ALGUMAS CONSIDERAÇÕES SOBRE O SISTEMA DE PATENTES E A SAÚDE HUMANA

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1 1 ALGUMAS CONSIDERAÇÕES SOBRE O SISTEMA DE PATENTES E A SAÚDE HUMANA Maria Margarida R. Mittelbach Ex-Diretora do Instituto Nacional de Propriedade Industrial INPI Exercício abusivo dos direitos. Abuso de poder econômico. Não-exploração local. Comercialização insatisfatória. Dependência de patentes. Emergência nacional ou interesse público. Especialmente enfatizada nas últimas décadas, quando a tecnologia é fator preponderante de produção e onde a velocidade das inovações exigem, cada vez mais, substanciais investimentos em pesquisa, a proteção patentária, contrapondo-se a livre concorrência e utilizada até como meio de partição de mercados, tem expandido suas fronteiras. Muito se tem escrito e discutido sobre o relacionamento entre pesquisa e desenvolvimento tecnológico, econômico e social, e a propriedade industrial, notadamente, o sistema de patentes. Ainda assim, a abrangência e a complexidade do tema e suas implicações não permitem qualquer pretensão quanto ao seu esgotamento. As brilhantes exposições dos painelistas que nos precederam torna desnecessária uma avaliação mais ampla do tema e, assim, permitimo-nos somente registrar algumas considerações de ordem prática, no ensejo de que as mesmas sirvam de reflexão e possam, de algum modo, se somarem às inúmeras colocações destes e outros renomados estudiosos e juristas. O sistema, que foi criado tendo como pilares: o fomento ao desenvolvimento social, econômico e tecnológico; o atendimento mútuo dos interesses dos produtores e dos usuários do conhecimento tecnológico e o equilíbrio entre os direitos e as obrigações dos titulares de patentes, estaria, pouco a pouco, parecendo caminhar tão somente para uma forma pura e simples de proteção aos investimentos. Historicamente, o desenvolvimento tecnológico e econômico dos países desenvolvidos aparece intimamente associado à existência, evolução e fortalecimento do sistema de patentes. Contudo, quando se trata da proteção patentária para os setores relacionados com a saúde humana, as questões podem transcender qualquer princípio ou prática usuais. Convém, de início, enfatizar que em 1978, de acordo com uma pesquisa realizada pela Food and Drug Administration dos Estados Unidos da América do Norte, de 172 países pesquisados apenas 16 contemplavam uma proteção total na área farmacêutica. O interesse público e social conjugado ao interesse de desenvolvimento econômico das nações de um lado e os interesses econômicos das poderosas empresas transnacionais que dominam o setor de outro, têm, ao longo da história, sido alvo de inúmeras controvérsias.

2 2 Os altos investimentos para a pesquisa, para a introdução e para a manutenção de novos medicamentos no mercado, acrescidos aos custos para o acompanhamento de seus efeitos em âmbito mundial e, ainda, para os riscos inerentes às suas utilizações parecem justificar, para alguns, a necessidade de maximizar os lucros tanto quanto possível, levando, inclusive, a utilização de práticas consideradas como abusivas. A questão é tão relevante que até o mais recente Instrumento Multinacional que trata da Propriedade Intelectual, o Acordo de TRIPS, não deixa de reafirmar princípios e estabelecer medidas que possam minimizar os efeitos adversos que estes desvios no sistema de proteção possam acarretar para a sociedade. Parece-nos, portanto, de capital relevância, relembrar, preliminarmente, além do expressamente previsto no artigo 2 o, no que toca a não derrogação dos preceitos da Convenção da União de Paris, doravante CUP, algumas outras disposições constantes no Acordo, tais como: Os princípios enunciados no artigo 8: 1 Os Membros, ao formular ou emendar suas leis e regulamentos, podem adotar medidas necessárias para proteger a saúde e nutrição públicas e para promover o interesse público em setores de importância vital para seu desenvolvimento sócio-econômico e tecnológico, desde que estas medidas sejam compatíveis com o disposto neste Acordo 2 Desde que compatíveis com o disposto neste Acordo, poderão ser necessárias medidas apropriadas para evitar o abuso dos direitos de propriedade intelectual por seus titulares ou para evitar o recurso a práticas que limitem de maneira injustificável o comércio ou que afetem adversamente a transferência internacional de tecnologia. (grifo nosso) Na Seção 5 do Acordo, especialmente relativo às patentes, tem-se: No artigo 30: Exceções aos Direitos Conferidos Os Membros poderão conceder exceções limitadas aos direitos exclusivos conferidos pela patente, desde que elas não conflitem de forma não razoável com sua exploração normal e não