Proposta de Promoção da Cadeia de Valor do Coco Babaçu

Transcrição

1 Proposta de Promoção da Cadeia de Valor do Coco Babaçu março/2009 Brasília, Ministério do Desenvolvimento Ministério do Ministério do Social e Combate à Fome Desenvolvimento Agrário Meio Ambiente

2 Apresentação 1. Diagnóstico 2. Visão de Futuro 3. Gargalos, Ações, Responsáveis e Parceiros

3 Diagnóstico Produção de amêndoas (Fonte: IBGE, 2009) 2007: R$ ,00 = t. Área e estados de ocorrência ;contínuas 13 a 18 milhões de ha em grandes formações 11 estados: MA, PI, TO, PA, CE, BA,MG, GO, MT, RO, AM (279 municípios); Estima-se a área coletada em 1/3 da área total - 6 milhões ha. 1 Público envolvido extrativistas diretamente (Almeida, 2005);.( 2004 (Porto, de pessoas direta ou indiretamente Principais produtos do coco babaçu Amêndoa/óleo, mesocarpo, azeite e carvão. Muitas empresas 85 empresas que trabalham com óleo de babaçu seus derivados e outros; 04 cooperativas e 10 associações. ( 2009 MDIC/Aliceweb, Exportações (Fonte: Em 2008, o Brasil só exportou 143 t. de óleo de babaçu; Representa 0,19% da produção nacional de óleo de babaçu em 2007 ( t.).

4 Cadeia produtiva do coco Babaçu Insumos específicos Produção extrativa Comercialização amêndoa Processamento Comercialização Transformação nas indústrias no Brasil Máquinas e equipam t. R$ 113 milhões Corretores Ind. refino de óleo Ind. alimentos 99,81% Mercado Nacional Extrativista Individual Extrativista Organizado Atravessadores Indústria de óleo bruto e transformação Indústria de óleo bruto Associações Cooperativas Ind. oleoquímica Ind.Higiene e limpeza Ind. cosméticos 0,19% Mercado externo Transporte terrestre P&D = EMBRAPA/Meio Norte/MA, UNITINS, UFPA, UFMA, UEMA, UFT, EAFA Araguatins MDS/ MAPA/Conab/ MIN/ MMA/ MDA, MDIC Serviços de impressão de etiquetas, embalagens Transporte Publicidade SEBRAE, CNS, GTA, ASMUBIP, COOAPERATIVAS, MIQCB, ASSEMA, ATERS, CENTRU Órgãos de licenciamento ambiental MMA/IBAMA/ICMBIO MAPA/MIN/MDA/INCRA ANVISA/Vigilância Sanitária MAPA/MDIC

5 Visão de Futuro dos Operadores Renda Preço, Volume e Qtda. Insumos específicos Produção extrativa Comercialização amêndoa Processamento Comercialização Transformação nas indústrias no Brasil Corretores Extrativista Individual Atravessadores Indústria de óleo bruto e transformação Indústria de óleo bruto Ind. alimentos 99,81% Mercado Nacional 2 Extrativista Organizado Associações Cooperativas Ind. refino e oleoquimica Ind.Higiene e limpeza e cosméticos 0,19% Mercado externo Acesso livre dos extrativistas aos babaçuais e conservação ambiental; Fortalecimento das organizações comunitárias; Distribuição justa dos benefícios e diálogo fluente entre os operadores da cadeia; Consolidação e abertura de mercados. Maior inclusão de Povos e Comunidades Tradicionais e Agricultores Familiares por meio de melhoria de renda familiar; Fortalecer a integração entre políticas, programas e projetos no âmbito dos estados e do governo federal;

6 Biodiversidade Renda Visão de Futuro dos Promotores Volume Qualidade Preço Insumos específicos Produção extrativa Extrativista Individual Extrativista Organizado Comercialização amêndoa Atravessadores Associações Cooperativas Conservação e uso sustentável Segurança alimentar e nutricional Geração de emprego, renda e inclusão social Acesso ao recurso, repartição justa e equitativa de benefícios pelos PCTAF s ( ética Mercado diferenciados (valores de cooperação, solidariedade e Empoderamento e controle social Processamento Comercialização Corretores Indústria de óleo bruto e transformação Indústria de óleo bruto Articulação intra e interinstitucional, e intersetorial Transformação nas indústrias no Brasil Ind. alimentos Ind. refino e oleoquimica Ind.Higiene e limpeza e cosméticos ( privado Gestão compartilhada (sociedade civil, poder público e 99,1% Mercado Nacional 0,19% Mercado externo

