DIRECÇÃO DO PROCESSO DE TREINO EM FUTSAL. Francisco Batista

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "DIRECÇÃO DO PROCESSO DE TREINO EM FUTSAL. Francisco Batista"

Transcrição

1 DIRECÇÃO DO PROCESSO DE TREINO EM FUTSAL Francisco Batista

2 A ESSÊNCIA DO PROCESSO DE TREINO ANÁLISE DO PROBLEMA Fundamentado em métodos de treino científico, mais que intuitivos, o processo de treino aumenta a eficácia do papel do treinador. Isto supõe no treinador uma capacidade de analisar, de tomar decisões e de actuar a partir de determinados conhecimentos e a partir do treino. Resumindo, esta é uma técnica intelectual, essencial para estabelecer uma base de treino teórica e prática.

3 EM QUE CONSISTE O TRABALHO DO TREINADOR? Os treinadores modernos interessam-se muito sobre os seus atletas, devido a diversas razões. Por exemplo, no caso de uma equipa, o treinador, como chefe de equipa, planifica, organiza e dirige do ponto de vista técnico, sendo igualmente responsável pela avaliação e pelo ensino dos membros da equipa, para além de ocupar-se da planificação e da direcção das sessões de treino. Através da instrução e das demonstrações, o treinador no seu papel de docente, ajuda os jogadores a adquirir as habilidades biomecânicas necessárias ao desempenho.

4 Tendo em atenção o seu papel docente, o treinador apresenta informações para que o atleta seja capaz de estabelecer um compromisso entre a segurança e os riscos que há que assumir e actuar de acordo com percentagens. O treinador ajuda os atletas a avaliar, a aplicar e a apreciar as estratégias e as tácticas no contexto da competição. Em alguns âmbitos desportivos, chega a designar-se um treinador, que traga no seu trabalho, aspectos particulares do desenvolvimento da equipa. É exemplo disto os designados treinadores de guarda-redes. A função do treinador especializado é levar o atleta a um grau elevado de conhecimentos e de destreza, com o objectivo de ajudá-los a obter resultados de alto nível.

5 Na qualidade de psicólogo, o treinador deve ser capaz de dar conselhos que permitam aos competidores, enfrentar situações de pressão; criar uma motivação positiva para a competição, dando segurança e manifestando todo o seu interesse nos atletas. A sua tarefa é fundamentalmente motivar os atletas, conhecendo-os um a um e conferindo o estímulo apropriado a cada um deles.

6 É claro que graças ao seu método de treino, o treinador pode ajudar os seus atletas a satisfazer as suas necessidades específicas e a resolver os seus problemas durante o decorrer da competição. Antes que o treinador possa ajudar os competidores e a resolver os seus problemas, é necessário em primeiro lugar que os identifique. Daqui deduz-se que o treino significa tanto definir e analisar os problemas, como resolvê-los. É evidente que treinar atletas não é um assunto que se realize ao sabor dos ventos e das vontades, pelo método do ensaio-erro (os êxitos e os fracassos); treinar implica uma serie de etapas ordenadas e unidas entre si. É necessário seguir um processo de treino específico para organizar acções de treino.

7 QUAL É O PROCESSO DE TREINO? O treino pode ir desde o simples acto consistente em ajustar a forma de como um principiante deve colocar-se para receber uma bola, às medidas extremamente complexas, dirigidas a ajudar um jogador durante um jogo internacional, ou ainda ajudar os avançados a marcar um golo. Sem embargo, o processo de treino é o mesmo, seja a ajuda que um treinador aporte ao treino sobre uma técnica fundamental, ou uma sucessão de actividades complexas.

8 O termo processo de treino designa a serie de etapas adoptadas pelo treinador para determinar, planificar e aplicar as acções escolhidas pelo técnico. É um esforço deliberado por parte dos treinadores para resolver o problema que pode encontrar um jogador. O processo de treino necessita de capacidade para avaliar as situações, aplicar os princípios do treino e apreciar as acções para determinar a sua eficácia. Esta progressão, etapa por etapa, permite e facilita as acções sistemáticas do treino.

9 O processo compreende cinco etapas: Recolha de dados, Diagnóstico, Prescrição de um plano de acção, Aplicação, Avaliação.

10 As etapas do processo seguem-se de uma forma lógica. Antes de tomar decisões a respeito da sua acção, o treinador deve em primeiro lugar apreciar a necessidade de actuar. Este passo supõe a recolha de dados objectivos e subjectivos que permitam ao treinador identificar o problema dos jogadores / equipa.

11 De seguida, fixam-se os objectivos e estabelece-se um plano de acção com o fim de ajudar o jogador a alcançar esses objectivos. Uma vez que se pôs em funcionamento o plano de acção, a última etapa consiste em avaliar os resultados da dita acção para que exista uma retroacção ao nível dos resultados e da eficácia da ajuda do treinador.

12 Quatro elementos permitem caracterizar o processo de treino: 1. O seu carácter dinâmico: As acções do processo de treino mudam, influenciam-se umas às outras, e estão continuamente ligadas entre si. 2. O seu carácter organizado: Uma etapa segue-se a outra.

13 3. O seu carácter sistemático: As etapas do processo estão constituídas umas atrás das outras, etapa atrás de etapa, de uma forma ordenada. 4. O seu carácter deliberado: Cada etapa é examinada cuidadosamente e é considerada em função das necessidades e problemas do competidor / equipa. O processo apresenta-se na figura seguinte, demonstrando que a natureza do processo está continuamente em evolução.

14 MODELO DO PROCESSO DE TREINO EM CINCO ETAPAS Figura 1 5ª ETAPA Reavaliação Avaliação Resultados?? 1ªETAPA Observação Recolha de Dados Procura de Objectivos REAVALIAÇÃO 2ª ETAPA Avaliação Diagnóstico Leitura do Jogo REVISÃO DO PLANO 4ª ETAPA Pôr em Funcionamento Execução do Plano Acção do Treinador 3ª ETAPA Fixar Objectivos Plano de Acção Que deve Fazer-se??

15 PRIMEIRA ETAPA: Recolha de Dados O objectivo da recolha de dados é acumular as informações necessárias sobre o jogo e sobre os competidores com o fim de identificar e de resolver o seu problema, qualquer que seja. A recolha de dados é a etapa mais importante, na medida em que todas as demais derivam dela. Se a recolha de dados falha na precisão ou resulta incompleta, o diagnóstico e o plano correspondente serão inadequados ou incompletos. Como se pode proceder à recolha de dados? Que é o que se denomina de boas fontes de dados? Os dados são objectivos ou subjectivos? Os dados subjectivos são os recolhidos directamente a partir dos jogadores. Por exemplo, no futebol, quando os avançados têm problemas para marcar golos, o treinador deve perguntar a opinião dos jogadores sobre o problema, para recolher informações que permitam resolver os problemas que existem.

16 No entanto, se nos conformamos com o interrogar dos jogadores, geralmente não se obtêm todas as informações necessárias para a identificação do problema. Graças à observação dos jogadores por parte do treinador, pode este último obter outras informações. As informações próprias do competidor, mas que não se devem a ele, constituem dados objectivos. Por exemplo, já é muito utilizado no futebol, recolherem-se numerosas informações por parte do treinador e pela sua equipa de ajudantes, a partir da diferente colocação no terreno ou do estudo de cassetes de vídeo, filmadas a partir de treinos ou competições.

17 Por outro lado ao nível da equipa a recolha de dados objectivos têm a ver por exemplo com o número de jornadas de competição ao longo da época, número de dias prévios à competição, número de dias disponíveis para treinar, número de dias para recuperação após um jogo, tempo disponível desde o início da época até ao primeiro jogo oficial, o que permite ao treinador, diagnosticar e planear o trabalho do ano.

18 Torna-se importante verificar o número de dias utilizados em treinos, viagens e recuperações, para sabermos o tempo útil de trabalho. MESES Nº JOGOS PERCENTAGEM Fevereiro % Março % Abril 4 80 % Maio 4 80 % PERCENTAGEM BASEADA EM 5 JOGOS POR MÊS/MÉDIA DE UMA EQUIPA

19 A recolha de dados é uma etapa que consiste em procurar alguns fins e objectivos do processo de treino. No decurso desta etapa, o treinador descreve a maneira de jogar ou o comportamento que conseguiu observar, sem retirar conclusões, nem fazer interpretações.

20 SEGUNDA ETAPA: O Diagnóstico Esta etapa compreende a avaliação ou análise do jogo do competidor e da equipa. Depois da avaliação, o treinador utiliza os dados para fazer um diagnóstico e põe em evidência o problema do jogador que necessita de uma intervenção específica. Esta etapa é essencial porque uma conclusão equivocada provoca que as duas etapas seguintes resultem ineficazes.

