INTEGRAÇÃO LAVOURA-PECUÁRIA: SUSTENTABILIDADE DA AGROPECUÁRIA

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1 PROGRAMA DE TRANSFERÊNCIA DE TECNOLOGIA PARA A INTEGRAÇÃO LAVOURA PECUÁRIA Armindo Neivo Kichel Cesar Heraclides Behling Miranda INTEGRAÇÃO LAVOURA-PECUÁRIA: SUSTENTABILIDADE DA AGROPECUÁRIA Ministério da Ciência e Tecnologia MCT FNDCT/CT Agronegócio Financiadora de Estudos e Projetos FINEP 1

2 Armindo Neivo Kichel 1 Cesar Heraclides Behling Miranda 2 INTEGRAÇÃO LAVOURA-PECUÁRIA: SUSTENTABILIDADE DA AGROPECUÁRIA 1 Eng.-Agr., M.Sc., CREA N o /D, Embrapa Gado de Corte, Rodovia BR 262 Km 4, Caixa Postal 154, CEP , Campo Grande, MS. Correio eletrônico: armindo@cnpgc.embrapa.br 2 Eng.-Agr., Ph.D., CREA N o 782/D, Embrapa Gado de Corte. Correio eletrônico: miranda@cnpgc.embrapa.br 2

3 INTRODUÇÃO A degradação das pastagens, a queda na produtividade das lavouras, o empobrecimento da fertilidade do solo, a pouca cobertura e retenção de água no solo e o aumento dos processos erosivos, são efeitos de manejos inadequados dos sistemas de produção, com reflexos diretos no meio ambiente. De forma geral estima-se que cerca de 80% dos 50 a 55 milhões de hectare de pastagens no cerrado Brasileiro, que respondem por 55% da produção de carne nacional, apresentam hoje, algum estágio de degradação, e paralelo a isto,existe um número reduzido de pecuaristas recuperando as pastagens de suas propriedades, ou mesmo preocupados com o problema. As pastagens degradadas além de produzir baixa quantidade e qualidade de forragens, em condições adversas, são as primeiras a parar de produzir e são as últimas a reiniciar o crescimento, contribuindo e potencializando ainda mais a falta de forragem nos períodos críticos do ano. Considerando-se a fase de recria e engorda de bovinos, a produtividade de carne de uma pastagem degradada está em torno de 2 arrobas/ha/ano, enquanto que numa pastagem recuperada pode-se atingir, em média, 225 kg / ou de carne/ha/ano. Por outro lado, dos 16 milhões de hectares explorados com agricultura no cerrado brasileiro, estima-se que 2 milhões de hectare apresente algum nível de degradação e problemas de sustentabilidade tanto em termos de produtividade quanto de custos de produção, principalmente pelo uso do plantio convencional e por falta de palhada quando utilizado o plantio direto, além do aumento de invasoras resistentes aos herbicidas tradicionais como também maior intensidade de pragas e doenças. Nesta situação a produtividade de grãos de soja vem atingindo a kg/ha quando poderia alcançar a kg/ha com a inegração Lavoura-Pecuária. A integração Lavoura-Pecuária é uma excelente alternativa para se manter sistemas produtivos e sustentáveis nos Cerrados, tanto para áreas de pastagens como de lavouras, com o objetivo de reduzir ou evitar o monocultivo e o extrativismo; aumentar cobertura do solo e a persistência 3

4 da palhada, melhorar as propriedades do solo, evitar erosão, reduzir a ocorrência de pragas, doenças, plantas invasoras, os riscos climáticos e o uso de agrotóxicos; da mesma forma, podem induzir à maior diversificação das atividades econômicas no meio rural. Pela intensificação do uso da terra, promovida pela integração lavourapecuária, são gerados benefícios ao meio ambiente, tais como: valor intrínseco da vegetação nativa preservada e o valor do carbono mantido seqüestrado temporariamente. Quando o sistema integração lavoura-pecuária é associado ao plantio direto ocorrem outros benefícios ambientais como: redução da erosão; aumento da matéria orgânica do solo, redução dos custos de produção e ampliação da vida útil das usinas. Considerando a área sob plantio direto no Brasil de 15,4 milhões de hectares, estudos da Esalq-APDC e da The Nature Conservancy / World Wildlife Foundation / APDC estimaram o valor desses impactos em um bilhão de dólares por ano. PRODUÇÃO DE CARNE BRASILEIRA O Brasil atualmente possui um rebanho de aproximadamente 180 milhões de bovinos de carne e leite e uma estimativa de 220 milhões de ha de pastagem cultivada e nativa; portanto a nossa lotação média é de 0,82 animal/ha/ano, com uma produção total de carne de 7,5 milhões de toneladas, se dividirmos a produção brasileira de carne pelos ha de pastagens ou pelos animais, vão encontrar uma produtividade ridícula de apenas 34,1 kg de carne/ha/ano ou 83,0 kg de peso vivo por animal/ano, que é igual a um ganho de peso vivo de 227g por animal/dia; Com a integração lavoura-pecuária, existem tecnologias para uma produtividade de até 1000g/animal/dia e 5000g/ha/dia. O potencial da produtividade média brasileira é no mínimo de 2 animais/ha/ano e de 120 kg de carne/ha/ano ou seja, 3.5 vezes mais carne/há/ano; desde que os pecuaristas usem as tecnologias recomendadas. 4

5 PRODUÇÃO DE CARNE NO CERRADO As pastagens do cerrado Brasileiro foram estimadas em 50 milhões de ha de pastagens cultivadas e 30 milhões de ha de pastagens nativas; com um rebanho bovino de aproximadamente 72,5 milhões de animais. A lotação animal estimada, para os 30 milhões de ha de pastagens nativas; foi de 6,0 milhões de animais,com a média de 1,0 animal para cada 5,0 há; Para,.os 50 milhões de há de pastagens cultivadas, com uma lotação de 66,3 milhões de animais com a média de 1,32 animais para cada 1,0 ha. A produtividade média estimada para as pastagens cultivadas foi de 75,4 kg/ha/ano ou Para as pastagens degradadas foi de 30 kg/ha/ano ou 2,0@/ha ano, com a média de 57,1 kg de carne/animal/ano e 51,6 kg de carne/ha/ano, sendo 34,4% e 51% superior a média brasileira, respectivamente. A produção atual de carne bovina do cerrado é de t que equivale a 55% da produção nacional de carne. POTENCIAL DE PRODUTIVIDADE DE CARNE NO CERRADO - 10 milhões de ha de pastagens ILP = 225 kg/ha/ano = t milhões de ha de pastagens cultivadas = 100 kg/ha/ano = t milhões de ha de pastagens nativas = 30 kg/ha/ano = t - Produtividade total do Cerrado/ano = t Podemos aumentar em 50% a produção de carne no cerrado, sem abertura de novas áreas, e ainda liberando 10 milhões de ha para a produção de grãos. Como pode ser observado na Figura 1, para o abate de novilho aos 24 meses, será necessário que o mesmo obtenha um ganho de peso vivo médio na ordem de 590 g/dia, do nascimento ao abate. Considerando-se a produção de animais cruzados, de melhor potencial genético, isso corresponde a apenas 53% do que poderia ser obtido por tais animais; É possível abater 5

