Sumário. 1. Apresentação NEHab 2. Apresentação do Projeto PROEXT MEC/SESu
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- João Gabriel Figueira Coelho
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1 Escritório - Escola Itinerante do Curso de Arquitetura e Urbanismo da UFJF: Avaliação e Assessoria Técnica em Empreendimentos do Programa Minha Casa Minha Vida em Juiz De Fora MG Programa de Extensão Universitária - PROEXT 2014 MEC/SESu Convênio Prefeitura de Juiz de Fora / Secretaria de Planejamento e Gestão / Subsecretaria de Planejamento do Território - SSPLAT
2 Sumário 1. Apresentação NEHab 2. Apresentação do Projeto PROEXT MEC/SESu
3 NEHab Núcleo de Estudos em Habitação
4 NEHab Núcleo de Estudos em Habitação Líderes: Profa. Letícia Zambrano (arquiteta e urbanista) - UFJF Prof. Gustavo Abdalla (arquiteto e urbanista) - UFJF Atuação na área de habitação de interesse objetivando potencializar os esforços para a atuação no Ensino, Pesquisa e Extensão em diversos temas relacionados à habitação: pesquisa e projetos de habitação de interesse social, pesquisa e projetos de urbanização de assentamentos precários, desenvolvimento sustentável e habitação de interesse social, habitação para terceira idade, acessibilidade aplicada à habitação e entorno urbano, design de interiores para Habitação de Interesse Social e pesquisas sobre o indivíduo e a coletividade em Áreas de Interesse Social.
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8 Projeto PROEXT 2014 MEC/SESu TÍTULO DO PROJETO: Escritório-Escola Itinerante do curso de Arquitetura e Urbanismo da UFJF: avaliação e assessoria técnica em empreendimentos do Programa Minha Casa Minha Vida em Juiz de Fora - MG ÁREA DE CONHECIMENTO: Ciências Sociais Aplicadas PALAVRAS-CHAVE: Avaliação de Qualidade; Avaliação Socioambiental; Habitação de Interesse Social; Programa Minha Casa Minha Vida; Escritório Escola Itinerante
9 Projeto PROEXT 2014 MEC/SESu LINHA TEMÁTICA 5: Desenvolvimento Urbano Subtema: Habitação ABORDAGENS: Avaliação Pós-Ocupação (APO) em empreendimentos de HIS; Indicadores, monitoramento e avaliação em políticas, programas e projetos na área de habitação de interesse social; Modelos de Assistência técnica à produção e projetos de HIS; Desenvolvimento de técnicas construtivas e soluções arquitetônicas apropriadas e sustentáveis para habitação de interesse social; Desenvolvimento de projetos de design de interiores apropriados para HIS, visando ao conforto, à otimização de espaços habitacionais e adequabilidade ao uso.
10 Equipe Coordenação: Profa. Letícia Zambrano (arquiteta e urbanista) - UFJF Prof. Gustavo Abdalla (arquiteto e urbanista) - UFJF Docentes: Profa. Janaina Sara Lawall (socióloga) UEMG / Leopoldina Profa. Lívia Muchinelli (arquiteta e urbanista) - UFSJ Prof. Fabrício Fontenelli (arquiteto e urbanista) UFJF Prof. Pedro Kopschitz Xavier Bastos (engenheiro civil) - UFJF Docentes colaboradores: Profa. Caterine Reginensi (antropóloga) - École d Architecture de Toulouse/ França, pesquisadora visitante no Programa de Pós-Graduação em Sociologia Política da Universidade Norte Fluminense Profa. Cláudia Mariz de Lyra Barroso-Krause (arquiteta e urbanista) - UFRJ Prof. Leopoldo Eurico Gonçalves Bastos (engenheiro) - UFRJ
11 Equipe Bolsistas de graduação: 8 alunos (arquitetura e urbanismo e engenharia civil) Bolsistas voluntários de graduação: 2 alunos (ciências humanas e arquitetura e urbanismo) Bolsistas de pós-graduação / pesquisa integrada com PROAC - UFJF: Daniella Ongaro (arquiteta e urbanista) Isabela Canônico Lopes (arquiteta e urbanista) Nádia de Oliveira Camacho (arquiteta e urbanista) Arquiteta e urbanista voluntária: Raquel Hellich
12 Objetivos Objetivo Primário Formulação de metodologia, de instrumentos de análise e avaliação, bem como de recomendações e estratégias de ação, baseados na participação cidadã, para melhorias nas unidades habitacionais e áreas comuns do empreendimento piloto, alvo da pesquisa de extensão, no sentido de melhor adequação às necessidades dos moradores, bem como favorecer uma melhor integração social com o bairro e com a cidade. Objetivo Secundário Contribuir para o aprimoramento dos procedimentos relacionados ao Programa do Governo Federal - Minha Casa Minha Vida, em suas versões futuras e/ou similares, enfocando parâmetros arquitetônicos, construtivos, de inserção urbana, de sustentabilidade, de adequação às famílias alvo e apropriação dos espaços pelos moradores.
