Médico Ortopedista Membro Titular da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia / Sociedade Brasileira de Cirurgia do Joelho

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Médico Ortopedista Membro Titular da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia / Sociedade Brasileira de Cirurgia do Joelho"

Transcrição

1 REABILITAÇÃO NA PATOLOGIA FEMOROPATELAR AUTOR: ROGÉRIO FUCHS Médico Ortopedista Membro Titular da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia / Sociedade Brasileira de Cirurgia do Joelho End: Av. Sete de Setembro, 6496 Seminário Curitiba/PR Fone: (41) rfuchs@microcomp.com.br

2 REABILITAÇÃO NA PATOLOGIA FEMOROPATELAR As alterações da articulação fêmoro-patelar ainda são de difícil entendimento ou compreensão por parte de médicos ortopedistas, médicos do esporte ou fisioterapeutas. As patologias fêmoro-patelares necessitam maiores esclarecimentos em relação aos fatores etiológicos das disfunções para melhor proposição de protocolos de tratamento. Isto torna-se muito claro quando observamos as inúmeras proposições cirúrgicas e protocolos de tratamentos existentes. Disfunções da articulação fêmoro-patelar são extremamente freqüentes nos consultórios de ortopedistas ou médicos do esporte 10. Na população em geral, uma em cada quatro pessoas terá algum problema fêmoro-patelar algum dia de sua vida 15. Apesar de ser um problema comum, ainda não vemos um programa ou protocolo mais adequado no manejo destas patologias. Os programas de reabilitação devem tentar especificar o tipo de disfunção ou alteração presente em cada paciente. Dye e cols. mapearam as alterações neurosensoriais do joelho do autor durante artroscopia sem anestesia intraarticular 7. Os achados foram subdivididos com base na habilidade e consciência do autor de localizar a sensação de dor. Os resultados do estudo mostraram que os pacientes apresentam uma descrição imprecisa dos locais dolorosos ou indolores. Os autores também concluíram que as queixas de dores na região anterior do joelho parecem não ter relação com a presença ou não de condromalácea patelar. Wilk em seu artigo diz que grande percentagem de pacientes com dor fêmoro-patelar têm dor originária dos tecidos moles ao redor do joelho e não das estruturas ósseas ou cartilaginosas 21. Numerosos protocolos ou exercícios já foram descritos para o tratamento inicial das patologias fêmoro-patelares., tais como: estimulação elétrica, fortalecimento seletivo do vasto medial oblíquo (VMO), exercícios de flexibilidade, biofeedback, taping patelar, órteses, etc Ainda nos dias atuais permanece o conceito que o tratamento conservador fornece resultados satisfatórios aos pacientes com dores anteriores no joelho e sem problemas de mau alinhamento. As modalidades terapêuticas e programas de exercícios devem ser baseados na história e exame clínico do paciente 10. Os objetivos da reabilitação fêmoro-patelar são definir os problemas e organizar o tratamento adequadamente. O objetivo deste artigo é fazer um relato do exame da articulação fêmoro-patelar e também discutir os princípios atuais dos programas de 2

3 reabilitação nos pacientes com alterações conservadoramente ou através de cirurgia. fêmoro-patelares tratados EXAME DA ARTICULAÇÃO FÊMORO-PATELAR = Perspectiva do fisioterapeuta / reabilitador HISTÓRIA Inicialmente devemos obter uma história detalhada do paciente na tentativa de fazermos um diagnóstico diferencial. Este diagnóstico pode ser confirmado ou modificado pelos achados do exame físico. Na história, em relação à dor devemos tentar esclarecer: área, tipo de atividade que a desencadeia, modo de início, tipo e outros sintomas como: crepitações, falseamentos e inchaço. Estas informações podem nos indicar as estruturas envolvidas e um provável diagnóstico. A área de dor pode nos informar que tipo de estrutura está envolvida 11 : - lateral = comprometimento de terminações nervosas da retinácula lateral - medial = tensão recorrente da retinácula medial / plica sinovial - inferior = irritação da gordura infrapatelar / tendinite patelar - retropatelar= provável lesão condral / estresse osso subcondral - superior = tendinite quadríceps O tipo de atividade que desencadeia a dor também pode nos fornecer que estrutura possivelmente está envolvida, através dos sinais e sintomas de irritação da gordura infrapatelar ou de tendinite patelar 11 : Irritação gordura infrapatelar Tendinite patelar - dor polo inferior patela - dor polo inferior patela - joelho com inchaço - joelho sem inchaço - dor exacerbada p/: - longo tempo em pé - dor exacerbada p/: - saltar - subir escadas - agachar - hiperextensão do joelho - ângulo Q menor de dor reproduzida na extensão ou - sem dor na extensão/compressão compressão SINTOMAS Os pacientes com dor fêmoro-patelar queixam-se de incômodo difuso na região anterior do joelho que piora ao subir-descer escadas, agacharajoelhar ou quando permanecem longo tempo sentados com o joelho 3

4 flexionado ( dor-do-cinema ). Alguns pacientes se queixam de crepitações / estalidos na flexo-extensão do joelho, que podem ser devidos ao tensionamento da retinácula lateral ou até estarem presentes em estudantes assintomáticos 1. Alguns pacientes relatam falseamentos durante caminhadas ou ao subir escadas (linha reta), que devem ser diferenciados daqueles que ocorrem na mudança brusca de direção com provável diagnóstico de lesão do ligamento cruzado anterior. Quando ocorre bloqueio, normalmente é passageiro com redução espontânea; devemos diferenciar do bloqueio meniscal ou corpo livre que normalmente não reduz espontaneamente. Pode ocorrer também derrame articular discreto ou moderado, devido à irritação sinovial. Apesar de moderada, a presença de derrame articular causa enfraquecimento / atrofia do quadríceps de maneira assimétrica, sendo o vasto medial oblíquo (VMO) inibido primeiramente e depois o vasto lateral (VL) e reto femoral (RF) Na avaliação de possíveis diagnósticos diferenciais, não devemos esquecer possíveis causas de dores no joelho referidas à coluna lombar ou quadril. EXAME CLÍNICO O exame clínico pode confirmar o diagnóstico e determinar os possíveis fatores causadores dos sintomas nos levando a propor o tratamento mais adequado. Devemos examinar o paciente nas diversas posições, passiva ou dinamicamente, procurando realizar uma seqüência lógica para maior conforto do paciente. Paciente em PÉ Avaliar possíveis anormalidades biomecânicas / alinhamento: = frente: - posição dos pés em relação às pernas/joelhos, ângulo Q, varo/valgo, torção tibial, posição do tálus e navicular, posição das patelas, volume VMO = perfil: - posição da pelve (inclinação / báscula), hiperextensão joelhos = posterior: posição da espinha ilíaca póstero-superior (EIPS), volumes glúteos e coxas, posição do calcâneo Avaliação DINÂMICA Avaliar o efeito do alinhamento ósseo e das partes moles nas seguintes condições dinâmicas, procurando p/ presença de dor: - andar / subir degraus / agachar (monopodal e bipodal) 4

5 Paciente em posição SUPINA Determinar possíveis fatores causais dos sintomas: = interlinha articular fêmoro-tibial e partes moles da articulação fêmoropatelar = testes meniscais e ligamentares = teste de Thomas = testes musculares (psoas-ilíaco, reto femoral, tensor fáscia lata, isquiotibiais, gastrocnêmios, etc) = posição da patela: - deslizamento, inclinação lateral = teste apreensão (Smilie) Paciente em posição LATERAL Examinar retrações/encurtamentos das estruturas laterais: = partes moles lado medial/lateral = teste Ober retração banda íleo-tibial Paciente em posição PRONA = palpação coluna lombar = posição dos pés = rotações dos quadris PRINCÍPIOS DOS PROGRAMAS DE REABILITAÇÃO Após o reconhecimento do problema fêmoro-patelar, podemos desenvolver um programa de reabilitação adequado a cada paciente. Estes programas são baseados nos diversos princípios de reabilitação voltados ao tratamento conservador ou pós-operatório dos pacientes com alterações fêmoro-patelares REDUÇÃO DO DERRAME ARTICULAR O primeiro princípio na reabilitação fêmoro-patelar é a redução do derrame articular. Pacientes com alterações fêmoro-patelares freqüentemente apresentam derrame articular após trauma ou cirurgia. Derrames crônicos também podem estar presentes devido a microtraumas dos tecidos moles adjacentes. Diversos autores já relataram o efeito inibidor do derrame sobre o músculo quadríceps, com maior ênfase no VMO A redução do derrame articular é crucial para restaurar a atividade normal do quadríceps. As opções de tratamento incluem: - crioterapia, estimulação elétrica, compressão articular com ataduras / faixas elásticas. Nos pacientes submetidos à liberação da retinácula lateral, o uso de espuma (figura 1) colocada na região lateral e compressão com ataduras auxiliam na 5