6 animais com 12 meses de idade, com ganho de g de peso vivo/dia. Por outro lado, produções deste nível nem sempre têm retorno econômico. FIGURA 1. Eficiência de produção da pecuária de corte em diferentes sistemas produção de carne. A tendência da pecuária de corte é trilhar os mesmos caminhos da avicultura e suinocultura, ou seja, a redução da idade de abate, com prioridade ao binômio alimentação e genética. Objetiva-se, com isso, aumento da produtividade e qualidade de carne com redução dos custos de produção, respeitando o potencial produtivo de cada propriedade ou sistemas de exploração. Segundo o ANUALPEC 2003, o Brasil abateu animais, estimamos que apenas animais, ou seja, 10% foram abatidas com idade entre 12 a 32 meses que são considerados animais precoces. Por dedução 90% dos animais abatidos no Brasil são tardios, conseqüentemente passam fome em algum momento da sua vida, deixando de ganhar, e até mesmo perdendo peso. É inadmissível que um animal passe fome por causa da seca, geada ou qualquer outro fator climático sendo que os mesmos, vêm ocorrendo nas regiões, ha mais de quatro milhões de anos e alguns pecuaristas ainda não entenderam ou não querem entender. 6

7 Fazendas que fornecem forragem de média e boa qualidade em quantidade suficiente aos seus animais, os mesmos são desmamados aos 7 meses de idade com 180 a 200kg de peso vivo, onde os machos atingem a idade de abate de 20 a 32 meses com peso em torno de 450 a 480kg com ganho médio de apenas 373 a 641gramas/animal/dia; em relação às fêmeas, entram em reprodução com a idade de 12 a 24 meses,somente em regime de pasto com suplementação nos períodos críticos do ano. Tabela 1 - Estimativa do potencial de ganho de peso vivo, médio diário das principais forrageiras perenes e anuais, utilizando animais de recria e engorda, sem considerar o ganho compensatório, com boa oferta de forragem todos os dias do ano. Braquiária humidícula Braquiária decumbens Braquiária brizanta Andropogon Tanzânia Mombaça Tifiton Sorgo forrageiro Milheto Aveia e Azevém 400 g 500 g 500 g 550 g 600 g 600 g 750 g 900 g 950 g 1000 g Estes ganhos de peso vivo podem variar além da espécie ou cultivar da forrageira, também em função da: genética, sanidade e suplementação animal, condições climáticas, manejo das pastagens, fertilidade do solo e nível de adubação das pastagens, etc. A grande maioria dos sistemas de produção da pecuária de corte e leite do Brasil, o desenvolvimento animal situa-se muito abaixo do seu potencial genético; principalmente pela sazonalidade na produção de forragem, aliado ao péssimo manejo dos mesmos e sem um bom planejamento para a produção e armazenamento estratégico de forragem, com o objetivo mais rudimentar do mundo, ou seja, que todos os animais de uma fazenda possam ser alimentados todos os dias do ano e não passem fome. 7

8 TABELA 2 - Índices zootécnicos médios da pecuária de corte em pastagem degradada comparada com as pastagens recuperadas com integração lavoura-pecuária Índices Animais com restrição alimentar: Pastagem degradada Animais com boa alimentação: Pastagem recuperada Natalidade 60% 85% Mortalidade até a desmama 8% 2,7% Taxa de desmama 54% 80% Peso na desmama Mortalidade pós desmama 4% 1% Idade da 1 a cria 4 anos 2 anos Intervalo entre partos 21 meses 12 meses Idade de abate 4,0 anos 1,5 anos Taxa de abate ou desfrute 17% 40% Lotação 0,9 an/ha 3,0 an/ha PRODUTIVIDADE DA E ENGORA DE ANIMAIS RECRIA Ganho de peso 270 gramas 98 kg 650 gramas 240 kg vivo/animal/dia Ganho peso vivo/animal/ano Produção de carne/ha/ano Ciclo da Pecuária Qualidade de carne Rentabilidade 45 kg Tardia Baixa Baixa 360 kg Precoce Alta Alta Fontes: *Estimativa observada junto a produtores e experimentos em andamento. Tabela 3. Produtividade de vários sistemas de produção de carne, em relação a taxa de lotação, taxa de desfrute e produtividade de carne em kg de carne por ha por ano. Sistemas Lotação (an/ha) Taxa de desfrute (%) Produção de carne (kg/ha/ano) 1 Pastagem degradada 0, Pastagem melhorada 1, Pastagem intensiva 2, Suplementos 2, Confinamento 2, Integração lavoura-pecuária 3, Recria e engorda 5, Pastagem irrigada 9,

9 O potencial produtivo da carne e leite de uma pastagem é muito variado e depende de vários fatores: clima, solo, nível de adubação, época do ano, manejo e principlamente o nível de degradação da mesma. Uma mesma pastagem pode proporcionar um ganho médio diário (GMD) de apenas 205g em uma pastagem degradada e 575 g. em uma pastagem recuperada e bem manejada, como pode ser visto na Tabela 4. Tabela 4 - Simulação do potencial produtivo de uma pastagem com vários estágios de degradação em relação a produtividade e rentabilidade, na recria e engorda de animais, onde os mesmos entram na pastagem com peso vivo médio de 200 kg e saem com 470 kg. O valor do kg de peso vivo foi estimado em R$ 1,84 e custo médio por animal de R$187,00 por ano. Pasto GMD Animal/ano Ganho PV RB Custo ML Relação B/C Tempo engorda g kg R$ % meses Ótimo ,4 Bom ,5 Regular ,1 Fraco ,9 Degradado ,2 GMD = Ganho médio diário de peso vivo - RB = Receita bruta PV = Peso vivo - ML Margem líquida B/C = Benefício custo, foi considerando apenas os custos de aquisição dos animais e manutenção dos mesmos. Os resultados da tabela acima, mostram que todas as pastagens ou animais que produzirem em torno de 300 g/ animal/dia, no sistema de recria e engorda, o mesmo apresenta pouca rentabilidade ou da prejuizo. Portanto devemos não utilizar as pastagens ou descartar os animais. 9

