Análise do mapeamento aplicado no lean manufacturing em uma empresa fabricante de produtos veterinários: estudo de caso

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Análise do mapeamento aplicado no lean manufacturing em uma empresa fabricante de produtos veterinários: estudo de caso"

Transcrição

1 Análise do mapeamento aplicado no lean manufacturing em uma empresa fabricante de produtos veterinários: estudo de caso João Carlos Rabelo Filho Graduando em Tecnologia em Gestão Empresarial/Processos Gerenciais da FATEC- Cruzeiro-SP Rafael Firmino Graduando em Tecnologia em Gestão Empresarial/Processos Gerenciais da FATEC- Cruzeiro-SP Luciani Vieira Gomes Alvareli Doutora em Lingüística Aplicada e Estudos da Linguagem pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo PUC-SP. Docente Fatea, Lorena; Fatec, Cruzeiro. luciani.alvareli@gmail.com Rosinei Batista Ribeiro Pós-Doutorando em Engenharia Mecânica pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Campus de Guaratinguetá - FEG-UNESP. Docente Fatea, Lorena; Fatec, Cruzeiro; UERJ, Resende. rosinei1971@gmail.com

2 RESUMO O cenário econômico mundial tem levado os empreendedores de hoje a repensar seus métodos de produção que, ao passar dos anos, se tornaram ineficazes e inviáveis devido à vasta gama de produtores de bens e serviços encontrados por todo o mundo, fazendo com que os seus empreendimentos devam se adaptar constantemente às mudanças necessárias para atender um público que procura por produtos de qualidade e principalmente bom preço. É nesse cenário que o Sistema Lean Manufacturing (produção enxuta) se insere como uma proposta que visa a atender a todos os requisitos que uma empresa necessita para sobrevivência no mercado. Nesse sentido, o presente estudo pretende evidenciar as contribuições que esse sistema de produção pode trazer para uma conceituada indústria de produtos veterinários, que será alvo de estudo deste trabalho. PALAVRAS-CHAVE Produção Enxuta, Qualidade, Indústria, Mercado. ABSTRACT The global economic scenario has led entrepreneurs of today to rethink their production methods which, over the years, have become ineffective and unviable due to the wide range of producers of goods and services, which are all over the world, making their enterprises constantly adapt to necessary changes to meet a public demand for quality products and good price. It is in this context that Lean Manufacturing System is inserted as a proposal to meet all the requirements that a company needs to survive in the market. Accordingly, this study aims to highlight the contributions that this production system can bring to a reputable veterinary products factory, which is the subject on this paper. KEYWORDS Lean Manufacturing, Quality, Industry, Market. 30

3 INTRODUÇÃO A situação econômica mundial tem levado os empreendedores de hoje a repensar seus métodos de produção que, ao passar dos anos se tornaram ineficazes e inviáveis devido à vasta gama de produtores de bens e serviços encontrados por todo o mundo, fazendo com que os seus empreendimentos devam se adaptar constantemente às mudanças necessárias para atender um público que procura por produtos de qualidade e principalmente bom preço. O empreendedor que não atentar-se para isso, certamente será superado pelos seus concorrentes, que cada vez mais buscam formas de produção mais econômicas e eficazes com o mínimo possível de desperdício em seus processos, conseguindo, com isso, agregar qualidade aos seus produtos e competitividade no mercado. Nesse cenário, o Sistema Lean Manufacturing (produção enxuta) se insere como uma proposta que visa a atender a todos os requisitos que uma empresa necessita para sobrevivência de mercado. Trata-se de um método eficaz que a indústria automobilística japonesa já vem utilizando desde o término da segunda guerra mundial e vem provando para o mundo que com boas ideias é possível crescer mesmo em meio a crises econômicas que assolam o mundo inteiro. É preciso salientar que a produção enxuta é um modelo de produção que visa a produzir racionalmente, ou seja, com máximo aproveitamento dos recursos disponíveis, desperdício zero de matéria-prima e aproveitamento máximo de mão-de-obra disponível. Portanto é preciso que haja toda uma mudança cultural dentro da organização que pretende adotar essa cultura. Nesse sentido, o presente estudo pretende evidenciar as contribuições que esse sistema de produção pode trazer para uma conceituada indústria de produtos veterinários, que será alvo de estudo deste trabalho, quebrando o paradigma de que apesar desse sistema de produção ter nascido em uma empresa automobilística, seu conceito pode perfeitamente ser aplicado a outros segmentos de mercado, devido à sua proposta de produção enxuta. Este trabalho visa a analisar como um processo de produção enxuta pode agregar vantagens competitivas para o negócio da empresa em estudo. E para isso utilizaremos como metodologia a técnica de Mapeamento do Fluxo de Valor, através da pesquisa de campo, pelo estudo de caso da empresa em questão, que julgamos ser o método mais eficaz para coleta de dados. Para tanto pretendemos demonstrar, pela revisão bibliográfica, os conceitos e as técnicas adequadas que renomados autores transcreveram a respeito do tema de pesquisa, e que nos darão autoridade e suporte para o melhor desenvolvimento do trabalho. 1. OBJETIVO Analisar a usabilidade do processo lean manufacturing (produção enxuta) em uma empresa fabricante de produtos veterinários, mediante as vantagens competitivas que seu 31

4 melhor uso pode representar para o negócio. 2. JUSTIFICATIVA Esse trabalho justifica-se pelo cenário econômico atual, no qual a percepção de consumidores e clientes em relação a produtos e serviços com valor agregado é importante, visto que o mercado prima cada vez mais por qualidade, preço e flexibilidade, a fim de que se consiga expansão e fidelização de clientes. Nesse contexto, surge a proposta de analisar o lean manufacturing (produção enxuta) como um processo que pode agregar vantagens competitivas em uma empresa fabricante de produtos veterinários. 3. O SISTEMA TOYOTA DE PRODUÇÃO Esta seção tem por finalidade evidenciar o conceito do sistema Toyota de produção, como filosofia de produção enxuta, e suas ferramentas que servirão de base e suporte para o desenvolvimento desse trabalho. Salienta-se que as expressões Lean Manufacturing, Produção Enxuta e Sistema Toyota de Produção serão usadas como sinônimos ao longo de todo esse trabalho. Serão abordados nessa seção, a origem e desenvolvimento de um sistema japonês de produção denominado Sistema Toyota de Produção. O Sistema Toyota de Produção, também conhecido como Produção Enxuta, surgiu no Japão, logo após a Segunda Guerra Mundial. Nessa época, a indústria automobilística japonesa tinha uma produtividade muito baixa e uma enorme falta de recursos, o que naturalmente a impedia de adotar o modelo da Produção em massa. O sistema de Produção em massa desenvolvido por Frederick Taylor e Henry Ford no início do século XX, predominou no mundo até a década de 90. Este procurava reduzir os custos unitários dos produtos através da produção em larga escala, especialização e divisão do trabalho. Entretanto esse sistema tinha que operar com estoques e lotes de produção elevados. No início não havia grande preocupação com a qualidade do produto. Já no Sistema Toyota de Produção os lotes produzidos são pequenos, permitindo uma maior variedade de produtos. Exemplo: em vez de produzir um lote de 50 sedans brancos, produz-se 10 lotes com 5 veículos cada, com cores e modelos variados. Os trabalhadores são multifuncionais, ou seja, desenvolvem mais do que uma única tarefa e operam mais que uma única máquina. No Sistema Toyota de Produção, a preocupação com a qualidade do produto é extrema. O sistema Toyota foi idealizado por três pessoas: o fundador da Toyota e mestre de invenções Toyoda Sakichi, seu filho Toyoda Kiichiro e o principal executivo da empresa, o engenheiro Taiichi Ohno. O sistema objetivava aumentar a eficiência da produção pela eliminação contínua de desperdícios. De acordo com Taiichi Ohno (1988): 32

5 Os valores sociais mudaram. Agora, não podemos vender nossos produtos a não ser que nos coloquemos dentro dos corações de nossos consumidores, cada um dos quais tem conceitos e gostos diferentes. Hoje, o mundo industrial foi forçado a dominar de verdade o sistema de produção múltiplo, em pequenas quantidades. A base de sustentação do Sistema Toyota de Produção é a absoluta eliminação do desperdício e os dois pilares necessários à sustentação são o Just-in-time (produzir somente o necessário e no tempo certo) e a Autonomação (automação com um toque humano). O Sistema Toyota de Produção (STP) nasceu de uma necessidade de adequação de recursos produtivos. A Toyota, empresa automobilística japonesa, tinha a difícil missão de produzir automóveis de maneira eficiente para um mercado de pequenas dimensões como o Japão após a Segunda Guerra Mundial. De acordo com Sayer e Walker, apud Costa, (2000, p. 07) [...] a melhor prática conhecida até então, era a fornecida pela produção em massa, caracterizada como já mencionado, pela manufatura em altos volumes de produtos padronizados para um mercado de amplas dimensões. Podemos entender que a magnitude da diferença quantitativa entre os mercados americano e japonês de automóveis era muito grande. O produto de apenas um dia e meio de trabalho no mercado americano, era equivalente a toda produção anual japonesa. Ohno (1997, p.31) relata que a indústria automobilística japonesa viveu momentos difíceis no pós-guerra: a produção doméstica de 1949 tinha sido de apenas carros de passeio, um número aparentemente insignificante. Pelo exposto, pensamos poder afirmar que a produção enxuta reúne o melhor da produção artesanal com a produção em massa, ou seja, a capacidade de reduzir custos unitários e aumentar a qualidade, ao mesmo tempo oferecendo uma variedade crescente de produtos e um trabalho cada vez mais estimulante. 3.1 A CASA SISTEMA TOYOTA DE PRODUÇÃO Para poder explicar o Sistema Toyota de Produção aos funcionários da Toyota e aos seus fornecedores, Fujio Cho, discípulo de Taiichi Ohno, desenvolveu o gráfico Casa da Toyota ou Casa STP, ilustrado na figura 1 a ser apresentada. 33