prejudiquem de forma não razoável os interesses legítimos de seu titular, levando em conta os interesses legítimos de terceiros. O artigo 31 1, por sua vez, dispõe sobre as condições que devem ser respeitadas pelas legislações dos países membros, quando sejam previstos e autorizados usos ou 1 ARTIGO 31 Outro Uso sem Autorização do Titular Quando a legislação de um Membro permite outro uso (7) do objeto da patente sem autorização de seu titular, inclusive o uso pelo governo ou por terceiros autorizados pelo Governo, as seguintes disposições serão respeitadas: a) a autorização desse uso será considerada com base nos seu mérito individual; b) esse uso só poderá ser permitido se o usuário proposto tiver previamente buscado obter autorização do titular, em termos e condições comerciais razoáveis, e que esses esforços não tenham sido bem sucedidos num prazo razoável. Essa condição pode ser dispensada por um Membro em caso de emergência nacional ou outras circunstâncias de extrema urgência ou em casos de uso público não comercial. No caso de uso público não comercial, quando o Governo ou o contratante sabe ou tem base demonstrável para saber, sem proceder a uma busca, que uma patente vigente é ou será usada pelo ou para o Governo, o titular será prontamente informado; c) o alcance e a duração desse uso será restrito ao objetivo para o qual foi autorizado e, no caso de tecnologia de semicondutores, será apenas para uso público não comercial ou para remediar um

3 3 explorações do objeto de patentes sem autorização (voluntária) de seus titulares, ou seja, nos casos de concessão de licenças compulsórias de exploração e uso pelo governo ou por terceiros autorizados pelo governo. Entre as condições que devem ser observadas destacamos: prévia tentativa para obter licença voluntária, exceto nos casos de emergência nacional ou outras circunstâncias de extrema urgência 2, em casos de uso público não comercial 3 ou nos casos onde a medida seja para remediar um procedimento determinado como sendo anticompetitivo ou desleal 4 ; uso não exclusivo; remuneração justa; e sujeição de qualquer decisão à revisão por instância superior e independente. procedimento determinado como sendo anticompetitivo ou desleal após um processo administrativo ou judicial; d) esse uso será sempre não exclusivo; e) esse uso não será transferível, exceto conjuntamente com a empresa ou parte da empresa que dele usufrui; f) esse uso será autorizado predominantemente para suprir o mercado interno do Membro que o autorizou; g) sem prejuízo da proteção adequada dos legítimos interesses das pessoas autorizadas, a autorização desse uso poderá ser terminada se e quando as circunstâncias que o propiciaram deixarem de existir e se for improvável que venham a existir novamente. A autoridade competente terá o poder de rever, mediante pedido fundamentado, se essas circunstâncias persistirem; h) o titular será adequadamente remunerado nas circunstâncias de cada uso, levando-se em conta o valor econômico da autorização; i) a validade legal de qualquer decisão relativa à autorização desse uso estará sujeita à recurso judicial ou a outro recurso independente junto a uma autoridade claramente superior naquele Membro; j) qualquer decisão sobre a remuneração concedida com relação a esse uso estará sujeita a recurso judicial ou a outro recurso independente junto a uma autoridade claramente superior naquele Membro; k) os Membros não estão obrigados a aplicar as condições estabelecidas nos subparágrafos b e f quando esse uso for permitido para remediar um procedimento determinado como sendo anticompetitivo ou desleal após um processo administrativo ou judicial. A necessidade de corrigir práticas anticompetitivas ou desleais pode ser levada em conta na determinação da remuneração em tais casos. As autoridades competentes terão o poder de recusar a terminação da autorização se e quando as condições que a propiciaram forem tendentes a ocorrer novamente; l) quando esse uso é autorizado para permitir a exploração de uma patente ( a segunda patente ) que não pode ser explorada sem violar outra patente ( a primeira patente ), as seguintes condições adicionais serão aplicadas: i) a invenção identificada na segunda patente envolverá um avanço técnico importante de considerável significado econômico em relação à invenção identificada na primeira patente; ii) iii) o titular da primeira patente estará habilitado a receber uma licença cruzada, em termos razoáveis, para usar a invenção identificada na segunda patente; o uso autorizado com relação à primeira patente será não transferível, exceto com a transferência da segunda patente. 2 Artigo 31 (b) de TRIPs. 3 Artigo 31 (b) de TRIPs. 4 Artigo 31 (k) de TRIPs.