10 PRODUÇÃO DE GRÃOS Dados da Conab apontam que em 2004 a área ocupada no Brasil pelas principais culturas era de 40 milhões de hectare e no Cerrado de 16 milhões. POTENCIAL DO CERRADO PARA PRODUÇÃO DE GRÃOS Tabela 5 - Área explorada e produção de grãos no Brasil e no Cerrado. Cultura Área (Mha) Produção (Mt) Brasil Cerrado Brasil Cerrado Soja 21,1 11,1 (52%) 57,7 30,7 (53%) Milho 9,5 2,5 (25%) 33,7 8,7 (26%) Arroz 3,6 1,0 (26%) 12,5 2,5 (20%) Trigo 2,5 0,1 (6%) 5,9 0,4 (6%) Algodão 1,0 0,7 (70%) 3,2 2,4 (75%) Feijão 1,3 0,5 (39%) 1,4 0,5 (38%) Total (40%) 114,3 45,2 (40%) Fonte: (fev, 2004) Feijão e milho:1ª safra Com utilização da integração Lavoura-Pecuária em aproximadamente 20 milhões de hectares de pastagens degradadas, nos próximos 10 anos, será possível ampliar em 11 milhões de hectares a produção de grãos no Cerrado com uma produção adicional de mais 45 milhões de tonelas de grãos; isto significa aumentar emm 100% a produção de grãos do Cerrado e a a produção nacional em 40%. Considerando que as áreas de pastagens degradadas estão, em sua maioria, localizadas em regiões dotadas de infraestrutura mínima (estradas, energia, comunicação, redes de armazenamemeto e insumos etc) todo esse aumento de produção será obtido com menos investimentos públicos em infraestrutura, recuperando áreas degradadas e sem abertura de novas áreas, presenvando o meio ambiente. 10

11 SIMULAÇÃO DE SISTEMAS DE PRODUÇÃO DE CARNE E GRÃOS COM E SEM INTEGRAÇÃO LAVOURA PECUÁRIA; COM AS SEGUINTES CONDIÇÕES: Região com clima, solo e infraestrutura favoráveis para a integração lavoura-pecuária e também com condições favorável para a produção de safrinhas ex: milho ou sorgo. Sistema de produção da pecuária de corte, somente de recria e engorda de animais, com média de 300kg de Peso Vivo = 0,75UA/ animal, sem considerar o ganho compensatório e com rendimento de carcaça de 52 a 53%. Valor R$ 55,00 = US$ para animais gordo ou magro. Custo manutenção dos animais = R$ 100,00/UA/ano. Custo da pastagem sem integração = R$ 135,00/UA/ano Custo da pastagem com integração = R$ 62,00/UA/ano Custo total sem integração = R$ 235,00/UA/ano Custo total com integração = R$ 162,00/UA/ano Valor da saca de soja R$ 30,00 ou US$ 11,11 Valor da saca de sorgo ou milho R$ 13,5,00 ou US$ 5,0 O sistema de integração lavoura-pecuária, foi considerado uma rotação em três anos; com 18 meses de lavoura e 18 meses de pecuária Para a lavoura=plantio da safra de grãos no mês de outubro a novembro, colheita em fevereiro a março e plantio de safrinha de sorgo ou milho. Novamente o Plantio da safra de grãos no mês de outubro a novembro, preferencialmente com cultivares de ciclo precoce e após a colheita dos grãos, plantio da pastagem em fevereiro a março. Para a pecuária=inicio do pastejo no mês de maio, até no mês de setembro do ano seguinte, com 16 meses de pastejo. Retiram-se os animais e veda-se a pastagem, em novembro realiza-se novamente o plantio de grãos. Todos os plantios se possível utilizar o sistema de Plantio Direto. 11

12 Tabela 6 - Simulação de produtividade, custo e receita, em vários sistemas de produção de carne e grãos com e sem integração lavourapecuária, utilizando o valor médio de carne, grãos de soja e sorgo, no mês de março de 2004 em MS. Sistemas Produção 3 anos Custo total Lotação GMD Renda Líquida 3 anos ano Pecuária tradicional Arrendamento soja Pecuária ou sc an/ha ou sc R$ R$ 1, , sc sc @ 3, Lav. Ar 18 m 14 sc sc Pec. Pr 18 m 3, Soja 3 anos 150 sc 115 sc sc Safrinha-sorgo 3 anos 105 sc 65 sc sc Lav. Pr 18 m 100 sc 77 sc sc Safrinha Sorgo 35 sc 22 sc sc Pec. Pr 18 m 3, Lav. Ar = Lavoura arrendamento - an/ha = animal/hectare Pec Pr = Pecuária própria - GMD = Ganho médio diário Lav. Pr = lavoura própria O custo estimado para o cultivo da Soja foi de R$/ha =1150,00 ou 38,33 sacas de soja/ha O custo estimado para o cultivo da safrinha de sorgo ou milho foi de R$/há= 325,00 ou 21,67 sacas/há\, do produto. O custo animal foi estimado em R$235,00/UA/ano e R$ 162,00 para os sistemas sem e com a integração lavoura-pecuária respectivamente. 12

13 ESTIMATIVA DE INCREMENTO DE PRODUÇÃO APÓS A IMPLANTAÇÃO DO PROTILP Como resultado da implantação desse programa, espera-se que ocorram incrementos na produção de carne, leite e grãos. Tendo como estimativa, realizar a Integração Lavoura- Pecuária em 22 milhões de ha a serem recuperados no período de dez anos, ou seja 2.2 milhões de há por ano, onde 19 milhões estariam atualmente utilizados na produção de carne, um milhão na produção de leite e dois milhões para grãos. Uma estimativa referente ao décimo ano de implantação do programa está na tabela 7. Tabela 7 - Estimativas da produção com o Programa Integração Lavoura- Pecuária no décimo ano. Produto s Atual sem integração em área degradada Área Produção (ha) (milhões (t) ) Projetada com integração Área (ha) (milhões ) Produção (t) Incremento Produção Produção Carne , ,00 Leite , , Grãos ,00 0 Obs. Nas pastagens degradadas a produtividade foi estimada em 30 kg de carne/ha/ano e 300 kg de leite/ha/ano Para as pastagens recuperadas com a integração Lavoura- pecuária, a produtividade foi estimada em 225 kg de carne/ha/ano e 1500 kg de leite /ha /ano. Nas áreas de lavoura em degradação, a produtividade foi estimada em 1500 kg de grãos/ha/ano Para as áreas com a integração lavoura -pecuária. a produtividade foi estimada em 4500 kg de grãos/ha/ano (t) % 13

