SEQUÊNCIA DIDÁTICA PODCAST ÁREA LÍNGUA PORTUGUESA ALFA Título do Textos e a relação com o cotidiano
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- Stefany Bugalho Almada
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1 SEQUÊNCIA DIDÁTICA PODCAST ÁREA LÍNGUA PORTUGUESA ALFA Título do Textos e a relação com o cotidiano Podcast Área Língua Portuguesa Segmento Ensino Fundamental Programa de Alfabetização de Jovens e Adultos Duração 4min35seg Habilidades: H15 Tempo Estimado: 60 minutos Materiais e recursos necessários: Podcast, cópia da Sequência Didática para resolução das atividades propostas e cadernos de anotações. Conteúdos: conexão entre textos e os acontecimentos do cotidiano; informações implícitas. Desenvolvimento: A sequência de atividades a seguir, poderá auxiliar você no aprofundamento e aprendizagem sobre a conexão entre um texto e os acontecimentos do cotidiano, recorrendo aos conhecimentos prévios para explicitar informações implícitas (intenções do autor, efeitos de humor, sentido de palavras e expressões em um texto. Utilizaremos o Podcast Textos e a relação com o cotidiano como ponto de partida. Vamos lá! Ouça com atenção o Podcast disponível no Portal EJ@ Área Aluno. Clique na imagem a seguir para acessá-lo: 1
2 Depois de ouvir o Podcast, vamos pensar um pouco sobre os textos e as suas relações com o cotidiano. Durante as atividades recorreremos aos nossos conhecimentos prévios para compreender, explicar as informações que estão implícitas no textos. Vamos pensar um pouco: O que são informações explícitas e implícitas... As informações explícitas são aquelas manifestadas pelo autor no próprio texto. As informações implícitas não são manifestadas pelo autor no texto, mas podem ser subentendidas. Muitas vezes, para efetuarmos uma leitura eficiente, é preciso ir além do que foi dito, ou seja, ler nas entrelinhas. Por exemplo, observe este enunciado: - Patrícia parou de tomar refrigerante. A informação explícita é Patrícia parou de tomar refrigerante. A informação implícita é Patrícia tomava refrigerante antes. Agora, veja este outro exemplo: -Felizmente, Patrícia parou de tomar refrigerante. A informação explícita é Patrícia parou de tomar refrigerante. A palavra felizmente indica que o falante tem uma opinião positiva sobre o fato essa é a informação implícita. Com esses exemplos, mostramos como podemos inferir informações a partir de um texto. Fazer uma inferência significa concluir alguma coisa a partir de outra já conhecida. Fazer inferências é uma habilidade fundamental para a interpretação adequada dos textos e dos enunciados. A seguir, veremos dois tipos de informações que podem ser inferidas: as pressupostas e as subentendidas. Pressupostos Uma informação é considerada pressuposta quando um enunciado depende dela para fazer sentido. Considere, por exemplo, a seguinte pergunta: Quando Patrícia voltará para casa?. Esse enunciado só faz sentido se considerarmos que Patrícia saiu de casa, ao menos temporariamente essa é a informação pressuposta. Caso Patrícia se encontre em casa, o pressuposto não é válido, o que torna o enunciado sem sentido. Repare que as informações pressupostas estão marcadas através de palavras e expressões presentes no próprio enunciado e resultam de um raciocínio lógico. Portanto, no enunciado Patrícia ainda não voltou para casa, a palavra ainda indica que a volta de Patrícia para casa é dada como certa pelo falante. Subentendidos Ao contrário das informações pressupostas, as informações subentendidas não são marcadas no próprio enunciado, são apenas sugeridas, ou seja, podem ser entendidas como insinuações. 2
3 O uso de subentendidos faz com que o autor se esconda atrás de uma afirmação, pois não quer se comprometer com ela. Por isso, dizemos que os subentendidos são de responsabilidade de quem recebe a informação, enquanto os pressupostos são partilhados tanto pelo autor quanto pelo leitor. Em nosso cotidiano, somos cercados por informações subentendidas. A publicidade, por exemplo, parte de hábitos e pensamentos da sociedade para criar subentendidos. Já a anedota é um gênero textual cuja interpretação depende da quebra de subentendidos. Disponível em: < (Adaptado). Acesso em: 01 abr h33min. No Podcast, foram apresentados duas situações de textos para a sua reflexão. Ambos valorizam as relações com o cotidiano, bem como a importância dos conhecimentos do leitor para aprofundar o assunto em questão. Agora que já retomamos alguns conceitos e reflexões sobre o tema, vamos desenvolver algumas atividades para ampliar os conhecimentos. 1- Retome o texto que você ouviu no Podcast: O Relógio: O relógio Passa, tempo, tic-tac Tic-tac, passa a hora Chega logo, tic-tac Tic-tac, e vai-te embora Passa, tempo Bem depressa Não atrasa Não demora Que já estou Muito cansado Já perdi Toda a alegria De fazer Meu tic-tac Dia e noite Noite e dia Tic-tac Tic-tac Tic-tac... MORAES, Vinícius de. A arca de Noé. Rio de Janeiro: José Olímpio,
