EDITORIAL. Súmula nº 428 do TST -
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- Maria das Dores Guterres da Costa
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1 Página 1 de 5 KEL & ADVOGADOS ASSOCIADOS Rua Mateus Leme, 1400 Curitiba, PR Centro CEP Tel Fax info@ekj.adv.br BOLETIM INFORMATIVO EDITORIAL No mês de fevereiro de 2013, o escritório Katzwinkel & Advogados Associados lançou em sua página da web ( a quinquagésima-sétima edição do Boletim Informativo. Este boletim tem mantido periodicidade mensal e cumprido seu papel, levando ao conhecimento dos leitores, as notícias, decisões judiciais, administrativas e novidades legislativas referentes às principais áreas de atuação do Escritório. Com o foco em Direito Empresarial e ênfase em Direito Societário, o Escritório também presta serviços especializados na área Cível, com ênfase em Direito Imobiliário, Família e Sucessões, atuando, também em defesas de médicos e hospitais. O Escritório exerce ainda advocacia Trabalhista e esta fortalecendo seu foco também em Arbitragem. A cada edição, um novo artigo desenvolvido pelos profissionais do escritório, trazendo temas atuais e de utilidade pública. O artigo desta edição traz uma análise sobre a forma de controle a jornada laboral o controle de jornada de trabalho. O artigo é da Advogada Carina Pavan, sócia do escritório Katzwinkel & Advogados Associados. Boa leitura! As Formas de controle de jornada Algum tempo atrás as únicas formas de controle de jornada laboral, obrigatório para empresas com mais de 10 empregados, eram o ponto manual em que o trabalhador anotava a entrada e saída em livro ou o relógio ponto mecânico. Posteriormente, com a emissão de portaria do Ministério do Trabalho e Emprego n /2009 disciplinou-se a anotação de horário de trabalho através do ponto eletrônico. Com os avanços tecnológicos e a necessidade de proteger o trabalhador da pratica da jornada extraordinária sem a devida contraprestação, a legislação e a jurisprudência vêm aceitando diversas formas de controle de jornada, além das formas tradicionais. Com a alteração do art.6º, parágrafo único da CLT, pela Lei de 15 de dezembro de 2011, que regulou o trabalho no domicílio do empregado e o realizado à distância, possibilitou-se o controle e a supervisão através de meios telemáticos, como , celular, rádio, msn, Skype, sistema de logon e logoff, entre outros. Várias discussões surgiram em torno da alteração do parágrafo único do art. 6º da CLT, quanto ao controle de jornada do trabalho à distância. Fato que resultou na reforma da Súmula 428 do C. TST, que passou a ter a seguinte redação: Súmula nº 428 do TST - SOBREAVISO APLICAÇÃO ANALÓGICA DO ART. 244, 2º DA CLT (redação alterada na sessão do Tribunal Pleno realizada em ) - Res. 185/2012, DEJT divulgado em 25, 26 e I - O uso de instrumentos telemáticos ou informatizados fornecidos pela empresa ao empregado, por si só, não caracteriza o regime de sobreaviso. II - Considera-se em sobreaviso o empregado que, à distância e submetido a controle patronal por instrumentos telemáticos ou informatizados, permanecer em regime de plantão ou equivalente, aguardando a qualquer momento o chamado para o serviço durante o período de descanso. A hipótese do inciso I da referida Súmula, aplica-se, para o empregado que apenas porta o celular ou outro instrumento telemático, já o inciso II, aplica-se ao empregado que há restrição de liberdade, impedindo a locomoção do mesmo que se encontra em plantão ou exigindo-se que o mesmo cumpra determinada tarefa além de sua jornada de trabalho, cujo controle se dá pelos instrumentos telemáticos.