7 Babaçu Gargalos na Cadeia Produtiva do Coco Insumos específicos Produção extrativa Comercialização amêndoa Processamento Comercialização Transformação nas indústrias no Brasil Corretores Ind. refino de óleo Extrativista Individual Atravessadores Indústria de óleo bruto Indústria de óleo bruto e transformação Ind. alimentos 3 Extrativista Organizado Associações Cooperativas Ind. oleoquímica Ind.Higiene e limpeza Ind. cosméticos 1. Deficiência nos serviços de apoio (ATER, Fomento e Crédito) cadeia 2. Baixa capacidade organizacional da 3. Baixa eficiência do modo de produção 5. Acesso aos babaçuais e vulnerabilidade dos estoques naturais 4. Acesso aos mercados

8 Gargalos e Ação Renda Volume Qualidade Preço Produção Comercialização in natura Transformação Usinas Comercialização Transformação nas indústrias no Brasil Produtor individual comunitário Associado Intermediários Empresas Privadas exportadores Associações, Cooperativas Ind.alimentos Ind. refino de óleo Ind. cosméticos Mercado Ext. e Int. Melhor Produtividade, e Qualidade G 3 Rastreabilidade G 3 e 5 Contato direto de Produtores e Compradores G2 Melhoria dos serviços G 1 Qualidade do Produto G 1 e 3 Acesso a mercados especiais G 4

9 Ministério do Desenvolvimento Ministério do Ministério do Social e Combate à Fome Desenvolvimento Agrário Meio Ambiente

10 Produção extrativista vegetal não-madeireira - 6 produtos representam 90,6% t. - R$ em ,4% corresponde a amêndoa de babaçu = R$ Babaçu (amêndoa) Açaí (fruto) Piaçava (fibra) Erva-mate Carnauba (cera, pó, fibra) Castanha-do-Pará Outros Fonte: baseado nos dados do IBGE, 2009

11 Principais produtos do Babaçu Amêndoa: óleo e azeite Mesocarpo: alimento e cosmético Endocarpo: carvão ou energia São citados mais de 64 subprodutos a partir do babaçu

12 Estimativa de aproveitamento do coco babaçu Produto Prod. em 2007 Valor unitário Valor Total (t.) (R$/Kg) ($ R (mil Amêndoa , Mesocarpo , Carvão do , endocarpo Óleo bruto , Fonte: Baseado nos dados de produção da amêndoa em 2007, apresentado pelo IBGE, ( azeite Obs: PAA em 2006/2007 comprou R$ ,00 de produtos do babaçu (mesocarpo,

13 Produção nacional e estadual de amêndoa de babaçu (IBGE ( 2009 Produção em 2007: País/Municípios Quant. (t.) % N. Mun. Brasil Maranhão ,7 149 Piauí ,4 66 Outros ,9 62 Quantidade (t.) Ano Brasil Maranhão Tocantins Piauí Bahia Ceará Pará Amazonas

14 ( 2009 (IBGE, Produção e valor da amêndoa de babaçu em 09 anos R$ 0,98/kg R$ 0,41/kg ($ R Valor total (mil (. t ) Quantidade

15 Exportação brasileira de óleo de Babaçu ( 2009 (Aliceweb, em 10 anos 450 Qtde x ano A exportação de óleo de babaçu em 2008 foi de aproximadamente 143 t., representando 0,19% do óleo produzido em US$ 3,67/kg (. t Óleo bruto: US$ 427 mil (116 - Holanda ( 61,7% ) - EUA ( 24,7% ) - Outros ( 13,5% ) US$ 4,06/kg (. t Outros óleos: US$ 107 mil (26 - Alemanha ( 55,9% ) - Japão ( 32,6% ) - Outros ( 11,2% ) Óleo bruto de babaçu Outros óleos de babaçu

16 ÁREAS DE RESEX, TIS e PAS COM POTENCIAL DE OCORRÊNCIA DO COCO BABAÇU UF RESEX ÁREA (ha) NÚMERO DE PESSOAS MA Ciriaco MA Mata Grande TO Extremo Norte MA Frexal TOTAL Fonte: ICMBio/MA OBS: 12 Projetos de Assentamento com aproximadamente 5000 famílias Médio Mearim MA 6 Terras indígenas Grupo Mura AM 1 Resex Estadual Guariba Roosevelt - MT (*) Dados de 03 RESEXs (**) Dados de 05 RESEXs.

