PROJETO BÁSICO AMBIENTAL UHE TELES PIRES

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1 PROJETO BÁSICO AMBIENTAL UHE TELES PIRES Programa 23 Programa de Monitoramento de Mamíferos Terrestres Relatório Semestral EQUIPE TÉCNICA RESPONSÁVEL PELO DESENVOLVIMENTO DAS ATIVIDADES DO PROGRAMA INTEGRANTES CONSELHO DE CLASSE CTF IBAMA ASSINATURA Msc. Pablo Vinicius C. Mathias CRBio 44077/04-D Esp. Cláudio Veloso Mendonça CRBio 37585/04-D Dr. Fabiano Rodrigues de Melo CRBio 16286/4-D Ms. Michel Barros Faria CRBio 57790/04-D Biol. Diego Afonso Silva CRBio 80323/04-D Biol. Karen Adryanne Borges CRBio 87546/04-D Biol. Renata Ferreira Dias CRBio 86209/04-D Tiago Guimarães Junqueira CRBio /04-D Fevereiro 2013 Biota Projetos e consultoria Ambiental Ltda. 1

2 SUMÁRIO 1. APRESENTAÇÃO INTRODUÇÃO/JUSTIFICATIVA Objetivos Objetivos específicos METODOLOGIA Área de estudo Identificação das espécies de pequenos mamíferos Médios e Grandes Mamíferos RESULTADOS e Discussão Pequenos mamíferos terrestres Abundância e Riqueza de Espécies Espécies bioindicadoras de qualidade ambiental Eficiência das armadilhas Comparação do estudo com outros também realizados na região de Teles Pires Considerações importantes Médios e Grandes Mamíferos CONCLUSÃO REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Biota Projetos e consultoria Ambiental Ltda. 2

3 ÍNDICE DE FIGURAS Figura 1. Módulos de coleta de dados para o estudo de mamíferos de pequeno, médio e grande porte Figura 2. Esquema de um Módulo RAPELD, foi obedecido no estudo (Modificado de: PPBio, 2012) Figura 3. Abundância observada para as espécies de pequenos mamíferos terrestres para a segunda e terceira campanhas. Roedores apresentaram maior riqueza e foram mais abundantes Figura 4. Abundância das espécies de pequenos mamíferos terrestres considerando apenas a terceira campanha, registrados no estudo da UHE de Teles Pires. Foi considerado como base apenas o número absoluto de indivíduos capturados Figura 5. Abundância das espécies de pequenos mamíferos terrestres considerando a segunda e a terceira campanhas, registradas no estudo da UHE de Teles Pires, tendo como base apenas o número absoluto de indivíduos capturados Figura 6. Curva de suficiência amostral para pequenos mamíferos terrestres considerando a segunda e terceira campanhas do estudo da UHE de Teles Pires Figura 7. Dendograma mostrando o grau de similaridade entre os módulos estudados no estudo da UHE de Teles Pires considerando as campanhas 2 e Figura 8. Eficiência das armadilhas pitfall, sherman e gancho (tomahawk) para abundancia de espécies da segunda e terceira campanhas do estudo de monitoramento das espécies de pequenos mamíferos não voadores, UHE de Teles Pires Figura 9. Eficiência das armadilhas pitfall, sherman e gancho (tomahawk) para a riqueza de espécies da segunda e terceira campanhas do estudo de monitoramento das espécies de pequenos mamíferos não voadores, UHE de Teles Pires Figura 10. Riqueza de espécies representadas pelas ordens de mamíferos de médio e grande porte na UHE Teles Pires Figura 11. Diversidade de espécies por famílias de mamíferos de médio e grande porte encontrados durante o monitoramento da UHE Teles Pires Figura 12. Área de distribuição geográfica de Myrmecophaga tridactyla (tamanduá-bandeira). As áreas em vermelho indica que a espécie foi possivelmente extinta. Fonte: IUCN Red List Maps Figura 13. Área de distribuição de Priodontes maximus (tatu-canastra). Fonte: IUCN Red List Maps Figura 14. Área de distribuição de Tapirus terrestris (anta). As áreas em vermelho indica que a espécie foi possivelmente extinta. Fonte: IUCN Red List Maps Figura 15. Área de distribuição de Tayassu pecari (queixada). As áreas em vermelho indica que a espécie foi possivelmente extinta. Fonte: IUCN Red List Maps Figura 16. Área de distribuição de Atelocynus microtis (cachorro-do-mato-de-orelha-curta). Fonte: IUCN Red List Maps Figura 17. Área de distribuição de Leopardus pardalis (jaguatirica). Fonte: IUCN Red List Maps Figura 18. Área de distribuição de Puma concolor (onça-parda). Fonte: IUCN Red List Maps Figura 19. Área de distribuição de Panthera onca (onça-pintada). Fonte: IUCN Red List Maps Figura 20. Eficiência apresentada por método amostral para os cálculos de riqueza e abundância de mamíferos de médio e grande porte diagnosticados nos Módulos do monitoramento de fauna da UHE Teles Pires Figura 21. Abundância das espécies de mamíferos, expressa em termos de frequência absoluta (%), em ordem decrescente durante os censos realizados na UHE Teles Pires Figura 22. Abundância das espécies de mamíferos, expressa em termos de frequência absoluta (%), em ordem decrescente registrada a partir das armadilhas fotográfica Figura 23. Dendograma mostrando o grau de similaridade entre os seis Módulos da UHE Teles Pires, tendo como base sua fauna de mamíferos de médio e grande porte Figura 24. Curva de acúmulo de espécies de mamíferos de médio e grande porte, obtida a partir dos dados coletados conjuntamente nos seis módulos de monitoramento de fauna da UHE Teles Pires Biota Projetos e consultoria Ambiental Ltda. 3

4 ÍNDICE DE QUADROS Quadro 1. Descrição das parcelas onde foram instaladas as armadilhas para a captura de pequenos mamíferos não voadores Quadro 2. Matriz de Similaridade entre os módulos estudados considerando as campanhas 2 e Quadro 3. Lista dos espécimes de pequenos mamíferos registrados nas áreas de influência da UHE Teles Pires, Paranaíta- MT e Jacareacanga-PA. NC (número de campo), Status (1=primeira captura; 2=recaptura), CE (idade), * (ausente de informação). Apesar de analisado neste documento somente a segunda e terceira campanha a tabela lista as espécies registradas em todas as capturas já obtidas no estudo Quadro 4. Lista de espécies de mamíferos de médio e grande porte registrados durante o monitoramento da UHE Teles Pires Quadro 5. Frequência relativa e absoluta das espécies de mamíferos de médio e grande porte registradas nas campanhas realizadas na UHE Teles Pires Quadro 6. Frequência relativa e absoluta das espécies de mamíferos de médio e grande porte registradas nas duas campanhas realizadas através de registro de armadilhas fotográfico Quadro 7. Grau de similaridade apresentada entre os seis Módulos amostrados na UHE Teles Pires para a comunidade de mamíferos de médio e grande porte ÍNDICE DE FOTOS Foto 1. Armadilhas tipo tomahawk: à esquerda e suspensa (Oecomys sp.; segunda campanha), de forma amostrar o dossel da vegetação; e à direita, disposta no chão (Micoureus demerarae; terceira campanha) Foto 2. À esquerda, Marmosops bishopi capturado em armadilha do tipo pitfall (2ª campanha). À direita, Neacomys sp. (3ª campanha) Foto 3. Caluromys philander solto após ter sido marcado com brinco (observe a marcação na orelha direita). Todas as espécies identificadas foram marcadas com um brinco numerado e tiveram seus espécimes devolvidos no exato local de captura Foto 4. Pegada de Tapirus terrestris (anta) registrada com o auxílio de um esquadro, neste caso, também utilizado como referência de escala Foto 5. Instalação de armadilhas fotográfica para o registro de animais de hábitos mais conspícuos Foto 6. Armadilha fotográfica instalada para a obtenção de registro de mamíferos de médio e grande porte Foto 7. Didelphis marsupialis (terceira campanha: TLP102) Foto 8. Micoureus demerarae (segunda campanha: TLP043) Foto 9. Espécime fêmea prenha, marcada com brinco e solta Foto 10. Micoureus demerarae (terceira campanha: TLP090) Foto 11. Marmosops bishopi capturado na segunda campanha (TLP 046) Foto 12. Marmosops bishopi capturado na terceira campanha (TLP098) Foto 13. Monodelphis kunsi (segunda campanha: TLP 054) Foto 14. Monodelphis kunsi (terceira campanha: TLP 113) Foto 15. Hylaeamys megacephalus (terceira campanha: TLP 094) Foto 16. Mesomys hispidus (terceira campanha: TLP 104) Foto 17. Oligorizomys microtis (segunda campanha: TLP 056) Foto 18. Oligorizomys microtis (terceira campanha: TLP 107) Foto 19. Necromys lasiurus (segunda campanha: LTP048) Foto 20. Necromys lasiurus (terceira campanha: LTP116) Foto 21. Neacomys sp. (terceira campanha: LTP 131) Foto 22. Oecomys sp. (terceira campanha: LTP091) Foto 23. Rhipidomys sp. (segunda campanha: LTP 049) Foto 24. Proechimys longicaudatus (segunda campanha: LTP 047) Foto 25. Proechimys longicaudatus (filhote; terceira campanha: LTP 109) Biota Projetos e consultoria Ambiental Ltda. 4

