRIO PARECER Nº, DE 2005 Da COMISSÃO DE ASSUNTOS SOCIAIS, em decisão terminativa, sobre o Projeto de Lei do Senado nº 208, de 2005, que altera a redação do art. 58 da Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, para

Leia mais

CARTILHA SOBRE DIREITO À APOSENTADORIA ESPECIAL APÓS A DECISÃO DO STF NO MANDADO DE INJUNÇÃO Nº 880 ORIENTAÇÕES DA ASSESSORIA JURIDICA DA FENASPS

CARTILHA SOBRE DIREITO À APOSENTADORIA ESPECIAL APÓS A DECISÃO DO STF NO MANDADO DE INJUNÇÃO Nº 880 ORIENTAÇÕES DA ASSESSORIA JURIDICA DA FENASPS CARTILHA SOBRE DIREITO À APOSENTADORIA ESPECIAL APÓS A DECISÃO DO STF NO MANDADO DE INJUNÇÃO Nº 880 ORIENTAÇÕES DA ASSESSORIA JURIDICA DA FENASPS 1. Que entidades conseguiram no Supremo Tribunal Federal

Leia mais

CONSELHO DE REGULAÇÃO E MELHORES PRÁTICAS DE FUNDOS DE INVESTIMENTO DELIBERAÇÃO Nº 68

CONSELHO DE REGULAÇÃO E MELHORES PRÁTICAS DE FUNDOS DE INVESTIMENTO DELIBERAÇÃO Nº 68 CONSELHO DE REGULAÇÃO E MELHORES PRÁTICAS DE FUNDOS DE INVESTIMENTO DELIBERAÇÃO Nº 68 O Conselho de Regulação e Melhores Práticas de Fundos de Investimento, no exercício das atribuições a ele conferidas

Leia mais

Minuta de Termo de Referência

Minuta de Termo de Referência Minuta de Termo de Referência Contratação de serviço para elaboração do mapeamento, análise, propostas e implantação de melhorias nos processos de trabalho da Coordenadoria Geral de Licenciamento Ambiental

Leia mais

ESTADO DO PIAUÍ PODER JUDICIÁRIO COMARCA DE PAULISTANA

ESTADO DO PIAUÍ PODER JUDICIÁRIO COMARCA DE PAULISTANA ESTADO DO PIAUÍ PODER JUDICIÁRIO COMARCA DE PAULISTANA AÇÃO CIVIL PÚBLICA PROCESSO Nº 00000064-20.2012.8.18.000064 AUTOR: MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUI RÉUS: MUNICÍPIO DE PAULISTANA/PI e OUTRO

Leia mais

www.apostilaeletronica.com.br

www.apostilaeletronica.com.br DIREITO TRIBUTÁRIO I. Sistema Tributário Nacional e Limitações Constitucionais ao Poder de Tributar... 02 II. Tributos... 04 III. O Estado e o Poder de Tributar. Competência Tributária... 08 IV. Fontes

Leia mais

PREVIDÊNCIA. - Do latim pre videre, ver com antecipação as contingências sociais e procurar compô-las, ou praevidentia, prever, antever.

PREVIDÊNCIA. - Do latim pre videre, ver com antecipação as contingências sociais e procurar compô-las, ou praevidentia, prever, antever. PREVIDÊNCIA CONCEITO - Do latim pre videre, ver com antecipação as contingências sociais e procurar compô-las, ou praevidentia, prever, antever. - Nasce com o Direito do Trabalho, tendo por objetivo minorar

Leia mais

Coordenação-Geral de Tributação

Coordenação-Geral de Tributação Fls. 2 1 Coordenação-Geral de Tributação Solução de Consulta nº 90 - Data 2 de abril de 2014 Processo Interessado CNPJ/CPF ASSUNTO: CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS PREVIDENCIÁRIAS CONTRIBUIÇÃO SUBSTITUTIVA. SERVIÇOS

