A PROPRIEDADE INDUSTRIAL COMO FATOR ESSENCIAL PARA O DESENVOLVIMENTO DA ECONOMIA

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1 A PROPRIEDADE INDUSTRIAL COMO FATOR ESSENCIAL PARA O DESENVOLVIMENTO DA ECONOMIA Prof. Pedro Pinto INTRODUÇÃO Quando se fala em direito de propriedade imediatamente somos levados à idéia de domínio perante algo corpóreo, como uma casa, um carro, uma jóia, um equipamento industrial, porque é algo visível ao olho humano. Entretanto, esquecemos que grande parte desses objetos decorre da transformação de idéias em bens disponíveis, visíveis, tocáveis. As idéias prestam-se a resolver questões teóricas ou práticas, de maior ou menor complexidade, ou mesmo simplesmente embelezar a vida, tendo ou não valor de mercado. Em geral, apenas as que decorrem de considerável esforço (trabalho ou investimento) e criatividade despertam o interesse de outras pessoas a ponto de estas se disporem a pagar para delas se beneficiarem. Algumas das idéias com valor de mercado são juridicamente definidas como bens intelectuais, com vistas a tutelar os interesses de quem as teve. Para se enquadrar nesse conceito jurídico de bem intelectual não basta, notese, que a idéia ostente, por sua novidade e utilidade, valor de troca. Alguns segredos de empresa, por exemplo, são criteriosamente preservados porque, a despeito de sua extrema importância e valor, não poderiam ser protegidos como bens intelectuais acaso tornados de conhecimento público. Desse modo, parcela significativamente diminuta das idéias tem a natureza jurídica de bem incorpóreo. Os bens intelectuais são de propriedade de uma pessoa, física ou jurídica, de forma a lhe garantir a exclusividade na exploração econômica. Assim como o proprietário de bem corpóreo tem o direito de dele usar, gozar e dispor como quiser (observadas as limitações ditadas pela função social), o titular da idéia valiosa também deve ter o mesmo direito sobre ela. Ninguém pode usar uma idéia protegida pela propriedade intelectual sem a autorização do seu titular, do mesmo modo que ninguém pode usar qualquer bem corpóreo sem que o seu dono deixe. Tanto é crime explorar economicamente, sem autorização, a propriedade intelectual alheia como subtrair coisa móvel de outrem 1. A propriedade intelectual compreende dois grandes ramos. De um lado, desdobra-se no direito autoral, ramo que disciplina os direitos do autor de obra 1 COELHO, Fábio Ulhoa. Curso de direito civil. Volume 4. São Paulo: Saraiva, 2010, p.272.

2 literária, artística ou científica, os direitos conexos e a proteção dos logiciários, isto é, dos programas de computador (softwares). Os principais diplomas legais em que se disciplinam os bens intelectuais dessa natureza são a Lei nº 9.610/1998 (Lei dos Direitos Autorais LDA) e a Lei nº 9.609/1998 (lei dos Programas de Computador LPC). Esse ramo da propriedade intelectual é estudado pelo direito civil. Do outro lado, desdobra-se no direito industrial, que disciplina os chamados bens industriais, quer dizer, as marcas e desenhos industriais registrados e as patentes de invenções ou de modelo de utilidade. As marcas são expressões que identificam, direta ou indiretamente, produtos ou serviços, tais como Coca-Cola, Saraiva, Itaú, etc. Os desenhos industriais (desing) são formas plásticas ou o conjunto de linhas e cores, de natureza exclusivamente ornamental, aplicáveis a um objeto suscetível de industrialização. As invenções são criações originais do espírito humano; os modelos de utilidade, o seu aperfeiçoamento. O telefone celular é uma invenção; mas, se alguém cria novo dispositivo para esse equipamento portátil, que amplia as possibilidades de seu uso, faz um modelo de utilidade, O titular do registro de marca ou de desenho industrial ou da patente de invenção ou de modelo de utilidade tem, em seu patrimônio, a propriedade de um bem intelectual. Os bens industriais estão disciplinados na Lei nº 9.279/1996 (Lei da Propriedade Industrial LPI) e são objeto de estudo do direito empresarial. A história do direito industrial tem início na Inglaterra, antes da Revolução Industrial, com a edição do Statute of Monopolies, em 1623, quando, pela primeira vez, a exclusividade no desenvolvimento de uma atividade econômica deixou de se basear apenas em critérios de distribuição geográfica de mercados, privilégios nobiliárquicos e outras restrições próprias ao regime feudal, para prestigiar as inovações nas técnicas, utensílios e ferramentas de produção. O inventor passou a ter condições de acesso a certas modalidades de monopólio concedidas pela Coroa, fator essencial para motivá-lo a novas pesquisas e aprimoramento de suas descobertas. 2 A Constituição dos Estados Unidos de 1787, no art. 1º, 8.8, atribui ao congresso da Federação poderes para assegurar aos inventores, por prazo determinado, o direito de exclusividade sobre a invenção. O momento de extrema importância para a evolução do direito industrial foi a criação, em 1883, da União de Paris, convenção internacional da qual o Brasil é participante desde o início, e cujo objetivo principal é a declaração dos princípios da disciplina da propriedade industrial. A convenção adota conceito amplo de propriedade industrial, abrangendo não apenas os direitos dos inventores, como também as marcas e outros sinais distintivos da atividade 2 COELHO, Fábio Ulhoa. Curso de direito comercial. Volume 1. 11ª ed. São Paulo: Saraiva, 2010, p.136.