4 4 Oportuno observar que o Acordo inclui ainda disposições relativas ao controle de práticas de concorrência desleal em contratos de licenças conforme especialmente previsto nos parágrafos 1 o e 2 o de seu artigo É de se notar que, exceto nos casos de tecnologia de semicondutores 6 e de dependência de patentes 7, o artigo 31 não limita ou estabelece os fundamentos que poderiam justificar a concessão de licenças compulsórias ou o uso pelo governo, assim, de concluir-se que os países membros estão obrigados, tão somente, às disposições da CUP. Rememorando as disposições do artigo 5 o A (2) e (4) da CUP no que tange ao instituto das licenças obrigatórias, ter-se-ia: Artigo 5 o A (2) Cada país da União terá a faculdade de adotar medidas legislativas prevendo a concessão de licenças obrigatórias para prevenir os abusos que poderiam resultar do exercício do direito exclusivo conferido pela patente, como, por exemplo, a falta de exploração. (grifos nossos 8 ) Artigo 5 o A (4) Não poderá ser pedida licença obrigatória, com o fundamento de falta ou insuficiência de exploração, antes de expirar o prazo de quatro anos a contar da apresentação do pedido de patente, ou de três anos a contar da concessão da patente, devendo aplicar-se o prazo mais longo; a licença será recusada se o titular da patente justificar a sua inação por razões legítimas. Tal licença obrigatória será não-exclusiva e só será transferível, mesmo sob a forma de sublicença, com a parte da empresa ou do estabelecimento comercial que a explore. (grifos nossos) Tecidas as considerações acima e rememoradas algumas das disposições constantes nos acordos internacionais em vigor no Brasil, parece-nos o momento de verificar as disposições da legislação nacional relacionadas a questão. A Lei da Propriedade Industrial, Lei Nº9.279/96 (LPI), trata das exceções aos direitos conferidos pela patente em seu artigo 43, sendo as licenças de uso ou exploração (voluntárias e compulsórias) reguladas pelos artigos 61 a ARTIGO Os Membros concordam que algumas práticas ou condições de licenciamento relativas a direitos de propriedade intelectual que restringem a concorrência podem afetar adversamente o comércio e impedir a transferência e disseminação de tecnologia; 2 - Nenhuma disposição deste Acordo impedirá que os Membros especifiquem em suas legislações condições ou práticas de licenciamento que possam, em determinados casos, constituir um abuso dos direitos de propriedade intelectual que tenha efeitos adversos sobre a concorrência no mercado relevante. Conforme estabelecido acima, um Membro pode adotar, de forma compatível com as outras disposições deste Acordo, medidas apropriadas para evitar ou controlar tais práticas, que podem incluir, por exemplo, condições de cessão exclusiva, condições que impeçam impugnações da validade e pacotes de licença coercitivos, à luz das leis e regulamentos pertinentes desse Membro. 6 Artigo 31 (c) de TRIPs. 7 Artigo 31 (1) de TRIPs. 8 Convém ressaltar que exploração, no sentido da CUP em sua Ata de Estocolmo, significa fabricação local do objeto da patente. 9 Os artigos 61 a 63 tratam das licenças voluntárias de exploração. A grande inovação trazida pela LPI em relação ao CPI (Lei 5.772/71, vigente até 15/05/97) foi a dispensa de averbação no INPI dos contratos voluntários de exploração de patente para efeito de validade de prova de uso (parágrafo 2 o do artigo 62). Tal liberalidade abre uma brecha significativa no controle governamental sobre a transferência de tecnologia para

5 5 As hipóteses e fundamentos para a concessão de licenças compulsórias previstas na legislação pátria, podem ser assim resumidas: exercício abusivo dos direitos decorrentes da patente (art. 68); prática de abuso de poder econômico por meio da patente (art. 68); não exploração local do objeto da patente (art o, inciso I); comercialização insatisfatória (art o, inciso II); dependência de patentes (art. 70); emergência nacional (art. 71); e interesse público (art. 71). EXERCÍCIO ABUSIVO DOS DIREITOS A LPI não enumera os atos ou práticas que podem caracterizar exercício abusivo dos direitos decorrentes da patente, contudo, algumas práticas são reconhecidas internacionalmente como abusivas, entre elas: fixação de royalties excessivos para o licenciamento