DESVENDANDO OS MISTÉRIOS DO SANGUE VOLUME I

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1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE CAMPUS PROFESSOR ANTÔNIO GARCIA FILHO DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE LABORATÓRIO DE POPULARIZAÇÃO DA CIÊNCIA E PRÁTICAS EDUCATIVAS EM SAÚDE POPULARIZAÇÃO: CIÊNCIA E SAÚDE NAS ESCOLAS DESVENDANDO OS MISTÉRIOS DO SANGUE VOLUME I Lagarto 2015

2 AUTOR Flávia Márcia Oliveira Dr a. em Ciências Biológicas CO-AUTORES José Marcos de Jesus Santos Josefa Franciane dos Santos Tainah Lima Sousa Santana Lays Hevércia Silveira de Farias APOIO Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico CNPq: / Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Extensão / UFS Universidade Federal de Sergipe PROEXT MEC/SESu

3 SUMÁRIO. 1 DESVENDANDO O SANGUE E O SISTEMA CIRCULATÓRIO CONSIDERAÇÕES INICIAIS DESVENDANDO AS FRAÇÕES SANGUÍNEAS DESVENDANDO A COMPOSIÇÃO DAS FRAÇÕES SANGUÍNEAS DESVENDANDO A INTIMIDADE DOS LEUCÓCITOS DESVENDANDO O PASSEIO DOS LEUCÓCITOS PELO CORPO HUMANO 20 REFERÊNCIAS... 21

4 1 DESVENDANDO O SANGUE E O SISTEMA CIRCULATÓRIO 1.1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS O sangue e o sistema circulatório/vascular podem ser comparados ao funcionamento de uma cidade. Imagine que as ruas seriam os vasos sanguíneos (existem ruas estreitas ou largas, sinuosas ou retas, algumas possuem semáforo para controlar o fluxo ou placas para definir vias de sentido único). Os carros, motos, bicicletas e pedestres seriam os diferentes componentes do sangue que transportam vários tipos de substâncias também. As residências e estabelecimentos comerciais seriam as células do corpo que trocam substâncias (pessoas/mercadorias) e que, por sua vez, podem entrar e sair de acordo com as necessidades. O sangue está contido em um compartimento fechado, o sistema circulatório composto pelo coração e vasos sanguíneos (artérias, arteríolas, capilares, veias e vênulas), que o mantém em movimento regular e unidirecional devido aos batimentos cardíacos. FIQUE DE OLHO! As artérias conduzem o sangue do coração para os órgãos e tecidos. As veias conduzem o sangue dos órgãos e tecidos para o coração. DESVENDANDO OS MISTÉRIOS DO SANGUE VOLUME I 4

5 FIGURA 1 Esquema simplificado do sistema circulatório (coração, artérias, capilares e veias). Fonte: SILVERTHORN, D. U. (p. 470 Praticando curiosidades O volume de sangue total que circula em uma pessoa saudável corresponde aproximadamente a 7% do peso corporal. Vamos calcular o volume de sangue aproximado que circula em seu corpo? Afinal, qual é a função do sangue? Meio de transporte de moléculas como gases (oxigênio O2, gás carbônico CO2 entre outros), nutrientes (carboidratos, lipídios e proteínas entre outros), íons (Na +, K +, Ca 2+ entre outros), hormônios (insulina, testosterona, estrogênio entre outros) e produtos das reações bioquímicas (resíduos do metabolismo do organismo) que devem ser excretados pelos rins e/ou pulmões ou processados pelo fígado para serem excretados pelos rins e/ou sistema digestório; DESVENDANDO OS MISTÉRIOS DO SANGUE VOLUME I 5

