FATORES EXPLICATIVOS PARA A DIMINUIÇÃO DA PRODUÇÃO DE CACAU NO BRASIL: UMA ANÁLISE UTILIZANDO O MODELO SHIFT-SHARE

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1 FATORES EXPLICATIVOS PARA A DIMINUIÇÃO DA PRODUÇÃO DE CACAU NO BRASIL: UMA ANÁLISE UTILIZANDO O MODELO SHIFT-SHARE JAQUELINE SEVERINO DA COSTA; MICHELE MERÉTICA MILTONS; ALEXANDRE FLORINDO ALVES; JOSÉ LUIZ PARRÉ; UEM MARINGÁ - PR - BRASIL jlparre@uem.br APRESENTAÇÃO SEM PRESENÇA DE DEBATEDOR SISTEMAS AGROALIMENTARES E CADEIAS AGROINDUSTRIAIS FATORES EXPLICATIVOS PARA A DIMINUIÇÃO DA PRODUÇÃO DE CACAU NO BRASIL: UMA ANÁLISE UTILIZANDO O MODELO SHIFT-SHARE Grupo de Pesquisa: Sistemas Agroalimentares e Cadeias Agroindustriais. 1. Introdução A década de 90 marcou uma profunda mudança quanto à quantidade produzida e exportada de cacau em todo o Brasil, sendo que a literatura sobre o tema tem abordado como causa central a disseminação da doença Vassoura de Bruxa, principalmente a partir de A literatura também coloca outras causas que podem ter contribuído para diminuir o total produzido no decorrer do período, como por exemplo, a mudança cambial (1999), alterações geoclimáticas (má distribuição de chuvas) e a queda nos preços internacionais do produto. O cacau e seus derivados têm destaque na balança comercial do estado da Bahia, tendo representado em 2003, 4,73% do total exportado (IBGE, 2005). Sozinha, a Bahia respondeu, em 2003, por 65,09% de toda a produção nacional (SECEX, 2005). 1

2 Até 1997, o Brasil foi um exportador líquido de cacau, já que sua produção sempre esteve acima da quantidade processada nas indústrias moageiras do país. Ao mesmo tempo, assistiu-se a um aumento do consumo de cacau no mercado interno (ZUGAIB, 2005). A partir do referido ano, o Brasil passou de exportador líquido para importador. Tal fato repercutiu fortemente na época, por ser a primeira vez que isso acontecia, fazendo com que os produtores acreditassem que os preços no mercado interno iriam cair ainda mais. Como dito, outros autores apontam várias causas para que tais fenômenos (queda na produção e mudança da posição brasileira de exportador líquido para importador) tenham ocorrido, mas não foi encontrada uma sistematização que permita afirmar e quantificar de que forma estes problemas afetaram a lavoura, ou seja, se eles afetaram a produtividade, se a área plantada se alterou, ou mesmo se a localização das plantações sofreu modificações entre regiões, de forma significativa. Assim, o presente trabalho tem como objetivo principal analisar, através do uso do modelo shift-share, qual destes fatores apontados pode responder, efetivamente, pela queda da produção. Procura-se verificar se houve variação significativa da área plantada (diminuição), ou ainda, se houve mudança geográfica da localização das lavouras. Ainda, com o objetivo de captar os efeitos da disseminação da doença Vassoura-de-Bruxa, bem como os geoclimáticos, será analisada a possível mudança de produtividade. A hipótese adotada neste trabalho é que, dentre os efeitos área, produtividade e localização geográfica, o principal causador da diminuição da produção e, portanto, da necessidade de importação do cacau, foi o chamado Efeito-Produtividade, que, sendo negativo, gerou queda na produção, mesmo com pouca alteração na área plantada ou na localização geográfica das lavouras. Os dados da Tabela 1 abaixo, permitem mostrar a mudança na produção, na área plantada e na produtividade no Brasil e na Bahia, principal estado produtor de cacau. Tabela 1: Produção (em tonelada), área plantada (em ha) e produtividade (toneladas/ha) no Brasil no período de Anos Área Área Produção Produção Produtividade Produtividade Plantada plantada BR ton BA (ton) BR ton/ha BA ton/ha BR ha BA ha ,533 0, ,480 0, ,441 0, ,464 0, ,471 0, ,401 0, ,385 0, ,388 0, ,395 0, ,301 0, ,278 0, ,279 0, ,257 0, ,281 0, ,297 0,245 Fonte: Dados da Produção: IBGE (2005). Demais dados: Elaboração das autoras, a partir de dados do IBGE (2005). 2

