UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ PRISCILA WOLF RESPONSABILIDADE PENAL DA PESSOA JURÍDICA NOS CRIMES CONTRA O MEIO AMBIENTE

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1 UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ PRISCILA WOLF RESPONSABILIDADE PENAL DA PESSOA JURÍDICA NOS CRIMES CONTRA O MEIO AMBIENTE CURITIBA 2012

2 RESPONSABILIDADE PENAL DA PESSOA JURÍDICA NOS CRIMES CONTRA O MEIO AMBIENTE CURITIBA 2012

3 3 Priscila Wolf RESPONSABILIDADE PENAL DA PESSOA JURÍDICA NOS CRIMES CONTRA O MEIO AMBIENTE Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso De Direito da Faculdade de Ciências Jurídicas da Universidade Tuiuti do Paraná, como requisito parcial para a obtenção do grau de Bacharel em Direito. Orientador: Professor Fernando Freire Filho. CURITIBA 2012

4 4 TERMO DE APROVAÇÃO Priscila Wolf RESPONSABILIDADE PENAL DA PESSOA JURÍDICA NOS CRIMES CONTRA O MEIO AMBIENTE Esta monografia foi julgada e aprovada para a obtenção do titulo de Bacharel em Direito no programa curso de Direito da Universidade Tuiuti do Paraná. Curitiba, de de Curso de Direito Universidade Tuiuti do Paraná Orientador Prof. Fernando Freire Filho Universidade Tuiuti do Paraná. Prof. Dr. Prof. Dr.

5 5 DEDICATORIA Dedico esse trabalho primeiramente a Deus, por estar presente em todos os momentos de minha vida, por me dar forças, nos momentos mais difíceis; À minha mãe Nelita e avó Juracy, pela formação da pessoa que sou, pela paciência e compreensão por todos estes anos, pelo apoio que me foi proporcionado em minha vida e formação acadêmica.

6 6 AGRADECIMENTOS Ao meu Orientador Dr. Fernando Freire Filho pelas orientações e paciência neste estudo; Ao meu namorado, Irú pelo incentivo, compreensão e paciência que sempre teve em todos esses anos; Às minhas queridas amigas, Juliana e Morgana, por estarem presentes ao longo destes anos, pelo apoio e auxílio em cada matéria, nos momentos de dificuldades e alegrias que enfrentamos juntas ao longo do curso. Obrigada por fazerem parte da minha vida.

7 7 RESUMO O presente estudo busca expor a controvérsia existente na doutrina sobre a responsabilidade penal da pessoa jurídica nos crimes ambientais. A pessoa jurídica tem desempenhado um papel muito importante na sociedade moderna, sendo notável um aumento de crimes praticados por intermédio da pessoa jurídica, especialmente contra o meio ambiente. Com o intuito de punir estes crimes, foi inserida na Constituição Federal a possibilidade da pessoa jurídica responder penalmente por seus atos, e alguns anos depois, foi inserida na Lei Ambiental. A partir dos artigos inseridos pela Constituição Federal e Lei Ambiental, iniciou-se o grande debate, onde vemos doutrinadores contra e a favor da responsabilidade penal da pessoa jurídica. Palavras-chave: Direito Penal; Pessoa Jurídica; Crimes Ambientais.

8 8 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO CONTROVÉRSIAS ACERCA DA RESPONSABILIZAÇÃO PENAL DE PESSOAS JURÍDICAS DOGMÁTICA Capacidade de Responsabilizar Penalmente a Pessoa Jurídica Incapacidade de Responsabilizar Penalmente a Pessoa Jurídica RESPONSABILIDADE PENAL DE PESSOAS JURÍDICAS NOS CRIMES CONTRA O MEIO AMBIENTE A LEI 9.605/ Disposições Gerais Das Normas Penais Não Incriminadoras Das Normas Penais Incriminadoras ENTENDIMENTOS DOS TRIBUNAIS SOBRE A RESPONSABILIZAÇÃO PENAL DE PESSOAS JURÍDICAS NOS CRIMES AMBIENTAIS CONSIDERAÇÕES FINAIS REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS... 40