6 Regulação da distribuição do calor corporal; Regulação do equilíbrio ácido-básico do organismo (regulação da concentração dos íons de hidrogênio H + e íons bicarbonato HCO3 - ); Regulação do equilíbrio osmóstico dos tecidos (regulação da relação do volume de água / concentração de íons e outras moléculas com atividade osmóstica); Proteção do corpo humano - contra agentes biológicos (bactérias, vírus, protozoários, helmintos (vermes), fungos, células tumorais/cancerígenas), agentes químicos e físicos que provocam lesões e evita a perda de sangue excessiva pelo processo de coagulação sanguínea. 2 DESVENDANDO AS FRAÇÕES SANGUÍNEAS Quando observamos uma gota de sangue a olho nu parece ser um líquido bastante homogêneo. FIGURA 2 Gota de sangue no dedo. Neste caso, as aparências enganam! O sangue é considerado um tecido conjuntivo especial com componentes bastante diversificados, por isso apresenta tantas funções. Qual é a composição do sangue? 2.1 Diversidade das frações sanguíneas Ao coletar o sangue, por punção capilar ou venosa, e tratar com uma substância denominada anticoagulante (não deixa o sangue formar um coágulo - heparina, EDTA, por exemplo) é possível separar as frações do sangue levando em consideração as diferentes densidades dos seus componentes. Para isso, utiliza-se uma centrífuga de microhematócrito, um equipamento, cujo rotor cria uma força centrífuga elevando a força da gravidade. É como se os tubos de micro-hematócrito contendo sangue entrassem em um carrossel (trajetória não retilínea) e fossem submetidos a uma força para fora (fuga do centro). DESVENDANDO OS MISTÉRIOS DO SANGUE VOLUME I 6

7 FIGURA 3 Processo de preparação do micro-hematócrito: tubos capilares contendo heparina; punção digital com lanceta; coleta do sangue capilar; colocação dos capilares com sangue na centrífuga de microhematócrito; programação da centrífuga 5 minutos com velocidade de rotações por minuto. Vamos conferir o resultado da força centrífuga sobre o sangue no capilar de micro-hematócrito? Capilar com sangue antes da centrifugação. Capilar com sangue após centrifugação. Você consegue visualizar alguma diferença? Qual? Ao observar com cuidado, é possível verificar que o sangue centrifugado foi separado em 3 frações: uma vermelha (inferior), uma branca (bem fina/intermediária) e uma transparente (superior). Vamos comparar com o esquema para identificar os componentes de cada fração? DESVENDANDO OS MISTÉRIOS DO SANGUE VOLUME I 7

8 Plasma Células: Leucócitos e plaquetas Células: Eritrócitos ou hemácias FIGURA 4 Capilar de micro-hematócrito com sangue após centrifugação e esquema do capilar com identificação dos componentes das diferentes frações do sangue. A relação da proporção de eritrócitos / proporção de plasma é denominada de hematócrito (Hct). Os eritrócitos representam cerca de 28 a 60% do sangue total; os leucócitos e as plaquetas correspondem a menos de 1% do sangue total; o plasma cerca de 40 a 74% do sangue total. Estes valores variam de acordo com a idade e sexo em indivíduos saudáveis e na presença de algumas doenças. Vamos observar os percentuais de Hct normais na tabela abaixo. Tabela 1 Valores de referência para o hematócrito (HCT) segundo a idade. Idade RN 1 mês 2 meses 3 a 6 meses 7 meses a 2 anos 3 a 6 anos 7 a 12 anos 13 a 18 anos homem 13 a 18 anos mulher Adulto homem Adulto mulher Hct (%) 42 a a a a a a a a a a a 46 Nota: RN = recém-nascido. Quando a proporção de eritrócitos está acima do normal indica uma condição denominada de hemoconcentração ou policitemia. A policitemia, em geral, ocorre em situações quando há redução dos níveis de oxigênio no sangue (pessoas que viajam para locais com altitude elevada, doenças respiratórias e cardiovasculares) ou quando há perda DESVENDANDO OS MISTÉRIOS DO SANGUE VOLUME I 8

9 de líquidos (desidratação). Como a quantidade de células está mais elevada o sangue fica mais viscoso. Por outro lado, a redução da proporção de eritrócitos ocorre nas anemias. Neste caso a viscosidade do sangue fica reduzida. É por isso que, popularmente, as pessoas falam que o sangue fica ralo quando alguém está com anemia. Por falar em VISCOSIDADE... A viscosidade de um fluido como água, óleo, sangue, shampoo é basicamente uma medida de quanto ela gruda. A água é um fluido com pequena viscosidade. O óleo possui alta viscosidade. A viscosidade também depende da temperatura quanto maior a temperatura a viscosidade é menor. Para fluidos que se movem através de tubos (como o sangue no vaso sanguíneo), a viscosidade leva a uma força resistiva. Perto das paredes do vaso o sangue se move mais lentamente no que no centro por causa do atrito. Vamos ver se você entendeu?! Na anemia o sangue flui mais rapidamente ou mais lentamente? Por que? Praticando curiosidades Esta é uma régua de micro-hematócrito: O final da fração plasmática é alinhado com a linha superior (100); O final da fração dos eritrócitos é alinhado com a linha média (X); O início da fração dos eritrócitos é alinhado com a linha inferior (0). Observe onde a linha média (X) cruza a marcação da régua. Qual é o valor deste hematócrito (X)? O que isso significa? Se o sangue for de uma mulher adulta, o hematócrito está normal ou alterado? DESVENDANDO OS MISTÉRIOS DO SANGUE VOLUME I 9