da patente; subordinar o licenciamento da patente à aquisição de outros bens ou ao licenciamento de outra patente; recusar ou dificultar o acesso às fontes de insumo; impor preço para a venda do produto; interromper ou reduzir em grande escala a produção do bem; impor mercado para a venda do produto e outras 10. De acordo com a LPI a decisão quanto ao exercício abusivo dos direitos é de responsabilidade do INPI 11. ABUSO DE PODER ECONÔMICO A caracterização a nível administrativo quanto a prática de abuso de poder econômico é prerrogativa do Conselho Administrativo de Defesa Econômica CADE. As infrações da ordem econômica são reguladas pela Lei Nº 8.884, de 11 de junho de 1994 e o pedido de licença compulsória deverá ser instruído com a correspondente decisão do CADE. Note-se, por sua vez, que o artigo 24, IV, a do diploma legal anteriormente citado prevê expressamente como uma das formas de penalidade a recomendação do CADE para a concessão de licenças compulsórias de patente. Em princípio, as condutas que caracterizam ou que podem caracterizar abuso no exercício do direito da patente podem constituir uma infração da ordem econômica, desde que as mesmas configurem as hipóteses previstas no artigo 20 da Lei Nº 8.884/94 e seus incisos. o País, além de permitir desvios consideráveis para a aplicação do instituto das licenças compulsórias no que diz respeito às licenças compulsórias por falta de fabricação local. 10 A falta de fabricação local e a comercialização insatisfatória sempre foram consideradas como abuso no exercício do direito. Deixamos de caracterizá-las especificamente neste item porque o legislador, na nova lei (LPI), preferiu relacioná-las de forma independente. 11 Caberá sempre revisão por parte do Poder Judiciário.

6 6 NÃO EXPLORAÇÃO LOCAL Seguindo uma trilha já consagrada no sistema brasileiro de patentes a LPI consignou, entre os fundamentos que justificam a concessão de licenças compulsórias a não exploração local do objeto da patente. Como não exploração, reza o inciso I do parágrafo primeiro do artigo 68: a falta de fabricação ou a fabricação incompleta do produto, ou a falta de uso integral do processo. A exploração local sempre foi tida como uma obrigação do titular da patente e a não exploração considerada um abuso de direito. De acordo com a norma citada anteriormente, o titular da patente estará eximido da obrigação de exploração local nos casos de inviabilidade econômica. A inviabilidade econômica deverá estar relacionada tão somente ao objeto da patente e não às condições econômicas peculiares do seu titular. Nestes casos, se a fabricação local se mostrar tecnicamente viável, está afastada a argüição de inviabilidade. Nesse sentido, a disposição do parágrafo segundo do artigo 68, onde está expressamente disposto: Parágrafo 2 o A licença só poderá ser requerida por pessoa com legítimo interesse e que tenha capacidade técnica e econômica para realizar a exploração eficiente do objeto da patente, que deverá destinar-se, predominantemente, ao mercado interno, extinguindo-se nesse caso a excepcionalidade prevista no inciso I do parágrafo anterior. (grifos nossos) Assim, sendo a licença compulsória requerida por pessoa que apresente capacidade técnica e econômica para realizar a exploração, afasta a possibilidade de o titular da patente suprir a exigência de fabricação local pela importação, sob alegação de inviabilidade econômica. COMERCIALIZAÇÃO INSATISFATÓRIA Conforme texto da lei, a comercialização que não satisfizer às necessidades do mercado poderá ensejar uma licença compulsória. A norma poderá ser interpretada de forma abrangente seja no sentido do atendimento qualitativo ou quantitativo do mercado, ou, ainda, a nosso ver, outras condições para comercialização que possam configurar abuso, tais como, imposição de preços excessivos ou subordinação da venda do produto à aquisição de outro ou à utilização de serviços não justificáveis. Importante relembrar que a concessão de licenças compulsórias será elidida se o titular da patente, à data do requerimento da licença: justificar o desuso por razões legítimas; comprovar a realização de sérios e efetivos preparativos para a exploração; ou justificar a falta de fabricação ou comercialização por obstáculo de ordem legal.