Leia mais

GESTÃO COLETIVA NO AMBIENTE DIGITAL

GESTÃO COLETIVA NO AMBIENTE DIGITAL GESTÃO COLETIVA NO AMBIENTE DIGITAL CONTEXTO A gestão coletiva de direitos autorais é uma das formas com que os autores podem garantir de maneira efetiva os seus direitos. Disciplinada no ordenamento jurídico

Leia mais

REAJUSTE DE MENSALIDADE INFORMAÇÕES INDISPENSÁVEIS AO CONSUMIDOR

REAJUSTE DE MENSALIDADE INFORMAÇÕES INDISPENSÁVEIS AO CONSUMIDOR REAJUSTE DE MENSALIDADE INFORMAÇÕES INDISPENSÁVEIS AO CONSUMIDOR Reajuste de mensalidade é a variação do valor pago ao plano de saúde. A variação pode acontecer por três motivos: necessidade de atualização

Leia mais

MANUAL DE ORIENTAÇÕES PARA ESTÁGIOS

MANUAL DE ORIENTAÇÕES PARA ESTÁGIOS MANUAL DE ORIENTAÇÕES PARA ESTÁGIOS Lei de estágio 11.788/08 O estágio tem por finalidade proporcionar a complementação da formação acadêmica e permite que o estudante tenha acesso ao campo de sua futura

Leia mais

Coordenação-Geral de Tributação

Coordenação-Geral de Tributação Fls. 2 1 Coordenação-Geral de Tributação Solução de Consulta nº 49 - Data 19 de fevereiro de 2014 Processo Interessado CNPJ/CPF ASSUNTO: CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS PREVIDENCIÁRIAS ÓRGÃOS PÚBLICOS. ATIVIDADE

Leia mais

Acidentes de Trabalho no Setor de Atividade Econômico Agricultura 2007.

Acidentes de Trabalho no Setor de Atividade Econômico Agricultura 2007. Acidentes de Trabalho no Setor de Atividade Econômico Agricultura 2007. Estatísticas de Acidente de Trabalho no Brasil BLOG DIESAT: Leia notícias atualizadas sobre Acidente de Trabalho: http://diesat.blogspot.com/search/label/acidente%20de%20trabalho

Leia mais

Regulamento que estabelece os procedimentos a Observar em Caso de Acidentes de Trabalho

Regulamento que estabelece os procedimentos a Observar em Caso de Acidentes de Trabalho Regulamento que estabelece os procedimentos a Observar em Caso de Acidentes de Trabalho Página 2 de 7 Artigo 1.º... 3... 3 Artigo 2.º... 3... 3 Artigo 3.º... 3... 3 Artigo 4.º... 4... 4 Artigo 5.º... 5

Leia mais

ATUALIZAÇÃO DO CONTEÚDO DE DIREITO PREVIDENCIÁRIO CONFORME LEI 12.470 DE 31/08/2011

ATUALIZAÇÃO DO CONTEÚDO DE DIREITO PREVIDENCIÁRIO CONFORME LEI 12.470 DE 31/08/2011 ATUALIZAÇÃO DO CONTEÚDO DE DIREITO PREVIDENCIÁRIO CONFORME LEI 12.470 DE 31/08/2011 8. DEPENDENTES Na ausência do arrimo de família, a sociedade houve por bem dar proteção social aos que dele (a) dependiam.

Leia mais

NT_036/2010_FINANÇAS Brasília/DF, 30 de julho de 2010. NOTA TÉCNICA

NT_036/2010_FINANÇAS Brasília/DF, 30 de julho de 2010. NOTA TÉCNICA NT_036/2010_FINANÇAS Brasília/DF, 30 de julho de 2010. NOTA TÉCNICA REFERENTE AO VALOR DA TERRA NUA PARA FINS DE RECOLHIMENTO DO ITR A Confederação Nacional de Municípios esclarece que, em razão das situações

Leia mais

Política de Divulgação de Informações Relevantes e Preservação de Sigilo

Política de Divulgação de Informações Relevantes e Preservação de Sigilo Índice 1. Definições... 2 2. Objetivos e Princípios... 3 3. Definição de Ato ou Fato Relevante... 4 4. Deveres e Responsabilidade... 5 5. Exceção à Imediata Divulgação... 7 6. Dever de Guardar Sigilo...