21 FACTORES QUE INFLUENCIAM O RENDIMENTO EM FUTSAL Técnica Capacidades de Coordenação Destrezas Motrizes Capacidades Físicas RENDIMENTO NO FUTSAL Capacidades Cognitivotácticas Condições Básicas Condição Física Resistência Aer/Anaer Velocidade Força Resist./Máx./Explosiva Flexibilidade Agilidade Condições Externas (família/sociedade, treinador, etc...)

22 A avaliação é uma sub-etapa do diagnóstico do treinador. Trata-se de avaliar a situação dos atletas e da equipa para tentar saber se tem necessidades ou problemas. Os dados recolhidos não são todos pertinentes. A avaliação é um processo selectivo e discriminatório pelo qual o treinador julga a pertinência dos dados. Numerosos treinadores consideram a avaliação como uma leitura do jogo que traduz a capacidade do treinador para observar, recolher metodicamente e analisar objectivamente as informações. Um treinador que não seja capaz de ler um jogo, não pode reconhecer o problema com que se enfrentam os seus jogadores e equipa, nem fazer diagnósticos.

23 TERCEIRA ETAPA: O Plano de Acção Uma vez que o treinador identificou o problema de um jogador ou da equipa, deve elaborar um plano de acção para resolvê-lo. Esta é a fase da planificação. Esta planificação está destinada a determinar outras possibilidades de acção com o fim de resolver os problemas dos atletas e da equipa. Igualmente pretende fixar objectivos que, uma vez obtidos, simplifiquem o problema identificado. Uma vez que se conhece o resultado desejado, o treinador pode avaliar a sua contribuição e adoptar um plano de acção para realizála. Pode avaliar-se a ajuda que traz um treinador, observando-se as modificações que realiza na maneira de jogar dos seus jogadores e equipa.

24 Sem as etapas precedentes de recolha de dados e de diagnóstico, o treinador está obrigado a apelar à sua intuição, a recorrer ao método de ensaio e erro e a pôr-se a adivinhar. QUARTA ETAPA: A Execução A fase de execução compreende a aplicação de um plano de acção. A planificação da acção do treinador não é suficiente para resolver o problema dos jogadores e da equipa, é necessário actuar. Um plano que não pode pôr-se em prática é inútil. Ao formular um plano de acção, o treinador deve ter em conta a capacidade dos jogadores em quem se vai aplicar e as condições materiais e logísticas que existem.

25 QUINTA ETAPA: A Avaliação Nesta etapa, o treinador avalia de maneira crítica a eficácia da sua própria acção. Funcionou o programa de correcção aconselhado? A avaliação, a planificação e a aplicação recomendadas não serão produtivas, senão permitem aos jogadores e à equipa alcançar os objectivos do plano. Também os objectivos servem de critérios com respeito aos quais deve avaliar-se a ajuda que o treinador conseguiu trazer para o grupo. A avaliação dirigida a determinar os progressos realizados, serve para avaliar a acção do treinador.

26 A avaliação permite determinar se foram alcançados os objectivos. Se não foram, há que procurar a causa. As razões podem ser por exemplo: Ø Deficiente identificação do problema; Ø Um programa de correcção inapropriado; Ø Objectivos irreais. Com o fim de delimitar os problemas, geralmente há que recolher dados suplementares para efectuar uma reavaliação. Os dados assim obtidos podem afirmar os juízos emitidos durante a primeira avaliação, o que significa que será necessário modificar o diagnóstico do treino precedente. Como consequência, dados novos podem conduzir à revisão do programa de correcções.

27 Ainda que a avaliação, como segunda etapa da progressão do treino, forme a base do diagnóstico do treinador e do plano de treino, a reavaliação continua a realizar-se em todas as etapas do processo. Aporta informações que confirmam ou modificam a acção do treinador, à medida que muda a situação dos jogadores e/ou da equipa. A avaliação é a etapa final do processo de treino, desempenhando duas importantes funções: Ø Avaliação dos objectivos esperados; Ø Reavaliação das etapas do processo de treino.

28 VANTAGENS DO PROCESSO DE TREINO O processo de treino beneficia tanto os jogadores como o treinador e como natural consequência a equipa. Os seus benefícios são: Ø Ø Ø Ø Aperfeiçoamento da qualidade do treino; Uma melhor comunicação; Um pensamento positivo e uma acção planificada; Uma interacção sã e um meio de avaliação.

29 1. Aperfeiçoamento da qualidade do treino. O processo de treino aporta um método sistemático que permite a planificação da instrução e do treino que garanta aos jogadores um treino de qualidade. O processo de treino aumenta consideravelmente as possibilidades de melhorar o nível de resultados do jogador e da equipa, e sem este enfoque sistemático do treino, é fácil descuidar os pontos débeis e repetir os erros. Utilizando o processo de treino com o fim de desenvolver os planos para resolver os problemas do jogador e da equipa, da mesma forma que uma enfermeira utiliza o processo ligado aos cuidados para ajudar os doentes. Nas duas situações, a utilização de um processo significa que as acções estão dirigidas para um objectivo e planificadas com vista a um nível óptimo de funcionamento individual que representa um objectivo.

30 2. A Comunicação. O papel do treinador, a qualidade de homem de comunicação, é central em relação a todos os demais papéis do treinador. É impossível transmitir informações, ensinar, corrigir, coordenar ou motivar, sem que exista uma comunicação eficaz. Para pôr em prática esta competência, o treinador deve estabelecer laços de comunicação com os jogadores individualmente e com a equipa no seu conjunto. 3. O Pensamento positivo e a planificação da acção. A não utilização do processo de treino, provoca que se produza um abandono na forma de abordar o treino, na medida que faltam os planos de acção que marcam a orientação do trabalho. O treinador actua muitas vezes por impulsos, parece ir à deriva e o método de êxitos e fracassos, substitui a acção racional. Quanto a avaliação normalmente não existe. Pelo contrário, o processo de treino significa que a reflexão precede a acção. O problema dos jogadores e da equipa, identificam-se e analisam-se.

31 A análise do problema permite fixar-se um objectivo, e a partir desse momento, formula-se um plano de acções deliberadas que permitam alcançar este objectivo. Um treinador não pode dar conselhos reflectidos e bem planificados antes de ter determinado a natureza dos problemas dos jogadores e da equipa. Num marco bem definido do processo de treino, o jogador é objecto de atenção personalizada, organizada e meditada pelo treinador, o que produz geralmente uma melhora rápida dos resultados individuais e colectivos. O treino desta maneira, é fonte de mútua satisfação, tanto para os jogadores, como para o treinador.

32 4. A Participação dos jogadores. A interacção entre jogador e treinador é a marca de fábrica do processo de treino. O jogador deve participar na tomada de decisões que influenciam o plano de treino concebido para satisfazer as suas necessidades. A participação do jogador na planificação do processo de treino é um meio importante de motivação. Quando o jogador está implicado num projecto de um plano de treino, sente-se muito mais motivado levá-lo à prática até ao final. Uma boa compreensão do processo de resolução dos problemas, cria um aumento de confiança na capacidade dos jogadores para resolver os problemas da competição.

33 5. Os Meios de avaliação. O processo de treino aporta ao treinador um mecanismo de avaliação precioso. Pode proceder-se facilmente à comprovação mental dos componentes para determinar a maneira com que um treinador realizou eficazmente cada uma das fases do processo. Definiram-se com precisão os objectivos e as necessidades dos jogadores? As acções planificadas para a sua realização eram eficazes? Funcionou o processo de uma forma coordenada? Alcançaram-se os objectivos fixados?. Ao treinador incumbe assegurar um treino de qualidade. Para alcançar este objectivo, o plano de treino deve avaliar-se continuamente e readaptar-se para introduzir as modificações desejadas em relação à evolução dos jogadores e ao rendimento da equipa.

34 RESUMO Por tradição, a prática do treino descansa sobretudo no hábito, na intuição e no senso comum. Ainda que os treinadores tenham muita experiência e sejam muito razoáveis intelectualmente, os seus actos nem sempre se baseiam sobre intervenções pertinentes, ou num treino fundamentado em conhecimentos científicos. Actualmente o treinador luta pelo reconhecimento do seu estatuto e profissão. Nesta óptica, deve efectuar-se um esforço comum para dar ao treinador bases mais sistemáticas e mais científicas. O processo de treino está destinado a satisfazer também esta necessidade. Há uma serie de acções ou de etapas que são essenciais para toda a prática do treino, seja qual for o seu nível.

35 Estas etapas são as seguintes: 1ª etapa - Recolher os dados necessários para a identificação dos problemas dos jogadores e da equipa; 2ª etapa - Analisar as informações recolhidas e identificar o problema por cuja causa os jogadores ou a equipa, têm necessidade da ajuda do treinador; 3ª etapa - Estabelecer um programa de correcções que, a prazo, permitirá resolver os problemas identificados; 4ª etapa - Aplicar as medidas descritas no programa de correcções; 5ª etapa - Avaliar a eficácia do plano.