6 medialização patelar e redução do derrame ou possível sangramento pela artéria genicular lateral. Fig. 1. (A) Espuma. (B) Faixa compressiva. Fonte: Wilk KE, Reinold MM. Sports Med Arthrosc Rev. 2001; 9(4): 328 Nos derrames crônicos, o uso de órteses/joelheiras compressivas nas atividades da vida diária (AVD) pode colaborar com a redução do derrame articular. REDUÇÃO DA DOR O segundo princípio é a redução da dor. A dor também tem papel importante na inibição da atividade muscular. O derrame articular e a dor atuam conjuntamente na inibição da atividade muscular. Podemos reduzir a dor através de medicações analgésicas e com crioterapia (figura 2). Logo após trauma ou cirurgia, podemos utilizar a crioterapia com sacos ou bolsas de gelo ou outros artefatos comerciais. 6

7 Fig.2. Crioterapia c/ aparelhos comerciais Estimulação elétrica e ultrasom são efetivos na redução da dor. A mobilização passiva articular também pode produzir a neuromodulação da dor. TREINAMENTO MUSCULAR O próximo princípio visa restabelecer o controle voluntário da musculatura. A estimulação elétrica e biofeedback são incorporadas nos exercícios terapêuticos para facilitar a contração ativa do quadríceps (figura 3-4). Diversos autores demonstraram a efetividade do uso destes recursos no fortalecimento do quadríceps em pacientes submetidos à reconstrução do ligamento cruzado anterior Na prática diária a estimulação elétrica é usada imediatamente após trauma ou cirurgia conjuntamente com exercícios isométricos e isotônicos, tais como: - série quadríceps, straight leg raises (SLR), adução, abdução do quadril e extensão joelho. Fig. 3. Estimulação elétrica 7

8 Fig. 4. Biofeedback BIOMECÂNICA DA EXTENSÃO DO JOELHO O bom conhecimento da biomecânica da articulação fêmoro-patelar é fundamental no desenvolvimento dos protocolos de reabilitação. A articulação da superfície inferior da patela com o fêmur inicia-se entre de flexão do joelho. Como o joelho realiza amplo grau de mobilidade (flexão), a área de contato da articulação fêmoro-patelar move-se em direção ao polo superior da patela. Com 30 de flexão a área de contato fêmoro-patelar é aproximadamente de 2,0 cm2. Esta área de contato aumenta progressivamente com a flexão do joelho, chegando a 6,0 cm2 a 90 de flexão, estimando-se em 6,5 vezes o peso corporal Alterações do ângulo Q (escola americana) ou lateralização da tuberosidade anterior da tíbia (TAT) (escola francesa) freqüentemente são associadas com alterações fêmoro-patelares podendo alterar a área de contato e as forças reacionais na articulação fêmoro-patelar 3. Os exercícios de cadeia cinética fechada (CCF) e cadeia cinética aberta (CCA) foram bem avaliados nos últimos anos quanto à segurança e efetividade. Os exercícios em CCF reprisam as atividades funcionais como subir-descer escadas enquanto os exercícios em CCA são úteis para fortalecimento muscular isolado quando ocorre fraqueza muscular Os estudos mostram que os exercícios de CCF levam a menor estresse na articulação fêmoro-patelar durante maiores graus de flexão do joelho. Isto se explica, pois apesar do aumento da carga, ocorre maior área de contato fêmoro-patelar com dissipação do estresse. Observamos então que podemos utilizar tanto os exercícios de CCF ou CCA na reabilitação fêmoro-patelar, preservando-se sempre um arco de movimento seguro. 8

9 Freqüentemente os exercícios de CCA para extensão do joelho são utilizados entre 90 e 40 de flexão (figura 5). Este arco de movimento leva às menores forças reacionais na fêmoro-patelar pela grande área de contato fêmoro-patelar. Fig. 5. Cadeia cinética aberta (CCA) Os exercícios em CCF (leg-press, agachamento vertical, degrau lateral, agachamento em parede) são utilizados inicialmente de 0 a 30, progredindo para 0-60 quando as forças fêmoro-patelares estão em declínio (figura 6). A medida que os sintomas vão regredindo, os arcos de movimentos vão aumentando para conseguir melhor fortalecimento muscular. Fig. 6. Cadeia cinética fechada (CCF) PRINCÍPIOS DE TREINAMENTO DO VMO O próximo princípio na reabilitação fêmoro-patelar é o fortalecimento da musculatura extensora do joelho. Alguns autores enfatizam que devemos aumentar / intensificar a ativação do VMO nas alterações fêmoro-patelares 16. Powers no seu estudo nos diz que apesar da literatura não apresentar suporte 9

10 quanto ao fortalecimento do VMO, resultados clínicos satisfatórios são encontrados com este tipo de abordagem 16. Wilk e Reinold acreditam muito que os exercícios de fortalecimento do quadríceps devam ser incorporados aos protocolos de reabilitação 21 (figura 7). Fig. 7. Fortalecimento do quadríceps com Thera-Band Os déficits de força do quadríceps podem alterar as propriedades biomecânicas na articulação fêmoro-patelar e fêmoro-tibial. Qualquer alteração de força quadricipital na patela pode modificar os vetores de força, produzindo alterações nas áreas de contato com conseqüente modificação das forças de pressão na articulação 16. O quadríceps também funciona absorvendo os choques durante a marcha e compressão articular. Qualquer anormalidade na força quadricipital pode resultar no aumento do estresse sobre as articulações do joelho. Os exercícios específicos no fortalecimento do VMO incluem: - CCA em extensão, SLR, adução do quadril, bem como exercícios em CCF como leg-press, agachamento em parede, degrau frontal (figura 8-9). Os exercícios de agachamento em parede produzem melhor relação VMO : VL do que o agachamento vertical.. Os exercícios em CCF como leg-press e agachamento em parede podem ser realizados concomitantemente com a adução do quadril, intensificando ainda mais a atividade do VMO. Fig.8. Degrau frontal. Fortalecimento VMO. Fonte: Wilk KE, Reinold MM. Sports Med Arthrosc Rev. 2001; 9(4):

11 Fig. 9. Contração isométrica VMO e adução com biofeedback FLEXIBILIDADE DOS TECIDOS MOLES Outro princípio muito importante é o ganho de flexibilidade da articulação com ênfase no alongamento do quadríceps, isquiotibiais, gastrocnêmios e banda íleo-tibial. Inicialmente os exercícios devem restaurar a extensão passiva completa do joelho, pois a deambulação e AVD com joelho em flexão aumentam as forças de reação na articulação fêmoro-patelar. A extensão passiva total também é importante na melhora da atividade do quadríceps (figura 10). Fig. 10. Alongamento quadríceps em posição prona Restaurar a flexão passiva completa é outra prioridade, principalmente nos pacientes submetidos a tratamento cirúrgico que podem apresentar algum grau de derrame articular e dificuldade de ganho da flexão. Nos paciente em tratamento conservador a flexão do joelho é conseguida através de exercícios de alongamentos controlados. O objetivo de restaurar a flexão completa é conseguir a flexibilidade do quadríceps e também melhorar a flexibilidade dos tecidos retinaculares (figura ). 11

12 Fig. 11. Alongamento ísquiotibiais Fig. 12. Alongamento banda íleo-tibial Fig. 13. Alongamento gastrocnêmios 12

13 Witvrouw e cols estudaram prospectivamente os fatores de risco no desenvolvimento de dor anterior no joelho na população atlética num período de dois anos 23. Os autores encontraram diferença significativa em relação à dor fêmoro-patelar nos atletas com menor flexibilidade de quadríceps, isquiotibiais e gastrocnêmios em relação ao grupo controle, sugerindo que atletas com musculatura encurtada têm maior risco de desenvolver alterações fêmoro-patelares. MOBILIDADE DOS TECIDOS MOLES Os objetivos da reabilitação são restaurar a flexibilidade e a mobilidade dos tecidos moles ao redor da patela, utilizando-se técnicas de mobilização medial, lateral, superior e inferior, ou uso de fitas / tiras (tapes) (figura 14). Fig. 14. Fitas / tiras (tapes). Fonte: Grelsamer RP, McConnell J. The patella: A team approach. 1998: 124. Segundo a literatura, a eficácia do uso das fitas / tiras na patela é controversa quanto à correção de alterações biomecânicas da patela. Entretanto elas podem auxiliar na restauração da flexibilidade dos tecidos moles promovendo um alongamento prolongado de baixa carga nos tecidos retinaculares. A utilização das fitas / tiras pode ser benéfica quando os níveis de atividade são baixos, estando o paciente em repouso ou dormindo 21. McConnell e Grelsamer preconizam o uso das fitas / tiras nos pacientes com síndrome fêmoro-patelar dolorosa pois elas reduzem a dor, aumentam o torque do quadríceps, a força excêntrica do quadríceps e a tolerância de carga no joelho 14. A órtese que desloca a patela no sentido medial também pode ser utilizada, porém sua eficácia não é comprovada na literatura (figura 15). 13