Leia mais

MINUTA DA RESOLUÇÃO DA COMISSÃO DE IMPLANTAÇÃO DAS 30 HORAS SEMANAIS DO CEFET-MG

MINUTA DA RESOLUÇÃO DA COMISSÃO DE IMPLANTAÇÃO DAS 30 HORAS SEMANAIS DO CEFET-MG MINUTA DA RESOLUÇÃO DA COMISSÃO DE IMPLANTAÇÃO DAS 30 HORAS SEMANAIS DO CEFET-MG Regulamenta o processo de implementação e avaliação da flexibilização da jornada de trabalho dos servidores técnico-administrativos

Leia mais

PLANO DE CARGOS, CARREIRA E SUBSÍDIOS DO PESSOAL DE APOIO E ADMINISTRATIVO.

PLANO DE CARGOS, CARREIRA E SUBSÍDIOS DO PESSOAL DE APOIO E ADMINISTRATIVO. PLANO DE CARGOS, CARREIRA E SUBSÍDIOS DO PESSOAL DE APOIO E ADMINISTRATIVO. INTRODUÇÃO: Em primeiro lugar se faz necessário lembrar que a construção inicial foi de um Plano de Carreira unificado elaborado

Leia mais

PERGUNTAS E RESPOSTAS SOBRE A RESOLUÇÃO N o 1010/05

PERGUNTAS E RESPOSTAS SOBRE A RESOLUÇÃO N o 1010/05 PERGUNTAS E RESPOSTAS SOBRE A RESOLUÇÃO N o 1010/05 As perguntas abaixo foram compiladas após a série de treinamentos sobre a Resolução nº 1.010, de 2005, ministrados pelo Confea aos Creas durante o primeiro

Leia mais

Nota técnica nº 001/2010.

Nota técnica nº 001/2010. São Luís, 21 de maio de 2010. Nota técnica nº 001/2010. Assunto: Tipicidade da conduta de cortar palmeiras de babaçu em propriedade privada. Aplicação da lei nº9.605/98. Disposições das leis estaduais

Leia mais

ALTERAÇÕES NA LEI DE FUNDAÇÕES DE APOIO: POSSIBILIDADES E EXPECTATIVAS PARA AS IFES FORPLAD DOURADOS 30, 31/10/2013 e 01/11/2013

ALTERAÇÕES NA LEI DE FUNDAÇÕES DE APOIO: POSSIBILIDADES E EXPECTATIVAS PARA AS IFES FORPLAD DOURADOS 30, 31/10/2013 e 01/11/2013 ALTERAÇÕES NA LEI DE FUNDAÇÕES DE APOIO: POSSIBILIDADES E EXPECTATIVAS PARA AS IFES FORPLAD DOURADOS 30, 31/10/2013 e 01/11/2013 1 - ASPECTOS INTRODUTÓRIOS O marco legal das fundações de apoio: Lei 8.958/94

Leia mais

RESOLUÇÃO Nº 17/2004

RESOLUÇÃO Nº 17/2004 RESOLUÇÃO Nº 17/2004 Dispõe sobre Estágios na Faculdade de Ciências Biológicas e de Saúde de União da Vitória, da Faculdade de Ciências Exatas e Tecnológicas de União da Vitória e da Faculdade de Ciências

Leia mais

Parecer Consultoria Tributária Segmentos Retenção INSS por Contribuinte Individual

