DECLARAÇÃO AMBIENTAL 2010
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- Marisa Terra Nunes
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1 DECLARAÇÃO AMBIENTAL 2010 (ACTUALIZAÇÃO DA DECLARAÇÃO AMBIENTAL 2009) Central Termoeléctrica de Sines Direcção de Produção Térmica
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4 2 índice
5 âmbito 6 apresentação 8 política de ambiente 20 sistema integrado de gestão 22 aspectos ambientais 28 programa de gestão ambiental 34 indicadores ambientais 48 formação e comunicação 80 contabilidade ambiental 84 validação 88
6 4 mensagem do presidente De acordo com os objectivos estabelecidos no seu Programa de Actividades para 2011 e, em particular, com a apresentação da presente Declaração Ambiental 2010, a EDP Produção concretiza mais uma etapa do caminho traçado em 2007, pelo seu Conselho de Administração (CA), no sentido da obtenção do Registo no Sistema Comunitário de Ecogestão e Auditoria (EMAS) das suas instalações térmicas e hídricas. Pretendeu o CA, ao tomar aquela iniciativa, apostar na obtenção de um nível de maior exigência na gestão ambiental das suas operações, face ao anterior objectivo de certificação segundo a norma ISO 14001:2004. Em termos de balanço da execução dos Programas de Actividades referentes ao período de 2008 a 2010, não tenho dúvidas em afirmar que os resultados foram globalmente positivos, tendo sido obtidos pela EDP Produção, até ao final de 2010, três Registos EMAS. Um desses Registos refere-se à central termoeléctrica de ciclo combinado a gás natural do Ribatejo, datado de 2009, e o segundo à central a carvão de Sines, obtido em O terceiro, com a natureza de um Registo multi-sítio, ou multi-instalação, é respeitante à gestão das infra-estruturas hidroeléctricas da Direcção de Produção Hidráulica. Este último Registo, iniciado em 2009 para um conjunto de 8 instalações hídricas 1, foi alargado em 2010 a um novo conjunto de 10 instalações 2. Para as instalações objecto de Registo foram elaboradas as correspondentes Declarações Ambientais, conforme prescreve o Regulamento EMAS, constituindo as Declarações Ambientais 2010 actualização das anteriores. Relativamente à inclusão de novas instalações no EMAS, o Programa estabelecido para 2011 foi configurado de forma a assegurar uma segunda extensão do referido Registo multi-sítio, cobrindo novo grupo de 13 instalações 3. A respectiva Declaração Ambiental 2010 engloba, assim, na sua totalidade, 31 aproveitamentos hidroeléctricos. A presente Declaração Ambiental constitui elemento privilegiado de comunicação com o grande público e com as comunidades locais dos resultados obtidos em 2010 e validados pelo Verificador EMAS, quanto ao desempenho ambiental das
7 instalações da EDP Produção nela descritas, bem assim as medidas tomadas para garantir a melhoria desse mesmo desempenho em anos futuros. Tendo entrado em vigor em Junho de 2010, a nova versão da regulamentação EMAS, conhecida por EMAS III (Regulamento (CE) nº. 1221/2009 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 25 de Novembro) este foi o primeiro exercício de aplicação das novas e mais exigentes disposições nela contidas, o que implicou, da parte dos diversos intervenientes, a tomada de conhecimento das suas implicações e a sua incorporação onde adequado. Importa ter presente que a obtenção ou a manutenção do Registo EMAS impõe que se cumpra um conjunto de requisitos, incluindo a demonstração do envolvimento activo de todos os colaboradores e do assumir de um renovado compromisso de desempenho, credibilidade e transparência, assumido de forma pública e regular. São destinatários desta mensagem, que subscrevo em nome do Conselho de Administração da EDP Produção, todos os que contribuíram para os resultados alcançados em matéria de desempenho ambiental global do conjunto de instalações que na presente Declaração são referenciadas ou se constituem, de forma directa ou indirecta, como partes interessadas no conhecimento desses mesmos resultados. O Presidente do Conselho de Administração da EDP Produção João Manso Neto 5 1 Alto Lindoso, Miranda do Douro e as 6 instalações da Cascata da Serra da Estrela (Lagoa Comprida, Sabugueiro I, Sabugueiro II, Desterro, Ponte de Jugais e Vila Cova). 2 Touvedo, Alto Rabagão, Vila Nova, Frades, Vilar-Tabuaço, Régua, Varosa, Aguieira, Caldeirão e Raiva. 3 Caniçada, Salamonde, as 4 instalações da Cascata do Ave (Guilhofrei, Ermal, Ponte da Esperança e Senhora do Porto) Carrapatelo, Torrão, Crestuma-Lever, Castelo do Bode, Bouçã, Cabril e Santa Luzia.
8 6 âmbito 0
9 7 A presente Declaração Ambiental aplica-se à produção de electricidade 4 numa central convencional que utiliza o carvão como matéria-prima, a Central Termoeléctrica de Sines, sita em São Torpes, concelho de Sines. 4 Nomenclatura das Actividades Económicas (NACE):
10 8 apresentação 1
11 9 1.1 Enquadramento O Grupo EDP é liderado pela EDP Energias de Portugal, S.A. e tem por objecto a promoção, dinamização e gestão, por forma directa ou indirecta, de empreendimentos e actividades na área do sector energético. O Grupo EDP é constituído por uma Fundação e por um conjunto de Empresas, geridas funcionalmente como unidades de negócio, operando no sector energético em várias geografias, com uma actividade maioritária no sector da produção e distribuição de energia eléctrica. A EDP Gestão da Produção de Energia, S. A., adiante designada como EDP Produção, é a empresa do Grupo EDP que tem como finalidade a produção, compra e venda, importação e exportação de energia resultante da exploração de instalações próprias ou alheias, garantindo a evolução sustentada do sistema electroprodutor nacional. A Figura 1 ilustra a estrutura orgânica e função Ambiente no Grupo EDP.