9 9 1 INTRODUÇÃO O presente trabalho busca analisar, inicialmente, as teorias existentes sobre a responsabilidade penal da pessoa jurídica no meio ambiente. Tal tema suscita grande controvérsia no âmbito da doutrina. Sobre este tema encontramos doutrinadores que entendem ser possível e outros doutrinadores que entendem não ser possível, que a pessoa jurídica responda penalmente pelos crimes praticados contra o meio ambiente. Mesmo existindo vários doutrinadores discorrendo sobre tal tema, uma grande parte destes permanece inerte, não exteriorizando sua opinião. A controvérsia sobre a responsabilidade penal da pessoa jurídica remonta ao século XVIII, com várias teorias e sistemas. As teorias aplicadas eram: a teoria da ficção, criada por Savigny, o qual considera a pessoa jurídica uma mera invenção e a teoria da realidade, o qual entende que a pessoa jurídica é um organismo social como a pessoa física. E os sistemas existentes são o sistema anglo saxão, mais conhecido como sistema inglês, em que se aceitava a possibilidade de responder penalmente a pessoa jurídica, e o sistema romano-germânico, conhecido também pelo nome de sistema francês, que entendia não ser possível responder penalmente a pessoa jurídica. No Brasil a idéia da responsabilidade penal da pessoa jurídica ganhou força ao final século XIX. No início deste século a pessoa jurídica, sendo conhecida também como pessoa coletiva, ente coletivo ou pessoa moral, ficou esquecida pela dogmática penal, e ressurgiu após o processo da industrialização que influenciava e monopolizava nos meios de produção da economia do País. Porém, no final do

10 10 século XIX, tal tema voltou a ser discutido, despertando a atenção de doutrinadores penais em todo o mundo. Em nosso país encontramos doutrinadores de ambas as correntes. A corrente minoritária, que considera possível a responsabilidade penal da pessoa jurídica, e a corrente majoritária, que entende não ser possível a responsabilidade penal da pessoa jurídica. A corrente minoritária, tem por base os artigos 225, 3º e 173 5º da Constituição Federal, quando se refere ao meio ambiente. No entanto, para o entendimento da maioria dos doutrinadores não é cabível tal punição, entendendo estes, que a pessoa jurídica é desprovida de vontade própria, sendo assim, incapaz de agir por si só, e também com base no princípio em que a sociedade não pode delinqüir, ou seja, o princípio da societas delinquere non potest. Desta forma, este trabalho visa analisar, no direito brasileiro, a possibilidade de ser responsabilizada penalmente a pessoa jurídica nos crimes praticados contra o meio ambiente, com base no direito positivo e em pesquisa jurisprudencial.

11 11 2 CONTROVÉRSIAS ACERCA DA RESPONSABILIZAÇÃO PENAL DE PESSOAS JURÍDICAS. A seguir serão abordados os principais aspectos originadores de controvérsias em âmbito doutrinário, buscando demonstrar no que se baseia cada teoria. 2.1 DOGMÁTICA Capacidade de Responsabilizar Penalmente a Pessoa Jurídica. A capacidade da pessoa jurídica responder penalmente está localizada na doutrina minoritária. Entre os que aceitam a responsabilidade penal da pessoa jurídica encontramos doutrinadores do direito ambiental como: Édis Milaré, Edson Stadler, Fernando Capez, Sérgio Salomão Shecaira, entre outros. Para os que defendem a possibilidade de responsabilização, existem requisitos necessários para que a pessoa jurídica seja responsabilizada penalmente. É necessário que a infração cometida tenha sido realizada para benefício próprio da pessoa jurídica e que seja cometida por seus representantes legais ou colegiados. É necessária a análise do fato concreto para identificar se o crime praticado foi em benefício da empresa ou em benefício do próprio representante legal, pois, se esta foi praticada em benefício do representante legal, a pessoa jurídica passa a não ser mais o agente do tipo legal, e sim o instrumento utilizado para a autoria do crime.