14 ESTIMATIVA DE REDUÇÃO DE DESMATAMENTO DE NOVAS ÁREAS Considerando a estimativa de incremento de produção da Tabela 6 e mantendo-se a produtividade dos sistemas convencionais de produção de carne, leite e grãos de 75 kg de carne equivalente carcaça/ha/ano, 750 kg de leite/ha/ano e 3,0 t/ha/ano, respectivamente, haveria uma redução na abertura de novas áreas da ordem de ha, o que equivale a ha anuais. Ou seja, para cada hectare recuperado, 1,81 ha deixarão de ser desmatados. Tabela 8 - Produtividade média das principais culturas no Brasil e no Cerrado e potencial de produtividade do Cerrado apontado pela pesquisa. Cultura Brasil Cerrado Média Média* Potencial Soja Milho Arroz Feijão Fonte: (fev, 2004) *Estados da região Centro-Oeste Os resultados da tabela 8 indicam um grande potencial de produtividade, acima da média brasileira, das as principais culturas mostrando a viabilidade técnica e econômica da exploração mais intensiva das áreas já abertas do Cerrado para produção de grãos reduzindo a pressão sobre as áreas ainda cobertas pela vejetação nativa do Cerrado e da Amazônia. BENEFÍCIOS ESPERADOS Outros benefícios de ordem econômica, ecológica, social e agronômica podem ser esperados pela implantação do Programa de transferencia de tecnologia para a integração lavoura-pecuária, tais como: 14

15 a) Incremento anual, com menor custo, na produção de grãos e produtos de origem animal, sem a incorporação de novas áreas via desmatamento. b) Aumento da competitividade da carne bovina no mercado internacional, com produção a pasto de carcaças de melhor qualidade. c) Aumento da produtividade de leite, animais para recria a pasto, especialmente pelos integrantes da agricultura familiar. d) Recuperação do solo com custos mais baixos, uma vez que o lucro obtido com a cultura amortiza os gastos da recuperação da pastagem. e) Facilidade de renovação da pastagem ; em geral nos plantios de culturas anuais o preparo do solo é mais intensivo, com o uso de herbicidas, proporcionando uma redução no potencial de sementes no solo, possibilitando a troca de espécie forrageira, principalmente entre as espécies de Brachiaria. f) Melhoria nas propriedades físicas, químicas e biológicas do solo - com a rotação lavoura e pecuária, evitando-se a monocultura, eliminam-se camadas compactadas de solo, bem como se faz a incorporação de resíduos animais (principalmente esterco), raízes e palhadas dos cereais e da forrageira, estimulando-se a vida do solo pela adição de material orgânico. g) Redução de pragas e doenças, pela quebra dos seus ciclos, bem como redução da infestação de plantas invasoras. h) Aproveitamento de adubo residual - parte do adubo fertilizante aplicado à lavoura permanece no solo, sendo depois aproveitado pela pastagem. i) Maior eficiência na utilização de máquinas, equipamentos e mãode-obra na fazenda, com otimização do uso por um maior período de tempo no ano. j) Diversificação do sistema produtivo (pastagens e cultivos). A empresa pode explorar tanto as fases de cria, recria e engorda, como a produção de grãos. Isto lhe dá maiores garantias contra os riscos climáticos e flutuações de mercado. 15

16 k) Fixação do homem no campo, tanto pela necessidade de mãode-obra como pela melhoria da renda do produtor e produtividade do trabalho, aumentando a oferta de emprego. l) Inserção social pela geração de trabalho, renda e estímulo à qualificação profissional. m) Melhoria na qualidade de vida do produtor e de sua família. n) Aumento da produtividade do negócio agropecuário, tornando o sistema sustentável em termos econômicos e também ecológicos. PRINCIPAIS REQUISITOS PARA A INTEGRAÇÃO LAVOURA- PECUÁRIA 1) Introdução de agricultura em áreas de pastagens Para a produção de grãos em áreas de pastagens, considerando-se que esta é uma atividade de maior risco e requer uma certa especialização por parte dos produtores, o pecuarista deve considerar alguns parâmetros, tais como: a) Solos favoráveis para a produção de grãos, em áreas de clima propício. b) Infra-estrutura mínima para a produção de grãos (máquinas, equipamentos e instalações). c) Acesso à entrada de insumos e ao escoamento de produtos. d) Recursos financeiros para os investimentos na produção. e) Domínio da tecnologia requerida para a produção. f) Assistência técnica. g) Possibilidade de arrendamento da terra ou de parceria com produtores tradicionais de grãos. No caso do emprego de lavouras para recuperação e renovação de pastagens, os custos podem, em anos normais, ser amortizados total ou parcialmente, já no primeiro ano de cultivo. Redução na quantidade de 16

17 insumos, nas operações de preparo e conservação do solo, e, a partir do segundo ano, possibilitam, também, obter margens positivas. 2) Introdução de pecuária em áreas de lavouras. Para a produção pecuária em áreas de lavoura de grãos, os principais requisitos são: a) Infra-estrutura mínima para pecuária de corte (curral, cercas, água e outras). b) Recursos financeiros para os investimentos na atividade. c) Domínio das tecnologias requeridas para o sistema. d) Assistência técnica. e) Possibilidade de arrendamento da terra e/ou parceria com produtores tradicionais de pecuária de corte. A exploração intensiva da atividade de pecuária de corte, principalmente na recria e engorda de animais cruzados, em solos corrigidos, com manejos sanitário e nutricional adequados, poderá apresentar maior rentabilidade, com menor risco, quando comparado com a produção de soja, milho, feijão, arroz, sorgo e outras. DIAGNÓSTICO DA PROPRIEDADE Para definirem-se as melhores alternativas para integração lavourapecuária, é necessário, primeiramente, fazer-se um bom diagnóstico da região e da área específica. Isso engloba a identificação detalhada da fazenda, sua área total, localização, clima predominante, tipo de solo, região, infra-estrutura de transporte, insumos e mão-de-obra, sistema de produção atual, produtividade, tipo de culturas anuais e perenes. Deve-se levar em conta a aptidão natural da propriedade dentro do sistema de produção maior da região (cria, recria ou engorda); o potencial 17

18 genético do rebanho; os manejos: reprodutivo, sanitário e nutricional; os índices zootécnicos médios obtidos; os custos médios de produção (kg de peso vivo ou carne); a quantidade de animais/categoria, quantidade de unidade animal (UA), lotação em animais e UA/ha/ano. Quanto às pastagens existentes, deve-se registrar as tecnologias utilizadas na formação, recuperação e ou renovação de pastagens, o número de divisões e tamanho de invernadas; o sistema de pastejo utilizado (contínuo, alternado ou rotacionado); o nível de pastejo (rapado, médio e alto); sistema de aguadas; principais pragas e controles; principais invasoras e controle; topografia e tipo de solo; susceptibilidade a erosão e controle; uso de leguminosas; idade e períodos de exploração das pastagens; áreas degradadas; áreas em degradação; áreas em bom estado;infra-estrutura da propriedade; numero de funcionários e qualificação. ALTERNATIVAS PARA INTEGRAÇÃO LAVOURA-PECUÁRIA Comprovadamente, já estão disponíveis inúmeras alternativas tecnológicas para a integração lavoura-pecuária. Entretanto e escolha da alternativa depende do diagnóstico e de cada situação em particular. Este trabalho enfoca dois grandes grupos de situação: áreas de pastagens degradadas e em degradação; áreas de lavoura com problemas de produtividade e sustentabilidade. 1) Pastagens em degradação ou degradadas A introdução de lavouras em sistemas exclusivos de pastagens, em diferentes condições de degradação pode se efetuar de várias maneiras: 1.1) - Plantio direto e plantio convencional de lavouras de grãos. Considera-se que para condições de plantio direto imediato, a pastagem não esteja em grau adiantado de degradação, e a área a ser plantada deve apresentar características que permitam essa prática, tais como: cobertura uniforme e em quantidade adequada de palhada; sem impedimentos para 18