Parecer Consultoria Tributária Segmentos Retenção INSS por Contribuinte Individual 12/05/2016 Sumário Título do documento 1. Questão... 3 2. Normas Apresentadas Pelo Cliente... 3 3. Análise da Legislação... 4 3.1 Instrução Normativa RFB nº 971, de 13 de novembro de 2009... 4 3.2 Exemplo

Leia mais

PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR

PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR Dispõe sobre o quórum de aprovação de convênio que conceda remissão dos créditos tributários constituídos em decorrência de benefícios, incentivos fiscais ou financeiros instituídos

Leia mais

6. Pronunciamento Técnico CPC 23 Políticas Contábeis, Mudança de Estimativa e Retificação de Erro

6. Pronunciamento Técnico CPC 23 Políticas Contábeis, Mudança de Estimativa e Retificação de Erro TÍTULO : PLANO CONTÁBIL DAS INSTITUIÇÕES DO SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL - COSIF 1 6. Pronunciamento Técnico CPC 23 Políticas Contábeis, Mudança de Estimativa e Retificação de Erro 1. Aplicação 1- As instituições

Leia mais

MANUTENÇÃO E PERDA DA QUALIDADE DE SEGURADO

MANUTENÇÃO E PERDA DA QUALIDADE DE SEGURADO A manutenção da qualidade do segurado é essencial porque sem ela inexiste a prestação previdenciária. Tal proteção só é dada a quem é segurado, ou a dependente de quem é segurado, nunca a ex-segurado!!!

Leia mais

MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL PROCURADORIA FEDERAL DOS DIREITOS DO CIDADÃO NÚCLEO DE APOIO OPERACIONAL DA PRR/4ª REGIÃO

MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL PROCURADORIA FEDERAL DOS DIREITOS DO CIDADÃO NÚCLEO DE APOIO OPERACIONAL DA PRR/4ª REGIÃO Voto nº: 3700/2015 Referência: ICP MPF/PRDC/SC 1.33.000.001974/2009-51 Representante: Grupo de Apoio de Prevenção à AIDS (GAPA) Representada: Agência da Previdência Social Florianópolis/SC-Centro Interessado:

Leia mais

Sala da Comissão, em de de 2012. Deputado Edinho Bez Relator

Sala da Comissão, em de de 2012. Deputado Edinho Bez Relator COMISSÃO DE VIAÇÃO E TRANSPORTES Projeto de Lei nº 2.828, de 2011 (Apensos: PL nº 3.191/2012 e PL nº 3.966/2012) 1997. Altera o art. 140 da Lei nº 9.503, de Autor: Deputado Alceu Moreira Relator: Deputado

Leia mais

COMISSÃO DE SEGURIDADE SOCIAL E FAMÍLIA

COMISSÃO DE SEGURIDADE SOCIAL E FAMÍLIA COMISSÃO DE SEGURIDADE SOCIAL E FAMÍLIA PROJETO DE LEI Nº 2.104, DE 2011 (Apensados os Projetos de Lei nº 2.962/2011, 3.303/2012, 4.907/2012, 1.929/2015 e 2.330/2015) Altera o 1º do art. 1º da Lei nº 11.520,

Leia mais

NORMA BRASILEIRA DE CONTABILIDADE NBC TSC 4410, DE 30 DE AGOSTO DE 2013

NORMA BRASILEIRA DE CONTABILIDADE NBC TSC 4410, DE 30 DE AGOSTO DE 2013 NORMA BRASILEIRA DE CONTABILIDADE NBC TSC 4410, DE 30 DE AGOSTO DE 2013 Dispõe sobre trabalho de compilação de informações contábeis. O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, no exercício de suas atribuições

Leia mais

FUNDAMENTAÇÃO LEGAL OBRIGATORIEDADE

FUNDAMENTAÇÃO LEGAL OBRIGATORIEDADE FUNDAMENTAÇÃO LEGAL Os artigos 578 e 579 da CLT preveem que as contribuições devidas aos sindicatos, pelos que participem das categorias econômicas ou profissionais ou das profissões liberais representadas