14 Fig. 15. Órtese patelar TREINAMENTO DE PROPRIOCEPÇÃO E CONTROLE NEUROMUSCULAR Os exercícios de treinamento de propriocepção e controle neuromuscular devem ser iniciados logo após o trauma ou cirurgia. São utilizados diversos tipos de exercícios, como deslocamento lateral e diagonal, mini-agachamentos em superfícies estáveis e instáveis, uso de aparelhos comerciais, exercícios com bola (figura ). Inicialmente com os dois membros apoiados e no seguimento somente com um membro apoiado, sempre aumentando progressivamente o grau de dificuldade. Fig. 16. Treinamento propriocepção em prancha de balanço bipodal 14

15 Fig. 17. Treinamento propriocepção monopodal. Fonte: Wilk KE, Reinold MM. Sports Med Arthrosc rev. 2001; 9(4): 333 Fig. 18. Treinamento com bola / cones Fig. 19. Mini-trampolim / Cama elástica 15

16 NORMALIZAÇÃO DA MARCHA O treinamento da marcha é parte muito importante nos programas de reabilitação fêmoro-patelares, pois fatores como dor, derrame, encurtamento dos tecidos moles e formação de tecidos fibrosos, levam a atitudes antálgicas com ineficientes padrões de marcha. Inicialmente podemos utilizar muletas para controle de descarga do peso corporal diminuindo a sobrecarga articular nas fases agudas de cicatrização tecidual (figura 20). O treinamento da marcha também pode ser realizado em piscinas, onde a viscosidade e flutuabilidade da água diminuem as forças de carga do peso corporal sobre o joelho pela redução da força da gravidade. Fig. 20. Treinamento marcha c/ muletas CORREÇÃO DE ANORMALIDADES BIOMECÂNICAS As discrepâncias de comprimento dos membros inferiores, pés pronados (figura 21), controle inadequado da pelve e outras anormalidades podem influenciar e causar alterações na articulação fêmoro-patelar. Fig. 21. Pé pronado 16

17 Podemos utilizar órteses ou calçados especiais para correção de algumas anormalidades, bem como exercícios específicos de fortalecimento / alongamento da musculatura de todo membro inferior. Algumas técnicas mais recentes no nosso meio, como osteopatia, cadeias musculares e manipulações articulares têm sido propostas para auxiliar os pacientes nos programas de reabilitação da articulação fêmoropatelar, porém ainda necessitam de comprovação científica, que é escassa até o momento. PROGRESSÃO NAS ATIVIDADES FUNCIONAIS À medida que o tratamento progride com melhora dos sintomas, devemos enfatizar o treinamento das atividades funcionais e esportivas específicas de cada paciente (figura 22). O ritmo de retorno às atividades funcionais é ditado pelo nível de tolerância do paciente, não devendo sobrecarregar a cura tecidual. Isto está bem descrito no trabalho de Dye chamado de envelope de função 6. Fig. 22. Treinamento final p/ retorno à prática esportiva As atividades devem ser aplicadas com cargas fisiológicas que beneficiem o paciente, estimulando a cura e sua recuperação. As atividades funcionais devem ser aplicadas de maneira progressiva e seqüencial com cargas adequadas de estresse para facilitar a recuperação sem produzir forças desnecessárias sobre a articulação fêmoro-patelar. 17

18 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. Abernathy PJ, Townsend P, Rose R, Radin E. Is chondromalacia a separate clinical entity? J Bone Join Surg 1978; 60B: de Andrade J. Grant C, Dixon. Joint distension and reflex muscle inhibition in the knne. J Bone Joint Surg 1965; 47A: Dejour H, Walch G, Nove-Josserand L, Guier Ch. Factors of patellar instability: an anatomic radiographic study. Knee Surg Sports Traumatol Arthrosc 1994; 2(1): Delitto A, Rose SJ, McKowen LM, Lehman RC, Thomas JA, Shively R. Electrical stimulation versus voluntary exercise in strengthening thigh musculature after anterior cruciate ligament surgery. Phys Ther 1988; 68(5): Draper V, Ballard L. Eletrical stimulation versus electromyographic biofeedback in the recovery of quadriceps femoris muscle function following anterior cruciate ligament surgery. Phys Ther 1991; 71(6): Dye SF. The knee as a biologic transmission with an envelope of funcion: a theory. Clin Orthop 1996; 323: Dye SF, Vaupel GL, Dye CC. Conscious neurosensory mapping of the internal structures of the human knee without intraarticular anesthesia. Am J Sports Med 1998; 26: Escamilla RF, Fleisig GS, Zheng N, Barrentine SW, Wilk KE, Andrews JA. Biomechanics of the knee during closed kinetic chain and open kinetic chain exercise. Med Sci Sports Exerc 1998; 30: Fahrer H, Rentsch HU, Gerber NJ et al. Knee effusion and reflex inhibition of the quadriceps: a bar to effective retraining. J Bone Joint Surg 1988; 70B: Fulkerson JP, ed. Disorders of the patellofemoral joint. 3 rd ed. Baltimore: Williams & Wilkins,

19 11. Grelsamer RP, McConnell J, eds. Examination of the patellofemoral joint: The physical therapist s perspective In: The patella: a team approach. Gaithersburg: Aspen Publishers, 1998: Grelsamer RP, McConnell J, eds. Conservative management of patellofemoral problems In: The patella: a team approch. Gaitherburg: Aspen Publishiers, 1998: Hungerford DS, Barry M. Biomechanics of the patellofemoral joint. Clin Orthop 1979; 144: McConnell J. Conservative management of patellofemoral problems In: Grelsamer RP, McConnell J eds. The Patella: a team approach. Gaithersburg: Aspen Publishers, 1998: Malek MM, Mangine RM. Patellofemoral pain syndromes: a comprehensive and conservative approach. J Orthop Sports Phys Ther 1981; 2(3): Powers CM. Rehabilitation of patellofemoral joint disorders: a critical review. J Orthop Sports Phys Ther 1998; 28(5): Snyder-Mackler L, Ladin Z, Schepsis AA, Young JC. Electrical stimulation of the thigh muscles after reconstructing the anterior cruciate ligament. Effects of electrically elicited contraction of the quadriceps femoris and hamstrings muscles on gait and on strength of the thigh muscles. J Bone Joint Surg 1991; 73A: Steinkamp LA, Dillingham MF, Markel MD, Hill JA, Kaufman KR. Biomechamical considerations in patellofemoral join rehabilitation. Am J Sports Med 1993; 21: Stokes M, Young A. Investigations of quadriceps inhibition: implications for clinical practice. Physiotherapy 1984; 70: Torry MR, Decker MY, Viola RW, O Connor DD, Steadman JR. Intraarticular knee effusion induces quadriceps avoidance gait patterns. Clin Biomech 2000; 15(3):

20 21. Wilk KE, Reinold MM. Principles of patellofemoral rehabilitation. Sports Med Arthrosc Rev 2001; 9(4): Wilk KE, Reinold MM. Closed kinetic chain exercises and plyometric activities In: Bandy WD, Sanders B, eds. Therapeutic exercise: Techniques for intervention. Baltimore: Lippincott Williams & Wilkins, Witvrouw E, Lysens R, Bellemans J et al. Intrinsic risk factors for the development of anterior knee pain in an athletic population. Am J Sports Med 2000; 28:

Departamento de Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional. Profa. Dra. Sílvia Maria Amado João

Departamento de Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional. Profa. Dra. Sílvia Maria Amado João Avaliação Fisioterapêutica do Quadril Departamento de Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional Profa. Dra. Sílvia Maria Amado João 1. Anatomia Aplicada Articulação do Quadril: É uma articulação