4 2- Agora em relação aos seus conhecimentos sobre relógios responda: a) Você tem relógio na sua casa? Que tipo? de parede, de pulso, analógico, digital...? b) O relógio da sua casa produz algum tipo de som, como o do texto que acabou de ler? c) Você já ouviu o som TIC-TAC de algum relógio? Onde? d) Você já parou para prestar atenção ao som produzido pelo relógio de sua casa? e) Em que momentos do dia você costuma olhar o relógio? Por que você faz isso? f) Você gosta de relógios que façam barulho? O que nos relógios mais o incomoda? Por quê? g) Hoje em dia encontrar relógios que façam o tradicional tic-tac é algo comum? Por quê? h) Que tal pesquisar um pouco sobre a origem dos relógios na história da humanidade? Alguns sugestões de links: Acesso em: 01 abr h30min. Acesso em: 01 abr h35min. 4
5 Registre algumas das suas descobertas no espaço a seguir: 3- Agora releia o texto prestando atenção no ritmo, a sonoridade, a musicalidade, a expressividade apresentada no texto e responda: a) De que trata o poema? b) O que ele lembra? c) Que ritmo o relógio do texto lembra? d) Por que a expressão tic-tac é repetida nos últimos versos? e) A passagem do tempo deixa o relógio satisfeito? Como é possível perceber isso? 4- Agora exercite Elabore um poema que pelo ritmo e sons das palavras mostre a apreensão de uma pessoa diante da passagem rápida do tempo. Utilize seus conhecimentos e experiências sobre o assunto para escrevê-lo. 5
6 5- Vamos aprofundar nossos estudos sobre o texto de Ziraldo Aluno: espera-se, com as atividades a seguir, que você mobilize os conhecimentos que tem a respeito desse tipo de texto (anedotas), e os utilize para construir seu significado. Caso, sozinho, isso não aconteça, traga as suas dificuldades encontradas na compreensão para serem discutidas em sala de aula com o seu alfabetizador, quando, então, outras leituras serão feitas (quantas se fizerem necessárias). Se necessário faça uso do dicionário como recurso para compreensão do texto. O uso do dicionário com objetivo/finalidade. Leia o texto que você ouviu no Podcast: O caipira andava ao longo da estrada seguido de dez cavalos. Nisso vem um automóvel e o motorista grita para o caipira: Você tem dez. Mas eu tenho duzentos e cinquenta cavalos! E vrrrruuuu! saiu em disparada! O caipira continuou seu passo. E lá na frente estava o carro virado dentro do rio, ao lado da ponte. Aí o caipira falou pro motorista: Oi, cumpadre! Dando água para a tropa, é? Leia e observe o significado das palavras: Ziraldo: As anedotinhas do bichinho da maçã. Ed. Melhoramentos, Caipira. S. 2 g. 1. Bras., S. Habitante do campo ou da roça, particularmente os de pouca instrução e de convívio e modos rústicos. [Sin., sendo alguns regionais: capiau, casca-grossa, jeca, matuto, mocorongo, roceiro, sertanejo.]. Tropa. S.f. 1. Conjunto de muitas pessoas agrupadas; multidão. 2. Conjunto de soldados. 3. Bras. Caravana de animais equídeos, especialmente os de carga. Disponível em: < Acesso em: 01 Abr h21minm. Observe no texto mais palavras que você precisa pesquisar o significado. Utilize o espaço a seguir para registrá-las 6
7 _ 6- Releia o texto e responda as questões: a) A palavra cavalos é usada sempre com o mesmo sentido no texto? Por que? b) O que o motorista quis dizer com Você tem dez. Mas eu tenho duzentos e cinquenta cavalos!? Com que intenção ele disse isso para o caipira? c) O caipira se incomodou com o que o motorista do carro disse para ele? Como é possível saber isso? d) Por que o carro estava dentro do rio, ao lado da ponte? Como ele foi parar lá? e) Como o caipira fala com o motorista do carro? Você acha que eles são mesmo compadres? f) O que o caipira quis dizer com a frase Oi, cumpadre! Dando água para a tropa, é?? g) Com que intenção ele disse isso para o motorista do carro? Para o caipira, o motorista estava mesmo dando água para os cavalos? h) Quando leu ou ouviu a anedotinha, pela primeira vez, você a achou engraçada? Por quê? 7