5 Foto 26. Myrmecophaga tridactyla (tamanduá-bandeira) registrado atravessando o rio Teles Pires próximo ao Módulo 2 durante o monitoramento da terceira campanha da UHE Teles Pires Foto 27. Forrageio de Priodontes maximus (tatu-canastra) registrado durante o monitoramento da UHE Teles Pires Foto 28. Tapirus terrestris (anta) registrada através de armadilha fotográfica durante o monitoramento da UHE Teles Pires Foto 29. Bando de Tayassu pecari (queixada) registado através de armadilha fotográfica durante o monitoramento da UHE Teles Pires Foto 30. Pegada de Atelocynus microtis (cachorro-do-mato-de-orelha-curta) registrada através de rastro durante a primeira campanha do monitoramento da UHE Teles Pires Foto 31. Leopardus pardalis (jaguatirica) registrado através de armadilha fotográfica durante o monitoramento da UHE Teles Pires Foto 32. Puma concolor (onça-parda) registrada através de armadilha fotográfica durante o monitoramento da UHE Teles Pires Foto 33. Pegada de Panthera onca (onça-pintada) registrada durante a primeira e terceira campanha do monitoramento da UHE Teles Pires Foto 34. Registros obtidos através de armadilha fotográfica. (A) Queixada (Tayassu pecari); (B) Veado-mateiro (Mazama americana); (C) Cateto (Pecari tajacu); (D) Quati (Nasua nasua); (E) Cutia (Dasyprocta azarae) e (F) Mãopelada (Procyon cancrivorus) Foto 35. Tamandua tetradactyla (tamanduá-mirim) com filhote registrado durante o monitoramento da terceira campanha de UHE Teles Pires Foto 36. Fezes de Puma concolor (onça-parda) registrada durante o monitoramento da terceira campanha da UHE Teles Pires Foto 37. Hydrochoerus hydrochaeris (capivara) registrada durante o monitoramento da terceira campanha da UHE Teles Pires Foto 38. Pegada de Tapirus terrestris (anta) registrada durante o monitoramento da terceira campanha da UHE Teles Pires Foto 39. Fezes de Pecari tajacu (cateto) registrado durante o monitoramento da terceira campanha da UHE Teles Pires Foto 40. Dasypus novemcinctus (tatu-galinha) registrado durante o monitoramento da terceira campanha da UHE Teles Pires Foto 41. Filhote de Eira barbara (irara) registrado durante o monitoramento da terceira campanha da UHE Teles Pires Foto 42. Pteronura brasiliensis (ariranha) registradas na ilha do Módulo 1 durante o monitoramento da terceira campanha da UHE Teles Pires Foto 43. Cerdocyon thous (cachorro-do-mato) atropelado na estrada que da acesso às obras da UHE Teles Pires, durante o monitoramento da terceira campanha Foto 44. Indivíduo de Myrmecophaga tridactyla (tamanduá-bandeira) registrado atravessando o rio em direção a margem esquerda durante o monitoramento da terceira campanha da UHE Teles Pires Biota Projetos e consultoria Ambiental Ltda. 5

6 LISTA DE SIGLAS ADA Área Diretamente Afetada AID Área de Influencia Direta EIA Estudo de Impacto Ambiental ICMBio Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade PBA - PLANO BÁSICO AMBIENTAL PMP - Programa de Monitoramento de Primatas RIMA Relatório de Impacto Ambiental UHE Usina Hidrelétrica Biota Projetos e consultoria Ambiental Ltda. 6

7 1. APRESENTAÇÃO Este documento se refere às atividades desenvolvidas do Programa de Monitoramento de Mamíferos Terrestres da segunda e terceira campanhas, e está subdividido em dois grupos: pequenos mamíferos terrestres e médios e grandes mamíferos. O referido programa está relacionado ao processo de licenciamento da Usina Hidrelétrica (UHE) Teles Pires, situada no rio Teles Pires, entre os municípios de Paranaíta/MT e Jacareacanga/PA. As atividades da segunda campanha ocorreram nos meses de setembro e outubro de 2012 e as atividades da terceira campanha ocorreram nos meses de dezembro de 2012 e janeiro de INTRODUÇÃO/JUSTIFICATIVA A Amazônia abrange aproximadamente seis milhões de km² e dessa totalidade, 60% estão localizados no território brasileiro (ISA, 2001). Desses 60%, aproximadamente, 570 mil km² já foram desmatados (INPE, 2001). Isso se deve principalmente a abertura de vias de acesso que facilitaram práticas desregradas de atividades como a pecuária, a agricultura, a construção de hidrelétricas e a retirada ilegal de madeira de florestas (LAURENCE et al., 2007). A Amazônia é a maior área de formação vegetal brasileira, sendo considerada uma das regiões com maior riqueza de mamíferos (GRELLE, 2002). Devido à grande diversidade dentro do grupo, com representantes tanto em ambientes terrestres, quanto aquáticos, os mamíferos desempenham os mais variados papéis nos ecossistemas do qual fazem parte, sendo considerados importantes polinizadores, dispersores e predadores, regulando e mantendo o equilíbrio de populações a eles associadas e contribuindo diretamente para o funcionamento do ecossistema (GALETTI et al., 2001). Dessa forma, podem ser vistos como importantes agentes bioindicadores da qualidade do ambiente. Só no Brasil, estima-se que existam 701 espécies conhecidas e registradas, das quais aproximadamente 400 estejam presentes na Amazônia (PAGLIA et al., 2012). Pequenos mamíferos não voadores são representados por marsupiais da família Didelphidae e por roedores das famílias Cricetidae e Echimyidae, apresentam tanto espécies com ampla distribuição quanto aquelas com distribuição restrita, e podem ter hábitos terrestres e arborícolas (WILSON & REEDER, 2005; BONVICINO et al., 2008a; GARDNER & CREIGTON, 2008). Formam o grupo ecológico mais diversificado de mamíferos das florestas neotropicais, com mais de 70 espécies endêmicas para o bioma amazônico (OLIVEIRA & BONVICINO, 2006; ROSSI et al., 2006). Também são os vertebrados com maior dificuldade em se estabelecer uma boa taxonomia, devido à alta diversidade de espécies, aliada à inadequada amostragem em coleções zoológicas (VIVO, 1996). Além da importância numérica, estudos recentes sobre a ecologia das espécies e das comunidades, mostram que este grupo exerce influência na dinâmica das florestas neotropicais e são bons indicadores tanto de alterações locais do hábitat como alterações da paisagem. A influência deste grupo na dinâmica florestal ocorre através de predação e, portanto, dispersão de sementes, plântulas e fungos micorrízicos (MANGAN & ADLER, 2000; SÁNCHEZ-CORDERO & Biota Projetos e consultoria Ambiental Ltda. 7

8 MARTÍNEZ-GALLARDO, 1998), ao passo que o uso de espécies como bioindicadoras está relacionado à especificidade das mesmas no uso de micro-habitats (VIEIRA & MONTEIRO-FILHO, 2003). De acordo com a lista dos roedores do Brasil de Bonvicino et al. (2008b) e com o mais recente estudo que lista os marsupiais do Brasil (ROSSI et al., 2010), os roedores representam a maioria da fauna de pequenos mamíferos, com aproximadamente 72% do total das espécies. Ainda baseado nesses dois autores, os Biomas Amazônia, Cerrado e Mata Atlântica abrigam a grande maioria das espécies, sendo o bioma amazônico o mais rico, com ocorrência aproximada de 26% do total da fauna, seguido pelo Cerrado com 22%, a Mata Atlântica com 21%, o Pantanal com 8%, a Caatinga com 5,5% e por último os Campos Sulinos, representando 7% das espécies. Do total de todas as espécies do Brasil, mais de 5% possuem área de ocorrência confirmada para a região de estudo onde se encontra a UHE de Teles Pires. Essa rica fauna, por se distribuir em todos os biomas e ocupar os mais diferentes habitats, tem como principal ameaça a fragmentação e diminuição da vegetação que interrompe seu fluxo gênico, pois a grande maioria possui uma área de vida extremamente pequena e é incapaz de deslocar entre um fragmento e outro por menor que seja essa distância. Todos esses números fazem do conjunto das unidades amostrais da UHE de Teles Pires, um local de extrema importância para se estudar e conservar os marsupiais e roedores. Na mesma linha de raciocínio, mamíferos de médio e grande porte (> 1 kg) são particularmente sensíveis a qualquer perturbação em seu habitat e se encontram em listas oficiais de espécies ameaçadas de extinção como a Lista Mundial para Conservação da Natureza (IUCN, 2012) e a Lista da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção (MACHADO et al., 2008). Na Amazônia brasileira a porcentagem de espécies ameaçadas chega a 7 % (COSTA et al., 2005). As principais ameaças são a fragmentação e destruição dos hábitats e a caça que, por sua vez, pode ser particularmente favorecida por outros tipos de distúrbios, como a própria fragmentação florestal (COSTA et al., 2005). Esse fenômeno tem sido intenso nos últimos anos e tem sido apontado como um dos direcionadores do processo de extinção em massa a que se tem presenciado atualmente (SALA et al., 2000). Neste sentido, o presente relatório contém os resultados agregados de duas campanhas, (segunda e terceira campanhas) do monitoramento da fauna de pequenos mamíferos terrestres e de médios e grandes mamíferos nas áreas de influência da UHE Teles Pires, municípios de Paranaíta (Mato Grosso) e Jacareacanga (Pará), com alguns resultados preliminares sobre a riqueza de espécies, composição das comunidades e abundâncias estimadas para estes dois grupos. 3. OBJETIVOS O Programa de Monitoramento de Mamíferos Terrestres tem como objetivo principal quantificar as áreas de uso pelas espécies de pequenos, médios e grandes mamíferos nas áreas Biota Projetos e consultoria Ambiental Ltda. 8