12 EDP - ENERGIAS DE PORTUGAL, S. A. 10 DIRECÇÃO DE SUSTENTABILIDADE E AMBIENTE EDP PRODUÇÃO DIRECÇÃO DE PRODUÇÃO TÉRMICA DIRECÇÃO PARA A GESTÃO INTEGRADA DE ASSUNTOS AMBIENTAIS APOIO DE GESTÃO (PTAG) MANUTENÇÃO TÉRMICA (PTMN) OPTIMIZAÇÃO DA EXPLORAÇÃO (PTOE) CENTRO DE PRODUÇÃO SINES (PTSN) CENTRO DE PRODUÇÃO CARREGADO (PTCG) CENTRO DE PRODUÇÃO RIBATEJO (PTRJ) DIRECTORES DE CENTRO DE PRODUÇÃO COORDENADORES DE AMBIENTE ESTRUTURA LOCAL CENTRO DE PRODUÇÃO SETÚBAL (PTSB) (inclui a Central de Tunes) Função Ambiente CENTRO DE PRODUÇÃO LARES (PTLR) Figura 1 Estrutura Orgânica e Função Ambiente
13 A Produção Térmica é a Direcção da EDP Produção que tem por missão garantir a optimização da gestão do conjunto de activos térmicos, promovendo a exploração dos Centros de Produção de acordo com critérios de operacionalidade e fiabilidade estabelecidos, maximizando resultados, cumprindo e fazendo cumprir as normas de segurança e ambientais. Actualmente, a Direcção de Produção Térmica (DPT) tem a responsabilidade da gestão e exploração de um parque termoeléctrico, constituído por cinco Centros de Produção que integram instalações de diversificada tecnologia e fonte energética primária, designadamente: uma central convencional a carvão (Sines), duas centrais de ciclo combinado a gás natural (Ribatejo e Lares), duas centrais convencionais a fuelóleo (Setúbal e Carregado (5) ) e uma central de turbinas a gás utilizando gasóleo (Tunes). A Central do Barreiro finalizou a produção de energia eléctrica em 31 de Dezembro de 2009, tendo encerrado a sua actividade no final do primeiro trimestre de No ano de 2010, a produção bruta de energia eléctrica da EDP Produção foi de GWh 6, dos quais GWh tiveram origem nas centrais termoeléctricas geridas pela Direcção de Produção Térmica com a participação percentual indicada no seguinte gráfico: 11 Carregado (0,48%) Ribatejo (29,88%) Setúbal (0,23%) Lares (19,83%) Tunes (0,01%) Sines (49,58%) Figura 2 Distribuição da produção pelas centrais termoeléctricas da DPT no ano Dos seis grupos geradores da central do Carregado, dois deles podem funcionar quer a fuelóleo, quer a gás natural. 6 Ver definição de termos e siglas na Declaração Ambiental 2009 que se encontra disponível em
14 Desde 2010 que todas as instalações termoeléctricas da DPT dispõem de um Sistema de Gestão Ambiental certificado pela norma NP EN ISO 14001: Procurando a constante melhoria do desempenho ambiental das suas instalações, a EDP Produção decidiu definir como objectivo para algumas das suas instalações o registo no Sistema Comunitário de Ecogestão e Auditoria (EMAS). 1.2 Central Termoeléctrica de Sines A Central Termoeléctrica de Sines situa-se na costa alentejana, cerca de 8 km a sudeste da cidade de Sines, junto à praia de São Torpes. Figura 3 Localização Geográfica A sua construção teve início em 1979 e a sua conclusão em 1989, tendo o primeiro grupo iniciado o serviço industrial em 1985.
15 1.3 Funcionamento e Características Técnicas da Central A Central Termoeléctrica de Sines é constituída por quatro grupos geradores idênticos, independentes entre si e com potência eléctrica unitária de 314 MW. Cada um dos grupos inclui um gerador de vapor de circulação natural (GGV), um grupo turbo-alternador (GTA) e um transformador principal Grupos Geradores de Vapor (GGV) A produção de vapor é assegurada por caldeiras que produzem vapor sobreaquecido à temperatura de 535 ºC, à pressão de 167 bar e reaquecido à mesma temperatura e à pressão de 44 bar, com um caudal de vaporização de 950 t/h (toneladas por hora). Com o grupo gerador à carga nominal de 314 MW e com carvão de poder calorífico igual ao de projecto, o GGV consome cerca de 116 toneladas (t) de carvão por hora, o que, em laboração permanente, pode atingir um consumo diário de t. O arranque dos GGV é efectuado por dois circuitos de combustível auxiliares, sendo um de fuelóleo, para o arranque das caldeiras e o outro de gás propano, comum aos quatro grupos, para acendimento do fuelóleo. Cada GGV é provido de queimadores de baixa emissão de óxidos de azoto (NOx) e a regulação da queima é concebida de modo a garantir uma combustão com excesso de ar, optimizando as perdas por não queimados nas cinzas e as perdas pelos gases de combustão. Por cima dos queimadores encontram-se as entradas de Boosted Over Fire Air (BOFA) medida primária, que permite a redução das emissões de NOx. A câmara de combustão funciona com uma ligeira depressão mantida por meio de ventiladores de tiragem induzida situados entre os precipitadores e a chaminé. A Central possui um gerador de vapor auxiliar do tipo gás tubular, que consome gasóleo e permite produzir vapor na fase de arranque dos grupos e quando estes estão todos fora de serviço. O vapor aqui produzido destina-se ao aquecimento e atomização do fuelóleo, pré-aquecimento dos tanques de água de alimentação, produção de vácuo para os ejectores de arranque (formação de vácuo no condensador), extinção de incêndio nos moinhos e pré-aquecimento de ar a vapor.