3 A hipótese baseia-se no fato de que entre os efeitos apontados pela literatura como geradores da queda da produção, o mais importante e que parece ter tido maior impacto foi a disseminação da doença, que por si só não proporcionaria a diminuição de área plantada ou mudança na localização das lavouras, mas sim, na queda da produtividade por árvore plantada. A análise foi feita considerando todos os estados produtores de cacau, destacando que o principal é o estado da Bahia, já que ele responde pela maior parte da produção de cacau no Brasil, embora a partir de 1999 tenha perdido importância relativa (CEPLAC, 2002) O trabalho está subdividido em 5 seções: a primeira é composta pela presente introdução, a segunda fornece um breve histórico, bem como um panorama geral com alguns indicadores tais como principais produtores, consumidores, exportações e importações brasileiras. A terceira parte apresenta a metodologia utilizada para a análise da influência das variáveis: área, produtividade e localização geográfica no desempenho da produção de cacau no período A quarta demonstra os resultados e faz algumas discussões. A quinta seção apresenta a conclusão. 2- Breve Histórico e Panorama Geral O cacaueiro teve origem em regiões de florestas pluviais da América Tropical. Existem evidências arqueológicas que indicam que o cacau já era cultivado pelos Maias por volta do ano 400 a.c. no Brasil. O fruto foi levado da Amazônia para a Bahia no século XVIII. O desenvolvimento na região aconteceu, principalmente, depois da implantação de variedades com maior produtividade, após 1907 (RAMALHO, 2001), de maneira que a Bahia tornou-se o principal estado produtor do Brasil, já tendo respondido por 83,66% em 1990 e 65,09%, em 2003 (IBGE, 2005). Ainda segundo Ramalho (2001), com o declínio dos preços internacionais na década de 1950, a cultura do produto ficou inviável economicamente. Problemas como a baixa tecnologia e a falta de acesso ao crédito desestimularam ainda mais sua produção. Neste contexto, foi criada, em 20 de fevereiro de 1957, pelo Governo Federal, a Comissão Executiva do Plano de Recuperação Econômica Rural da Lavoura Cacaueira (CEPLAC), que objetivava recuperar e racionalizar a lavoura através da política creditícia e do desenvolvimento de tecnologias necessárias para a melhoria da produtividade. Na década de 80, assistiu-se a um declínio do preço mundial e a partir de 1986, a produção de cacau apresentou queda no Brasil. A crise continuou na década de 90 e até se aprofundou, sendo três os acontecimentos principais por ela responsáveis: a queda nos preços do produto no mercado mundial; a contaminação do cacau baiano pelo fungo Crinipellis perniciosa, causador da doença denominada Vassoura-de-Bruxa, a partir de 1989, e sua disseminação, a partir de 1995 (ALVES, 2002), que causaram queda na produção principalmente na safra de 1996 e a má distribuição de chuvas entre 1992 e 1997 (PERES FILHO, 2001). Ademais, houve um aumento do consumo interno, o que provocou um déficit (a produção interna não foi suficiente para atender a demanda das indústrias moageiras), gerando a necessidade de importar o produto, a partir de Há ainda outros fatores apontados pela literatura que podem estar associados ao agravamento da crise, quais sejam: a estrutura fundiária, as relações de trabalho e a gestão dos negócios nas lavouras. A rápida disseminação da doença Vassoura-de-Bruxa está ligada a condições muito favoráveis para a propagação de microorganismos, tais como: 3