13 Objetivos específicos Pesquisar, com foco na investigação dos espaços arquitetônicos e urbanísticos, segundo os aspectos: Inserção urbana: Adequação / inadequação dos locais de implantação dos empreendimentos; Falta de integração do empreendimento com a cidade, Sistemas construtivos: Observar, analisar e questionar a falhas relativas a Qualidade e técnica durante a obra; Desenvolvimento de tecnologias e Acompanhamento pós-construtivo (necessidade de adequações às necessidades dos moradores, degradação natural e pelos moradores, conservação, manutenção, administração do condomínio). Trabalhar em parceria com PJF, dado a experiência acumulada dos técnicos da Prefeitura, buscando: Colaboração das duas partes; Promoção de discussões a fim de testar a coerência e aplicabilidade dos instrumentos de planejamento e gestão urbana utilizados e/ou gerados pelo projeto para o acompanhamento do MCMV.
14 Metodologia de trabalho Organização através de quatro Grupos de Trabalho (GTs): GT Oficinas de Aproximação: Aproximação com a comunidade através da interação inicial com crianças. Oficinas de conscientização com temas educativos. GT Planejamento e Políticas Intersetoriais: Compreender os instrumentos de planejamento habitacional municipal no processo do PMCMV. Compreensão do processo de planejamento e projeto; Compreensão do papel / ações e atores do processo. GT Espaços Comuns e Urbanos e Interface Social: Identificar o atendimento das necessidades e aspirações dos moradores no condomínio e no bairro, através de análises objetivas e subjetivas. GT Avaliação Arquitetônica e Técnica: Avaliação arquitetônica, sobre o uso dos espaços pelos moradores e conflitos arquitetônicos observados. Pretende-se entender qual é a visão do morador sobre sua casa e como ele resolve os problemas arquitetônicos.
15 Etapa de Campo no Condomínio Vivendas Belo Vale
16 32 sobrados 128 unidades Condomínio Vivendas Belo Vale Aproximadamente 512 habitantes (vindos através de sorteio de 14 bairros da cidade). N
17 Fotos do condomínio no primeiro ano de ocupação
18 Fotos do condomínio em 2014
19 GT Oficinas de Aproximação Objetivos Aproximação com os moradores do condomínio; Conhecimento do meio de vida da comunidade e consequentemente dos seus problemas; Tornar o grupo de pesquisadores conhecidos; Criar laços de confiança entre os moradores e os integrantes da pesquisa; Conhecer as demandas dos residentes (cursos, temas, etc). Metodologia Oficinas de aproximação inicialmente das crianças; Oficinas de conscientização com temas educativos na tentativa sensibilizar os moradores a respeito de sua responsabilidade sobre os problemas do conjunto; Revisão da metodologia: inserção de oficinas com os líderes religiosos do bairro a fim de dar mais credibilidade aos temas trabalhados; Buscar parcerias com a Prefeitura, quando necessário, em oficinas mais elaboradas.
20 Oficina com as crianças Oficina com os adultos
21 GT Oficinas de Aproximação Algumas considerações sobre as oficinas Aproximação dificuldades de interação e baixa participação dos moradores adultos Mudança de Metodologia laços com, poucas, mas significativas pessoas, consideradas lideranças no local. atividades conjuntas com estes moradores dificuldade de engajamento dos adultos Considerações Finais todas as oficinas tem como propósito inspirar a possibilidade de organização entre os moradores apresentando instrumentos e maneiras para a construção da autonomia comunidade seja estimulada a buscar melhorias coletivas para o local onde vivem
22 GT Espaços Comuns e Urbanos e Interface Social Entende-se por espaços comuns, os espaços privados de uso coletivo do condomínio e, espaços urbanos, os espaços públicos pertencentes ao bairro, próximos ao seu entorno imediato; ambos utilizados pelos moradores. Principais objetivos: Analisar espaços comuns, sua inserção no tecido urbano e as relações sociais existentes no condomínio, buscando compreender a situação atual do condomínio e verificar se as necessidades e as aspirações dos moradores são efetivamente atingidas. A pesquisa justifica-se por considerar necessário o envolvimento da habitação com seu entorno, uma vez que nesses espaços também são estabelecidas atividades da vida cotidiana e do convívio social, teoricamente, lugares que contribuem para estimular o convívio e o vínculo entre os moradores.