12 12 Após analise da autoria, é verificado o elemento subjetivo, visto que a conduta é executada por ordem de seus representantes legais. Em seguida, constatando que a conduta foi realizada pela pessoa jurídica é verificada se a conduta foi para benefício próprio, ou ensejando satisfazer os interesses sociais, e posteriormente é analisado o dolo ou culpa da conduta. O concurso de agentes nos crimes realizados podem ser necessários, ou seja, quando existe uma pluralidade de agentes, ou eventuais, isto é, quando realizados por um só agente, mas que poderão ter partícipes ou co-autores. A Lei 9.605/1998 elenca os delitos que possuem autoria simples, de apenas um agente, mas isso não a impede de ser realizada por mais de um agente. Apesar desta lei em seu artigo 3 se referir apenas à pessoa jurídica, ela dispõe que a autoria dos delitos praticados possui co-autoria necessária, pois sempre haverá uma pessoa física agindo pela pessoa jurídica. Visto que a pessoa jurídica não pode cometer delitos, apenas a pessoa humana por intermédio dela. Entre os doutrinadores que aceitam a responsabilidade penal da pessoa jurídica encontra-se também a controvérsia quanto à sua abrangência, se esta é aplicada apenas a pessoa jurídica de direito privado ou se também pode ser aplicada a pessoa jurídica de direito publico. Uma parte dos doutrinadores entende que sim, que a responsabilidade penal deve ser abrangida em ambos os casos, mas a outra parte dos doutrinadores entende que não, que a responsabilidade penal deve ser aplicada apenas à pessoa jurídica de direito privado, e não à pessoa jurídica de direito público, tendo por

13 13 argumento que os crimes praticados por ela não podem beneficiá-la, e que as penas impostas prejudicariam diretamente a população que utiliza o serviço público. Nos crimes ambientais, a pessoa jurídica é o ente com maior poder de destruição do meio ambiente. Nas palavras de Edson Stadler: [...] a responsabilidade penal da pessoa jurídica é uma realidade no mundo atual, sendo adotada por diversos países ao lado da tradicional responsabilidade individual, bem como das penalidades de caráter civil, tributário e administrativo. Já não pode causar estranheza a aceitação da responsabilidade penal dos entes coletivos, sendo evidente que os parâmetros destas responsabilidades não podem ser o da responsabilidade individual, da culpa, propugnados pela Escola Clássica. Deve ser entendida no âmbito de uma responsabilidade social, a ser delimitada e aperfeiçoada pela doutrina e pela jurisprudência. A nova lei está em vigor, não podemos ignorá-la ou simplesmente criticá-la. Devemos aceitar os seus desafios e contribuir para seus aperfeiçoamentos. (2003, p. 82/83). Masson menciona de forma consolidada os fundamentos da possibilidade de a pessoa jurídica figurar como sujeito ativo de crimes da seguinte forma: a) a pessoa jurídica trata-se de uma pessoa autônoma, dotada de vontade e consciência, e que desta forma, pode realizar conduta passível de pena; b) a pessoa jurídica deve responder por seus atos, adequando a culpabilidade às suas características; c) como a pessoa jurídica é dotada de vontade, o Direito Penal reserva a ela tratamento isonômico; d) o estatuto social não prevê a prática de crimes, como uma finalidade de uma pessoa jurídica, desta forma, seu contrato não prevê a realização de ato ilícito, porém, isso não o impede de ser realizado, como por exemplo, a inadimplência; e) o princípio da personalidade da pena não é violado através da punição da pessoa jurídica, pois deve distinguir a pena dos efeitos da condenação; f) a pena de prisão não é a única forma de punição do Direito Penal. (2009, p. 167). Na visão dos defensores da possibilidade de responsabilização penal da pessoa jurídica, além dos fundamentos acima citados, temos os artigos constitucionais fundamentais do tema, que são os artigos 225, 3º e 173 5º.