4 grandes áreas com plantações envelhecidas; topografia fortemente ondulada e temperatura declinante no inverno. Gráfico 1 Principais Produtores de Cacau em toneladas no período de / / / / / / / / / / / / /03 C. do Marfim Ghana Indonésia Nigéria Brasil Fonte: CEPLAC (2005) Os cacaueiros, quando não infectados com doenças, chegam a durar mais de 100 anos, mas sua produtividade máxima se dá quando estas atingem cerca de 30 anos (CEPLAC, 2005). Assim, árvores muito velhas certamente concorrem para a diminuição da produtividade. O gráfico 1 mostra os principais produtores de cacau entre 1990 e Em todo o período, a Costa do Marfim configura-se como o maior produtor mundial. Para melhor visualização do gráfico, os dados relativos à este país se encontram no eixo esquerdo, estando no eixo direito os demais países. Assim, em 2003, os cinco maiores produtores de cacau foram a Costa do Marfim (responsável por 39,5% da produção mundial), Ghana (18,7%), Indonésia (13,4%), Nigéria (5,6%) e Brasil (4,8%) (CEPLAC, 2005). O Gráfico 1 também apresenta a posição ocupada pelo Brasil no período Observa-se que, entre os anos de 1990 e 1995, o país ocupava a segunda posição enquanto produtor mundial de cacau, a partir de quando passa a apresentar tendência declinante. Os momentos de queda mais acentuados se encontram nos períodos 1995/96 e 1998/99. Os principais consumidores do produto, por sua vez, são os Estados Unidos (respondendo, em 2000, por 24,63% do total mundial), a Alemanha (9,26%), a França (7,22%) e o Reino Unido (7,17%), conforme Gráfico 2. Gráfico 2 - Principais Consumidores em toneladas 1990/ /00 4

5 / / / / / / / / / /2000 Fonte: CEPLAC (2005) Alemanha Reino Unido França E.U.A Quando se analisa o consumo per capita, a situação é diferente, sendo o principal consumidor a Bélgica, com 5,63 kg/per capita (2002), seguidos da Suíça, França e Reino Unido, com 4.09, 3.66 e 3.6 kg/per capita (CEPLAC, 2005). As exportações do cacau e de seus derivados podem ser observadas no Gráfico 3. O eixo do lado esquerdo indica o volume do produto em amêndoas, enquanto que o eixo do lado esquerdo revela os dados para os demais derivados. Os dados para outros (derivados) só estão disponíveis até o ano de 2001, daí a interrupção na série. Observa-se, a partir de 2002, uma tendência de crescimento das exportações de produtos com maior processamento, como a Manteiga, o Cacau em pó e o Líquor, ao passo que as exportações de amêndoas permanecem com a tendência de queda, mudando drasticamente o padrão observado no período Destaca-se a queda acentuada ocorrida no ano de 1995, que se explica pela queda na própria produção. Gráfico 3 Volume das Exportações brasileiras de Cacau e Derivados em toneladas no período de