9 de influência direta do reservatório da UHE Teles Pires na sua fase de construção e operação. Avaliar a alteração na estrutura populacional das espécies presentes nas áreas amostradas antes, durante e após a implantação do empreendimento Objetivos específicos Consta como objetivos específicos do programa, inventariar e monitorar as espécies presentes na Área Diretamente Afetada (ADA), e nas Áreas de Influência Direta (AID) e Indireta (AII) do empreendimento. - Fornecer informações sobre a abundância e riqueza de espécies nos módulos visitados; - Comparar a eficiência dos diferentes métodos de captura para riqueza e abundância de pequenos mamíferos; - Selecionar espécies bioindicadoras que possam ser utilizadas na identificação dos efeitos das atividades humanas na composição de espécies das comunidades de mamíferos; - Fornecer informações do grau de ameaça de cada espécie; - Propor medidas mitigadoras para o grupo em questão. 4. METODOLOGIA 4.1. Área de estudo As áreas de estudo compreendem os seis módulos propostos pelo PBA, abrangendo a Área de Influência Direta (AID) e Área Diretamente Afetadas (ADA) pelo empreendimento UHE Teles Pires (Figura 1), localizado na divisa dos municípios de Paranaíta no Mato Grosso e Jacareacanga no Pará. Biota Projetos e consultoria Ambiental Ltda. 9

10 Figura 1. Módulos de coleta de dados para o estudo de mamíferos de pequeno, médio e grande porte. Biota Projetos e consultoria Ambiental Ltda. 10

11 4.2. Pequenos mamíferos terrestres O estudo referente às 2ª e 3ª campanhas, nas áreas de influência da UHE Teles Pires, situadas nos municípios de Paranaíta (MT) e Jacareacanga (PA), foi realizado entre os meses de setembro e outubro de 2012 (2ª campanha) e dezembro 2012 e janeiro 2013 (3ª campanha). Os espécimes foram inventariados através do Método RAPELD (MAGNUSSON et al., 2005), que utiliza parcelas de 0,1 ha como unidades amostrais individualizadas. Este método é apropriado para pesquisas de longa duração na Amazônia brasileira, mas também permite levantamentos rápidos, assim como estimativas não tendenciosas da distribuição e abundância das espécies (MAGNUSSON et al., 2005). Em ambas as campanhas, foram implementados 6 (seis) Módulos, denominados de Módulo 1, Módulo 2 e assim, sucessivamente. Cada módulo é composto por uma trilha principal de acesso às parcelas e trilhas secundárias distando 1 km entre si, que se constituem as unidades amostrais, chamadas parcelas (Figura 2). Estas parcelas têm um comprimento de 250 m e seguem a curva de nível, para que variações de topografia e solo sejam minimizadas dentro das parcelas. Para os seis módulos estudados, utilizou-se a mesma metodologia de amostragem, contando com armadilhas convencionais dos tipos sherman e tomahawk, e de queda do tipo pitfall. Particularmente na terceira campanha, não foram amostradas 4 parcelas devido ao acesso que foi interrompido. Assim, todas as análises foram realizadas considerando a diminuição do esforço destas parcelas. Figura 2. Esquema de um Módulo RAPELD, foi obedecido no estudo (Modificado de: PPBio, 2012). Biota Projetos e consultoria Ambiental Ltda. 11

12 As armadilhas dos tipos sherman e gancho foram dispostas nas parcelas em estações de coleta. Cada estação foi composta por duas armadilhas, uma de cada tipo, posicionadas de forma alternada: uma suspensa a aproximadamente 1,5m do solo e a outra no solo em meio à vegetação de forma a representar os mais diferentes lugares, como locais próximos a cursos d água, áreas com gramíneas e dossel semiaberto, quando existiam (Foto 1). Cada parcela foi composta por 10 (dez) estações de coleta que distanciavam 25m entre si, resultando em uma trilha (parcela) com 250m de comprimento, obedecendo a um esforço amostral de cinco noites por Módulo. A amostragem também foi representada através de conjuntos de armadilhas de queda, formadas por baldes de plástico (Foto 2). Estas consistem de recipientes enterrados no solo (pitfall) e interligados por cercas-guia (CORN, 1994). Quando um pequeno animal se depara com a cerca, geralmente a acompanha, até eventualmente cair no recipiente mais próximo. Estas armadilhas são amplamente utilizadas para a amostragem de anfíbios, répteis e pequenos mamíferos (WILLIAMS & BRAUN, 1983; MENGAK & GUYNN, 1987). Uma das vantagens do método é a captura de animais que raramente são amostrados através dos métodos tradicionais (CAMPBELL & CHRISTMAN, 1982). Ao final de cada parcela foi instalada uma estação de captura do tipo pitfall, formada por quatro baldes ligados entre si por cerca guia, dispostos em formato de Y. A descrição das parcelas onde foram instaladas as armadilhas para a captura de pequenos mamíferos não voadores, assim como suas coordenadas geográficas, está descrita no Quadro 1. Foto 1. Armadilhas tipo tomahawk: à esquerda e suspensa (Oecomys sp.; segunda campanha), de forma amostrar o dossel da vegetação; e à direita, disposta no chão (Micoureus demerarae; terceira campanha). Biota Projetos e consultoria Ambiental Ltda. 12

13 Foto 2. À esquerda, Marmosops bishopi capturado em armadilha do tipo pitfall (2ª campanha). À direita, Neacomys sp. (3ª campanha). Cada armadilha teve seu mecanismo de disparo conferido em campo e as consideradas defeituosas foram repostas. Abaixo, segue descrição e o número de parcelas e armadilhas de cada módulo: Módulo 1: contendo sete parcelas: duas na margem direita do rio Teles Pires, sendo uma em pasto; duas parcelas em ilhas; três parcelas na margem esquerda do rio Teles Pires - total de 140 armadilhas convencionais e 28 baldes, somando-se 168 armadilhas; Módulo 2: contendo sete parcelas, sendo duas em ilhas no rio Teles Pires e cinco na margem esquerda, totalizando 140 armadilhas convencionais e 28 baldes, somando-se 168 armadilhas; Módulo 3: contendo cinco parcelas na margem esquerda do rio Teles Pires, totalizando 100 armadilhas convencionais e 20 baldes, somando-se 120 armadilhas; Módulo 4: contendo cinco parcelas, sendo três na margem direita do rio Teles Pires e duas na margem esquerda, somando um total de 100 armadilhas convencionais e 20 baldes, somando-se 120 armadilhas. Neste módulo, ressaltamos que a parcela 5, durante a terceira campanha, não foi amostrada por causa da dificuldade de acesso. Assim, o módulo 4 foi amostrado por 80 armadilhas convencionais e 16 baldes. Módulo 5: formado por cinco parcelas, sendo duas na margem direita do rio Paranaíta e três na margem esquerda, totalizando 100 armadilhas convencionais e 20 baldes, somando-se 120 armadilhas. Particularmente na terceira campanha, as parcelas 1, 2 e 3 não foram amostradas por causa da falta de acesso e o esforço foi de 40 armadilhas convencionais e 8 baldes, totalizando 48 armadilhas; Biota Projetos e consultoria Ambiental Ltda. 13

14 Módulo 6: localizado na margem esquerda do rio Paranaíta. Constituído por cinco parcelas, sendo duas no pasto, sendo 100 armadilhas convencionais e 20 baldes, totalizando 120 armadilhas. Quadro 1. Descrição das parcelas onde foram instaladas as armadilhas para a captura de pequenos mamíferos não voadores. Módulo Parcela Coordenadas UTM E N M1 P , ,072 M1 P , ,016 M1 P , ,096 M1 P , ,056 M1 P , ,721 M1 P , ,03 M1 P , ,01 M2 P , M2 P , ,984 M2 P , M2 P , ,994 M2 P , ,994 M2 P , ,258 M2 P , ,21 M3 P , ,572 M3 P , ,466 M3 P , ,284 M3 P , ,2 M3 P , ,104 M4 P , ,074 M4 P , ,804 M4 P , ,687 M4 P , ,704 M4 P , ,513 M5 P , M5 P , ,992 M5 P , ,992 M5 P , ,996 M5 P , ,993 M6 P , ,102 M6 P , ,994 M6 P , ,992 M6 P , ,995 M6 P , ,999 A checagem das armadilhas foi realizada todas as manhãs. Como isca, apenas para as armadilhas convencionais, foi utilizado um alimento à base de farinha de milho, amido de milho, banana, paçoca de amendoim, sardinhas e óleo de fígado de bacalhau, misturados em proporções suficientes para que formassem uma massa consistente. Biota Projetos e consultoria Ambiental Ltda. 14

