Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família

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1 Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família 1

2 2 Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família

3 SERVIÇO DE PROTEÇÃO E ATENDIMENTO INTEGRAL À FAMÍLIA A tradução do direito à Proteção Social Básica: uma contribuição de BH Belo Horizonte 2013 Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família 3

4 Expediente PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE SECRETARIA MUNICIPAL DE POLÍTICAS SOCIAIS SECRETARIA MUNICIPAL ADJUNTA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL GERÊNCIA DE PROTEÇÃO SOCIAL GERÊNCIA DE PROTEÇÃO SOCIAL BÁSICA GERÊNCIA DE COORDENAÇÃO DA POLÍTICA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL ELABORAÇÃO E ORGANIZAÇÃO Aidê Almeida Cançado EQUIPE TÉCNICA RESPONSÁVEL Rita de Cássia Rodrigues de Freitas / Haydée Magda Gonçalves CONSULTORES TÉCNICOS Leonardo David Rosa Reis (oficina de 2012) / Aidê Almeida Cançado REVISÃO Claudine Andrada REVISÃO FINAL Rita de Cássia Rodrigues de Freitas / Haydée Magda Gonçalves FOTOGRAFIAS Bruna Finelli PROJETO GRÁFICO Rodrigo Furtini Cardoso BELO HORIZONTE. Prefeitura Municipal de Belo Horizonte. Secretaria Municipal Adjunta de Assistência Social. Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família - a tradução do direito à proteção básica: uma contribuição de BH. Org. Aidê Almeida Cançado/Belo Horizonte: PBH/ASCOM, p. 1. Proteção básica. 2. Atendimento a família I. Título CDU-362 Ficha Catalográfica: Rosângela Alves Guimarães CRB6/ Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família

5 Apresentação Por meio de um longo processo, iniciado em dezembro de 2011, no qual se conferiu a realização de consultorias especializadas, oficinas, seminários e capacitações com o envolvimento de diferentes atores que compõem a Proteção Social Básica em Belo Horizonte, a publicação Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família - a tradução do direito à Proteção Social Básica: uma contribuição de BH, ao mesmo tempo em que em apresenta-se como um trabalho conclusivo desse processo, também se mostra como um material que irá aferir um novo fôlego ao trabalho social com famílias, realizado nos Centros de Referência de Assistência Social CRAS na capital. O conteúdo aqui disponibilizado expressa o amadurecimento do processo de consolidação do Sistema Único de Assistência Social SUAS, nos fornecendo novos subsídios para pautarmos nossa atuação principalmente no que tange à Proteção Social Básica, considerando ainda a Política de Assistência Social em sua plenitude, na medida em que a execução do Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família PAIF implica em processos construtivos que incluem, além da Proteção Básica, a Proteção Especial e a Vigilância Socioassistencial. Nesse sentido, a publicação enaltece a necessidade de trocas de informações que possibilitem o referenciamento e o contrarreferenciamento do usuário no SUAS em ambas as modalidades de proteção social, medida essa que nos fortalece enquanto Sistema. Esse documento servirá como um material consultivo e como ferramenta para agregar o desenvolvimento do trabalho de monitoramento e do acompanhamento sociofamiliar pelas equipes de CRAS nos territórios. Além disso, demonstra ainda a necessidade de que o corpo de trabalhadores conheça os pressupostos teóricos e conceitos que norteiam a política socioassistencial, compreendendo como cada apontamento da Lei Orgânica da Assistência Social - LOAS, da Norma Operacional Básica do Sistema Único de Assistência Social - NOB/ SUAS e da Política Nacional de Assistência Social PNAS relacionam-se ao nosso cotidiano, estimulando-nos ao aperfeiçoamento constante da nossa prática. Espero que esse material contribua efetivamente para avançarmos no desafio diário de ampliarmos o acesso dos cidadãos belo-horizontinos às seguranças socioassistenciais, materializando-se como uma importante conquista para o SUAS BH e consequentemente para a população mineira. Marcelo Alves Mourão Secretário Municipal Adjunto de Assistência Social Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família 5

6 6 Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família

7 Lista de Siglas BH BPC CADÚNICO CFESS CFP CIT CMAS CNAS CONGEMAS CRAS CREAS CREPOP CRESS CRP DOU DPSB EATM ECA FNAS FONSEAS GEIMA GPAS GPSO GPSOB IDCRAS IGD Belo Horizonte Benefício de Prestação Continuada Cadastro Único para Programas Sociais Conselho Federal de Serviço Social Conselho Federal de Psicologia Comissão Intergestores Tripartite Conselho Municipal de Assistência Social Conselho Nacional de Assistência Social Colegiado Nacional de Gestores Municipais de Assistência Social Centro de Referência de Assistência Social Centro de Referência Especializado de Assistência Social Centro de Referência Técnica em Psicologia e Políticas Públicas Conselho Regional de Serviço Social Conselho Regional de Psicologia Diário Oficial da União Departamento de Proteção Social Básica (da Secretaria Nacional de Assistência Social MDS) Equipe de Acompanhamento Técnico Metodológico (da Gerência de Proteção Social Básica/ Belo Horizonte) Estatuto da Criança e do Adolescente Fundo Nacional de Assistência Social Fórum Nacional de Secretários de Estado da Assistência Social Gerência de Informação, Monitoramento e Avaliação (Secretaria Municipal Ajunta de Assistência Social de Belo Horizonte) Gerência de Coordenação da Política de Assistência Social Gerência de Proteção Social (Secretaria Municipal Ajunta de Assistência Social de Belo Horizonte) Gerência de Proteção Social Básica (Secretaria Municipal Ajunta de Assistência Social de Belo Horizonte) Índice de Desenvolvimento do CRAS Índice de Gestão Descentralizada (do Sistema Único de Assistência Social) Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família 7