6 Figura 1- Diagrama Casa do STP Sistema Toyota de Produção Fonte: (Liker, 2005, p. 51) Segundo Liker (2005, p.51), o diagrama tornou-se um dos símbolos mais facilmente reconhecíveis na indústria moderna. E por que uma casa? Porque uma casa é um sistema estrutural. A casa só é forte se o telhado, as colunas, e as fundações são fortes! Nas interpretações de Calado (2006, p. 119) e Liker (2005, p. 51), o telhado seriam as metas em que se baseia a operação de eliminar as perdas, o centro como as pessoas, e como fundação a filosofia: o modelo que a Toyota desenvolveu para alicerçar e manter uma estabillidade diante dos ambientes internos e externos. De acordo com Liker (2005, p. 51), ainda que cada elemento da casa por si só seja crítico, o mais importante é o modo como os elementos reforçam uns aos outros [...]. Podemos, com base no que foi transcrito pelos autores, pensar na casa como uma premissa para implantar a filosofia da produção enxuta na empresa, visto que a mesma deve possuir base e pilares fortes para sua sustentação. Para tanto Liker (2005, p. 52) ressalta que: Just-in-time significa mover, tanto quanto possível, o estoque usado para 34

7 amortecer e proteger as operações em relações aos problemas que podem surgir na produção. O ideal é produzir uma unidade por vez, de acordo com a demanda do cliente ou takt (palavra alemã para medidor). Sendo assim julgamos pensar que just-in-time é um conceito que visa eliminar perdas com estoque, e dinamizar a produção com a buca do tempo zero, segundo o qual a empresa fabrica, produz e estoca somente o necessário e de acordo com a demanda dos seus clientes. A autonomação interrompe o processo de produção. Isso quer dizer que os trabalhadores devem resolver os problemas imediatamente e com urgência para a retomada da produção. 3.2 KAIZEN Podemos definir Kaizen como uma palavra japonesa que significa mudar para melhor ou aprimoramento contínuo e que permeia toda a Administração Japonesa. Kaizen pode então, até servir de sinônimo de Administração Japonesa. Kaizen é um processo integrado de TQC Total Quality Control (Controle Total da Qualidade) de aprimoramento contínuo, que é a essência da Administração Japonesa. Os japoneses dão tanta importância a esse processo integrado, quanto ao resultado que se busca, em que o meio é tão importante quanto o fim. É tão importante fazer bem feito (eficiência), quanto obter o resultado certo (eficácia). Para os japoneses é muito importante ganhar dinheiro, mas trabalhando e vivendo de forma mais satisfatória possível, unindo o útil ao agradável afinal, passamos mais de um terço de nossas vidas trabalhando. Esta é a essência da Administração Japonesa chamada Kaizen: buscar ao mesmo tempo resultado e processo, em busca desse resultado. Podemos compreender Kaizen como um centro de aprendizagem, uma atitude e um modo de pensar de todos os líderes e funcionários, uma atitude de auto-reflexão e até mesmo de autocrítica, um ardente desejo de melhorar. 3.3 LEAD TIME REAL As empresas, na busca por aumentar a produtividade e, por conseguinte, aumentar os seus ganhos, buscam modelos para melhor gerenciar os seus sistemas produtivos. Um desses modos é o que denominamos de produção flexível. Este tipo de produção facilita à empresa a sair do modelo de produção em massa para o de customização em massa, pois os clientes cada vez mais querem produtos exclusivos, diferenciados e atendimento às suas expectativas, que são diferentes das dos demais. Um dos fatores determinantes é o Lead Time Real, que é o tempo decorrido desde 35

8 o momento em que uma ordem de produção é acionada, ou seja, desde a solicitação do produto pelo cliente, até o momento da disponibilização do mesmo. Na visão de Dalvio (1999, p. 112), Lead Time se define em: Uma medida de tempo, que está relacionado à flexibilidade do sistema produtivo em responder a uma solicitação do cliente, ou seja, quanto menor o tempo de conversão de matérias-primas em produtos acabados, menores serão os custos do sistema produtivo no atendimento das necessidades dos clientes. A empresa precisa conhecer seu Lead Time Real, pois existem empresas que consideram Lead Time somente como o tempo de fabricação, esquecendo o tempo de transporte ou o tempo de processamento do pedido. O conhecimento desse processo total é importante, pois possibilita à empresa ter maior flexibilidade perante os seus concorrentes, oferecendo maiores vantagens aos seus clientes. 3.4 PRODUÇÃO ENXUTA Podemos conceituar produção enxuta como um sistema que compreende uma filosofia de redução de ineficiências e tempo improdutivo nos processos, além de adotar técnicas para eliminar perdas diminuindo todo o estoque desnecessário, a fim de aperfeiçoar continuamente o processo e a qualidade dos produtos fabricados ou dos serviços prestados. Segundo o renomado Instituto Lean Brasil...,(2006): A Produção Enxuta é um sistema de negócios que visa organizar e gerenciar o desenvolvimento de produtos, as operações produtivas, os fornecedores e a relação com os clientes, reduzindo o nível de recursos de entrada, de acordo com um dado nível de saída para este sistema. Isto é obtido por meio da remoção de desperdício durante e entre os processos, primeiramente aqueles na forma de recursos a serem transformados (matéria-prima e estoque em processo, por exemplo), mas também inclui mudanças em recursos como pessoas, processo tecnológico, layout, entre outros. Com base nos autores mencionados, podemos relacionar a Produção Enxuta como vantagem do desempenho da manufatura à sua aderência, com relação a três princípios: -Melhorar o fluxo de material e informação no ambiente de negócios; -Ênfase na produção puxada pelo consumidor, ao invés da produção 36

9 empurrada pela organização; -Comprometimento com o melhoramento contínuo por meio do desenvolvimento das pessoas. A essa forma de produção, damos o nome de Produção Enxuta, pois ela possui aplicações por toda empresa, e através desse sistema podemos observar a importância da criação de produtos e serviços por meio de processos que ultrapassem as fronteiras funcionais a fim de criar valores aos clientes. Isso propõe que o aprimoramento na produtividade das grandes indústrias; não é somente resultado da introdução de novas técnicas de manufatura, mas sobretudo a consequência da aplicação de ações e ideias na forma de entender e definir uma cadeia de produção como uma corrente de valor. O modo dominante da manufatura da produção em massa padronizado prevaleceu até o surgimento da produção enxuta, que combinou a eficiência em custo, qualidade, flexibilidade e tempo. A Produção Enxuta, na visão de Womack e Jones (2004), mudou as regras da competição, diminuindo Lead Times, aumentando a variedade de produtos e modificando as preferências dos consumidores. A Produção Enxuta envolve ações de prevenção de defeitos ao invés da correção posterior, além de ser flexível e organizada por meio de times de trabalho formados por operadores multifuncionais nos quais se busca um envolvimento ativo na solução das causas de problemas, buscando maximizar a agregação de valor ao produto final. Assumindo em sua última e utópica instância, a produção enxuta tem como objetivo atender à demanda instantaneamente, com qualidade perfeita, e sem nenhuma espécie de desperdício. 3.5 MAPEAMENTO DO FLUXO DE VALOR Nesta seção será apresentada a revisão bibliográfica sobre o mapeamento do fluxo de valor e seus princípios, bem como o entendimento dos mapas do estado atual e estado futuro da empresa. O mapeamento do fluxo de valor, na visão de Rother e Shook (2003), é uma ferramenta capaz de representar visivelmente todas as etapas envolvidas nos fluxos de material e informação na medida em que o produto segue o fluxo de valor, auxiliando na compreensão da agregação de valor, desde o fornecedor até o consumidor. Com o objetivo de revelar oportunidades de melhoria, o mapeamento do fluxo de valor é realizado em diferentes momentos. Assim, temos o mapeamento do estado atual, o mapeamento do estado futuro e o mapeamento do estado ideal, em alguns casos. Pretendemos apresentar a técnica do mapeamento do fluxo de valor, objetivando realizar o mapeamento porta-a-porta, ou seja, do recebimento da Matéria-prima até a expedição para o cliente final, conforme ilustra a Figura 2: 37

