OFÉLIA FONSECA PSICANÁLISE. Liz Demestri Mesquita

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1 OFÉLIA FONSECA PSICANÁLISE Liz Demestri Mesquita São Paulo, 2013

2 OFÉLIA FONSECA PSICANÁLISE Liz Demestri Mesquita Trabalho realizado e apresentado sobre a orientação do Professor Guilherme, da disciplina de Filosofia. 1

3 Sumário Capítulos Página 01- Introdução Sigmund Freud e a psicanálise Freud: algumas considerações biográficas A psicanálise e o inconsciente Os mecanismos de defesa Os Sonhos como Manifestação de Desejos Inconscientes Conclusão Referências Bibliográficas

4 INTRODUÇÃO "Psicanálise é, em essência,uma cura pelo amor" Freud, Sigmund. A proposta deste exercício, se assim posso chama-lo, exige que o aluno do terceiro ano do ensino médio, no caso, o curso que faço parte, escolhesse um tema que o intrigasse, que o chamasse atenção e que apreciava. O instrumento da psicanálise introduzido por Freud que brevemente foi-me exposto nas aulas de filosofia foi a minha escolha por almejar saber mais sobre o assunto, descobrir sobre os segredos do nosso inconsciente e do intelecto do ser humano. Decidi que o tema sobre psicanálise é escolha perfeita para explorar mais esta ciência cheia de mistérios e descobertas. Neste trabalho de conclusão de curso será exposto as bases da psicanálise, criada por Sigmund Freud principal desenvolvedor da teoria. Os temas a serem abordados serão tais como uma breve introdução e biografia do desenvolvedor da psicanálise (Freud), os processos psíquicos, consciente e inconsciente explicando estes e como interferem no entendimento do diagnostico do paciente, as experiências de Freud com hipnose e suas adaptações do método, o método catártico, o aparelho psíquico [id-ego-superego]e seus mecanismos de defesa, o desenvolvimento psicossocial do indivíduo e suas fases psicossexuais, os sonhos como manifestação de desejos inconscientes e como mecanismo de abordagem dos conteúdos inconscientes. Espero que este trabalho proporcione a mesma curiosidade e inquietação sobre o assunto como manifestou em minha pessoa, que gere um melhor conhecimento de si mesmo sobre seu interior e que satisfaça as suas expectativas. 3

5 Capítulo 2 Freud e a psicanálise O presente capítulo apresentará alguns aspectos biográficos da vida de Freud que estão profundamente relacionados com o surgimento da psicanálise. Serão igualmente abordados alguns conceitos básicos e fundamentais para uma compreensão adequada da psicanálise, tais como: o inconsciente, o ego, o id, superego, entre outros. partitura/psicologos-pedagogos/freud.jpg 2.1 Freud: algumas considerações biográficas Sigmund Schmolo Freud nasceu em 6 de maio de 1856 no Império Austríaco, o qual a partir dos seus 4 anos de idade mudou com a família para Viena e lá morou até Sigmund Freud concluiu a faculdade de medicina em Viena no ano de 1881, especializandose em neurologia e tratamento de doentes mentais, logo em seguida começou a trabalhar no hospital de Viena em Em um breve espaço de tempo conheceu o psiquiatra Jean Martin Charcot, o qual após ganhar uma bolsa trabalhou junto por 6 meses em Paris, e com este aprendeu a técnica da hipnose. Freud, portanto começou seus estudos a partir da utilização desse método, o qual permitia o entendimento e tratamento da mente de seus pacientes diagnosticados com histeria. O tratamento com hipnose permitiu Sigmund Freud observar a melhoria dos pacientes, que o levou a começar a elaborar uma hipótese de que a histeria tratava-se de uma patologia psicológica e não física. Como consequência, esta hipótese serviu de base para outros diversos 4

