O ULTIMO SUSPIRO DO IMPÉRIO: A GUERRA COLONIAL PORTUGUESA A PARTIR DAS NARRATIVAS DE LOBO ANTUNES.

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1 O ULTIMO SUSPIRO DO IMPÉRIO: A GUERRA COLONIAL PORTUGUESA A PARTIR DAS NARRATIVAS DE LOBO ANTUNES. Josilene Silva Campos 1 A relação entre história e literatura apresenta-se como um campo de investigação em que ambas se completam, são meios utilizados para pensar o homem, formas de apreensão do mundo que tem o real como referente. Como mostra Garcia (2002), a literatura é uma historiografia inconsciente que permite um acesso privilegiado a uma temporalidade transcorrida. Forma de evocação do passado que captura as sensibilidades de uma época. Como salienta Sevcenko, a produção literária revela todo o seu potencial como documento, como uma instância complexa, repleta das mais variadas significações que incorpora a história em todos os seus aspectos (1989, p. 246). Jobim (1992) esclarece que o autor, ao elaborar sua obra, conhece as delimitações do considerado literário no momento, induzido pelo próprio contexto, pelas normas vigentes. Cada época tem seu quadro de referência, normas estéticas, convenções, visões e valores de mundo para relacionar e constituir a literatura, a partir das quais efetua julgamento. António Lobo Antunes nasceu em Lisboa, em 1942, formouse medicina e especializou-se em psiquiatria. Esteve presente no que ele denomina de suja e sangrenta guerra colonial de Angola como médico, no cumprimento do serviço militar obrigatório ( ). Essa experiência deixou marcas indeléveis em sua vida, ele sairá profundamente marcado pelo horror do conflito, esse choque repercutirá na sua trajetória de vida, tanto profissional quanto pessoal. A guerra e seus desdobramentos serão uma constante em suas obras, inclusive em As Naus, onde o romance reveste-se de marcas autobiográficas e a escrita assume um tom confessional, os fantasmas passam a ser exorcizados pela ficção. É necessário 1 Mestranda em História pela Universidade Federal de Goiás.

2 revisitar as lembranças do que fora traumático para que todos saibam que o front é um palco de morte e dor, onde não há vencidos ou vencedores, A literatura da guerra colonial narra, de diversas formas, o processo de dilaceração e de transformação do ser individual e coletivo ao longo do percurso africano. Esta literatura, escrita tantas vezes por quem viveu a experiência da guerra, está revestida de denúncia, de uma situação trágica e tão ambiguamente esclarecida como foi a guerra em África. Além de ser um alerta contra o possível esquecimento intencional. Há, nessas narrativas, uma tentativa de superação de um trauma e do luto coletivo. A crise que gera o conflito é, sobretudo, uma crise de identidade, de autoreconhecimento do que significa, a partir de agora, ser português. Nessa medida, As Naus torna-se de significativa importância ao abordar o tema da guerra colonial.esse assunto durante muito tempo foi relegado ao silêncio e ao esquecimento pela sociedade portuguesa, ficando a cargo da literatura preservar a memória e salvar do esquecimento as dolorosas lembranças da guerra.de acordo com Ribeiro, o caráter testemunhal de muitos desses textos visava Preencher a lacuna e o silêncio imposto pela história oficial [...] de um ponto de vista mais pessoal, refazer pela memória e pela escrita\ o percurso de reconhecimento de uma identidade perdida (1998, p. 139). Para Saraiva, ainda que a guerra colonial tenha atingido quase todas as famílias [...] para a generalidade dos portugueses é um tabu que parece obrigar a comunidade ao silêncio e a vergonha. (1998, p. 8). O 25 de Abril marca o fim do colonialismo português. As conseqüências desse fato histórico não ficou somente no âmbito da política, mas, atingiu em cheio a compreensão e a auto-concepção da representabilidade de Portugal no mundo. Vale lembrar que a identidade deste país foi fundada em uma série de mitos, que de uma maneira geral constroem a idéia de uma pátria com vocação para a 2