10 Figura 2: Fluxo de porta-a-porta Fonte: Adaptada de Rother e Shook (2003, p.20). Podemos, baseado nos autores, afirmar e demonstrar o potencial do mapeamento do fluxo de valor de algumas formas como: Ajuda a visualizar mais do que simplesmente os processos individuais, auxiliando na compreensão do fluxo como um todo; Ajuda a identificar mais do que os desperdícios, mas também as fontes destes desperdícios no fluxo de valor; Fornece uma linguagem simples e fácil para tratar dos processos produtivos; Torna as decisões sobre o fluxo, visíveis, de modo que possam ser discutidas; Associa conceitos e práticas da produção enxuta, evitando que a implementação de algumas técnicas seja feita isoladamente; Fornece a base de um plano de implementação, servindo como referência e demonstrando como um fluxo total de porta-a-porta deveria operar; Apresenta a relação entre o fluxo de informação e o fluxo de material; É uma ferramenta qualitativa que descreve em detalhes como uma unidade produtiva deveria operar para criar um fluxo que agregue valor. 3.6 OS PRINCÍPIOS DO MAPEAMENTO Os princípios do mapeamento do fluxo de valor são baseados na identificação e eliminação dos desperdícios encontrados ao longo do fluxo produtivo. Exemplos desses desperdícios podem ser: tempos de espera elevados, excesso de inventário entre as estações de trabalho, movimentação desnecessária, entre outros. É possível entender o mapeamento do fluxo de valor seguindo a trilha da produção de uma família de produtos de porta-a-porta da planta, do consumidor ao fornecedor, desenhando o mapa do estado atual de seus fluxos de material e de informação. Com base 38

11 no mapa do estado atual, é elaborado o mapa do estado futuro, constando como o valor deveria fluir, segundo fluxos futuros melhorados, tanto de material quanto de informação. Uma representação das etapas básicas que constituem a técnica do mapeamento do fluxo de valor está demonstrada na Figura 3. Figura 3: Etapas básicas do mapeamento do fluxo de valor Fonte: Adaptado de Rother e Shook (2003, p.21) A primeira etapa consiste em selecionar uma família de produtos, composta por um grupo de produtos que passam por etapas semelhantes de processamento e utilizam equipamentos similares em seus processos. Já a segunda etapa seria desenhar a situação atual e a situação futura, o que é feito a partir da coleta de informações no chão de fábrica. As setas entre as duas situações têm duplo sentido, pois indicam que o desenvolvimento de ambos são esforços superpostos, em qual as ideias do estado futuro surgirão enquanto se estiver mapeando o estado atual, assim como desenhar o estado futuro mostrará importantes informações sobre o estado atual, que passaram despercebidas anteriormente. A terceira etapa visa a preparar um plano de implementação que descreva, em uma página, como se deseja chegar ao estado futuro, e colocá-lo em prática o mais breve possível; entretanto, quando esse estado futuro tornar-se realidade, um novo mapa deverá 39

12 ser desenhado, formando um ciclo de melhoria contínua no nível de fluxo de valor; assim, sempre deverá haver um mapa do estado futuro em implementação, pois um mapa do estado atual e todo o esforço para desenhá-lo não terão sentido se não for utilizado rapidamente para criar e implementar um mapa do estado futuro que elimine as fontes de desperdício e agregue valor ao cliente por ser de suma importância. Com base nisso podemos ressaltar que são importantes para a coleta de dados: Tempo de ciclo (T/C): tempo de curso entre um componente e o próximo saírem do mesmo processo, registrado em segundos; Tempo de trocas (T/TR): tempo decorrido para alterar a produção de um tipo de produto para outro, o setup; Disponibilidade: tempo disponível por turno no processo, descontados os tempos de parada e manutenção; Índice de rejeição: índice que determina a quantidade de produtos defeituosos provenientes do processo; Número de pessoas necessárias para operar o processo. Dividindo a quantidade em estoque nos processos pelos pedidos diários do cliente, são obtidos os lead times expressos em dias, que são identificados em cada triângulo de estoque (clientes, fornecedores e funcionários). Ao registrar o lead time em cada processo e em cada triângulo do estoque no fluxo de material, consegue-se uma estimativa do lead time total da produção. O mapeamento do fluxo de informação, conforme figura 4, a seguir, na opinião de Andrade (2002, p.123) é inserido no mapa relacionando à frequência com que são realizados os pedidos, as previsões, a programação dos processos e as solicitações de material, em qual o foco principal deve ser a análise do comportamento do fluxo interno da empresa. 40

13 Figura 4: Exemplo de um mapa de fluxo de valor estado atual Fonte: (CARDOSO, 2009, p.03) O mapa do estado futuro é obtido a partir do mapa do estado atual, sendo desenvolvido de acordo com algumas diretrizes e questões-chave que incluem conceitos e técnicas da produção enxuta. A partir dessas diretrizes e questões-chave, é possível identificar as fontes de desperdício e eliminá-las por meio da implementação de um fluxo de valor que pode tornar-se realidade em um curto período de tempo. As perguntas realizadas sobre o estado atual devem ser analisadas e as ideias para melhorias, anotadas diretamente no mapa do estado atual. Após trabalhar o esboço sobre o mapa futuro, este é desenhado, originando um novo cenário produtivo que deve ser avaliado, quanto à sua viabilidade e relação custo-benefício. A Figura 5 apresenta o mapa do estado futuro, com as reduções de tempos de preparação de máquinas e a formação de uma célula de manufatura que contribua para a redução dos estoques intermediários, e consequentemente, a redução do Lead Time total. 41

14 Figura 5: Exemplo de mapa de fluxo de valor estado futuro Fonte: (CARDOSO, 2009, p.09) 4. MÉTODO A metodologia a ser utilizada será, basicamente, a coleta de dados e informações acerca da empresa a ser analisada, principalmente, através do mapeamento do fluxo de valor dos processos produtivos e logísticos da empresa, visto ser o único meio pelo qual se possa mapear os processos, e quantificar de forma eficaz os dados obtidos durante esse procedimento, que servirá como base para posterior análise e avaliação dos resultados obtidos durante a coleta de dados. Além disso, serão realizadas pesquisas bibliográficas, que permitam que se tome conhecimento de material relevante, tomando-se por base o que já foi publicado em relação ao tema, de modo que se possa delinear uma nova estratégia de procedimentos e ações sobre o mesmo, chegando a conclusões que possam servir de embasamento para pesquisas futuras. A pesquisa de campo, por meio do estudo de caso, torna-se primordial no acompanhamento do processo produtivo e será feita por meio de medição dos tempos de produção, estoque, documentos e observação das operações. Este trabalho se caracteriza por ser de caráter qualitativo e quantitativo, em que o público entrevistado na pesquisa será constituído de funcionários de diversos 42

15 departamentos da empresa em análise, para os quais serão apresentados questionários referentes a tempos de produção, armazenagem, fluxo de informações e observações, a respeito dos processos produtivos e logísticos da empresa, para coleta de dados e posterior análise de resultados alcançados. 5 RESULTADOS ESPERADOS Esperamos com essa pesquisa fazer uma análise detalhada de todos os processos da cadeia de valor da empresa em estudo, no sentido de encontrar fontes de desperdícios e gargalos e através dessas informações, sugerir soluções que possam sanar esses desperdícios e propor para a empresa as melhorias advindas do nosso estudo. REFERÊNCIAS ALVARELI, L. V. G. Roteiro para elaboração do projeto de trabalho de graduação. Cruzeiro: Centro Paula Souza, Disponível em: < rot_projtg2012.pdf>. Acesso em: 18 maio ANDRADE, M. O. Representação e análise de cadeias de suprimentos : uma proposta baseada no mapeamento do fluxo de valor f. Dissertação (Mestrado em Produção) - Universidade de São Paulo, Escola de Engenharia de São Carlos, São Carlos, CARDOSO, Alexandre. Aplicando lean em indústrias de processo. Artigo.São Paulo, Disponível em: < processo.aspx>. Acesso em: 29. Abr DALVIO, Ferrari Tubino. Sistemas de Produção: A produtividade no chão de fábrica. Porto Alegre: Bookman, Cap. 5, p LEAN - Lean Institute Brasil. Disponível em: < Acesso em: 27 abr LIKER, Jeffrey k. O modelo Toyota: 14 princípios de gestão do maior fabricante do mundo. Porto Alegre: Bookman, 2005, p.52 OHNO, TAIICHI. Sistema Toyota de Produção: além da produção em larga escala. Porto Alegre: Bookman, 1997, p , Sistema Toyota de Produção: Nova York, Productivity Press,