6 conceitos que Freud descobriu como o inconsciente, a memória oculta, a repressão psicológica e o método de tratamento através da interpretação de sonhos. Em 1895, Freud em parceria com seu colega de faculdade Joseph Breuer, publica o livro Estudo sobre histeria, o qual descreve toda a teoria sobre as emoções reprimidas, principal causa da histeria, a qual poderia desaparecer se o paciente se expressasse de alguma forma. Na foto é possível observar Joseph Breuer, a paciente Ana O. e Freud O médico e cientista Joseph Breuer teve grande importância para as investigações de Sigmund Freud, e como uma das maiores colaborações tinha se o caso de Ana O., paciente de Breuer que teve grande significado para o estudo da histeria. A paciente Ana O. apresentava diversos sintomas que em conjunto a faziam sofrer, eram estes : a paralisia com contratura muscular, bloqueios e dificuldades de pensamentos. Ao diagnosticar a paciente, conclui-se que sua histeria não passava de ideias e sentimentos reprimidos adquiridos durante sua estadia cuidando de seu pai enfermo, e que além de tudo, se deu a partir dos pensamentos e desejos recalcados na época de que, para ela, o melhor era que o pai falecesse. É importante ressaltar que só foi possível descobrir seu problema após seções de hipnose, nas quais Ana O. relatava a origem de cada um de seus sentimentos oprimidos, aos quais estavam ligados diretamente à experiências vividas pela paciente, todas ligadas ao seu pai. Com a rememoração destas cenas, curiosamente, a hipótese de Freud se confirmava, constatava-se a melhora dos sintomas de Ana O.. Após estudos, deteve-se que este desaparecimento de sintomas não aconteceu de forma fantástica, mas sim devido à liberação das reações emotivas relacionadas ao evento traumático no caso, seria a doença do pai que lhe causava desejo inconsciente da morte deste. 5

7 O colega de Freud, Breuer, denominou método catártico o tratamento que curava os sintomas do paciente após a liberação de suas emoções e lembranças ligadas a acontecimentos traumáticos que não permitiam ser expressos na ocasião de uma conversa explícita na qual se relatava os fatos, já que estes estão reprimidos no inconsciente. Vale destacar que no processo terapêutico e da criação de sua teoria, Freud, inicialmente, compreendia que todos os relatos dos pacientes tinham de fato acontecido e só depois de um tempo percebeu que poderiam ter sido imaginados, mas com a mesma ênfase e ação de uma situação factual. Desta maneira constata-se que aquilo que, para o indivíduo, ganha valor de realidade é a realidade psíquica, e por mais que seja emitida pela sua imaginação é isso o que conta para este, mesmo não equivalendo à realidade objetiva. Aos poucos, Sigmund Freud trocou a hipnose pelo método catártico de Breuer, visto que se apresentava mais eficiente, já que alguns pacientes não conseguiam ser hipnotizados, e consecutivamente criou a técnica de concentração, na qual a recordação sistemática era realizada pelo diálogo normal. O método catártico adaptado por Freud revelou a origem do inconsciente humano, o qual podia ser a resposta para muitas dúvidas do médico e também a condição para a criação da psicanálise: uma teoria, um método de investigação e uma atividade profissional. Tais assuntos serão tratados especificamente nas seções seguintes. 6

8 2.2 A psicanálise e o inconsciente Existo onde não penso Freud, Sigmund A psicanálise surge com Sigmund Freud em meados de De acordo com Freud, psicanálise é o nome de um procedimento para a investigação de processos mentais, com o objetivo de tratar de distúrbios neuróticos, e coletar informações psicológicas obtidas pelo inconsciente. O conceito de psicanálise apresenta três sentidos, estes seriam: um método interpretativo (hermenêutica), um tratamento psicológico (psicoterapia) e uma teoria, ou seja, um conhecimento que é disposto pela sua metodologia. A principal novidade dessa teoria encontra-se na hipótese do inconsciente, esta hipótese tornou-se instrumento importante da análise terapêutica ao permitir compreender uma série de acontecimentos da vida psíquica. Para a psicanálise, todos os atos têm uma realidade interior representadas em nossas ações, e estas com significados ocultos que só poderão ser interpretados por meio da terapia. Curiosamente, o único objetivo do médico era compreender algo da natureza daquilo que era conhecido como doenças nervosas funcionais, com vistas a superar a impotência que até então caracterizara seu tratamento médico. (Textos escolhidos de psicanálise De Sigmund Freud, pág. 36), alcançando o objetivo de compreender mais a psique humana. Todo esse âmbito pode ser resumido a partir de uma metáfora, na qual pode-se dizer que a vida consciente é apenas a ponta de um iceberg, cuja a grande parte que se encontra submersa simboliza o inconsciente. A energia que preside os atos humanos é de natureza pulsional, e Freud destaca que esta energia é de natureza sexual, chamada de libido. Não somos apenas o que pensamos ser. Somos mais: somos também o que lembramos e aquilo de que nos esquecemos; somos as palavras que trocamos, os enganos que cometemos, os impulsos a que cedemos 'sem querer'. Freud, Sigmund (Textos escolhidos de psicanálise De Sigmund Freud, pág. 48) Como já foi mencionado, Freud adaptou o método catártico de Breuer criando o método da concentração. Neste processo de investigação descobriu dois elementos que suprimiam da consciência ideias que envergonhassem o paciente: resistência e repressão. Tais forças repressoras encontram-se no inconsciente. 7