3 missão civilizatória, a ponto de dispersar o seu corpo e sua alma pelo mundo inteiro, um povo de heróis e de santos, que teriam sidos escolhidos por Deus para descobrir e desbravar terras perdidas nos recônditos do muno. Para Cardoso, há uma identidade muito peculiar que marca o modo de ser português, mas que se baseia em irrealismos, invenções, carência de reflexão, e, sobretudo, recalcamento de traumas (2004, p.161). Um dos mitos mais importantes que compõe a galeria da história de Portugal refere-se ao sebastianismo.que foi um movimento mítico-secular que ocorreu em Portugal na segunda metade do século XVI. Devido a morte do rei D. Sebastião na batalha de Alcácer Quibir em circunstâncias que os portugueses tornaram misteriosas, fabricou-se um mito contra desonra de estrondosa derrota. Sem herdeiros o poder português passou para o domínio do rei espanhol Felipe II. Conforme Mello, Com o desaparecimento do corpo de D Sebastião, fato mal assimilado pelo povo lusitano, surgiu à lenda de que o rei ainda estaria vivo apenas esperando o melhor momento para voltar ao trono e afastar o domínio estrangeiro. (2005, p.47). As Naus também trata do mito do Sebastianismo. D. Sebastião é descrito no romance como um pateta inútil de sandálias e brincos na orelha, sempre a lamber uma mortalha de haxixe, tinha sido esfaqueado num bairro de drogas de Marrocos por roubar a um maricas inglês, chamado Oscar Wilde, um saquinho de liamba. (N 2. p.179). Ironiza a eterna espera pelo rei que voltaria de Alcácer Quibir para comandar o país e devolver aos portugueses a honra e a glória que outrora tiveram. Na história de Lobo Antunes Camões e seus amigos esperavam pelo retorno do rei desaparecido Esperávamos (...) uma adolescente loiro de coroa na cabeça (...) nosso bando (...) aguardando ao som de uma flauta que as vísceras do mar emudeciam os relinchos de um cavalo impossível. (N. p. 247) 2 Pra a citação do romance será adotada N para As Naus. 3

4 A antiepopéia escrita por Lobo Antunes, resulta na reflexão paródica e satírica sobre a identidade da nação portuguesa e o futuro do povo português. Segundo Chagas essa contranarrativa ao rejeitar essa mitificação de um tempo, o autor afirma a sua postura crítica em relação ao país (metonimicamente representado pelas personagens da narrativa), ainda não refeita de uma perda territorial não assumida verdadeiramente. (s/d, p.2). Teixeira pondera que Lobo Antunes nega a apresentação de um país no seu esplendor histórico, ideológico e até de coesão nacional, preferindo desmistificar a importância de um passado glorioso à luz de um presente vazio. Nesta opção percebemos que o autor repudia a escolha do povo português em viver um tempo que consiste num passado obsessivo, num presente sufocado (...) e num futuro do qual, sebasticamente, se espera o dia dos prodígios (1998, p.158). Em As Naus, o autor busca fazer uma desconstrução da imagem de Portugal como o eterno Império Ultra marítimo. A reescrita da história mostra a dimensão humana daqueles que fazem e fizeram à história. Os mitos nacionais são contados numa nova versão em que a ironia reger a trama, nem sempre com um final glorioso. O autor se alinha a uma forma pós-moderna de escrita, onde o importante passa a ser questionar, transpor a barreira do aceitável, do conhecível e reconhecível por esse mecanismo, as menções heróicas da história portuguesa serão dessacralizados. O pós-modernismo pretende realizar uma crítica irônica com o passado e o presente, a metaficção historiográfica apresenta perguntas e não respostas definitivas. O pós-modernismo, segundo Linda Hutcheon, explora e ataca elementos básicos de nossa tradição humanista, não pretende negar um passado, e nem pretende ser uma utopia em relação ao futuro, incorpora o passado e procura parodicamente registrar sua crítica. Em se tratando da literatura pós-moderna, o filosofo francês Jacques Derrida afirma que todo texto é um tecido, uma textura 4