15 Os animais capturados tiveram sua biometria aferida: peso, sexo, idade, comprimento do corpo, comprimento da cauda, comprimento da orelha e comprimento do tarso. As espécies foram identificadas e fotografadas no local de captura. Após o término dos procedimentos, os espécimes identificados receberam brincos numerados em sua orelha direita e foram soltos (Foto 3). Foto 3. Caluromys philander solto após ter sido marcado com brinco (observe a marcação na orelha direita). Todas as espécies identificadas foram marcadas com um brinco numerado e tiveram seus espécimes devolvidos no exato local de captura Identificação das espécies de pequenos mamíferos Os animais que não foram identificados no local da captura foram levados e fixados para identificação em nível de espécie. A identificação taxonômica até o momento foi realizada em campo, somente com base na morfologia externa de acordo com a taxonomia mais atual usada para os grupos (PATTON et al., 2000; BONVICINO et al., 2008; VOSS & JANSA, 2009). Desta forma, todos os espécimes coletados ainda serão analisados em museus para a confirmação taxonômica Médios e Grandes Mamíferos A segunda campanha para o levantamento de mamíferos de médio e grande porte nas áreas de influência da UHE Teles Pires foi realizada entre os dias 09 a 23 de setembro de 2012, somando um total de 134:40 horas de esforço amostral e km percorridos em 15 dias de amostragem. Já a terceira ocorreu entre os dias 04 a 21 de dezembro de 2012, somando um total de 150:05 horas de esforço amostral e km percorridos em 18 dias de amostragem. Considerou-se mamíferos de médio ou grande o conjunto de espécies que apresentam peso corporal igual ou superior a 1 kg quando adultos. Biota Projetos e consultoria Ambiental Ltda. 15

16 As metodologias de amostragem utilizadas foram: censos diurnos e noturnos, instalação de armadilhas fotográficas e registro de vestígios, tais como rastros, fezes, vocalizações, carcaças e tocas. Ao diversificar as metodologias, esperou-se registrar um número maior de espécies de mamíferos de médio e grande porte nas áreas estudadas. O censo permite o avistamento de animais, sendo realizado com um número reduzido de pessoas (máximo três), em silêncio, percorrendo a trilha com velocidade constante de 1 a 2 km/h, durante as primeiras horas do dia e ao anoitecer. Alguns dados básicos são coletados, como ponto, a distância percorrida, horário de início e fim de cada sessão do censo e km percorridos, entre outras observações consideradas pertinentes a respeito da espécie e do animal observado como a forma de registro, comportamento, hora do avistamento e números de indivíduos observados. Os censos foram realizados no interior dos fragmentos dos seis módulos definidos através do Método RAPELD que utiliza parcelas de 0.1 ha como unidades amostrais individualizadas (MAGNUSSON et al., 2005), onde foram observados ainda, vestígios indiretos de presença (rastros, fezes, vocalizações, tocas e carcaças), sendo que os mesmos foram anotados em caderno de campo e feito um registro fotográfico com o auxilio de um esquadro com régua utilizada como referência para posterior identificação com o auxilio de guias específicos (BECKER & DALPONTE, 1999; EMMONS & FEER, 1997; MAMEDE & ALHO, 2008; BORGES & TOMÁS, 2008) (Foto 4). Armadilhas fotográficas foram instaladas nos módulos amostrados a cada km da trilha de acordo com sua extensão (módulos 1 e 2, sete armadilhas fotográficas e módulos 3, 4, 5 e 6 cinco armadilhas fotográficas). Essa metodologia tem sido muito utilizada em levantamentos faunísticos de médios e grandes mamíferos, pois permite o registro de espécies de hábitos mais conspícuos e por serem difíceis de registrar por outros métodos (SILVEIRA et al., 2003, SRBEK- ARAUJO & CHIARELLO, 2005). Isso se deve ao fato de que as armadilhas fotográficas são de característica não invasiva, permitindo o registro de qualquer espécie que locomova na sua frente, podendo funcionar 24 horas por dia. A armadilha fotográfica consiste em sensor de calor e movimento acoplado a uma máquina fotográfica, quando algum animal atravessa o raio de ação do sensor, a máquina dispara e fotografa a espécie que se desloca em frente à armadilha. Cada armadilha foi colocada presa a uma árvore numa altura de 40 cm em relação ao solo e em locais de possível movimentação de mamíferos, neste caso, trilhas préestabelecidas feitas pela movimentação dos próprios animais. A vegetação próxima foi eliminada, com a intenção de evitar disparos desencadeados pela ação do vento na vegetação. Defronte as armadilhas fotográficas foram colocadas iscas (sardinha e sal) buscando atrair os animais pelo cheiro, facilitando assim o registro das espécies (Foto 5 e Foto 6). Para a análise dos dados foi calculada a estimativa de riqueza utilizando o método do Jackknife I. O método faz uma estimativa baseada na frequência de espécies raras observadas na amostra (HELTSHE & FORRESTER, 1983). Para o cálculo da diversidade e similaridade foi utilizado o índice de Shannon-Wiener e Jaccard, respectivamente, computados através do Biota Projetos e consultoria Ambiental Ltda. 16

17 software PAST (HAMER et al., 2001). Foram realizados cálculos de abundância relativa através dos índices de frequência por espécie (n de registros por espécie /n de registros totais de espécies), que indica a frequência relativa de cada espécie na região, demonstrando as espécies que são mais fáceis de serem registradas ou mais abundantes nas áreas amostradas. Foto 4. Pegada de Tapirus terrestris (anta) registrada com o auxílio de um esquadro, neste caso, também utilizado como referência de escala. Foto 5. Instalação de armadilhas fotográfica para o registro de animais de hábitos mais conspícuos. Foto 6. Armadilha fotográfica instalada para a obtenção de registro de mamíferos de médio e grande porte. 5. RESULTADOS E DISCUSSÃO 5.1. Pequenos mamíferos terrestres Abundância e Riqueza de Espécies A necessidade humana em usar o meio ambiente para o estabelecimento de atividades diversas altera a cobertura florestal original dos recursos naturais, assim remanescentes de áreas Biota Projetos e consultoria Ambiental Ltda. 17

18 nativas tornam-se os únicos hábitats disponíveis para as espécies silvestres, tais remanescentes variam em tamanho, formato e grau de isolamento em relação a outros remanescentes e acabam contendo apenas um subconjunto alterado da comunidade original. A intervenção humana, por menor que seja gera o declínio ou o desaparecimento de espécies que, para manter populações viáveis em longo prazo, necessitam de áreas amplas ou de um gradiente de habitats. Com a preocupação de minimizar ao máximo os impactos antrópicos causados à fauna de roedores e marsupiais nas áreas de influência direta e indireta da UHE de Teles Pires, está sendo estudada a sua abundância e riqueza. A partir de diversas técnicas de estudo, foi capturado na segunda campanha um total de 53 espécimes, representantes de 4 espécies de marsupiais e 7 espécies de roedores. Na terceira campanha, foram capturados 50 espécimes, representantes de 7 espécies tanto para marsupiais quanto para roedores. Na segunda campanha, roedores apresentaram a maior riqueza e na terceira apresentaram a mesma riqueza que os marsupiais (Figura 3). Todos os espécimes (de ambas as campanhas) com seus respectivos dados de campo encontram-se listados no Quadro 3. A soma dos seis módulos estudados na segunda campanha totalizou 792 armadilhas/noite. Este valor multiplicado pelo número de noites obedecidas (cinco) permitiu totalizar um esforço de captura de armadilhas/noite, sendo o sucesso de captura de 1,33%. Com um esforço um pouco menor de 3600 armadilhas noite o sucesso de captura da terceira campanha foi de 1,38%. O valor de ambas as campanhas foi semelhante e ainda considerado baixo quando comparado ao sucesso de captura obtido em outros estudos (FONSECA & KIERULFF, 1989; PAGLIA et al., 1995; VOSS & EMMONS, 1996). A soma do esforço das duas campanhas é de 7560 armadilhas/noite e um sucesso de 1,36%. Em florestas tropicais é comum a baixa taxa de captura para pequenos mamíferos, principalmente em levantamentos rápidos. O sucesso de captura não é homogêneo dentro do habitat e difere durante as distintas épocas do ano, podendo apresentar até mesmo variação no número amostral (ALHO, 2005). Diferentes trabalhos em áreas também de floresta tropical apresentaram resultados similares entre si e maiores que o nosso (PAGLIA et al., 1995; LESSA et al., 1999; BRIANI et al., 2001). Biota Projetos e consultoria Ambiental Ltda. 18

19 Roedor Marsupial Figura 3. Abundância observada para as espécies de pequenos mamíferos terrestres para a segunda e terceira campanhas. Roedores apresentaram maior riqueza e foram mais abundantes. Através da análise da abundância é possível determinar o tamanho da população de uma espécie em um determinado habitat. Considerando as duas campanhas, as espécies mais abundantes foram os marsupiais Micoureus demerarae e Marmosops bishopi, ambos com 18 registros. Marmosps bishopi foi também muito abundante na terceira campanha, com 9 capturas, duas a menos que a espécie mais abundante, o roedor Neacomys spinosus. As espécies Caluromys philander, Gracilinanus agilis, Marmosa murina e Mesomys hispidus foram igualmente menos abundantes com apenas um registro. Dados sobre abundância e distribuição são importantes parâmetros para a determinação do status de conservação de um táxon, para as listas de espécies ameaçadas, porém, uma das dificuldades para esta avaliação no Brasil é a escassez de dados publicados sobre composição e abundância das espécies em níveis locais e regionais. Assim, este estudo constitui uma ferramenta importante, não só para o conhecimento científico da fauna na região, mas também no entendimento da extensão do impacto ambiental a ser gerado com a instalação e operação do empreendimento da UHE de Teles Pires. A abundância de todas as espécies, considerada com base no número absoluto de indivíduos capturados está ilustrada na Figura 4 (apenas terceira campanha) e Figura 5 (ambas as campanhas). Biota Projetos e consultoria Ambiental Ltda. 19