14 14 Neste sentido Capez considera que o legislador adotou bem estes artigos, apoiando a idéia de que a pessoa jurídica pode realmente ser sujeito ativo de crime. Também entende que o princípio do societas delinquere non potest não é absoluto. Existem crimes que só serão possíveis através de uma pessoa física, como: homicídios, estupro, etc. Porém, existem outros crimes que por suas características, podem ser considerados exclusivos da pessoa jurídica, como: fraude, delitos ecológicos, entre outros. (2010. p. 76). Capez ainda cita: Não convence o argumento da doutrina tradicional no sentido de que é impossível a aplicação de pena às pessoas jurídicas. Há muitas modalidades de pena, sem ser a privativa de liberdade, que se adaptam à pessoa jurídica, tais como a multa, a prestação pecuniária, a interdição temporária de direitos e as penas alternativas de modo geral." (2010. p. 76). Historicamente o tribunal de Nuremberg chegou a condenar corporações inteiras por crimes contra a humanidade, como as tropas da SS e a Gestapo. (NUCCI, 2010). Já foi aceita por vários países a possibilidade de responder penalmente à pessoa jurídica, e dentre eles estão: Estados Unidos, Canadá, México, Inglaterra, Nova Zelândia, Austrália, Venezuela, França, Cuba, Colômbia, Holanda, Dinamarca, Portugal, Austrália, Japão e China. Esta aplicação tem se tornado uma tendência mundial, em admitir sanções de natureza penal à pessoa jurídica por ofensas ao meio ambiente Incapacidade de Responsabilizar Penalmente a Pessoa Jurídica.

15 15 A incapacidade de a pessoa jurídica responder penalmente é citada pela maioria dos doutrinadores. Entre os doutrinadores que não aceitam a responsabilidade penal da pessoa jurídica encontramos: Cezar Roberto Bitencourt, Luiz Regis Prado, René Ariel Dotti, Damásio Evangelista de Jesus, entre outros. No Direito Penal Brasileiro predomina a irresponsabilidade penal da pessoa jurídica, adotando o princípio da societas delinquere non postest, princípio deixado como herança do período romano-germânico, princípio que sustenta não ser possível responsabilizar penalmente a pessoa jurídica. O fundamento utilizado por estes autores refere-se à capacidade de ação, a capacidade de culpabilidade e a capacidade de aplicação de pena a pessoa jurídica. Estes entendem que a pessoa jurídica não tem consciência e vontade, como a pessoa física, indivíduo que pode ser qualificado como autor ou partícipe de uma infração penal. É necessário analisar separadamente quem é o sujeito da ação e o sujeito da imputação, pois, não são coincidentes com a pessoa coletiva, pois esta só atua através de um representante, que se trata de um ser humano, sendo este o sujeito da ação, dessa forma as ações realizadas pelo representante são os efeitos imputados à pessoa jurídica, o que significa que a autoria não foi da pessoa jurídica e sim de uma pessoa física. Além disso, para a realização do delito é necessário capacidade de ação ou omissão. A ação é a realização de um ato para uma determinada finalidade, por sua vez, a omissão é a não realização desse ato por uma determinada finalidade. A doutrina majoritária também considera ser incapaz a pessoa jurídica de culpabilidade e também de sanções penais. Entende-se que a culpabilidade é