3 econômica, consolidando, assim, uma nova perspectiva para o tratamento da matéria. A história do direito industrial brasileiro, a exemplo do direito comercial, se inicia no processo de desentrave da nossa economia colonial, no início do século XIX, quando a Corte portuguesa se encontrava no Brasil, evitando Napoleão. Em 1809, o Príncipe Regente baixou alvará que, entre outras medidas, reconheceu o direito de inventor ao privilégio da exclusividade, por 14 anos, sobre as invenções levadas a registro na Real Junta do Comércio. A doutrina brasileira reivindica, a partir desse fato, um lugar proeminente ao nosso país na história do direito industrial, sob a alegação de que teria sido ele o quarto 3, no mundo, a disciplinar a matéria 4. Em 1875, surgiu a primeira lei brasileira sobre marcas, uma resposta à representação ao governo, apresentada por Ruy Barbosa, que não havia logrado êxito na defesa dos interesses de um cliente seu o titular da marca rapé Areia Preta por flta de uma legislação protetora. O direito brasileiro, originariamente, disciplinava em separado as invenções e as marcas. Em 1882, editou-se nova lei sobre patentes e em 1887 e 1904, outras sobre marcas. O critério de tratamento da matéria industrial em leis separadas somente foi abandonado em 1923, a partir da criação da Diretoria Geral da Propriedade Industrial, órgão que passou a disciplinar, no mesmo diploma legislativo, as patentes de invenções e os registros de marca. Mas o conceito amplo de propriedade industrial, estabelecido pela União de Paris, nunca foi integralmente incorporado nas muitas reformas legislativas que se seguiram (1945, 1967, 1969 e 1971). A vigente Lei da Propriedade Industrial (Lei nº 9.279/1996), por exemplo, aplica-se às invenções, modelos de utilidade, desenhos industriais, marcas, indicações geográficas e à concorrência desleal, mas não trata do nome empresarial, instituto cuja disciplina é feita pela lei do registro de empresa (Lei nº 8.934/1994). São bens integrantes da propriedade industrial: i) a invenção, ii) o modelo de utilidade, iii) o desenho industrial, e iv) a marca. O direito de exploração com exclusividade dos dois primeiros se materializa no ato de concessão da respectiva patente (documentado pela carta-patente ); em relação aos dois últimos, concede-se o registro (documentado pelo certificado ). A concessão da patente ou do registro compete ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial INPI, autarquia federal ligada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. 3 A Inglaterra foi pioneira na matéria, com a edição do Statute of Monopolies, em 1623, conforme já enfocado anteriormente, seguida pelos Estados Unidos e pela França. 4 COELHO. Curso de direito comercial, p.138.