16 1.3.2 Precipitadores Electrostáticos 14 Cada grupo está equipado com precipitadores electrostáticos que têm como missão retirar as partículas (cinzas volantes) que se encontram nos gases de combustão provenientes da queima. Os precipitadores possuem uma eficiência superior a 99,5%. Como resultado da combustão do carvão são ainda produzidos as escórias que caem no cinzeiro da caldeira (base da caldeira) de onde são retiradas por via seca por intermédio de um equipamento mecânico de arrastamento Dessulfuração Os gases de combustão emitidos pela Central são previamente tratados em unidades de dessulfuração para reduzir o teor de dióxido de enxofre (SO 2 ). Os gases passam em contracorrente por uma solução de calcário que permite a absorção do dióxido de enxofre. Um dos fluxos de saída desta unidade é os efluentes gasosos com baixo teor em SO 2 (eficiência de tratamento mínima de 95%) que são encaminhados para a chaminé, e o outro fluxo de saída é o produto da reacção do calcário com o SO 2, o sulfato de cálcio bihidratado, igualmente denominado gesso. Por se tratar de um processo de lavagem de gases húmido, ocorre ainda a redução da emissão de partículas e de outros elementos presentes nos gases como os compostos fluorados e clorados Desnitrificação Iniciou-se em 2009 e tem conclusão prevista para 2011, a instalação de sistemas de desnitrificação em cada grupo, pelo processo de Redução Catalítica Selectiva (SCR Selective Catalytic Reduction), que permitirão reduzir significativamente (acima de 80%) as emissões de óxidos de azoto (NOx). Os sistemas localizar-se- -ão a montante do precipitador electrostático. O processo SCR consiste em fazer passar os gases de combustão por um catalisador que reduz selectivamente os componentes existentes nos gases, como
17 o monóxido de azoto (NO) e o dióxido de azoto (NO 2 ) a azoto molecular (N 2 ) e a vapor de água (H 2 O), pela acção do agente redutor amoníaco (NH 3 ) que é adicionado na corrente gasosa antes do reactor. O amoníaco é preparado numa estação dedicada (uma por grupo), onde a solução de amónia (solução diluída de amoníaco) é evaporada e o amoníaco produzido é diluído com ar e injectado nos gases de combustão Grupos Turbo/Alternador (GTA) Cada grupo turbo/alternador é constituído por uma turbina e um alternador. A energia térmica contida no vapor produzido nos GGV é transformada em energia mecânica através da expansão do vapor que promove a rotação da turbina. Cada turbina tem um corpo de alta pressão que recebe o vapor sobreaquecido, um corpo de média pressão que recebe o vapor reaquecido e dois corpos de baixa pressão que recebem o vapor evacuado do corpo de média pressão. O vapor evacuado dos corpos de baixa pressão da turbina é condensado no condensador do qual, já no estado líquido, é extraído e enviado, por meio de bombas, para o circuito de alimentação à caldeira. A turbina encontra-se acoplada por um rotor ao alternador que gera energia eléctrica a uma tensão de 18 kv, controlada instantaneamente por um sistema de excitação tipo estático Transformadores Parque de Linhas O parque de alta tensão, ligado à subestação de Sines por linhas aéreas, está equipado com quatro transformadores principais de 340 MVA cada e com os respectivos quatro transformadores auxiliares de grupo de 50 MVA. O transformador do grupo 1 eleva a tensão de 18 kv para 150 kv, destinando-se essencialmente ao abastecimento da zona sul do país. Os restantes elevam a tensão para 400 kv. A Central está também ligada à subestação de Sines por uma linha de 60 kv destinada a receber energia para os serviços auxiliares na situação de todos os grupos parados.
18 1.3.7 Abastecimento e Armazenamento de Carvão 16 O abastecimento de carvão é efectuado a partir da descarga de navios de t no cais mineraleiro do porto de Sines. O transporte até ao parque de carvão é efectuado por meio de um conjunto de telas transportadoras cobertas e de torres de transferência. Uma vez no parque de carvão, por meio de duas máquinas de empilhamento, são formadas quatro pilhas activas de t cada e, por meio de pás carregadoras e camiões de transporte, uma pilha passiva de t. Através de máquinas de retoma e de um conjunto de telas transportadoras cobertas e torres de transferência, o carvão é enviado para queima nos geradores de vapor. Os silos descarregam sobre os alimentadores respectivos. De cada alimentador, o carvão é enviado para o moinho, onde é seco, finamente pulverizado e transportado, por uma corrente de ar aquecido, para os queimadores Circuito de Água de Refrigeração Na estação de captação de água do Oceano Atlântico, a água passa através de grelhas e tambores filtrantes antes de chegar à admissão da electrobomba (uma por grupo), com um caudal de cerca de 10 m 3 /s, que a envia para o condensador. Paralelamente, e com o objectivo de controlar o crescimento de organismos marinhos na água do circuito de refrigeração principal, a Central utiliza a água do mar para produzir, por electrólise, uma solução de hipoclorito de sódio que é injectada directamente no circuito de refrigeração. A água captada é descarregada para os canais de rejeição depois de realizar a permuta de temperatura com o vapor, descarregado pelas turbinas de baixa pressão, ao circular pelo interior do condensador. Na água do circuito de refrigeração principal rejeitada é monitorizada a temperatura e analisado periodicamente o cloro residual. Antes da restituição ao Oceano, e aproveitando o elevado caudal e o desnível existente entre o condensador e o local da rejeição, foi instalado em cada grupo uma turbina de recuperação (mini-hídrica) que permitem recuperar parte da energia necessária à captação da água para a condensação do vapor.
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20 1.3.9 Instalação de Tratamento de Água (ITA) 18 A água consumida na Central, nomeadamente para a compensação dos GGV, é fornecida pela empresa Águas de Santo André (AdSA) e é tratada numa instalação por permuta iónica (ITA). Esta instalação é constituída por 4 linhas de tratamento primário que compreendem um processo de filtração com carvão activado e um processo de desmineralização por resinas catiónicas e posteriormente aniónicas e por 3 linhas de tratamento final, constituídas por um leito misto de resinas catiónicas e aniónicas. A regeneração das resinas é realizada com injecção de ácido clorídrico (catiónicas) e hidróxido de sódio (aniónicas). A água fornecida pela AdSA é ainda utilizada em quantidade considerável na instalação de dessulfuração. Turbinas Transformador Gerador Código de Cores: TBP TBP TBP TBP TMP TAP Condensador Gerador de Vapor Vermelho Vapor Verde Água do Mar Verde Água Desmineralizada Azul Ar Cinza Carvão Laranja Fumos Roxo Energia Eléctrica Legenda: AARs Aquecedor Ar Rotativo APs Permutador de Água de Alta Pressão BPs Permutador de Água de Baixa Pressão VAPs Ventilador Ar Primário VASs Ventilador Ar Secundário VTIs Ventilador de Tiragem Induzida TAP Turbina de Alta Pressão TMP Turbina de Média Pressão TBP Turbina de Baixa Pressão VASs Dessulfuração Alimentador Silo BPs Tanque de Água de Alimentação Precipitador VTIs APs AARs Moinho VAPs Figura 4 Esquema simplificado do funcionamento da central
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22 20 política de ambiente 2