2 Página 2 de 5 Mais recentemente, a Lei nº , que entrou em vigor em 17 de junho de 2012, e regulamentou a profissão do motorista, em seu art.2º, prescreve que a jornada de trabalho e tempo de direção deverão ser controlados de maneira fidedigna pelo empregador, que poderá valer-se de anotação em diário de bordo, papeleta ou ficha de trabalho externos, ou de meios eletrônicos idôneos instalados nos veículos. Sobre esse tema o Tribunal Regional do Trabalho do Paraná 9ª Região - vem entendendo que com o uso de celulares e rastreadores nos veículos de carga é possível fazer o controle da jornada, não se enquadrando na hipótese do art. 62, I da CLT. 1 (...)2 - MOTORISTA. CONTROLE DE JORNADA. JORNADA EXTERNA. Constatando-se que a reclamada dispunha de mecanismos, como rastreador e telefone celular, para acompanhar a rotina de trabalho do reclamante, entende-se que havia fiscalização de horários por parte da empregadora, o que implica afastar a aplicação do artigo 62, I da CLT. Recurso ordinário do reclamante conhecido e parcialmente provido. TRT-PR ACO A. TURMA, Relator: CÁSSIO COLOMBO FILHO, Publicado no DEJT em MOTORISTA. TRABALHO EXTERNO. ART. 62, I, DA CLT. RASTREAMENTO POR SATÉLITE. POSSIBILIDADE DE CONTROLE DA JORNADA. A exceção prevista no art. 62, I, da CLT é aplicável apenas aos empregados que desenvolvem atividades externas e incompatíveis com a fixação de horários. O uso de rastreador por satélite, que propicia ao empregador saber a localização do caminhão, o horário e a condição de movimento ou não, permite que se 1 Art. 62. Não são abrangidos pelo regime previsto neste capítulo: I os empregados que exercem atividade externa incompatível com a fixação de horário de trabalho, devendo tal condição ser anotada na Carteira de Trabalho e Previdência Social e no registro de empregados; depreenda a possibilidade de efetivo controle da jornada de trabalho, de forma que não resta configurada a hipótese do art. 62, I, da CLT. TRT-PR ACO A. TURMA, Relator: MÁRCIA DOMINGUES, Publicado no DEJT em No entanto, nestes casos, a matéria ainda não está totalmente pacificada, visto que alguns tribunais entendem que o rastreador ou tacógrafo instalados nos veículos não tem a finalidade de controlar a jornada. O rastreador tem o condão de evitar o furto ou roubo do veículo, não tem função nem se presta para controlar a jornada do motorista, da mesma forma o tacógrafo que é instrumento de segurança para controle de velocidade 2. Fato é que o controle de jornada realizado através de meios telemáticos ou informatizados ( , celulares, rádios, internet, e outros aplicativos) vai depender da análise caso a caso. Se há realmente a fiscalização por parte do empregador do início e fim da jornada ou se o empregado tem a liberdade de realizar a atividade quando e onde desejar e ainda se a atividade desenvolvida pelo empregado é compatível com a fixação de horário de trabalho ou não. Portanto, para se evitar divergências e demandas, ambas as partes, empregado e empregador, devem estar cientes das condições em que se dará o trabalho, se haverá controle de jornada ou como está será feita. 2 Carina Pavan Pós Graduada em Direito Empresaria Sócia do escritório Katzwinkel & Advogados Associados. Orientação Jurisprudencial nº 332 da SDI TST: 332. MOTORISTA. HORAS EXTRAS. ATIVIDADE EXTERNA. CONTROLE DE JORNADA POR TACÓGRAFO. RESOLUÇÃO Nº 816/86 DO CONTRAN (DJ ). O tacógrafo, por si só, sem a existência de outros elementos, não serve para controlar a jornada de trabalho de empregado que exerce atividade externa.