4 Das patentes de invenção e de modelo de utilidade Dos bens industriais existentes, a invenção é a única não está totalmente definida na Lei da Propriedade Industrial. E isto ocorre pelo simples fato de ser um conceito difícil de ser definido justamente porque a noção é facilmente assimilada por qualquer pessoa. De fato, todos nós temos uma noção bastante comum do que seja uma invenção: um ato original decorrente da atividade criativa do ser humano. E é isto que a LPI apresenta para a invenção, no art. 8º: é patenteável a invenção que atenda aos requisitos de novidade, atividade inventiva e aplicação industrial. E por exclusão, no art. 10 a Lei nº 9.279/1996 vai indicar o que não é invenção: i) as descobertas e teorias científicas; ii) métodos matemáticos; iii)concepções puramente abstratas; iv) esquemas, planos, princípios ou métodos comerciais, contábeis, financeiros, educativos, publicitários, de sorteio e de fiscalização; v) obras literárias, arquitetônicas, artísticas e científicas ou qualquer criação estética e programas de computador; vi) apresentação de informações, regras de jogo, técnicas e métodos operatórios ou cirúrgicos, terapêuticos ou de diagnóstico, e os seres vivos naturais. Por modelo de utilidade, a lei conceituou como sendo objeto de uso prático, ou parte deste sustentável de aplicação industrial, que apresente nova forma ou disposição, envolvendo ato inventivo, que resulte em melhoria funcional no seu uso ou em sua fabricação (art. 9º, da LPI). Ou seja, modelo de utilidade é uma espécie de aperfeiçoamento da invenção, uma miniinvenção ou pequena invenção. As manifestações intelectuais excluídas do conceito de invenção também não se compreendem no de modelo de utilidade. Em assim sendo, para que a invenção e o modelo de utilidade obtenham a carta-patente junto ao INPI deverão ter como requisitos a novidade, atividade inventiva, aplicação industrial (ou industriabilidade) e licitude (ou desimpedimento). O requisito da novidade se considera preenchido quando a invenção ou o modelo de utilidade não estão compreendidos no estado da técnica, conforme definição contida no art. 11 da LPI: (...) é constituído por tudo aquilo tornado acessível ao público antes da data de depósito do pedido de patente, por descrição escrita ou oral, por uso ou qualquer outro meio, no Brasil ou no exterior, ressalvado o disposto nos arts. 12, 16 e 17. Ou seja, deverá constituir algo desconhecido até mesmo para a comunidade científica especializada na respectiva área de conhecimento. O requisito da atividade inventiva, por sua vez, se considera preenchido quando, para um técnico no assunto, a invenção não decorrer de maneira evidente ou óbvia do estado da técnica (art. 13, da LPI), e o modelo de utilidade não decorrer de maneira evidente ou vulgar do estado da técnica (art.

5 14, da LPI). Ou seja, o inventor deverá demonstrar que chegou àquele resultado novo em decorrência específica de um ato de criação seu. Serve esse requisito, enfim, para distinguir a invenção de uma mera descoberta, de modo que o direito de propriedade protege o inventor, mas não o mero descobridor. Este por exemplo, descobre uma jazida de metal precioso; aquele, por sua vez, cria um mecanismo para aproveitamento desse metal. Uma coisa é descobrir a eletricidade; outra coisa, bem distinta, é inventar a lâmpada 5. O requisito da aplicação industrial é preenchido quando a invenção ou o modelo de utilidade possam ser utilizados ou produzidos em qualquer tipo de indústria. Diz o art. 15 da LPI: a invenção e o modelo de utilidade são considerados suscetíveis de aplicação industrial quando possam ser utilizados ou produzidos em qualquer tipo de indústria. Tem-se, aqui, requisito de patenteabilidade ligado diretamente à exigência de que o invento seja útil e factível, porque em caso contrário é certo que nenhuma indústria se interessaria na sua fabricação. O requisito da licitude (ou desimpedimento) está contido no art. 18 da LPI: i) o que for contrário à moral, aos bons costumes e à segurança, à ordem e à saúde públicas; ii) as substâncias, matérias, misturas, elementos ou produtos de qualquer espécie, bem como a modificação de suas propriedades físico-químicas e os respectivos processos de obtenção ou modificação, quando resultantes de transformação do núcleo atômico; iii) o todo ou parte dos seres vivos, exceto os microorganismos transgênico que atendam aos três requisitos de patenteabilidade (novidade, atividade inventiva e aplicação industrial) e que não sejam mera descoberta. A concessão de uma patente de invenção ou de modelo de utilidade não é um ato simples, obtido automaticamente após o requerimento do inventor. O ato de concessão da carta-patente é precedido de um procedimento administrativo burocrático e muitas vezes lento, que perdura por diversos anos, que procura identificar todos os seus requisitos. O pedido junto ao INPI compreende quatro fases: i) depósito, ii) publicação, iii) exame e iv) decisão. A patente é um privilégio concedido ao inventor que não dura para sempre. A proteção conferida é temporária, pois a patente de invento vigorará pelo prazo de 20 (vinte) anos e a de modelo de utilidade pelo prazo de 15 (anos) contados da data de depósito (art. 40, da LPI). Pode ocorrer, todavia, de o procedimento junto ao INPI demorar bastante tempo para se encerrar, razão pela qual a LPI estabeleceu, no parágrafo único do art. 40, que o prazo de vigência não será inferior a 10 (dez) anos para a patente de invenção e a 7 (sete) anos para a patente de modelo de utilidade, a contar da data de concessão, ressalvada a hipótese de o INPI estar impedido de proceder ao 5 RAMOS, André Luiz Santa Cruz. Direito empresarial esquematizado. São Paulo: Método, 2010, p.103.