20 Figura 4. Abundância das espécies de pequenos mamíferos terrestres considerando apenas a terceira campanha, registrados no estudo da UHE de Teles Pires. Foi considerado como base apenas o número absoluto de indivíduos capturados Figura 5. Abundância das espécies de pequenos mamíferos terrestres considerando a segunda e a terceira campanhas, registradas no estudo da UHE de Teles Pires, tendo como base apenas o número absoluto de indivíduos capturados Curva acumulativa de espécies Como previamente esperado, a curva acumulativa de espécies mostrou um crescimento no número de espécies (Figura 6), indicando que o esforço amostral empregado precisa ser aumentado para representar a comunidade local de mamíferos. A curva demonstra também Biota Projetos e consultoria Ambiental Ltda. 20

21 que, de 4 a 6 novas espécies podem ser adicionadas à medida que o esforço de coleta aumentar. A riqueza estimada pelo índice de Jackniffe demonstra que o esforço aplicado está aproximando do suficiente para amostrar o número de espécies existentes na região estudada. O registro de espécies até agora alcançado, representa apenas uma pequena porcentagem da grande diversidade que o Bioma Floresta Amazônica apresenta para pequenos mamíferos terrestres (PAGLIA et al., 2012). Espécies ainda não registradas em nosso estudo já foram encontradas na região de Teles Pires em estudos anteriores e/ou são de potencial ocorrência, como é o caso dos roedores Euryoryzomys nitidus (JGP consultoria e Participações Ltda, 2009), dos gêneros Calomys, Cerradomys, Euryoryzomys, Holochilus, Nectomys, Carterodon, Guerlinguetys (BONVICINO et al., 2008) e dos marsupiais Metachirus nudicaudatus e Thylamys karimii (ROSSI et al., 2010). Dessa forma, é provável que nas campanhas subsequentes possamos encontrar uma riqueza ainda maior que a estimada pelo Jackniffe (veja abaixo) Riqueza Observada Riqueza Estimada Figura 6. Curva de suficiência amostral para pequenos mamíferos terrestres considerando a segunda e terceira campanhas do estudo da UHE de Teles Pires. Análise de Similaridade Faunística entre os seis módulos estudados A similaridade registrada considerando os 6 módulos amostrados no estudo da UHE de Teles Pires com base na análise feita por Jaccard, revelou a fauna compartilhada entre todos os módulos, variando no mínimo de 5,8% de espécies (M4 com M6) e máximo de 51,1% (M2 com M6). Número bastante alto que pode refletir a semelhança estrutural da floresta entre os dois Biota Projetos e consultoria Ambiental Ltda. 21

22 pontos que, consequentemente, pode abrigar uma mesma composição da fauna. De forma contrária, quando a similaridade é baixa, pode-se deduzir que existe grande diferença estrutural de floresta e/ou porque essas áreas não foram completamente bem amostradas. A Figura 7 ilustra a similaridade encontrada entre todos os módulos estudados e o Quadro 2 demonstra os valores reais em porcentagens. As espécies Caluromys philander, Gracilinanus agilis, Marmosa murina, Mesomys hispidus ocorreram cada em apenas um módulo. Micoureus demerarae ocorreu em 5 dos 6 módulos estudados e foi a espécie que ocorreu no maior número de áreas. Muitas espécies foram registradas em um único módulo, mas são comuns, habitando áreas de vegetação primária e secundária. Nas próximas campanhas, informações adicionais serão incorporadas à medida que houver incremento no tamanho amostral, e certamente nos fornecerá variação na diversidade registrada e, consequentemente, observada entre os módulos. Esse conjunto de dados será essencial para nos permitir uma melhor compreensão das comunidades de pequenos mamíferos terrestres existentes na área de entorno da UHE de Teles Pires. Figura 7. Dendograma mostrando o grau de similaridade entre os módulos estudados no estudo da UHE de Teles Pires considerando as campanhas 2 e 3. Quadro 2. Matriz de Similaridade entre os módulos estudados considerando as campanhas 2 e 3. M1 M2 M3 M4 M5 M6 M1 * 28, , , ,7143 M2 * * 38, , ,1628 M3 * * * 0 27, ,0952 Biota Projetos e consultoria Ambiental Ltda. 22

23 M1 M2 M3 M4 M5 M6 M4 * * * * 0 5,8824 M5 * * * * * 62,7451 M6 * * * * * * Espécies bioindicadoras de qualidade ambiental Na terceira campanha, registramos 3 novas espécies em comparação à campanha anterior, Caluromys philander, Gracilinanus agilis e Marmosa murina, reforçando a importância das campanhas subsequentes para entenderemos melhor a composição das populações de roedores e marsupiais nas áreas do estudo da UHE de Teles Pires. Cada campanha realizada nos permite ser mais pontual para poder inferir a(s) espécie(s) bioindicadora(s) de qualidade ambiental. Pequenos mamíferos, em geral, representam importantes bioindicadores, uma vez que as consequências para a estrutura da vegetação acabam por comprometer suas comunidades nestes ambientes (VIEIRA et al., 2003). Pensando em dados numéricos, dentre os mamíferos, os roedores e marsupiais somados aos morcegos, formam os dois maiores grupos em número de espécies (WILSON & REEDER, 2005; PAGLIA et al., 2012), porém esses grupos apresentam um baixo número de espécies ameaçadas, com apenas 17 alados e 9 terrestres (IUCN, 2012). Apesar de pouco preocupantes em relação ao seu grau de ameaça, roedores e marsupiais são de grande importância em estudos de impacto ambiental, pois os mesmos não possuem grande mobilidade, apresentam alta endemicidade, assim como alta substituição das espécies tanto no espaço quanto no tempo (BONVICINO et al., 2002). Essas características, associadas, acabam tornando esses animais bons indicadores ambientais. O conhecimento da biologia dessas espécies tem colocado em evidência a importância dos mamíferos em uma série de processos nos ecossistemas florestais. Aparentemente, as espécies frugívoras e/ou herbívoras, neste caso podemos considerar também os mamíferos de médio e grande porte como antas, veados, porcos-do-mato, paca e capivaras, desempenham papel muito importante na manutenção da diversidade de árvores, através da dispersão e predação de sementes, ao passo que os carnívoros regulariam as populações de herbívoros e frugívoros. A baixa densidade ou a extinção local de predadores de topo aparentemente leva ao aumento de densidade de espécies de médio porte de hábitos generalistas, o que pode causar alterações na comunidade de pequenos vertebrados e outros táxons como aves e répteis (PARDINI et al., 2003) Eficiência das armadilhas As armadilhas sherman, gancho e pitfall, somaram 53 capturas na terceira campanha de estudo do monitoramento de mamíferos terrestres da UHE Teles Pires. As armadilhas do tipo pitfall, foram responsáveis por 55% das capturas, seguidas das armadilhas tomahawk (gancho), com 23% e sherman com 22%, portanto, as menos eficientes (Figura 8). Algumas espécies foram capturadas em somente um tipo de armadilha, este resultado se mantém, mesmo quando se consideram as duas campanhas (vide Quadro 3). Apesar da grande diferença no sucesso das Biota Projetos e consultoria Ambiental Ltda. 23

24 pitfalls para as demais na abundância, o valor para a riqueza de espécies foi muito semelhante entre as três (Figura 9). Também várias espécies foram específicas de um determinado tipo de armadilha, demonstrando a importância de uso dos três diferentes tipos para uma amostragem mais eficiente da diversidade da fauna de pequenos mamíferos terrestres, possibilitando-nos chegar mais próximo da riqueza total esperada para o estudo. Embora o sucesso de um tipo de armadilha seja, em geral, maior do que de outro tipo, elas são complementares, por apresentarem especificidade a determinado tipo de espécie. O pitfall é um método amplamente utilizado para a amostragem de anfíbios, répteis e pequenos mamíferos (WILLIAMS & BRAUN, 1983) e apresenta a vantagem de capturar animais que raramente são registrados durante a procura visual (CAMPBELL & CHRISTMAN, 1982), além de se mostrar eficiente na captura de pequenos mamíferos terrestres de hábitos semifossoriais, os quais se orientam basicamente por sentidos não visuais (UMETSU et al., 2006). Faria et al. (2005) mencionaram que o uso de armadilhas pitall é importante por capturar espécies que dificilmente serão registradas nas armadilhas do tipo sherman e gancho. O uso de pitfalls, portanto, favorece o estudo da diversidade e melhora os índices de abundância esperados para cada espécie de pequenos mamíferos não voadores potencialmente amostrados numa região. tomahawk 23% pitfall 55% sherman 22% Figura 8. Eficiência das armadilhas pitfall, sherman e gancho (tomahawk) para abundancia de espécies da segunda e terceira campanhas do estudo de monitoramento das espécies de pequenos mamíferos não voadores, UHE de Teles Pires. Biota Projetos e consultoria Ambiental Ltda. 24