10 3 DESVENDANDO A COMPOSIÇÃO DAS FRAÇÕES SANGUÍNEAS O plasma é a porção líquida do sangue uma vez que cerca de 90% do seu volume corresponde à água; 8% proteínas sintetizadas no fígado e 2% outras substâncias (carboidratos, lipídios, gases, íons etc). Por ser uma solução aquosa, é possível compreender o aspecto transparente do plasma após a centrifugação do sangue. FIQUE DE OLHO! A avaliação dos componentes do plasma é de extrema importância. Alterações nos componentes indicam doenças importantes cujo agravamento pode ser prevenido se houver mudança de hábitos e/ou tratamento. Exemplo: elevação dos níveis de glicose no Diabetes de Melito; elevação dos níveis de colesterol. A porção celular, como descrito anteriormente, é composta pelos eritrócitos (hemácias/glóbulos vermelhos), leucócitos (glóbulos brancos) e plaquetas (trombócitos). A porção celular é formada por células que se originam na medula óssea (tecido conjuntivo localizado no interior de alguns ossos especialmente no ilíaco, esterno, costelas, clavícula e vértebras) a partir da célula-tronco hematopoiética (célula pluripotente ou multipotente, ou seja, célula capaz de se multiplicar e diferenciar em todos os tipos de células sanguíneas). Diariamente são produzidos milhões de novas células sanguíneas. Entretanto, a taxa de produção de cada tipo celular é determinada pela necessidade do corpo ou pela presença de doenças. O processo de produção das células sanguíneas é denominado de hematopoiese e é regulado pela ação de hormônios e citocinas (substâncias protéicas secretadas por células e que regulam outra célula). Vamos ver onde estão localizados os ossos que possuem maior atividade hematopoiética no esqueleto humano? Considerando que a cor vermelha corresponde a taxa hematopoiética, existe diferença entre as pessoas adultas e idosos? FIGURA 5 Hematopoiese. Representação do esqueleto humano destacando em vermelho os ossos onde se encontra a medula óssea ativa em adultos e idosos. DESVENDANDO OS MISTÉRIOS DO SANGUE VOLUME I 10

11 Observe na figura do esqueleto que a medula óssea ativa (medula vermelha que ainda consegue fazer hematopoiese) reduz com a idade, pois é substituída por tecido adiposo (medula amarela). APROFUNDANDO OS CONHECIMENTOS Vamos conhecer melhor o processo da hematopoiese! Observe que a partir da célula-tronco hematopoiética pode ser formada qualquer célula sanguínea. Como? Existem citocinas e hormônios específicos que determinam cada tipo de célula a ser formada. Exemplo: A eritropoietina é um hormônio produzido pelas células renais que é transportado pelo sangue e, na medula óssea, faz com que a célula pluripotente se diferencie (transforme) em eritrócito. Célula-tronco Eritrócitos Basófilos Plaquetas Eosinófilos Linfócitos Monócitos Neutrófilos FIGURA 6 Hematopoiese. Esquema de diferenciação da célula-tronco hematopoiética (pluripotente) em diferentes leucócitos (azul), eritrócitos (alaranjado) e plaquetas (amarela). Os eritrócitos são as células mais abundantes do sangue e dão a coloração vermelha ao sangue por causa da molécula de hemoglobina oxigenada (pigmento). São anucleadas (não possuem núcleo) e formato de disco bicôncavo. São responsáveis pelo transporte de gases, em especial, oxigênio e gás carbônico. FIGURA 7 Eritrócitos. Microscopia eletrônica de varredura. Fonte: desconhecida (google imagens). DESVENDANDO OS MISTÉRIOS DO SANGUE VOLUME I 11