6 exame de mérito do pedido, por pendência judicial comprovada ou por motivo de força maior. A lei procurou garantir que o inventor usufrua seus direitos por um prazo razoável, impedindo que o atraso na apreciação de seu pedido, algo não imputável a ele, não lhe traga prejuízos 6. Após esses prazos de vigência, a patente é extinta e seu objeto cai em domínio público. Como os direitos de propriedade industrial são considerados bens móveis para os efeitos legais, nos termos do art. 5º da LPI, o titular da patente exerce sobre ela um direito patrimonial disponível. Assim, o titular da patente pode, por exemplo, ceder a patente ou mesmo o pedido de patente, isto é, pode haver a cessão antes mesmo de a patente ser concedida. Há também a possibilidade do titular da patente licenciar a sua exploração (licença voluntária), mediante contrato de licença que deverá ser averbado junto ao INPI para que produza efeitos perante terceiros, exigindo do licenciado uma contraprestação, chamada de royalty. Há também a hipótese do titular da patente ser obrigado a licenciá-la (licença compulsória) contra a sua vontade, como forma de sancionar o titular da patente e, em outros casos, como forma de atender a imperativos de ordem pública, como ocorreu com o medicamento Efavirenz, utilizado no combate ao vírus HIV, o que foi feito por meio do Decreto nº 6.108/2007. Desenho industrial Diz o art. 95 da Lei de Propriedade Industrial: considera-se desenho industrial a forma plástica ornamental de um objeto ou o conjunto ornamental de linhas e cores que possa ser aplicado a um produto, proporcionando resultado visual novo e original na sua configuração externa e que possa servir de tipo de fabricação industrial. Observa-se, então, que são requisitos para o registro do desenho industrial: i) novidade, ii) originalidade, iii) aplicação industrial, iv) licitude (ou desimpedimento). Assim como ocorre com as invenções e os modelos de utilidade, o requisito da novidade do desenho industrial estará atendido quando o mesmo não for compreendido no estado da técnica. O mesmo ocorre com o requisito da industriabilidade, e aqui vai distinguir das obras de arte, pois somente o desenho industrial é aplicável a um produto, tendo suscetibilidade de industrialização. Já o requisito da originalidade, por sua vez, considera-se cumprido quando do desenho industrial resultar uma configuração visual distinta, em relação a outros objetos anteriores (art. 97 da LPI), podendo ser decorrente da combinação de elementos conhecidos (parágrafo único). O requisito da 6 RAMOS, idem, p.113.