16 ROTHER M.; SHOOK J. Aprendendo a enxergar : mapeando o fluxo de valor para agregar valor e eliminar o desperdício: manual de trabalho de uma ferramenta enxuta. São Paulo: Lean Institute Brasil, SAYER, A.; WALKER, R. A nova economia social: A reformulação da divisão do trabalho. Cambridge, MA: Oxford, Blackwell, EM Costa, Achyles B. Inovações e mudanças na Organização Industrial. Ensaios FEE, Porto Alegre, v.21, n.2, p.7-31, WOMAC, J. P; JONES, D. T; ROSS, D. A máquina que mudou o mundo. Rio de Janeiro: Campus, 1992, p

LEAD TIME PRODUTIVO: UMA FERRAMENTA PARA OTIMIZAÇÃO DOS CUSTOS PRODUTIVOS

LEAD TIME PRODUTIVO: UMA FERRAMENTA PARA OTIMIZAÇÃO DOS CUSTOS PRODUTIVOS LEAD TIME PRODUTIVO: UMA FERRAMENTA PARA OTIMIZAÇÃO DOS CUSTOS PRODUTIVOS Sandra Mara Matuisk Mattos (DECON/UNICENTRO) smattos@unicentro.br, Juliane Sachser Angnes (DESEC/UNICENTRO), Julianeangnes@gmail.com

Leia mais

Reduzindo o lead time no desenvolvimento de produtos através da padronização

Reduzindo o lead time no desenvolvimento de produtos através da padronização Reduzindo o lead time no desenvolvimento de produtos através da padronização Lando T. Nishida O prazo ou lead time desde a concepção do produto até o lançamento no mercado é um dos fatores mais importantes

Leia mais

ADMINISTRAÇÃO I. Família Pai, mãe, filhos. Criar condições para a perpetuação da espécie

ADMINISTRAÇÃO I. Família Pai, mãe, filhos. Criar condições para a perpetuação da espécie 1 INTRODUÇÃO 1.1 ORGANIZAÇÃO E PROCESSOS A administração está diretamente ligada às organizações e aos processos existentes nas mesmas. Portanto, para a melhor compreensão da Administração e sua importância

Leia mais

IMPLANTAÇÃO DOS PILARES DA MPT NO DESEMPENHO OPERACIONAL EM UM CENTRO DE DISTRIBUIÇÃO DE COSMÉTICOS. XV INIC / XI EPG - UNIVAP 2011

IMPLANTAÇÃO DOS PILARES DA MPT NO DESEMPENHO OPERACIONAL EM UM CENTRO DE DISTRIBUIÇÃO DE COSMÉTICOS. XV INIC / XI EPG - UNIVAP 2011 IMPLANTAÇÃO DOS PILARES DA MPT NO DESEMPENHO OPERACIONAL EM UM CENTRO DE DISTRIBUIÇÃO DE COSMÉTICOS. XV INIC / XI EPG - UNIVAP 2011 Rogério Carlos Tavares 1, José Luis Gomes da Silva² 1 Universidade de

Leia mais

O PAPEL EMPREENDEDOR NO SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE * PALAVRAS-CHAVE: Sistema de Gestão da Qualidade. Representante da Diretoria. ISO 9001.

O PAPEL EMPREENDEDOR NO SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE * PALAVRAS-CHAVE: Sistema de Gestão da Qualidade. Representante da Diretoria. ISO 9001. O PAPEL EMPREENDEDOR NO SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE * Adalberto Luiz de Souza ** RESUMO: Este texto tem por finalidade descrever o papel do representante da direção, referente ao atendimento de requisito

Leia mais

1- Introdução ao Lean V1-2008

1- Introdução ao Lean V1-2008 1- Introdução ao Lean V1-2008 Autor: José Pedro A. Rodrigues da Silva 1 Programa 1- Introdução 2- Os 7 tipos de desperdício 3- Técnicas e ferramentas do Lean 4- Implementação do Lean 5- Conclusões Anexos

Leia mais

Desempenho de Operações. EAD 0763 Aula 2 Livro Texto Cap.2 Leonardo Gomes

Desempenho de Operações. EAD 0763 Aula 2 Livro Texto Cap.2 Leonardo Gomes Desempenho de Operações EAD 0763 Aula 2 Livro Texto Cap.2 Leonardo Gomes Agenda da aula 1 Desempenho de operações 2 Estudo de caso Capítulo 2- Desempenho de Operações Desempenho de operações Como avaliar

Leia mais

ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS GESTÃO

ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS GESTÃO GESTÃO DE ESTOQUES (Parte 2) DEMANDA & CONSUMO Definição de Demanda: Demanda representa a vontade do consumidor em comprar ou requisitar um produto necessário na fabricação de um outro componente. Essa

Leia mais

Eixo Anhanguera-Bandeirantes virou polo lean, diz especialista

Eixo Anhanguera-Bandeirantes virou polo lean, diz especialista Eixo Anhanguera-Bandeirantes virou polo lean, diz especialista Robson Gouveia, gerente de projetos do Lean Institute Brasil, detalha como vem evoluindo a gestão em empresas da região O eixo Anhanguera

Leia mais

VANTAGENS E DESVANTAGENS - A IMPORTANCIA DE SABER ESCOLHER UM ARRANJO FÍSICO (LAYOUT) RESUMO

VANTAGENS E DESVANTAGENS - A IMPORTANCIA DE SABER ESCOLHER UM ARRANJO FÍSICO (LAYOUT) RESUMO VANTAGENS E DESVANTAGENS - A IMPORTANCIA DE SABER ESCOLHER UM ARRANJO FÍSICO (LAYOUT) Edilaine Cristina Duarte de Souza, Unisalesiano de Lins e-mail: edilaine.duarte@ig.com.br Érika Yuri Kotaki, Unisalesiano

Leia mais

Todos nossos cursos são preparados por mestres e profissionais reconhecidos no mercado, com larga e comprovada experiência em suas áreas de atuação.

Todos nossos cursos são preparados por mestres e profissionais reconhecidos no mercado, com larga e comprovada experiência em suas áreas de atuação. Curso Formação Efetiva de Analístas de Processos Curso Gerenciamento da Qualidade Curso Como implantar um sistema de Gestão de Qualidade ISO 9001 Formação Profissional em Auditoria de Qualidade 24 horas

Leia mais

CÓDIGO CRÉDITOS PERÍODO PRÉ-REQUISITO TURMA ANO INTRODUÇÃO

CÓDIGO CRÉDITOS PERÍODO PRÉ-REQUISITO TURMA ANO INTRODUÇÃO PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS ESCOLA DE GESTÃO E NEGÓCIOS CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS, ADMINISTRAÇÃO E ECONOMIA DISCIPLINA: ESTRUTURA E ANÁLISE DE CUSTO CÓDIGO CRÉDITOS PERÍODO PRÉ-REQUISITO

Leia mais

A NECESSIDADE DE UMA NOVA VISÃO DO PROJETO NOS CURSOS DE ENGENHARIA CIVIL, FRENTE À NOVA REALIDADE DO SETOR EM BUSCA DA QUALIDADE

A NECESSIDADE DE UMA NOVA VISÃO DO PROJETO NOS CURSOS DE ENGENHARIA CIVIL, FRENTE À NOVA REALIDADE DO SETOR EM BUSCA DA QUALIDADE A NECESSIDADE DE UMA NOVA VISÃO DO PROJETO NOS CURSOS DE ENGENHARIA CIVIL, FRENTE À NOVA REALIDADE DO SETOR EM BUSCA DA QUALIDADE ULRICH, Helen Departamento de Engenharia de Produção - Escola de Engenharia

Leia mais

PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO

PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO Este material resulta da reunião de fragmentos do módulo I do Curso Gestão Estratégica com uso do Balanced Scorecard (BSC) realizado pelo CNJ. 1. Conceitos de Planejamento Estratégico

Leia mais

ANÁLISE DA APLICAÇÃO DA FILOSOFIA LEAN CONSTRUCTION EM EMPRESAS DO SETOR DE CONSTRUÇÃO CIVIL DA REGIÃO METROPOLITANA DE BELO HORIZONTE ABSTRACT

ANÁLISE DA APLICAÇÃO DA FILOSOFIA LEAN CONSTRUCTION EM EMPRESAS DO SETOR DE CONSTRUÇÃO CIVIL DA REGIÃO METROPOLITANA DE BELO HORIZONTE ABSTRACT ANÁLISE DA APLICAÇÃO DA FILOSOFIA LEAN CONSTRUCTION EM EMPRESAS DO SETOR DE CONSTRUÇÃO CIVIL DA REGIÃO METROPOLITANA DE BELO HORIZONTE ANALYSIS OF APPLICATION OF PHILOSOPHY IN LEAN CONSTRUCTION COMPANIES

Leia mais

Título: Programa 5S s em uma Empresa Júnior: da melhoria do ambiente físico ao cuidado com as pessoas Categoria: Projeto Interno Temática: Qualidade

Título: Programa 5S s em uma Empresa Júnior: da melhoria do ambiente físico ao cuidado com as pessoas Categoria: Projeto Interno Temática: Qualidade Título: Programa 5S s em uma Empresa Júnior: da melhoria do ambiente físico ao cuidado com as pessoas Categoria: Projeto Interno Temática: Qualidade Resumo Manter um ambiente de trabalho adequado à realização

Leia mais

Sociologia. Professor: Matheus Bortoleto Rodrigues E-mail: matheus.bortoleto@cnec.edu.br Colégio Cenecista Dr. José Ferreira

Sociologia. Professor: Matheus Bortoleto Rodrigues E-mail: matheus.bortoleto@cnec.edu.br Colégio Cenecista Dr. José Ferreira Sociologia Professor: Matheus Bortoleto Rodrigues E-mail: matheus.bortoleto@cnec.edu.br Colégio Cenecista Dr. José Ferreira Organização da produção social do trabalho Objetivo: Problematizar as diferentes

Leia mais

Plano de Negócios. Por que escrever um Plano de Negócios?