12 Os leucócitos são menos numerosos do que os eritrócitos e plaquetas. No entanto, são células maiores, esféricas e nucleadas. São responsáveis pelas respostas imunológicas (defesa e reações de hipersensibilidade como, por exemplo, alergias). Os leucócitos usam o sangue como meio de transporte para alcançar o destino final os tecidos. O deslocamento do espaço vascular para o tecido é denominado de diapedese. FIGURA 8 Leucócito (branco) e eritrócitos (vermelho). Microscopia Eletrônica de Varredura. Fonte: desconhecida (google imagens). As plaquetas são fragmentos celulares em forma de disco (achatadas) quando estão na forma inativa. São ativadas por substâncias liberadas quando há lesão no vaso sanguíneo e/ou exposição do colágeno da parede vascular. Uma vez ativadas liberam mais fatores plaquetários que atraem e ativam mais plaquetas que, por sua vez, emitem prolongamentos citoplasmáticos para formar o tampão plaquetário e reduzir o extravasamento de sangue (hemorragias). Este processo é essencial para auxiliar a formação e estabilização da rede de fibrina (ativação dos fatores de coagulação) no local da lesão durante o processo de coagulação sanguínea. FIGURA 9 Plaquetas (setas); e eritrócitos (vermelho). Plaquetas ativadas (mudança na forma projeções citoplasmáticas). Microscopia Eletrônica de Varredura. Fonte: desconhecida (google imagens). DESVENDANDO OS MISTÉRIOS DO SANGUE VOLUME I 12

13 4 DESVENDANDO A INTIMIDADE DOS LEUCÓCITOS Os leucócitos, também conhecidos como glóbulos brancos, são considerados as células de defesa. Na verdade, os leucócitos correspondem a um conjunto de células com formas (morfologia) e mecanismos de defesa diferentes. Este conjunto de leucócitos pode ser subdivido em dois tipos: granulócitos (possui grânulos no citoplasma) e agranulócitos (sem grânulos no citoplasma). Os leucócitos granulócitos são os neutrófilos, eosinófilos e basófilos; e os leucócitos agranulócitos são os monócitos e linfócitos. Neutrófilos Granulócitos Eosinófilos Leucócitos Basófilos Agranulócitos Monócitos Linfócitos FIGURA 10 Esquema da divisão dos leucócitos. FIQUE DE OLHO! Por que temos vários tipos de leucócitos? Se imaginarmos quantos agentes agressores diferentes podem atuar contra o nosso organismo como vírus, bactérias, parasitas, fungos, células cancerígenas, queimaduras, radiações, produtos químicos, cortes na pele etc... podemos ver que necessitamos de mecanismos de defesa diferentes, ou seja, é como se existissem diferentes armas para neutralizar ou eliminar estes agentes agressores. Vamos conhecer as características específicas de cada leucócito? DESVENDANDO OS MISTÉRIOS DO SANGUE VOLUME I 13

14 1º Leucócito: Neutrófilo Alguma vez na vida você já deve ter se machucado. Você observou que, nas primeiras horas, o local fica vermelho, quente, dolorido e inchado? FIGURA 11 Dedo do pé com sinais de inflamação. Fonte: desconhecida Google Imagens. São os neutrófilos em ação. Os neutrófilos são leucócitos que contém poucos e pequenos grânulos no citoplasma (coloração rosa a azul claro). Quando maduros o núcleo apresenta segmentação (3 a 5 em condições normais). FIGURA 12 Lâmina de esfregaço sanguíneo mostrando um Neutrófilo (seta). Em roxo: núcleo segmentado. O citoplasma tem a cor rosa claro com alguns grânulos mais escuros. Eles migram do sangue para o local da agressão onde exercem a sua função. A função principal dos neutrófilos é fagocitose, ou seja, ele engloba e digere bactérias, restos de células mortas e fungos. Neutrófilo Emissão de Formação do Fagossomo + lisossomo Pseudópodes Fagossomo = digestão enzimática FIGURA 13 Representação simplificada do processo de fagocitose: Neutrófilo; Emissão de pseudópodes para englobar a bactéria (estrutura marrom); formação do fagossomo; Fusão do fagossomo (bactéria em marrom) com o lisossomo que possui enzimas digestivas que vão degradar a bactéria. Os neutrófilos também liberam substâncias chamadas de mediadores inflamatórios que provocam todas as reações: rubor (vermelhidão do local); calor (local ou febre); dor; edema (inchaço); perda da função. Por isso, são as principais células da inflamação aguda, ou seja, predominam quando a inflamação é recente. DESVENDANDO OS MISTÉRIOS DO SANGUE VOLUME I 14