23 21 A Central Termoeléctrica de Sines cumpre a Política de Ambiente da EDP Produção, que foi aprovada pelo Conselho de Administração desta Empresa em 28 de Janeiro de O texto da nova Política de Ambiente da EDP Produção é apresentado abaixo. A EDP Produção, no respeito pelos valores e princípios orientadores expressos na Declaração de Política de Ambiente do Grupo EDP 7, e consideradas as condições particulares em que desenvolve actividades de produção de energia, compromete-se, designadamente, a: Cumprir os requisitos da legislação ambiental, bem como outros a que voluntariamente se tenha vinculado, e exercer influência sobre os seus fornecedores para que actuem de idêntico modo. Ter em consideração os aspectos ambientais das suas actividades e gerir os impactes associados, incluindo a perda de biodiversidade e os decorrentes do risco de ocorrência de acidentes ambientais, incluindo acidentes graves envolvendo substâncias perigosas. Estabelecer e rever objectivos e metas para a melhoria contínua do desempenho ambiental, designadamente nos domínios da prevenção da poluição e da utilização eficiente dos recursos, considerando as expectativas das partes interessadas. Divulgar de forma regular, em especial junto das comunidades próximas das suas instalações, os compromissos assumidos bem como os resultados alcançados. Promover a formação e a sensibilização dos intervenientes em actividades relevantes em matéria de ambiente, bem como o conhecimento e a divulgação de boas práticas a elas associadas. Conselho de Administração 7
24 22 sistema integrado de gestão 3
25 Em Setembro de 2001, de acordo com a norma ISO 14001, foi certificado o Sistema de Gestão Ambiental (SGA) da Central Termoeléctrica de Sines, o qual promove a melhoria contínua do desempenho ambiental, garantindo o desenvolvimento, a implementação, a revisão e a manutenção da Política de Ambiente adoptada. O SGA viria mais tarde a integrar a componente da Segurança e Saúde no Trabalho, constituindo-se assim o Sistema Integrado de Gestão do Ambiente e da Segurança (SIGAS), o qual visa minimizar os impactes ambientais e os riscos ocupacionais inerentes às actividades da Central. 23
26 As principais componentes do SIGAS, apresentam-se na figura abaixo: 24 Melhoria Contínua Revisão do SIGAS pela Direcção Política de Ambiente Política de Segurança Verificação e Acção Correctiva Planeamento Monotorização e medição de desempenho Avaliação de conformidade Incidentes e não conformidades Acções preventivas e correctivas Registos e gestão de registos Auditorias internas Identificação dos perigos e dos aspectos ambientais Análise de risco ocupacional e avaliação dos impactes ambientais Requisitos legais e outros requisitos Objectivos e programas de gestão Auto-avaliações Implementação e Funcionamento Estrutura e responsabilidades e autoridade Formação, sensibilização e competências Comunicação, consulta e divulgação Documentação e controlo de documentos Controlo operacional Planos de emergência interna e capacidade de resposta Planos de segurança e saúde Figura 5 Estrutura do SIGAS
27 3.1 Planeamento Uma parte importante da gestão ambiental é a identificação e avaliação dos aspectos ambientais associados às actividades desenvolvidas na Central Termoeléctrica de Sines que possam interagir com o ambiente. Os aspectos ambientais são identificados, tendo em conta as actividades desenvolvidas nas condições normais, nas situações de emergência passíveis de provocar impactes ambientais ou riscos potencialmente significativos e nas restantes situações (anormais) que não configuram situações de emergência. Após o processo de identificação dos aspectos ambientais segue-se a avaliação dos impactes ambientais que lhe estão associados, o que permite a hierarquização dos aspectos consoante o impacte que provocam no ambiente. Os objectivos e metas são estabelecidos em coerência com a Política de Ambiente da EDP Produção, opções tecnológicas, questões financeiras e operacionais, aspectos ambientais significativos e outras questões consideradas relevantes, tais como o parecer das partes interessadas 8 e o compromisso de melhoria contínua. No programa de gestão do SIGAS descreve-se o modo como a organização se propõe atingir os objectivos estabelecidos, nomeadamente o faseamento das acções, a sua calendarização e os recursos financeiros e humanos necessários Implementação e Funcionamento Para que a vertente do SIGAS dedicada à Gestão Ambiental se mantenha eficaz são desenvolvidas acções que visam o envolvimento de todos os colaboradores da empresa e prestadores de serviços, bem como a sua responsabilização pelas actividades que realizam e que possam afectar o Ambiente. As responsabilidades estão definidas e procedimentadas de forma clara e inequívoca. Para as actividades associadas a aspectos ambientais significativos, exercidas por colaboradores da empresa ou por prestadores de serviços, são definidas com- 8 uma pessoa ou grupo, incluindo as autoridades, interessado ou afectado pelo comportamento ambiental de uma organização.
28 26 petências ambientais e é promovida a aquisição das mesmas para o exercício de tais actividades. Assim, é mantido um programa de formação e de sensibilização de acordo com as necessidades de cada interveniente. Para as actividades da Central foram implementados procedimentos que asseguram a cada um dos colaboradores da empresa e dos prestadores de serviço um conhecimento adequado sobre os aspectos ambientais e sobre o próprio SIGAS. Para a manutenção do SIGAS são assegurados canais de comunicação, não só internamente entre os diversos níveis e funções, mas também com as partes interessadas externas. A documentação do SIGAS encontra-se devidamente controlada, mantendo-se organizada e actualizada. Os procedimentos operacionais estabelecidos abrangem as actividades com potencial efeito negativo no Ambiente, definindo os critérios a cumprir para se conseguir uma correcta realização dessas actividades. São também estabelecidas as condições gerais aplicáveis à contratação de serviços externos, em matéria da protecção ambiental, assegurando o cumprimento dos requisitos do SIGAS durante a realização de todas as actividades de prestação de serviços e empreitadas. Para prevenir e reduzir os impactes ambientais estão estabelecidos e mantêm- -se actualizados os procedimentos para reagir em situações de emergência ou potenciais acidentes. 3.3 Verificação e Acção Correctiva A monitorização ambiental inclui a medição, o registo, e a verificação dos dados relativos às emissões atmosféricas, efluentes líquidos, produção de resíduos, incidentes e outros. A monitorização permite averiguar se os requisitos ambientais estão conformes com a legislação em vigor e com os objectivos e metas estabelecidos no SIGAS. A avaliação da conformidade é efectuada através da realização de um programa anual de auditorias, destinado a comprovar periodicamente o correcto cumprimento dos procedimentos implementados, promovendo a concordância destes com os requisitos exigidos pela legislação em vigor, pela Política de Ambiente da EDP Produção, pela Norma NP EN ISO e pelo Regulamento EMAS.
29 Os registos ambientais, que contêm informação e documentam as actividades relacionadas com o SIGAS, são baseados em observações, medições ou ensaios realizados de acordo com instruções concretas, previamente estabelecidas e definidas Revisão do SIGAS pela Direcção Periodicamente é realizada uma reunião de revisão do SIGAS, na qual é efectuado o balanço da gestão ambiental nas suas diversas vertentes, nomeadamente quanto à concretização dos objectivos, metas e programa de gestão. Esta reunião também tem como objectivo, e decorrente da análise ao sistema na sua globalidade, identificar oportunidades de melhoria ou a necessidade de introduzir alterações.