9 Freud trata do termo inconsciente na obra Interpretação dos sonhos, na qual apresenta uma primeira teoria sobre o aparelho psíquico em que são estabelecidas três instâncias psíquicas, os quais eram o inconsciente, o pré-consciente e o consciente. A partir da teoria sobre o inconsciente e sobre as causas e o funcionamento das neuroses, Freud descobriu que a maioria dos pensamentos e desejos reprimidos referia-se a conflitos de estrutura sexual, presentes nos primeiros anos de vida dos indivíduos, isto é, que na época da infância o ser humano vivencia as experiências de caráter traumático, as quais bloqueadas, se caracterizavam como origem dos sintomas atuais, e confirmava-se, desta forma, que as ocorrências deste período da vida deixam marcas profundas na formação do ser. As descobertas permitiram que Freud colocasse a sexualidade no centro da vida psíquica. Como consequência desse estudo, Freud apresentou a libido, que em suas palavras representava a energia dos instintos sexuais e só deles. Além disso, postulou fases no desenvolvimento sexual da criança as quais explicavam o comportamento humano. De uma dessas fases apareceu um importante conceito para Freud, chamado de complexo de Édipo, o qual se conceituava a estruturação da personalidade do individuo no qual é dito que a criança, no caso um menino tinha como desejo sexual a mãe, e a partir desta ótica o pai (como parceiro da mãe) tornava-se seu rival. Após todo um processo de divergências da criança com o pai esta passa a internalizar as regras e normas sociais apresentadas e impostas por ele, que cria uma compreensão da moral da sociedade em que vive. Posteriormente com medo da perda do amor do pai, a criança desiste da mãe, trocando-a pelo mundo cultural e desta maneira as regras básicas do mundo social é internalizada pelo menino, através assim da identificação com o pai. O complexo de Eletra é o nome dado ao mesmo problema descrito porém ocorrendo com uma menina em relação ao seu pai,onde a mãe tem que cortar esta aproximação libidinal entre filha e pai. A teoria psicanalítica defende que o desenvolvimento psicossocial do indivíduo inicia desde os primeiros anos de vida, em fases ou estágios psico-sexuais definidas por regiões do corpo, nos quais surgem necessidades que exigem ser satisfeitas. A maneira como essas necessidades são satisfeitas determina como a criança se relaciona com outras pessoas e quais sentimentos ela tem para consigo mesma. As fases se seguem umas às outras em uma ordem fixa e, apesar de uma fase se desenvolver a partir da anterior, os processos desencadeados em uma fase nunca estão plenamente completos e continuam agindo durante toda a vida da pessoa. Á seguir apresentam-se tal fases e como elas se desenvolvem. 8