15 2º Leucócito: Basófilo Você já espirrou várias vezes em seguida? Seus olhos ficaram lacrimejando e coçando? Seu nariz ficou escorrendo, inchado e vermelho? FIGURA 14 Coriza (nariz escorrendo); Prurido (Coceira); Lacrimejamento dos olhos; Edema (inchaço no nariz e nos olhos). Fonte: desconhecida Google Imagens. São os basófilos e mastócitos em ação! Os basófilos são leucócitos que contém numerosos e grandes grânulos no citoplasma que tem afinidade por corantes básicos (coloração azul a roxa bem intensa). O núcleo é volumoso com forma irregular. Eles podem sair do vaso sanguíneo e penetrar na pele e nas mucosas a partir daí são chamados de mastócitos. FIGURA 15 Lâmina de esfregaço sanguíneo mostrando um Basófilo (seta). Os grânulos são grandes e bem corados de roxo a azul dificultando a identificação do núcleo da célula. Fonte: Desconhecida (Google imagens) Os basófilos e mastócitos são ativados por várias moléculas (alergênicas) ligadas a anticorpos IgE e ou por ação mecânica na pele. Uma vez ativados os grânulos - constituídos, principalmente, por histamina são liberados causando todas as reações espirro, coriza (nariz escorrendo), prurido (coceira), edema (inchaço). FIGURA 16 Representação simplificada do processo de degranulação dos basófilos e mastócitos. Os alérgenos (triângulo marrom) se ligam aos anticorpos IgE localizados na membrana da célula (estrutura em forma de Y) e promovem a liberação dos grânulos (bolinhas em azul e preto) do citoplasma para o meio extracelular. Estes grânulos (principalmente a histamina) são responsáveis pela sinais e sintomas da alergia. DESVENDANDO OS MISTÉRIOS DO SANGUE VOLUME I 15

16 A alergia é uma reação exagerada dos mastócitos e dos basófilos! Se uma pessoa tem alergia ao camarão significa que ela tem uma produção elevada de anticorpos IgE anticamarão. A ligação do alérgeno aos anticorpos da superfície dos mastócitos e basófilos promovem a liberação excessiva dos grânulos de histamina. Atenção: pode ser extremamente perigoso quando se trata de alergia a alimentos, medicamentos e veneno de insetos como abelha (reação denominada de choque anafilático). 3º Leucócito: Eosinófilo Menino, você está com lombriga! Você já viu o tamanho deste parasita? Pode ficar maior do que uma minhoca!!! Você acha que uma célula microscópica conseguiria eliminar este parasita por meio da fagocitose?! FIGURA 17 Fotografia da Ascaris lumbricoides (lombriga). Fonte: Desconhecida (Google imagens) Sem chance, então entram em ação os eosinófilos. Os eosinófilos são leucócitos que contém grânulos numerosos e grandes no citoplasma que tem afinidade por corantes ácidos (coloração rosa a vermelha bem intensa). O núcleo possui dois lóbulos. FIGURA 18 Fotografia da lâmina de esfregaço sanguíneo com o eosinófilo na seta. Os grânulos são grandes e bem corados de rosa e vermelho e o núcleo em roxo parece estar dividido em duas partes. Fonte: Desconhecida (Google imagens) Os eosinófilos são ativados pela presença de parasitas (tênias, esquistossomoso, oxiúros, ancilóstomo) que ficam fora da célula (extracelular) ou em pessoas que possuem asma. Uma vez ativados, os grânulos são liberados para destruir o parasita (ação tóxica) ou induzir uma reação inflamatória no local muito característica das pessoas que possuem asma. A asma pode ser grave porque reduz a passagem de ar para os pulmões. Dessa forma, as trocas gasosas (oxigenação e remoção do gás carbônico) ficam comprometidas. DESVENDANDO OS MISTÉRIOS DO SANGUE VOLUME I 16