7 7 A lei não estabelece qualquer parâmetro para a avaliação da legitimidade das eventuais razões argüidas pelo titular da patente para justificar sua inação, deixando ao aplicador da norma o arbítrio da decisão. Dada a relevância da matéria, por certo irão surgir inúmeros questionamentos que, na falta de uma regulamentação específica, somente serão dirimidos pelo Poder Judiciário. Por sua vez, como o Poder Judiciário não conta com juízos especiais, isto poderá implicar em anos de decisões controversas até que se estabeleça uma razoável jurisprudência. DEPENDÊNCIA DE PATENTES A licença por dependência de patentes, prevista no artigo 70 da LPI, já bem ilustrada pelo Professor Lucas Rocha Furtado, inclui, também, entre suas condições, hipótese onde se apresenta um certo grau de subjetividade. A condição da existência de substancial progresso técnico, necessária para a concessão da licença, acarretará uma significativa polêmica até sua razoável pacificação. EMERGÊNCIA NACIONAL OU INTERESSE PÚBLICO A possibilidade da concessão de licenças compulsórias em razão de emergência nacional ou interesse público pode ser considerada como um princípio do sistema de patentes. Aceita a nível internacional, pelo menos em tese, tem integrado o ordenamento jurídico nacional desde praticamente a criação do sistema de proteção das invenções. A questão que poderia merecer questionamentos relaciona-se ao conceito, mais ou menos fluído, das razões que configurariam o interesse público. Apesar de sua longa previsão legal, registra-se em nossa história somente uma situação em que foram concedidas licenças compulsórias baseadas nesse fundamento: o conhecido caso das licenças para exploração da patente de fabricação de vacina contra febre aftosa. Os fatos e as matérias que podem configurar o interesse público variam de acordo com o sistema de governo, condições econômicas, nível de desenvolvimento das sociedades e outras. Situação ilustrativa do que se afirma é o fato de que, na década de 50, matérias relacionadas à cafeicultura brasileira eram tidas até como de segurança nacional. O Decreto Nº 3.201, de 6 de outubro de 1999, que dispõe sobre a concessão, de oficio, para uso público não-comercial, de licenças compulsórias nos casos de emergência nacional e interesse público, conceitua, nos 1 o e 2 o de seu artigo 2 o, respectivamente, a emergência nacional e o interesse público. A par de considerações quanto a possível inconstitucionalidade de alguns dos dispositivos presentes no referido diploma legal, seria, ainda, de se questionar o alcance e real benefício que efetivamente poderia decorrer da aplicação desse diploma legal, tanto porque tal iniciativa tenha se restringido, como se restringiu, aos casos de uso público não-comercial, como pela impropriedade do texto constante de seu artigo 13

8 8 que, parece pretender derrogar normas legais quanto à competência do INPI e as normas de procedimento expressamente reguladas pela LPI para a concessão das licenças compulsórias. Finalmente, oportuno, enfatizar que, contrariamente ao posicionamento de inúmeros autores, não nos parece que o instituto das licenças compulsórias venha a ser inteiramente inócuo e ineficiente. A linha argumentativa de tais autores, prende-se fundamentalmente em dados históricos inteiramente equivocados sob o nosso ponto de vista. Historicamente tem-se notícia de que nas últimas 5 décadas foram processados cerca de 6 casos de licenças compulsórias. O único caso processado sob o fundamento do interesse público e emergência nacional (relativo a fabricação da vacina contra a febre aftosa) parece ter alcançado o objetivo proposto. Nos demais casos, todos requeridos e processados com base na ausência de fabricação local, somente uma licença compulsória foi concedida pelo INPI. Assim, o reduzido número de pedidos processados aliado as raras concessões de licença compulsória, possivelmente, tem levado a conclusão de que o instituto da licença compulsória é inteiramente inoperante. Tal conclusão, nos parece, no mínimo, precipitada, isto porque, primeiramente o alcance do resultado de tal instrumento não pode ser tido meramente como a concessão ou não da licença compulsória. Julgamos que a conclusão sobre a eficiência do instrumento deveria estar baseada no fato de ter o mesmo servido ou não para elidir a causa que lhe deu fundamento, ou seja, no caso em questão, ocorreu ou não a fabricação ou exploração local do objeto da patente em razão do pedido inicial da licença compulsória? Deste modo, se durante o trâmite do processamento da licença compulsória houve, por exemplo, um acordo entre as partes no sentido da concessão voluntária de uma licença, o resultado do instrumento foi efetivamente alcançado, pois o objeto da patente passaria a ser explorado