Política de Gestão de Riscos Tese Investimentos. Junho/2016
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- Ivan de Figueiredo Marinho
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1 Política de Gestão de Riscos Tese Investimentos Junho/2016 1) Objetivo Esta política tem como objetivo, nos termos da Instrução CVM n 558 e do Código ANBIMA de Regulação e Melhores Práticas para os Fundos de Investimento, descrever os controles adotados pela Tese Gestão de Investimentos Ltda. ( Tese ) para o gerenciamento, monitoramento, mensuração e ajuste permanente dos riscos inerentes a cada uma das carteiras dos fundos geridos pela Tese ( Fundos ), inclusive em situações de estresse. 2) Riscos inerentes aos fundos geridos pela Tese Os Fundos estão sujeitos a diversos tipos de riscos. Pode-se entender riscos como a probabilidade de alguma incerteza ou variável imprevista impactar o investimento, ocasionando perdas. Alguns dos principais tipos de riscos estão listados abaixo: a) Riscos de Mercado os ativos e derivativos investidos pelos Fundos estão sujeitos às oscilações dos mercados em que são negociados, afetando seus preços, taxas de juros, ágios, deságios e volatilidades. b) Liquidez dependendo das condições do mercado, os ativos e derivativos investidos pelos Fundos podem sofrer diminuição de possibilidade de negociação. c) Crédito e Contraparte as operações realizadas pelos Fundos estão sujeitas a risco de inadimplência ou mora por parte dos emissores dos ativos e contrapartes das transações. d) Operacional todos os processos da Tese foram criados com intuito de diminuir ao máximo a probabilidade de ocorrência de erros operacionais. No entanto, não é possível extinguir totalmente essa probabilidade. Dentre os principais riscos operacionais destacam-se a alocação e liquidação de trades, recebimento e pagamento de resgates e enquadramento.
2 e) Sistêmico a negociação e os valores dos ativos e derivativos investidos podem ser afetados por fatores exógenos diversos, tais como interferências de autoridades governamentais e órgãos reguladores nos mercados ou da regulamentação aplicável aos Fundos e a suas operações. A Tese especificou modelos, implementou limites e desenvolveu um sistema de forma que os riscos de cada operação sejam conhecidos e monitorados para que estejam dentro dos limites. 3) Estrutura Operacional O Comitê de Compliance e Riscos é a entidade máxima quando se refere a decisões sobre riscos, compliance e operações. A Equipe de Operações da Tese é reponsável por desenvolver todos os processos da empresa, além de manter o sistema, calcular os cenários que serão apresentados no Comitê de Compliance e Riscos e executar as rotinas. No decorrer das operações, caso haja extrapolação dos limites estabelecidos, a gestão é orientada pelo Administrador responsável por Compliance e Riscos a adequar o fundo imediatamente. Abaixo o organograma da estrutura operacional dedicada ao controle e monitoramento de riscos:
3 4) Comitê de Compliance e Riscos Este Comitê tem por objetivo deliberar sobre qualquer questão relacionada a riscos, operações e compliance. São Atribuições do Comitê relacionadas a esta política: Definir ou alterar as metodologias; Definir ou alterar os limites; Definir ou alterar processos; Decidir as contrapartes autorizadas para operações; Definir sobre outros assuntos relacionados ao Comitê. O Administrador responsável por Compliance e Riscos se reporta ao Comitê de Compliance e Riscos, formado atualmente por 3 (três) Administradores da Tese: João Paulo de Aragon Moraes Baptista, Francisco Eduardo de Almeida Pinto e Marcelo Muniz de Souza Simas. O Comitê se reúne no mínimo bimestralmente, a fim de revisar os cenários, metodologias, limites, contrapartes, além de outros assuntos relacionados a riscos, operações e compliance. Suas deliberações devem ser aprovadas por unanimidade dos seus membros, dentre os quais obrigatoriamente o Administrador responsável por Compliance e Riscos, e registradas em ata, que deve ser aprovada por pelos integrantes do Comitê e armazenada na rede da Tese. Qualquer um dos componentes do Comitê de Compliance e Riscos pode convocar uma reunião a qualquer momento, deste modo, no caso de situações não previstas, uma reunião do Comitê extraordinária deve ser convocada para decidir a melhor forma de resolver a situação. 5) Estrutura Tecnológica A Tese desenvolveu um robusto sistema para controle que monitora os riscos, elabora relatórios gerenciais e automatiza processos operacionais. A equipe também conta com um sistema de alertas automáticos e algumas integrações com sistemas de terceiros.