Leia mais

CAPITAL DE GIRO: ESSÊNCIA DA VIDA EMPRESARIAL

CAPITAL DE GIRO: ESSÊNCIA DA VIDA EMPRESARIAL CAPITAL DE GIRO: ESSÊNCIA DA VIDA EMPRESARIAL Renara Tavares da Silva* RESUMO: Trata-se de maneira ampla da vitalidade da empresa fazer referência ao Capital de Giro, pois é através deste que a mesma pode

Leia mais

Processo Administrativo nº 05/08

Processo Administrativo nº 05/08 Processo Administrativo nº 05/08 Envolvida: Alpes Corretora de Câmbio, Títulos e Valores Mobiliários S.A. Assunto: Cadastramento e Identificação de Investidores Não-Residentes Conselheiro-Relator: Eduardo

Leia mais

COMISSÃO DE AGRICULTURA, PECUÁRIA, ABASTECIMENTO E DESENVOLVIMENTO RURAL PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR Nº 417, DE 2014

COMISSÃO DE AGRICULTURA, PECUÁRIA, ABASTECIMENTO E DESENVOLVIMENTO RURAL PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR Nº 417, DE 2014 COMISSÃO DE AGRICULTURA, PECUÁRIA, ABASTECIMENTO E DESENVOLVIMENTO RURAL PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR Nº 417, DE 2014 Altera as Leis nºs 8.213, de 24 de julho de 1991, 7.998, de 11 de janeiro de 1990, e

Leia mais

COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA DA ESCOLA DE SAÚDE PÚBLICA DO CEARÁ

COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA DA ESCOLA DE SAÚDE PÚBLICA DO CEARÁ COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA DA ESCOLA DE SAÚDE PÚBLICA DO CEARÁ 1. ORIENTAÇÕES PARA ELABORAÇÃO DO TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TCLE) A importância do TCLE. A Resolução CNS 196/96 afirma

Leia mais

DECRETO Nº 713, DE 1º DE ABRIL DE 2013

DECRETO Nº 713, DE 1º DE ABRIL DE 2013 DECRETO Nº 713, DE 1º DE ABRIL DE 2013 Publicado no DOE(Pa) de 02.04.13. Institui o Programa de Parcerias Público-Privadas PPP/PA e regulamenta o Conselho Gestor de Parcerias Público- Privadas do Estado

Leia mais

Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos

Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos DECRETO Nº 4.799, DE 4 DE AGOSTO DE 2003. Dispõe sobre a comunicação de governo do Poder Executivo Federal e dá outras providências.

Leia mais

- GUIA DO EMPRESÁRIO -

- GUIA DO EMPRESÁRIO - - GUIA DO EMPRESÁRIO - LEGISLAÇÃO TRABALHISTA E PREVIDENCIÁRIA LEGISLAÇÃO TRABALHISTA CONTROLE DA JORNADA DE TRABALHO ROTEIRO Planeta Contábil 2008 Todos os Direitos Reservados (www.planetacontabil.com.br)

Leia mais

C Â M A R A D O S D E P U T A D O S

C Â M A R A D O S D E P U T A D O S REDAÇÃO FINAL MEDIDA PROVISÓRIA Nº 518-A DE 2010 PROJETO DE LEI DE CONVERSÃO Nº 12 DE 2011 Disciplina a formação e consulta a bancos de dados com informações de adimplemento, de pessoas naturais ou de

Leia mais

COMISSÃO DE VIAÇÃO E TRANSPORTES. Projeto de Lei nº 5.758, de 2009

COMISSÃO DE VIAÇÃO E TRANSPORTES. Projeto de Lei nº 5.758, de 2009 COMISSÃO DE VIAÇÃO E TRANSPORTES Projeto de Lei nº 5.758, de 2009 Dispõe sobre a utilização de equipamento de segurança em todos os táxis de cidades com mais de 200 mil habitantes. Autor: Deputada Gorete