23 GT Espaços Comuns e Urbanos e Interface Social Método Percurso Comentado É um método de caráter subjetivo, onde se busca compreender, por meio da opinião dos moradores, as relações com o espaço e a influência de sua bagagem cultural nessa relação. Através do Percurso Comentado, será possível identificar, por meio da observação e constatação da forma de utilização dos espaços comuns do condomínio bem como de seu entorno imediato, quais as carências e/ou potencialidades do condomínio e do bairro; como se dão as relações entre os moradores (do condomínio e do bairro), como também a interação homem e ambiente; se as famílias sentem-se integradas com o entorno e com o restante da cidade; e se os princípios de equidade social e governança estão sendo atendidos. Como resultado, espera-se apontar aspectos que contribuam para a melhoria das áreas comuns do empreendimento, de forma a atender as necessidades e anseios dos moradores, bem como favorecer uma melhor integração com o bairro e com a cidade.
24 GT Espaços Comuns e Urbanos e Interface Social A atividade se estrutura da seguinte forma: Define-se 12 moradores de diferentes gêneros e idade; Acompanha-se cada morador individualmente em um percurso previamente definido por eles, que seja necessariamente parte de sua atividade cotidiana; É solicitado ao morador que durante o percurso relate suas percepções, opiniões e sensações, que são gravadas e registradas através de fotografias. Ao final do percurso, uma entrevista semi-estruturada é realizada com o objetivo de levantar informações sobre o entrevistado, o bairro, o condomínio, além do percurso realizado.
25 GT Espaços Comuns e Urbanos e Interface Social Resultados parciais do trabalho de campo: O trabalho encontra-se no início das análises dos percursos realizados, a princípio, podemos apontar algumas dificuldades e barreiras encontradas quanto à aplicabilidade do método: A necessidade de estimular o pesquisado a perceber e descrever o percurso durante a atividade; Os instrumentos utilizados, como o registro fotográfico e o gravador, inibiram os pesquisados, alguns optaram por guardar o gravador no bolso ou até mesmo escondê-lo na roupa; A atividade gerou uma exposição muito grande do pesquisado, provocando certo receio por parte deles ao relatar o percurso e responder o questionário, uma vez que se sentiam inibidos com os olhares da vizinhança. Notou-se, que os mesmos sentiram-se mais seguros e à vontade ao falar sobre as questões do condomínio e do entorno, dentro de suas casas ou no destino final do percurso (afastado do condomínio); Dificuldade de realizar as atividades com os jovens, principalmente os do sexo masculino.
26 GT Espaços Comuns e Urbanos e Interface Social Abordagem Etnográfica Visando produzir uma descrição densa (GEERTZ, 2008) dos cenários, das personagens que criam a rotina da rua, do bairro, das situações de tensão, de constrangimento e/o da alegria, buscando as significações sobre o viver o dia a dia do conjunto residencial. Será aplicado o método de Observação Flutuante (PÉTONNET,C. 2008, p.99), onde um dos pesquisadores acompanhará livremente as atividades que estarão sendo desenvolvidas no local, com o objetivo de construir uma interpretação sobre as relações dos indivíduos com o condomínio, bairro, cidade e suas problemáticas. O método consiste em permanecer vago e disponível no local a ser pesquisado e realizar conversas, criar laços e situações com moradores a partir de lugares estratégicos, além de registrar com fotografias algumas observações e realizar anotações frequentes. Sua aplicação ocorrerá no condomínio e no entorno, através de pontos estratégicos identificados. Algumas perguntas podem ser usadas para um primeiro contato para nortear a conversa: O que gosta ou não no bairro?; O que significa morar no condomínio ou no bairro?; Para o futuro, continuar ou sair do local?; Que estratégia usar para melhorar o espaço?.
27 GT Avaliação Arquitetônica e Técnica Avaliação arquitetônica, sobre o uso dos espaços pelos moradores e conflitos arquitetônicos observados. Pretende-se entender qual é a visão do morador sobre sua casa e como ele resolve os problemas arquitetônicos. Métodos: I. Walkthrough; II. Entrevista semiestruturada; III. Levantamento do layout; IV. Sistematização fotográfica; V. Caracterização dos moradores;.
28 GT Avaliação Arquitetônica e Técnica Walkthrough Entrevista Semiestruturada Aspectos: Técnicos tamanho dos cômodos; reforma/modificação; problemas gerais; alterações pretendidas; conforto térmico/lumínico. Subjetivos satisfação com a casa; aspectos da casa anterior; relação com a vizinhança; uso dos espaços.