10 1. Fase oral (do nascimento até aproximadamente um ano de vida): Nessa fase a criança vivencia prazer e dor através da satisfação ou frustação de pulsões orais, ou seja, pela boca. Essa satisfação se dá independente da satisfação da fome. Para a criança, sugar, mastigar, comer, morder, cuspir etc. têm uma função ligada ao prazer, além de servirem à alimentação. A fase oral se divide em duas fases menores, definidas pelo nascimento dos dentes. Antes, passiva-receptiva; com os primeiros dentes a criança passa a uma fase sádica-ativa através da possibilidade de morder. 2. Fase anal (aproximadamente do primeiro ao terceiro ano de vida) Nessa fase a satisfação das pulsões se dirige ao ânus, ao controle da tensão intestinal. A criança tem de aprender a controlar sua defecação e, dessa forma, deve aprender a lidar com a frustração do desejo de satisfazer suas necessidades imediatamente. 3. Fase fálica (dos três aos cinco anos de vida) Essa fase se caracteriza pela importância da presença (ou, nas meninas, da ausência) do falo ou pênis. Prazer e desprazer estão centrados na região genital. As dificuldades dessa fase estão ligadas ao direcionamento da pulsão sexual ao genitor do sexo oposto e aos problemas resultantes. A resolução desse conflito está relacionada ao complexo de Édipo e à identificação com o genitor de mesmo sexo. O complexo de Édipo é caracterizado por sentimentos de amor e hostilidade, quando ocorre a diferenciação do sujeito em relação aos pais. A criança começa a perceber que os pais pertencem a uma realidade cultural e que não podem dedicar-se apenas a ela porque possuem outros compromissos. Nessas fases, ao ser confrontada com frustrações, a criança é obrigada a desenvolver mecanismos para lidar com estas. A maneira como a criança atravessa essas fases e as reações dos familiares perante suas ações constituem mecanismos que são à base da futura personalidade da pessoa. 4. Período de latência (até a puberdade): Trata-se de uma fase mais tranquila, onde as fantasias e os impulsos sexuais são reprimidos, tornando-se secundários, e o desenvolvimento cognitivo e a assimilação de valores e normas sociais se tornam a atividade principal da criança, continuando o desenvolvimento do ego e do superego. 9

11 5. Fase genital (durante a adolescência, estendendo-se até a vida adulta): Nessa última fase as pulsões sexuais, acompanhando a maturação biológica, despertam-se novamente e são dirigidas a uma pessoa do sexo oposto. A escolha do parceiro não se dá independente dos processos de desenvolvimento anteriores, mas é influenciada pela vivência nas fases antecedentes. Além disso, apesar de continuarem agindo durante toda a vida do indivíduo, os conflitos internos típicos das fases anteriores atingem na fase genital uma relativa estabilidade conduzindo a pessoa a uma estrutura do ego que lhe permite enfrentar os desafios da idade adulta. Vinte anos depois, entre 1920 e 1923, Freud remodela a teoria do aparelho psíquico e o descreve delimitando três instâncias diferenciadas: o id, o ego e o superego. O id (do latim, "isto'') constitui o reservatório da energia psíquica, é onde se localizam as pulsões; seus conteúdos são inconscientes, alguns inatos e outros recalcados. O id não tem contato com a realidade, pode se satisfazer na fantasia mesmo que não realize uma ação concreta referente aquele desejo. Os impulsos do id podem trazer á tona necessidades básicas do indivíduo e que foram reprimidas, por exemplo, o instinto sexual infantil, e que muitas vezes nem tem consciência deles de tão reprimidos que se encontram. O ego (do latim, "eu'') é a instância que age como intermediária entre o id e as exigências da realidade. É regido pelo princípio da realidade, em contraste com o id, que contém as paixões. O ego enfrenta conflitos para adequá-las pela razão às circunstâncias que, com o princípio do prazer, rege o funcionamento psíquico. Neste sentido, a busca do prazer pode ser substituída pelo impedimento do desprazer. As funções básicas do ego são: percepção, memória, sentimentos e pensamento. Por isso o ego é também a sede do superego. O superego origina-se com o complexo de Édipo, a partir da internalização das proibições, dos limites e da autoridade, de acordo com os padrões da sociedade em que vivemos. A moral e os ideais são funções do superego, em acordo com os padrões da sociedade em que vivemos. 10