16 16 atribuída a pessoa jurídica por um ato de vontade, porém, este ato é praticado por uma pessoa humana, visto que a pessoa jurídica é uma ficção. Desta forma temos uma organização defeituosa, pois a culpabilidade é atribuída à pessoa jurídica por um ato cometido por um de seus representantes, gerando a culpabilidade presumida, importando em violação do princípio da culpabilidade. O princípio da personalidade da pena também sofre violação, pois estabelece que nenhuma pena passará da pessoa do condenado, conforme Constituição Federal no artigo 5, XLV. A pena deve ser aplicada apenas aos autores do delito e não sobre os demais membros da coletividade. A pena deve ser aplicada exclusivamente ao autor do delito. (PRADO, 2006). Nucci ensina que os princípios regentes da pena são: a) princípio da responsabilidade pessoal, o qual a pena não passa da pessoa do delinquente (art. 5, XLV, CF); b) princípio da legalidade, que pena não pode ser aplicada sem prévia cominação penal (art. 5 XXXIX, CF); c) princípio da inderrogabilidade, ou seja, não pode deixar de ser aplicada; d) principio da proporcionalidade ao crime, gerando um equilíbrio ente a infração praticada e a sanção imposta (art. 5 XLVI, CF); e) princípio da individualização, estabelecendo uma pena exata ao delinquente (art. 5 XLVI, CF); f) princípio da humanidade, demonstrando que foi vedada a aplicação de penas insensíveis e dolorosas, respeitando a integridade física do condenado. (art. 5 XLVII e XLIX, CF). (2009, p. 388). Ainda neste sentido Guilherme de Souza Nucci sintetiza que a pena é: A ação do Estado, valendo-se do devido processo legal, cuja finalidade é a repressão ao crime perpetrado e a prevenção a novos delitos, objetivando reeducar o delinquente, retirá-lo do convívio social enquanto for necessário,

17 17 bem como reafirmar os valores protegidos pelo Direito Penal e intimidar a sociedade para que o crime seja evitado. (2009, p. 389). Devido ao ente coletivo não praticar o delito, não há o que se falar de medida de segurança de caráter penal, pois para tal aplicação necessita-se de uma ação ou omissão. Mas há de se falar da medida de segurança sui generis baseada na periculosidade objetiva do ente coletivo, pelas ações praticadas por um ente da corporação a seu serviço, mas neste caso tais medidas são administrativas, civis, entre outras, mas não penais. A ausência da responsabilidade penal da pessoa jurídica ocorre na falta dos seguintes elementos; a) capacidade de ação do âmbito do Direito Penal; b) capacidade de culpabilidade e c) capacidade de pena, ou seja, o princípio da capacidade da pena. Sobre estes requisitos Damásio Evangelista de Jesus ensina que: [...] a personalidade natural não é uma criação do Direito, sendo que este a recebe das mãos da natureza, já formada, e limita-se a reconhecê-la. A personalidade jurídica, ao contrário, somente existe por determinação da lei e dentro dos limites por esta fixados. Faltando requisitos psíquicos da imputabilidade. Não tem consciência e vontade próprias. É uma ficção legal. Assim, não tem capacidade penal e, por conseguinte, não pode cometer crimes. Quem por ela atua são seus membros diretores, seus representantes. Estes sim são penalmente responsáveis pelos crimes cometidos em nome dela. (2003, p. 168). René Ariel Dotti inicia no prefácio de um dos livros que coordenou sobre o tema, que esta desastrada interpretação de dispositivos constitucionais e um descaminho intelectual produziram o aspecto de responsabilidade objetiva no sistema penal brasileiro com transformação da pessoa jurídica de Instrumento em agente responsável pela ação delituosa praticada por terceiros [...]. (2010, p. 11). E ainda mencionado que o artigo 3 da Lei 9.605/98 trata-se de uma redação esdrúxula, por estabelecer que as pessoas jurídicas sejam responsabilizadas penalmente. (DOTTI, 2010).

18 18 Assim, nessa ordem de idéias, a doutrina minoritária estaria usando da culpabilidade penal para apreciar a responsabilidade penal da pessoa jurídica para indicar que esta comete crime, porém, a lógica jurídica entende ao contrario, partindo da qualificação comportamental como infração criminal, empregando o juízo de reprovação penal. Semelhante entendimento é o de Antonio Sergio Altieri de Moraes Pitombo que menciona que É hora de se reconhecer que o sentido da responsabilidade penal jurídica nada tem de direito penal. A previsão do artigo 3, da Lei 9605/98 constitui permissivo ao juiz penal para a aplicação de sanções de cunho administrativo à pessoa jurídica. (2010, p. 234/235). Deve-se recorrer ao Direito Penal apenas nos casos em que outros mecanismos de controle social já tenham se revelado insuficientes.

