econômica e institucional em 15 de maio de 1956, a Anfavea, Associação Nacional dos Fabricantes
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- Larissa Lencastre de Sá
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1 Anfavea Ata de constituição da Anfavea, São Paulo, 15 de maio de O investimento vai para onde se pode produzir a menores custos e com promissoras perspectivas de retorno para os capitais, tecnologia e gerenciamento investidos. 60 ão 50 anos de participação ativa na vida econômica e institucional do Brasil. Fundada em 15 de maio de 1956, a Anfavea, Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores, teve papel decisivo na consolidação da indústria automobilística brasileira. Do pioneirismo daquela época, a indústria tornou-se a nona maior do mundo, respondendo por 5% do PIB brasileiro, autopeças incluídas. Exemplos de pioneirismo não faltam. Acordos setoriais e veículos a álcool são apenas algumas das ações que contaram com a atuação decisiva da Anfavea. E os desafios continuam. Com um parque automotivo moderno e competitivo, fruto de US$ 32 bilhões investidos a partir de 1994 (montadoras e autopeças), o Brasil precisa, manter-se como alternativa viável a novos investimentos. Opera-se uma profunda transformação no cenário mundial do setor, com novos competidores como China, Índia e Leste Europeu disputando espaço com os produtores tradicionais e emergentes. "O desafio competitivo é enorme", destaca Rogelio Golfarb, presidente da Anfavea. "O investimento vai para onde se pode produzir a menores custos e com promissoras perspectivas de retorno para os capitais, tecnologia e gerenciamento investidos. Na China, por exemplo, não há relação lucro-custo e o potencial de demanda interna é enorme". Mas o Brasil tem suas vantagens. Tem uma desenvolvida engenharia automotiva, o que ainda falta aos novos países emergentes no setor. Possui pro-
2 dutos de qualidade e se destaca pelo pioneirismo em tecnologia. Está aí o flex-fuel, que desperta atenção mundial. Incluindo autopeças, o setor faturou US$ 42 bilhões em 2005, o equivalente a 15% do PIB industrial, e registrou superávit de comércio exterior e US$ 9,2 bilhões. Exportou US$ 11,2 bilhões (840 mil veículos e componentes), tornando-se o 11.º maior exportador mundial. Acordos internacionais foram decisivos para essas conquistas e entre as prioridades da Anfavea está a realização de novos acertos com blocos e países. Com capacidade anual instalada de 3,5 milhões de veículos mais 98 mil máquinas agrícolas, projeta produzir 2,64 milhões de veículos em Um dos desafios é reduzir a ociosidade e uma das dificuldades atuais é o câmbio desfavorável às exportações. "Precisamos ter a retaguarda de um mercado interno forte, para ganhar em escala e criar condições para enfrentar as flutuações externas. O nosso futuro depende de vencermos os desafios que se apresentam para mantermos o status conquistado", destaca Golfarb. História de persistência Vencer desafios sempre foi uma constante do setor. Sua organização começou com a criação do Sinfavea, Sindicato Nacional de Tratores, Caminhões, Automóveis e Veículos Similares, fundado em 25 de novembro de 1955 como entidade responsável pelas relações coletivas de trabalho. Na seqüência surgiu a Anfavea, primeiro com sede na Avenida Paulista e hoje na Ave- 61
3 Anfavea A sede da Anfavea, na avenida Indianópolis, em São Paulo nida Indianópolis, em São Paulo. Com 24 empresas associadas, a entidade divulga mensalmente a Carta da Anfavea, com dados atualizados do setor e um Anuário. Mantém um escritório de representação em Brasília e contatos regulares com órgãos governamentais e associativos, além de fornecer informações permanentes à imprensa. Para garantir total apoio às suas associadas, opera com comissões, subcomissões e grupos de trabalho para estudo do complexo industrial automotivo e de suas interações com a sociedade e a economia. Desde 1960 realiza com parceiros nos anos pares o tradicional Salão do Automóvel e nos ímpares promove salão dirigido ao segmento do transporte de cargas. Entre os marcos da história da Anfavea, um dos destaques é a sua participação na Câmara Empresas associadas à Anfavea Setorial Automotiva. No primeiro acordo, fruto de reunião realizada em Brasília nos dias 25 e 26 de março de 1992, o setor assumiu claramente suas dificuldades de evolução tecnológica e escassez de produtos contemporâneos. Reuniram-se governo, montadoras, autopeças, distribuidores, trabalhadores e outros segmentos ligados ao setor. Os impostos caíram, as margens dos fabricantes e da rede foram reduzidas