19 operações mecânicas; com limitações nas propriedades físicas e químicas do solo que permitam correção por aplicação superficiais de adubos e corretivos, e não apresentem erosão laminar ou de sulcos. Caso contrário, é recomendável o preparo de solo convencional e as respectivas práticas de conservação de solo. As práticas são: - Dessecar a pastagem efetuar o plantio direto ou preparo convencional de solo e plantio da cultura selecionada (soja, milho, sorgo, arroz, feijão, girassol, algodão, e etc.). Em ambos os casos, o plantio da cultura pode ser efetuado solteiro, consorciado ou em sucessão com forrageiras anuais ou perenes. No caso das pastagens perenes, as mesmas poderão ser consorciadas com leguminosas ou não. - O plantio de lavouras de grãos e de pastagens, nos ciclos agrícolas subseqüentes, dependerá dos sistemas de rotação de culturas e pastagens adotadas. - As forrageiras de ciclo perene ou anual, poderão ser utilizadas exclusivamente para alimentação animal (pastejo, feno ou silagem) ou como palhada para plantio direto, ou de forma combinada para alimentação animal e palhada. 1.2) - Recuperação de pastagem e plantio direto de lavoura de grãos. Esta alternativa se constitui no processo de recuperação inicial da pastagem degradada, visando obter as condições necessárias para utilizar o sistema de plantio direto. Esta técnica, dependendo do caso, consiste em recuperar a pastagem diretamente com ou sem preparo do solo, associado ao plantio de forrageiras anuais ou perenes, para utilização temporária na alimentação animal e/ou formação de palhada para o plantio direto de lavoura de grãos. 2) Lavouras com problema de produtividade e sustentabilidade. A introdução de pastagens nos sistemas de monocultivo de lavoura de grãos pode ser efetuada por meio de vários processos, sendo que o tempo de 19

20 permanência da pastagem no sistema dependerá do sistema de rotação adotado. Entretanto, esse tempo deve ser suficiente para promover os benefícios esperados tanto do ponto de vista de produtividade quanto de sustentabilidade, desde que proporcionem as condições necessárias para o plantio direto. Nesse sentido os seguintes processos poderão ser utilizados: - Plantio de forrageira anuais ou perenes, em consorcio com a cultura no período de safra ou de safrinha. - Plantio solteiro de forrageiras perenes na safra ou na safrinha, as forrageiras perenes ou anuais poderão ser utilizadas exclusivamente para alimentação animal (pastejo, feno ou silagem) ou como palhada para o plantio direto ou de foram combinada par a alimentação animal e palhada. EXEMPLOS DE INTEGRAÇÃO LAVOURA-PECUÁRIA Dentre os sistemas de integração lavoura-pecuária existentes podem ser citados: a) Plantio convencional de grãos em pastagem degradada - preparo de solo, correção da fertilidade, plantio convencional. b) Plantio direto de grãos sobre palhada de milheto - preparo de solo, correção da fertilidade, plantio de milheto, dessecação e plantio direto de grãos. c) Recuperação da pastagem e plantio direto de grãos - com ou sem preparo de solo, correção da fertilidade, com ou sem pastejo, vedação, dessecação da pastagem e plantio direto de grãos d) Plantio direto de grãos em pastagem degradada - dessecação da pastagem e plantio direto de grãos. e) Plantio convencional ou direto de grãos na safra consorciado com pastagem - preparo de solo, correção da fertilidade, plantio de grãos consorciado ou em sucessão com pastagem. (Barreirão ou Santa Fé). 20

21 f) Plantio direto ou convencional de grão na safra e plantio de pastagens anuais ou perenes na safrinha. g) Plantio direto ou convencional de grãos na safra e plantio de sorgo ou milho safrinha consorciado com pastagem. h) Plantio de pastagem na safra, pastejo e plantio direto de grãos. CONSIDERAÇÕES SOBRE PLANTIO DIRETO DE SOJA SOBRE PASTAGEM Essa é uma tecnologia para recuperação ou renovação de pastagens em degradação, que ainda apresentem uma boa cobertura do solo, mesmo com sintomas de deficiência de nutrientes. É uma tecnologia para ser usada tanto para renovação ou recuperação em curto, médio ou longo prazo. Normalmente, a pastagem oferece uma excelente cobertura do solo para o plantio direto, com palha de boa qualidade. Além disso, com um plantio de soja após dois ou três anos de pasto, ha diminuição de plantas invasoras, e quebra do ciclo de pragas e doenças da soja (cancro-da-haste, murcha, nematóides e outras). Para o plantio convencional da soja, o produtor teria um custo maior em máquinas e equipamentos em relação ao plantio direto (PD). A operacionalização do sistema de PD é bem mais simples, usando-se apenas um pulverizador, uma semeadeira e herbicidas dessecantes e pósemergentes apropriados. Para o pecuarista, o sistema permite renovar ou recuperar a pastagem em dois ou três anos, melhorando os níveis de nutrientes no solo por meio das adubações efetuadas na soja. Para se obter sucesso no uso desta tecnologia, são necessárias algumas condições, quais sejam: A pastagem não deve estar em estádio avançado de degradação, embora possa apresentar limitações químicas, com baixos teores disponíveis de 21

22 alguns nutrientes essenciais, os quais poderão ser corrigidos por meio de adubação. A pastagem deve estar com boa cobertura vegetal, distribuída de forma uniforme, para facilitar o dessecamento químico com herbicidas. Não deve estar subpastejada (o que proporcionaria grande quantidade de palhada e dificultaria o dessecamento e os processos de plantio), nem superpastejada, quando não teria massa vegetal para uma cobertura efetiva do solo. Para que não ocorra desuniformidade de plantio, com enterrio mais profundo da semente em áreas desnudas, e superficial em áreas com maior massa vegetal, o ideal é se ter uma palhada de 20 a 30 cm de altura, no caso de braquiárias e panicuns. Baixa incidência de plantas invasoras de difícil eliminação com herbicidas, tais como rebrote da vegetação natural dos Cerrados. Áreas livres de tocos, raízes, troncos, galhos, pedras e erosão, por exemplo. A área não deve apresentar impedimentos mecânicos para as operações de plantio e colheita. Deve-se considerar a época de aplicação do herbicida e sua dosagem. O herbicida deve ser aplicado quando a pastagem se encontrar em crescimento ativo, nos meses de outubro ou novembro, em média 21 dias antes do plantio da soja. Devem ser usados a g/ha do princípio ativo Glifosato para Brachiaria decumbens, B. brizantha e Panicum maximum cv. Tanzânia. A variedade da soja a ser usada deve ser de ciclo precoce a médio, e que proporcione boa cobertura do solo. Com a pastagem dessecada, o plantio deve ser feito respeitando-se a época recomendada para cada cultivar na região, usando-se uma semeadeira adequada para plantio direto. Recomenda-se observar a profundidade de semeadura para a cultura, aumentando-se a quantidade de semente em 15% a 20%, para proporcionar bom estande da cultura da soja, cobrindo bem o solo, para reduzir a germinação e rebrote da forrageira. Manejo pós-colheita: se o objetivo for a troca da espécie forrageira por outra mais produtiva, caso aquela seja alguma espécie de Brachiaria, 22