8 INSS Instituto Nacional de Seguro Social IQVU Índice de Qualidade de Vida Urbana IVS Índice de Vulnerabilidade Social LOAS Lei Orgânica da Assistência Social MAS Ministério da Assistência Social (extinto) MDS Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome MPAS Ministério da Previdência e Assistência Social (extinto) NAF Programa Núcleo de Apoio à Família NOB Norma Operacional Básica NOB/RH-SUAS Norma Operacional Básica de Recursos Humanos do Sistema Único de Assistência Social NOB-SUAS Norma Operacional Básica do Sistema Único de Assistência Social PAEFI Serviço de Proteção e Atendimento Especializado a Famílias e Indivíduos PAIF Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família PBH Prefeitura de Belo Horizonte PBF Programa Bolsa Família PET Programa de Erradicação do Trabalho Infantil PSB Proteção Social Básica PNAS Política Nacional de Assistência Social PUC Pontifícia Universidade Católica RMA Sistema de Registro Mensal de Atendimentos SCOMPS Secretaria Municipal de Coordenação de Política Social (de Belo Horizonte extinta) SEAS Secretaria Especial de Assistência Social (do antigo Ministério da Previdência e Assistência Social) SICON Sistema de Condicionalidades do Programa Bolsa Família SIGPS Sistema de Informação e Gestão de Políticas Sociais SMAAS Secretaria Municipal Adjunta de Assistência Social (Prefeitura Municipal de Belo Horizonte) SMAS Secretaria Municipal de Assistência Social (de Belo Horizonte extinta) SMPS Secretaria Municipal de Políticas Sociais (Prefeitura Municipal de Belo Horizonte) SNAS Secretaria Nacional de Assistência Social (do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome) SUAS Sistema Único de Assistência Social UNESCO Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura UP Unidades de Planejamento 8 Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família

9 Sumário INTRODUÇÃO... 9 CAPÍTULO 1 A PROTEÇÃO BÁSICA DO SUAS NO CONTEXTO DA POLÍTICA PÚBLICA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL Bases Legais do SUAS e Desafios de sua Implementação processos político-institucionais que contribuíram para a construção da identidade e organização da proteção básica como parte de um sistema A Proteção Básica e as origens do CRAS e do PAIF Do NAF ao CRAS a instituição de uma unidade pública territorial de caráter universal da política de assistência social O PAIF de Programa a Serviço de Proteção Básica de Assistência Social As seguranças a serem afiançadas Duas diretrizes estruturantes da gestão do SUAS e da Proteção Básica...29 CAPÍTULO 2 INTRODUÇÃO À PRINCIPAL UNIDADE E SERVIÇO DE PROTEÇÃO BÁSICA A principal unidade da proteção básica: CRAS O principal serviço de Proteção Básica: PAIF...41 CAPÍTULO 3 TRABALHO SOCIAL COM FAMÍLIAS DO SERVIÇO DE PROTEÇÃO E ATENDIMENTO INTEGRAL À FAMÍLIA PAIF (Reflexões das Oficinas BH/2012) Subsídios ao Trabalho Social com Famílias do PAIF: na contramão do senso comum Conceito de família Responsabilidade estatal de proteção socioassistencial às famílias Fortalecimento de vínculos Dificuldades e Cuidados no trabalho com famílias evitando riscos conhecidos Diretrizes Teórico-metodológicas PAIF Finalidades do trabalho social com famílias do PAIF Princípios éticos para oferta da proteção socioassistencial no SUAS NOB/SUAS Trabalho Social com Famílias: uma prática profissional apoiada em saber científico Orientações do MDS Diretrizes teórico-metodológicas do trabalho social com famílias no âmbito do PAIF Interdisciplinaridade no trabalho social com famílias do PAIF...76 Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família 9

10 CAPÍTULO 4 PÚBLICO E ACESSO AO PAIF Usuários do PAIF segundo a Tipificação Acesso das famílias ao PAIF Diagrama inserção das famílias nos processos de trabalho do PAIF Processos de Trabalho do PAIF Representações Gráficas dos processos de trabalho do PAIF CAPÍTULO 5 PLANEJAMENTO, ORGANIZAÇÃO, DIREÇÃO, MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO DO PAIF PAIF se organiza no CRAS responsabilidades das gestões municipal e local Gestão Municipal Ações sob responsabilidade da Gerência de Proteção Social/ Gerência de Proteção Social Básica (GPSO/GPSOB) Gestão Local do PAIF Ações sob responsabilidade dos coordenadores de CRAS de Belo Horizonte, com colaboração da equipe de referência Monitoramento e Avaliação no âmbito do PAIF CAPÍTULO 6 CONSIDERAÇÕES FINAIS CAPÍTULO 7 BIBLIOGRAFIA Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família

11 Introdução No ano de 2010, a Secretaria Municipal Adjunta de Assistência Social (SMAAS) de Belo Horizonte criou um grupo de trabalho para discutir e organizar o processo de acompanhamento às famílias inseridas no Projeto Municipal Família Cidadã/BH sem Miséria 1, coordenado pela Secretaria Municipal de Políticas Sociais (SMPS). No processo das discussões, percebemos que não deveríamos tratar exclusivamente da elaboração de um Plano de Acompanhamento Familiar, e sim do acompanhamento sociofamiliar ofertado no Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família (PAIF) como um todo, tendo em vista que esse Serviço, assim como o Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), foram instituídos em Lei a partir de 2011 e o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) havia disponibilizado orientações técnicas sobre o PAIF. Delineando com mais precisão o acompanhamento sociofamiliar do PAIF estaríamos, também, fortalecendo a entrega da Assistência Social para o programa intersetorial. Este foi o princípio de um processo. A primeira etapa foi realizar, em dezembro de 2011, o Seminário de Aperfeiçoamento do Acompanhamento Sociofamiliar no Âmbito da Proteção Social Básica, com a participação do MDS, para discutir o acompanhamento sociofamiliar à luz das orientações nacionais constantes de duas publicações. A primeira detalha e comenta o PAIF, previsto na Tipificação Nacional de Serviços Socioassistenciais, e a segunda conceitua e detalha procedimentos técnicos e operacionais do trabalho social com famílias do PAIF. Elaboramos um projeto para a realização de uma capacitação que proporcionasse o debate das já referidas orientações do MDS, o conhecimento mais aprofundado dos instrumentos normativos e legais do Sistema Único de Assistência Social (SUAS) e também que pactuasse as adequações necessárias ao PAIF, no contexto de Belo Horizonte (BH). A metodologia escolhida foi o formato de oficinas, realizadas com os coordenadores dos CRAS e equipes das Gerências de Proteção Social Básica (GPSOB) e de Coordenação da Política de Assistência Social (GPAS), por favorecer a discussão de conteúdos e a produção de propostas. A capacitação foi programada em etapas, tendo sido contratado um consultor que elaborou, em conjunto com a equipe de gestão da GPSOB, uma Proposta de Oficinas, etapa em que foram realizadas as pactuações necessárias. Na terceira etapa (2012), realizamos oito Oficinas de Capacitação, cujas discussões foram sistematizadas através de uma Oficina de Devolução, resultando em um Relatório Final que é referência para a elaboração desta publicação. A etapa seguinte (2013) consistiu na capacitação dos técnicos de referência dos CRAS. Por fim, as adequações e a produção realizada com vistas a redimensionar o PAIF em BH foram incorporadas no Plano de Ação dos CRAS, principal instrumento para a realização do Acompanhamento Técnico Metodológico e para o monitoramento e a avaliação das ações do Serviço nos CRAS. Mais do que um momento de capacitação, trata-se de um passo inicial de um processo de formação continuada, conforme preconizam a Norma Operacional Básica de Assistência Social (NOB/SUAS 2012) e a Norma Operacional 1 Programa intersetorial do governo municipal em que diferentes políticas atuam ofertando seus serviços para o mesmo grupo de famílias em situação de alta vulnerabilidade. Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família 11