30 28 aspectos ambientais 4
31 29 Os aspectos ambientais reportam os elementos das diversas actividades, produtos ou serviços da organização, que possam interferir com o meio ambiente classificando-se como: Aspectos Directos, os quais estão associados às actividades controladas directamente pela gestão da Central; Aspectos Indirectos, os que resultam da interacção entre a actividade da Central e terceiros, sobre os quais a gestão da Central pode ter alguma influência.
32 4.1 Avaliação dos Aspectos Ambientais 30 A metodologia aplicada para avaliação dos aspectos ambientais tem por base um esquema de pontuação que inclui os seguintes parâmetros: Dimensão/Magnitude do Impacte Ambiental: determinação da maior ou menor emissão, descarga ou quantidade associada a um aspecto. Probabilidade/Frequência de ocorrência do Impacte Ambiental: frequência ou probabilidade de ocorrência de um aspecto ambiental. Índice de Valorização: calculada do seguinte modo: Índice de Valorização = Probabilidade/Frequência + 2 x Dimensão/Magnitude Requisitos Legais: função da existência ou não de legislação ou normas aplicáveis ao aspecto analisado, e se os mesmos estão a ser cumpridos. Nível de Significância: função do Índice de Valorização e dos Requisitos Legais, classificando-se assim os aspectos ambientais em significativos e não significativos. 4.2 Síntese dos Aspectos e Impactes Ambientais Significativos A avaliação determina os aspectos ambientais que têm ou podem ter um impacte significativo no ambiente. Na Tabela 1 encontram-se identificados os aspectos ambientais significativos, directos e indirectos, e os respectivos impactes provocados pela actividade da Central Termoeléctrica de Sines.
33 Actividade Aspecto ambiental Impacte Ambiental Seguimento Ambiental Emissões atmosféricas Dióxido de Carbono (CO 2 ) Poluição do ar Indicador Consumo de carvão Consumo de recursos Indicador 31 Emissões atmosféricas (SO 2 ) Poluição do ar Objectivo/Indicador Funcionamento dos GGV Emissões atmosféricas (NOx) Poluição do ar Objectivo/Indicador Emissões atmosféricas (partículas) Poluição do ar Poluição do solo Objectivo/Indicador Produção de resíduos não perigosos (escória carvão) Poluição do solo Uso do solo Objectivo/Indicador Consumo de produtos químicos Consumo de recursos Indicador Situação de funcionamento Normal Circuito de refrigeração principal Instalação de Dessulfuração (Exploração) Implantação e funcionamento do PTSN Instalação de Desnitrificação (Futura Exploração) Descarga de efluente líquido Poluição do solo Objectivo/Indicador Descarga de efluente líquido contendo cloro Consumo de calcário Poluição da água Consumo de recursos Indicador Indicador Emissão de ruído Poluição sonora Objectivo/Indicador Consumo de energia eléctrica Consumo de água Impermeabilização do solo (Infraestruturas) Consumo de amónia Consumo de recursos energéticos Consumo de recursos Uso do solo Poluição da água (drenagem subterrânea) Consumo de recursos Objectivo/Indicador Objectivo/Indicador Indicador Indicador Funcionamento Instalação Tratamento Efluentes Líquidos (ITEL) (Dessulfuração) Produção de resíduos não perigosos/perigosos (lamas) Descarga de efluente líquido final tratado Consumo de produtos químicos Uso do solo Poluição do solo Poluição da água Consumo de recursos Indicador Objectivo/Indicador Indicador (continua)
34 32 Normal Actividade Funcionamento Instalação Tratamento de Água - Desmineralização (ITA) Funcionamento ITEL Aspecto ambiental Descarga de efluente líquido (químico) Consumo de produtos químicos Descarga de efluente líquido final tratado Consumo de produtos químicos Impacte Ambiental Poluição da água Consumo de recursos Poluição da água Consumo de recursos Seguimento Ambiental Indicador Indicador Objectivo/ Indicador Indicador Funcionamento dos GGV Emissões atmosféricas (SO 2 ) (by-pass Dessulfuração) Poluição do ar Objectivo/ Indicador Situação de funcionamento Anormal Emergência Situações de arranque e paragem da instalação Armazenamento de carvão (pilha passiva) Bomba de abastecimento dos operadores de aterro e da pilha passiva Funcionamento da Cloragem Funcionamento dos GGV Situações de arranque e paragem da instalação Exploração transformadores potência subtiragem/ Disjuntores Emissões atmosféricas (SO 2 ) Emissões atmosféricas (NOx) Emissões atmosféricas (partículas) Emissão de ruído Incêndio/Explosão (inclui autocombustão do carvão) Incêndio/Explosão (I) Incêndio/Explosão Incêndio/Explosão Incêndio/Explosão Incêndio/Explosão Poluição do ar Poluição do ar Poluição do ar Poluição do solo Poluição sonora Poluição do ar Poluição do ar Poluição da água Poluição do ar Poluição da água Poluição do ar Poluição da água Poluição do ar Poluição da água Poluição do ar Poluição da água Objectivo/ Indicador Objectivo/ Indicador Objectivo/ Indicador Objectivo/ Indicador Indicador (nº ocorrências) Indicador (nº ocorrências) Indicador (nº ocorrências) Indicador (nº ocorrências) Indicador (nº ocorrências) Indicador (nº ocorrências) Funcionamento (GTA) Incêndio/Explosão Poluição do ar Poluição da água Poluição do solo Indicador (nº ocorrências) Armazenamento de carvão (pilhas activas) Incêndio/Explosão (inclui auto-combustão do carvão) Poluição do ar Poluição da água Poluição do solo Indicador (nº ocorrências) Tabela 1 Síntese dos aspectos e impactes ambientais significativos
35 Situação Normal: regime normal de funcionamento da Central. Situação Anormal: operações anómalas. Exemplos operações de manutenção, avarias, arranques e paragens do processo, que não representem situações de emergência. Situação Emergência: situação não desejada. Exemplos acidentes, incêndios, explosões, derrames ou catástrofes naturais. (I) - Aspecto Ambiental Indirecto 33
36 34 programa de gestão ambiental 5
37 Tendo por base os programas de gestão ambiental estabelecidos para os anos de 2010 e 2011, indicam-se nas tabelas seguintes os objectivos e resultados de 2010 e os objectivos e metas definidos para 2011, fazendo em ambos os casos a respectiva correspondência com os pontos da Política de Ambiente e com a avaliação dos aspectos ambientais significativos. 35