17 FIGURA 19 Representação simplificada do processo de degranulação dos eosinófilos. Os parasitas (amarelo) se ligam aos anticorpos IgE localizados na membrana da célula (estrutura em forma de Y) e promovem a liberação dos grânulos (bolinhas em azul, vermelho e preto) do citoplasma para o meio extracelular. Estes grânulos (principalmente proteína básica) são responsáveis pela destruição dos parasitas porque são tóxicas e pela reação da inflamação na asma. 4º Leucócito: Monócito Este leucócito tem uma função limitada quando está no sangue, mas quando ele entra nos tecidos se transforma em uma potente célula fagocitária! Os monócitos possuem um citoplasma claro, sem grânulos e núcleo em forma de rim ou de ferradura. FIGURA 20 Fotografia da lâmina de esfregaço sanguíneo com o monócito na seta. O citoplasma é ligeiramente azulado a lilás (sem grânulos) e o núcleo em roxo possui a forma de rim/feijão ou ferradura. Fonte: Desconhecida (Google imagens) Os monócitos circulam brevemente no sangue e migram para os tecidos onde exercem suas funções e são chamados de macrófagos. Os macrófagos são leucócitos que realizam fagocitose (assim como os neutrófilos), possuem um sistema de produção de substâncias que tem ação tóxica potente (espécies reativas de oxigênio) e interagem com os linfócitos regulando a ação dos mesmos (aumenta ou diminui). Ao contrário dos neutrófilos, eles aparecem mais tardiamente no processo infeccioso caracterizando uma processo de inflamação crônica. São importantes células para destruíção de células infectadas por vírus e micro-organismos que ficam no dentro da célula.também são células importantes para estimular a cicatrização de um tecido lesionado. DESVENDANDO OS MISTÉRIOS DO SANGUE VOLUME I 17

18 5º Leucócito: Linfócito O objetivo principal de uma vacina é ativar estes leucócitos de forma eficaz para produzir uma resistência (imunidade) duradoura contra determinado micro-organismo. Este leucócito também ficou famoso por ser o principal alvo do vírus do HIV e provocar a AIDS (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida)! São os linfócitos em ação! FIGURA 21 Folder da campanha de vacinação contra o HPV. Fonte: Prefeitura de Porto Alegre. Google imagens. Os linfócitos são leucócitos agranulócitos. São menores em relação aos outros leucócitos e possuem o núcleo tão volumoso e redondo que quase não visualizamos o citoplasma. FIGURA 22 Fotografia da lâmina de esfregaço sanguíneo com o linfócito na seta. O citoplasma é pequeno (sem grânulos) e o núcleo em roxo possui a forma de rim/feijão ou ferradura. Fonte: Desconhecida (Google imagens) Após o reconhecimento dos antígenos (proteínas que se ligam aos seus receptores), os linfócitos são ativados. A partir daí eles se multiplicam e diferenciam em células efetoras (aquelas que vão agir para eliminar o agente que foi reconhecido e logo em seguida morrem) ou de memória (aquelas que vão sobreviver por muito tempo no corpo para permitir uma ação mais rápida e intensa caso o mesmo agente agressor entre no corpo novamente o objetivo da vacina é gerar linfócitos de memória para deixar o organismo mais resistente/imune). Os linfócitos ainda podem ser divididos em B (secretam os anticorpos), T CD8 (tem ação citotóxica, ou seja, destroem células infectadas por vírus ou cancerígenas) e T CD4 (tem ação auxiliar, ou seja, produzem citocinas que regulam a resposta imune). DESVENDANDO OS MISTÉRIOS DO SANGUE VOLUME I 18