12 Básica de Recursos Humanos (NOB/RH-SUAS), essencial à qualificação do PAIF e à organização do CRAS, e cuja necessidade é ressaltada no presente documento. Esta publicação, aliada aos fundamentos legais da Política Nacional de Assistência Social (PNAS), a documentos técnicos e teóricos acadêmicos ou não sobre trabalho com famílias, bem como ao acúmulo do município de BH, representa o produto final deste trabalho. Consiste em orientações para os trabalhadores do SUAS e, sobretudo, da Proteção Social Básica (PSB). A preocupação central foi manter coerência com o conteúdo do documento pactuado nas oficinas (o já referido Relatório Final), transcrevendo partes dele, citando a legislação e as normas em vigor, trazendo a opinião de autores, explicitando conceitos e destacando aspectos da organização do SUAS que impactam na organização do CRAS e no trabalho social com famílias do PAIF. Pretende-se, assim, tornar esse documento um material de consulta, um roteiro para aprofundamento de temas relacionados à recente instituição da proteção básica de assistência social. De forma a tornar menos árido seu conteúdo, o material procura estabelecer um diálogo com gestores, com técnicos e coordenadores dos CRAS, faz convites à leitura aprofundada de alguns assuntos, ao debate de questões atualmente em processo de formulação no âmbito do SUAS, estimulando-nos ao aperfeiçoamento da prática. Com o intuito de não dar lugar a uma produção extensa, tomou-se a decisão de delimitar o escopo do documento à proteção básica e ressaltar, vez por outra, a sua condição de pertencimento ao SUAS. No que concerne à proteção básica, nossos focos são a principal unidade (CRAS) e serviço (PAIF), não constituindo objetos, neste momento, benefícios, programas, projetos, nem os demais serviços de proteção básica (PSB). O primeiro capítulo aborda a proteção básica no contexto da política pública de assistência social, salientando as bases legais do SUAS, alguns processos político-institucionais que contribuíram para a identidade e organização da PSB como parte de um sistema, as origens do CRAS e do PAIF, as seguranças a serem afiançadas e duas diretrizes estruturantes do SUAS. O Capítulo 2 introduz a principal unidade e o serviço de proteção básica. O Capítulo 3 revisita o Relatório Final, adensando ou ilustrando algumas questões ali tratadas, relacionadas às dificuldades e aos cuidados no trabalho com famílias, às diretrizes teórico-metodológicas e à interdisciplinaridade. No Capítulo 4 são salientados alguns aspectos das recentes normativas, que aprofundam a compreensão sobre as responsabilidades da equipe do PAIF no território de abrangência do CRAS que afetam diretamente o trabalho social com famílias, e sua gestão; as formas de acesso ao Serviço; os processos de atendimento e acompanhamento familiar e suas ações. Buscou-se evidenciar a necessidade de agregar ao papel reativo do CRAS (em resposta à demanda espontânea da população por serviços socioassistenciais e benefícios) um papel proativo da equipe do PAIF, no território, de forma a incorporar uma perspectiva estratégica de prevenção à ocorrência de situações de risco e consequente inclusão dessas famílias no PAIF. O Capítulo 5 destaca a necessidade de tratar os processos gerenciais do PAIF no CRAS, em consonância com as competências e atribuições dos gestores e técnicos, e explicita, como resultado do processo de pactuação ocorrido em 2012, as ações sob responsabilidade das gestões local e municipal. Dada a importância do monitoramento nos processos gerenciais, uma seção será dedicada ao Monitoramento e à Avaliação no âmbito do PAIF (em Belo Horizonte). As Considerações Finais sintetizam aspectos relacionados à organização do SUAS, cuja importância foi ressaltada ao longo da publicação e que impacta na oferta do PAIF nos CRAS. 12 Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família

13 Se por um lado a publicação avança na execução do PAIF, de outro aponta desafios. Ela demonstra a necessidade de conhecer os pressupostos teóricos e conceitos de família e de construir instrumentais e ferramentas que poderão ser utilizadas no monitoramento do acompanhamento sociofamiliar. No entanto, a definição e a construção de instrumentais só fazem sentido se soubermos o que queremos observar e mensurar, o que, por sua vez, só faz sentido se soubermos o que iremos fazer com essas informações, tanto na dimensão técnica do acompanhamento sociofamiliar, como na gestão. Demonstra, também, a necessidade de priorizar as ações coletivas com famílias e de discutir, com a Proteção Especial, o referenciamento e o contrarreferenciamento do usuário no SUAS o que pode ser facilitado com a criação de protocolos aplicáveis a determinadas situações. Priorizar ações coletivas exige um conhecimento do território, o que foi chamado de olhar estratégico territorial baseado em informações estatísticas e históricas, com a contribuição do georreferenciamento. Questões sobre a acolhida e o cadastramento foram, dentre outras, debatidas, para aprofundarmos ainda mais a identificação do que queremos e de como se chegar lá; vale dizer, de como construir a própria identidade do PAIF em Belo Horizonte. Para a oferta de um serviço de qualidade, é importante destacar o necessário compromisso dos atores envolvidos gerentes, coordenadores e técnicos com a dimensão ética, assinalada na NOB/RH- SUAS, ao agirem como viabilizadores de direitos dos usuários e realizarem uma gestão responsiva, proativa e responsável. Bom trabalho a todos! Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família 13