Plano de Negócios. Por que escrever um Plano de Negócios? Plano de Negócios Por que escrever um Plano de Negócios? A tarefa de escrever um plano de negócios não é uma tarefa fácil. Isso se você nunca escreveu um e não tem a menor idéia de como começar. O objetivo

Leia mais

CUSTOS LOGÍSTICOS - UMA VISÃO GERENCIAL

CUSTOS LOGÍSTICOS - UMA VISÃO GERENCIAL CUSTOS LOGÍSTICOS - UMA VISÃO GERENCIAL Data: 10/12/1998 Maurício Lima INTRODUÇÃO Um dos principais desafios da logística moderna é conseguir gerenciar a relação entre custo e nível de serviço (trade-off).

Leia mais

A Análise dos Custos Logísticos: Fatores complementares na composição dos custos de uma empresa

A Análise dos Custos Logísticos: Fatores complementares na composição dos custos de uma empresa Instituto de Educação Tecnológica Pós-graduação Engenharia de Custos e Orçamentos Turma 01 10 de outubro de 2012 A Análise dos Custos Logísticos: Fatores complementares na composição dos custos de uma

Leia mais

AP03 OS MODELOS DE PRODUÇÃO DE HENRY FORD

AP03 OS MODELOS DE PRODUÇÃO DE HENRY FORD 1 2 Conhecer os princípios de produção em massa preconizados por Henry Ford Estabelecer correlações entre o Taylorismo e o Fordismo 3 Henry Ford e o modelo T Henry Ford (1863-1947) também é um dos precursores

Leia mais

As Organizações e a Teoria Organizacional

As Organizações e a Teoria Organizacional Página 1 de 6 As Organizações e a Teoria Organizacional Autora: Sara Fichman Raskin Este texto é totalmente baseado no primeiro capítulo do livro Organizational theory: text and cases, do autor Jones Gareth,

Leia mais

LOGÍSTICA Professor: Dr. Edwin B. Mitacc Meza

LOGÍSTICA Professor: Dr. Edwin B. Mitacc Meza LOGÍSTICA Professor: Dr. Edwin B. Mitacc Meza edwin@engenharia-puro.com.br www.engenharia-puro.com.br/edwin Introdução A A logística sempre existiu e está presente no dia a dia de todos nós, nas mais diversas

Leia mais

DEFINIÇÃO DE LEAN MANUFACTURING

DEFINIÇÃO DE LEAN MANUFACTURING MANUFATURA ENXUTA DEFINIÇÃO DE LEAN MANUFACTURING A ORIGEM DA PALAVRA LEAN O termo LEAN foi cunhado originalmente no livro A Máquina que Mudou o Mundo de Womack, Jones e Roos, publicado nos EUA em 1990.

Leia mais

COMPETITIVIDADE EM PECUÁRIA DE CORTE

COMPETITIVIDADE EM PECUÁRIA DE CORTE ARTIGOS TÉCNICOS 04/2006 Júlio Otávio Jardim Barcellos Médico Veterinário, D.Sc - Zootecnia Professor Adjunto Depto Zootecnia UFRGS julio.barcellos@ufrgs.br Guilherme Cunha Malafaia Aluno do Curso de Pós

Leia mais

Lean manufacturing ou Toyotismo

Lean manufacturing ou Toyotismo ou Toyotismo Gestão da Qualidade Resultados impressionantes 1 Trimestre 2007 Toyota supera GM como líder mundial em vendas Vendas Mundiais 1º Trimestre Nº Carros Toyota 2.348.000 GM 2.260.000 2007 termina

Leia mais

Processos de gerenciamento de projetos em um projeto

Processos de gerenciamento de projetos em um projeto Processos de gerenciamento de projetos em um projeto O gerenciamento de projetos é a aplicação de conhecimentos, habilidades, ferramentas e técnicas às atividades do projeto a fim de cumprir seus requisitos.

Leia mais

Análise da Utilização de Conceitos de Produção Enxuta em uma Pequena Empresa do Setor Metal Mecânico

Análise da Utilização de Conceitos de Produção Enxuta em uma Pequena Empresa do Setor Metal Mecânico Análise da Utilização de Conceitos de Produção Enxuta em uma Pequena Empresa do Setor Metal Mecânico Matheus Castro de Carvalho (matheus_c_carvalho@hotmail.com / CESUPA) Resumo: A aplicação dos conceitos

Leia mais

ADMINISTRAÇÃO GERAL GESTÃO DE PROCESSOS

ADMINISTRAÇÃO GERAL GESTÃO DE PROCESSOS ADMINISTRAÇÃO GERAL GESTÃO DE PROCESSOS Atualizado em 21/12/2015 GESTÃO DE PROCESSOS Um processo é um conjunto ou sequência de atividades interligadas, com começo, meio e fim. Por meio de processos, a

Leia mais

4 Metodologia e estratégia de abordagem

4 Metodologia e estratégia de abordagem 50 4 Metodologia e estratégia de abordagem O problema de diagnóstico para melhoria da qualidade percebida pelos clientes é abordado a partir da identificação de diferenças (gaps) significativas entre o

Leia mais

Obter um fluxo contínuo de suprimentos, a fim de atender aos programas de produção;

Obter um fluxo contínuo de suprimentos, a fim de atender aos programas de produção; Fascículo 7 A atividade de compras Não existe a área de suprimentos sem que exista a atividade de compras, que é fundamental para a gestão da área de materiais. Um bom volume de vendas e uma abordagem

Leia mais

CURSO: Desenvolvimento Web e Comércio Eletrônico DISCIPLINA: Gestão da Qualidade Professor: Ricardo Henrique

CURSO: Desenvolvimento Web e Comércio Eletrônico DISCIPLINA: Gestão da Qualidade Professor: Ricardo Henrique CURSO: Desenvolvimento Web e Comércio Eletrônico DISCIPLINA: Gestão da Qualidade Professor: Ricardo Henrique UNIDADE 6 GERENCIAMENTO DA ROTINA 1 INTRODUÇÃO 3 O GERENCIAMENTO DA ROTINA 4 CAMPO DE APLICAÇÃO

Leia mais

ATIVIDADES PRÁTICAS SUPERVISIONADAS

ATIVIDADES PRÁTICAS SUPERVISIONADAS ATIVIDADES PRÁTICAS SUPERVISIONADAS 1ª Série Empreendedorismo Administração A Atividade Prática Supervisionada (ATPS) é um procedimento metodológico de ensino-aprendizagem desenvolvido por meio de etapas,

Leia mais

Orientações para elaborar um. Plano de Negócios

Orientações para elaborar um. Plano de Negócios Orientações para elaborar um Plano de Negócios Maio de 2010 www.nascente.cefetmg.br Página 1 Apresentação Este documento contém um roteiro básico de Plano de Negócios. O objetivo é permitir que o futuro

Leia mais

METODOLOGIA DE PROMOÇÃO DA SUSTENTABILIDADE PELO GERENCIAMENTO DE PROJETOS

METODOLOGIA DE PROMOÇÃO DA SUSTENTABILIDADE PELO GERENCIAMENTO DE PROJETOS METODOLOGIA DE PROMOÇÃO DA SUSTENTABILIDADE PELO GERENCIAMENTO DE PROJETOS Débora Noronha¹; Jasmin Lemke¹; Carolina Vergnano¹ ¹Concremat Engenharia e Tecnologia S/A, Diretoria Técnica de Estudos, Projetos

Leia mais

Logística e Valor para o Cliente 1

Logística e Valor para o Cliente 1 1 Objetivo da aula Esta aula se propõe a atingir os seguintes objetivos: 1. Discutir a importância do gerenciamento da interface entre marketing e logística. 2. Reconhecer a necessidade de entender os

Leia mais

CUSTOS DA QUALIDADE EM METALURGICAS DO SEGMENTOS DE ELEVADORES PARA OBRAS CÍVIS - ESTUDO DE CASO

CUSTOS DA QUALIDADE EM METALURGICAS DO SEGMENTOS DE ELEVADORES PARA OBRAS CÍVIS - ESTUDO DE CASO CUSTOS DA QUALIDADE EM METALURGICAS DO SEGMENTOS DE ELEVADORES PARA OBRAS CÍVIS - ESTUDO DE CASO José Roberto Santana Alexandre Ripamonti Resumo: Com a globalização da economia, as empresas, enfrentam