localmente. Por sua vez, também não se poderia concluir pela ineficiência do instrumento pelo reduzido número de licenças processadas. Convém lembrar que até agosto de , a legislação nacional previa a caducidade da patente por falta de exploração local tão logo decorridos 4 anos de sua concessão, independentemente de prévia licença compulsória. Note-se que somente nas décadas de 70 e 80, mais de 400 pedidos de caducidade por falta de exploração local foram processados pelo INPI, a imensa maioria deles resultando em caducidade 13. Extinta pois a patente pela caducidade, seu objeto caía em domínio público. De conclusão podemos somente afirmar que o instrumento foi muito pouco empregado em nosso País e que, certamente, esta a exigir uma regulamentação 14 mais explícita, com parâmetros claros que possam balizar decisões administrativas e judiciais mais sólidas e consistentes, minimizando as possibilidades de longas demandas que 12 Decreto Nº 635, de 21 de agosto de 1992, que promulgou a Convenção de Paris, revista em Estocolmo a 14 de julho de Um significativo número de empresas requeriam a caducidade visando tão somente a livre importação do produto objeto da patente. 14 Por exemplo: parâmetros ou indicativos (sem uma ou enumeração exaustivas) quanto: as razões legítimas que possam justificar a não exploração da patente; a realização de sérios e efetivos preparativos para a exploração; substancial progresso técnico nas patentes dependentes; os fatos relacionados ao desenvolvimento tecnológico ou sócio-econômico considerados como de interesse público.

9 9 acarretam um excessivo grau de insegurança às partes interessadas e conseqüentemente esvaziam tal instrumento legal. Ainda, no tocante a exigência de fabricação local do objeto da patente, acresce o recente questionamento internacional quanto a eventual adequação da legislação brasileira ao acordo de TRIPs. Sustentam, os países desenvolvidos, que o disposto no artigo 27 de TRIPs não permitiria interpretar como abuso no exercício dos direitos o fato de o objeto da patente não estar sendo fabricado localmente. Argumentam que pela norma expressa no referido artigo a mera comercialização local atenderia a exigência de exploração local. Sem pretender adentrar na discussão do tema, muito embora tenhamos uma posição diametralmente oposta, relembramos somente que o artigo 68 da LPI também determina que a comercialização que não venha a satisfazer as necessidades do mercado seria fundamento para a licença compulsória. De resto não poderíamos finalizar nossas modestas ponderações deixando de lamentar que, apesar da relevância da propriedade industrial no mundo atual, não houve, ainda, por parte do governo brasileiro a necessária sensibilização no sentido do fortalecimento do INPI, órgão responsável pela aplicação das normas da LPI, no caso, pelo processamento de patentes. Há, certamente, um descaso quanto ao número e qualificação de novos técnicos. Afligi-nos, nesse sentido, recente medida contemplada pela MP 2.014, que subordina a concessão de patentes da área farmacêutica à prévia anuência da Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Quais seriam os requisitos de concessão que justificariam tal medida? Estariam os técnicos da ANVS preparados para analisar tais requisitos? Nunca é demais relembrar que a formação de um examinador de patentes demanda em média dois anos. Não há, do nosso ponto de vista, qualquer fundamento legal ou técnico que possa justificar a norma tal como se apresenta. Ao contrário, além de introduzir disposição que, por certo, retardará ainda mais a concessão de patentes, permitindo, inclusive, questionamentos quanto a legalidade da medida, leva a presunção, mesmo que não intencional, de falha na formação técnica dos examinadores do INPI, que, se existisse deveria ser sanada e não substituída. A medida divide, portanto, quando deveria, o governo, somar esforços para o fortalecimento do sistema de patentes nacional. Há e sempre haverá muito a fazer e aperfeiçoar, especialmente nos países que ainda não lograram alcançar um pleno desenvolvimento tecnológico e um satisfatório desenvolvimento sócio-econômico, até que se venha a estabelecer um razoável e salutar equilíbrio entre os detentores e os usuários do conhecimento, mas é preciso, primordialmente que se tenha vontade política, muita coragem e perfeita interação entre os órgãos governamentais. A existência do Grupo Interministerial de Propriedade Intelectual (GIPI), por exemplo, é uma medida que deve ser aplaudida, assim como a de convênios, como o que ora se apresenta entre a ANVS e a UnB, pois dão a oportunidade para que se discuta e amadureçam idéias relativas a temas de tão grande relevância nacional.

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