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15 CAPÍTULO 1 A PROTEÇÃO BÁSICA DO SUAS NO CONTEXTO DA POLÍTICA PÚBLICA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL 1.1 Bases Legais do SUAS e Desafios de sua Implementação processos político-institucionais que contribuíram para a construção da identidade e organização da proteção básica como parte de um sistema Desde a Constituição de 1988, a Assistência Social foi alçada à condição de política pública de seguridade social, constituindo, com a Saúde e a Previdência Social 2, o tripé da Seguridade Social Brasileira. A partir de então, o setor volta-se para necessidades sociais e não mais para os necessitados, o que significa que a assistência social passa a ter conteúdo próprio, deve afiançar seguranças específicas - independentemente de contribuição prévia, ofertar serviços continuados e ser gratuita para quem dela necessitar. Sua regulamentação, a Lei Orgânica da Assistência Social/LOAS (Lei Nº 8.742, de 7 de dezembro de 1993) foi sancionada 5 anos mais tarde, sendo um marco para o processo de organização da Assistência Social nas décadas seguintes. O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), aprovado apenas dois anos após a Constituição e, portanto, antes da LOAS, no artigo 87 3, atribui à Assistência Social um caráter complementar e supletivo, o que foi superado pelo novo ordenamento jurídico de 1993 e posteriores embora até hoje assim esteja disposto no Estatuto. A LOAS 4 concebeu a organização da Assistência Social em sistema descentralizado e participativo. Quase 5 anos mais tarde, foi aprovado o primeiro texto de Política Nacional de Assistência Social (PNAS/1998). A Política Nacional é o instrumento legal que define as diretrizes e orienta a organização do sistema descentralizado e participativo. Após seis anos, em 2004, a PNAS é revista, sob a ótica de um sistema de caráter universal e de base territorial, cujos entes têm responsabilidades (comuns e específicas) de gestão da rede socioassistencial e de oferta de serviços continuados (sob uma nova perspectiva de financiamento e de distribuição de responsabilidades entre os entes federativos). A PNAS/2004 ampliou e ressignificou o 2 Segundo Boschetti (2008), esse novo campo de proteção social [a seguridade social] apresentou inovações, ao mesmo tempo em que manteve antigas ambiguidades (BOSCHETTI, 2008, p. 292). 3 São linhas de atendimento: I políticas sociais básicas; II políticas e programas de assistência social, em caráter supletivo, para aqueles que deles necessitem. Fundamentando-se neste artigo, a publicação MDS, Adolescências, Juventudes e Socioeducativo: Concepções e Fundamentos (2009) chama atenção para a visão de assistência social presente no Estatuto uma política com função complementar, supletiva e voltada para necessitados e não para necessidades sociais (p. 35). 4 Estabelece os objetivos, os princípios e as diretrizes das ações de Assistência Social. BRASIL. Lei Orgânica da Assistência Social/LOAS (Lei Nº 8.742, de 7 de dezembro de 1993). Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família 15

16 sistema descentralizado e participativo (MDS, 2010, p. 13), tomando como referência as deliberações da IV Conferência Nacional, realizada no período de 7 a 10 de dezembro de 2003, em Brasília, conforme veremos adiante. A Norma Operacional Básica do Sistema Único de Assistência Social (NOB-SUAS): é o instrumento normatizador, que expressa pactuações que resultam de efetiva negociação entre as esferas de governo para assumir a corresponsabilidade em relação à gestão da Assistência Social. Isso inclui a definição de mecanismos e critérios transparentes de partilha e transferência de recursos do FNAS para os Fundos Estaduais, do Distrito Federal e Municipais de Assistência Social (MDS, NOB- SUAS 2005, reimpresso em 2010, p.79-80). Tanto a PNAS quanto a NOB-SUAS têm como ordenamento jurídico máximo a Constituição Federal e a LOAS. As recentes alterações à redação da LOAS, sancionadas em 2011 (Lei Nº , de 6 de julho de 2011), ensejaram a elaboração de uma nova NOB-SUAS, aprovada em 2012 (Resolução CNAS nº 33, de 12 de dezembro de 2012). Antes da PNAS/2004, duas Normas Operacionais Básicas (NOB/97 e NOB/98) foram elaboradas. A de 1997 se respalda na LOAS (1993). A NOB/98 é elaborada sob a égide da LOAS (1993) e da PNAS/1998. Um ano depois da PNAS/2004, que inaugura o Sistema Único de Assistência Social, o Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS) aprova a NOB-SUAS A mais recente NOB-SUAS, de 2012, foi elaborada sob a égide da LOAS (1993, alterada por meio da Lei Nº , de 2011) e da PNAS/2004. Para breve conhecimento dos principais avanços na constituição do sistema descentralizado e participativo, constantes de cada NOB-SUAS, sugere-se a consulta ao texto de justificativa da NOB-SUAS 2005, constante da publicação do MDS (2010, p ). A IV Conferência Nacional de Assistência Social, coordenada pelo Ministério da Assistência Social (MAS) e pelo CNAS teve como tema geral Assistência Social como Política de Inclusão: uma Nova Agenda para a Cidadania LOAS 10 anos. Essa Conferência representou um significativo passo na direção da sedimentação dos novos termos da Política de Assistência Social no Brasil 5. Albuquerque (2009) 6 lembra que o CNAS havia encomendado avaliação em comemoração aos 10 anos de Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS) no Brasil. Essa avaliação se deu à luz da pesquisa coordenada pela Prof. Ivanete [Boschetti], intitulada Loas + 10 e também pelos estudos e avaliação realizados pelo Núcleo de Seguridade Social, que estão refletidos no livro 5 Disponível em: Acesso em: 23 set ALBUQUERQUE, Simone. Palestra proferida na Mesa Balanço Crítico do SUAS e o Trabalho do Assistente Social, no evento O Trabalho do Assistente Social no SUAS, realizado pelo Conselho Federal de Serviço Social (CFESS) e Conselho Regional de Serviço Social do Rio de Janeiro (CRESS-RJ). Rio de Janeiro, abril de Disponível em Acesso em: 24 set Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família