4 a) Tecnologia: Softwares desenvolvidos em.net; banco de dados SQL SERVER; sistema com interface do tipo Intranet; Servidores localizados na sede da empresa com backup diário e espelhamento intradiário para nuvem; Diferentes níveis de acesso para os usuários; Todos os dados armazenados por, no mínimo, cinco anos. b) Relatórios: Relatório de Risco com atualizações a cada 15 minutos e acesso irrestrito para qualquer membro da equipe de investimentos ou da equipe de operações. No final do dia um relatório de fechamento é gerado e armazenado por, no mínimo, cinco anos; Relatório Mensal de Risco, nos termos da Instrução CVM nº. 558, a ser encaminhado aos membros do Comitê de Compliance e Riscos e armazenado por, no mínimo, cinco anos; Relatório de Atribuição de Performance com atualizações a cada minuto e acesso irrestrito para qualquer membro da equipe de investimentos ou da equipe de operações. No final do dia um relatório de fechamento é gerado e armazenado por, no mínimo, cinco anos; Relatório de Custódia e liquidez com atualizações diárias e acesso irrestrito para qualquer membro da equipe de investimentos ou da equipe de operações. Este Relatório será armazenado por, no mínimo, cinco anos; Relatório de Passivo com atualizações diárias e acesso restrito a alguns integrantes da empresa. Este Relatório será armazenado por, no mínimo, cinco anos. c) Alertas automáticos: Utilização de risco se aproximando dos limites; Atualização dos relatórios interrompida; Cotização e liquidação de resgates; Enquadramento; Vencimentos se aproximando. d) Integrações: Tradebook da Bloomberg: inserção automática das operações no sistema;
5 Clearing do Itaú: checagem das operações realizadas no Brasil; Clearing do Goldman Sachs: checagem das operações realizadas fora do Brasil; Administrador do Fundo (INTRAG): obtenção de informações dos fundos e validação de cotas. 6) Metodologias Abaixo encontram-se as descrições das metodologias dos modelos adotados para controle de riscos: Metodologia de risco de mercado A metodologia consiste em aplicar teste de stress, com cenários construídos tomando como base o pior período de até cinco dias nos últimos dez anos. No caso de ativos com menos liquidez em situações de stress, o teste de stress será baseado no pior retorno de até sete dias úteis. Caso o comitê de compliance e riscos julgue que o pior retorno acumulado de um determinado fator de risco não é representativo, são arbitrados cenários de stress específicos para este fator. Após o Comitê de Compliance e Riscos definir os cenários, o stress é a pior perda encontrada ao comparar o valor de mercado recalculado da carteira estressada com o valor de mercado calculado originalmente. Metodologia de risco de liquidez A gestão de liquidez da Tese tem como objetivo evitar situações onde os Fundos da empresa pudessem não efetuar algum tipo de pagamento, dentro do prazo estabelecido em seus regulamentos e na regulação e autorregulação em vigor. Para cumprir esse objetivo, um relatório de liquidez é gerado diariamente e nele o percentual dos ativos que podem ser liquidados em 30 dias em relação ao patrimônio não pode ser inferior ao percentual do passivo que pode ser resgatado, de acordo com simulações e premissas, nesse mesmo período em relação ao patrimônio. Para gestão de liquidez dos ativos, os produtos foram divididos em dez categorias, cada uma com a sua métrica de liquidez. Com intuito de ajustar para períodos de
6 crise, assume-se que a Tese possa negociar no máximo um sexto do volume diário negociado nos respectivos mercados. Os fundos da Tese possuem cotização trinta dias após o pedido do resgate. A gestão de liquidez do passivo segue duas abordagens: 1- Calcular historicamente qual foi o maior resgate percentual de cada Fundo em relação à quantidade de cotas num período de trinta dias. 2- Calcular o percentual de cada Fundo que representa o resgate dos três maiores investidores. A Tese considera como investidor o tomador de decisão, ou seja, se uma casa aloca na gestora utilizando 15 cotistas, essa casa é um investidor. A Tese utiliza o maior dos dois números como percentual do passivo que pode ser resgatado. Metodologia de risco de crédito e contrapartes A gestão de risco de contrapartes da Tese tem como objetivo evitar perdas decorrentes de defaults ou bancarrota de contrapartes em operações, agentes de custódia ou qualquer outra parte com quem os Fundos possuam valores a receber ou valores custodiados. Nessa metodologia, assume-se que cem porcento desses valores seriam perdidos e essas perdas são denominadas exposição. A Tese não deve possuir um dado limite de exposição com nenhuma contraparte. A exceção para essa regra são o administrador do fundo em questão e o agente de clearing nas bolsas onde o fundo atua, para os quais a Tese pode possuir até cem porcento de exposição. Vale dizer também que, para mitigar riscos, a Tese optou por só trabalhar com corretoras e bancos amplamente reconhecidos nos mercados onde atuam. Mesmo sendo reconhecidos, esses prestadores devem ser aprovados previamente pelo Comitê de Compliance e Riscos. Metodologia de risco operacional O risco operacional é tratado através de procedimentos frequentes de validação dos diferentes sistemas existentes em funcionamento na Tese, tais como programas computacionais, sistema de telefonia, internet, entre outros. As atividades de controle operacional desenvolvidas consistem no controle e boletagem das operações, cálculo paralelo de cotas dos Fundos, acompanhamento da valorização dos ativos e passivos que compõem as carteiras, efetivação das
7 liquidações financeiras das operações e controle e manutenção das posições individuais de cada investidor. Além disso, a Tese conta com a criação, manutenção e compliance de normas e procedimentos rigorosamente pré-determinados de maneira disciplinada e controlada. Foram estipulados estratégias e planos de ação com o intuito de garantir que os serviços essenciais da Tese sejam devidamente identificados e preservados após a ocorrência de um imprevisto ou um desastre. Metodologia de risco sistêmico O cenário de análise macroeconômica passa por 3 (três) exercícios: 1. Identificação de riscos, de modo a listar os possíveis cenários macroeconômicos e suas probabilidades inflação, estagnação, recessão, depressão, crise financeira, crise imobiliária, etc. 2. Antecipação das consequências, visando identificar as vulnerabilidades; 3. Gerenciamento das consequências, levando em consideração os aumentos e reduções de caixa, maior ou menor exposição passiva/ativa.
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