19 FIGURA 23 Representação simplificada do processo de produção e secreção de anticorpos pelos linfócitos B e plasmócitos. Os antígenos (amarelo) se ligam aos anticorpos localizados na membrana da célula (estrutura em forma de Y) e promovem a multiplicação dos linfócitos e diferenciação em plasmócitos que começam a secretar anticorpos (estruturas em forma de Y). FIGURA 24 Representação simplificada do mecanismo de ação dos linfócitos T e plasmócitos. Os antígenos (amarelo) se ligam aos anticorpos localizados na membrana da célula (estrutura em forma de Y) e promovem a multiplicação dos linfócitos. Os linfócitos T CD4 produzem citocinas que ativam os macrófagos ou destroem as células infectadas. Como mostrado no início, é possível perceber a importância do T CD4 no nosso organismo. O vírus do HIV promove a destruição dos linfócitos T CD4 o que resulta na imunodeficiência, ou seja, a pessoa fica vulnerável a diversas doenças, até mesmo, doenças que seriam facilmente combatidas (são chamadas de doenças oportunistas os micro-organismos se aproveitam da fragilidade do sistema imunológico). A quantidade de linfócitos no sangue se alteram, frequentemente, nas infecções por vírus podendo sofrer aumento ou redução. FIQUE DE OLHO! Depois de conhecer a ação dos leucócitos é possível concluir que a inflamação é uma importante resposta de defesa que ocorre após danos às células do corpo cujo objetivo é promover a cura e/ou reparo do tecido. A inflamação é uma resposta importante, porém se não for equilibrada pode tornar-se prejudicial e provocar a perda da função de órgãos e tecidos. DESVENDANDO OS MISTÉRIOS DO SANGUE VOLUME I 19

20 5 DESVENDANDO O PASSEIO DOS LEUCÓCITOS PELO CORPO HUMANO Você pode observar que o tempo todo foi descrito que os leucócitos saem do sangue e vão para os tecidos! O sangue é, principalmente, um meio de circulação destas células e não o local de ação. Por isso, o tempo todo existem substâncias que sinalizam para qual tecido cada célula deve ir (quimiocinas) e entrar (o leucócito adere a parede do vaso sanguíneo por meio das moléculas de adesão / o leucócito atravessa o vaso sanguíneo e entra no tecido - diapedese). Para facilitar a compreensão, vamos relembrar a relação do sangue com uma cidade. Imagine que você está na rua e recebe uma ligação telefônica (sinalização - quimiocinas). Seu amigo lhe pede para ir à casa dele. Então ele lhe passa o endereço e número (sinalização quimiocinas). Você chega ao local, toca a campainha (moléculas de adesão na parede do tecido), o seu amigo destranca a porta e o portão com chaves (moléculas de adesão) e, então, você entra na residência (diapedese atravessa a parede do vaso sanguíneo e entra no tecido). Vale a penar destacar que se o leucócito não receber nenhuma sinalização ele morre por apoptose em alguns dias (uma morte programada que varia de célula para célula). FIGURA 25 Representação simplificada do processo de migração dos leucócitos do sangue para os tecidos. Os antígenos (amarelo) induzem a secreção de quimiocinas (alaranjado) e citocinas pelas células do tecido que promovem a atração dos neutrófilos do sangue (indicado pela seta) e adesão às células ativadas do vaso sanguíneo (células achatadas em rosa). Ocorre a diapedese do neutrófilo passagem do sangue para o tecido. DESVENDANDO OS MISTÉRIOS DO SANGUE VOLUME I 20

21 REFERÊNCIAS ABBAS, A. K.; LITCHMAN, A. H. Imunologia Básica. 3 ed. São Paulo: Elsevier, BAIN, B. J. Células sanguíneas: um guia prático. 4ª ed. Porto Alegre: Artmed, DUESBERG, P. HIV não é a causa da AIDS. Revista Latinoamericana de Psicopatologia Fundamental, v. 11, n. 1, FARIA, J. L. Patologia geral: fundamentos das doenças com aplicações clínicas. 4 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, JUNQUEIRA, L. C.; CARNEIRO, J. Histologia Básica: texto e atlas. 11ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, LIMA, R. R. et al. Inflamação em doenças neurovegetativas. Revista Paraense de Medicina, v. 21, n. 2, SILVA, F. O. C.; MACEDO, D.V. Exercício físico, processo inflamatório e adaptação: uma visão geral. Revista Brasileira de Cineantropometria e Desempenho Humano, v. 13, n. 14, SOUZA, S. L. S et al. Causas de óbitos em pacientes com síndrome da imunodeficiência adquirida, necropsiados na Fundação de Medicina Tropical do Amazonas. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, v. 41, n. 3, Visite nossa fan page: DESVENDANDO OS MISTÉRIOS DO SANGUE VOLUME I 21

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