36 O processo de treino como conjunto de acções está representado na figura 1. Nela mostra-se que as etapas do processo de treino desenvolvem-se sucessivamente devido a estarem estreitamente ligadas e apresentarem um carácter dinâmico. A marcha do processo de treino parece ser muito prometedora, mas os treinadores consideram que lhes leva demasiado tempo e que é bastante complicado para que se possa utilizar na prática. A aplicação do processo de treino leva bastante menos tempo do que se precisa para descrevê-lo. Pensem nas dificuldades do principiante que aprende a rematar à baliza, ou a fazer uma recepção de bola. Uma vez que se aprende o movimento, pode realizar-se facilmente sem ser consciente de cada etapa da realização do movimento técnico.

37 Da mesma forma, quando o processo de treino está completamente adquirido e compreendido, pode utilizar-se sem estarmos obrigados a tomar consciência das etapas que engloba. Fundamentado em métodos de treino científicos mais que intuitivos, o processo de treino aumenta a eficácia do papel do treinador. Isto implica a capacidade do treinador para analisar, tomar decisões e actuar a partir de conhecimentos e a partir do treino. Em resumo, é uma técnica intelectual, essencial para estabelecer uma base de treino teórico e prático. Aparentemente, se aplicamos correctamente o processo de treino, dá-se um grande passo para o êxito do trabalho do treinador.

38 PLANIFICAÇÃO DO TREINO DESPORTIVO Planificar o treino é organizar a combinação: - de várias épocas ou macrociclos no seio de um "plano de carreira"; - de vários grandes períodos ou mesociclos no seio de cada época; - de vários grupos de sessões ou microciclos no seio dos mesociclos; - de várias sessões em cada microciclo: - de vários exercícios no seio de cada sessão, cujo objectivo final é o desenvolvimento óptimo, no momento oportuno, de todas as potencialidades requeridos pela competição visada.

39 Organização de uma época desportiva ou macrociclo Fisiologicamente, o organismo só consegue atingir o seu mais alto nível funcional duas, excepcionalmente três, vezes por época. O treinador, qualquer que seja a actividade desportiva, deve escolher em função das competições calendarizadas, os períodos que lhe parecem mais importantes e desenvolver as diferentes etapas que se seguem em função disso.

40 a. Preparação do "terreno psicológico - PP Esta etapa corresponde ao retomar da actividade, após um período de interrupção, e inclui: um trabalho de resistência aeróbia cuja intensidade aumenta progressivamente para atingir valores próximos ou iguais ao VO 2 máximo, um programa de musculação e de flexibilização generalizado, um aperfeiçoamento técnico, um treino indispensável das qualidades de velocidade. Esta primeira etapa é muito importante porque permite, em seis a oito semanas, preparar o organismo para o treino e fixar os objectivos para a época.

41 b. Etapa de pré-competição Pode escalonar-se num período de duas a quatro semanas. Numa primeira fase, ao grande volume de trabalho generalizado que caracteriza a etapa precedente, junta-se a intensidade. É a fase mais crítica da época e deve ser rigorosamente controlada. Depois, progressivamente, a quantidade de trabalho diminui, e o treino toma-se mais específico e mais intenso, conduzindo à etapa das grandes competições.

42 c. Etapa da competição Esta etapa pode ser dividida em duas sub-etapas: "a afinação", aperfeiçoamento; o período competitivo propriamente dito. - A "afinação" constitui a transição entre a etapa pré-competitiva e a competição propriamente dita, traduzindo-se por: uma importante diminuição do volume de trabalho; a manutenção ou aumento da intensidade; a organização de tempos de repouso mais longos; uma grande especificidade dos exercícios propostos; e por uma preparação psicológica melhor adaptada à situação. e psicológica mais favorável, nas competições.

43 A duração desta etapa varia segundo: a actividade. É geralmente mais longa (duas semanas em média) para as actividades que requerem esforços breves de alta intensidade, é reduzida ou por vezes nem existe, para as actividades de longa duração. a concepção do treino. A diminuição progressiva do volume de trabalho da etapa anterior, em certos casos, não necessita da organização de um período destinado ao aperfeiçoamento, sendo este um prolongamento natural do processo de treino.

44 De um modo geral. o princípio que suporta a "afinação" é o aumento de todas as potencialidades psicofisiológicas requeridos pela prova pretendida. Esta supercompensação é induzida pela organização de um repouso relativo, situado após um período de grande stress específico. Como uma supercompensação mal dominada pode conduzir a efeitos contrários, o treinador deve saber estar alerta para as impressões do atleta, e atento aos resultados dos últimos testes de controlo, para escolher a conduta a seguir. Para além da importância da preparação psicológica, este derradeiro período é principalmente consagrado aos últimos ajustamentos técnicos e tácticos realizados em condições o mais próximo possível das de competição.

45 - Período de competição propriamente dita Durante este período, os jogadores devem atingir e manter o seu mais alto nível de "forma física". Esta não se manifesta a não ser durante um período privilegiado, de alto rendimento específico de curta duração. Entretanto, quando o período de competição é escalonado em vários jogos deve acompanhar-se de regras de higiene de vida o mais possível favoráveis ao melhor equilíbrio entre o sono, a dietética, o treino, e as actividades culturais diversificadas que permitem evitar um eventual bloqueio psicológico. No futsal o nível de forma desportiva deve manter-se entre os 80 e os 90%, encontrando-se apenas dois ou três períodos da época para atingir o máximo rendimento.

46 - Etapa de transição O fim do período de competição é frequentemente marcado por um brutal abaixamento de forma do indivíduo. A transição entre este período e o recomeço do treino deve permitir uma recuperação tanto física como psíquica. Apenas deve ser encarada a manutenção das qualidades funcionais, através da prática das habituais actividades desportivas. Este período, com uma duração máxima de quinze dias, três semanas, conduz progressivamente, seja a um primeiro período de tempo, seja a uma nova época desportiva. Em ambos os casos, a intensidade e o volume dos exercícios devem ser aumentados, em relação ao período ou época precedente (princípio da progressividade).

47 1. Aspectos condicionantes do planeamento São inúmeros os factores intervenientes e condicionantes no momento em que nos preparamos para planear uma época desportiva. Entre eles destacamos :

48 Estruturais Logísticos Calendário Competitivo CONDICIONANTES DO PLANEAMENTO Calendário Escolar ou Actividade Profissional Quadro Humano Objectivos Individuais e Colectivos

49 Desde logo devemos começar por efectuar um levantamento das estruturas que temos ao nosso dispor para realizar a actividade. Neste campo a relação entre os espaços de treino disponíveis e o número de jogadores a preparar, as suas especialidades, o número de anos de prática, o seu nível de prestação, etc., revelam-se como uma condicionante primária do planeamento. Depois temos de equacionar o tipo de equipamento de que as instalações dispõem, dado que a cada vez maior especialização do treino requer equipamentos cada vez mais sofisticados, quer ao nível da realização, quer ao nível do controlo do treino.

50 O quadro humano com que vamos trabalhar é também um factor primordial a avaliar na fase de planeamento, quer no que respeita aos atletas, quer no que respeita aos restantes elementos da equipa de trabalho. O planeamento deve envolver todos eles e, para além de ser motivador, deve responsabilizar cada elemento da equipa. Aliado ao quadro humano temos a definição de objectivos, que deve ser de molde suficientemente exigente, para se tornar motivadora, e ao mesmo tempo realista e adaptada às condições existentes e ao nível de prestação colectiva e de cada indivíduo.

51 Muitos outros factores podem interferir nas nossas escolhas em termos de programação e quantas mais consigamos abarcar e controlar, maior será a probabilidade de traçarmos um plano de sucesso para a nossa equipa. Atendendo a tudo quanto atrás foi referido, Manso et al (1996b) propõem que sejam dados os seguintes passos no planeamento: 1º) Realização de um estudo prévio. 2º) Definição dos objectivos. 3º) Calendarização das competições. 4º) Racionalização das estruturas intermédias. 5º) Escolha dos meios de trabalho. 6º) Distribuição das cargas de treino. 7º) Colocação do plano em acção.

52 Finalmente não devemos esquecer a necessidade de avaliar regularmente o modo como o plano está a ser executado, o sucesso obtido em etapas intermédias e, eventualmente, introduzir as alterações que se possam justificar ao mesmo. Como dissemos anteriormente "... a programação e a organização do treino requerem conhecimentos profundos e variados acerca da natureza do processo de treino. A este propósito é conveniente considerá-lo sempre sob o ponto de vista do controle." (Verjoshanski, 1990)

53 2. Aspectos temporais do planeamento Poderemos considerar, em termos temporais, três grandes tipos de planeamento: Planeamento a curto prazo (época desportiva); Planeamento a médio prazo (ciclo olímpico); Planeamento a longo prazo (carreira do atleta). Cada um deles reveste-se de enorme importância, sendo interactivos entre si. A sua interligação é fundamental para respeitar a continuidade do processo de treino.