12 A relação entre essas três instâncias é dinâmica. O id orienta-se pelo princípio do prazer e, nesse sentido, o curso dos processos mentais é regulado para buscar o prazer e evitar a dor. Porém, em contato com as normas sociais forma-se o superego, que interioriza as forças inibidoras do mundo exterior. O conflito entre as duas forças antagônicas- a busca do prazer e a exigência dos deveres - é resolvido pelo ego a partir do princípio de realidade. Ao levar em conta as condições impostas pelo mundo exterior, aprende a lidar com o desejo, decidindo sobre a conveniência de realizá-lo, proibir sua satisfação ou apenas adiá-la. Esta interação entre id,ego,superego pode gerar conflitos da consciência,que podem gerar mecanismos de defesa. 2.3 Os mecanismos de defesa Mecanismos de defesa são processos subconscientes que procuram solução para conflitos não resolvidos ao nível da consciência. São processos realizados pelo psiquismo e são inconscientes, isto é, ocorrem independentemente da vontade do indivíduo. A vivência de um fato do mundo externo ou interno pode ser algo doloroso e desorganizador para a pessoa, dependendo da forma como ela os percebe. Para se proteger de realidades traumáticas, algumas percepções não são registradas e sim distanciadas da psique. Os mecanismos de defesa são utilizados por todos os indivíduos para lidar com essa situação de grande pressão que o ego sofre perante as exigências do id e da realidade. Estes se encontram subdivididos, como poderá ser observado a seguir. 1. Repressão - é afastar ou recalcar da consciência um afeto, uma ideia ou apelo do instinto. O indivíduo não percebe um acontecimento que por algum motivo envergonha uma pessoa pode ser completamente esquecido e se tornar não recordável. O recalque, ao suprimir a percepção do que está acontecendo, é o mais radical dos mecanismos de defesa. 2. Defesa de reação - consiste em mostrar um método e expor sentimentos, ambos opostos aos impulsos verdadeiros, quando estes são inconfessáveis. O ego procura afastar o desejo que vai a determinada direção, e, para isto, o indivíduo adota uma atitude oposta a este desejo. É o caso da mãe que superprotege o filho do qual tem muita raiva porque atribui a ele muitas de suas dificuldades pessoais. Para muitas destas mães, pode ser aterrador admitir essa agressividade em relação ao filho. 11

13 3. Projeção - consiste em atribuir ao outro um desejo próprio, ou atribuir a alguém, algo que justifique a própria ação. Um claro exemplo disso, são os alunos que após uma nota negativa, atribuem a culpa á professora ou mesmo ao teste, que o teste era difícil ou saiu matéria que não tínhamos dado. 4. Racionalização: o indivíduo constrói uma argumentação intelectualmente convincente e aceitável, que justifica os estados deformados da consciência. O ego coloca a razão a serviço do irracional e utiliza para isto o material fornecido pela cultura,ou mesmo pelo saber científico. Na racionalização o indivíduo sugere respostas aceitáveis, que existe uma razão, mesmo que esta seja falsa, a fim de que não apareça a resposta real. Como exemplo um rapaz que foi dispensado por uma garota, da qual gostava, logo diz ela nem era tão boa assim, era até feia, não sei como fui gostar dela. 5. Sublimação: (saudável) quando há um desvio e descarga de um impulso inoportuno para uma atividade socialmente aceita, mas que não deixe rastros de ressentimento ou sofrimento. Um pugilista ou cirurgião que dirigem sua agressividade para uma prática esportiva ou de cura pois estas suprem a sua necessidade interior de bater ou cortar alguém. Quando o impulso primitivo é inaceitavel para o ego,é modificado para se tornar socialmente aceitavel,isso é sublimação. 6. Transferência: é um tipo específico de projeção sobre a figura de um cuidador (médico, psicólogo, líder religioso) dos impulsos sexuais que tinham uma conexão original com a figura dos pais. A situação se encontra quando pacientes se apaixonam e/ou idolatram (ou odeiam) a figura do terapeuta mesmo sem o conhecer profundamente. 7. Isolamento - consiste em isolar, isto é, em separar um pensamento ou uma ação do seu contexto geral.esse mecanismo está habitualmente presente na neurose obsessiva e traduz-se em atitudes que pretendem diminuir a ansiedade que o sujeito sente diante certos sentimentos. O obsessivo faz rituais, compulsões sistemáticas para romper com as ideias que o perturbam. Um filho que, após a morte de sua mãe, fala com uma frequente e enorme naturalidade sobre a morte dela. 8. Identificação - O indivíduo pode diminuir ou evitar a angústia identificando-se com outras pessoas ou grupos, de forma a se proteger. A maior parte das identificações ocorre no mundo da fantasia, temos como exemplo a criança que se identifica com seu herói favorito, a moça que se identifica com a mocinha da novela etc. 12