38 5.1 Objectivos e Resultados Política de Ambiente Aspecto Ambiental Objectivo Cumprir os requisitos da legislação ambiental, bem como outros a que voluntariamente se tenha vinculado, e exercer influência sobre os seus fornecedores para que actuem de idêntico modo. Ter em consideração todos os aspectos ambientais significativos e gerir os riscos inerentes, incluindo os da perda de biodiversidade e da ocorrência de acidentes ambientais, incluindo acidentes graves envolvendo substâncias perigosas. Emissões Atmosféricas Acompanhar o processo de instalação da Desnitrificação nos Grupos 1 a 4 Garantir uma elevada disponibilidade (> 92%) para os equipamentos de controlo das emissões atmosféricas Revitalizar sistema de ar condicionado da sala de comando Estabelecer e rever objectivos e metas para a melhoria contínua do desempenho ambiental, designadamente nos domínios da prevenção da poluição e da utilização eficiente dos recursos, considerando as expectativas das partes interessadas Cumprir os requisitos da legislação ambiental, bem como outros a que voluntariamente se tenha vinculado, e exercer influência sobre os seus fornecedores para que actuem de idêntico modo Utilização de matérias-primas e recursos naturais Poluição Sonora Reduzir consumos de água (12%) Verificar cumprimento dos limites legais em matéria de ruído após alteração significativa da Central instalação da dessulfuração
39 Acções Necessárias Garantir a realização dos trabalhos previstos para o ano 2010, de modo a que em 2011 a instalação entre em serviço industrial. Resultado Realizada 37 Cumprir o plano de manutenção programada dos equipamentos e solicitar a intervenção imediata do prestador de serviços externo aquando de avaria não programada. Realizada (96%) Cumprir o plano de trabalhos previsto para o ano Não realizada. Adjudicação efectuada, sendo necessário deslocalizar temporariamente a sala de comando. A realizar em Reutilizar 50% do efluente químico tratado na ITEL para a dessulfuração. Realizada (12,7%) Efectuar estudo de caracterização do ruído externo. Realizada Implementar medidas para eventual minimização do ruído face aos resultados do estudo. Não aplicável. Os limites legais foram cumpridos. (continua)
40 Política de Ambiente Aspecto Ambiental Objectivo 38 Cumprir os requisitos da legislação ambiental, bem como outros a que voluntariamente se tenha vinculado, e exercer influência sobre os seus fornecedores para que actuem de idêntico modo. Estabelecer e rever objectivos e metas para a melhoria contínua do desempenho ambiental, designadamente nos domínios da prevenção da poluição e da utilização eficiente dos recursos, considerando as expectativas das partes interessadas. Descarga efluentes líquidos Garantir uma elevada disponibilidade (> 92%) para os equipamentos de controlo dos efluentes líquidos Reduzir rejeição de efluentes tratados (35%) Ter em consideração todos os aspectos ambientais significativos e gerir os riscos inerentes, incluindo os da perda de biodiversidade e da ocorrência de acidentes ambientais, incluindo acidentes graves envolvendo substâncias perigosas. Promover a formação e a sensibilização dos intervenientes em actividades relevantes em matéria de ambiente, bem como o conhecimento e a divulgação de boas práticas de gestão ambiental a elas associados. Gestão de riscos ambientais (Incêndio / Explosão; Derrames, etc.) Reduzir o risco ambiental da instalação Reduzir a utilização de produtos perigosos Promover a formação dos trabalhadores, atingindo no mínimo 90% da população Cumprimento de procedimentos de inspecção e verificação das condições de segurança e ambientais da instalação Testar a resposta à emergência ocupacional
41 Acções Necessárias Resultado 39 Cumprir o plano de manutenção programada dos equipamentos e solicitar a intervenção imediata do prestador de serviços externo aquando de avaria não programada. Realizada (98%) Reutilizar 50% do efluente químico tratado na ITEL para a dessulfuração. Realizada (38%) Criar novo armazém para armazenamento de produtos químicos. Criar novo parque de armazenamento temporário de resíduos não perigosos Iniciar a utilização do produto alternativo à hidrazina. Realizar acções de sensibilização genéricas sobre Ambiente e Segurança para Prestadores de Serviço (100 % da população). Realizar (10) acções de formação específicas no âmbito do SIGAS. Não realizada. Atraso na obtenção do licenciamento adia realização para Não realizada. Atraso na obtenção do licenciamento adia realização para Realizada Realizada (100%) Realizada (12) Realizar (4) ronda integrada de Ambiente e Segurança à instalação. Realizada (5) Realizar (2) simulacros com a participação de entidades externas. Realizada (2) (continua)
42 40 Política de Ambiente Aspecto Ambiental Objectivo Reduzir a produção de resíduos (0,2%) Estabelecer e rever objectivos e metas para a melhoria contínua do desempenho ambiental, designadamente nos domínios da prevenção da poluição e da utilização eficiente dos recursos, considerando as expectativas das partes interessadas Gestão de Resíduos Valorizar no mínimo 50% dos resíduos produzidos Finalizar a actividade de exploração de aterro de resíduos perigosos Divulgar de forma regular, em especial junto das comunidades próximas das suas instalações, os compromissos assumidos bem como os resultados alcançados. Relação com as partes interessadas
43 Acções Necessárias Incorporar 10% das escórias de carvão produzida nos grupos 2 e 4 nas cinzas volantes com obtenção da ETA. Resultado Não realizada. Atraso na obtenção da ETA e da Marcação CE do novo produto adia realização para Valorizar (50%) o gesso produzido no processo de dessulfuração. Realizada (189%) Nota: Ver detalhe no ponto Cumprir o plano de trabalhos previsto para o ano Realizada (181%) Nota: Ver detalhe no ponto Remover as bases do Aterro de Cinzas de Fuelóleo. Realizada parcialmente. A actividade iniciou-se em Dezembro de 2010 e deverá ser concluída durante o 1º trimestre de Realizar (7) acções de comunicação com as partes interessadas externas, incluindo o Dia da Central Aberta. Elaborar (6) comunicações escritas sobre ambiente e segurança. Realizada (7) Realizada (10) Participar no Estudo Integrado de Monitorização da Ambiente e Saúde em Sines (GISA) Realizada Tabela 2 Síntese dos Objectivos e Resultados de 2010