6 Amêndoas Manteiga Líquor Torta Cacau em pó Outros Fonte: CEPLAC (2005) Por conta do déficit de matéria-prima verificado no Brasil, a importação do produto tem apresentado crescimento, principalmente a partir de 1999, conforme Tabela 2, abaixo: Tabela 2 Importações Brasileiras de Cacau Anos Importação (em mil toneladas) Fonte: CEPLAC (2005) Cacau inteiro ou partido, em bruto ou torrado. A microrregião baiana onde a cultura cacaueira apresenta maior importância é a de Itabuna-Ilhéus. O cacau participava com cerca de 36% do valor bruto da produção desta região em 1985, caindo para 7,5% em 2001, dados os motivos já apresentados. Os reflexos desta crise foram sentidos em toda a cadeia produtiva. À jusante, a indústria regional, absorvedora da produção, reduziu-se muito por conta da falta de matéria-prima para o beneficiamento. À montante, a retração ocorreu por conta da diminuição significativa do uso de fertilizantes e defensivos, resultando na redução da produtividade das lavouras, o que prejudicou a atividade comercial da região (CEPLAC, 2004). Pelo fato da região possuir um setor agropecuário pouco diversificado, a atividade cacaueira constitui-se a principal sustentação econômica da microrregião. A CEPLAC tem investido em pesquisa e tecnologia, com o objetivo de desenvolver clones 6

7 que resistam às doenças da lavoura, e assim, mudar a condição brasileira no mercado interno e internacional. Em termos absolutos, pode-se observar, através da Tabela 3 abaixo, a produção de cada estado brasileiro: Tabela 3 - Produção total para o Brasil e para o Estados em toneladas Anos Brasil RO* PA* BA* ES* Outros Fonte: IBGE (2005) * As siglas se referem aos Estados de Roraima (RO), Pará (PA), Bahia (BA) e Espírito Santo (ES) Como pode ser observado, a quantidade produzida de cacau no Brasil no período de 1990 a 2004 manteve uma tendência declinante. Os anos críticos, em termos relativos, foram 1996, com queda de 13,46% na produção e 1999, com queda de 26,99%. A participação dos estados na produção (em %) de cacau pode ser melhor vista no Gráfico 4, onde o eixo esquerdo indica a participação do estado da Bahia (principal produtor), enquanto que o eixo direito indica a participação dos demais estados. Os principais estados produtores de cacau depois da Bahia são Espírito Santo, Pará e Roraima. Pode-se perceber uma tendência crescente da produção de cacau por parte dos outros estados a partir de 1995, ao mesmo tempo em que se verifica a tendência declinante da produção baiana. Entretanto, há que se considerar que as magnitudes relativas aos estados, por encontrarem-se em escala diferenciada, evidenciam que a queda da produção baiana não chegou a ser compensada pelo aumento nas demais regiões. O que se nota é que as demais regiões produtoras foram estimuladas a aumentarem sua produção para atender a demanda crescente causada pela falta de oferta baiana. Gráfico 4 Participação dos estados na produção de cacau em (%) 7

8 RO PA BA ES Outros Fonte: IBGE (2005) A queda na produção que se estendeu a partir de 1999 é explicada na literatura pelos seguintes fatores: a debilidade das plantas que já estavam contaminadas pela Vassoura-de-Bruxa ; a crise cambial no Brasil em 1999, que elevou os custos com defensivos agrícolas importados, trazendo dificuldades de aquisição destes pelos produtores, não permitindo conter o avanço da doença; o aumento da participação dos países africanos na produção mundial, principalmente Costa do Marfim e por fim, a má distribuição de chuvas (ARAÚJO, SILVA e MIDLEJ, 2000). Esses fatores juntos fizeram com que o Brasil perdesse competitividade no mercado internacional. Em 1996, como já mencionado, o principal fator que contribuiu para a queda foi a disseminação da doença Vassoura-de-Bruxa, já que neste período ainda não tinham sido desenvolvidas as tecnologias capazes de frear o avanço da doença 1. Para uma melhor caracterização do problema, será utilizado o modelo Shift-share, o qual permite verificar, dentre os efeitos área, produtividade e localização geográfica, qual teria sido o fator principal na explicação da redução da quantidade produzida. 1 A CEPLAC vem realizando pesquisas, em melhoramento genético, voltadas para o desenvolvimento de clones resistentes à doença. O desenvolvimento de variedades clonais de cacau é o mais recomendado para respostas a curto prazo, já que a propagação vegetativa permite a manutenção do valor reprodutivo integral do indivíduo. 8