7 originalidade pode ser traduzido como a necessidade de o desenho industrial apresentar um caráter distintivo em relação aos demais já existentes, ou seja, o desenho industrial será original quando for significativamente diferente dos outros existentes no mercado. O art. 100 da LPI vai informar o que não pode ser registrável como desenho industrial: i) o que for contrário à moral e aos bons costumes ou que ofenda a honra ou imagem de pessoas, ou atente contra liberdade de consciência, crença, culto religioso ou idéia e sentimentos dignos de respeito e veneração; ii) a forma necessária, comum ou vulgar do objeto ou, ainda, aquela determinada essencialmente por considerações técnicas ou funcionais. O pedido de registro de desenho industrial segue o sistema de livre concessão. Deste modo, feito o depósito do design no INPI, segue-se a sua imediata publicação e concomitante expedição do certificado. Esta sistemática apenas não será observada em duas hipóteses: se o interessado solicitar sigilo, ou se o pedido não preencher as condições mínimas para o registro, No primeiro caso, o processo aguardará a manifestação do requerente ou a fluência do prazo máximo legal, de 180 dias, quando então terá seguimento, com a publicação. No segundo, o INPI indeferirá de plano o pedido. O prazo de vigência do registro de desenho industrial é de 10 (dez) anos, contados da data do depósito, mas a LPI permite a prorrogação desse prazo por três períodos sucessivos de 5 (cinco) anos cada. Marca Outro bem da propriedade industrial protegido mediante o registro são as marcas, que a lei define como sendo os sinais distintivos visualmente perceptíveis, não compreendidos nas proibições legais (art. 122 da LPI). A finalidade precípua da marca, portanto, é diferenciar o produto ou serviço dos seus concorrentes no mercado. Ao contrário do que ocorre em alguns ordenamentos jurídicos estrangeiros, o Brasil não previu a possibilidade de se registrar como marca um sinal sonoro, como o plim plim da Rede Globo, e nem tão pouco um determinado cheiro ou odor, que seria a denominada marca olfativa, haja vista a exigência legal de que o sinal distintivo seja visualmente perceptível. Distingue-se a marca quanto à origem e quanto ao uso. Quanto à origem, pode ela ser brasileira quando regularmente depositada no Brasil por pessoa física ou jurídica domiciliada no país, e estrangeira, quando regularmente depositada no Brasil por pessoa física ou jurídica não domiciliada no país.

8 Quanto ao uso, nos termos do artigo 123 da LPI, temos que as marcas podem ser: i) de produtos, ii) de serviço, iii) coletivas e iv) de certificação. Marcas de produto ou serviço são utilizadas para distinção de outros produtos ou serviços idênticos, semelhantes ou afins, de origem diversa. A marca coletiva informa ser o produto ou serviço fornecido por membro filiado a certa identidade. E marca de certificação é aquela destinada a certificar a conformidade de produto ou serviço a normas ou especificações técnicas, notadamente quanto a qualidade, natureza, material utilizado e metodologia empregada. As marcas são classificadas em i) nominativas, ii) figurativas, iii) mistas e iv) tridimensionais. A primeira corresponde ao uso da palavra, nas suas combinações de letras e/ou algarismos romanos e/ou arábicos. A segunda é formada por desenho, imagem, figura ou qualquer forma estilizada de letra ou número que venha a adquirir. A mista faz a combinação dos modelos anteriores. A tridimensional é constituída pela forma plástica de produto e embalagem. É com o registro perante o INPI que se garante o uso exclusivo de determinada marca em todo o território nacional, procurando também evitar-se a concorrência desleal. Em tese, o requerente do registro de marca deve ser aquele que a criou e que, consequentemente, a está usando em primeiro lugar. Terá direito de preferência aquele que de boa fé já vinha usando a marca antes daquele que esta depositando no INPI (art. 129, 1º, da LPI). Após o registro não há mais oportunidade para exercer o direito de preferência. Para que uma marca seja válida, será necessária a verificação prévia no que tange à novidade que ela pressupõe que não colida com marca notória e, ainda, que esteja desimpedida. Entende-se por marca notória a marca amplamente conhecida em seu ramo de atividades. No art. 124 da LPI está a lista de signos não registráveis como marca: armas, brasão, medalha, bandeira, expressão, figura, desenho ou qualquer outro sinal contrário à moral e aos bons costumes, ou que ofenda a honra ou imagem de pessoas ou atente contra liberdade de consciência, crença, culto religioso ou idéia e sentimento dignos de respeito e veneração. Distingue-se a marca de alto renome da marca notória, uma vez que a marca de alto renome tem a sua proteção em todas as classes de produtos ou serviços, enquanto que a marca notória, embora amplamente conhecida pelo consumidor, o é em determinada categoria apenas. Por essa razão, é possível encontrar marcas notórias iguais em diferentes ramos de atividade, razão pela seu titular poderá apenas se opor nos casos de colidência no mesmo ramo de atividade. Por outro lado, o titular da marca de alto renome pode se opor ao registro por terceiros de sua marca em qualquer categoria.