44 5.2 Objectivos e Metas Política de Ambiente Aspecto Ambiental Objectivo Cumprir os requisitos da legislação ambiental, bem como outros a que voluntariamente se tenha vinculado, e exercer influência sobre os seus fornecedores para que actuem de idêntico modo. Ter em consideração todos os aspectos ambientais significativos e gerir os riscos inerentes, incluindo os da perda de biodiversidade e da ocorrência de acidentes ambientais, incluindo acidentes graves envolvendo substâncias perigosas. Emissões Atmosféricas Reduzir as emissões específicas de NOx Garantir uma elevada disponibilidade para os equipamentos de controlo das emissões atmosféricas Revitalizar sistema de ar condicionado da sala de comando Instalar equipamento de medição em contínuo de compostos fluorados e clorados Estabelecer e rever objectivos e metas para a melhoria contínua do desempenho ambiental, designadamente nos domínios da prevenção da poluição e da utilização eficiente dos recursos, considerando as expectativas das partes interessadas Utilização de matérias-primas e recursos naturais Reduzir consumos de água
45 Acção a implementar Garantir a realização dos trabalhos previstos para o ano 2011 da instalação de desnitrificação Valor 35% (correspondente a uma emissão de 1,3 kg/mwh emitido) 43 Cumprir o plano de manutenção programada dos equipamentos e solicitar a intervenção imediata do prestador de serviços externo aquando de avaria não programada. 95% Cumprir o plano de trabalhos previsto para o ano Não quantificável Cumprir o plano de trabalhos previsto para o ano Não quantificável Manter a reutilização mínima de 60% do efluente químico tratado na ITEL para a dessulfuração. 10% Revitalizar circuito de incêndios Não quantificável (continua)
46 44 Política de Ambiente Aspecto Ambiental Objectivo Cumprir os requisitos da legislação ambiental, bem como outros a que voluntariamente se tenha vinculado, e exercer influência sobre os seus fornecedores para que actuem de idêntico modo. Estabelecer e rever objectivos e metas para a melhoria contínua do desempenho ambiental, designadamente nos domínios da prevenção da poluição e da utilização eficiente dos recursos, considerando as expectativas das partes interessadas. Descarga efluentes líquidos Garantir uma elevada disponibilidade para os equipamentos de controlo dos efluentes líquidos Manter a redução da rejeição de efluentes tratados Desenvolver acções de conservação da natureza Ter em consideração todos os aspectos ambientais significativos e gerir os riscos inerentes, incluindo os da perda de biodiversidade e da ocorrência de acidentes ambientais, incluindo acidentes graves envolvendo substâncias perigosas. Promover a formação e a sensibilização dos intervenientes em actividades relevantes em matéria de ambiente, bem como o conhecimento e a divulgação de boas práticas de gestão ambiental a elas associados. Gestão de riscos ambientais (Incêndio / Explosão; Derrames, etc.) Reduzir o risco ambiental da instalação Promover a formação dos trabalhadores, atingindo no mínimo 90% da população Cumprimento de procedimentos de inspecção e verificação das condições de segurança e ambientais da instalação Testar a resposta à emergência ocupacional
47 Acção a implementar Cumprir o plano de manutenção programada dos equipamentos e solicitar a intervenção imediata do prestador de serviços externo aquando de avaria não programada. Valor 95% 45 Reutilizar no mínimo 60% do efluente químico tratado na ITEL para a dessulfuração. 35% Desenvolver o estudo de controlo do biofouling do Circuito de refrigeração principal (placas e monitores de biofouling). Não quantificável Desenvolver o estudo da determinação da ecotoxicidade no Circuito de refrigeração principal. Não quantificável Concluir o novo armazém para armazenamento de produtos químicos. Não quantificável Concluir o novo parque de armazenamento temporário de resíduos não perigosos Não quantificável Realizar acções de sensibilização genéricas sobre Ambiente e Segurança para Prestadores de Serviço. 100% da população Realizar acções de formação específicas no âmbito do SIGAS. 15 Realizar ronda integrada de Ambiente e Segurança à instalação. 4 Realizar simulacros com a participação de entidades externas. 1 (continua)
48 46 Política de Ambiente Aspecto Ambiental Objectivo Reduzir a produção de resíduos Estabelecer e rever objectivos e metas para a melhoria contínua do desempenho ambiental, designadamente nos domínios da prevenção da poluição e da utilização eficiente dos recursos, considerando as expectativas das partes interessadas Gestão de Resíduos Finalizar a actividade de exploração de aterro de resíduos perigosos. Controlar a produção de resíduos perigosos face ao total de resíduos enviados para destino final Valorizar resíduos produzidos Divulgar de forma regular, em especial junto das comunidades próximas das suas instalações, os compromissos assumidos bem como os resultados alcançados. Relação com as partes interessadas
49 Acção a implementar Incorporar 10% das escórias de carvão produzida nos grupos 2 e 4 nas cinzas volantes com obtenção da ETA. Valor 0,2% 47 Remover as bases do Aterro de Cinzas de Fuelóleo. 100% Realizar caracterização analítica dos resíduos para desclassificação dos resíduos perigosos. Valorizar gesso, cinzas volantes e escórias de carvão produzidas. Valorizar outros resíduos enviados para destino final (excepto gesso, cinzas volantes e escórias de carvão). Realizar acções de comunicação com as partes interessadas externas, incluindo o Dia da Central Aberta. Elaborar comunicações escritas sobre ambiente e segurança. Realizar acções de comunicação de Segurança e Ambiente com os Prestadores Regulares de Serviço 7% (máximo) 98% 5% (mínimo) Participar no Estudo Integrado de Monitorização da Ambiente e Saúde em Sines (GISA) Não quantificável Tabela 3 Síntese dos Objectivos e Metas para 2011
50 48 indicadores ambientais 6