25 pitfall 36% tomahawk 32% sherman 32% Figura 9. Eficiência das armadilhas pitfall, sherman e gancho (tomahawk) para a riqueza de espécies da segunda e terceira campanhas do estudo de monitoramento das espécies de pequenos mamíferos não voadores, UHE de Teles Pires Comparação do estudo com outros também realizados na região de Teles Pires De acordo com Estudo de Impacto Ambiental para o aproveitamento Hidrelétrico Colíder no Rio Teles Pires em Mato Grosso (JGP Consultoria e Participações Ltda, 2009), foram registradas 17 espécies de pequenos mamíferos, 10 de marsupiais (Didelphis marsupialis, Gracilinanus agilis, Marmosa murina, Marmosops bishopi, Marmosops parvidens, Marmosops sp., Micoureus demerarae, Monodelphis brevicaudata e Monodelphis kunsi) e 7 espécies de roedores (Neacomys spinosus; Oecomys bicolor; Oecomys cf. trinitatis; Oecomys roberti; Euryoryzomys nitidus; Hylaeamys megacephalus e Rhipidomys emiliae). Em comparação com nosso estudo, JGP (2009) registrou duas espécies a mais do que no presente estudo, porém, considerando apenas as duas últimas campanhas. É importante ressaltar que a lista de espécies do EIA de 2009, apresenta táxons não identificados em nível de espécie, como é o caso de Marmosops sp., registrada como uma espécie da lista, mas que pode ser Marmosops bishopi ou M. parvidens (ambas também inseridas na lista). Observação parecida também é feita para o gênero Oecomys, representado na lista por 3 espécies das quais 1 (Oecomys cf. trinitatis) não é conhecida sua ocorrência para a região de estudo (BONVICINO et al., 2008). Com as novas coletas, certamente haverá um entendimento mais aprimorado sobre a fauna de pequenos mamíferos existente no estudo de implementação da UHE de Teles Pires. Biota Projetos e consultoria Ambiental Ltda. 25

26 Considerações importantes A inserção de um barramento em um rio para a construção de uma UHE gera grandes alterações ao meio ambiente, transformando-o áreas anteriormente naturais de ambiente lótico em ambiente lêntico, além de diminuir a cobertura vegetal pelo alagamento. Isso acarreta uma série de transformações ao meio ambiente que refletem diretamente nas comunidades localmente existentes, que respondem á redução e alteração espacial de formas diversas onde muitas espécies não conseguem sobreviver aos novos habitats. Marsupiais e roedores são animais pequenos e consequentemente ocupam pequenas áreas (a maioria) e por menor que seja uma área alagada poderá extinguir populações inteiras e/ou até mesmo espécies. Apesar dos diversos estudos, de impacto ambiental, EIAs, em sua maioria, não têm conseguido prever satisfatoriamente os impactos causados as comunidades de pequenos mamíferos que sofrem com a alteração da paisagem decorrente das obras. Sabendo da importância de entendermos essa complexa fauna, esperamos que a cada campanha realizada, somando-se os resultados, possamos melhor entender a atual realidade das populações das áreas impactadas pela construção da UHE de Teles Pires; de como coexistem, quais espécies estão sofrendo com o desequilíbrio, qual a intensidade do impacto sobre cada espécie etc. Sabemos que qualquer alteração do sistema natural desses ambientes seja de natureza qualitativa ou quantitativa, acarreta conseqüências para cadeia biológica, e estas alterações podem ser sutis e efêmeras ou de grande magnitude e irreversíveis. Três espécies foram registradas apenas em uma campanha e em um único módulo. Duas novas espécies foram registradas na terceira campanha em comparação com a segunda. De modo geral, nenhuma espécie registrada encontra-se em algum grau de ameaça (IUCN, 2012), porém Marmosops bishopii é importante por ser endêmica do bioma amazônico. Igualmente importante foi a captura de Proechimys longicaudatus. Pertencente ao gênero mais diverso da família Echimyidae, com aproximadamente 30 espécies reconhecidas (varia de acordo com o autor utilizado), sendo que algumas dessas espécies estão entre as mais abundantes em comunidades de pequenos roedores na Amazônia. A espécie capturada, P. longicaudatus é de grande interesse neste estudo, por ser endêmica do bioma e por possuir uma pequena área de ocorrência conhecida e restrita ao estado de Mato Grosso. Geralmente os levantamentos contemplam táxons definidos, sendo pequenos roedores e marsupiais os grupos mais estudados. Mesmo assim inventários para estes táxons são escassos e a fauna é pouco conhecida, onde dentro desses dois grupos são encontradas grandes lacunas sobre a distribuição de várias espécies, principalmente na Amazônia que as listas locais de espécies são geralmente mais incompletas. Sendo assim, as espécies diagnosticadas serão a cada campanha, estudadas com a preocupação de elaborar estratégias conservacionistas. Biota Projetos e consultoria Ambiental Ltda. 26

27 Quadro 3. Lista dos espécimes de pequenos mamíferos registrados nas áreas de influência da UHE Teles Pires, Paranaíta- MT e Jacareacanga-PA. NC (número de campo), Status (1=primeira captura; 2=recaptura), CE (idade), * (ausente de informação). Apesar de analisado neste documento somente a segunda e terceira campanha a tabela lista as espécies registradas em todas as capturas já obtidas no estudo. Local NC Data Campanha Espécie Status Sexo CE Armadilha Estrato Brinco Módulo Parcela TLP /06/2012 M5 P3 Primeira Oligoryzomys microtis 1 Fêmea Adulto pitfall chão * TLP /06/2012 M5 P4 Primeira Micoureus demerarae 1 Macho Adulto tomahawk arbustivo/arbóreo * TLP /06/2012 M5 P4 Primeira Micoureus demerarae 1 Fêmea Sub-adulto sherman arbustivo/arbóreo 013 TLP /06/2012 M5 P5 Primeira Marmosops bishopi 1 Fêmea Adulto pitfall chão 014 TLP /06/2012 M5 P4 Primeira Necromys lasiurus 1 Fêmea Adulto pitfall chão 001 TLP /06/2012 M5 P5 Primeira Marmosops bishopi 1 Macho Adulto pitfall chão 002 TLP /06/2012 M5 P5 Primeira Marmosops bishopi 1 Fêmea Adulto pitfall chão * TLP /06/2012 M5 P4 Primeira Oligoryzomys microtis 1 Fêmea Adulto pitfall chão 003 TLP /06/2012 M5 P4 Primeira Micoureus demerarae 1 Fêmea Jovem sherman arbustivo/arbóreo 004 TLP /06/2012 M6 P3 Primeira Marmosa murina 1 Fêmea Adulto tomahawk chão 005 TLP /06/2012 M6 P1 Primeira Oligoryzomys microtis 1 * Adulto pitfall chão * TLP /06/2012 M6 P1 Primeira Hylaeamys megacephalus 1 * Adulto pitfall chão * TLP /06/2012 M6 P1 Primeira Marmosops bishopi 1 * Adulto pitfall chão * TLP /06/2012 M6 P2 Primeira Oligoryzomys microtis 1 * Jovem pitfall chão * TLP /06/2012 M6 P2 Primeira Necromys lasiurus 1 * Adulto pitfall chão * TLP /06/2012 M6 P5 Primeira Marmosops bishopi 1 * Adulto pitfall chão * TLP /06/2012 M6 P5 Primeira Marmosops bishopi 1 Macho Jovem pitfall chão * TLP /06/2012 M6 P3 Primeira Marmosa murina 1 Fêmea Adulto tomahawk chão 005 TLP /06/2012 M4 P2 Primeira Marmosops bishopi 1 Fêmea Jovem pitfall chão * TLP /07/2012 M3 P1 Primeira Rhipidomys sp. 1 Fêmea Adulto sherman arbustivo/arbóreo 017 Biota Projetos e consultoria Ambiental Ltda. 27

28 NC Data Local Módulo Parcela Campanha Espécie Status Sexo CE Armadilha Estrato Brinco TLP /07/2012 M3 P1 Primeira Rhipidomys sp. 1 Macho Adulto sherman arbustivo/arbóreo * TLP /07/2012 M3 P3 Primeira Marmosops bishopi 1 Macho Jovem pitfall chão * TLP /07/2012 M1 P6 Primeira Marmosops bishopi 1 Macho Jovem pitfall chão * TLP /07/2012 M1 P5 Primeira Oligoryzomys microtis 1 Fêmea Jovem pitfall chão * TLP /07/2012 M1 P5 Primeira Oligoryzomys microtis 1 Macho Jovem pitfall chão * TLP /07/2012 M1 P5 Primeira Oligoryzomys microtis 1 Macho Jovem pitfall chão * TLP /07/2012 M1 * Primeira Marmosops bishopi 1 Macho Adulto sherman arbustivo/arbóreo 016 TLP /07/2012 M1 P1 Primeira Marmosa murina 1 Fêmea Adulto sherman chão 006 TLP /07/2012 M1 P2 Primeira Marmosa murina 1 Fêmea Adulto tomahawk arbustivo/arbóreo * TLP /07/2012 M1 P4 Primeira Proechimys logicaudatus 1 Macho Jovem tomahawk chão * TLP /07/2012 M1 P6 Primeira Marmosa murina 1 Macho Adulto tomahawk chão * TLP /07/2012 M1 P4 Primeira Micoureus demerarae 1 Macho Adulto sherman chão 008 TLP /07/2012 M1 P4 Primeira Neacomys spinosus 1 * Adulto tomahawk arbustivo/arbóreo * TLP /07/2012 M1 P4 Primeira Micoureus demerarae 1 Fêmea Adulto sherman chão 007 TLP /07/2012 M1 P1 Primeira Necromys lasiurus 1 Macho Adulto sherman chão 015 TLP /07/2012 M1 P3 Primeira Oecomys sp. 1 Fêmea Adulto tomahawk arbustivo/arbóreo * TLP /07/2012 M1 P4 Primeira Micoureus demerarae 1 Fêmea Adulto tomahawk arbustivo/arbóreo 018 TLP /07/2012 M2 P5 Primeira Proechimys logicaudatus 1 Fêmea Adulto tomahawk chão * TLP /07/2012 M2 P4 Primeira Marmosops bishopi 1 Macho Adulto pitfall chão 009 TLP /09/2012 M6 P1 Segunda Marmosops bishopi 1 fêmea Adulto pitfall chão 040 TLP /09/2012 M6 P2 Segunda Micoureus demerarae 1 fêmea Adulto sherman arbustivo/arbóreo 030 TLP /09/2012 M6 P3 Segunda Oecomys sp. 1 fêmea Adulto sherman arbustivo/arbóreo 031 TLP /09/2012 M6 P2 Segunda Monodelphis kunsi 1 fêmea Adulto sherman chão * Biota Projetos e consultoria Ambiental Ltda. 28