Leia mais

Organização. Trabalho realizado por: André Palma nº 31093. Daniel Jesus nº 28571. Fábio Bota nº 25874. Stephane Fernandes nº 28591

Organização. Trabalho realizado por: André Palma nº 31093. Daniel Jesus nº 28571. Fábio Bota nº 25874. Stephane Fernandes nº 28591 Organização Trabalho realizado por: André Palma nº 31093 Daniel Jesus nº 28571 Fábio Bota nº 25874 Stephane Fernandes nº 28591 Índice Introdução...3 Conceitos.6 Princípios de uma organização. 7 Posição

Leia mais

FATEC Cruzeiro José da Silva. Ferramenta CRM como estratégia de negócios

FATEC Cruzeiro José da Silva. Ferramenta CRM como estratégia de negócios FATEC Cruzeiro José da Silva Ferramenta CRM como estratégia de negócios Cruzeiro SP 2008 FATEC Cruzeiro José da Silva Ferramenta CRM como estratégia de negócios Projeto de trabalho de formatura como requisito

Leia mais

Gestão de impactos sociais nos empreendimentos Riscos e oportunidades. Por Sérgio Avelar, Fábio Risério, Viviane Freitas e Cristiano Machado

Gestão de impactos sociais nos empreendimentos Riscos e oportunidades. Por Sérgio Avelar, Fábio Risério, Viviane Freitas e Cristiano Machado Gestão de impactos sociais nos empreendimentos Riscos e oportunidades Por Sérgio Avelar, Fábio Risério, Viviane Freitas e Cristiano Machado A oferta da Promon Intelligens considera o desenvolvimento de

Leia mais

Curso de Engenharia de Produção. Noções de Engenharia de Produção

Curso de Engenharia de Produção. Noções de Engenharia de Produção Curso de Engenharia de Produção Noções de Engenharia de Produção Histórico: - Um dos registros mais antigos de produção gerenciada data de cerca de 5.000 a.c.: monges sumérios já contabilizavam seus estoques,

Leia mais

Teste de Software: Um Breve Estudo do Importante Processo no Desenvolvimento de Softwares

Teste de Software: Um Breve Estudo do Importante Processo no Desenvolvimento de Softwares Teste de Software: Um Breve Estudo do Importante Processo no Desenvolvimento de Softwares André Assis Lôbo de Oliveira Francisco Guerra Fernandes Júnior Faculdades Alves Faria, 74445190, Brasil andrelobin@hotmail.com,

Leia mais

LEAN OFFICE - ELIMINANDO OS DESPERDÍCIOS NAS ATIVIDADES ADMINISTRATIVAS

LEAN OFFICE - ELIMINANDO OS DESPERDÍCIOS NAS ATIVIDADES ADMINISTRATIVAS LEAN OFFICE - ELIMINANDO OS DESPERDÍCIOS NAS ATIVIDADES ADMINISTRATIVAS 1. Por que adotar o Lean Office? Parabéns! Você já conseguiu estabelecer o fluxo contínuo em suas atividades do chão de fábrica.

Leia mais

Logistica e Distribuição

Logistica e Distribuição Mas quais são as atividades da Logística? Ballou, 1993 Logística e Distribuição A Atividade de Gestão de Estoque Primárias Apoio 1 2 3 4 Conceitulizando Estoque ESTOQUES são grandes volumes de matérias

Leia mais

SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA FARROUPILHA PRÓ-REITORIA DE EXTENSÃO

SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA FARROUPILHA PRÓ-REITORIA DE EXTENSÃO SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA FARROUPILHA PRÓ-REITORIA DE EXTENSÃO ANEXO I. PROJETO DE CURTA DURAÇÃO 1. IDENTIFICAÇÃO 1.1 Título do

Leia mais

PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA INTERNA

PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA INTERNA 1/8 Sumário 1 Objetivo 2 Aplicação 3 Documentos complementares 4 Definições 5 Procedimento 1 Objetivo Este Procedimento tem como objetivo descrever a rotina aplicável aos procedimentos de auditoria interna

Leia mais

Desenvolve Minas. Modelo de Excelência da Gestão

Desenvolve Minas. Modelo de Excelência da Gestão Desenvolve Minas Modelo de Excelência da Gestão O que é o MEG? O Modelo de Excelência da Gestão (MEG) possibilita a avaliação do grau de maturidade da gestão, pontuando processos gerenciais e resultados

Leia mais

Lean manufacturing ou Toyotismo. Lean manufacturing

Lean manufacturing ou Toyotismo. Lean manufacturing ou Toyotismo Resultados impressionantes 1 Trimestre 2007 Toyota supera GM como líder mundial em vendas Vendas Mundiais 1º Trimestre Nº Carros Toyota 2.348.000 GM 2.260.000 2007 termina empatado tecnicamente

Leia mais

Logística e a Gestão da Cadeia de Suprimentos. "Uma arma verdadeiramente competitiva"

Logística e a Gestão da Cadeia de Suprimentos. Uma arma verdadeiramente competitiva Logística e a Gestão da Cadeia de Suprimentos "Uma arma verdadeiramente competitiva" Pequeno Histórico No período do pós-guerra até a década de 70, num mercado em franca expansão, as empresas se voltaram

Leia mais

DEPS DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO E SISTEMAS SISTEMAS DE PRODUÇÃO LEAN

DEPS DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO E SISTEMAS SISTEMAS DE PRODUÇÃO LEAN DEPS DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO E SISTEMAS SISTEMAS DE PRODUÇÃO LEAN Prof a Carla R. Pereira SURGIMENTO DA PRODUÇÃO LEAN Novas ideias vem em resposta a problemas concretos (Dennis, 2008, p.19)

Leia mais

3.6 3 A DINÂMICA DAS ORGANIZAÇÕES E AS ORGANIZAÇÕES DO CONHECIMENTO

3.6 3 A DINÂMICA DAS ORGANIZAÇÕES E AS ORGANIZAÇÕES DO CONHECIMENTO Faculdade INED Curso Superior de Tecnologia: Redes de Computadores Disciplina: Dinâmica nas Organizações Prof.: Fernando Hadad Zaidan Unidade 3.6 3 A DINÂMICA DAS ORGANIZAÇÕES E AS ORGANIZAÇÕES DO CONHECIMENTO

Leia mais

EDUCAÇÃO AMBIENTAL & SAÚDE: ABORDANDO O TEMA RECICLAGEM NO CONTEXTO ESCOLAR

EDUCAÇÃO AMBIENTAL & SAÚDE: ABORDANDO O TEMA RECICLAGEM NO CONTEXTO ESCOLAR EDUCAÇÃO AMBIENTAL & SAÚDE: ABORDANDO O TEMA RECICLAGEM NO CONTEXTO ESCOLAR ARNOR, Asneth Êmilly de Oliveira; DA SILVA, Ana Maria Gomes; DA SILVA, Ana Paula; DA SILVA, Tatiana Graduanda em Pedagogia -UFPB-

Leia mais

Gestão da Produção - Optimizar a produção através do LEAN

Gestão da Produção - Optimizar a produção através do LEAN Gestão da Produção - Optimizar a produção através do LEAN Introdução Lean é uma filosofia de produção nascida após a segunda guerra mundial no sector automóvel com intuito de optimizar o sistema de produção.

Leia mais

MRP II. Planejamento e Controle da Produção 3 professor Muris Lage Junior

MRP II. Planejamento e Controle da Produção 3 professor Muris Lage Junior MRP II Introdução A lógica de cálculo das necessidades é conhecida há muito tempo Porém só pode ser utilizada na prática em situações mais complexas a partir dos anos 60 A partir de meados da década de

Leia mais

Declaração de Conflitos de Interesse. Diretor da NKB Medicina Diagnóstica

Declaração de Conflitos de Interesse. Diretor da NKB Medicina Diagnóstica Declaração de Conflitos de Interesse Diretor da NKB Medicina Diagnóstica Lean na Microbiologia Conceito de Lean Cláudio Pereira Diretor Regional NKB RJ Agenda Lean Thinking Sistema de Produção da Toyota

Leia mais

processos de qualidade como um todo. Este conceito, muitas vezes como parte de uma iniciativa mais ampla "gestão enxuta", muitas organizações abraçam

processos de qualidade como um todo. Este conceito, muitas vezes como parte de uma iniciativa mais ampla gestão enxuta, muitas organizações abraçam 2 1 FILOSOFIA KAIZEN Segundo IMAI, MASAAKI (1996) KAIZEN é uma palavra japonesa que traduzida significa melhoria continua, que colabora em melhorias sequenciais na empresa como um todo, envolvendo todos

Leia mais

Processos Administrativos de Compras

Processos Administrativos de Compras Processos Administrativos de Compras INTRODUÇÃO A função compras é um segmento essencial do Departamento de Materiais e Suprimentos, que tem pôr finalidade suprir as necessidades de materiais ou serviços