17 intitulado A Menina LOAS. Foi constatado, pelos dados da pesquisa, que após 10 anos de implantação, a Assistência Social mantinha as mesmas características que a LOAS pretendia romper: modelo assistencialista que oferta serviços de forma fragmentada, segmentada, para os necessitados. No modelo assistencialista, o Estado organiza sua intervenção por resposta a pressão; por meio de Programas desenhados em nível nacional (sendo municípios e estados meros executores ). A palestrante ressalta que o modelo se baseia na intervenção reativa (após o problema se instalar e com reforço do voluntarismo e da sociedade providência ), na dissociação entre serviços e benefícios e na retirada do usuário das convivências familiar e comunitária (especialmente crianças e idosos), inclusive por motivo de pobreza. O rumo apontado nesta Conferência Nacional 7, segundo Albuquerque (2010), foi romper com o modelo vigente e implantar um modelo socioassistencial, através do Sistema Único de Assistência Social. A importância dessa Conferência se inscreve na história da própria política de assistência social, ao deliberar que o sistema descentralizado e participativo instituído na LOAS deveria ser o SUAS. Este novo modelo deveria ter algumas características: reconhecer a assistência social no campo da proteção social, e suas diferentes formas de proteção [proteção básica e especial] a serem afiançadas [pela Assistência Social]; a centralidade da matricialidade sociofamiliar; considerar as situações de vulnerabilidade e risco em sua base territorial; organizar os serviços por escala universal - hierarquizada e complementar; possibilitar a indissociável oferta de benefícios e serviços [...] e essa oferta se dá com base na gestão compartilhada, em resposta à autonomia dos entes federativos. Estados e municípios não são mais operadores, mas cogestores numa gestão compartilhada do Sistema Único. O modelo socioassistencial reforça o controle social ao fortalecer o caráter deliberativo dos conselhos, ao colocar os usuários na agenda da política de assistência social. Outra característica importante é a primazia da responsabilidade do estado e essa primazia se dá em três aspectos [...]: na regulação, no financiamento e na oferta dos serviços. [...] O SUAS incorpora na Assistência Social o caráter preventivo das situações de risco desenvolvendo habilidades e potencialidades, tendo como ferramentas sistemas como de vigilância e defesa social. É um modelo que pretende garantir o direito à convivência familiar e comunitária. O SUAS requer equipes de trabalho interprofissionais e atribui aos assistentes sociais um papel fundamental na consolidação do modelo socioassistencial. [...] O SUAS requer, [dentre outros], que os profissionais tenham uma abordagem que contribua para o fortalecimento do caráter protetivo das famílias, rompendo com a visão assistencialista que culpabiliza a família e seus membros [...] que reconheça os benefícios como direito. [...] e favoreça o protagonismo e a participação dos seus usuários (BRASIL, 2009). 7 Para informações detalhadas sobre as deliberações, consultar o Relatório da IV Conferência Nacional de Assistência Social (ver bibliografia). Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família 17

18 O Sistema Único de Assistência Social deliberado na referida Conferência ganha contorno, forma e conteúdo a partir de Na subseção dedicada ao financiamento, a PNAS/2004 ressalta a importância da revisão dos instrumentos de planejamento para que reflitam as mudanças e o concomitante cuidado para não haver descontinuidade: tem-se operado a revisão dos atuais instrumentos de planejamento público, em especial o Plano Plurianual, que se constitui em um guia programático para as ações do poder público, e traduz a síntese dos esforços de planejamento de toda a administração para contemplar os princípios e as concepções do SUAS. Essa revisão deve dar conta de duas realidades que atualmente convivem, ou seja, a construção do novo processo e a preocupação com a não ruptura radical com o que vige atualmente, para que não se caracterize descontinuidade nos atendimentos prestados aos usuários da assistência social. Portanto, essa é uma proposta de transição que vislumbra projeções para a universalização dos serviços de proteção básica, com revisão também de suas regulações, ampliação da cobertura da rede de proteção especial, também com base em novas normatizações, bem como a definição de diretrizes para a gestão dos benefícios preconizados pela LOAS (MDS, 2010, p. 50). A partir de 2005, um movimento significativo ocorreu, com vistas a constituir um único sistema nacional que fosse capaz de processar os direitos socioassistenciais, com base em responsabilidades comuns aos entes federativos e específicas a cada um (art. 8º LOAS). A rede socioassistencial (serviços, benefícios, programas e projetos) foi organizada por tipos de proteção, de forma hierarquizada segundo sua complexidade, territorializada e com foco nas famílias. Aprofundar o processo de descentralização políticoadministrativo, estimular a participação dos usuários e efetivar a informação, o monitoramento e a avaliação como instrumentos estruturantes da gestão tornaram-se importantes desafios à consolidação do SUAS. Reconheceu-se 8, ainda, a necessidade de promover a articulação intersetorial como condição para a inclusão social e a melhoria da qualidade de vida de milhões de brasileiros. A Proteção Básica passa a existir a partir de 2004, com a nova PNAS. A referida organização do sistema por tipos de proteção e da rede socioassistencial de forma hierarquizada levou a processos de adequação das ações que demandaram anos para serem concluídos; outros não foram ainda concluídos e/ou estão passando por reordenamentos. Em um primeiro momento, foi necessário definir, dentre os serviços, benefícios, programas e projetos que eram ofertados em 2004, aqueles que deveriam compor cada uma das proteções 8 Nacionalmente, a importância da articulação intersetorial é ressaltada antes mesmo da PNAS/2004 e da NOB-SUAS 2005, tendo sido enfatizada nas propostas de criação tanto do Programa Núcleo de Apoio à Família (NAF) em 2001 quanto do Plano Nacional de Atendimento Integral à Família (PAIF), em Em 2004 e 2005, a importância dessa articulação como possibilitadora de inclusão social é reafirmada, salientando-se no entanto, a especificidade da Assistência Social. Em 2002, Belo Horizonte criou o Programa BH Cidadania, que será brevemente apresentado adiante. 18 Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família