29 NC Data Local Módulo Parcela Campanha Espécie Status Sexo CE Armadilha Estrato Brinco TLP /09/2012 M6 P2 Segunda Micoureus demerarae 1 fêmea Adulto sherman chão 032 TLP /09/2012 M6 P5 Segunda Marmosops bishopi 1 macho Adulto pitfall chão * TLP /09/2012 M6 P2 Segunda Micoureus demerarae 2 fêmea Adulto tomahawk chão 032 TLP /09/2012 M6 P2 Segunda Oecomys sp. 1 fêmea Jovem tomahawk chão * TLP /09/2012 M6 P3 Segunda Marmosops bishopi 1 fêmea Adulto pitfall chão 041 TLP /09/2012 M6 P3 Segunda Proechimys logicaudatus 1 fêmea Adulto sherman chão 042 TLP /09/2012 M6 P5 Segunda Necromys lasiurus 1 macho Adulto tomahawk chão 033 TLP /09/2012 M6 P1 Segunda Oecomys sp. 1 fêmea Jovem pitfall chão * TLP /09/2012 M6 P1 Segunda Monodelphis kunsi 1 macho Adulto pitfall chão 043 TLP /09/2012 M6 P2 Segunda Monodelphis kunsi 1 macho Adulto pitfall chão 036 TLP /09/2012 M6 P3 Segunda Marmosops bishopi 1 macho Adulto pitfall chão 034 TLP /09/2012 M6 P3 Segunda Oecomys sp. 1 fêmea Jovem pitfall chão * TLP /09/2012 M6 P3 Segunda Monodelphis kunsi 1 macho Adulto pitfall chão 035 TLP /09/2012 M6 P1 Segunda Proechimys logicaudatus 1 fêmea Jovem tomahawk chão * TLP /09/2012 M6 P5 Segunda Oligoryzomys microtis 1 fêmea Jovem pitfall chão * TLP /09/2012 M5 P5 Segunda Rhipidomys sp. 1 macho Jovem sherman arbustivo/arbóreo 038 TLP /09/2012 M5 P5 Segunda Rhipidomys sp. 1 fêmea Adulto sherman arbustivo/arbóreo * TLP /10/2012 M5 P3 Segunda Marmosops bishopi 1 macho Adulto pitfall chão * TLP /10/2012 M5 P4 Segunda Micoureus demerarae 1 fêmea Adulto sherman arbustivo/arbóreo * TLP /10/2012 M5 P4 Segunda Marmosops bishopi 1 macho Adulto pitfall chão 037 TLP /10/2012 M5 P1 Segunda Neacomys spinosus 1 fêmea Jovem pitfall chão * TLP /10/2012 M5 P2 Segunda Oecomys sp. 1 fêmea Adulto pitfall chão 039 TLP /10/2012 M5 P5 Segunda Micoureus demerarae 1 fêmea Adulto sherman arbustivo/arbóreo * Biota Projetos e consultoria Ambiental Ltda. 29

30 NC Data Local Módulo Parcela Campanha Espécie Status Sexo CE Armadilha Estrato Brinco TLP /10/2012 M5 P5 Segunda Proechimys logicaudatus 1 fêmea Jovem tomahawk chão * TLP /10/2012 M5 P1 Segunda Marmosops bishopi 1 macho Jovem pitfall chão * TLP /10/2012 M5 P4 Segunda Hylaeamys megacephalus 1 macho Adulto pitfall chão 051 TLP /10/2012 M2 P7 Segunda Marmosops bishopi 1 macho Jovem pitfall chão 047 TLP /10/2012 M2 P7 Segunda Oecomys sp. 1 fêmea Adulto sherman arbustivo/arbóreo 075 TLP /10/2012 M3 P1 Segunda Oligoryzomys microtis 1 macho Adulto pitfall chão 052 TLP /10/2012 M3 P4 Segunda Oligoryzomys microtis 1 fêmea Adulto sherman chão 048 TLP /10/2012 M3 P2 Segunda Didelphis marsupialis 1 macho Jovem tomahawk chão * TLP /10/2012 M3 P4 Segunda Monodelphis kunsi 1 macho Jovem pitfall chão * TLP /10/2012 M3 P2 Segunda Didelphis marsupialis 2 macho Jovem tomahawk chão * TLP /10/2012 M3 P2 Segunda Micoureus demerarae 1 fêmea Adulto sherman chão * TLP /10/2012 M3 P5 Segunda Marmosops bishopi 1 macho Adulto pitfall chão * TLP /10/2012 M1 P1 Segunda Micoureus demerarae 1 macho Filhote sherman arbustivo/arbóreo 053 TLP /10/2012 M1 P1 Segunda Necromys lasiurus 1 macho Adulto tomahawk chão 054 TLP /10/2012 M1 P1 Segunda Necromys lasiurus 2 macho Adulto sherman chão 054 TLP /10/2012 M1 P5 Segunda Proechimys logicaudatus 1 fêmea Adulto tomahawk chão * TLP /10/2012 M1 P1 Segunda Necromys lasiurus 3 macho Adulto tomahawk chão 015 TLP /10/2012 M1 P5 Segunda Micoureus demerarae 3 fêmea Adulto sherman arbustivo/arbóreo 018 TLP /10/2012 M1 P7 Segunda Hylaeamys megacephalus 1 fêmea Adulto pitfall chão * TLP /10/2012 M1 P7 Segunda Micoureus demerarae 1 macho Adulto tomahawk chão 055 TLP /10/2012 M1 P1 Segunda Micoureus demerarae 1 * Jovem sherman arbustivo/arbóreo * TLP /10/2012 M1 P2 Segunda Proechimys logicaudatus 1 * Adulto tomahawk chão * TLP /10/2012 M1 P4 Segunda Oligoryzomys microtis 1 macho Jovem pitfall chão * Biota Projetos e consultoria Ambiental Ltda. 30

31 NC Data Módulo Local Parcela Campanha Espécie Status Sexo CE Armadilha Estrato Brinco TLP /10/2012 M1 P6 Segunda Micoureus demerarae 1 fêmea sub-adulto tomahawk arbustivo/arbóreo * TLP /10/2012 M1 P6 Segunda Monodelphis kunsi 1 macho Adulto pitfall chão 057 TLP /10/2012 M1 P5 Segunda Micoureus demerarae 1 macho Adulto tomahawk chão * TLP /01/2012 M2 P4 Terceira Neacomys spinosus 1 fêmea Adulto Sherman Chão * TLP /12/2012 M1 P1 Terceira Necromys lasiurus 1 fêmea Adulto pitfall chão * TLP /12/2012 M1 P3 Terceira Marmosa murina 1 macho Adulto Tomahawk Chão * TLP /12/2012 M1 P6 Terceira Micoureus demerarae 1 fêmea Adulto Sherman Chão * TLP /12/2012 M1 P6 Terceira Oecomys sp. 1 macho Adulto Pitfall Chão * TLP /12/2012 M1 P6 Terceira Oecomys sp. 1 fêmea Adulto Pitfall Chão * TLP /12/2012 M1 P7 Terceira Marmosops bishopi 1 macho Adulto Pitfall Chão * TLP /12/2012 M1 P7 Terceira Hylaeamys megacephalus 1 fêmea Adulto tomahawk chão 012 TLP /12/2012 M1 P7 Terceira Micoureus demerarae 1 fêmea Jovem tomahawk chão 010 TLP /12/2012 M1 P5 Terceira Micoureus demerarae 1 fêmea Adulto Tomahawk Arbustivo/arbóreo 056 TLP /12/2012 M1 P5 Terceira Micoureus demerarae 3 fêmea Adulto Tomahawk Arbustivo/arbóreo 007 TLP /12/2012 M1 P5 Terceira Micoureus demerarae 3 fêmea Adulto Sherman Chão 018 TLP /12/2012 M1 P6 Terceira Caluromys philander 1 macho Adulto Tomahawk Arbustivo/arbóreo 058 TLP /12/2012 M1 P6 Terceira Marmosops bishopi 1 macho Jovem Pitfall Chão * TLP /12/2012 M1 P6 Terceira Marmosops bishopi 1 fêmea Jovem Pitfall Chão * TLP /12/2012 M1 P7 Terceira Hylaeamys megacephalus 1 macho Adulto Pitfall Chão 059 TLP /12/2012 M3 P5 Terceira Proechimys longicaudatus 1 macho Adulto Tomahawk Chão * TLP /12/2012 M3 P1 Terceira Didelphis marsupialis 1 macho Adulto Tomahawk Chão 060 TLP /12/2012 M3 P5 Terceira Monodelphis kunsi 1 fêmea Adulto Pitfall Chão 061 TLP /12/2012 M3 P4 Terceira Micoureus demerarae 1 fêmea Jovem sherman Arbustivo/arbóreo 019 Biota Projetos e consultoria Ambiental Ltda. 31