3 Página 3 de 5 NOTÍCIAS Direito Empresarial STJ exclui do plano de recuperação crédito garantido por cessão fiduciária de títulos. A Quarta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) proferiu decisão em favor de instituição bancária para que fossem excluídos dos efeitos da recuperação judicial os créditos que possuem garantia de cessão fiduciária. O entendimento é que o crédito fiduciário se insere na categoria de bem móvel, previsto pelo artigo 83 do novo Código Civil, de forma que incide nesses créditos o artigo 49, parágrafo 3º, da Lei /05. Fonte: Notícias do STJ, de 20/02/2013. ngine.wsp?tmp.area=398&tmp.texto= &utm_source=agencia&utm_medium=ema Multa de mora tributária contra massa falida pode alcançar créditos anteriores à nova Lei de Falência. Com a vigência da Lei /05 (nova Lei de Falência), tornou-se possível a cobrança de multa moratória de natureza tributária contra a massa falida, e essa multa pode incidir mesmo sobre créditos tributários cujo fato gerador tenha ocorrido antes da alteração legislativa. O entendimento é da Segunda Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que autorizou a inclusão da multa moratória na classificação dos créditos na falência da empresa Fornecedora de Alimentos Pérola Ltda., do Mato Grosso do Sul. Para a Turma, em se tratando de falência decretada na vigência da Lei , a inclusão de multa tributária na classificação dos créditos na falência, referente a créditos tributários ocorridos no período anterior a essa lei, não implica retroatividade em prejuízo da massa falida. Fonte: Notícias do STJ, de 27/02/2013. ngine.wsp?tmp.area=398&tmp.texto=108697&utm_source=age ncia&utm_medium=ema Direito Tributário Título da dívida pública não se presta à quitação de débitos tributários. A 5ª turma suplementar do TRF da 1ª região decidiu que título da dívida pública não se presta à quitação de tributos, compensação, dação em pagamento, depósito, garantia ou caução. Ao julgar recurso interposto por empresa, manteve sentença que julgou improcedente pedido para que fosse aceita a caução e substituída a dívida constante das execuções fiscais pelo título da dívida pública interna federal, bem como restituição do valor excedente. Processo: Processo na Origem: Fonte: Migalhas, 3054, de 07/02/2013. Depósito judicial não pode ser equiparado a pagamento integral para configurar denúncia espontânea. O depósito judicial, com questionamento do tributo devido, não pode ser equiparado ao pagamento, para fins de aplicação do instituto da denúncia espontânea, previsto no artigo 138 do Código Tributário Nacional (CTN). O entendimento é da Primeira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que, por maioria, negou recurso do Banco IBM S/A contra a Fazenda Nacional. Foi a primeira vez que o colegiado debateu a questão. Fonte: Notícias do STJ, de 18/02/2013. ngine.wsp?tmp.area=398&tmp.texto= Direito Imobiliário Mantida decisão que utilizou teoria do adimplemento substancial em contrato de compra e venda de imóvel. A Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) manteve decisão que, aplicando a teoria do adimplemento substancial, garantiu o domínio de imóvel adquirido em 1986, no valor de OTN s, no loteamento denominado Parque
4 Página 4 de 5 Savoy City, na Vila Matilde, em São Paulo. O vendedor do imóvel afirmava existir saldo residual a ser pago pelos compradores, mesmo depois da quitação de 182 prestações. Fonte: Notícias do STJ, de 08/02/2013. ngine.wsp?tmp.area=398&tmp.texto= &utm_source=agencia&utm_medium=ema CEF não é obrigada a fazer o arrendamento imobiliário especial da lei com ex-mutuário. A Segunda Seção do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu, em recurso repetitivo, que a Caixa Econômica Federal (CEF) não é obrigada a aceitar propostas de arrendamento imobiliário especial com opção de compra. Para a Seção, a lei não exige, mas apenas autoriza a instituição a contratar nessa modalidade. A decisão em recurso repetitivo (rito regulado pelo artigo 543-C do Código de Processo Civil) serve de orientação para os tribunais de segunda instância sujeitos à jurisdição do STJ e impede