Leia mais

AVALIAÇÃO DO QUADRIL

AVALIAÇÃO DO QUADRIL AVALIAÇÃO DO QUADRIL 1. Anatomia Aplicada Articulação do Quadril: É uma articulação sinovial esferóidea com 3 graus de liberdade; Posição de repouso: 30 de flexão, 30 de abdução, ligeira rotação lateral;

Leia mais

LESÕES DOS ISQUIOTIBIAIS

LESÕES DOS ISQUIOTIBIAIS LESÕES DOS ISQUIOTIBIAIS INTRODUÇÃO Um grande grupo muscular, que se situa na parte posterior da coxa é chamado de isquiotibiais (IQT), o grupo dos IQT é formado pelos músculos bíceps femoral, semitendíneo

Leia mais

Instabilidade Femoropatelar INTRODUÇÃO

Instabilidade Femoropatelar INTRODUÇÃO Instabilidade Femoropatelar INTRODUÇÃO A patologia fêmoro-patelar é a mais freqüente patologia ao nível do joelho de adolescentes ou adultos jovens, sendo muito fácil reconhecê-la clinicamente, porém é

Leia mais

JOELHO AGUDO - REABILITAÇÃO

JOELHO AGUDO - REABILITAÇÃO JOELHO AGUDO - REABILITAÇÃO Rogério Fuchs Membro Titular da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia e Sociedade Brasileira de Cirurgia do Joelho Rúbia M.Benati Docente da Disciplina de Fisioterapia

Leia mais

Lesões Meniscais. O que é um menisco e qual a sua função.

Lesões Meniscais. O que é um menisco e qual a sua função. Lesões Meniscais Introdução O menisco é uma das estruturas mais lesionadas no joelho. A lesão pode ocorrer em qualquer faixa etária. Em pessoas mais jovens, o menisco é bastante resistente e elástico,

Leia mais

Foram estabelecidos critérios de inclusão, exclusão e eliminação. Critérios de inclusão: todos os dançarinos com síndrome da dor femoropatelar.

Foram estabelecidos critérios de inclusão, exclusão e eliminação. Critérios de inclusão: todos os dançarinos com síndrome da dor femoropatelar. Figura 11a - Posição inicial: 1ª posição paralela. Figura 11b - demi-plié: 1ª posição paralela. Figura 12a - Posição inicial: 2ª posição paralela. Figura 12b- Demi-plié: 2ª posição paralela. 35 Figura

Leia mais

ABORDAGEM FISIOTERAPÊUTICA NA SÍNDROME DA DOR FÊMOROPATELAR: REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

ABORDAGEM FISIOTERAPÊUTICA NA SÍNDROME DA DOR FÊMOROPATELAR: REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ABORDAGEM FISIOTERAPÊUTICA NA SÍNDROME DA DOR FÊMOROPATELAR: REVISÃO BIBLIOGRÁFICA REMONTE JUNIOR, José Julio Discente do Curso de Fisioterapia da Faculdade de Ciências Sociais e Agrárias de Itapeva FAIT-

Leia mais

LESÃO DO LIGAMENTO CRUZADO ANTERIOR

LESÃO DO LIGAMENTO CRUZADO ANTERIOR LESÃO DO LIGAMENTO CRUZADO ANTERIOR Anatomia O ligamento cruzado anterior (LCA) é um dos ligamentos mais importantes para a estabilidade do joelho. Considerado um ligamento intra-articular, sua função

Leia mais

Instabilidade Femuropatelar

Instabilidade Femuropatelar www.medsports.com.br Instabilidade Femuropatelar Dr. Rogério Teixeira da Silva Médico Assistente - CETE UNIFESP/EPM Introdução Patela - sesamóide 3 facetas (lateral, medial, odd facet - med) 3 tipos (Wiberg)

Leia mais

Alterações. Músculo- esqueléticas

Alterações. Músculo- esqueléticas Alterações Músculo- esqueléticas Sistema Neurológico Alteração no tempo de reação e equilíbrio. A instabilidade articular. Alteração da visão Sensibilidade da córnea. c Aumento ou diminuição dos sentidos

Leia mais

Reumatismos de Partes Moles Diagnóstico e Tratamento

Reumatismos de Partes Moles Diagnóstico e Tratamento Reumatismos de Partes Moles Diagnóstico e Tratamento MARINA VERAS Reumatologia REUMATISMOS DE PARTES MOLES INTRODUÇÃO Também denominado de reumatismos extra-articulares Termo utilizado para definir um

Leia mais

POS RECONSTRUCAO LIGAMENTAR JOELHO Ricardo Yabumoto Curitiba, 28 de Maio de 2007 INTRODUCAO Sucesso da reconstrucao ligamentar: habilidade e experiência do cirurgião técnica utilizada tipo de enxerto material

Leia mais

04/11/2012. rígida: usar durante a noite (para dormir) e no início da marcha digitígrada, para manter a ADM do tornozelo.

04/11/2012. rígida: usar durante a noite (para dormir) e no início da marcha digitígrada, para manter a ADM do tornozelo. 04/11/2012 Prolongar o tempo de deambulação independente. Manter a postura correta. Garantir o bom funcionamento das funções cardiorrespiratória e digestiva. Manter a amplitude do movimento. Garantir o

Leia mais

Dr. Josemir Dutra Junior Fisioterapeuta Acupunturista Acupunturista Osteopata Especialista em Anatomia e Morfologia. Joelho

Dr. Josemir Dutra Junior Fisioterapeuta Acupunturista Acupunturista Osteopata Especialista em Anatomia e Morfologia. Joelho Dr. Josemir Dutra Junior Fisioterapeuta Acupunturista Acupunturista Osteopata Especialista em Anatomia e Morfologia Joelho O joelho é a articulação intermédia do membro inferior, é formado por três ossos:

Leia mais

Impacto Fêmoro Acetabular e Lesões do Labrum

Impacto Fêmoro Acetabular e Lesões do Labrum Impacto Fêmoro Acetabular e Lesões do Labrum O termo Impacto Fêmoro Acetabular (I.F.A.) refere-se a uma alteração do formato e do funcionamento biomecânico do quadril. Nesta situação, ocorre contato ou

Leia mais

Dor no Ombro. Especialista em Cirurgia do Ombro e Cotovelo. Dr. Marcello Castiglia

Dor no Ombro. Especialista em Cirurgia do Ombro e Cotovelo. Dr. Marcello Castiglia Dor no Ombro Dr. Marcello Castiglia Especialista em Cirurgia do Ombro e Cotovelo O que a maioria das pessoas chama de ombro é na verdade um conjunto de articulações que, combinadas aos tendões e músculos

Leia mais

AVALIAÇÃO DO OMBRO ANATOMIA DO OMBRO ANATOMIA DO OMBRO ANATOMIA DO OMBRO ANATOMIA DO OMBRO ANATOMIA DO OMBRO Articulação Sinovial Forma de sela Três graus de liberdade Posição de Repouso Posição de aproximação

Leia mais

Avaliação Fisioterapêutica do Ombro Departamento de Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional-FMUSP

Avaliação Fisioterapêutica do Ombro Departamento de Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional-FMUSP Avaliação Fisioterapêutica do Ombro Departamento de Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional-FMUSP Profa. Dra. Sílvia Maria Amado João 1. Anatomia Aplicada Articulação esternoclavicular: É uma

Leia mais

Cinesioterapia\UNIME Docente:Kalline Camboim

Cinesioterapia\UNIME Docente:Kalline Camboim Cinesioterapia\UNIME Docente:Kalline Camboim Cabeça do fêmur com o acetábulo Articulação sinovial, esferóide e triaxial. Semelhante a articulação do ombro, porém com menor ADM e mais estável. Cápsula articular

Leia mais

Avaliação Fisioterapêutica do Tornozelo e Pé Departamento de Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional

Avaliação Fisioterapêutica do Tornozelo e Pé Departamento de Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional Avaliação Fisioterapêutica do Tornozelo e Pé Departamento de Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional Profa. Dra. Sílvia Maria Amado João 1. Anatomia Aplicada Retropé: Articulação Tibiofibular

Leia mais

Departamento de Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional-FMUSP. Profa. Dra. Sílvia Maria Amado João

Departamento de Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional-FMUSP. Profa. Dra. Sílvia Maria Amado João Avaliação Fisioterapêutica do Cotovelo Departamento de Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional-FMUSP Profa. Dra. Sílvia Maria Amado João 1. Anatomia Aplicada Articulação ulnoumeral ou troclear:

Leia mais

Avaliação Fisioterapêutica da Coluna Lombar

Avaliação Fisioterapêutica da Coluna Lombar Avaliação Fisioterapêutica da Coluna Lombar Profa. Dra. Sílvia Maria Amado João Disciplina: MFT-0377 Métodos de Avaliação Clínica e Funcional Departamento de Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional

Leia mais

Cisto Poplíteo ANATOMIA

Cisto Poplíteo ANATOMIA Cisto Poplíteo O Cisto Poplíteo, também chamado de cisto de Baker é um tecido mole, geralmente indolor que se desenvolve na parte posterior do joelho. Ele se caracteriza por uma hipertrofia da bolsa sinovial

Leia mais

Traumaesportivo.com.br. Capsulite Adesiva

Traumaesportivo.com.br. Capsulite Adesiva Capsulite Adesiva Capsulite adesiva, também chamada de ombro congelado, é uma condição dolorosa que leva a uma severa perda de movimento do ombro. Pode ocorrer após uma lesão, uma trauma, uma cirurgia

Leia mais

Dor no joelho Tendinite patelar, a famosa dor no joelho, precisa ser cuidada!