51 Nos termos da legislação relativa à Prevenção e Controlo Integrados da Poluição (PCIP) foi concedida a Licença Ambiental (LA) n.º 300/2009 à Central Termoeléctrica de Sines, bem como o 1º aditamento à referida LA. A LA tem em consideração os documentos de referência sobre as melhores técnicas disponíveis para os sectores de actividade abrangidos pelo Diploma PCIP e inclui todas as medidas necessárias a fim de assegurar a protecção do ar, da água e do solo, e de prevenir ou reduzir a poluição sonora e a produção de resíduos, com o objectivo de alcançar um nível elevado de protecção do ambiente no seu todo. São pois estabelecidos na LA 300/2009, os Valores Limite de Emissão (VLE) que deverão ser respeitados nos aspectos ambientais referidos. Nas situações em que a LA não estabelece os VLE, consideram-se os impostos pela legislação específica em vigor. Nos indicadores a seguir apresentados será sempre feita referência aos VLE aplicáveis (LA ou legislação em vigor), bem como ao cumprimento dos mesmos. 49
52 6.1 Produção 50 Na tabela abaixo apresenta-se a produção total de energia eléctrica da Central de Sines e a energia eléctrica gerada nas turbinas de recuperação nos anos de 2009 e A menor utilização da Central no ano de 2010 traduz-se naturalmente na redução da produção de energia eléctrica Variação Produção Total (GWh) (%) Energia eléctrica da Central Energia eléctrica das turbinas de recuperação Tabela 4 Produção total de energia eléctrica da Central e das turbinas de recuperação em 2009 e Consumos Energia Eléctrica O consumo de energia eléctrica nos equipamentos auxiliares aos grupos geradores da Central apresenta-se na tabela seguinte. O consumo específico de energia eléctrica regista um aumento face a 2009, devido ao facto de ter ocorrido uma redução da produção de energia que não foi acompanhada pela respectiva redução dos consumos auxiliares, nomeadamente os consumos de auxiliares não afectos à produção que se mantêm (ex. consumos das área administrativos, tratamento de águas e efluentes, etc.) Variação Variação Consumo Total (GWh) (%) Específico (GWh/GWh) (%) Energia ,068 (6,8%) 0,081 (8,1%) + 19 eléctrica Tabela 5 Consumo total e específico de energia eléctrica em 2009 e 2010
53 Combustíveis O carvão é a principal matéria-prima utilizada no processo de produção de electricidade na Central Termoeléctrica de Sines. O carvão consumido na Central de Sines no ano 2010 apresentava para o parâmetro enxofre um valor máximo de 1,2% (considerando-se o teor médio mensal ponderado), sendo assim cumprido o VLE estabelecido na LA 300/2009 que é de 1,2%. De seguida apresenta-se a tabela do consumo total e específico dos restantes combustíveis utilizados na Central, nomeadamente o fuelóleo, que é utilizado no acendimento das caldeiras, antes da queima a carvão e nas variações de carga, sempre que um queimador a carvão é desligado; o gasóleo, utilizado nas máquinas diesel que produzem energia eléctrica em situações de emergência, nas bombas diesel de incêndio e na caldeira auxiliar; e o gás propano, que é usado no acendimento inicial dos queimadores, antes da queima a fuelóleo. Refira-se, ainda, que para minimizar os impactes ambientais associados aos arranques dos grupos, recorreu-se à queima de uma mistura de 60% de fuelóleo com 40% de gasóleo, que se denominou de light-fuel. Este consumo de gasóleo está reflectido nos valores apresentados abaixo para este combustível Variação Variação Consumo Total (toneladas - t) (%) Específico (t/gwh) (%) Carvão Fuelóleo ,8 1, Gasóleo ,009 0, Propano ,003 0, Tabela 6 Consumo total e específico de combustíveis em 2009 e 2010 O regime de exploração a que a Central foi sujeita em 2010, com um número superior de variações de carga e de arranques face a 2009, implicou o aumento do consumo dos combustíveis associados a estas situações particulares de exploração, concretamente o fuelóleo e o gasóleo.
54 Outras Matérias Primas 52 Para além destas matérias-primas o processo de produção de energia eléctrica implica a utilização de Calcário, Produtos Químicos e Gases, cujo consumo anual total e específico é sintetizado na tabela abaixo Consumo Total Específico Utilização Calcário t t Ácido Clorídrico t t Hidróxido de Sódio 880 t 751 t Hidróxido de Amónio ou Amónia l 620 l Hidrato de Hidrazina kg kg Polielectrólito kg kg Sulfato de Alumínio kg kg Hidróxido de cálcio 2, 4, 6 Trimercapto- -s-triazina (TMT-15) kg kg kg 0 kg Cloreto de ferro (III) kg kg 11 t/gwh 0,16 t/gwh 0,09 t/gwh 0,43 l/gwh 0,85 kg/gwh 0,35 kg/gwh 1,84 kg/gwh 9,38 kg/gwh 0,12 kg/gwh 0,41 kg/gwh Hidrogénio m m 3 1,21 m 3 /GWh Dióxido de carbono kg kg Óleos l l Solventes l l 6,11 kg/gwh 1,46 l/gwh 0,11 l/gwh 11 t/gwh 0,20 t/gwh 0,14 t/gwh 0,12 l/gwh 1,69 kg/gwh 0,76 kg/gwh 1,64 kg/gwh 25,29 kg/gwh 0,00 kg/gwh 1,22 kg/gwh 2,32 m 3 /GWh 3,05 kg/gwh 7,51 l/gwh 0,21 l/gwh Dessulfuração dos gases de combustão Regeneração de resinas e tratamento de efluentes Regeneração de resinas Condicionamento das caldeiras Condicionamento das caldeiras Tratamento de efluentes Tratamento de efluentes Tratamento de efluentes Tratamento de efluentes Tratamento de efluentes Refrigeração do alternador Tratamento de efluentes e extinção de incêndios Lubrificação e sistemas hidráulicos Limpeza Tabela 7 Síntese do consumo de produtos químicos e outras substâncias utilizadas na Central em 2009 e 2010
55 Água Os consumos de água industrial e potável fornecida pela AdSA nos anos de 2009 e 2010, bem como os respectivos consumos específico para ambos os tipos de água consumida são apresentados na tabela abaixo. O regime de exploração da Central em 2010, caracterizado por uma menor produção de energia face a 2009, implicou o aumento do consumo específico de água industrial, apesar do volume total de água consumida diminuir face ao ano anterior. No entanto, e mais uma vez o regime de exploração de 2010, também caracterizado por um número superior de arranques, o que implica um aumento do consumo de água desmineralizada (que é produzida a partir da industrial), influenciou, por outro lado, negativamente o consumo de água, ao não permitir uma redução do volume total proporcional à redução da produção de energia. O aumento do consumo de água potável está relacionado com o aumento do número de trabalhadores presente na Central devido às obras em curso Variação Variação Consumo Total (m 3 ) (%) Específico (m 3 /GWh) (%) Água Industrial Água Potável Tabela 8 Consumo total e específico de água industrial e potável em 2009 e 2010
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