9 O prazo de validade do registro de marca é de dez anos, contados a partir da data de concessão. A partir de pedido do titular, este prazo poderá ser prorrogado por períodos iguais e sucessivos, providência esta que deverá ser tomada durante o último ano de vigência do registro. Portanto, o registro de marca pode vigorar indefinidamente, bastando que o seu titular requeira sempre a prorrogação do prazo de vigência, nos termos da lei. Extingue-se o registro da marca pela expiração do prazo de vigência, pela renúncia do titular, pela falta de uso da marca num período de cinco anos consecutivos ou quando seu titular, domiciliado no exterior, não mantenha procurador domiciliado no País, com poderes para representá-lo administrativa e judicialmente, inclusive para receber citações. Indicações geográficas Indicação geográfica é a designação de procedência ou a denominação de origem de um produto ou de prestação de determinado serviço, e seu uso é restrito aos produtores e prestadores de serviço estabelecidos no local indicado. O reconhecimento pode ser pleiteado por quem detenha legítimo interesse: sindicatos, associações, institutos ou qualquer outra pessoa jurídica de representatividade coletiva. A indicação de procedência está disciplinada no art. 177 da LPI, que assim dispõe: considera-se indicação de procedência o nome geográfico de país, cidade, região ou localidade de seu território, que se tenha tornado conhecido como centro de extração, produção ou fabricação de determinado produto ou de prestação de determinado serviço. A denominação de origem, por sua vez, está disciplinada no art. 178 da LPI, que assim prescreve: considera-se denominação de origem o nome geográfico de país, cidade, região ou localidade de seu território, que designe produto ou serviço cujas qualidades ou características se evam exclusiva ou essencialmente ao meio geográfico, incluídos fatores naturais e humanos. O art. 179 da LPI prevê ainda que a proteção estender-se-á à representação gráfica ou figurativa da indicação geográfica, bem como à representação geográfica de país, cidade, região ou localidade de seu território cujo nome seja indicação geográfica. Já o art. 180 da LPI faz uma ressalva à proteção legal, determinando que quando o nome geográfico se houve tornado de uso comum, designando produto ou serviço, não será considerado indicação geográfica. Não sendo o caso do art. 180, todavia, só podem usar a indicação geográfica aqueles produtores ou prestadores de serviços que i) sejam

10 estabelecidos no local e ii) atendam requisitos de qualidade para tanto. É o que determina o art. 182 da LPI: o uso da indicação geográfica é restrito aos produtores e prestadores de serviço estabelecidos no local, exigindo-se, ainda, em relação às denominações de origem, o atendimento de requisitos de qualidade. Estão registradas no Instituto Nacional da Propriedade Industrial como indicações geográficas: café da Região do Cerrado Mineiro, vinho tinto, branco e espumantes do Vale dos Vinhedos, no Rio Grande do Sul, carne bovina e seus derivados do Pampa Gaúcho da Campanha Meridional, no Rio Grande do Sul, aguardentes, tipo cachaça e aguardente composta azulada de Paraty, uvas de mesa e manga de Vale do Submédio São Francisco, couro acabado do Vale dos Sinos do Rio Grande do Sul, café de Regiões dos Cafés da Serra da Mantiqueira, de Minas Gerais, arroz do Litoral Norte Gaúcho, vinhos tinto, branco e espumantes de Pinto Bandeira, no Rio Grande do Sul, artesanato em capim dourado do Região do Jalapão, de Tocantins, camarões da Costa Negra, do Ceará, panelas de barro das Goiabeiras, de Goiás, queijo de Serro, de Minas Gerais, peças artesanais em estanho de São João Del Rei, em Minas Gerais, calçados de Franca, em São Paulo, opalas preciosas de Pedro II e jóias artesanais de opalas de Pedro II, no Piauí, entre outras.

11 REFERÊNCIAS COELHO, Fábio Ulhoa. Curso de direito comercial. Volume 1. 11ª ed. São Paulo: Saraiva, Curso de direito civil. Volume 4. São Paulo: Saraiva, 2010 DI BLASI, Gabriel. A propriedade industrial: os sistemas de marcas, patentes, desenhos industriais e transferência de tecnologia. 3ª ed. Rio de Janeiro: Forense, FINKELSTEIN, Maria Eugênia. Direito empresarial. 5ª ed. São Paulo: Atlas, NEGRÃO, Ricardo. Manual de direito comercial e de empresa. Volume 1. 9ª ed. São Paulo: Saraiva, PRONER, Carol. Propriedade intelectual: para uma outra ordem jurídica possível. São Paulo: Cortez, RAMOS, André Luiz Santa Cruz. Direito empresarial esquematizado. São Paulo: Método, 2010.

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