9 3- Material e Métodos Os dados utilizados foram oriundos do IBGE (2005). O modelo shift-share será utilizado com o objetivo de medir as causas da queda da produção da cultura de cacau: Os efeitos analisados se dividem em três categorias: a) Efeito-Área: reflete alterações na produção devido a modificações na área plantada, considerando as demais variáveis (localização geográfica e produtividade) constantes. b) Efeito-Produtividade: mostra variações na produção através do uso mais intenso dos meios de produção, sendo que os demais componentes permanecem constantes. O aumento da produtividade pode se dar por melhorias tecnológicas (fertilizantes, máquinas e implementos, entre outros), indicando o aumento da produção por unidade de área; c) Efeito-Localização Geográfica: indica mudanças na produção decorrentes de alterações na localização da cultura, mantidas as demais variáveis constantes. 3-1 Formulação Matemática A produção de um produto i no ano t, em uma série temporal, pode ser dada pela seguinte equação: Q it = ijt. A it. P ijt (1) onde: ij é a participação (em %) do Estado j, na produção do produto i (cacau) A i é a área colhida com a lavoura i (cacau) no Brasil P ij é a produtividade da lavoura i (cacau) no Estado j (j = 1,2,...5). No ano imediatamente anterior, a produção é dada por: Q t-1 = ijt-1. A it-1. P ijt-1 (2) Na equação 2, se somente a área variar entre o ano t-1 e o ano t, a quantidade produzida seria: Q ta = ijt-1. A it. P ijt-1 (3) Se além da área, a produtividade também variar, entre o ano t-1 e o ano t, a quantidade produzida seria: Q tp = ijt-1. A it. P ijt (4) Dessa forma, a produção nacional terá uma variação total (Q t Q t-1 ) que pode ser decomposta em três efeitos, quais sejam: Efeito-Área (EA): Q ta Q t-1 (5) Efeito-Produtividade (EP): Q tp Q ta (6) Efeito Localização Geográfica (ELG): Q t Q tp (7) Os resultados da metodologia utilizada são apresentados a seguir 9

10 4-Resultados Com o objetivo de constatar se os problemas verificados influenciaram principalmente a área total plantada, a produtividade, ou a localização geográfica das lavouras, apresenta-se, a seguir (Tabela 4) os resultados da aplicação do modelo shif-share para o Brasil. Foram considerados todos os estados produtores de cacau. Tabela 4 - Evolução dos Efeitos-Produtividade, Área e Localização Geográfica no período de Anos Produção Total Brasil Efeito-Área Efeito- Produtividade Efeito- Localização Geográfica ,246 * * * ,967 5,673-37,124 3, ,518 27,300-25,933 2, ,885-8,223 14,153-2, ,577-16,352 5,475 2, ,705 12,379-44,373 1, ,777-28,083-22,137 8, ,966-2,708 3,617-12, ,801-17,847 10,382-3, ,003-19,194-63,727 3, ,788-12,775-22, ,662-32,223-2,539-10, ,796-24,273-13,782-12, ,004-37,224 13,264-7, ,005-13,706 8,286-4,091 Fonte: Dados da Produção: IBGE (2005). Demais dados: Elaboração das autoras, a partir de dados do IBGE (2005). Os efeitos podem ser melhor visualizados no Gráfico 5. No eixo esquerdo, estão registrados os valores da produção brasileira, em toneladas e nos direito, os efeitos. O Efeito-Área apresenta uma oscilação com magnitude inferior aos demais efeitos, o que é coerente com a mudança de área plantada no período. O efeito não acompanha necessariamente a queda na produção, mas sim, varia de forma intercalada. Ou seja, a área não se alterou significativamente no período, e, portanto, não pode ser caracterizada como o principal fator de mudança da produção. Se considerarmos as demais variáveis constantes, observamos que o efeitoprodutividade segue uma oscilação continuada, principalmente nos anos de 1995 e 1999, indicando falta de elementos que compensassem a perda ocorrida pelas condições desfavoráveis dos períodos, indicadas acima. Esse efeito é o que configura a razão principal da queda da produção como um todo, tanto no estado da Bahia, quanto no Brasil. 10