5 formada por vários fios. Neste sentido, podemos pensar que no romance histórico ou na metaficção historiográfica, esses fios são formados pelos acontecimentos históricos reais e o entrelaçamento desses acontecimentos fica a critério da liberdade ficcional. Tem-se, dessa maneira, uma formação discursiva final embasada na História, porém sem deixar de ser arte literária. O pós-modernismo reescreve os textos históricos problematizando toda a noção de conhecimento histórico. O passado não pode ser destruído, mas precisa ser reavaliado criticamente, não mais com inocência. A metaficção historiográfica recusa a visão de que apenas a História tenha uma verdade inquestionável. Nesse sentido, tanto a história como a ficção são discursos, sistemas de significação e, a partir dessa identidade, os dois teriam uma versão sobre os fatos. Jameson (1994), pontua que o pós moderno nos convida então a uma melancolia zombaria da historicidade em geral. No romance As naus, Lobo Antunes vai tratar dos retornados da guerra colonial e os reflexos dessa volta em Portugal. O processo de apagamento social do conflito com o fim das colônias em África e o 25 de abril, há um clima de desilusão e uma inconsciência coletiva, um sonambulismo que se apóia na ficcionalização de uma pátria esplendorosa que é incapaz de lidar com as perdas e a obrigatoriedade do retorno. As Naus que sempre foram de partida retornaram, um regresso ao cais de partida, após cinco séculos fora de si. Sempre acostumados a olhar além mar, são obrigados a voltar os olhos para si mesmos. Não há uma auto gnose, silencia-se diante da problemática da volta dos seus ex combatentes da guerra do ultramar, um processo de apagamento social. Os sujeitos que regressarão não se enquadram no mito do império português, portanto eles morrem. Uma morte social e psicológica. Eles não serão ouvidos, eles não serão vistos, nem lembrados devida a negativa da memória social em lembrá-los. 5

6 Na narrativa, os heróis que levaram o nome e a glória da pátria a mares nunca antes navegados são expulsos de suas antigas colônias e obrigados a voltar. Junto com os combatentes a história de Portugal também retorna, Vasco da Gama, Camões, Padre Antonio Vieira, Diogo Cão, serão os retornados de Lobo Antunes. Marinho considera que a colocação de personagens com tais nomes (que imediatamente emergem do inconsciente coletivo português) em ambientes degradados e atuais, não só acentua o caráter irônico da evocação, como desmistifica um período da História nacional que raramente é tratado na sua relatividade histórica. (1999, p.293). No romance os retornados de guerra não reconhecem sua pátria tornando-se anônimos em sua terra. Há uma desidentificação espacial uma deslocação em torno de um mundo que já não é o seu. Essa inadaptação do ex combatentes de guerra ao novo tempo português representa a inadequação de toda a historia de Portugal, uma falta de reconciliação com o presente. A questão que emerge nessa discussão é a recusa. Ninguém quer que os combatentes realmente retornem, que tragam o cheiro de África, que se instalem no país, estes que agora são uma espécie de português de segunda mão. Nem a família nem o estado os reconhecem. São marginalizados e rejeitados devido à incapacidade do país de integrar os ex combatentes na sociedade. Os retornados são tão indesejados que passam a ser impelidos para um novo desaparecimento. Essa questão é tratada em As Naus quando o sobrinho de Vasco da Gama cansado das excentricidades do tio propõe ao navegante comprarlhe o produto do seu lucro na condição de empreender de imediato uma segunda viagem á índia no fito de que o octogenário sucumbisse na ilha os amores, gasto por um cardume de ninfas insaciáveis. (N. p.116) O discurso paródico, da intertextualidade, da ironia carnavalizada é uma das características pós modernas usada por 6