32 NC Data Local Módulo Parcela Campanha Espécie Status Sexo CE Armadilha Estrato Brinco TLP /12/2012 M4 * Terceira Rhipidomys sp. 1 * Adulto Sherman * * TLP /12/2012 M4 P3 Terceira Mesomys hispidus 1 macho Jovem pitfall Chão * TLP /01/2013 M6 P5 Terceira Oligoryzomys microtis 1 fêmea Adulto pitfall Chão 021 TLP /01/2013 M6 P5 Terceira Neacomys spinosus 1 fêmea Adulto Pitfall Chão 062 TLP /01/2013 M5 P5 Terceira Proechimys longicaudatus 1 macho Jovem Sherman Chão * TLP /01/2013 M5 P5 Terceira Gracilinanus agilis 1 macho Adulto Pitfall Chão 063 TLP /01/2013 M5 P5 Terceira Marmosops bishopi 1 macho Jovem Pitfall Chão * TLP /01/2013 M6 P5 Terceira Monodelphis kunsi 1 fêmea Adulto Pitfall Chão * TLP /01/2013 M6 P3 Terceira Monodelphis kunsi 1 macho Jovem Pitfall Chão 064 TLP /01/2013 M6 P1 Terceira Proechimys longicaudatus 1 fêmea Jovem Tomahawk Chão * TLP /01/2013 M5 P5 Terceira Neacomys spinosus 1 macho sub-adulto pitfall Chão 011 TLP /01/2013 M5 P5 Terceira Neacomys spinosus 1 macho sub-adulto pitfall Chão 020 TLP /01/2013 M6 P1 Terceira Monodelphis kunsi 1 macho Jovem Pitfall Chão * TLP /01/2013 M6 P5 Terceira Neacomys spinosus 1 macho Jovem Pitfall Chão * TLP /01/2013 M6 P5 Terceira Neacomys spinosus 1 macho Adulto Pitfall Chão 065 TLP /01/2013 M6 P2 Terceira Marmosops bishopi 1 * Filhote pitfall chão * TLP /01/2013 M6 P1 Terceira Marmosops bishopi 1 macho Adulto pitfall chão 028 TLP /01/2013 M6 P1 Terceira Hylaeamys megacephalus 1 macho Adulto pitfall chão 023 TLP /01/2013 M6 P1 Terceira Neacomys spinosus 1 macho Adulto pitfall chão 022 TLP /01/2013 M5 P5 Terceira Neacomys spinosus 1 macho Adulto Pitfall Chão 066 TLP /01/2013 M5 P5 Terceira Marmosops bishopi 1 macho Adulto Pitfall Chão 067 TLP /01/2013 M6 P2 Terceira Marmosops bishopi 1 macho Jovem Pitfall Chão * TLP /01/2013 M5 P5 Terceira Neacomys spinosus 1 macho Jovem pitfall chão * Biota Projetos e consultoria Ambiental Ltda. 32

33 NC Data Local Módulo Parcela Campanha Espécie Status Sexo CE Armadilha Estrato Brinco TLP /01/2013 M5 P5 Terceira Marmosops bishopi 1 macho Adulto pitfall chão * TLP /01/2013 M2 P5 Terceira Proechimys longicaudatus 1 fêmea Jovem tomahawk chão * TLP /01/2013 M2 P7 Terceira Oecomys sp. 1 macho Jovem Pitfall Chão * TLP /01/2013 M2 P7 Terceira Neacomys spinosus 1 fêmea Adulto Pitfall Chão 068 TLP /01/2013 M2 P7 Terceira Neacomys spinosus 1 fêmea Adulto Pitfall Chão * TLP /01/2013 M2 P1 Terceira Oligoryzomys microtis 1 * Adulto pitfall Chão * TLP /01/2013 M2 P1 Terceira Monodelphis kunsi 1 macho Adulto pitfall Chão * Biota Projetos e consultoria Ambiental Ltda. 33

34 As fotos abaixo (Foto 7-Foto 25) ilustram as espécies registradas no estudo. Foto 7. Didelphis marsupialis (terceira campanha: TLP102). Foto 8. Micoureus demerarae (segunda campanha: TLP043). Foto 9. Espécime fêmea prenha, marcada com brinco e solta. Foto 10. Micoureus demerarae (terceira campanha: TLP090). Foto 11. Marmosops bishopi capturado na segunda campanha (TLP 046). Foto 12. Marmosops bishopi capturado na terceira campanha (TLP098). Biota Projetos e consultoria Ambiental Ltda. 34

35 Foto 13. Monodelphis kunsi (segunda campanha: TLP 054). Foto 14. Monodelphis kunsi (terceira campanha: TLP 113). Foto 15. Hylaeamys megacephalus (terceira campanha: TLP 094). Foto 16. Mesomys hispidus (terceira campanha: TLP 104). Foto 17. Oligorizomys microtis (segunda campanha: TLP 056). Foto 18. Oligorizomys microtis (terceira campanha: TLP 107). Biota Projetos e consultoria Ambiental Ltda. 35

36 Foto 19. Necromys lasiurus (segunda campanha: LTP048). Foto 20. Necromys lasiurus (terceira campanha: LTP116). Foto 21. Neacomys sp. (terceira campanha: LTP 131). Foto 22. Oecomys sp. (terceira campanha: LTP091). Foto 23. Rhipidomys sp. (segunda campanha: LTP 049). Foto 24. Proechimys longicaudatus (segunda campanha: LTP 047). Biota Projetos e consultoria Ambiental Ltda. 36

37 Foto 25. Proechimys longicaudatus (filhote; terceira campanha: LTP 109) Médios e Grandes Mamíferos Durante o monitoramento da mastofauna no entorno do empreendimento UHE Teles Pires, considerando as duas últimas campanhas, foram registradas 40 espécies de mamíferos de médio e grande porte, distribuídas em sete ordens e 19 famílias. Apesar de compor um programa de monitoramento à parte, os registros de primatas e mamíferos semiaquáticos foram incluídos aqui, por se tratar de um grupo de mamíferos terrestres de médio e grande porte. Neste caso, desconsiderando, portanto, a ordem Primates, as espécies observadas englobam um total de seis ordens, 15 famílias e 30 espécies (Quadro 4). Os resultados obtidos mostram que existem pelo menos 12 espécies de mamíferos de médio e grande porte incluídas, ou na Lista Vermelha das Espécies Brasileiras Ameaçadas de Extinção (MACHADO et al., 2008) ou, em nível mundial, na Lista Vermelha da IUCN (2012), listadas no Quadro 4. As ordens que apresentam uma maior riqueza de espécies foram Carnivora (n=11) com 27%; Primates (n=10) com 25%, Cingulata, Artiodactyla e Rodentia (n=5) com 12% das amostras cada, Pilosa (n=3) com 8%, e por fim a ordem Perissodactyla (n=1) com apenas 3% das amostras (Figura 10). A ordem Perissodactyla apresenta apenas uma única espécie no Brasil (Fonseca et al., 1996). Com relação às famílias, a que apresentou a maior diversidade de espécies foi Dasypodidae, com quatro espécies, seguida de Felidae, Atelidae, Pitheciidae e Procyonidae com três espécies cada, Myrmecophagidae, Cervidae, Tayassuidae, Cebidae, Mustelidae e Canidae com duas espécies, o restantes das famílias apresenta apenas uma única espécie (Figura 11). Biota Projetos e consultoria Ambiental Ltda. 37

38 3% 13% 8% 27% CARNIVORA PRIMATES RODENTIA 12% ARTIODACTYLA 12% 25% CINGULATA PILOSA PERISSODACTYLA Figura 10. Riqueza de espécies representadas pelas ordens de mamíferos de médio e grande porte na UHE Teles Pires. 4,5 4 3,5 3 2,5 2 1,5 1 0,5 0 Figura 11. Diversidade de espécies por famílias de mamíferos de médio e grande porte encontrados durante o monitoramento da UHE Teles Pires. O Quadro 4 também contempla os resultados obtidos no Estudo de Impacto Ambiental (EIA) da UHETeles Pires realizado pela JGP (2009). Duas campanhas de campo foram desenvolvidas para este estudo, abrangendo as estações seca e chuvosa, sendo registrados 49 espécies de mamíferos de médio e grande porte. Dezessete espécies presentes na lista de mastofauna do EIA ainda não tiveram seus registros confirmados, porém as mesmas foram diagnosticadas com base em entrevistas realizadas à ocasião daquele estudo, com exceção do macaco-caiarara (Cebus albifrons) que foi registrado no módulo 4 através de visualização. Esta espécie ainda carece de confirmação no presente estudo. Biota Projetos e consultoria Ambiental Ltda. 38

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