11 Gráfico 5 Evolução dos Efeitos-Produtividade, Área e Localização Geográfica no período de , , , , , , ,000 50, , Brasil Efeito Área BR Efeito-Produtividade BR Efeito Loc. Geog. BR 30,000 20,000 10, ,000-20,000-30,000-40,000-50,000-60,000-70,000 Fonte: Elaboração das autoras a partir de dados do IBGE (2005). Com respeito ao Efeito-Localização Geográfica, observa-se uma tendência declinante, indicando que houve alguma alteração na localização das lavouras entre as diferentes regiões. Ou seja, o principal produtor perdeu participação, enquanto que os estados produtores menores, ganharam posições. Mas no período , onde se identifica uma queda considerável na produção, o Efeito-Localização Geográfica oscila de forma distinta do verificado no total da produção, de forma que tal efeito também não deve ser considerado o principal fator explicativo da queda na produção. Segundo os dados da Tabela 3, observa-se que nos períodos de maior crise da produção, a Bahia perdeu sua participação, e os demais estados elevaram, indicando que efeitos locais (como a doença, por exemplo) devem ter tido um impacto considerável. Nos anos , por exemplo, a Bahia reduziu sua produção em 32,18% (de para toneladas). Verifica-se também uma queda na produção dos demais estados, porém em proporção muito inferior, daí o sinal positivo do Efeito-Localização Geográfica em Enquanto a Bahia reduziu sua produção em (32,18%) toneladas no período, os demais estados reduziram 208 toneladas somente. Proporcionalmente, isso representou uma redução de 0,45%. Uma das possíveis causas para isso é que a doença Vassoura de Bruxa não afetou as demais áreas geográficas com a mesma intensidade que no estado da Bahia. Dessa forma, o Efeito-Localização Geográfica também não pode ser considerado o mais significativo na explicação da queda da produção. O Efeito-Produtividade, diferente dos demais, apresenta três picos bem definidos, que coincidem, justamente, nos períodos de maior queda da produção, incluindo as duas crises em 1995 e em 1999, refletindo de forma clara a influência de fatores que atuaram diretamente nas lavouras, reduzindo a produtividade por hectare. Embora existam poucos períodos em que este efeito não acompanha a linha da produção (como em ), percebe-se que este efeito é o mais significativo para a explicação da queda de produção no Brasil. 11