7 Lobo Antunes para construir suas obras. Esses recursos são aplicados à história dita oficial e seus personagens propiciando uma distorção da história por meio de omissões, exageros, anacronismos, assumindo por vezes posturas niilistas.. Nesse sentido, D Angelo afirma que o autor pós-moderno reorganiza todo o abundante material de conhecimento próprio, mediante imagens, documentos, reescrita de vozes silenciadas A história, reescrita, reconstruída, retraduzida no gesto ficcional, se limita a um microcosmo marginalizado até agora, e acaba por demonstrar o caos da experiência humana e do juízo, o caos de uma história logocentricamente ausente (2005, p.50). A partir de uma escrita intertextual e carnavalizada Lobo Antunes em seu romance faz desfilar personagens históricos de maneira caricturizada. Francisco Xavier, o santo missionário que, no século XVI, prega o evangelho no oriente, é apresentado em As Naus como um cafetão, dono de uma pensão habitada por prostitutas e retornados miseráveis. Ironicamente, batizada de Residencial Apostolo das Índias. O senhor Francisco Xavier, que adquirira o habito de colar à nuca uma aureola de santo decorada por lampadazinhas de várias cores que lhe forneciam o aspecto do anuncio de uma marca de pilha. (N. p. 230). O poeta Luís de Camões que é um dos personagens de maior ressonâncias e significado na cultura portuguesa. Em As Naus, é construído no personagem de um homem chamado Luis que escreve oitavas na mesa da taberna, e tem um olho oco que vê para trás. O olho oco e sua insólita propriedade de ver para trás pode ser pensado como uma metáfora do próprio texto, na medida em que o projeto ficcional representado pela narrativa em questão, ao realizar uma espécie de desconstrução paródica do passado, possibilita olhar de uma perspectiva invertida, ás avessas, esvaziando-o de uma pretensa dimensão épica e gloriosa. 7

8 Esse homem de nome Luis trás, da África o corpo insepulto do pai em avançado processo de decomposição. E como nas farmácias entornamos meu pai, com a espátula de uma faca de peixe, numa garrafa de leite, cartilagens, tendões, falanges, pedacitos aquosos de cartilagem (N. p.158). Liquefeito, o pai serve de adubo para plantas carnívoras, cultivadas pelo amigo Garcia Orta, que na narrativa é apresentado como garçom e operador de radioamador.é importante ressaltar que na história oficial Garcia Orta, é um médico e botânico português que dedicou-se ao estudo da flora medicinal oriental, pesquisa que resultou na obra Diálogos dos Simples e das Drogas, editado em Diogo Cão um exímio navegador português é retratado por Lobo Antunes como um alcoólatra que exerce a profissão de Fiscal da Companhia das Águas, vive obcecado pelas tágides, musas inspiradora de Os Lusíadas, que na ficção de Lobo Antunes, são prostitutas miseráveis. Diogo Cão, arruinado pelo álcool e pelo delírio, simboliza o corpo decadente de Portugal. Manuel de Souza Sepúlveda é um dos mais célebres navegantes portugueses marcados pela tragédia dos naufrágios. No romance ele enriquece com a exploração de discotecas, boates e pensões. Tendo perdido a mulher em angola, rouba a esposa de Pedro Álvares Cabral que miserável foge para a Espanha com os ciganos Garcia da Orta e Luís Bunuel. Vasco da gama paradigma do navegante português, heróico condutor das Naus Os Lusíadas, é construído no romance como alguém que ganha a vida de modo fácil, trapaceando no jogo de cartas, é renegado pela família. Faz sempre passeios com D Manoel (com quem acaba preso e internado em um sanatório), o antigo senhor dos mares quinhentistas, na ficção transforma-se em um velho maluco, que usa uma coroa de folhas de flandres, decorada com esmeraldas de plástico, na cabeça ostenta um peruca de estopa. 8