Dor no joelho Tendinite patelar, a famosa dor no joelho, precisa ser cuidada! Dor no joelho Tendinite patelar, a famosa dor no joelho, precisa ser cuidada! Por Ricardo Takahashi Gael Monfils, Rafael Nadal e Fernando Gonzalez (página seguinte) precisaram recorrer às bandagens nos

Leia mais

Avaliação Fisioterapêutica do Joelho Departamento de Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional

Avaliação Fisioterapêutica do Joelho Departamento de Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional Avaliação Fisioterapêutica do Joelho Departamento de Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional Profa. Dra. Sílvia Maria Amado João 1. Anatomia Aplicada Articulação Tibiofemoral: É uma articulação

Leia mais

Artroscopia do Cotovelo

Artroscopia do Cotovelo Artroscopia do Cotovelo Dr. Marcello Castiglia Especialista em Cirurgia do Ombro e Cotovelo Artroscopia é uma procedimento usado pelos ortopedistas para avaliar, diagnosticar e reparar problemas dentro

Leia mais

Tratamento Conservador da Instabilidade Fêmoro-Patelar

Tratamento Conservador da Instabilidade Fêmoro-Patelar Tratamento Conservador da Instabilidade Fêmoro-Patelar Autores: Wilson Mello A. Jr. Campinas SP Anna Maria Almeida Prado Fisioterapeuta do Centro Médico de Campinas Introdução As instabilidades do aparelho

Leia mais

3.4 Deformações da coluna vertebral

3.4 Deformações da coluna vertebral 87 3.4 Deformações da coluna vertebral A coluna é um dos pontos mais fracos do organismo. Sendo uma peça muito delicada, está sujeita a diversas deformações. Estas podem ser congênitas (desde o nascimento

Leia mais

Dados Pessoais: História social e familiar. Questões especiais Exames Complementares Medicação: Reumoplus. Fatores que agravam os sintomas e função

Dados Pessoais: História social e familiar. Questões especiais Exames Complementares Medicação: Reumoplus. Fatores que agravam os sintomas e função Dados Pessoais: Nome: V. Idade: 19 Morada: Contacto: Médico: Fisioterapeuta: Profissão: Estudante e Jogador de Basquetebol (Estoril) Diagnóstico Médico: Ligamentoplastia do Ligamento Cruzado Anterior História

Leia mais

LESÕES MUSCULARES. Ft. Esp. Marina Medeiros

LESÕES MUSCULARES. Ft. Esp. Marina Medeiros LESÕES MUSCULARES Ft. Esp. Marina Medeiros EPIDEMIOLOGIA Os músculos são os únicos geradores de força capazes de produzir movimento articular. São 434 músculos, representando 40% do peso corporal; dentre

Leia mais

Avaliação Integrada. Profº Silvio Pecoraro. Specialist Cooper Fitness Center Dallas Texas/USA Cref. 033196 G/SP

Avaliação Integrada. Profº Silvio Pecoraro. Specialist Cooper Fitness Center Dallas Texas/USA Cref. 033196 G/SP Avaliação Integrada Profº Silvio Pecoraro Specialist Cooper Fitness Center Dallas Texas/USA Cref. 033196 G/SP Definições Chaves Corrente cinética: sistema muscular + sistema articular + sistema neural.

Leia mais

Academia Seja dentro ou fora da Academia, nosso Clube oferece espaços para manter a saúde em dia e o corpo em forma

Academia Seja dentro ou fora da Academia, nosso Clube oferece espaços para manter a saúde em dia e o corpo em forma Projeto Verão O Iate é sua Academia Seja dentro ou fora da Academia, nosso Clube oferece espaços para manter a saúde em dia e o corpo em forma por rachel rosa fotos: felipe barreira Com a chegada do final

Leia mais

Fisioterapia nas Ataxias. Manual para Pacientes

Fisioterapia nas Ataxias. Manual para Pacientes Fisioterapia nas Ataxias Manual para Pacientes 2012 Elaborado por: Fisioterapia: Dra. Marise Bueno Zonta Rauce M. da Silva Neurologia: Dr. Hélio A. G. Teive Ilustração: Designer: Roseli Cardoso da Silva

Leia mais

Crescimento guiado para correção de joelhos unidos e pernas arqueadas em crianças

Crescimento guiado para correção de joelhos unidos e pernas arqueadas em crianças INFORMAÇÃO AO PACIENTE Crescimento guiado para correção de joelhos unidos e pernas arqueadas em crianças O sistema de crescimento guiado eight-plate quad-plate INTRODUÇÃO As crianças necessitam de orientação

Leia mais

Considerada como elemento essencial para a funcionalidade

Considerada como elemento essencial para a funcionalidade 13 Epidemiologia e Flexibilidade: Aptidão Física Relacionada à Promoção da Saúde Gláucia Regina Falsarella Graduada em Educação Física na Unicamp Considerada como elemento essencial para a funcionalidade

Leia mais

INVOLUÇÃO X CONCLUSÃO

INVOLUÇÃO X CONCLUSÃO POSTURA INVOLUÇÃO X CONCLUSÃO *Antigamente : quadrúpede. *Atualmente: bípede *Principal marco da evolução das posturas em 350.000 anos. *Vantagens: cobrir grandes distâncias com o olhar, alargando seu

Leia mais

EXAME DO JOELHO. Inspeção

EXAME DO JOELHO. Inspeção EXAME DO JOELHO Jefferson Soares Leal O joelho é a maior articulação do corpo e está localizado entre os dois maiores ossos do aparelho locomotor, o fêmur e a tíbia. É uma articulação vulnerável a lesões

Leia mais

ARTIGO DE REVISÃO E ATUALIZAÇÃO

ARTIGO DE REVISÃO E ATUALIZAÇÃO ARTIGO DE REVISÃO E ATUALIZAÇÃO Reabilitação do joelho Pérola Grinberg Plapler 1 Descritores Joelho. Reabilitação. Key words Knee. Rehabilitation. INTRODUÇÃO Os conhecimentos sobre as patologias do joelho

Leia mais

Deficiência de Desempenho Muscular. Prof. Esp. Kemil Rocha Sousa

Deficiência de Desempenho Muscular. Prof. Esp. Kemil Rocha Sousa Deficiência de Desempenho Muscular Prof. Esp. Kemil Rocha Sousa Desempenho Muscular Refere-se à capacidade do músculo de produzir trabalho (força X distância). (KISNER & COLBI, 2009) Fatores que afetam

Leia mais

Tratamento conservador das instabilidades patelofemorais com exercícios de cadeia cinética fechada *

Tratamento conservador das instabilidades patelofemorais com exercícios de cadeia cinética fechada * TRATAMENTO CONSERVADOR DAS INSTABILIDADES PATELOFEMORAIS COM EXERCÍCIOS DE CADEIA CINÉTICA FECHADA Tratamento conservador das instabilidades patelofemorais com exercícios de cadeia cinética fechada * WILSON

Leia mais

Semiologia Ortopédica Pericial

Semiologia Ortopédica Pericial Semiologia Ortopédica Pericial Prof. Dr. José Heitor Machado Fernandes 2ª V E R S Ã O DO H I P E R T E X T O Para acessar os módulos do hipertexto Para acessar cada módulo do hipertexto clique no link

Leia mais

Exame Fisico do Quadril Celso HF Picado

Exame Fisico do Quadril Celso HF Picado Exame Fisico do Quadril Celso HF Picado Introdução A cintura pélvica é composta pela articulação sacro-ilíaca, pela sínfise púbica e pela articulação coxo-femoral. Esta última corresponde à articulação