19 19 3 RESPONSABILIDADE PENAL DE PESSOAS JURÍDICAS NOS CRIMES CONTRA O MEIO AMBIENTE 3.1 A LEI 9.605/ Disposições Gerais. Após serem apresentados ao Congresso Nacional mais de três projetos de leis distintos, referentes à regulamentação de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, ingressou no ordenamento jurídico brasileiro a Lei nº 9.605/98. A partir deste momento, no Brasil se instituiu a responsabilização penal da pessoa jurídica no âmbito de nossa legislação ordinária, tendo como referência o art da Constituição Federal de 1988, que já previa a responsabilidade penal e administrativa da pessoa jurídica pelos danos causados ao meio ambiente. verbis: No artigo da Constituição Federal consta a seguinte previsão, in As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas, independentemente da obrigação de reparar os danos causados. Até 1998, o sistema jurídico brasileiro não aceitava a possibilidade de responsabilizar penalmente a pessoa jurídica, o princípio adotado era da societas delinquere non postest, tendo o significado de que a sociedade não pode delinqüir, porém, com esta lei busca-se romper esta visão. Tanto que, após esta lei, a chamada teoria da ficção, criada por Savigny, o qual entende que as pessoas jurídicas são simples criações de lei, ou seja, meras ficções, sendo, portanto, incapaz de possuir vontade própria, foi abandonada, predominando a teoria da

20 20 realidade cujo precursor mais ilustre foi Otto Gierke, que entende ser a pessoa jurídica um verdadeiro organismo social, assemelhado as pessoas naturais, inclusive com vontade própria, onde a pessoa moral é um ente real podendo realizar um delito e ser punida. Com a teoria da realidade sendo aceita, a Lei 9.605/98 passa a prever a responsabilidade penal da pessoa jurídica, iniciando em seu artigo 3. (2010. p. 74). No artigo 3 consta a seguinte previsão, in verbis: As pessoas jurídicas serão responsabilizadas administrativa, civil e penalmente conforme o disposto nesta Lei, nos casos em que a infração seja cometida por decisão de seu representante legal ou contratual, ou de seu órgão colegiado, no interesse ou benefício da sua entidade. Parágrafo único. A responsabilidade das pessoas jurídicas não exclui a das pessoas físicas, autoras, co-autoras ou partícipes do mesmo fato. De acordo com Shecaira este dispositivo veio confirmar a gravidade do dano cometido pela pessoa jurídica, que de certa forma, acoberta os agentes que se escondem através das estruturas empresariais. Atrás deste manto, graves violações ao consumidor e ao meio ambiente são praticadas pelas grandes corporações. Levando em consideração as grandes estruturas empresariais, entende-se que, não havendo punição à pessoa jurídica, somente os subordinados, seriam alcançados pelas sanções penais. (2011. p. 135/136). A discussão sobre a responsabilidade penal da pessoa jurídica no Brasil teve ligação com a repressão internacional aos delitos econômicos, em que eram acobertados, pela ficção da pessoa jurídica, os verdadeiros agentes, beneficiandose com a afirmativa de que a pessoa jurídica não é dotada de vontade, sendo assim, punindo apenas prepostos e não os verdadeiros criminosos.