e os preços baixaram 22%. O nível de emprego foi mantido e as vendas foram retomadas, com conseqüente aumento da arrecadação tributária. O acordo, que vencia em junho, foi renovado. Em função do êxito obtido nesse primeiro entendimento, partiu-se para um novo acordo em fevereiro de 1993, com cláusulas similares e metas de longo prazo ainda mais ambiciosas, com programas de melhoria de qualidade e produtividade. Dessa Câmara nasceria o IQA, Instituto da Qualidade Automotiva. A força dos populares Paralelamente à Câmara Setorial destaca-se o Programa do Carro Popular, criado nos anos 90, no governo Itamar Franco. Com os populares, o setor entrou em nova fase de crescimento. O terceiro acordo aconteceu em fevereiro de Enquanto o primeiro teve um caráter emergencial e o segundo passada a crise mais profunda visava a garantir a continuidade do crescimento de 1995 e tinha por objetivo principal atrair investimentos em favor da produção local. Novas montadoras vieram para o Brasil, aumentando a competitividade e a oferta de produtos. Novos acordos emergenciais foram acertados entre 62
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5 Anfavea O Brasil tem hoje um complexo automotivo notável e inserido internacionalmente. Podemos exportar projetos e temos de investir em nossos diferenciais, como o flex-fuel. 1998/99, com reposicionamento de impostos, redução de preços e garantia do nível de emprego. Em todas as vezes que houve entendimentos desse tipo o mercado reagiu positivamente. Embora ainda elevada em relação aos principais centros produtores, consumidores e exportadores automotivos, a carga tributária sobre consumo dos automóveis 27,1% a 36,4% de acordo com a motorização foi reduzida ao longo dos anos, fruto de um intenso trabalho da Anfavea junto às autoridades. O Proálcool como resposta Entre as ações pioneiras da indústria brasileira há o Proálcool, Programa Nacional do Álcool, que começou a ser delineado em 1975, como resposta local à crise mundial do petróleo. Num trabalho conjunto, rapidamente o setor colocou no mercado veículos movidos exclusivamente a álcool e preparou seus veículos leves a gasolina para rodar com mistura de gasolina e álcool. O carro a álcool teve participação elevada no mercado no período , chegando ao pico de 96% das vendas em Apesar dos problemas enfrentados pelo Proálcool na década de 90, com falta de combustível e o conseqüente descrédito do mercado, o carro a álcool acabou sendo o embrião para o flex-fuel. Exportando engenharia Depois do refluxo do mercado nos anos 1980, o desafio dos anos 90 passou a ser a busca de avanços nas áreas de planejamento, produção, processo de manufatura, tecnologia, qualidade, segurança veicular ativa e passiva, design, economia e redução das emissões. Hoje a engenharia automotiva brasileira é reconhecida em todo o mundo. O Brasil tem hoje um complexo automotivo forte e inserido internacionalmente. Podemos exportar projetos e temos de investir em nossos diferenciais, como o flex-fuel. Os investidores não vão colocar todos os ovos numa cesta só e temos que nos apresentar como uma alternativa viável de investimento, afirma Golfarb. Todos os presidentes Manuel Garcia Filho (Vemag) - gestões 1956/58 e 1958/60 Lélio de Toledo Piza e Almeida Filho (Vemag) - gestões 1960/62 e 1962/64 Sebastião Dayrell de Lima (Simca) - gestão 1964/66 Oscar Augusto de Camargo (Vemag) - gestões 1966/68, 1968/71, e 1971/74 Mário Bernardo Garnero (Volkswagen) gestões 1974/77, 1977/80 e 1980/81 Newton Chiaparini (Ford) - gestão 1981/83 André Beer (General Motors) - gestões 1983/86 e 1986/89 Jacy de Souza Mendonça (Autolatina) - gestão 1989/92 Luiz Adelar Scheuer (Mercedes-Benz) - gestão 1992/95 Silvano Valentino (Fiat) - gestão 1995/98 José Carlos da Silveira Pinheiro Neto (General Motors) - gestão 1998/2001 Célio de Freitas Batalha (Ford) - 04/2001 a 10/2001 Ricardo Carvalho (Volkswagen) - gestão 2001/04 Rogelio Golfarb (Ford) - gestão 2004/07 64
6 SE VOCÊ TIVESSE UMA GARAGEM COMO A NOSSA TAMBÉM FICARIA ORGULHOSO. DAIMLERCHRYSLER. AS MELHORES MARCAS EM UMA SÓ EMPRESA. DaimlerChrysler é um grupo mundial que reúne marcas consagradas, como Mercedes-Benz, Jeep, Chrysler e Dodge. Isso significa um foco ainda maior em valores como inovação, excelência, qualidade, responsabilidade e rapidez, que são a base da filosofia da DaimlerChrysler. Por isso, cada vez que você vir uma dessas quatro marcas, saiba que por trás dela estão toda a tecnologia e a segurança que só a líder mundial em produtos automotivos pode oferecer.
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