Leia mais

Manual de cuidados pré e pós-operatórios

Manual de cuidados pré e pós-operatórios 1. Anatomia O quadril é uma articulação semelhante a uma bola no pegador de sorvete, onde a cabeça femoral (esférica) é o sorvete e o acetábulo (em forma de taça) é o pegador. Esse tipo de configuração

Leia mais

Conteúdo: Partes do corpo humano. Atividade física eleva a qualidade de vida. Cuidando das articulações. FORTALECENDO SABERES

Conteúdo: Partes do corpo humano. Atividade física eleva a qualidade de vida. Cuidando das articulações. FORTALECENDO SABERES 2 CONTEÚDO E HABILIDADES FORTALECENDO SABERES DESAFIO DO DIA DINÂMICA LOCAL INTERATIVA I Conteúdo: Partes do corpo humano. Atividade física eleva a qualidade de vida. Cuidando das articulações. 3 CONTEÚDO

Leia mais

TREINAMENTO DE FORÇA RELACIONADO A SAÚDE E QUALIDADE DE VIDA

TREINAMENTO DE FORÇA RELACIONADO A SAÚDE E QUALIDADE DE VIDA TREINAMENTO DE RELACIONADO A SAÚDE E QUALIDADE DE VIDA Como regra geral, um músculo aumenta de força quando treinado próximo da sua atual capacidade de gerar força. Existem métodos de exercícios que são

Leia mais

Dados Pessoais: História social e familiar. Body Chart

Dados Pessoais: História social e familiar. Body Chart Dados Pessoais: História Clínica: Nome: P.R. Idade: 54 Morada: Contacto: Médico: Fisioterapeuta: Profissão: Fisioterapeuta Diagnóstico Médico: Fratura comitiva da rótula Utente de raça caucasiana, Fisioterapeuta,

Leia mais

O treino invisível para aumento do rendimento desportivo

O treino invisível para aumento do rendimento desportivo O treino invisível para aumento do rendimento desportivo Carlos Sales, Fisioterapeuta Federação Portuguesa de Ciclismo Luís Pinho, Fisioterapeuta Federação Portuguesa de Ciclismo Ricardo Vidal, Fisioterapeuta

Leia mais

ABORDAGEM E DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DE PROBLEMAS NA COLUNA VERTEBRAL E MEDULA ESPINHAL

ABORDAGEM E DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DE PROBLEMAS NA COLUNA VERTEBRAL E MEDULA ESPINHAL ABORDAGEM E DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DE PROBLEMAS NA COLUNA VERTEBRAL E MEDULA ESPINHAL Ronaldo Casimiro da Costa, MV, MSc, PhD Diplomado ACVIM Neurologia College of Veterinary Medicine The Ohio State University,

Leia mais

VOCÊ CONHECE SUA PISADA?

VOCÊ CONHECE SUA PISADA? ANO 2 www.instituodetratamentodador.com.br VOCÊ CONHECE SUA PISADA? Direção: Dr José Goés Instituto da Dor Criação e Diagramação: Rubenio Lima 85 8540.9836 Impressão: NewGraf Tiragem: 40.000 ANO 2 Edição

Leia mais

Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva

Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva Orientação para pacientes com Hérnia Inguinal. O que é uma hérnia abdominal? Hérnia é a protrusão (saliência ou abaulamento) de uma víscera ou órgão através de

Leia mais

O IMPACTO DO PROGRAMA DE GINÁSTICA LABORAL NO AUMENTO DA FLEXIBILIDADE

O IMPACTO DO PROGRAMA DE GINÁSTICA LABORAL NO AUMENTO DA FLEXIBILIDADE O IMPACTO DO PROGRAMA DE GINÁSTICA LABORAL NO AUMENTO DA FLEXIBILIDADE UM ESTUDO QUANTO À APLICABILLIDADE DO PROGRAMA PARA COLETORES DE LIXO DO MUNICÍPIO DE NITERÓI ALESSANDRA ABREU LOUBACK, RAFAEL GRIFFO

Leia mais

REABILITAÇÃO AQUÁTICA EM PRÉ E PÓS-OPERATÓRIO DO LIGAMENTO CRUZADO ANTERIOR NO ATLETA

REABILITAÇÃO AQUÁTICA EM PRÉ E PÓS-OPERATÓRIO DO LIGAMENTO CRUZADO ANTERIOR NO ATLETA REABILITAÇÃO AQUÁTICA EM PRÉ E PÓS-OPERATÓRIO DO LIGAMENTO CRUZADO ANTERIOR NO ATLETA Marcel Canhoto 1, Patrícia Raquel Carvalho de Aguiar 1, Renato de Souza e Silva 2, Antonio Carlos C. de Andrade 3,

Leia mais

PILATES E BIOMECÂNICA. Thaís Lima

PILATES E BIOMECÂNICA. Thaís Lima PILATES E BIOMECÂNICA Thaís Lima RÍTMO LOMBOPÉLVICO Estabilidade lombopélvica pode ser definida como a habilidade de atingir e manter o alinhamento ótimo dos segmentos da coluna (lombar e torácica), da

Leia mais

REPERCUSSÕES DO TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO NA INSTABILIDADE FEMOROPATELAR

REPERCUSSÕES DO TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO NA INSTABILIDADE FEMOROPATELAR REPERCUSSÕES DO TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO NA INSTABILIDADE FEMOROPATELAR Louise Marie Rodrigues Mendonça Corrêa Campos Graduada Fisioterapia/ISECENSA louisemarie29@yahoo.com.br Jefferson da Silva Mestre

Leia mais

Abdução do quadril Posição inicial Ação Extensão do quadril em rotação neutra Posição inicial Ação

Abdução do quadril Posição inicial Ação Extensão do quadril em rotação neutra Posição inicial Ação 12) Abdução do quadril - músculos comprometidos da articulação do quadril: glúteo médio, glúteo mínimo, tensor da fascia lata e os seis rotadores externos; da articulação do joelho: quadríceps (contração

Leia mais

ATIVIDADE DE EDUCAÇÃO FÍSICA 3º E.M.

ATIVIDADE DE EDUCAÇÃO FÍSICA 3º E.M. Nome: n.º Barueri, / / 2009 1ª Postagem Disciplina: Educação Física 3ª série E.M ATIVIDADE DE EDUCAÇÃO FÍSICA 3º E.M. Orientações para desenvolvimento da atividade: Esse será um texto a ser utilizado no

Leia mais

Força e Resistência Muscular

Força e Resistência Muscular Força e Resistência Muscular Prof. Sergio Gregorio da Silva, PhD Objetivos do Treinamento com Pesos Aumento da massa muscular Força Potência Velocidade Resistência Muscular Localizada Equilibro Coordenação

Leia mais

EXAME DO JOELHO P R O F. C A M I L A A R A G Ã O A L M E I D A

EXAME DO JOELHO P R O F. C A M I L A A R A G Ã O A L M E I D A EXAME DO JOELHO P R O F. C A M I L A A R A G Ã O A L M E I D A INTRODUÇÃO Maior articulação do corpo Permite ampla extensão de movimentos Suscetível a lesões traumáticas Esforço Sem proteção por tecido

Leia mais

12º Imagem da Semana: Ressonância Magnética de Coluna

12º Imagem da Semana: Ressonância Magnética de Coluna 12º Imagem da Semana: Ressonância Magnética de Coluna Enunciado Paciente do sexo feminino, 34 anos, G1P1A0, hígida, está no terceiro mês pós-parto vaginal sob analgesia peridural, que transcorreu sem intercorrências.