29 GT Avaliação Arquitetônica e Técnica Caracterização dos Moradores Bloco Número Renda familiar total Rua Posição isolado justaposto Dia dia de semana fim de semana Horário manhã tarde noite Núcleo familiar 1 mais de 1 outra composição Descrever: Número de moradores 1 2 a 5 mais de 5 Especificidade idoso Dificuldade de locomoção doença mental outra:
30 GT Avaliação Arquitetônica e Técnica Sistematização Fotográfica
31 sala cozinha wc área de serviço quarto 1 quarto 2 GT Avaliação Arquitetônica e Técnica Quadro de eletrodomésticos Identificação do equipamento / Eletrodoméstico televisão dvd aparelho de som home theater liquidificador batedeira microondas forno elétrico misteira fogão geladeira secador de cabelo Potência Tem selo de classificação energética? Faixa de classificação (de A até E) Valor total das contas de luz dos últimos 3 meses prancha alisadora Máquina de lavar roupa Tanquinho Computador de mesa Laptop Video Game Tablet Impressora
32 Avaliação Arquitetônica e Técnica Análise de patologias para levantar os problemas/defeitos do ponto de vista construtivo nos apartamentos, identificando-os de acordo com o seu tipo e origem. Métodos: I. Observação in loco II. III. IV. Registro fotográfico Registro em planta baixa Entrevista semiestruturada Bancada da pia solta (neste caso sustentada por uma cadeira)
33 GT Planejamento e Políticas Intersetoriais Objetivos: realizar o cruzamento do mapeamento das AEIS presentes e planejadas pelo PMH-JF na cidade, com áreas de risco identificadas pela Defesa Civil e lotes vagos apontados pelo PMH-JF, para identificação e indicação de áreas adequadas à localização de novos empreendimentos do Programa MCMV; chegar a recomendações relacionadas à proposta de integração de instrumentos da Política e do Plano Municipal de habitação, instrumentos de Planejamento Urbano ao planejamento e implantação dos empreendimentos MCMV na cidade de Juiz de Fora. Metodologia: pesquisa documental (planos, políticas, decretos, entre outros documentos relacionados a política habitacional) a revisão bibliográfica correlacionando todos os assuntos de interesse; aplicação de entrevistas semiestruturadas, com posterior análise dos discursos (Biografia, Compreensão do processo de planejamento/projeto; Compreensão do papel desse ator; Possíveis ações do ator); Testar a aplicação do Procedimento de Gestão Urbana de Proximidade.
34 GT Planejamento e Políticas Intersetoriais Procedimento Gestão Urbana de Proximidade (GUP) (Ministère de L équipement, des Transports et du Logement; Délégation Intérministerielle à La Ville, 1999). Procedimento de parcerias entre os agentes urbanos e a sociedade Objetiva articular o componente "gestão urbana" a outras áreas temáticas da cidade. Compreende etapas de Execução: Diagnóstico do existente; Diagnóstico em marcha - Consiste em uma visita em caminhada efetuada com os diferentes parceiros (CHORUS, 2010), em um percurso pré-determinado. Visa analisar problemas presentes na escala local, construir registros que possibilitarão tomar consciência do que foi bem sucedido, e do que ainda precisa de melhorias, buscando apontar para intervenções necessárias para melhorias no local. Mapeamento das descobertas - Resultado das análises por meio de fichas de observação de campo. Mesas redondas - Com finalidade de apresentar os resultados a todos os envolvidos, para que possam ser tomadas medidas de melhorias para este caso e demais empreendimentos do PMCMV. Proposição de um programa de ação - Documento final de compromisso, com recomendações e plano de ações que incluirá os objetivos e apontará os responsáveis, que devem se organizar e definir prazos para as realizações das ações.
35 Considerações Finais Finalizada a etapa de Campo, destacamos algumas observações: A riqueza do trabalho interdisciplinar e o aporte de valor pelo profissionais das Ciências Sociais para trabalhos qualitativos e com participação dos habitantes; A insegurança presente em alguns momentos pelos membros da equipe; A insegurança e resistência dos moradores de participarem com receio de represálias; A pertinência dos métodos de campo; A dificuldade ainda de viabilizar a experiência da Gestão Urbana de Proximidade; A necessidade de atuar como facilitadores para encaminhamentos entre moradores e instâncias de governo, EMCASA e CAIXA.
36 Gratos pela atenção! Professores Estudantes Pós-Graduação Estudantes Graduação Colaboradores
Área de Conhecimento Ciências Sociais Aplicadas
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