23 controlar as plantas remanescentes após a colheita da soja, e plantar uma pastagem anual (aveia ou milheto), para utilizar com animais no outono e inverno. Repetir essa operação por dois ou três anos e implantar a nova espécie de forragem. Se o objetivo for somente recuperar a pastagem, após a colheita da soja (março ou abril), planta-se a forrageira anual (aveia ou milheto), e, entre outubro e janeiro, planta-se novamente a mesma forrageira. IMPLANTAÇÃO DE PASTAGENS 1) - Época e método de plantio Para a maioria das forrageiras, a época do plantio é muito ampla em quase todo o território nacional, começando com as primeiras chuvas em setembro, até março. A melhor época é de novembro a janeiro. Pode-se plantar a lanço, com semeadeira, ou diretamente sem preparo de solo. 1.1) Plantio a lanço O plantio pode ser feito a lanço em solo devidamente preparado com uma grade leve, estando esta parcial ou totalmente fechada. As sementes devem ser incorporadas de 0,5 a 4 cm de profundidade, exceto para estilosantes ou andropógon. Logo após a última gradagem (niveladora), aplicar a semente e passar um rolo compactador de ferro ou pneu, com maior peso no solo arenoso; médio, no misto, e leve, no argiloso. Não passar o rolo em solos com excesso de umidade, para que a terra não grude no rolo. 1.2) Plantio convencional de pastagens com semeadeira Seguir as mesmas exigências do plantio a lanço, com espaçamento entre linhas de 13 a 40 cm, dependendo do equipamento e espécie forrageira, com profundidade de 0,5 a 4 cm, podendo realizar, na mesma operação, a adubação da pastagem ou consórcio com outras espécies. Se a semeadeira não possuir sistema de compactação, passar o rolo compactador. 23

24 As condições ótimas para o plantio são: solo bem preparado, com boa umidade, baixa incidência de invasoras, pragas ou outras forrageiras, plantio de novembro a janeiro, utilizando equipamento adequado, na profundidade da semeadura recomendada, e rolo compactador. 1.3) Plantio direto de pastagens - Requisitos: exige as mesmas condições do plantio direto de grãos, isto é, com boa cobertura do solo, com palhada uniforme, sem limitações químicas e físicas, sem erosão, compactação, trilheiros, cupinzeiros, tocos, invasoras não controladas por herbicidas e outros. - Onde e quando utilizar: em fazendas que possuam máquinas e equipamentos adequados; em áreas com alta infestação de invasoras; solos arenosos; quando for necessária uma rápida formação da pastagem e plantio de safrinha. Após a dessecação, realiza-se o plantio de linhas espaçadas de 13 a 40 cm, colocando-se 10% a 20% a mais de sementes do que o sistema tradicional. RESULTADOS OBSERVADOS NA INTEGRAÇÃO LAVOURA-PECUÁRIA Estudou-se, na Fazenda Remanso, município de Rio Brilhante, MS, a validação e transferência de tecnologia de sistemas de renovação de pastagem de Brachiaria decumbens, com troca da espécie para B. brizantha, por meio do cultivo da soja e da aveia; e a recuperação de pastagem de B. brizantha utilizando o plantio direto e convencional de soja e aveia sobre ela. Foram medidos os resultados referentes aos custos e benefícios das tecnologias. Para tal, foram analisadas variáveis de solo, planta e animal, além dos custos e benefícios dos sistemas avaliados. Na avaliação do sistema de renovação de pastagem degradada de B. decumbens, com troca por B. brizantha, com plantio de soja no verão e aveia no inverno, durante três anos, obtiveram-se os resultados apresentados na tabela 9. 24

25 No primeiro ano fez-se plantio com preparo de solo convencional, mas no segundo e terceiro fez-se plantio direto, tanto para a soja como para a aveia. Os resultados obtidos indicam que, nos três anos de cultivo de soja + aveia, o uso da tecnologia recomendada pela Embrapa Gado de Corte possibilitou a amortização de todos os custos variáveis do sistema. Obtevese, ainda, uma margem bruta de R$ 1.128,42/hectare nos três anos. Em paralelo, melhoraram as condições de fertilidade do solo, viabilizando a substituição de B. decumbens degradada, que produzia 3 arrobas de carne/hectare/ano, por uma nova pastagem de B. brizantha, com uma produtividade de 15 arrobas/hectare/ano na fase de recria de animais cruzados. Tabela 9. Média das produtividades de soja (sacas/ha) e da aveia (@ de carne/ha) e margem bruta (R$/ha). Fazenda Remanso, Rio Brilhante, MS. Soja Produtividad e (sacas/ha) Margem bruta (R$/ha) Aveia Produtividad e (@/ha) Margem bruta (R$/ha) Soja aveia Margem bruta (R$/ha) 1995/96 36,6-149,4 8,7 165,2 15,8 1996/97 54,5 530,0 4,7 106,9 636,3 1997/98 51,3 349,5 5,8 126,8 476,3 Total 142,4 730,1 19,2 398, ,4 Média (ha/ano) 47,5 243,3 6,4 133,0 376,1 Em outra validação, avaliou-se a recuperação de uma pastagem de B. brizantha em degradação, comparando-se sistemas de plantio direto com sistemas de plantio convencional de soja + aveia preta para pastejo, em três anos de cultivo. Nessa área, não se verificaram diferenças na produtividade ou na margem bruta da soja e aveia (tabela 10), uma vez que a produtividade da soja, no plantio direto, foi bastante prejudicada no primeiro ano. Isto foi causado pela reduzida quantidade de massa vegetal da pastagem degradada, sem uma cobertura uniforme do solo, e, principalmente, pela compactação da camada superficial do solo. Ela foi menor 12 sacas/hectare, ou R$ 200,00/hectare, do que no plantio convencional de soja. Entretanto, e 25

