PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO TÍTULO: PROCEDIMENTOS DE ENFERMAGEM EM VENTILAÇÃO MECÂNICA
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- Letícia Garrau Barbosa
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1 1. Introdução A ventilação mecânica é um método artificial para manutenção da ventilação em beneficiários impossibilitados de respirar espontaneamente, feito através de introdução de prótese na via aérea do beneficiário e mediante ventiladores mecânicos, capazes de fornecer uma pressão positiva ao sistema respiratório para expansão pulmonar. 2. Objetivo Intervir de modo a assegurar adequada e efetiva dinâmica ventilatória ao beneficiário. 3. Campos de aplicação Este POP se aplica a todas as áreas envolvidas com a assistência de enfermagem prestada ao beneficiário / servidor do HGIP. 4. Referências normativas COREN- MG. Lei de Junho de Dispõe sobre a regulamentação do exercício da Enfermagem e dá outras providências. Em específico o que diz das competências privativas do enfermeiro, em especial, no que concerne ao manejo de pacientes graves com risco de vida e cuidados de maior complexidade (art.11). 5. Responsabilidade/ competência Compete ao médico a indicação e instalação da ventilação mecânica. Compete ao enfermeiro e ao AE/TE, auxiliar o médico na instalação da ventilação mecânica e monitorar continuamente o beneficiário em ventilação mecânica 6. Definições Não se aplica 7. Conteúdo do padrão 7.1 Recursos necessários AMBU, máscara facial Laringoscópio Tubo orotraqueal n 7,5 ou 8 39
2 Máscara descartável, luvas de procedimentos, luvas cirúrgicas Material para aspiração Respirador artificial Oxímetro de pulso capnógrafo (se indicado pelo médico) Fixação de tubo ou cânulas de TQT 7.2 Principais passos NA INSTALAÇÃO DE VENTILAÇÃO MECÃNICA Higienização as mãos conforme PRS ENF 32 Preparar o material a ser utilizado Esclarecer o beneficiário sobre os procedimentos a serem realizados e orientá-lo no tempo e espaço mesmo quando sedado. Explicar ao beneficiário sobre eventual necessidade de comunicar-se usando um meio alternativo. Friccionar as mãos com álcool gel por 30 segundos Calçar luvas de procedimento Sedar o beneficiário quando necessário conforme prescrição médica Disponibilizar laringoscópio e tubo orotraqueal quando solicitado pelo médico Realizar fixação de tubo com cadaço ou dispositivo apropriado Conectar AMBU e ou traquéia de respirador para ser conectado ao tubo conforme solicitação médica Recolher materiais do Box e deixar ambiente em ordem Retirar luvas de procedimento Higienizar as mãos conforme PRS 32 Friccionar as mãos álcool gel por 30 segundos 40
3 Estabelecer meios de comunicação alternativos, caso o beneficiário não esteja sedado NA MANUTENÇÃO DE VENTILAÇÃO MECÂNICA Manter a cabeceira elevada a 30, se não houver contra-indicação Manter vigilância constante, atentando para os alarmes do ventilador mecânico Manter no painel da unidade do beneficiário, o AMBU conectado a rede de oxigênio Verificar freqüentemente o funcionamento do ventilador mecânico, dos acessórios, os parâmetros ajustados e anotar quaisquer alterações realizadas Desprezar a água de condensação do circuito e dos copos coletores de drenagem em uma cuba rim e desprezar no expurgo Observar a amplitude e simetria da caixa torácica e realizar ausculta pulmonar Monitorizar a saturação de O2 (SaO2) com oxímetro de pulso Monitorizar o CO2 no final da expiração com capnógrafo (ETCO2) se for o caso Realizar monitorização contínua do traçado eletrocardiográfico, verificar sinais vitais, observar coloração das mucosas e da pele Verificar nível de consciência, sinais neurológicos Manter o beneficiário sedado, a critério médico Manter umidificação e aquecimento adequado, verificando o nível e a temperatura da água do umidificador, de acordo com a orientação do fabricante. Aspirar secreção traqueal se necessário, aplicando técnica conforme POP específico 7.3 Cuidados especiais Realizar troca do cadarço de fixação da cânula endotraqueal ou de traqueostomia, uma vez ao dia e quando necessário. Proteger a pele da face nos locais de maior pressão do cadarço utilizando para fixação do tubo 41
4 Realizar procedimentos de troca da fixação da cânula traqueal, mobilização e higiene do beneficiário,sempre por dois profissionais Acompanhar a realização de exames no leito,quando realizados por outros profissionais Trocar AMBU a cada 7 dias Verificar o perfeito funcionamento dos materiais a serem utilizados. Verificar se o respirador artificial está conectado a rede elétrica. Para evitar que a bateria descarregue. Manter beneficiário orientado,quando o mesmo não estiver sedado, sobre procedimentos, evitando eventos adversos Realizar higiene oral 3 vezes ao dia com solução de Cepacol ou quando necessário. 8. Siglas AMBU Unidade Ventilatória Manual Artificial POP Procedimento Operacional Padrão HGIP Hospital Governador Israel Pinheiro PIA Pressão Intra Arterial TQT Traqueostomia AE Auxiliar de Enfermagem TE Técnico de Enfermagem % por cento s/n se necessário Sa O2 Saturação arterial de 0xigênio PNM Pneumonia PRS- Procedimento S istêmico 42
5 9. Indicadores Taxa de extubação acidental Distribuição de freqüência das causas de extubação acidental Taxa de pneumonia relacionada a ventilação mecânica 10. Gerenciamento de riscos Categoria de risco Falhas potenciais geradoras de riscos Evento Ações de prevenção Ações frente ao evento 11. Referências CINTRA, Eliane A. C; NISHIDE, Vera M; NUNES, Wilma A. Assistência de enfermagem ao paciente gravemente enfermo. 2 edição. São Paulo: Atheneu, HUDAK, Carolyn M; GALLO, Bárbara M. Cuidados Intensivos de Enfermagem Uma abordagem Holística. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan S. A KNOBEL, Elias. Terapia intensiva Enfermagem. São Paulo: Atheneu, NETTINA, m.s, et al. Prática de Enfermagem. 6 edição. São Paulo: Guanabara Koogan. 12. Anexos Não se aplica 43
Enfª (s): Claudia Elizabeth de Almeida e Márcia Fernandes Mendes Araújo
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