17 Gargalos, Ações, Responsáveis e Parceiros Gargalos identificados Ações Respon sáveis Parceiros 1. Deficiência nos serviços de apoio (ATER, Fomento e Crédito) 1.1 Criar uma rede de ATER para a cadeia do coco babaçu identificando atores e definindo prioridades. 1.2 Capacitar e qualificar as equipes dos serviços de ATER. MDA MDA MDA, EMATER s e ONG s EMBRAPA, SENAR, SEBRAE, MDS 1.3 Adequar a infra-estrutura e quadro técnico necessário para o trabalho de ATER. MDA MDA, Estados 1.4 Promover maior divulgação das políticas públicas e programas (PGPM, PAA, etc) para os empreendimentos da cadeia. Coordena ção MDA, MDS, MMA 1.5 Adequar os serviços de crédito para os produtos do coco babaçu. Coordena ção MDA, BB, BASA, BNB, BNDES

18 Gargalos, Ações, Responsáveis e Parceiros Gargalos identificados Ações Respon sáveis Parceiros 2. Baixa capacidade organizativa da cadeia 2.1 Elaborar e implementar plano de fortalecimento e melhoria da gestão das organizações produtivas da cadeia 2.2 Promover o acesso a documentação básica (RG, CPF, DAP, Nota Fiscal do Produtor). MDA MDA MDA, MMA, MDS, MTE SEBRAE MDS, Casa Civil. 2.3 Criar e animar mesas de diálogos entre os atores da cadeia produtiva Coordena ção Coordenação 2.4 Fomentar a criação e regularização de associações, cooperativas e centrais MDA MMA, MDS, MTE SEBRAE

19 Gargalos, Ações, Responsáveis e Parceiros Gargalos identificados Ações Respon sáveis Parceiros 3. Baixa eficiência do modo de produção 3.1 Definir modelos tecnológicos de quebra do coco babaçu acordados com as quebradeiras de coco babaçu MMA MMA e MDA, EMBRAPA, MCT-CNPq. 3.2 Promover fomento e crédito para a implantação de agroindústrias de base familiar para o aproveitamento integral do coco babaçu MDA MDA, MMA, Fundação. Banco do Brasil,

20 Gargalos, Ações, Responsáveis e Parceiros Gargalos identificados Ações Respon sáveis Parceiros 4. Acesso a Mercados 4.1 Elaborar planos de negócios para os produtos do babaçu (mesocarpo, carvão, óleo). MDA MDA, MMA 4.2 Ampliar o acesso a mercados institucionais (PAA, alimentação escolar). MDA MDA, MDS, MEC- SECAD, MAPA- CONAB 4.3 Criar um sistema integrado de informação de oferta e demanda de produtos do coco babaçu Coordena ção CONAB, IBGE 4.4 Promover maior acesso às políticas públicas e programas de apoio a comercialização (PGPM, PAA, PRONAF) Coordena ção MAPA- CONAB, MDA, Bancos públicos 4.5 Definir padrões de classificação e coeficientes técnicos para produtos do coco babaçu. MDA MAPA, ANVISA S l l i i dd e

21 Gargalos, Ações, Responsáveis e Parceiros Gargalos identificados Ações Respon sáveis Parceiros 5. Acesso aos babaçuais e vulnerabilidade dos estoques naturais 5.1 Criar e regulamentar unidades de conservação de uso sustentável e projetos de assentamento 5.2 Acelerar a regularização fundiária nos territórios ocupados por povos e comunidades tradicionais e agricultores familiares MMA Coordena ção MMA- ICMBio, MDA-INCRA MMA, MDA, FUNAI 5.3 Definir manejo sustentável para o uso do babaçu MMA MMA-ICMBio

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