26 nos dois anos seguintes a produtividade da soja do plantio direto foi superior à do plantio convencional. Tabela 10. Médias de produtividade e margem bruta para a cultura de soja e aveia, sobre pastagem de Brachiaria brizantha em degradação, comparandose o sistema de plantio direto com o sistema de plantio convencional. Fazenda Remanso, Rio Brilhante, MS. Produtividade Margem bruta Sistemas de plantio Sistemas de plantio Período Convencion Convenciona Direto Direto al l Soja Sacas/ha R$/ha 1995/ ,9 49,4 109,7 303,0 1996/ ,3 60,3 650,7 576,4 1997/ ,0 41,9 253,0 227,1 Total 145,2 151, , ,5 Média 48,4 50,5 337,8 368,8 de carne/ha R$/ha GMD1=0,90 kg 6,3 4,2 110,6 64, GMD=0,84 kg 5,8 4,6 150,4 114, GMD=0,90 kg 5,0 5,0 94,0 121,8 Total 17,1 13,8 355,0 300,6 Média 5,7 4,6 118,3 100,2 1 GMD = Ganho de peso vivo médio diário. Quanto à produtividade de aveia preta em pastejo com animais cruzados, na fase de recria, o sistema de plantio direto foi superior ao plantio convencional, em média, uma arroba a mais de carne/hectare/ano. A recuperação de B. brizantha com o cultivo de soja + aveia, tanto pelo sistema de plantio convencional quanto pelo plantio direto, mostrou-se econômica, com uma margem bruta em torno de R$ 1.400,00/hectare, em três anos de cultivo. Como vantagem adicional, o solo deve ter sido melhorado em suas propriedades químicas e físicas. Como resultado, a pastagem em degradação, que produzia apenas 5 arrobas de carne/hectare/ano, após a recuperação, passou a produzir 20 arrobas de carne/hectare/ano. Com os resultados da tabela 10, pode-se observar que: 26

27 O cultivo de soja é uma ótima alternativa para a recuperação e renovação de pastagens degradadas. A recuperação de B. brizantha com o cultivo de soja + aveia, tanto pelo sistema de plantio convencional como pelo sistema plantio direto, é altamente econômica. Em regiões de clima tropical, as pastagens de braquiária são excelentes alternativas de produção de palhada para o plantio direto, viabilizando o cultivo da soja, principalmente em solos mais arenosos. O uso da aveia para pastejo após o cultivo da soja aumenta a margem bruta de sistemas como os aqui estudados. Após os três anos de cultivo de soja mais aveia, em novembro de 1998, foi implantada uma pastagem de B. brizantha cv. Marandú, em plantio direto, avaliando-se dois sistemas de produção, com e sem adubação de manutenção. Estes sistemas foram avaliados até setembro de 2002, totalizando 44 meses de pastejo, após o que as pastagens foram vedadas até novembro do mesmo ano. Os resultados da fase de pastagem estão apresentados na tabela 11. Tabela 11. Resultados de produtividade e custos da exploração da pecuária de corte por 44 meses após ter sido cultivado com a cultura da soja por 3 anos. Comparando o sistema 1 (pastagem com adubação de manutenção) com o sistema 2 (pastagem sem adubação de manutenção), de 1998 a Fazenda Remanso ; Rio Brilhante, MS 2003 Descrição Sistema 1 Sistema 2 Resultados (44 meses) Lotação: animal/ha/média/mensal 3,46 2,26 Lotação: UA/ha media/mensal 2,63 1,71 Ganho médio diário (g/animal) Ganho médio anual (kg/animal)) Produtividade. de peso vivo kg /ha Produtividade de carne 107,20 65,70 Receita Bruta/ha 4.385, ,00 Custo em 44 meses (R$/ha) Implantação da pastagem 95,00 95,00 Adubação de manutenção 1.125,00 0,00 Manutenção animal/ 547,00 358,00 Depreciação da estrutura 256,00 196,00 Custo da ração 798,00 576,00 27

28 Custo total do sistema 2.821, ,00 Margem Bruta - Custo 1.564, ,00 Custo médio produzida (R$) 26,31 18,66 Custo da MS da forragem consumida (R$/t) 29,00 3,50 Diferença S1 S2 = R$ 134,00/ha em 44 meses A adubação de manutenção, realizada no Sistema 1, no primeiro ano, foi de 120kg de N/ha; no segundo e terceiro ano, foram de 240 kg/ha de N; 60kg/ha de P 2 O 5. Como podemos verificar nos resultados acima, as adubações de manutenção utilizada foram para atingir uma lotação média anual de 3,5 a 4,0 UA/ha; entretanto a lotação média alcançada não ultrapassou aos 2,63 UA/ha/ano; devido as condições climáticas atípicas de déficit hídrico e/ou baixas temperaturas. Os animais entraram no experimento com idade de 8 meses e peso médio de 230 kg, receberam 0,5 kg/animal/dia (120 dias), de uma ração protéica de julho a outubro de cada ano, e mais 2 kg/animal/dia (60 dias), de uma ração energética, nos meses de abril a junho de cada ano, para auxiliar na terminação dos animais, que foram abatidos com idade de 21 a 23 meses com peso médio de 470kg. A adubação de manutenção realizada aumentou o ganho/animal/ano em 12kg, e o ganho por ha/ano em 315kg de peso vivo. Isso deu um lucro em R$ 134,00/ha, alem de evitar a degradação da pastagem e a redução da fertilidade do solo. Como pode ser observada na tabela 12, a adubação de manutenção aumentou a quantidade de raiz na profundidade de 0-10 cm em 6.018kg/ha ou seja um aumento de 122%, entretanto a pastagem sem adubação de manutenção, aumentou a quantidade de raiz, na profundidade de cm em 24% comparado a pastagem com adubação, mostrando que as adubações de cobertura, tendem a concentrar um sistema radicular mais superficial. Tabela 12. Resultados da produtividade da matéria seca (MS) de raiz e parte aérea em kg/ha, da pastagem de B. brizantha cultivada por 4 anos, comparando pastagem com adubação de manutenção (CA), com pastagem 28

29 sem adubação de manutenção (SA). Fazenda Remanso, Rio Brilhante, MS Profundidade (cm) Pastagem CA Pastagem SA kg % kg % Parte aérea Raízes , , , , , , , ,2 Total da raiz , ,0 Total MS Verifica-se que a adubação de manutenção aumentou a produção de MS da parte aérea em 62%. Da mesma forma, o sistema radicular aumentou em 85,6%. Ou seja, na dessecação para realizar o plantio direto de soja e milho, realizada em novembro de 2002, a MS total existente (parte aérea e raízes), na área com adubação de manutenção, era na ordem de kg/ha, ou 74,5%, a mais do que na área que não recebeu adubação de manutenção. Após a exploração da área com a pecuária de corte. Em novembro de 2002 realizou-se novamente o plantio de soja e milho até maio de 2004,. Os resultados obtidos encontram-se dispostos nas tabelas 13, 14 e 15. Como pode ser observado na tabela 13, o milho cultivado sobre uma pastagem que recebeu adubação de manutenção, em comparação ao cultivado sobre a pastagem sem adubação de manutenção, teve um aumento de kg/ha de matéria seca (ou 126%) e uma produtividade de grãos de kg/ha (ou 136%). Da mesma forma, observa-se que os teores de PB também aumentaram, passando de 6,7 para 9,2, ou seja, um aumento de 37%. O efeito da adubação de manutenção da cultura do milho cultivado sobre a pastagem que recebeu a adubação de manutenção, no primeiro ano foi 29