8 i) E, agora, depois de reler e trabalhar algumas questões sobre ela, você acha que ela é engraçada? Por quê? j) Que título você daria para a anedotinha? Por quê? Chegamos ao final, e esperamos que você tenha aprofundado seus conhecimentos sobre textos e as relações com o cotidiano. Esperamos você em outras atividades envolvendo os Podcasts! Indicações: Bibliografia consultada para elaboração das atividades - Portal do MEC. Disponível em: < Acesso em 01. Abr h57min. Portal EJA@ - Mapa Curricular - Eixo 2 - Leitura Texto Literário Anexos: Gabarito 1- Retome o texto que você ouviu no Podcast: O Relógio Leitura individual 2- Agora em relação aos seus conhecimentos sobre relógios, responda: Respostas pessoais (a até h) Aluno: Embora pareça desnecessária a reflexão das questões apresentadas é importante que você saiba que os seus conhecimentos sobre relógios e outros assuntos são fundamentais para que você leia e compreenda o texto. 3- Agora releia o texto prestando atenção no ritmo, a sonoridade, a musicalidade, a expressividade apresentada no texto e responda: Aluno: é importante que você perceba que o tic-tac marca a passagem do tempo que, para o relógio, é cansativa, repetitiva, desinteressante: Já perdi/toda a alegria/de fazer/meu tic-tac... O relógio demonstra impaciência em relação à passagem do tempo: Passa, tempo.../... passa hora/chega logo.../...e vai-te embora. Sugestões de respostas: 8
9 a) De que trata o poema? O poema trata da vida monótona e repetitiva do relógio, contada por ele. b) O que ele lembra? O poema lembra o som produzido pelo relógio... repetitivo e monótono. c) Que ritmo o relógio do texto lembra? Lembra o som do relógio... tic-tac... pra lá... pra cá. d) Por que a expressão tic-tac é repetida nos últimos versos? Para enfatizar a monótona passagem do tempo, marcada pelo som produzido pelo relógio. e) A passagem do tempo deixa o relógio satisfeito? Como é possível perceber isso? Releia o texto, e observe se você marcou os versos 5 a 14 que correspondem a satisfação do relógio. 4- Agora exercite Elabore um poema que pelo ritmo e sons das palavras mostre a apreensão de uma pessoa diante da passagem rápida do tempo. Utilize seus conhecimentos e experiências sobre o assunto para escrevê-lo. Elaboração de texto de autoria. - Peça ao Alfabetizador para revisar a sua produção. 5- Vamos aprofundar nosso estudos sobre o texto de Ziraldo Observe no texto mais palavras que você precisa pesquisar o significado. Utilize o espaço a seguir para registrá-las Aluno: ao consultar o dicionário, não se esqueça de que ele deve ser usado para auxiliá-lo na construção do sentido do texto, ou seja, sempre que não conseguir descobrir o sentido/significado da palavra no contexto do texto. 6- Releia o texto e responda às questões: a) A palavra cavalos é usada sempre com o mesmo sentido no texto? Por que? b) O que o motorista quis dizer com Você tem dez. Mas eu tenho duzentos e cinquenta cavalos!? Com que intenção ele disse isso para o caipira? c) O caipira se incomodou com o que o motorista do carro disse para ele? Como é possível saber isso? d) Por que o carro estava dentro do rio, ao lado da ponte? Como ele foi parar lá? e) Como o caipira fala com motorista do carro? Você acha que eles são mesmo compadres? f) O que o caipira quis dizer com a frase Oi, cumpadre! Dando água para a tropa, é?? 9
10 g) Com que intenção ele disse isso para o motorista do carro? Para o caipira, o motorista estava mesmo dando água para os cavalos? h) Quando leu ou ouviu a anedotinha, pela primeira vez, você a achou engraçada? Por quê? i) E, agora, depois de reler e trabalhar algumas questões sobre ela, você acha que ela é engraçada? Por quê? j) Que título você daria para a anedotinha? Por quê? Respostas pessoais (a até j) Aluno: quanto às respostas, é preciso que você compreenda que o caipira deu uma lição no motorista. Quem acabou rindo por último foi ele, pois zombou do motorista, quando viu o seu automóvel dentro do rio. Os duzentos e cinquenta cavalos do automóvel não eram animais, portanto, não necessitavam de água. Quando se dirige ao dono do carro, o caipira faz referência à tropa para caçoar do motorista, pois 250 é um número grande... um conjunto de animais, uma tropa. Referências: Podcast: Textos e a relação com o cotidiano. Fundação Bradesco. Setor de Educação de Jovens e Adultos,
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