54 É pois necessário que o processo de treino decorra ao longo dos anos com objectivos que garantam um constante aperfeiçoamento dado que a sua interrupção irá conduzir a oscilações de rendimento e mesmo ao seu decréscimo, ao longo dos anos. Deste modo, o plano de carreira é o primeiro passo no que respeita à procura do rendimento máximo do atleta e à sua ascensão ao alto nível internacional. Segundo Platonov (1993) podemos dividir um ciclo plurianual de treino em cinco grandes etapas: preparação inicial; preparação prévia de base; preparação específica de base; realização máxima das possibilidades do atleta; manutenção dos resultados.

55 Outros autores, como Grosser (1989), defendem mesmo que "...só uma planificação do rendimento a largo prazo, organizada cuidadosamente ao longo de muitos anos (seis a oito) tem sentido e êxito, é eficaz e humana ". Em cada uma destas etapas o atleta deve desenvolver capacidades adequadas à sua idade cronológica, bem como ao número de anos de prática que leva. Em linhas gerais, o treino, inicialmente com percentagens muito elevadas de trabalho de carácter geral, torna-se progressivamente cada vez mais específico e, mais tarde, ainda mais específico dentro da própria modalidade escolhida.

56 As Etapas segundo Navarro (1990)

57 Podemos dizer que na fase de preparação inicial o jovem deve experimentar uma actividade multifacetada, recorrendo a várias experiências em distintos desportos, depois terá uma preparação já mais orientada para a modalidade escolhida embora de carácter muito generalizado. Segue-se a preparação específica de base, na qual vão ser criados os alicerces para a fase seguinte, onde o atleta vai procurar atingir o seu nível máximo de prestação dentro da modalidade escolhida, para, finalmente, entrar numa fase onde a evolução é diminuta mas na qual o atleta continua a competir ao mais alto nível.

58 3. Diferentes opções de planeamento duma época desportiva Tendo em consideração os diferentes factores atrás mencionados, principalmente aqueles que respeitam ao tipo de jogadores com que trabalhamos (idade, nível desportivo, anos de treino, etc.) e ao calendário competitivo de que dispomos, podemos optar por diferentes tipos de planeamento. Ao longo dos tempos foi-se evoluindo do planeamento clássico de Matveiev (1964) - com dois macrociclos semestrais compostos, cada um deles, por período preparatório, período competitivo e período transitório - para diferentes formas organizativas da época que podem ir, segundo Platonov (1993), de "planeamentos bi-anuais a pentaanuais".

59 Figura 2: Correlação entre as fases de desenvolvimento da forma desportiva e os períodos de treino segundo Matveiev (1990).

60 Com base em todos estes pressupostos Raposo (1998) propõe as seguintes opções em termos de planeamento anual: periodização simples; periodização dupla; periodização tripla; periodização pendular; periodização em blocos; variantes à periodização em blocos. Cada uma daquelas opções está relacionada com os factores que mencionamos anteriormente. Um tipo de periodização adequado para jogadores de alto nível não servirá para os jovens, assim como se revelará inadequado para atletas dum patamar competitivo de baixa ou média qualidade.

A PLANIFICAÇÃO DO TREINO DA FORÇA NOS DESPORTOS COLECTIVOS por Sebastião Mota

A PLANIFICAÇÃO DO TREINO DA FORÇA NOS DESPORTOS COLECTIVOS por Sebastião Mota A PLANIFICAÇÃO DO TREINO DA FORÇA NOS DESPORTOS COLECTIVOS por Sebastião Mota INTRODUÇÃO Este documento foi elaborado segundo uma adaptação da obra de Gilles Cometti, que nos propõe uma matriz inovadora

Leia mais

Treino em Circuito. O que é?

Treino em Circuito. O que é? Circuitando O que é? O trabalho em circuito foi idealizado por R.E.Morgan e G.T. Adamson em 1953, na Universidade de Leeds, na Inglaterra, como ofrma de manter os seus atletas em trabalho físico num espaço

Leia mais

ICC Europe Howzat Text Portuguese Version

ICC Europe Howzat Text Portuguese Version ICC Europe Howzat Text Portuguese Version Bem-vindo ao Howzat! A ECB Coach Education em parceria com a ICC Europe está empenhada em disponibilizar recursos de nível mundial; o Howzat! foi pensado para

Leia mais

Período de Preparação Período de Competição Período de Transição

Período de Preparação Período de Competição Período de Transição PERIODIZAÇÃO Desde que a chamada "Ciência do Esporte" passou a sistematizar e metodizar o Treinamento Desportivo, a periodização passou a ser a única forma de se organizar todo o trabalho realizado durante

Leia mais

Navarro, F. In Planificacion del entrenamiento a largo plazo

Navarro, F. In Planificacion del entrenamiento a largo plazo Um programa de treino bem organizado e planificado, durante um período de tempo prolongado, aumenta a eficácia da preparação para as competições futuras mais importantes, uma vez que: introduz uma utilização

Leia mais

PLANEAMENTO DO TREINO: DA FORMAÇÃO AO ALTO RENDIMENTO

PLANEAMENTO DO TREINO: DA FORMAÇÃO AO ALTO RENDIMENTO PLANEAMENTO DO TREINO: DA FORMAÇÃO AO ALTO RENDIMENTO António Vasconcelos Raposo Treinador de Mérito de Natação Pura Desportiva Formador da Solidariedade Olímpica Internacional Formador FINA Formador da

Leia mais

DESENVOLVER E GERIR COMPETÊNCIAS EM CONTEXTO DE MUDANÇA (Publicado na Revista Hotéis de Portugal Julho/Agosto 2004)

DESENVOLVER E GERIR COMPETÊNCIAS EM CONTEXTO DE MUDANÇA (Publicado na Revista Hotéis de Portugal Julho/Agosto 2004) DESENVOLVER E GERIR COMPETÊNCIAS EM CONTEXTO DE MUDANÇA (Publicado na Revista Hotéis de Portugal Julho/Agosto 2004) por Mónica Montenegro, Coordenadora da área de Recursos Humanos do MBA em Hotelaria e

Leia mais

ISO 9000:2000 Sistemas de Gestão da Qualidade Fundamentos e Vocabulário. As Normas da família ISO 9000. As Normas da família ISO 9000

ISO 9000:2000 Sistemas de Gestão da Qualidade Fundamentos e Vocabulário. As Normas da família ISO 9000. As Normas da família ISO 9000 ISO 9000:2000 Sistemas de Gestão da Qualidade Fundamentos e Vocabulário Gestão da Qualidade 2005 1 As Normas da família ISO 9000 ISO 9000 descreve os fundamentos de sistemas de gestão da qualidade e especifica

Leia mais

Desenvolvimento da criança e o Desporto

Desenvolvimento da criança e o Desporto Desenvolvimento da criança e o Desporto Desenvolvimento da criança e o Desporto DESPORTO ENSINO TREINO CRIANÇAS E JOVENS I - O QUÊ? II - QUANDO? III - COMO? Desenvolvimento da criança e o Desporto I Capacidades

Leia mais

PUBLICAÇÕES: TECNOMETAL n.º 127 (Março/Abril de 2000) KÉRAMICA N.º 251 (Janeiro/Fevereiro 2002)

PUBLICAÇÕES: TECNOMETAL n.º 127 (Março/Abril de 2000) KÉRAMICA N.º 251 (Janeiro/Fevereiro 2002) TÍTULO: Formação e Informação em Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho AUTORIA: Paula Mendes PUBLICAÇÕES: TECNOMETAL n.º 127 (Março/Abril de 2000) KÉRAMICA N.º 251 (Janeiro/Fevereiro 2002) 1. INTRODUÇÃO

Leia mais

Modelo Cascata ou Clássico

Modelo Cascata ou Clássico Modelo Cascata ou Clássico INTRODUÇÃO O modelo clássico ou cascata, que também é conhecido por abordagem top-down, foi proposto por Royce em 1970. Até meados da década de 1980 foi o único modelo com aceitação

Leia mais

A Gestão, os Sistemas de Informação e a Informação nas Organizações

A Gestão, os Sistemas de Informação e a Informação nas Organizações Introdução: Os Sistemas de Informação (SI) enquanto assunto de gestão têm cerca de 30 anos de idade e a sua evolução ao longo destes últimos anos tem sido tão dramática como irregular. A importância dos

Leia mais

A psicologia tem uma dimensão prática que se integra em vários contextos e instituições sociais: escolas, hospitais, empresas, tribunais, associações

A psicologia tem uma dimensão prática que se integra em vários contextos e instituições sociais: escolas, hospitais, empresas, tribunais, associações PSICOLOGIA APLICADA A psicologia tem uma dimensão prática que se integra em vários contextos e instituições sociais: escolas, hospitais, empresas, tribunais, associações Os níveis de intervenção vão desde

Leia mais

Gestão do Risco e da Qualidade no Desenvolvimento de Software

Gestão do Risco e da Qualidade no Desenvolvimento de Software Gestão do Risco e da Qualidade no Desenvolvimento de Software Questionário Taxinómico do Software Engineering Institute António Miguel 1. Constrangimentos do Projecto Os Constrangimentos ao Projecto referem-se