19 (básica e especial); dentre os serviços de cada proteção, aqueles que eram típicos da assistência social e os típicos de outras políticas (esses serviços passaram a ser cofinanciados pelo MDS por meio de pisos de transição, um indicativo de que deveriam passar por processos de adequação) e em quais iniciativas a assistência social deveria ser parceira de outras políticas. Fez-se necessário adequar os serviços de cada proteção à nova lógica de ter como foco as famílias e articulá-los (dentro de cada tipo de proteção e nível hierárquico do sistema, e entre as proteções) 9. Com vistas a garantir a cobertura dos serviços continuados, outra lógica de financiamento se impôs, assim como a já referida definição de responsabilidades dos entes, inclusive relacionadas à habilitação em níveis de gestão. As unidades públicas da proteção básica responsáveis pelo acompanhamento às famílias (uma novidade do sistema) deveriam ser implantadas com base em parâmetros pactuados nacionalmente. As entidades e organizações de assistência social também tiveram de se adequar às normativas nacionais 10 e ter seu vínculo SUAS reconhecido. Esses (e tantas outros) ajustes, adequações e mudanças não se fazem do dia para a noite, não se tornam realidade pelo simples fato de terem sido normatizadas. Foi necessário pactuar, regulamentar, estabelecer prazos e responsabilidades, publicar materiais de orientação, realizar formação de gestores e técnicos, monitorar e avaliar a implementação do SUAS nas conferências, sendo o período pós NOB-SUAS 2005 fértil nesse sentido. Nestes oito anos de implantação do SUAS, contou-se com a participação e adesão progressiva de praticamente todos os municípios, do DF e dos estados brasileiros. As instâncias de controle social e de participação foram fortalecidas; foram regulamentados os artigos 2º e 3º da LOAS, a Tipificação Nacional dos Serviços Socioassistenciais e o Protocolo de Gestão Integrada dos Serviços e Benefícios; a gestão do SUAS passou a contar com incentivos ao seu aprimoramento; foi instituído um indicador e foram estabelecidas metas de desenvolvimento dos CRAS; foi criada uma base estatística nacional (o Censo SUAS), fonte de conhecimento e aprimoramento do Sistema para falar de apenas alguns aspectos importantes. A partir de 2011, o CRAS (Centro de Referência de Assistência Social) e o PAIF (Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família) foram instituídos em lei. Esses processos e essas conquistas coletivas foram essenciais para a construção da identidade da proteção básica e para sua organização. Nesses oito anos de SUAS, as duas proteções ganharam consistência e densidade, como partes de um sistema, o que está firmado nos dois instrumentos legais mais recentes (LOAS alterada e NOB-SUAS 2012). O Art. 6o-A da LOAS (incluído por meio da Lei nº , de 2011) preconiza que a Assistência Social organiza-se pelos seguintes tipos de proteção: 9 Esse processo de organização tem sido feito por etapas. 10 A nova redação dos artigos 3º, 6º-B, 6º-C, 7º e 17 da LOAS orientam a prestação de serviços, programas e projetos de natureza pública e privada no campo da Assistência Social. As entidades e organizações de assistência social precisam ser reconhecidas como tal e demonstrar que prestam atendimento e/ou assessoramento aos beneficiários desta política e/ou atuam na defesa e garantia de seus direitos. Segundo o Art. 6º-B da LOAS, As proteções sociais básica e especial serão ofertadas pela rede socioassistencial, de forma integrada, diretamente pelos entes públicos e/ou pelas entidades e organizações de assistência social vinculadas ao Suas, respeitadas as especificidades de cada ação. 1o A vinculação ao Suas é o reconhecimento pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome de que a entidade de assistência social integra a rede socioassistencial (BRASIL. Lei Orgânica da Assistência Social/LOAS - Lei Nº 8.742, de 7 de dezembro de 1993, grifo nosso). Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família 19

20 I - proteção social básica: conjunto de serviços, programas, projetos e benefícios da assistência social que visa a prevenir situações de vulnerabilidade e risco social por meio do desenvolvimento de potencialidades e aquisições e do fortalecimento de vínculos familiares e comunitários; II - proteção social especial: conjunto de serviços, programas e projetos que tem por objetivo contribuir para a reconstrução de vínculos familiares e comunitários, a defesa de direito, o fortalecimento das potencialidades e aquisições e a proteção de famílias e indivíduos para o enfrentamento das situações de violação de direitos. Parágrafo único. A vigilância socioassistencial é um dos instrumentos das proteções da assistência social que identifica e previne as situações de risco e vulnerabilidade social e seus agravos no território (BRASIL. Lei de Loas alterada, grifo nosso). A Proteção Básica e Especial compõem um sistema. Um sistema pressupõe um conjunto de elementos em interação que formam um todo; organizado em função de suas finalidades, do meio ambiente, do cumprimento das responsabilidades de forma compartilhada e complementar e que pretende produzir certo resultado. Um sistema, por princípio, deve evoluir no tempo. As duas proteções estão organizadas de forma a atingir finalidades singulares, próprias a cada uma; porém complementares, sempre com foco na família e nas seguranças que devem ser afiançadas. O objetivo de cada proteção indica de quem é a competência no acompanhamento a uma determinada família que necessite da Assistência Social. No entanto, a prática cotidiana coloca os técnicos diante de situações que geram dúvidas quanto às competências, sendo necessário que as áreas fim dialoguem entre si, tendo como referencial as normativas, as orientações emanadas do nível nacional, as orientações da Secretaria Municipal Adjunta de Assistência Social (SMAAS) e a experiência acumulada pelos profissionais e coordenadores das unidades. A intervenção de cada tipo de proteção, ou de ambas, depende das necessidades dos contextos de prevenção ou da constatação de presença de situações de riscos, bem como da complexidade dos danos sociais e do comprometimento do direito à vida e à sobrevivência que envolva indivíduos, famílias ou grupos sociais (MDS, Adolescências, Juventudes e Socioeducativo: Concepções e Fundamentos, 2009, p. 7). Há, portanto, uma interdependência e complementariedade entre as proteções, sendo necessário definir como as famílias serão referenciadas e contrarreferenciadas no sistema e estabelecer parâmetros e rotinas para a relação das proteções com a vigilância socioassistencial 11, questões que serão salientadas nas Considerações Finais desta publicação. 11 A NOB SUAS 2012 dedica o Capítulo VII à Vigilância Socioassistencial, tamanha a importância a ela atribuída e à necessidade de sua efetivação. A Vigilância Territorial tem uma perspectiva antecipatória ao agravamento das situações que tornam pessoas e grupos sociais mais vulneráveis do ponto de vista social, material ou relacional. 20 Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família