9 Outras figuras também estão presentes no romance dentre elas: Gil Vicente, D. João de Castro, Martinho Lutero, Miguel de Cervantes, Tomaz Antonio Gonzaga, Nuno Alvarez Pereira, Fernão Magalhães, Afonso de Albuquerque, Sá de Miranda, Pero Vaz de Caminho, Federico Garcia Lorca, Rei Felipe, Antonio José da Silva, Gil Eanes, Edgar Muniz, Santo Antonio, Fernão Lopes, João Batista da Silva, Almeida Garret, Antonio Duarte Gomes Leal, dentre outros. O riso sempre esteve presente na história da humanidade, seja o riso escachado e liberal ou o representado através da sutileza da paródia. Os festejos carnavalescos constituem um espetáculo de caráter ritual, que apresenta peculiaridades distintas e relacionadas a diferentes épocas, povos e festividades particulares. O carnaval, nessa medida, não é um fenômeno específico da literatura. Na verdade, a literatura apropria-se desse processo transformando-o para a linguagem literária. Conforme Bakhtin (1981), é a transposição do carnaval para a linguagem da literatura que chamamos carnavalização da literatura. Ainda segundo o autor, literatura carnavalizada à literatura que, direta ou indiretamente, através de diversos elos mediadores, sofreu a influência de diferentes modalidades de folclore carnavalesco (1981, p.92). Em As Naus encontramos uma linguagem carnavalizada. Um dos personagens que assume essas características é D Manuel, um herói para os portugueses que é retratado poe Lobo Antunes da seguinte maneira: um príncipe envelhecido afastando as moscas com o ceptro, de coroa de latas com rubis de vidro na cabeça e hálito de purê de maçã de diabético (N, p.117). O riso, recurso legalmente aceito enquanto manifestação livre assume a função de zombar com o superior, pois funciona como única estratégia de parodiar o que estava sacralizado. Trata-se da possibilidade de efetivar pelo cômico, o que era impossível através do sóbrio. Numa ampliação desse procedimento, o riso volta-se para reversão de valores universais e ganha dupla dimensão. Envolve 9

10 tanto a negação por meio do ato de ridicularizar e a afirmação pelo júbilo. Eleva-se à universalidade por fundamentar-se numa concepção de mundo. Tal mecanismo constitui a peculiaridade do riso carnavalesco ambivalente. A ironia está presente na obra de maneira contundente, quase sempre acompanhada de críticas em relação à política, sociedade, Igreja. Lobo Antunes retrata o santo São Francisco Xavier como gerente de uma pensão onde os retornados vivem de maneira subumana. Além disso, o santo é um cafetão que a alicia mulheres para a prostituição, tendo essa prática inclusive com a mulher de Pedro Alvarez Cabral já que o mesmo não tinha como pagar a estadia no recinto. Francisco Xavier obriga sua mulher fazer programas até saldar as dívidas, A tua esposa vai trabalhar lá embaixo num bar até a contazinha da pensão ficar paga (N, p. 40). A fé e a igreja Católica (pilares importantes do mito português) são constantemente satirizadas na narrativa: Graças à meia dúzia de promessas à Virgem Santíssima e aos pastorinhos de Fátima o residencial apóstolo das Índias se encontra em condições de receber os pecadores dos trópicos que surgissem (N, p. 105). Em outro trecho Francisco Xavier ao se referir a prosperidade dos negócios como cafetão, conclui que, A certeza acabada de que Deus está comigo é que mandei segunda feira, embelezadas de lanteijolas e de xailes, trinta e oito africanas para as discotecas (N, p. 106). Na narrativa de Lobo Antunes o padre Antonio Vieira uma das figuras máximas da Igreja Católica é caracturizado como um fanfarrão que sai de prostíbulo em prostíbulo sempre bêbedo e as voltas com mulheres da vida, O padre Antonio Vieira, sempre de cachecol, expulso de todos os cabarés de Lixboa, [...], até tombar num sofá, entre as negras, a guinchar a sentença do profeta Elias numa veemência missionária. (N, p. 124). Lobo Antunes escreve o romance em 1988, sua crítica está localizada no regime Salazarista e no pós salazarismo. Seu discurso 1 0