21 21 Um importante aspecto aberto por esta lei foi à possibilidade de não ser responsabilizado somente o causador do dano, mas sim, todos os envolvidos. Mesmo a responsabilidade penal recaindo à pessoa jurídica, esta não exclui a aplicação de penalidades á pessoa física. Édis Milaré reforça que o principal delinqüente ecológico não é a pessoa física, como o quitandeiro da esquina, mas sim a pessoa jurídica, que busca lucros como finalidade, e não se preocupa com o que a população venha a sofrer ao longo do tempo. (2009. p. 983). Para alguns autores esta aceitação revela o avanço trazido por esta lei. Mesmo com a grande dificuldade de responsabilizar penalmente a pessoa jurídica, em princípio a culpabilidade vigente no direito penal, a tendência moderna penal é romper o princípio da societas delinquere non potest. Apesar deste avanço, devem ser observadas as particularidades para eventuais aplicações de penas no âmbito penal. Conforme o artigo 3º parágrafo único, já citado acima, a responsabilidade das pessoas jurídicas não exclui à responsabilidade das pessoas físicas, gerando o chamado sistema de dupla imputação ou também conhecidas por sistema de imputação paralela. Este nome é dado ao mecanismo de atribuição da responsabilidade penal à pessoa jurídica, sem prejuízo da responsabilidade penal à pessoa física que contribuiu para o crime, ou seja, trata-se de um sistema que possibilita a dupla atribuição da responsabilidade pelo crime praticado. A imputação penal pode ser atribuída somente à pessoa física ou a pessoa física e pessoa jurídica, mas não pode ser imputada somente à pessoa jurídica, devido ao sistema da responsabilidade penal por ricochete prevista no caput do artigo 3º, em que a responsabilidade jurídica pressupõe a da pessoa física, ou seja,

22 22 para que seja responsabilizada penalmente a pessoa jurídica é necessário que seja praticado um fato punível por uma pessoa física, que atue em benefício e em nome da entidade. Prado reforça que, não pode ser excluída a responsabilidade individual da pessoa física, para que seja evitada a utilização da pessoa jurídica como uma forma de escudo, para acobertar as infrações de próprio interesse praticadas pela pessoa física. (2006, p.283). Para entender melhor, é preciso relembrar os requisitos necessários para que seja reconhecida a responsabilidade penal à pessoa jurídica. Primeiramente a infração praticada deve ser em interesse da pessoa jurídica e situada dentro da esfera das atividades da empresa. A pessoa física que praticou a infração deve ser ligada à pessoa coletiva, por isso, possui grande relevância o sistema de dupla imputação, para que seja permitida a persecução penal contra a pessoa jurídica e contra a pessoa física simultaneamente. Para Shecaira não há que se falar em inconstitucionalidade do artigo 3º, nem em bis in idem (julgamento da mesma pessoa pelo mesmo fato por duas vezes), pois é realizada a punição em pessoas distintas, sendo cada uma dessas, punida de acordo com a contribuição dada para a concretização do delito. (2011. p. 139). Juliano Breda já não entende da mesma forma, o mesmo menciona que surge um problema no momento da fixação concreta da sanção penal, pois não há uma culpa autônoma da pessoa jurídica, exigindo sempre do julgador a remissão à

23 23 conduta da pessoa física, em outras palavras, é sempre única à culpabilidade, do administrador, que transfere a pessoa jurídica os seus efeitos. (2010, p. 285). O artigo 4º consiste na introdução sobre a questão da desconsideração da personalidade da pessoa jurídica: Poderá ser desconsiderada a pessoa jurídica sempre que ela for obstáculo ao ressarcimento de prejuízos causados à qualidade do Meio Ambiente. Desconsideração da personalidade jurídica é desconsiderar a separação patrimonial, que existe entre o sócio e o capital da empresa, para efetivar uma determinada obrigação. Segundo o artigo 134, VII, do código Tributário Nacional os sócios, no caso de liquidação de sociedade de pessoas, respondem solidariamente pelos débitos fiscais da empresa, e no artigo 28 do Código de Defesa do Consumidor, que foi a primeira lei a tratar do assunto, traz disposição similar ao artigo 4º da Lei Ambiental sobre a desconsideração da personalidade jurídica. Neste entendimento Shecaira mencionada que: É importante verificar que o instituto abordado no art. 4º da Lei nº 9.605/1998 não tem qualquer relação com a despersonalização da pessoa jurídica que significa a perda da sua personalidade decorrente da sua extinção. O que se aborda é a desconsideração da pessoa jurídica para efeitos de pagamento dos danos decorrentes de crimes praticados contra o meio ambiente. (2011. p. 142). E continua, [...] mesmo entendendo ser um grande avanço na esfera extrapenal a teoria da desconsideração da personalidade, não há que se admitir sua incidência na órbita penal. (2011. p. 142). Sobre a lei ambiental e as penas cominadas às pessoas jurídicas, a implantação da responsabilidade penal da pessoa jurídica não exclui o reconhecimento de outros princípios fundamentais constitucionais do sistema punitivo, com eles, a responsabilidade penal da pessoa coletiva se movimenta.