Leia mais

PROGRAMA DE TEORIA E METODOLOGIA DE EDUCAÇÃO FÍSICA 12ª e 13ª classes

PROGRAMA DE TEORIA E METODOLOGIA DE EDUCAÇÃO FÍSICA 12ª e 13ª classes PROGRAMA DE TEORIA E METODOLOGIA DE EDUCAÇÃO FÍSICA 12ª e 13ª classes Formação de Professores do 1º Ciclo do Ensino Secundário Disciplina de Educação Física Ficha Técnica Título Programa de Teoria e Metodologia

Leia mais

O modelo de balanced scorecard

O modelo de balanced scorecard O modelo de balanced scorecard Existe um modelo chamado balanced scorecard que pode ser útil para medir o grau de cumprimento da nossa missão. Trata-se de um conjunto de medidas quantificáveis, cuidadosamente

Leia mais

Modelo de Intervenção em Crises., Modelo Centrado em Tarefas

Modelo de Intervenção em Crises., Modelo Centrado em Tarefas Modelo de Intervenção em Crises, Modelo Centrado em Tarefas o O que é uma crise? * E porque acontece? *alteração que se dá no equilíbrio do indivíduo, quando este numa dada altura da sua vida dá por si

Leia mais

BIKE PERSONAL TRAINER O TREINO DE CICLISMO DEPOIS DOS 50 ANOS

BIKE PERSONAL TRAINER O TREINO DE CICLISMO DEPOIS DOS 50 ANOS O TREINO DE CICLISMO DEPOIS DOS 50 ANOS Tendo em conta o que foi descrito no artigo anterior, vamos então pôr em prática os conceitos necessários para tornar reais as adaptações benéficas ao treino e sobretudo

Leia mais

TRANSIÇÃO DA ISO 9001:2000 PARA ISO 9001:2008 DOCUMENTO SUMÁRIO DE ALTERAÇÕES ALTERAÇÕES QUE PODEM AFECTAR O SISTEMA

TRANSIÇÃO DA ISO 9001:2000 PARA ISO 9001:2008 DOCUMENTO SUMÁRIO DE ALTERAÇÕES ALTERAÇÕES QUE PODEM AFECTAR O SISTEMA TRANSIÇÃO DA ISO 9001:2000 PARA ISO 9001:2008 DOCUMENTO SUMÁRIO DE ALTERAÇÕES A nova norma ISO 9001, na versão de 2008, não incorpora novos requisitos, mas apenas alterações para esclarecer os requisitos

Leia mais

O Treino ANTF. Acção de Actualização para Treinadores de Jovens

O Treino ANTF. Acção de Actualização para Treinadores de Jovens O Treino Preparar Conduzir Avaliar ANTF Acção de Actualização para Treinadores de Jovens Vítor Urbano O Treino O treino é o acto pedagógico de base do treinador, é o meio da sua intervenção. Através do

Leia mais

Importância da normalização para as Micro e Pequenas Empresas 1. Normas só são importantes para as grandes empresas...

Importância da normalização para as Micro e Pequenas Empresas 1. Normas só são importantes para as grandes empresas... APRESENTAÇÃO O incremento da competitividade é um fator decisivo para a maior inserção das Micro e Pequenas Empresas (MPE), em mercados externos cada vez mais globalizados. Internamente, as MPE estão inseridas

Leia mais

Processo do Serviços de Manutenção de Sistemas de Informação

Processo do Serviços de Manutenção de Sistemas de Informação Processo do Serviços de Manutenção de Sistemas de Informação 070112=SINFIC HM Processo Manutencao MSI.doc, Página 1 Ex.mo(s) Senhor(es): A SINFIC agradece a possibilidade de poder apresentar uma proposta

Leia mais

Gestão da Qualidade Políticas. Elementos chaves da Qualidade 19/04/2009

Gestão da Qualidade Políticas. Elementos chaves da Qualidade 19/04/2009 Gestão da Qualidade Políticas Manutenção (corretiva, preventiva, preditiva). Elementos chaves da Qualidade Total satisfação do cliente Priorizar a qualidade Melhoria contínua Participação e comprometimento

Leia mais

Escola Evaristo Nogueira

Escola Evaristo Nogueira Escola Evaristo Nogueira Grupo Disciplinar de Educação Física Ano Lectivo 2014 / 2015 Critérios de Avaliação Os critérios de avaliação constituem referenciais dos professores que lecionam as disciplinas

Leia mais

COMUNICAÇÃO INTERPESSOAL

COMUNICAÇÃO INTERPESSOAL PSICOLOGIA DA COMUNICAÇÃO Ciências da Comunicação CONTEXTOS DE COMUNICAÇÃO: COMUNICAÇÃO INTERPESSOAL Aspectos gerais Comunicação interpessoal e comunicação grupal Comunicação interpessoal e relações interpessoais

Leia mais

O DESAFIO DOS EXECUTIVOS

O DESAFIO DOS EXECUTIVOS COACHING EXECUTIVO O DESAFIO DOS EXECUTIVOS Os executivos das empresas estão sujeitos a pressões crescentes para entregarem mais e melhores resultados, liderando as suas organizações através de mudanças

Leia mais

Criatividade e Inovação Organizacional: A liderança de equipas na resolução de problemas complexos

Criatividade e Inovação Organizacional: A liderança de equipas na resolução de problemas complexos Criatividade e Inovação Organizacional: A liderança de equipas na resolução de problemas complexos Dizer que o grande segredo do sucesso das empresas, especialmente em tempos conturbados, é a sua adaptabilidade

Leia mais

GESTÃO de PROJECTOS. Gestor de Projectos Informáticos. Luís Manuel Borges Gouveia 1

GESTÃO de PROJECTOS. Gestor de Projectos Informáticos. Luís Manuel Borges Gouveia 1 GESTÃO de PROJECTOS Gestor de Projectos Informáticos Luís Manuel Borges Gouveia 1 Iniciar o projecto estabelecer objectivos definir alvos estabelecer a estratégia conceber a estrutura de base do trabalho

Leia mais

alegria, prazer, desejo e entusiasmo

alegria, prazer, desejo e entusiasmo ,, a ideia Os escalões de formação são, ou deveriam ser encarados por todos, como a base que pode garantir o futuro e até o sucesso de uma modalidade quer dentro de um clube quer a nível nacional. Actualmente

Leia mais

António Graça Quantificação do Limiar anaeróbio Controlo Através da Lactatémia

António Graça Quantificação do Limiar anaeróbio Controlo Através da Lactatémia António Graça Quantificação do Limiar anaeróbio Controlo Através da Lactatémia 1. Introdução Organizar e colocar em prática o planeamento do treino requer a sua confirmação através de meios de avaliação.

Leia mais

Gestão da Qualidade. Identificação e Quantificação de Indicadores de Desempenho nos SGQ. 09-12-2009 11:12 Natacha Pereira & Sibila Costa 1

Gestão da Qualidade. Identificação e Quantificação de Indicadores de Desempenho nos SGQ. 09-12-2009 11:12 Natacha Pereira & Sibila Costa 1 Gestão da Qualidade Identificação e Quantificação de Indicadores de Desempenho nos SGQ 09-12-2009 11:12 Natacha Pereira & Sibila Costa 1 Indicador de Desempenho definição Um Indicador de Desempenho é uma

Leia mais

Sociedade União 1º.Dezembro. Das teorias generalistas. à ESPECIFICIDADE do treino em Futebol. Programação e. Periodização do.

Sociedade União 1º.Dezembro. Das teorias generalistas. à ESPECIFICIDADE do treino em Futebol. Programação e. Periodização do. Sociedade União 1º.Dezembro Das teorias generalistas à ESPECIFICIDADE do treino em Futebol Programação e Periodização do Treino em Futebol 1 Programação e Periodização do Treino em Futebol Ter a convicção

Leia mais

TIPOS DE BRINCADEIRAS E COMO AJUDAR A CRIANÇA BRINCAR

TIPOS DE BRINCADEIRAS E COMO AJUDAR A CRIANÇA BRINCAR TIPOS DE BRINCADEIRAS E COMO AJUDAR A CRIANÇA BRINCAR As crianças precisam atravessar diversos estágios no aprendizado de brincar em conjunto, antes de serem capazes de aproveitar as brincadeiras de grupo.

Leia mais

1. Motivação para o sucesso (Ânsia de trabalhar bem ou de se avaliar por uma norma de excelência)

1. Motivação para o sucesso (Ânsia de trabalhar bem ou de se avaliar por uma norma de excelência) SEREI UM EMPREENDEDOR? Este questionário pretende estimular a sua reflexão sobre a sua chama empreendedora. A seguir encontrará algumas questões que poderão servir de parâmetro para a sua auto avaliação

Leia mais

O Que São os Serviços de Psicologia e Orientação (SPO)?