Leia mais

PROJETO DE COOPERAÇÃO TÉCNICA INTERNACIONAL. Projeto 914 BRA5065 - PRODOC-MTC/UNESCO DOCUMENTO TÉCNICO Nº 03

PROJETO DE COOPERAÇÃO TÉCNICA INTERNACIONAL. Projeto 914 BRA5065 - PRODOC-MTC/UNESCO DOCUMENTO TÉCNICO Nº 03 PROJETO DE COOPERAÇÃO TÉCNICA INTERNACIONAL Diretrizes e Estratégias para Ciência, Tecnologia e Inovação no Brasil Projeto 914 BRA5065 - PRODOC-MTC/UNESCO DOCUMENTO TÉCNICO Nº 03 RELATÓRIO TÉCNICO CONCLUSIVO

Leia mais

Eixo Temático ET-03-004 - Gestão de Resíduos Sólidos VANTAGENS DA LOGÍSTICA REVERSA NOS EQUIPAMENTOS ELETRÔNICOS

Eixo Temático ET-03-004 - Gestão de Resíduos Sólidos VANTAGENS DA LOGÍSTICA REVERSA NOS EQUIPAMENTOS ELETRÔNICOS 198 Eixo Temático ET-03-004 - Gestão de Resíduos Sólidos VANTAGENS DA LOGÍSTICA REVERSA NOS EQUIPAMENTOS ELETRÔNICOS Isailma da Silva Araújo; Luanna Nari Freitas de Lima; Juliana Ribeiro dos Reis; Robson

Leia mais

Instalações Máquinas Equipamentos Pessoal de produção

Instalações Máquinas Equipamentos Pessoal de produção Arranjo físico e fluxo Procedimentos de arranjo físico O arranjo físico (em inglês lay-out) de uma operação produtiva preocupa-se com o posicionamento dos recursos de transformação. Isto é, definir onde

Leia mais

Módulo 9 A Avaliação de Desempenho faz parte do subsistema de aplicação de recursos humanos.

Módulo 9 A Avaliação de Desempenho faz parte do subsistema de aplicação de recursos humanos. Módulo 9 A Avaliação de Desempenho faz parte do subsistema de aplicação de recursos humanos. 9.1 Explicações iniciais A avaliação é algo que faz parte de nossas vidas, mesmo antes de nascermos, se não

Leia mais

Otimização do tempo de setup na operação gargalo de uma indústria gráfica utilizando o Sistema de Troca Rápida de Ferramentas

Otimização do tempo de setup na operação gargalo de uma indústria gráfica utilizando o Sistema de Troca Rápida de Ferramentas Otimização do tempo de setup na operação gargalo de uma indústria gráfica utilizando o Sistema de Troca Rápida de Ferramentas Jonas Alves de Paiva (UFPB) jonas@ct.ufpb.br Thiago Miranda de Vasconcelos

Leia mais

Campus Capivari Análise e Desenvolvimento de Sistemas (ADS) Prof. André Luís Belini E-mail: prof.andre.luis.belini@gmail.com /

Campus Capivari Análise e Desenvolvimento de Sistemas (ADS) Prof. André Luís Belini E-mail: prof.andre.luis.belini@gmail.com / Campus Capivari Análise e Desenvolvimento de Sistemas (ADS) Prof. André Luís Belini E-mail: prof.andre.luis.belini@gmail.com / andre.belini@ifsp.edu.br MATÉRIA: SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO Aula N : 15 Tema:

Leia mais

INVESTIMENTO A LONGO PRAZO 1. Princípios de Fluxo de Caixa para Orçamento de Capital

INVESTIMENTO A LONGO PRAZO 1. Princípios de Fluxo de Caixa para Orçamento de Capital 5 INVESTIMENTO A LONGO PRAZO 1. Princípios de Fluxo de Caixa para Orçamento de Capital 1.1 Processo de decisão de orçamento de capital A decisão de investimento de longo prazo é a decisão financeira mais

Leia mais

Descrição do processo de priorização para tomada de tempos: Pesquisa ação em uma empresa job shop de usinados aeronáuticos.

Descrição do processo de priorização para tomada de tempos: Pesquisa ação em uma empresa job shop de usinados aeronáuticos. Descrição do processo de priorização para tomada de tempos: Pesquisa ação em uma empresa job shop de usinados aeronáuticos. Tatiana Sakuyama Jorge Muniz Faculdade de Engenharia de Guaratingüetá - Unesp

Leia mais

ESTRUTURA DE GERENCIAMENTO DO RISCO OPERACIONAL

ESTRUTURA DE GERENCIAMENTO DO RISCO OPERACIONAL ESTRUTURA DE GERENCIAMENTO DO RISCO OPERACIONAL 1. INTRODUÇÃO: O Banco Pottencial, considera a gestão de riscos como um instrumento essencial para maximização da eficiência no uso do capital e para escolha

Leia mais

DESENVOLVENDO O SISTEMA

DESENVOLVENDO O SISTEMA DESENVOLVENDO O SISTEMA Declaração da Necessidade O primeiro passo do processo de análise de sistema envolve a identificação da necessidade [Pressman-95]. Normalmente o analista reúne-se com o usuário

Leia mais

Confederação Nacional da Indústria. - Manual de Sobrevivência na Crise -

Confederação Nacional da Indústria. - Manual de Sobrevivência na Crise - RECOMENDAÇÕES PARA PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS - Manual de Sobrevivência na Crise - Janeiro de 1998 RECOMENDAÇÕES PARA PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS - Manual de Sobrevivência na Crise - As empresas, principalmente

Leia mais

UNIVERSIDADE PAULISTA CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA. Projeto Integrado Multidisciplinar I e II

UNIVERSIDADE PAULISTA CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA. Projeto Integrado Multidisciplinar I e II UNIVERSIDADE PAULISTA CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA Projeto Integrado Multidisciplinar I e II Manual de orientações - PIM Cursos superiores de Tecnologia em: Gestão Ambiental, Marketing, Processos Gerenciais

Leia mais

Prof. Silene Seibel, Dra. silene@joinville.udesc.br

Prof. Silene Seibel, Dra. silene@joinville.udesc.br Prof. Silene Seibel, Dra. silene@joinville.udesc.br 1 Projetar sistemas de movimentação e armazenagem de materiais baseados nos princípios lean 2 Aprender a desenhar o fluxo de informações e materiais

Leia mais

Concurso da Prefeitura São Paulo. Curso Gestão de Processos, Projetos e Tecnologia da Informação. Tema: Gestão de Projetos - Conceitos Básicos

Concurso da Prefeitura São Paulo. Curso Gestão de Processos, Projetos e Tecnologia da Informação. Tema: Gestão de Projetos - Conceitos Básicos Contatos: E-mail: profanadeinformatica@yahoo.com.br Blog: http://profanadeinformatica.blogspot.com.br/ Facebook: https://www.facebook.com/anapinf Concurso da Prefeitura São Paulo Curso Gestão de Processos,

Leia mais

Planejamento da produção. FATEC Prof. Paulo Medeiros

Planejamento da produção. FATEC Prof. Paulo Medeiros Planejamento da produção FATEC Prof. Paulo Medeiros Planejamento da produção O sistema de produção requer a obtenção e utilização dos recursos produtivos que incluem: mão-de-obra, materiais, edifícios,

Leia mais

A PRÁTICA PEDAGÓGICA DO PROFESSOR DE PEDAGOGIA DA FESURV - UNIVERSIDADE DE RIO VERDE

A PRÁTICA PEDAGÓGICA DO PROFESSOR DE PEDAGOGIA DA FESURV - UNIVERSIDADE DE RIO VERDE A PRÁTICA PEDAGÓGICA DO PROFESSOR DE PEDAGOGIA DA FESURV - UNIVERSIDADE DE RIO VERDE Bruna Cardoso Cruz 1 RESUMO: O presente trabalho procura conhecer o desempenho profissional dos professores da faculdade

Leia mais

Principais desafios do administrador de materiais na empresa atual Problema de manutenção do estoque:

Principais desafios do administrador de materiais na empresa atual Problema de manutenção do estoque: ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS A logística e a administração de materiais Logística é uma operação integrada para cuidar de suprimentos e distribuição de produtos de forma racionalizada, o que significa planejar,

Leia mais

Disciplina: Alfabetização

Disciplina: Alfabetização Título do artigo: As intervenções didáticas no processo de alfabetização inicial Disciplina: Alfabetização Selecionador: Beatriz Gouveia 1 Categoria: Professor 1 Coordenadora de projetos do Instituto Avisa

Leia mais

ESCO COMO INSTRUMENTO DE FOMENTO A EFICIÊNCIA ENERGÉTICA

ESCO COMO INSTRUMENTO DE FOMENTO A EFICIÊNCIA ENERGÉTICA ESCO COMO INSTRUMENTO DE FOMENTO A EFICIÊNCIA ENERGÉTICA Ralf Majevski Santos 1 Flávio Tongo da Silva 2 ( 1 Ralf_majevski@yahoo.com.br, 2 ftongo@bitavel.com) Fundamentos em Energia Professor Wanderley

Leia mais

7 perguntas para fazer a qualquer fornecedor de automação de força de vendas

7 perguntas para fazer a qualquer fornecedor de automação de força de vendas 7 perguntas para fazer a qualquer fornecedor de automação de força de vendas 1. O fornecedor é totalmente focado no desenvolvimento de soluções móveis? Por que devo perguntar isso? Buscando diversificar

Leia mais

3 Estratégia para o enriquecimento de informações

3 Estratégia para o enriquecimento de informações 34 3 Estratégia para o enriquecimento de informações Podemos resumir o processo de enriquecimento de informações em duas grandes etapas, a saber, busca e incorporação de dados, como ilustrado na Figura

Leia mais

ATIVIDADE INTERDISCIPLINAR I Unidade I: Manual da Primeira Etapa

ATIVIDADE INTERDISCIPLINAR I Unidade I: Manual da Primeira Etapa ATIVIDADE INTERDISCIPLINAR I Unidade I: Manual da Primeira Etapa 0 1 Atividade Interdisciplinar Manual da Primeira Etapa SUMÁRIO Introdução... 03 1. Objetivos da Atividade 05 Interdisciplinar... 2. Metodologia...