a admissão de recursos baseados em tese contrária. No julgamento, a maioria dos ministros da Seção acompanhou o voto da relatora, ministra Isabel Gallotti, e rejeitou o recurso de uma mutuária contra a CEF. Fonte: Notícias do STJ, de 25/02/2013. ngine.wsp?tmp.area=398&tmp.texto= Direito de Família STJ garante a casal homossexual a adoção da filha de uma delas pela outra. A Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) manteve decisão que garantiu, dentro de uma união estável homoafetiva, a adoção unilateral de filha concebida por inseminação artificial, para que ambas as companheiras passem a compartilhar a condição de mãe da adotanda. O colegiado, na totalidade de seus votos, negou o recurso do Ministério Público de São Paulo, que pretendia reformar esse entendimento. Fonte: Notícias do STJ, de 08/02/2013. ngine.wsp?tmp.area=398&tmp.texto= &utm_source=agencia&utm_medium=ema Divergência conjugal quanto à vida financeira da família pode levar à alteração do regime de bens. A divergência conjugal quanto à vida financeira da família pode justificar a alteração do regime de bens. Com esse entendimento, a Quarta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinou o retorno, à primeira instância, de processo que discute alteração de regime de bens porque a esposa não concorda com o empreendimento comercial do marido. Em seu voto, o ministro Luis Felipe Salomão, relator, ressaltou que, muito embora na vigência do Código Civil de 1916 não houvesse previsão legal para tanto, e também a despeito do que preceitua o artigo do código de 2002, a jurisprudência tem se mantido uniforme no sentido de ser possível a alteração do regime de bens, mesmo nos matrimônios contraídos ainda sob o código revogado. Assim, o ministro Salomão entendeu que é necessária a aferição da situação financeira atual do casal, com a investigação acerca de eventuais dívidas e interesses de terceiros potencialmente atingidos. Fonte: Notícias do STJ, de 28/02/2013. ngine.wsp?tmp.area=398&tmp.texto= &utm_source=agencia&utm_medium=ema Outras Notícias. Presidentes de Seções poderão julgar matérias pacificadas. Os presidentes das Seções especializadas do Superior Tribunal de Justiça (STJ) poderão julgar matérias pacificadas em seus respectivos colegiados, antes da distribuição a um relator específico.
5 Página 5 de 5 Antes, cabia privativamente ao presidente do STJ fazer esse juízo. Agora, ele poderá delegar a atribuição aos três presidentes de Seções. Confira a íntegra da Resolução 5/2013. Fonte: Notícias do STJ, de 06/02/2013. ngine.wsp?tmp.area=398&tmp.texto= &utm_source=agencia&utm_medium=ema Sequestro de bens fundamentado em pretensão de crédito viola artigo do CPC. O sequestro de bens determinado para garantia do cumprimento de obrigação de crédito discutida em ação principal viola o artigo 822 do Código de Processo Civil (CPC). O entendimento é da Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ao acolher pedido da sociedade Indústria e Comércio de Máquinas Agrícolas Mantovani Ltda. para reformar decisão que deferiu medida liminar de sequestro fundada em pretensão creditícia. A decisão foi unânime. Fonte: Notícias do STJ, de 18/02/2013. ngine.wsp?tmp.area=398&tmp.texto= AGENDA ACADÊMICA Os advogados Eduardo Munhoz da Cunha, Gustavo Teixeira Villatore e Sabrina Maria Fadel Bucue, sócios do escritório Katzwinkel & Advogados Associado, e a Bacharel em Direito Caroline Cavassin Klamas, no mês de fevereiro de 2013, participaram de painéis de arbitragem promovido pela ICC Young Arbitrators Forum, sob o tema "Provas em Arbitragem Internacional", ocorrido na Universidade Positivo, em Curitiba/PR. A Bacharel em Direito Caroline Cavassin Klamas, participou do V Pré-moot de Curitiba, enquanto coach do time da UFPR. Ela é uma das competições preparatórias para o Twentieth Annual Willem C. Vis International Commercial Arbitration Moot, que acontecerá em Hong Kong, entre os dias de março e em Viena entre os dias de março de A competição aconteceu na Universidade Positivo, nos dias 01 e 02 de março de 2013 ( ritiba-pre-moot.aspx).
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