O Que São os Serviços de Psicologia e Orientação (SPO)? O Que São os Serviços de Psicologia e Orientação (SPO)? São unidades especializadas de apoio educativo multidisciplinares que asseguram o acompanhamento do aluno, individualmente ou em grupo, ao longo

Leia mais

O Treino no BTT. COALA Clube Orientação Aventura Litoral Alentejano

O Treino no BTT. COALA Clube Orientação Aventura Litoral Alentejano COALA Clube Orientação Aventura Litoral Alentejano O Treino no BTT Para todos aqueles que se iniciam no BTT, e até no caso de alguns veteranos, existe a tendência natural para copiar esquemas e métodos

Leia mais

Gestão dos Níveis de Serviço

Gestão dos Níveis de Serviço A Gestão dos Níveis de Serviço (SLM) Os sistemas e tecnologias de informação e comunicação têm nas empresas um papel cada vez mais importante evoluindo, hoje em dia, para níveis mais elevados de funcionamento

Leia mais

Protocolo em Rampa Manual de Referência Rápida

Protocolo em Rampa Manual de Referência Rápida Protocolo em Rampa Manual de Referência Rápida 1 O que é o Protocolo em Rampa O protocolo em rampa é um protocolo para testes de esforço que não possui estágios. Nele o incremento da carga se dá de maneira

Leia mais

ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO

ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO Organização, Processo e Estruturas 1 Organização Processo de estabelecer relações entre as pessoas e os recursos disponíveis tendo em vista os objectivos que a empresa como um todo se propõe atingir. 2

Leia mais

REGULAMENTO DO XLV CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO HOSPITALAR

REGULAMENTO DO XLV CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO HOSPITALAR REGULAMENTO DO XLV CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO HOSPITALAR 1. Introdução O Curso de Especialização em Administração Hospitalar (CEAH) da Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP) da Universidade

Leia mais

A CIÊNCIA DOS PEQUENOS JOGOS Fedato Esportes Consultoria em Ciências do Esporte

A CIÊNCIA DOS PEQUENOS JOGOS Fedato Esportes Consultoria em Ciências do Esporte A CIÊNCIA DOS PEQUENOS JOGOS Fedato Esportes Consultoria em Ciências do Esporte Prof. Antonio Carlos Fedato Filho Prof. Guilherme Augusto de Melo Rodrigues Monitorando e conhecendo melhor os trabalhos

Leia mais

Organização. Trabalho realizado por: André Palma nº 31093. Daniel Jesus nº 28571. Fábio Bota nº 25874. Stephane Fernandes nº 28591

Organização. Trabalho realizado por: André Palma nº 31093. Daniel Jesus nº 28571. Fábio Bota nº 25874. Stephane Fernandes nº 28591 Organização Trabalho realizado por: André Palma nº 31093 Daniel Jesus nº 28571 Fábio Bota nº 25874 Stephane Fernandes nº 28591 Índice Introdução...3 Conceitos.6 Princípios de uma organização. 7 Posição

Leia mais

XI Mestrado em Gestão do Desporto

XI Mestrado em Gestão do Desporto 2 7 Recursos Humanos XI Mestrado em Gestão do Desporto Gestão das Organizações Desportivas Módulo de Gestão de Recursos Rui Claudino FEVEREIRO, 28 2 8 INDÍCE DOCUMENTO ORIENTADOR Âmbito Objectivos Organização

Leia mais

COMPETÊNCIAS E SABERES EM ENFERMAGEM

COMPETÊNCIAS E SABERES EM ENFERMAGEM COMPETÊNCIAS E SABERES EM ENFERMAGEM Faz aquilo em que acreditas e acredita naquilo que fazes. Tudo o resto é perda de energia e de tempo. Nisargadatta Atualmente um dos desafios mais importantes que se

Leia mais

Estabelecendo Prioridades para Advocacia

Estabelecendo Prioridades para Advocacia Estabelecendo Prioridades para Advocacia Tomando em consideração os limites de tempo e recursos dos implementadores, as ferramentas da série Straight to the Point (Directo ao Ponto), da Pathfinder International,

Leia mais

Curso de Graduação em Administração. Administração da Produção e Operações I

Curso de Graduação em Administração. Administração da Produção e Operações I Curso de Graduação em Administração Administração da Produção e Operações I 22º Encontro - 11/05/2012 18:50 às 20:30h COMO SERÁ NOSSO ENCONTRO HOJE? - ABERTURA - CAPACIDADE E TURNOS DE TRABALHO. 02 Introdução

Leia mais

Certificação da Qualidade dos Serviços Sociais. Procedimentos

Certificação da Qualidade dos Serviços Sociais. Procedimentos Certificação da Qualidade dos Serviços Sociais EQUASS Assurance Procedimentos 2008 - European Quality in Social Services (EQUASS) Reservados todos os direitos. É proibida a reprodução total ou parcial

Leia mais

Como elaborar um Plano de Negócios de Sucesso

Como elaborar um Plano de Negócios de Sucesso Como elaborar um Plano de Negócios de Sucesso Pedro João 28 de Abril 2011 Fundação António Cupertino de Miranda Introdução ao Plano de Negócios Modelo de Negócio Análise Financeira Estrutura do Plano de

Leia mais

O que é Administração

O que é Administração O que é Administração Bem vindo ao curso de administração de empresas. Pretendemos mostrar a você no período que passaremos juntos, alguns conceitos aplicados à administração. Nossa matéria será puramente

Leia mais

PLANOS DE CONTINGÊNCIAS

PLANOS DE CONTINGÊNCIAS PLANOS DE CONTINGÊNCIAS ARAÚJO GOMES Capitão SC PMSC ARAÚJO GOMES defesacivilgomes@yahoo.com.br PLANO DE CONTINGÊNCIA O planejamento para emergências é complexo por suas características intrínsecas. Como

Leia mais

Transição para a parentalidade após um diagnóstico de anomalia congénita no bebé: Resultados do estudo

Transição para a parentalidade após um diagnóstico de anomalia congénita no bebé: Resultados do estudo 2013 Transição para a parentalidade após um diagnóstico de anomalia congénita no bebé: Resultados do estudo Ana Fonseca, Bárbara Nazaré e Maria Cristina Canavarro Pontos de interesse especiais: Porque

Leia mais

COMPORTAMENTO SEGURO

COMPORTAMENTO SEGURO COMPORTAMENTO SEGURO A experiência demonstra que não é suficiente trabalhar somente com estratégias para se conseguir um ambiente de trabalho seguro. O ideal é que se estabeleça a combinação de estratégias

Leia mais

Observação das aulas Algumas indicações para observar as aulas

Observação das aulas Algumas indicações para observar as aulas Observação das aulas Algumas indicações para observar as aulas OBJECTVOS: Avaliar a capacidade do/a professor(a) de integrar esta abordagem nas actividades quotidianas. sso implicará igualmente uma descrição

Leia mais

SISTEMAS DE INFORMAÇÃO PARA GESTÃO

SISTEMAS DE INFORMAÇÃO PARA GESTÃO 07-05-2013 1 SISTEMAS DE INFORMAÇÃO PARA GESTÃO Aula I Docente: Eng. Hercílio Duarte 07-05-2013 2 Objectivo Sistemas Modelos Dados Vs. Informação Introdução aos sistemas de Informação 07-05-2013 3 Introdução

Leia mais

Resumo. Leonel Fonseca Ivo. 17 de novembro de 2009

Resumo. Leonel Fonseca Ivo. 17 de novembro de 2009 Resumo Leonel Fonseca Ivo 17 de novembro de 2009 1 Teoria de Sistemas A Teoria de Sistemas (TS) é um ramo específico da Teoria Geral de Sistemas (TGS), cujo objetivo é produzir teorias e formulações conceituais

Leia mais

. evolução do conceito. Inspecção 3. Controlo da qualidade 4. Controlo da Qualidade Aula 05. Gestão da qualidade:

. evolução do conceito. Inspecção 3. Controlo da qualidade 4. Controlo da Qualidade Aula 05. Gestão da qualidade: Evolução do conceito 2 Controlo da Qualidade Aula 05 Gestão da :. evolução do conceito. gestão pela total (tqm). introdução às normas iso 9000. norma iso 9000:2000 gestão pela total garantia da controlo

Leia mais

FLUXOGRAMA DA PESQUISA

FLUXOGRAMA DA PESQUISA FLUXOGRAMA DA PESQUISA Desde a preparação até a apresentação de um relatório de pesquisa estão envolvidas diferentes etapas. Algumas delas são concomitantes; outras são interpostas. O fluxo que ora se

Leia mais

O que esperar do SVE KIT INFORMATIVO PARTE 1 O QUE ESPERAR DO SVE. Programa Juventude em Acção

O que esperar do SVE KIT INFORMATIVO PARTE 1 O QUE ESPERAR DO SVE. Programa Juventude em Acção O QUE ESPERAR DO SVE Programa Juventude em Acção KIT INFORMATIVO Parte 1 Maio de 2011 Introdução Este documento destina-se a voluntários e promotores envolvidos no SVE. Fornece informações claras a voluntários