Leia mais

5 Considerações finais

5 Considerações finais 5 Considerações finais 5.1. Conclusões A presente dissertação teve o objetivo principal de investigar a visão dos alunos que se formam em Administração sobre RSC e o seu ensino. Para alcançar esse objetivo,

Leia mais

Módulo 14 Treinamento e Desenvolvimento de Pessoas. 14.1. Treinamento é investimento

Módulo 14 Treinamento e Desenvolvimento de Pessoas. 14.1. Treinamento é investimento Módulo 14 Treinamento e Desenvolvimento de Pessoas 14.1. Treinamento é investimento O subsistema de desenvolver pessoas é uma das áreas estratégicas do Gerenciamento de Pessoas, entretanto em algumas organizações

Leia mais

A Sustentabilidade e a Inovação na formação dos Engenheiros Brasileiros. Prof.Dr. Marco Antônio Dias CEETEPS

A Sustentabilidade e a Inovação na formação dos Engenheiros Brasileiros. Prof.Dr. Marco Antônio Dias CEETEPS A Sustentabilidade e a Inovação na formação dos Engenheiros Brasileiros Prof.Dr. Marco Antônio Dias CEETEPS O PAPEL DA FORMAÇÃO ACADÊMICA Segundo diversos autores que dominam e escrevem a respeito do tema,

Leia mais

MODELAGEM MATEMÁTICA: PRINCIPAIS DIFICULDADES DOS PROFESSORES DO ENSINO MÉDIO 1

MODELAGEM MATEMÁTICA: PRINCIPAIS DIFICULDADES DOS PROFESSORES DO ENSINO MÉDIO 1 MODELAGEM MATEMÁTICA: PRINCIPAIS DIFICULDADES DOS PROFESSORES DO ENSINO MÉDIO 1 Resumo Claudenici Aparecida Medeiros da Silva Universidade Federal do Pará Campus de Marabá Pólo de Canaã dos Carajás nici_medeiros@hotmail.com

Leia mais

A GESTÃO E AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO NA INCUBADORA TÉCNOLÓGICA UNIVAP

A GESTÃO E AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO NA INCUBADORA TÉCNOLÓGICA UNIVAP A GESTÃO E AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO NA INCUBADORA TÉCNOLÓGICA UNIVAP Feitosa, R. 1, Santos, J. 2, Lourenção, P. 3 123 Curso de Administração de Empresas, Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas. Univap

Leia mais

PLANO DE NEGÓCIOS. Causas de Fracasso:

PLANO DE NEGÓCIOS. Causas de Fracasso: PLANO DE NEGÓCIOS Causas de Fracasso: Falta de experiência profissional Falta de competência gerencial Desconhecimento do mercado Falta de qualidade dos produtos/serviços Localização errada Dificuldades

Leia mais

Otimizada para Crescimento:

Otimizada para Crescimento: Quinta Pesquisa Anual de Mudança na Cadeia de Suprimentos RESUMO REGIONAL: AMÉRICA LATINA Otimizada para Crescimento: Executivos de alta tecnologia se adaptam para se adequar às demandas mundiais INTRODUÇÃO

Leia mais

Empreenda! 9ª Edição Roteiro de Apoio ao Plano de Negócios. Preparamos este roteiro para ajudá-lo (a) a desenvolver o seu Plano de Negócios.

Empreenda! 9ª Edição Roteiro de Apoio ao Plano de Negócios. Preparamos este roteiro para ajudá-lo (a) a desenvolver o seu Plano de Negócios. Empreenda! 9ª Edição Roteiro de Apoio ao Plano de Negócios Caro (a) aluno (a), Preparamos este roteiro para ajudá-lo (a) a desenvolver o seu Plano de Negócios. O Plano de Negócios deverá ter no máximo

Leia mais

EVOLUÇÃO E DESAFIOS DA GESTÃO DE UMA EMPRESA FAMILIAR DO RAMO DE CONSTRUÇÃO CIVIL Breno Luiz Lagreca Dias da Costa 1 Larissa Disconzi Perufo 2

EVOLUÇÃO E DESAFIOS DA GESTÃO DE UMA EMPRESA FAMILIAR DO RAMO DE CONSTRUÇÃO CIVIL Breno Luiz Lagreca Dias da Costa 1 Larissa Disconzi Perufo 2 EVOLUÇÃO E DESAFIOS DA GESTÃO DE UMA EMPRESA FAMILIAR DO RAMO DE CONSTRUÇÃO CIVIL Breno Luiz Lagreca Dias da Costa 1 Larissa Disconzi Perufo 2 1 INTRODUÇÃO Empresas familiares distinguem-se das demais

Leia mais

Unidade 8: Padrão MVC e DAO Prof. Daniel Caetano

Unidade 8: Padrão MVC e DAO Prof. Daniel Caetano Programação Servidor para Sistemas Web 1 Unidade 8: Padrão MVC e DAO Prof. Daniel Caetano Objetivo: Apresentar a teoria por trás dos padrões na construção de aplicações Web. INTRODUÇÃO Nas aulas anteriores

Leia mais

LISTA DE VERIFICAÇAO DO SISTEMA DE GESTAO DA QUALIDADE

LISTA DE VERIFICAÇAO DO SISTEMA DE GESTAO DA QUALIDADE Questionamento a alta direção: 1. Quais os objetivos e metas da organização? 2. quais os principais Produtos e/ou serviços da organização? 3. Qual o escopo da certificação? 4. qual é a Visão e Missão?

Leia mais

17/02/2015 PROJETO DE PRODUTOS E SERVIÇOS

17/02/2015 PROJETO DE PRODUTOS E SERVIÇOS Objetivo: satisfazer as necessidades atuais e/ou futuras dos consumidores. Isto aumenta a competitividade da empresa. O projeto de produtos/serviços inicia com o consumidor e nele termina. Primeiro: Segundo:

Leia mais

Capítulo 2 Objetivos e benefícios de um Sistema de Informação

Capítulo 2 Objetivos e benefícios de um Sistema de Informação Capítulo 2 Objetivos e benefícios de um Sistema de Informação 2.1 OBJETIVO, FOCO E CARACTERÍSTICAS DOS SISTEMAS DE INFORMAÇÃO. Os Sistemas de Informação, independentemente de seu nível ou classificação,

Leia mais

P G Q P. Gestão de Produtividade. Ivan De Pellegrin. Alexandre Soares. Produttare Consultores Associados. Medabil Sistemas Construtivos

P G Q P. Gestão de Produtividade. Ivan De Pellegrin. Alexandre Soares. Produttare Consultores Associados. Medabil Sistemas Construtivos P G Q P Gestão de Produtividade Ivan De Pellegrin Produttare Consultores Associados Alexandre Soares Medabil Sistemas Construtivos Plano de Vôo 1. Introdução a. Produtividade um dos requisitos... b. Indicadores

Leia mais

(LOQ4208) Processos da Indústria de Serviços 05 Lean Office

(LOQ4208) Processos da Indústria de Serviços 05 Lean Office Processos da Indústria de Serviços (LOQ4208) 5 Lean Office Isto não é... LEAN OFFICE 1 Aqui parece ser... LEAN OFFICE Lean Thinking: Os 5 Princípios Fundamentais 1. Definir o que é VALOR sob a ótica do

Leia mais

Pedagogia Estácio FAMAP

Pedagogia Estácio FAMAP Pedagogia Estácio FAMAP # Objetivos Gerais: O Curso de Graduação em Pedagogia da Estácio FAMAP tem por objetivo geral a formação de profissionais preparados para responder às diferenciadas demandas educativas

Leia mais

Porque estudar Gestão de Projetos?

Porque estudar Gestão de Projetos? Versão 2000 - Última Revisão 07/08/2006 Porque estudar Gestão de Projetos? Segundo o Standish Group, entidade americana de consultoria empresarial, através de um estudo chamado "Chaos Report", para projetos

Leia mais