21 1.2 A Proteção Básica e as origens do CRAS e do PAIF O inciso I, do Art. 7º da NOB SUAS 2012 afirma que a garantia de proteção socioassistencial compreende: I - precedência da proteção social básica, com o objetivo de prevenir situações de risco social e pessoal. Publicação do MDS (2012) afirma que a proteção básica possui uma dimensão inovadora, pois supera a histórica atenção voltada a situações críticas, que exigiam ações indenizatórias de perdas já instaladas, mais do que asseguradoras de patamares de dignidade e de desenvolvimento integral (MDS, 2012, p. 12). A primazia atribuída à proteção básica e seu ineditismo decorrem da sua função preventiva à ocorrência de situações de risco, com foco no fortalecimento de vínculos familiares e comunitários. Neste sentido, ressalta-se a necessidade de os profissionais desenvolverem uma visão estratégica que possibilite identificar e tornar visíveis os invisíveis, bem como de prever situações de vulnerabilidade e/ ou risco e antecipar sua ação no território. As condições para que as equipes atuem de forma estratégica são dadas pela territorialização do CRAS, pela responsabilidade de proteção socioassistencial das famílias que vivem nesse território - atribuída à equipe do PAIF e pela instituição de um setor de Vigilância Socioassistencial (que deve alimentar o CRAS de informações estratégicas). Em 2004, pela primeira vez, uma PNAS faz referência a uma unidade pública de assistência social, que deverá ser implantada em todas as áreas de vulnerabilidade social, em decorrência de uma responsabilidade estatal para com as famílias que vivem no seu território de abrangência. Com a finalidade de estruturar um sistema de cunho universal, aos municípios e DF coube delimitar áreas de abrangência da Proteção Básica no seu território (municipal ou do DF), de forma a alcançar a população mais vulnerável. Aos municípios, Distrito Federal e estados coube definir áreas de abrangência da proteção especial, para enfrentamento dos casos de violação de direitos, de violências e/ou de rompimento de vínculos familiares. Nesta direção, em cada território de proteção básica, deve haver um CRAS. Uma vez implantado, o CRAS deve irradiar sua ação para a área de moradia das famílias (atendimento direto das famílias), contribuir para viabilizar o acesso dos usuários aos serviços na sua área de abrangência e ofertar o principal serviço da proteção básica (o PAIF). No entanto, essa unidade pública e o principal serviço nela ofertado são resultado de um processo de amadurecimento da política nacional e da avaliação da experiência de implantação de serviços pelos municípios e pelo DF, nos anos que antecederam a elaboração da PNAS/ O histórico constante das duas subseções que seguem baseou-se em documento produzido pelo Departamento de Proteção Social Básica do MDS (Histórico do NAF e PAIF, 2004, mimeo), que faz um breve resgate histórico dos Programas para Famílias, que deram origem ao PAIF (Programa de Atenção Integral à Família). À época, o Departamento de Proteção Básica utilizou-se de: a) dois documentos da SECRETARIA DE ESTADO DE ASSIS- TÊNCIA SOCIAL/MPAS: Portaria nº 881, de 03 de dezembro de 2001 (DOU de 19/12/2001) e Termo de Referência (mimeo, sem data), que apresenta uma contextualização e descreve a origem do Programa Núcleo de Apoio à Família (NAF); b) um documento do MINISTÉRIO DA ASSISTÊNCIA SOCIAL: A Cartilha do PAIF (sigla de Plano Nacional de Atendimento Integral à Família); e c) dois documentos do MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL E COMBATE À FOME: Portaria MDS nº 78, de 08 de abril de 2004, que institui o Programa de Atenção Integral à Família (mantendo a sigla PAIF); e Documento sobre o PAIF (2004, mimeo, versão preliminar), elaborado pelo departamento com vistas a orientar municípios e estados para sua implantação. Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família 21

22 1.2.1 Do NAF ao CRAS a instituição de uma unidade pública territorial de caráter universal da política de assistência social O NAF (Programa Núcleo de Apoio à Família), que precede o CRAS (e o PAIF), foi criado em dezembro de 2001, por meio da Portaria SEAS nº 881, publicada no Diário Oficial da União em 19/12/2001. No entanto, informações constantes do Termo de Referência (SEAS/MPAS, s.d., grifo nosso), dão conta de que o Programa NAF iniciou-se enquanto Projeto Piloto, no entorno do Distrito Federal, ao final do ano de 1999, onde observouse índices de violência significativos e grande pauperização e exclusão da população. A necessidade deste equipamento local que impulsionasse a organização da assistência social e das políticas sociais planejadas e executadas foi identificada como demanda latente pelos técnicos da Secretaria de Estado de Assistência Social (SEAS) após visitas locais aos Municípios e sistematização das demandas locais (SEAS/MPAS, s.d.). Essa demanda decorria da constatação da descontinuidade de ações na área social, do paralelismo, da fragmentação, da ineficácia, da inexistência da intersetorialidade entre as diversas áreas, impossibilitando a promoção de um processo mais ambicioso de inclusão social. Um dos objetivos básicos do Programa foi a criação de centros de referência em Assistência Social, proporcionando atendimento psicossocial, encaminhamento, orientação e acompanhamento às famílias. Tratava-se, portanto, do embrião da mudança de foco da política de assistência social (do indivíduo para a família), tomando como referência uma unidade que fosse capaz de abordar de forma mais integral e articulada outras políticas, famílias em situação de exclusão social (especialmente vítimas da violência urbana, migrantes e penitenciários) e famílias em situação de pobreza (com renda per capita de até meio salário mínimo). A assistência social deveria, assim, atuar junto a famílias de forma a enfrentar determinadas situações de vulnerabilidade social, identificadas por temáticas. Em 2000, o Programa NAF foi incluído no Plano Nacional de Segurança Pública, lançado pela Presidência da República, com o intuito de mitigar a exclusão social decorrente do incremento da violência nos grandes centros urbanos. Em 2000 e 2001, o NAF destinou-se às áreas de assentamento e aos penitenciários. Consoante a já citada Portaria da Secretaria de Estado de Assistência Social (SEAS) de 2001, o Programa NAF foi concebido na perspectiva de convergir e otimizar o trabalho realizado pelas instituições sociais do Município, objetivando atingir o princípio da centralidade na família e visando à reorganização das instituições [...], à formação de uma rede de apoio e desenvolvimento social que tenha como foco a família (SECRETARIA NACIONAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL, 2004, p.1). O objetivo era: impulsionar o processo de inclusão social por intermédio de um Centro de Referência em serviços sociais, que abordará os indivíduos como membros de uma estrutura familiar, visando a propiciar novos aprendizados e favorecer o desenvolvimento pessoal e social das famílias vulnerabilizadas socioeconomicamente (Termo de Referência, mimeo, s.d. apud MDS, Histórico do NAF e PAIF, 2004, p. 1, grifo nosso). 22 Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família