Leia mais

Roteiro VcPodMais#005

Roteiro VcPodMais#005 Roteiro VcPodMais#005 Conseguiram colocar a concentração total no momento presente, ou naquilo que estava fazendo no momento? Para quem não ouviu o programa anterior, sugiro que o faça. Hoje vamos continuar

Leia mais

TRIPLO SALTO VELOCIDADE FORÇA OUTRAS VELOCIDADE EXECUÇAO (MOV. ACÍCLICO) FORÇA RESISTÊNCIA HIPERTROFIA CAPACIDADE DE ACELERAÇÃO EQUILÍBRIO

TRIPLO SALTO VELOCIDADE FORÇA OUTRAS VELOCIDADE EXECUÇAO (MOV. ACÍCLICO) FORÇA RESISTÊNCIA HIPERTROFIA CAPACIDADE DE ACELERAÇÃO EQUILÍBRIO TRIPLO SALTO O TRIPLO SALTO É UMA DISCIPLINA TÉCNICA MUITO COMPLEXA QUE OBRIGA A UM GRANDE APERFEIÇOAMENTO EM VÁRIAS VERTENTES, VISTO O SEU DESENVOLVIMENTO DEPENDER DE UMA COMBINAÇÃO DE VÁRIAS HABILIDADES

Leia mais

Perguntas mais frequentes

Perguntas mais frequentes Estas informações, elaboradas conforme os documentos do Plano de Financiamento para Actividades Estudantis, servem de referência e como informações complementares. Para qualquer consulta, é favor contactar

Leia mais

TEORIAS DE CONTÉUDO DA MOTIVAÇÃO:

TEORIAS DE CONTÉUDO DA MOTIVAÇÃO: Fichamento / /2011 MOTIVAÇÃO Carga horária 2 HORAS CONCEITO: É o desejo de exercer um alto nível de esforço direcionado a objetivos organizacionais, condicionados pela habilidade do esforço em satisfazer

Leia mais

AVALIAÇÃO DE INTERFACES UTILIZANDO O MÉTODO DE AVALIAÇÃO HEURÍSTICA E SUA IMPORTÂNCIA PARA AUDITORIA DE SISTEMAS DE INFORMAÇÕES

AVALIAÇÃO DE INTERFACES UTILIZANDO O MÉTODO DE AVALIAÇÃO HEURÍSTICA E SUA IMPORTÂNCIA PARA AUDITORIA DE SISTEMAS DE INFORMAÇÕES AVALIAÇÃO DE INTERFACES UTILIZANDO O MÉTODO DE AVALIAÇÃO HEURÍSTICA E SUA IMPORTÂNCIA PARA AUDITORIA DE SISTEMAS DE INFORMAÇÕES Rafael Milani do Nascimento, Claudete Werner Universidade Paranaense (Unipar)

Leia mais

Utilização do SOLVER do EXCEL

Utilização do SOLVER do EXCEL Utilização do SOLVER do EXCEL 1 Utilização do SOLVER do EXCEL José Fernando Oliveira DEEC FACULDADE DE ENGENHARIA DA UNIVERSIDADE DO PORTO MAIO 1998 Para ilustrar a utilização do Solver na resolução de

Leia mais

A Tecnologia e Seus Benefícios Para a Educação Infantil

A Tecnologia e Seus Benefícios Para a Educação Infantil A Tecnologia e Seus Benefícios Para a Educação Infantil A Tecnologia e Seus Benefícios Para a Educação Infantil As crianças das novas gerações desde pequenas estão inseridas nesta realidade da tecnologia,

Leia mais

A MATEMÁTICA NO ENSINO SUPERIOR POLICIAL 1

A MATEMÁTICA NO ENSINO SUPERIOR POLICIAL 1 A MATEMÁTICA NO ENSINO SUPERIOR POLICIAL 1 A IMPORTÂNCIA DA MATEMÁTICA O desenvolvimento das sociedades tem sido também materializado por um progresso acentuado no plano científico e nos diversos domínios

Leia mais

Qualificação de Procedimentos

Qualificação de Procedimentos Qualificação de Procedimentos Os equipamentos em geral são fabricados por meio de uniões de partes metálicas entre si empregando-se soldas. Há, portanto a necessidade de se garantir, nestas uniões soldadas,

Leia mais

Seção 2/E Monitoramento, Avaliação e Aprendizagem

Seção 2/E Monitoramento, Avaliação e Aprendizagem Seção 2/E Monitoramento, Avaliação e Aprendizagem www.bettercotton.org Orientação Text to go here O documento Monitoramento, Avaliação e Aprendizagem da BCI proporciona uma estrutura para medir as mudanças

Leia mais

CHECK - LIST - ISO 9001:2000

CHECK - LIST - ISO 9001:2000 REQUISITOS ISO 9001: 2000 SIM NÃO 1.2 APLICAÇÃO A organização identificou as exclusões de itens da norma no seu manual da qualidade? As exclusões são relacionadas somente aos requisitos da sessão 7 da

Leia mais

Diagrama de transição de Estados (DTE)

Diagrama de transição de Estados (DTE) Diagrama de transição de Estados (DTE) O DTE é uma ferramenta de modelação poderosa para descrever o comportamento do sistema dependente do tempo. A necessidade de uma ferramenta deste tipo surgiu das

Leia mais

PRINCIPIOS GERAIS PARA A ELABORAÇÃO DE UM PLANO DE JOGO

PRINCIPIOS GERAIS PARA A ELABORAÇÃO DE UM PLANO DE JOGO PRINCIPIOS GERAIS PARA A ELABORAÇÃO DE UM PLANO DE JOGO ANTÓNIO GUERRA DEPARTAMENTO DE FORMAÇÃO DA FPV CONHEÇA A SUA EQUIPA E A COMPETIÇÃO ONDE PARTICIPA Primeiro que tudo têm de conhecer a sua equipa,

Leia mais

SAMUO APP: MANUAL DO ADMINISTRADOR

SAMUO APP: MANUAL DO ADMINISTRADOR as novas tecnologias ao serviço do desenvolvimento de projectos w w w. i m a d i p. c o m CABO VERDE: REALIZAÇÃO DE UMA ACÇÃO- PILOTO PARA A MELHORIA DA GESTÃO NUM GABINETE TÉCNICO SELECCIONADO OFITEC

Leia mais

CIRCUITO TREINO * O fator especificador do circuito será a qualidade física visada e o desporto considerado.

CIRCUITO TREINO * O fator especificador do circuito será a qualidade física visada e o desporto considerado. CIRCUITO TREINO * O CT é um método polivalente adequado a realizar tanto a preparação cardiopulmonar como a neuromuscular. É, por isto, largamente empregado no treinamento desportivo pela economia de tempo

Leia mais

ISO 9001:2008. A International Organization for Standardization (ISO) publicou em 2008-11- 14 a nova edição da Norma ISO 9000:

ISO 9001:2008. A International Organization for Standardization (ISO) publicou em 2008-11- 14 a nova edição da Norma ISO 9000: A International Organization for Standardization (ISO) publicou em 2008-11- 14 a nova edição da Norma ISO 9000: ISO 9001:2008 Esta nova edição decorre do compromisso da ISO em rever e actualizar as Normas,

Leia mais

PROGRAMA DE METODOLOGIA DO ENSINO DE EDUCAÇÃO MORAL E CÍVICA

PROGRAMA DE METODOLOGIA DO ENSINO DE EDUCAÇÃO MORAL E CÍVICA PROGRAMA DE METODOLOGIA DO ENSINO DE EDUCAÇÃO MORAL E CÍVICA 11ª, 12ª e 13ª classes Formação de Professores do 1º Ciclo do Ensino Secundário Ficha Técnica TÍTULO: Programa de Metodologia do Ensino de Educação

Leia mais

31.5.2008 Jornal Oficial da União Europeia L 141/5

31.5.2008 Jornal Oficial da União Europeia L 141/5 31.5.2008 Jornal Oficial da União Europeia L 141/5 REGULAMENTO (CE) N. o 482/2008 DA COMISSÃO de 30 de Maio de 2008 que estabelece um sistema de garantia de segurança do software, a aplicar pelos prestadores

Leia mais

Métodos de treino da resistência

Métodos de treino da resistência Métodos de treino da resistência Índice 1. Introdução... 2 2. Noções básicas sobre exercício e sistemas energéticos... 2 2.1. Capacidade e potência dos sistemas energéticos... 3 3. Métodos de Treino da

Leia mais

VALÊNCIAS FÍSICAS. 2. VELOCIDADE DE DESLOCAMENTO: Tempo que é requerido para ir de um ponto a outro o mais rapidamente possível.