24 24 Desta forma, há de ser reconhecido o princípio da legalidade e alcançado todo o ordenamento jurídico na esfera penal Das Normas Penais Não Incriminadoras. A Lei nº 9.605/1998 é dividida em VIII capítulos. No capitulo I, do art. 1º ao 5º, a Lei transmite considerações genéricas sobre a responsabilidade penal. No capitulo II, do art. 6º ao 24, o legislador estabelece critérios de aplicação de penas. No capitulo III, art. 25, alcança a apreensão do produto e do instrumento de infração administrativa ou de crime. No capitulo IV, do art. 26 ao 28, trata da ação e do processo penal. No capitulo V, do art. 29 ao 69, estabelece critérios dos crimes contra o meio ambiente. No capitulo VI, do art. 70 ao 76, trata das infrações administrativas. No capitulo VII, do art. 77 ao 78 menciona sobre a cooperação internacional para a preservação do meio ambiente. E por fim, No capitulo VIII, do art. 79 ao 82 trata das disposições finais. Para Shecaira, é clara e evidente a separação dos artigos 6º ao 20 à pessoa física e do artigo 21 a 24 à pessoa jurídica, e ainda menciona que tal objetivo aflora de leitura singela, tanto que, no artigo 8º no inciso V é mencionada a pena de recolhimento domiciliar, o que é evidente que só pode ser aplicado à pessoa física. (2011. p. 149). Mas nem para todos os doutrinadores essa evidência é clara e notória, em decorrência da ausência de informação nos artigos, não especificando a quem deve ser aplicado cada dispositivo.

25 25 São cinco as penas restritivas de Direito, que constam no artigo 8 da Lei 9.605/98, in verbis: As penas restritivas de direito são: I - prestação de serviços à comunidade; II - interdição temporária de direitos; III - suspensão parcial ou total de atividades; IV - prestação pecuniária; V - recolhimento domiciliar. A prestação de serviços à comunidade se refere a prestações, tarefas gratuitas junto a jardins e parques públicos, e nos casos de danos causados a coisa particular, tombada ou pública, se for possível a restauração desta (art. 8, I, e 9 ). A interdição temporária de direitos trata da proibição de contratar com o Poder Público, de efetuar licitações, de recebimento de incentivos fiscais ou outros benefícios. (art. 8, II, e 10 ). A suspensão parcial ou total de atividades é utilizada quando não estão atendendo os dispositivos legais (art. 8, III, e 11 ). A Prestação pecuniária trata do pagamento em dinheiro às entidades públicas ou privadas e às vítimas, com finalidade social, de importância fixada pelo juiz, sendo esta, não superior a trezentos e sessenta salários mínimos, nem inferiores a um salário mínimo. (art. 8, IV, e 12 ). E a ultima sendo o recolhimento domiciliar, baseia-se na autodisciplina e senso de responsabilidade do condenado, devendo este, permanecer nos dias e horários de folga em residência. (art. 8, V, e 13 ) Mais um exemplo de que é evidente a separação do artigo 6º ao 20 à pessoa física é o artigo 13 e 14. Artigo 13 da Lei 9.605/98, in verbis: O recolhimento domiciliar baseia-se na autodisciplina e senso de responsabilidade do condenado, que deverá, sem vigilância, trabalhar, frequentar curso ou exercer atividade autorizada, permanecendo recolhido

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