Leia mais

3. Revisão da fisiologia referente aos métodos de kinesiology taping

3. Revisão da fisiologia referente aos métodos de kinesiology taping Whole Body Kinesiology TherapeuticTaping / Curso de Técnicas de Aplicação de Bandas Neuromusculares: Básico / Intermédio Descrição do Curso Este seminário apresentará o método Kinesiology Therapeutic Taping

Leia mais

Fraturas e Luxações do Cotovelo em Adultos:

Fraturas e Luxações do Cotovelo em Adultos: Fraturas e Luxações do Cotovelo em Adultos: Fraturas do cotovelo em adultos: l As fraturas correspondem 31.8% dos traumas em cotovelo no adulto; l Freqüência: cabeça do rádio 39,4%; luxação do cotovelo

Leia mais

DISTÚRBIOS OSTEOMUSCULARES RELACIONADOS AO TRABALHO EM PROFISSIONAIS DA LIMPEZA

DISTÚRBIOS OSTEOMUSCULARES RELACIONADOS AO TRABALHO EM PROFISSIONAIS DA LIMPEZA DISTÚRBIOS OSTEOMUSCULARES RELACIONADOS AO TRABALHO EM PROFISSIONAIS DA LIMPEZA ROSEMARA SANTOS DENIZ AMARILLA (1), BRUNO BORSATTO (2), RODRIGO EDUARDO CATAI (3) (1) Mestrado em Engenharia Civil / UTFPR

Leia mais

Pós graduação em Fisioterapia Traumato-Ortopédica - UFJF. 03 de julho de 2010 Professor: Rodrigo Soares

Pós graduação em Fisioterapia Traumato-Ortopédica - UFJF. 03 de julho de 2010 Professor: Rodrigo Soares Pós graduação em Fisioterapia Traumato-Ortopédica - UFJF 03 de julho de 2010 Professor: Rodrigo Soares Programa Afecções tendíneas Afecções neurais compressivas Afecções ligamentares Afecções musculares

Leia mais

Atualmente = o objetivo é conseguir, durante a sessão e fora dela, a funcionalidade do paciente (o tônus se adequa como consequência).

Atualmente = o objetivo é conseguir, durante a sessão e fora dela, a funcionalidade do paciente (o tônus se adequa como consequência). CONCEITO BOBATH PARA ADULTOS Profª Ms. Daniela Vincci Lopes Ruzzon INTRODUÇÃO 1943 pintor com hemiplegia grave à direita. Tratamento da espasticidade: Iniciou com vibração no deltóide = sem resultados.

Leia mais

O que é Impacto Fêmoro-acetabular. Autores: O que é o quadril? Dr. Henrique Berwanger Cabrita

O que é Impacto Fêmoro-acetabular. Autores: O que é o quadril? Dr. Henrique Berwanger Cabrita O que é Impacto Fêmoro-acetabular PUBLICADO POR QUADRIL RECIFE Autores: Dr. Henrique Berwanger Cabrita Doutor em Ortopedia pela Universidade de São Paulo Assistente do Grupo de Quadril do Instituto de

Leia mais

PARQVE Projeto Artrose Recuperando Qualidade de Vida pela Educação

PARQVE Projeto Artrose Recuperando Qualidade de Vida pela Educação PARQVE Projeto Artrose Recuperando Qualidade de Vida pela Educação Dra. Márcia Uchoa de Rezende Dr. Alexandre Felício Pailo Dr. Gustavo Constantino de Campos Dr. Renato Frucchi Dr. Thiago Pasqualin O que

Leia mais

Confederação Brasileira de Tiro Esportivo Originária da Confederação do Tiro Brasileiro decreto 1503 de 5 de setembro de 1906

Confederação Brasileira de Tiro Esportivo Originária da Confederação do Tiro Brasileiro decreto 1503 de 5 de setembro de 1906 Exercícios com Elástico Os Exercícios com elástico irão trabalhar Resistência Muscular Localizada (RML). Em cada exercício, procure fazer a execução de maneira lenta e com a postura correta. Evitar o SOLAVANCO

Leia mais

BANDAGENS TERAPÊUTICAS NA MTC

BANDAGENS TERAPÊUTICAS NA MTC Escola Brasileira de Medicina Chinesa BANDAGENS TERAPÊUTICAS NA MTC Êmile Cristina Gravalos TIPOS DE BANDAGENS SPORTS TAPING McCONNELL MULLIGAN KINESIO TAPING THERAPEUTIC TAPING DIFERENÇAS BANDAGENS FUNCIONAIS

Leia mais

Conteúdo do curso de massagem desportiva

Conteúdo do curso de massagem desportiva Conteúdo do curso de massagem desportiva Massagem desportiva Vamos fazer uma massagem desportiva na pratica. A massagem desportiva pode denotar dois tipos diferentes de tratamento. Pode ser utilizada como

Leia mais

Movimentos da articulação do joelho. Prof. Dr. Guanis de Barros Vilela Junior

Movimentos da articulação do joelho. Prof. Dr. Guanis de Barros Vilela Junior Movimentos da articulação do joelho Prof. Dr. Guanis de Barros Vilela Junior Introdução Uma das mais complexas articulações do corpo humano. É composta por 3 articulações: 1. entre os côndilos mediais

Leia mais

Recuperação funcional da síndrome. fêmoro-patelar: um estudo. comparativo entre fortalecimento e. alongamento muscular

Recuperação funcional da síndrome. fêmoro-patelar: um estudo. comparativo entre fortalecimento e. alongamento muscular CRISTINA MARIA NUNES CABRAL Recuperação funcional da síndrome fêmoro-patelar: um estudo comparativo entre fortalecimento e alongamento muscular Tese apresentada à Faculdade de Medicina da Universidade

Leia mais

EFEITO DO AQUECIMENTO MUSCULAR GERADO PELA BICICLETA ERGOMÉTRICA SOBRE A EXTENSIBILIDADE IMEDIATA DOS MÚSCULOS ISQUIOTIBIAIS

EFEITO DO AQUECIMENTO MUSCULAR GERADO PELA BICICLETA ERGOMÉTRICA SOBRE A EXTENSIBILIDADE IMEDIATA DOS MÚSCULOS ISQUIOTIBIAIS Encontro Internacional de Produção Científica Cesumar 23 a 26 de outubro de 2007 EFEITO DO AQUECIMENTO MUSCULAR GERADO PELA BICICLETA ERGOMÉTRICA SOBRE A EXTENSIBILIDADE IMEDIATA DOS MÚSCULOS ISQUIOTIBIAIS

Leia mais

ABDOMINOPLASTIA 01) P: QUANTOS QUILOS VOU EMAGRECER COM A PLASTICA ABDOMINAL?

ABDOMINOPLASTIA 01) P: QUANTOS QUILOS VOU EMAGRECER COM A PLASTICA ABDOMINAL? ABDOMINOPLASTIA Também chamada de dermolipectomia abdominal. É um procedimento cirúrgico utilizado para redefinir o contorno abdominal, através da retirada do excesso de pele e gordura depositada, além

Leia mais

Ligamento Cruzado Posterior

Ligamento Cruzado Posterior Ligamento Cruzado Posterior Introdução O Ligamento Cruzado Posterior (LCP) é classificado como estabilizador estático do joelho e sua função principal é restringir o deslocamento posterior da tíbia em

Leia mais

JOELHO. Introdução. Carla Cristina Douglas Pereira Edna Moreira Eduarda Biondi Josiara Leticia Juliana Motta Marcella Pelógia Thiago Alvarenga

JOELHO. Introdução. Carla Cristina Douglas Pereira Edna Moreira Eduarda Biondi Josiara Leticia Juliana Motta Marcella Pelógia Thiago Alvarenga JOELHO Carla Cristina Douglas Pereira Edna Moreira Eduarda Biondi Josiara Leticia Juliana Motta Marcella Pelógia Thiago Alvarenga Introdução Articulação muito frágil do ponto de vista mecânico e está propensa

Leia mais

Incidência de Disfunção Sacroilíaca

Incidência de Disfunção Sacroilíaca Incidência de Disfunção Sacroilíaca ::: Fonte Do Saber - Mania de Conhecimento ::: adsense1 Introdução A pelve e em especial as articulações sacroilíacas sempre foram consideradas como tendo valor clínico

Leia mais

FUNDAÇÃO DE ENSINO E PESQUISA DE UBERABA C.N.P.J. 20.054.326/0001-09

FUNDAÇÃO DE ENSINO E PESQUISA DE UBERABA C.N.P.J. 20.054.326/0001-09 Uberaba, 23 de março de 2012 Gabarito da Prova Prática do Processo Seletivo Interno para o cargo de Enfermeiro Possíveis diagnósticos de Enfermagem com seus respectivos planejamentos: 01) Integridade da

Leia mais

AVC: Acidente Vascular Cerebral AVE: Acidente Vascular Encefálico

AVC: Acidente Vascular Cerebral AVE: Acidente Vascular Encefálico AVC: Acidente Vascular Cerebral AVE: Acidente Vascular Encefálico DEFINIÇÃO Comprometimento súbito da função cerebral causada por alterações histopatológicas em um ou mais vasos sanguíneos. É o rápido

Leia mais

Capsulite Adesiva ou Ombro Congelado Congelado

Capsulite Adesiva ou Ombro Congelado Congelado 1 Consiste em uma articulação do ombro com dor e rigidez que não pode ser explicada por nenhuma alteração estrutural. Obs: Embora seja comum o uso destes termos nas aderências pós traumáticas do ombro,