VALÊNCIAS FÍSICAS. 2. VELOCIDADE DE DESLOCAMENTO: Tempo que é requerido para ir de um ponto a outro o mais rapidamente possível. VALÊNCIAS FÍSICAS RESISTÊNCIA AERÓBICA: Qualidade física que permite ao organismo executar uma atividade de baixa para média intensidade por um longo período de tempo. Depende basicamente do estado geral

Leia mais

Processo de Implementação de um Sistema de Gestão da Qualidade

Processo de Implementação de um Sistema de Gestão da Qualidade 3 Processo de Implementação de um Sistema de Gestão da Qualidade Não existe um jeito único de se implementar um sistema da qualidade ISO 9001: 2000. No entanto, independentemente da maneira escolhida,

Leia mais

REDE TEMÁTICA DE ACTIVIDADE FÍSICA ADAPTADA

REDE TEMÁTICA DE ACTIVIDADE FÍSICA ADAPTADA REDE TEMÁTICA DE ACTIVIDADE FÍSICA ADAPTADA Patrocinada e reconhecida pela Comissão Europeia no âmbito dos programas Sócrates. Integração social e educacional de pessoas com deficiência através da actividade

Leia mais

Disciplina: Controle Motor e Fisiologia do Movimento. Flávia Porto RELEMBRANDO...

Disciplina: Controle Motor e Fisiologia do Movimento. Flávia Porto RELEMBRANDO... Disciplina: Controle Motor e Fisiologia do Movimento Flávia Porto RELEMBRANDO... A mais importante característica do treinamento é sua divisão em fases e sua contínua adequação e periodização dos estímulos.

Leia mais

1.Maior produtividade pela redução da perda de tempo procurando por objetos. - Só ficam no ambiente os objetos necessários e ao alcance da mão;

1.Maior produtividade pela redução da perda de tempo procurando por objetos. - Só ficam no ambiente os objetos necessários e ao alcance da mão; Sistema 5 S's Conceito: O Método "5S" foi a base da implantação do Sistema de Qualidade Total nas empresas. Surgiu no Japão, nas décadas de 50 e 60, após a Segunda Guerra Mundial, quando o país vivia a

Leia mais

Portaria n.º 1633/2007 de 31 de Dezembro

Portaria n.º 1633/2007 de 31 de Dezembro Portaria n.º 1633/2007 de 31 de Dezembro A Lei n.º 66-B/2007, de 28 de Dezembro, que estabelece o sistema integrado de gestão e avaliação de desempenho na Administração Pública, designado por SIADAP, prevê

Leia mais

ANEXO 7 FORMAÇÃO PROFISSIONAL

ANEXO 7 FORMAÇÃO PROFISSIONAL ANEXO 7 FORMAÇÃO PROFISSIONAL A profissionalização dos membros da Organização, enquanto factor determinante da sua eficácia na prevenção e no combate aos incêndios florestais, requer a criação de um programa

Leia mais

Controlo da Qualidade Aula 05

Controlo da Qualidade Aula 05 Controlo da Qualidade Aula 05 Gestão da qualidade:. evolução do conceito. gestão pela qualidade total (tqm). introdução às normas iso 9000. norma iso 9001:2000 Evolução do conceito 2 gestão pela qualidade

Leia mais

PERGUNTAS MAIS FREQÜENTES SOBRE VALOR PRESENTE LÍQUIDO (VPL)

PERGUNTAS MAIS FREQÜENTES SOBRE VALOR PRESENTE LÍQUIDO (VPL) PERGUNTAS MAIS FREQÜENTES SOBRE VALOR PRESENTE LÍQUIDO (VPL) Melhor método para avaliar investimentos 16 perguntas importantes 16 respostas que todos os executivos devem saber Francisco Cavalcante(f_c_a@uol.com.br)

Leia mais

5. Métodos ágeis de desenvolvimento de software

5. Métodos ágeis de desenvolvimento de software Engenharia de Software 5. Métodos ágeis de desenvolvimento de software Nuno Miguel Gil Fonseca nuno.fonseca@estgoh.ipc.pt Desenvolver e entregar software o mais rapidamente possível é hoje em dia um dos

Leia mais

ACORDO DE PRINCÍPIOS PARA A REVISÃO DO ESTATUTO DA CARREIRA DOCENTE E DO MODELO DE AVALIAÇÃO DOS PROFESSORES DOS ENSINOS BÁSICO E SECUNDÁRIO

ACORDO DE PRINCÍPIOS PARA A REVISÃO DO ESTATUTO DA CARREIRA DOCENTE E DO MODELO DE AVALIAÇÃO DOS PROFESSORES DOS ENSINOS BÁSICO E SECUNDÁRIO ACORDO DE PRINCÍPIOS PARA A REVISÃO DO ESTATUTO DA CARREIRA DOCENTE E DO MODELO DE AVALIAÇÃO DOS PROFESSORES DOS ENSINOS BÁSICO E SECUNDÁRIO E DOS EDUCADORES DE INFÂNCIA Considerando a vontade comum do

Leia mais

24 O uso dos manuais de Matemática pelos alunos de 9.º ano

24 O uso dos manuais de Matemática pelos alunos de 9.º ano 24 O uso dos manuais de Matemática pelos alunos de 9.º ano Mariana Tavares Colégio Camões, Rio Tinto João Pedro da Ponte Departamento de Educação e Centro de Investigação em Educação Faculdade de Ciências

Leia mais

Instituto Politécnico de Coimbra (IPC) Avaliação do Desempenho do Pessoal Docente. Regulamento

Instituto Politécnico de Coimbra (IPC) Avaliação do Desempenho do Pessoal Docente. Regulamento Instituto Politécnico de Coimbra (IPC) Avaliação do Desempenho do Pessoal Docente Regulamento Artigo 1.º Objecto O presente regulamento define o processo de avaliação do desempenho do pessoal docente a

Leia mais

Começo por apresentar uma breve definição para projecto e para gestão de projectos respectivamente.

Começo por apresentar uma breve definição para projecto e para gestão de projectos respectivamente. The role of Project management in achieving Project success Ao longo da desta reflexão vou abordar os seguintes tema: Definir projectos, gestão de projectos e distingui-los. Os objectivos da gestão de

Leia mais

Exercícios de Memória - I

Exercícios de Memória - I Métodos de Treino GENERALIDADES: - Nos dias que antecedem uma competição, não devem ser feitos treinos de técnicas específicas, devendo os percursos ser o mais parecidos possível com a competição. Não

Leia mais

Regulamento Cursos de Pós Graduação

Regulamento Cursos de Pós Graduação A Associação Amigos da Grande Idade (AAGI) é uma entidade de direito privado, sem fim lucrativos, tendo por isso capacidade para desenvolver em colaboração com o Instituto Superior de Línguas e Administração

Leia mais

A Ponte entre a Escola e a Ciência Azul

A Ponte entre a Escola e a Ciência Azul Projeto educativo A Ponte entre a Escola e a Ciência Azul A Ponte Entre a Escola e a Ciência Azul é um projeto educativo cujo principal objetivo é a integração ativa de estudantes do ensino secundário

Leia mais

A troca consiste no acto de obtermos qualquer coisa que desejamos, oferecendo algo desejado pela outra parte, em compensação. A necessidade de trocar

A troca consiste no acto de obtermos qualquer coisa que desejamos, oferecendo algo desejado pela outra parte, em compensação. A necessidade de trocar O Departamento Comercial desempenha um papel importante no apoio a promotores e vendedores, emitindo regularmente relatórios informativos e estimativas de vendas, de modo a que estes acompanhem o curso

Leia mais

ASSOCIAÇÃO DE FUTEBOL DE COIMBRA

ASSOCIAÇÃO DE FUTEBOL DE COIMBRA ASSOCIAÇÃO DE FUTEBOL DE COIMBRA CONSELHO DE ARBITRAGEM GUIA DO OBSERVADOR DO CRONOMETRISTA FUTSAL EDIÇÃO - 2008 2 da A F Coimbra COMPILAÇÃO: COMISSÃ0 DE APOIO TÉCNIC0 DE FUTSAL 2 3 OBSERVADORES DE CRONOMETRISTA

Leia mais

Direcção Regional de Educação do Centro. Agrupamento de Escolas de Canas de Senhorim. Escola EB 2.3/S Eng. Dionísio Augusto Cunha.

Direcção Regional de Educação do Centro. Agrupamento de Escolas de Canas de Senhorim. Escola EB 2.3/S Eng. Dionísio Augusto Cunha. Direcção Regional de Educação do Centro Agrupamento de Escolas de Canas de Senhorim Escola EB 2.3/S Eng. Dionísio Augusto Cunha Regulamento Da PAP (Prova de Aptidão Profissional) Cursos Profissionais (Portaria

Leia mais

Resolução da Assembleia da República n.º 64/98 Convenção n.º 162 da Organização Internacional do Trabalho, sobre a segurança na utilização do amianto.

Resolução da Assembleia da República n.º 64/98 Convenção n.º 162 da Organização Internacional do Trabalho, sobre a segurança na utilização do amianto. Resolução da Assembleia da República n.º 64/98 Convenção n.º 162 da Organização Internacional do Trabalho, sobre a segurança na utilização do amianto. Aprova, para ratificação, a Convenção n.º 162 da Organização

Leia mais