12 Conclui-se, portanto, que o principal efeito explicativo para a queda contínua da produção de cacau na Bahia é o Efeito-Produtividade, uma vez que este é o efeito que acompanha a queda da quantidade produzida no período, diferentemente dos demais efeitos, que, conforme mencionado, apresentam trajetórias distintas, não sendo razoável uma ligação direta entre eles e a explicação para a queda da produção. 5 - Conclusão O presente trabalhou procurou caracterizar as causas da queda de produção da lavoura cacaueira no Brasil. Mudanças nos indicadores de produção, produtividade e comércio internacional afetaram o resultado nacional de forma considerável. O Brasil já ocupou o segundo lugar mundial como produtor de cacau. Porém, esta posição alterou-se em função de vários fatores, dentre os quais se destacam as crises ocorridas nos anos de e No primeiro período, o principal problema decorreu da disseminação da doença Vassoura-de-Bruxa, que gerou uma queda substancial na produtividade das lavouras, e, por conseguinte, a diminuição da produção. Já em 1999, somado ao problema ainda não resolvido da doença, a crise cambial teve fortes impactos negativos no setor. Outros fatores geoclimáticos também foram apontados por alguns autores como co-responsáveis pela crise. Por conta da queda da produção, a demanda das indústrias moageiras brasileiras não foi atendida, de forma que o país tornou-se importador do produto, ao mesmo tempo em que se assistiu um declínio acentuado das exportações, principalmente do produto in natura (amêndoas). A análise do modelo shift-share permitiu verificar que o Efeito-Produtividade foi o mais significativo, uma vez que apresentou picos negativos justamente nos períodos de crise na produção, o que corrobora com a hipótese inicial. Assim, os efeitos das doenças e das alterações geoclimáticas causadoras de alterações na quantidade produzida responderam mais do que as mudanças na área plantada ou na localização geográfica. Os efeitos causados pela variação de preços no mercado internacional merecem aprofundamento em trabalhos posteriores, não tendo sido captados pelo modelo shiftshare. Referências ALVES, L.R.A; SHIKIDA, P.F.A. Fontes de Crescimento das Principais Culturas do Estado do Paraná ( ). Revista Paranaense de Desenvolvimento, Curitiba, n.101, p , jul./ dez ALVES, S. A. M. Epidemiologia da Vassoura-de-Bruxa (Crinipellis Perniciosa (STAHEL) SINGER) em Cacaueiros Enxertados em Uruçuca, BA Dissertação (Mestrado em Agronomia) Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, Universidade de São Paulo, Piracicaba, ARAÚJO, A.C.; SILVA, L. M.R.; MIDLEJ, R. R. Valor da Produção de Cacau e Análise dos Fatores Responsáveis Pela Sua Variação no Estado da Bahia. In: XLIII Congresso da, Ribeirão Preto, Anais... 12

13 Ribeirão Preto: (SOBER), CD ROM CEPLAC. Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira. Disponível em < Acesso em 29 Out.2005 GISALDA, C. F. M. Crescimento Agrícola no Estado do Pará e a Ação de Políticas Públicas: avaliação pelo Método shift-share, PA Dissertação (Mestrado em Economia) Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, Universidade da Amazônia, Pará, Belém, IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Produção Agrícola Municipal. Disponível em: < Acesso em 24 Nov ICCO, International Cocoa Organization. Disponível em < Acesso em 29 Out INFORME SETORIAL. Agroindústria. BNDES, n. 16, mai Disponível em < Acesso em: 3 nov IGREJA, A.C.M.; ROCHA, M.B.; TSUNECHIRO, A. Fatores de Ajuste da Oferta de Milho Safrinha em Relação à Oferta Total de Milho, de acordo com as Fontes de Crescimento da Produção. In: XLIII Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia Rural, Ribeirão Preto, Anais... Ribeirão Preto: Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia Rural (SOBER), CD ROM MAGNO, A.E.S. Experiências com Clonagem do Cacaueiro. CEPLAC. Disponível em: < Acesso em: 3 nov MARTINS, G.; SILVA, L.M.R. Análise das Principais Culturas de Exportação e Importação do Nordeste do Brasil Usando o Modelo Shift-Share. In: XLIII Congresso da, Ribeirão Preto, Anais... Ribeirão Preto: (SOBER), CD ROM. MORORÓ, R. C. Agroindústria como Alternativa de Agregação de Valores. CEPLAC. Disponível em: < Acesso em: 3 nov PERES FILHO, A.S. A Cadeia Produtiva do Cacau. In: Agronegócio Brasileiro: Ciência, Tecnologia e Competitividade. Ministério da Ciência e Tecnologia. Brasília, p RAMALHO, H. M. B. As Exportações Brasileiras de Cacau e Derivados: uma análise do desempenho no período de , PB Monografia (Bacharel em Economia) Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa, SECEX. Secretaria do Comércio Exterior. Disponível em: < Acesso em: 3 nov

14 ZUGAIB, A.C.C. Análise da Importação de Cacau via Drawback no Brasil e sua influência para os produtores, industriais e governo. CEPLAC. Bahia, Disponível em: < Acesso em: 2 dez

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