23 Ao tratar da Metodologia, a Portaria, dentre outros, refere-se à necessidade de um módulo atendimento que adote as seguintes estratégias: serviço de apoio e orientação, mulher como referência, cadastro único de informações, encaminhamento às instituições sociais, realização de visitas domiciliares e acompanhamento sistemático às famílias, por intermédio de atividades socioeducativas, atividades complementares com a área social e com a brinquedoteca (Histórico do NAF e PAIF, 2004 apud MDS, mimeo, p. 2). Observe-se que, neste momento, o acompanhamento era uma estratégia do atendimento às famílias 13. No ano de 2002, a SEAS firma convênios para implantação de NAFs, cujos objetivos são ampliados. Já se fazia referência à centralidade do trabalho com famílias do Programa, embora não no contexto de um sistema único, de caráter universal e base territorial. No que concerne à capacitação, o Termo de Referência (Histórico do NAF e PAIF apud MDS, 2004, mimeo) afirma que as estratégias utilizadas foram insuficientes, que a metodologia do programa consta de ações complexas de intervenção na realidade social, necessitando de embasamento técnico e metodológico que venham a contribuir em uma ação eficaz [...] um dos pontos de estrangulamento identificados na execução do programa, refere-se à necessidade de subsídios técnicos e de compreensão de metodologia de intervenção para alcance dos objetivos planejados (Histórico do NAF e PAIF apud MDS, 2004, mimeo p. 3). Em 2003, uma Cartilha do PAIF (elaborada pelo então Ministério da Assistência Social) previu a destinação de um espaço específico, denominado Casa da Família, concebido como um núcleo de referência para as famílias. Esse núcleo foi concebido também como referência para a estruturação ou potencialização da rede local de serviços que, integrando programas, projetos, serviços, benefícios e equipamentos inclusive de outras Políticas Públicas oferecerá um atendimento especializado, garantindo espaços de crescimento e emancipação social (Histórico do NAF e PAIF, 2004 apud MDS, mimeo, grifo nosso). À Assistência Social passa a ser atribuída a função de promover a articulação local com outras políticas públicas, como estratégia para o enfrentamento à pobreza e para a inclusão social. Daí decorre a ideia de instituir um Plano Nacional de Atendimento Integral à Família, origem da sigla PAIF. A Cartilha faz referência à necessidade de reconceituação dos NAFs, para que os municípios tenham acesso ao cofinanciamento do governo federal nas ações destinadas às famílias. Os convênios então firmados destinam-se à instituição da Casa da Família. 13 Dada a natureza das respostas às diferentes situações que se apresentam no dia a dia do CRAS, publicações do MDS (2012) fazem distinção entre atendimento e acompanhamento. Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família 23

24 Como vimos, em 2004, a PNAS cria o CRAS como unidade pública (e estatal) de assistência social 14, distinguindo unidade (equipamento público) de serviço (continuado de atenção às famílias); introduz a necessidade de os municípios e DF planejarem a organização da proteção básica por territórios e, portanto, de identificarem e adotarem parâmetros para a definição de territórios vulneráveis e de universalizarem a cobertura de CRAS nesses territórios. Provoca ainda um movimento (que decorre da responsabilidade da PSB) de mapeamento, identificação, busca das famílias que vivem nos seus territórios de abrangência e inserção das mesmas em serviços socioassistenciais. Os elementos fundamentais para a organização da proteção básica no contexto de um Sistema Único foram assim garantidos nas normativas da Assistência Social. Três documentos (dois de 2004 e um de mimeo), da Secretaria Municipal de Assistência Social de Belo Horizonte e um da Secretaria Municipal Adjunta de Assistência Social (mimeo) reconstituem a história da implantação dos NAFs/CRAS no município. Além disso, com vistas a compreender melhor aspectos de processo não refletidos nos documentos e a concepção que norteou a implantação dos NAF no contexto do Programa BH Cidadania, por sugestão da Gerência de Proteção Social (GPSO/SMAAS), no dia 24 de setembro de 2013, foi-nos concedida uma entrevista por Simone Aparecida Albuquerque, Diretora de Gestão do SUAS/ MDS, que nos anos de 2001 a 2004 ocupou o cargo de Gerente da Gerência de Coordenação da Política de Assistência Social, da Secretaria Municipal de Assistência Social de Belo Horizonte. As informações aqui prestadas, portanto, buscam resgatar parte do processo de constituição dos NAFs em BH. Para Simone Albuquerque, o NAF, tal como foi apropriado por Belo Horizonte (BH) 15, nasce de dois movimentos paralelos, a saber: o modelo de intersetorialidade (do BH Cidadania) cujo desenho estava em curso e o modelo de gestão da Assistência Social e sua afirmação como um setor. Neste sentido, a entrevistada considera que a intersetorialidade requereu posicionamento da Assistência Social [enquanto setor]. Esse posicionamento se referiu, sobretudo, à definição das ofertas específicas de competência do setor e à organização dos serviços tendo sido demarcados aqueles que seriam locais, regionais ou municipal. Ademais, a Secretaria também contribuiu para a definição sobre o modelo de organização (e gestão) intersetorial mais adequado à interlocução entre setores, com vistas à inclusão social, principal objetivo do Programa BH Cidadania a ser implantado. A primeira reforma administrativa da Prefeitura de Belo Horizonte foi, portanto, pensada, segundo Simone Albuquerque, com base em alguns preceitos, com destaque para a estratégia de intervenção intersetorial (necessária à inclusão social das famílias vulneráveis), em que todos os setores deveriam manter estrutura no nível central (então denominada Secretaria Municipal de Coordenação de Política Social/ SCOMPS). A estrutura intersetorial articulada no nível municipal deveria ser reproduzida (com adequações) no nível regional e no local. Foram eleitos a família como fator e as bases locais (o que hoje se entende por território) como o espaço de intervenção. Nesse sentido, todas as políticas públicas deveriam atuar nas 14 De acordo com a PNAS/2004 (MDS, 2010, p. 35), o CRAS é responsável pela oferta do PAIF, por executar serviços da proteção social básica, e por organizar e coordenar a rede de serviços socioassistenciais locais da política de assistência social. 15 Embora tenha sido criado pela então SEAS/MPAS como um Programa, o NAF já nasce em Belo Horizonte com características de unidade local de assistência social que contribui para a concretização do modelo intersetorial de base local. 24 Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família

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