30 muito baixo, não sendo econômico., possivelmente pelo efeito residual da adubação de manutenção da pastagem Tabela 13. Resultados do cultivo de milho em plantio direto, sobre uma pastagem de B. brizantha, cultivada por 4 anos, com adubação de manutenção (C/ADM) e sem adubação de manutenção (S/ADM), referente a produtividade de matéria seca da parte aérea (P.MS), em kg/ha, a produtividade de grão em kg/ha e porcentagem de proteína bruta da parte aérea (PB), obtidos no primeiro ano (safra 2002/2003), na Fazenda Remanso, MS Tratamentos PMS Produtividade PB kg/ha % Pastagem S/ADM Milho S/ADM ,7 Pastagem S/ADM Milho C/ADM ,3 Pastagem C/ADM Milho S/ADM ,2 Pastagem C/ADM Milho C/ADM ,0 Adubação de manutenção da cultura do milho foi de 80kg/ha de N + 60 kg/ha de P 2 O kg de K 2 O. Obs. Os resultados de produção de MS e de PB do milho foi realizada em amostras colhidas após a floração e no inicio do enchimento de grão. Na tabela 14, são apresentados os resultados do cultivo da soja no primeiro ano. Como pode ser observada, a soja cultivada sobre uma pastagem que recebeu adubação de manutenção, teve um aumento de kg/ha de matéria seca (ou 29%), com uma produtividade de grãos 758kg/ha (ou 25%) a mais do que a soja cultivada sobre uma pastagem sem adubação de manutenção. Não se verificaram diferenças nos teores de PB, uma vez que a soja pode obter N via fixação biológica, não sendo dependente do N do solo. É interessante observar também que a adubação no plantio da soja, na área que foi pastagem adubada, induziu um aumento de produção de massa seca de 3000 kg/ha, porém com redução de 388kg/ha (ou 11%) na produção de grãos, devido o excesso de nutrientes e acamamento das plantas de soja. 30

31 Tabela 14. Resultados do cultivo da soja em plantio direto, sobre uma pastagem de B. brizantha, cultivada por 4 anos, com adubação de manutenção (C/ADM) e sem adubação de manutenção (S/ADM), referente a produtividade de matéria seca da parte aérea (P.MS) em kg/ha, a produtividade de grão em kg/ha e porcentagem de proteína bruta da parte aérea (PB), obtidos no primeiro ano (safra 2002/2003), na Fazenda Remanso, MS Tratamentos PMS Produtividade PB kg/ha % Pastagem S/ADM Soja S/ADM ,8 Pastagem S/ADM Soja C/ADM ,3 Pastagem C/ADM Soja S/ADM ,2 Pastagem C/ADM Soja C/ADM ,5 Adubação de manutenção da cultura da soja foi de 6/ha de N + 60 kg/ha de P 2 O kg de K 2 O. Obs.Os resultados de produção de MS e de PB da soja foi realizada em amostras colhidas após a floração e no início do enchimento de grão. No segundo ano de plantio de soja sobre a pastagem que recebeu adubação de manutenção, verificou-se um aumento na produtividade de grãos de 14,5 sacas/ha (ou 28%) quando comparado com a soja cultivada sobre uma pastagem sem adubação de manutenção (tabela 15). Da mesma forma, verificou-se um aumento de 7,75 sacas/ha (ou 13%) quando comparado com a soja cultivada na área de plantio direto durante seis anos. Tabela 15. Resultados do cultivo da soja em plantio direto, no segundo ano, sobre uma pastagem de B. brizantha, cultivada por 4 anos, com adubação de manutenção (C/ADM) e sem adubação de manutenção (S/ADM) comparados com uma área de plantio direto de 6 anos, referente a produtividade de grão em kg/ha, safra 2003/2004, na Fazenda Remanso, MS Tratamentos kg/ha Sacas/ha Diferença sacas/ha Pastagem S/ADM ,62 - Pastagem C/ADM , ,54 Área de plantio direto ,41-7,75 Adubação de manutenção da cultura da soja foi de 60 kg/ha de P 2 O kg de K 2 O. 31

32 A adubação de manutenção na pastagem por três anos, aumentou a produtividade de soja em 12,60 sacas/ha no primeiro ano e 14,54 sacas/ha no segundo ano; perfazendo um total de 27,18 sacas/ha nos 2 anos de cultivo. Entretanto vale ressaltar que nos 2 anos (safra 2002/ 2003 e 2003/2004), ocorreu um déficit hídrico de pequena intensidade. 32

33 CONCLUSÕES Pelos resultados da simulação, referentes aos sistemas de produção, podemos concluir : - A integração lavoura-pecuária é mais rentável que os sistemas de exploração: com lavoura, pecuária tecnificada:e pecuária tradicional em 25 %, 42 %, e 589 % respectivamente - Todas as pastagens ou animais de recria e engorda, que apresentarem ganhos em torno de 100 a 110 kg de peso vivo por animal por ano; a rentabilidade é baixa ou negativa. -De forma geral, podemos concluir também que o cultivo de soja é uma das principais alternativas para a recuperação e renovação de pastagens degradadas, se a região apresentar clima, solo e infra-estrutura para tal. -O plantio direto de soja sobre pastagem braquiária em degradação ou degradada apresentou uma menor produtividade e lucratividade quando comparadas como plantio convencional. no primeiro ano, porém a partir do segundo ano, o plantio direto foi superior. -Para o cerrado brasileiro, as pastagens cultivadas são excelentes alternativas de produção e persistência de palhada, para o plantio direto, que vem viabilizando o cultivo da soja, principalmente em solos mais arenosos. As adubações de manutenção das pastagens alem de manter a produtividade de carne, não deixando as pastagens e solo degradar, também aumentou a produtividade das culturas de soja e milho, na integração lavoura- pecuária 33

Vantagens da integração lavoura-pecuária na recuperação de pastagens degradadas

Vantagens da integração lavoura-pecuária na recuperação de pastagens degradadas Vantagens da integração lavoura-pecuária na recuperação de pastagens degradadas Armindo Neivo Kichel 1 ; José Alexandre Agiova da Costa 1 ; Roberto Giolo de Almeida 1 1 Pesquisador EMBRAPA Gado de Corte,

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