Leia mais

MINUTA DE RESOLUÇÃO. Capítulo I DO OBJETO

MINUTA DE RESOLUÇÃO. Capítulo I DO OBJETO MINUTA DE RESOLUÇÃO Dispõe sobre a atividade de corretagem de resseguros, e dá outras providências. A SUPERINTENDÊNCIA DE SEGUROS PRIVADOS - SUSEP, no uso da atribuição que lhe confere o art. 34, inciso

Leia mais

A REGULAMENTAÇÃO DA EAD E O REFLEXO NA OFERTA DE CURSOS PARA FORMAÇÃO DE PROFESSORES

A REGULAMENTAÇÃO DA EAD E O REFLEXO NA OFERTA DE CURSOS PARA FORMAÇÃO DE PROFESSORES A REGULAMENTAÇÃO DA EAD E O REFLEXO NA OFERTA DE CURSOS PARA FORMAÇÃO DE PROFESSORES Autor(a): Alessandra Barbara Santos de Almeida Coautor(es): Alessandra Barbara Santos de Almeida, Gliner Dias Alencar,

Leia mais

Atribuições dos Tecnólogos

Atribuições dos Tecnólogos UNIVERSIDADE REGIONAL DO CARIRI DEPARTAMENTO DE CONSTRUÇÃO CIVIL TECNOLOGIA EM CONTRUÇÃO CIVIL EDIFÍCIOS E ESTRADAS Atribuições dos Tecnólogos Prof.ª Me. Fabiana Marques Maio / 2014 SOBRE O TECNÓLOGO Segundo

Leia mais

A Hermenêutica do Artigo 50, 13, Inciso III, do ECA, Frente à Equidade e aos Princípios Constitucionais da Proteção Integral e da Prioridade Absoluta

A Hermenêutica do Artigo 50, 13, Inciso III, do ECA, Frente à Equidade e aos Princípios Constitucionais da Proteção Integral e da Prioridade Absoluta 238 Série Aperfeiçoamento de Magistrados 11 Curso de Constitucional - Normatividade Jurídica A Hermenêutica do Artigo 50, 13, Inciso III, do ECA, Frente à Equidade e aos Princípios Constitucionais da Proteção

Leia mais

SEGURO DE ACIDENTES PESSOAIS COLETIVO. Condições Especiais

SEGURO DE ACIDENTES PESSOAIS COLETIVO. Condições Especiais SEGURO DE ACIDENTES PESSOAIS COLETIVO Condições Especiais Processo SUSEP 10.005462/99-17 0 ÍNDICE CLÁUSULA ADICIONAL DE INVALIDEZ PERMANENTE TOTAL POR ACIDENTE IPTA 1. Objetivo do Seguro 2. Definições

Leia mais

ACIDENTE DE TRABALHO

ACIDENTE DE TRABALHO CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA (CFM) RESOLUÇÃO CFM nº 1488/1988 É responsabilidade do médico estabelecer a relação causal ou o nexo técnico entre a doença e o trabalho História clínica e ocupacional Exame

Leia mais

PARECER Nº DE 2015. RELATOR: Senador DOUGLAS CINTRA

PARECER Nº DE 2015. RELATOR: Senador DOUGLAS CINTRA PARECER Nº DE 2015 Da COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO, JUSTIÇA E CIDADANIA, em decisão terminativa, sobre o Projeto de Lei do Senado nº 356 de 2012, do Senador Paulo Paim, que altera o artigo 53 do Código Civil

Leia mais

PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA INTERNA

PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA INTERNA 1/8 Sumário 1 Objetivo 2 Aplicação 3 Documentos complementares 4 Definições 5 Procedimento 1 Objetivo Este Procedimento tem como objetivo descrever a rotina aplicável aos procedimentos de auditoria interna

Leia mais