11 se reveste da temática pós-colonial, está direcionado para a questão dos retornados e a ineficiência do estado em resolver este problema. As atitudes ou falta de atitude do poder instituído é constantemente criticada, não se assume as responsabilidades ficando mais fácil colocar os retornados em galpões, como em As Naus, como se fossem mercadorias com defeito, ou interná-los em hospícios, Para alojar, de entre os que tornavam da África (...) o governo desocupou um hospital de tuberculosos [...] os colonos que vagavam a deriva, de trouxa sob o braço, nas imediações dos asilos, na mira dos restos de sopa do jantar. (N, p.235). O momento político e social de Portugal também está refletido nas páginas do romance. Com o retorno dos colonos que viviam em África criou-se um caos social de proporções jamais vistas onde parte da população ficou sem serviços básicos como habitação e saúde. O problema foi agravado ainda mais com o aumento substancial do desemprego, fato presente n A Naus. O velho, que conseguira um emprego de desempregado e que se alinhava periodicamente, antes da aurora, com os colegas de profissão, para receber o seu cheque trabalhoso num guichet (N, p. 140). Sobre o momento político de Portugal do pós salazarismo, de maneira irônica Lobo Antunes nos mostra uma lixboa (microcosmo de Portugal), governada por uma política de viés marxista. Manoel de Sousa de Sepúlveda ao voltar d África, se dirige para sua casa quando se depara com seu imóvel ocupado revolucionariamente e transformado em um centro de recuperação para as doenças da espinha. O novo dono aborrecido pela perturbação dispara: Chegou agora de África, coitado, não vinha cá há séculos, explorava os camaradas pretinhos, julga que a casa é dele. Isto pertence ao povo, amigo, pertence à gloriosa vanguarda do proletariado (N, p.85). Para Mello (2005), Em As naus, constatamos a existência de um discurso social que expressa o conflito de identidade do cidadão 1 1

12 do Portugal contemporâneo, perdido entre o passado glorioso e as condições hostis do presente, vítima de um país que atravessa os séculos do centro (ao menos no discurso histórico) em direção à periferia, daí o clima geral de desilusão dominante. A obra pode ser considerada empenhada na medida em que escreve contra uma possível alienação a respeito não só da existência do mito do Portugal glorioso, mas também da ideologia subjacente ao mito sebastianista, além da questão da História oficial e sua pretensa validade como uma verdade única. BILBIOGRAFIA ANDERSON, Perry. Portugal e o fim do Ultracolonialismo.Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, ANTUNES, A. Lobo. As Naus. Lisboa: Publicações Dom Quixote, CHAGAS, Manuela Duarte. Portugal revisitado em O esplendor de Portugal. IV congresso Internacional da Associação Portuguesa de Literatura Comparada. GARCIA, Simone. Canudos: história e literatura. Curitiba: HD Livros, LOURENÇO, Eduardo.Mitologia da Saudade. São Paulo: Cia. Das Letras, O imaginário portugues neste fim de século In. JL Jornal de Letras Artes e Idéias, ano XXI, nº 763, 29 de dezembro a 11 de janeiro MARINHO, Maria de F. O Romance Histórico em Portugal. Campo das Letras, Porto MELLO, Cláudio José de Almeida. Discurso social, história e política no romance histórico contemporâneo de língua portuguesa: Leminsk, Lobo Antunes e Pepetela. Assis: Unesp, ( Tese de Doutorado). OLIVEIRA, Ana Maria Dantas C. de Miranda. As Naus de Lobo Antunes e os caminhos do diálogo cultural lusófono. Revista de Letras, PUCCAMP, Campinas, V.16 (1/2) , dez, RAMOS, Ana Margarida. A ficção de uma viagem de regresso à pátria. Um olhar sobre As Naus de Antonio Lobo Antunes. Revista da Universidade de Aveiro Aveiro, Nº 18, p.7-18, PEDROSA, Inês. O regresso da Caravelas ( As Naus). Entrevista de Lobo Antunes. Revista Ler. Primavera de

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