14 Em suma os mecanismos de defesas podem estar presentes em todos os seres humanos que representam algum tipo de repressão ou experiência traumática mal resolvida. No próximo subcapítulo será apresentada outra forma de identificar as manifestações ocultas do inconsciente. 2.4 Os Sonhos como Manifestação de Desejos Inconscientes A teoria dos sonhos proposta por Sigmund Freud em 1900 atrai cada vez mais interesse sobre o conhecer desse mundo tão misterioso, rico e cheio de emoções, que dá margem a muitas especulações, criticas e novas teorias. O que antes, era interpretado como meros símbolos ou premonições, agora são vistos como características de nosso inconsciente. O livro A Interpretação dos Sonhos, levou dois anos (1898 e 1899) para ser escrito e nele Freud construiu o pilar da teoria psicanalítica, passando a constituir o ponto de apoio para todo o desenvolvimento posterior da sua obra. Assim Sigmund Freud deu um caráter científico ao assunto. Para Freud, o conteúdo dos sonhos é a via real para o acesso ao inconsciente. Os sonhos seriam a tentativa de realização de um desejo reprimido inconsciente. E ainda seria de natureza sexual ou conteria aspectos proibidos pelo contexto moral. Freud dizia que o sonho era produzido por dois elementos centrais : a "condensação" e o "deslocamento", que significam: recolher partes de diferentes períodos do desenvolvimento de uma pessoa, e reproduzi-los através de simbolismos que ocultassem seu verdadeiro significado, evitando que a pessoa entrasse em contacto direto com o material proibido ou do qual se sentia culpada. Os sonhos normalmente nos deixam um sentimento de estranheza que podem simultaneamente ter um sentido oculto. Quando dormimos, dá-se início a um ciclo de quatro etapas que se renovam várias vezes durante a noite. É durante o terceiro estágio, chamado REM (Rapid Eye Movement - movimento rápido dos olhos) que sonhamos. Algumas pessoas, erroneamente pensam que nunca sonham, porem já é fato que todos os indivíduos sonham, mesmo não se lembrando do mesmo. 13

15 Os sonhos nos oferecem a principal via para adentrar ao inconsciente. Sua linguagem caracteristicamente simbólica proporciona um desafio ao psicanalista. Procuramos realizar os nossos mais profundo desejos em nossos sonhos, que se feitos à luz do dia seriam a causa de embaraço e aversão para aqueles que junto conosco formam uma sociedade com valores e conceitos estabelecidos. Os sonhos trazem do nosso inconsciente para a consciência desejos mais reprimidos e proibidos, ambições recalcados, no qual sublimamos, ou seja, inibimos nossos objetos de anseio. É através dos sonhos que temos a capacidade de vivenciar esses objetos. Entrando profundamente nesse vasto mundo de desejos reprimidos, fazemos um mergulho ao nosso inconsciente, ou seja, para dentro de nós mesmos, tentando procurar o máximo de realização. Dessa forma, é muito importante que o psicanalista em formação compreenda os mecanismos de elaboração do sonho, bem como os princípios que o regem para sua devida interpretação. Por exemplo, o sobrinho de Breuer,estudante de medicina,tinha dificuldade de acordar ;ao ser chamado pela terceira vez pela empregada,ele sonhou que estava internado em hospital e poderia dormir quanto desejasse, eis um exemplo de desejo realizado em sonho. Por meio da exploração do sonho, Freud acabou percebendo certa hostilidade que nutria pelo pai. Lembrou-se pela primeira vez da sua paixão sexual infantil pela mãe e sonhou ter desejos sexuais com a irmã mais velha. Essa intensa exploração do próprio inconsciente tornou-se a base da sua teoria. Desse modo, grande parte do sistema psicanalítico foi formulada a partir da análise dos próprios episódios neuróticos e das experiências da infância. Freud chegou a comentar com perspicácia que "o meu paciente mais importante fui eu mesmo" (apud Gay, 1988, p. 96). Desse modo, para Freud na maioria das vezes o que sonhamos não é o que parece ser, mas sim algo distorcido e mais profundo que precisa então de interpretação para ser compreendido. Essa distorção decorre principalmente dos mecanismos de condensação (síntese de ideias/conteúdos com pontos em comum, fusão de ideias/afetos/desejos semelhantes com objetivo de desfocar o verdadeiro objeto) e de deslocamento (substituição de um objeto latente por um de seus fragmentos constituintes). Assim todo sonho tem um conteúdo latente e um conteúdo manifesto. O conteúdo manifesto é aquele que nos lembramos, o enredo, a história do sonho, já o conteúdo latente é aquele que está por trás do manifesto, é o conteúdo verdadeiro e censurado e, portanto, o objetivo da interpretação do analista é o de encontrar e tornar consciente o conteúdo latente. A partir de sua teoria, este grande psicanalista resolveu tratar esses casos através da 14