Leia mais

Artroplastia Total do Joelho. Manual para Pacientes. Dr. Richard Prazeres Canella

Artroplastia Total do Joelho. Manual para Pacientes. Dr. Richard Prazeres Canella Artroplastia Total do Joelho Manual para Pacientes Dr. Richard Prazeres Canella Florianópolis SC Introdução O joelho, para o médico, é a junção do fêmur (osso da coxa) com a tíbia (osso da perna). Também

Leia mais

PROGRAMA DE 4 DIAS DE TREINO DE FORÇA PARA MULHERES

PROGRAMA DE 4 DIAS DE TREINO DE FORÇA PARA MULHERES DESAFIO VITA VERÃO PROGRAMA DE 4 DIAS DE TREINO DE FORÇA PARA MULHERES TREINO A - Agachamento livre COMPLETO: 8 a 10 repetições (3x) - Leg 45: 8 a 10 repetições (3x) - Cadeira extensora: 8 a 10 repetições

Leia mais

Luxação da Articulação Acrômio Clavicular

Luxação da Articulação Acrômio Clavicular Luxação da Articulação Acrômio Clavicular INTRODUÇÃO As Luxações do ombro são bem conhecidas especialmente durante a prática de alguns esportes. A maior incidencia de luxção do ombro são na verdade luxação

Leia mais

Pare de maltratar seus joelhos. Fundamentais para qualquer atividade física, eles precisam estar fortes e saudáveis para agüentar você todos os dias

Pare de maltratar seus joelhos. Fundamentais para qualquer atividade física, eles precisam estar fortes e saudáveis para agüentar você todos os dias Pare de maltratar seus joelhos. Fundamentais para qualquer atividade física, eles precisam estar fortes e saudáveis para agüentar você todos os dias Rodrigo Gerhardt Desde que você resolveu deixar de engatinhar

Leia mais

ANATOMIA DA PATELA DE ESQUELETOS HUMANOS

ANATOMIA DA PATELA DE ESQUELETOS HUMANOS 25 a 28 de Outubro de 2011 ISBN 978-85-8084-055-1 ANATOMIA DA PATELA DE ESQUELETOS HUMANOS Karina Almeida Calderon 1, Priscila Almeida Inhoti 2, Sonia Maria Marques Gomes Bertolini 3 RESUMO: A disfunção

Leia mais

3º Grau - Estiramento de cerca de 75% das fibras, com presença de hematoma acentuado e perda da estabilidade, com diástese de 10mm.

3º Grau - Estiramento de cerca de 75% das fibras, com presença de hematoma acentuado e perda da estabilidade, com diástese de 10mm. Joelho: Lesões, princip. formas de tratam. prevenção OBRIGADO PROFESSOR RAPHAEL MESQUITA POR COMPARTILHAR A IMFORMACAO. @PROFMESQUITA O joelho é uma das maiores articulações do corpo humano e também uma

Leia mais

CAPSULITE ADESIVA DO OMBRO

CAPSULITE ADESIVA DO OMBRO CAPSULITE ADESIVA DO OMBRO Artigo: Dr. Ronaldo Roncetti 1 Introdução A Capsulite Adesiva do Ombro (CAO) foi descrita pela primeira vez em 1872 por DUPLAY, e denominando a Duplay (1) (1872). Descreve a

Leia mais

INFLUENCIA DA FLEXIBILIDADE NO SALTO VERTICAL EM ATLETAS DE VOLEIBOL MASCULINO

INFLUENCIA DA FLEXIBILIDADE NO SALTO VERTICAL EM ATLETAS DE VOLEIBOL MASCULINO ROGER MARCHESE INFLUENCIA DA FLEXIBILIDADE NO SALTO VERTICAL EM ATLETAS DE VOLEIBOL MASCULINO Artigo apresentado como Trabalho de Conclusão de Curso em Especialização em Ciência do Treinamento Desportivo

Leia mais

Plano de Exercícios Clinic ABL Antes e Depois do Treino com Bola

Plano de Exercícios Clinic ABL Antes e Depois do Treino com Bola Plano de Exercícios Clinic ABL Antes e Depois do Treino com Bola Introdução São vários os estudos de investigação que atualmente avaliam as necessidades dos atletas e os diferentes pontos de vista a respeito

Leia mais

artrite reumatoide Um guia para pacientes e seus familiares

artrite reumatoide Um guia para pacientes e seus familiares artrite reumatoide Um guia para pacientes e seus familiares artrite reumatoide Um guia para pacientes e seus familiares A artrite reumatoide não é o único desafio na vida dos pacientes. Mas muitos problemas

Leia mais

IMPLANTAÇÃO E AVALIAÇÃO DE UM PROGRAMA DE GINÁSTICA LABORAL: UM ESTUDO PILOTO REALIZADO JUNTO A COLABORADORES DE UM HOSPITAL PRIVADO

IMPLANTAÇÃO E AVALIAÇÃO DE UM PROGRAMA DE GINÁSTICA LABORAL: UM ESTUDO PILOTO REALIZADO JUNTO A COLABORADORES DE UM HOSPITAL PRIVADO IMPLANTAÇÃO E AVALIAÇÃO DE UM PROGRAMA DE GINÁSTICA LABORAL: UM ESTUDO PILOTO REALIZADO JUNTO A COLABORADORES DE UM HOSPITAL PRIVADO Maria Cecilia Rezek Juliano 1 Silvia Renata Rezek Juliano 1 Maria Clara

Leia mais

O PROJETO. A ESTAÇÃO SAÚDE foi desenvolvida com objetivo de proporcionar aos

O PROJETO. A ESTAÇÃO SAÚDE foi desenvolvida com objetivo de proporcionar aos O PROJETO A ESTAÇÃO SAÚDE foi desenvolvida com objetivo de proporcionar aos usuários diferentes exercícios que possibilitam trabalhar grupos musculares diversos, membros superiores, inferiores, abdominais

Leia mais

Grau de hipertrofia muscular em resposta a três métodos de treinamento de força muscular

Grau de hipertrofia muscular em resposta a três métodos de treinamento de força muscular Object 1 Grau de hipertrofia muscular em resposta a três métodos de treinamento de força muscular Curso de Educação Física. Centro Universitário Toledo de Araçatuba - UNITOLEDO. (Brasil) Prof. Mário Henrique

Leia mais

A ARTROSCOPIA DO OMBRO

A ARTROSCOPIA DO OMBRO A ARTROSCOPIA DO OMBRO A ARTROSCOPIA DO OMBRO A ARTROSCOPIA DO OMBRO A ARTROSCOPIA DO OMBRO O ombro é uma articulação particularmente solicitada não somente no dia-a-dia normal, mas também na vida desportiva

Leia mais

O SISTEMA DE CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL PARA ATLETAS PORTADORES DE PARALISIA CEREBRAL

O SISTEMA DE CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL PARA ATLETAS PORTADORES DE PARALISIA CEREBRAL O SISTEMA DE CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL PARA ATLETAS PORTADORES DE PARALISIA CEREBRAL Prof. MsC Cláudio Diehl Nogueira Professor Assistente do Curso de Educação Física da UCB Classificador Funcional Sênior

Leia mais

MÉTODOS PARA APLICAÇÃO DO APARELHO TERAPÊUTICO ELETROMAGNÉTICO KENKOBIO

MÉTODOS PARA APLICAÇÃO DO APARELHO TERAPÊUTICO ELETROMAGNÉTICO KENKOBIO MÉTODOS PARA APLICAÇÃO DO APARELHO TERAPÊUTICO ELETROMAGNÉTICO KENKOBIO ALGUMAS REGRAS PARA A TERAPIA: 1) Horas de terapia - Criança de até 10 anos de idade, utilizá-lo por metade do tempo. - Para o adulto,

Leia mais

Caso clínico: DTM articular

Caso clínico: DTM articular Caso clínico: DTM articular Profa. Ana Cristina Lotaif. São Paulo, SP http://www.clinicaacl.com Descrição: Paciente BXM, sexo feminino, 25 anos, advogada, apresentou-se para exame com queixa de dificuldade

Leia mais

Introdução: Como o joelho normal funciona:

Introdução: Como o joelho normal funciona: Introdução: Se o seu joelho apresenta dor e sintomas como dificuldade para realizar atividades simples tais como caminhar ou subir escadas, você pode ser portador de uma patologia chamada artrose (desgaste).

Leia mais