16 interpretação dos sonhos das pessoas e também através do método da associação livre, neste último ele fazia com que seus pacientes falassem qualquer coisa que lhes viessem à cabeça.com este método ele era capaz de desvendar os sentimentos reprimidos", ou seja, aqueles sentimentos que seus pacientes guardavam somente para si, após desvendá-los ele os estimulava a colocarem esses sentimentos para fora. Desta forma ele conseguiu curar muitas doenças mentais. 15

17 Conclusão Muitos colocam a questão de como observar o inconsciente. Se a Freud se deve o mérito do termo "inconsciente", pode-se perguntar como foi possível a ele, Freud, ter tido acesso a seu inconsciente para poder ter tido a oportunidade de verificar seu mecanismo, já que não é justamente o inconsciente que dá as coordenadas da ação do homem na sua vida diária. Não é possível abordar diretamente o inconsciente (Ics.), o conhecemos somente por suas formações: atos falhos, sonhos, e sintomas diversos expressos no corpo. Freud nos recomenda a interpretação da psique como o meio mais simples e a base mais sólida de conhecer o inconsciente. Outro ponto a ser levado em conta sobre o inconsciente é que ele introduz na dimensão da consciência uma opacidade. Isto indica como a consciência aparece, não como instituidora de significado, mas sim como receptora de toda significação desde o inconsciente. Pode-se prever que a mente inconsciente é um outro "eu", e essa é a grande ideia de que temos no inconsciente uma outra personalidade atuante, em conjuntura com a nossa consciência, mas com liberdade de associação e ação.o modelo psicanalítico da mente considera que a atividade mental é baseada no papel central do inconsciente dinâmico. O contato com a realidade teórica da psicanálise põe em evidência uma multiplicidade de abordagens, com diferentes níveis de abstração, conceituações conflitantes e linguagens distintas. Mas isso deve ser entendido em um contexto histórico cultural e em relação as próprias características do modelo psicanalítico da mente. Concluindo, em a Interpretação dos Sonhos, Freud apresenta sua visão de que os sonhos são na verdade uma expressão de desejos e conflitos que não podem se tornar conscientes e, portanto, ficam censurados em uma instância psíquica que ele denomina de inconsciente. Quando adormecemos a censura é reduzida e os sonhos são experienciados de forma distorcida, revelando-se em uma forma manifesta (distorcida) e uma forma latente (censurada). O conceito de inconsciente e de mecanismos de defesa apresentados definem a o método de cura de neuroses chamado Psicanálise. 16

18 Referências (bibliográficas e eletrônicas) Estevam, Carlos. Freud, vida e obra. 15ª edição. Guanabara Brasil. José Álvaro editor páginas. Freud, Sigmund. Textos escolhidos de psicanálise de Sigmund Freud. 1ª edição. Rio de Janeiro. Imago editora páginas. Aranha, Maria Lúcia de Arruda e Martins, Maria Helena Piris. Filosofando, Introdução a filosofia. 3ª edição. São Paulo. Editora moderna Pág 208 á 210, 340 á 354. Bock, Ana Mercês e col. Psicologias, uma introdução ao estudo de psicologia. 13a edição. São Paulo. Editora Saraiva pagina pdf Huston, John. Freud além da alma. Gênero: drama biográfico. Idioma original: Inglês Estado Unidense. 140 minutos. 17

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