CENTRAIS ELETRICAS DE RONDONIA S/A

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1 Unidade Auditada: CENTRAIS ELETRICAS DE RONDONIA S/A Exercício: 2012 Processo: Município: Porto Velho - RO Relatório n.º: UCI Executora: CONTROLADORIA REGIONAL DA UNIÃO NO ESTADO DE RONDÔNIA Análise Gerencial Senhor Chefe da CGU-Regional/RO, Em atendimento à determinação contida na Ordem de Serviço n.º , e consoante o estabelecido na Seção III, Capítulo VII da Instrução Normativa SFC n.º 01, de 06/04/2001, apresentamos os resultados dos exames realizados sobre a prestação de contas anual apresentada pela CENTRAIS ELETRICAS DE RONDONIA S/A. CERON. 1. Introdução Os trabalhos de campo conclusivos foram realizados no período de 27/05/2013 a 14/07/2013, por meio de testes, análises e consolidação de informações coletadas ao longo do exercício sob exame e a partir da apresentação do processo de contas pela Unidade Auditada, em estrita observância às normas de auditoria aplicáveis ao Serviço Público Federal. Nenhuma restrição foi imposta à realização dos exames. 2. Resultados dos trabalhos Verificamos na Prestação de Contas da Unidade a não conformidade com o inteiro teor das peças e respectivos conteúdos exigidos pela IN-TCU-63/2010 e pelas DN TCU 119/2012 e 124/2012, tendo sido adotadas, por ocasião dos trabalhos de auditoria conduzidos junto à Unidade, providências que estão tratadas em itens específicos deste relatório de auditoria. Em acordo com o que estabelece o Anexo IV da DN-TCU-124/2012, e em face dos exames realizados, efetuamos as seguintes análises: 2.1 Avaliação da Conformidade das Peças Com o objetivo de atender ao estabelecido pelo Tribunal de Contas da União TCU as análises desse item foram orientadas pelas seguintes questões: (i) A Centrais Elétricas de Rondônia S.A. - CERON elaborou todas as peças a ela atribuídas pelas normas do 1

2 Tribunal para o exercício de 2012? (ii) As peças contemplam os formatos e conteúdos obrigatórios nos termos da Decisão Normativa TCU n.º 119/2012, da DN TCU n.º 124/2012 e da Portaria-TCU nº 150/2012? A metodologia da equipe de auditoria consistiu na análise censitária dos itens que compõem o Relatório de Gestão e as peças complementares constantes do Processo Administrativo n.º / Ao final, concluiu-se que a Companhia elaborou todas as peças a ela atribuídas pela Corte de Contas, obedecendo aos formatos obrigatórios. Entretanto, com relação aos conteúdos, a Controladoria expediu a Solicitação de Auditoria n.º 06, de 07 de junho de 2013, recomendando à CERON que adotasse as seguintes providências em relação ao Relatório de Gestão: 1.1 Análise do Relatório de Gestão Quadros de Pessoal - Solicitamos complementar e prestar esclarecimentos sobre os seguintes Quadros que compõem o Anexo V do Relatório de Gestão 2012 (página 146 e seguintes): Quadro A.6.2 Situações que reduzem a força de trabalho da UJ Situação em 31/12 (pág. 148), Item 1.3: faltou especificar as leis e situações que justificam a cessão. Dessa forma, é necessário que esta informação seja prestada; Quadro A.6.3 Detalhamento da estrutura de cargos em comissão e funções gratificadas da UJ Situação em 31/12 (pág. 149), Item 1.2: há uma inconsistência nos dados deste item. O somatório do item 1.2 é 10 (dez). No entanto, no item Servidores de Carreira Vinculada ao Órgão são indicados 8 (oito) servidores e no item Sem Vínculo são indicados 7 (sete) servidores, o que totaliza 15 (quinze) funcionários e não 10 (dez). Dessa forma, é necessário esclarecer o quantitativo correto de servidores em cada item; Quadro A.6.4 Quantitativo de servidores da UJ por faixa etária Situação em 31/12 (pág. 150), Item 2.2: este item apresenta o quantitativo de servidores ocupantes de cargos do Grupo de Direção e Assessoramento Superior por faixa etária. O somatório de todas faixas deste item é igual a 16 (dezesseis). Dessa forma, esse Quadro precisa ser ajustado com o Quadro A.6.3 já que o somatório de ocupantes de cargos do Grupo de Direção e Assessoramento Superior é divergente entre os dois Quadros; Quadro A.6.5 Quantidade de servidores da UJ por nível de escolaridade Situação em 31/12 (pág. 151): se somarmos os totais deste Quadro (Item 3), chegamos ao valor de 984 (novecentos e oitenta e quatro) servidores. No entanto, de acordo com o Quadro A.6.1 Força de trabalho da UJ (pág. 147), a CERON possui 868 servidores. Dessa forma, é necessário esclarecer essa diferença; Quadro A.6.14 Cargos e atividade inerentes a categorias funcionais do plano de cargos da unidade jurisdicionada (pág. 160): preenchimento incompleto deste Quadro. Estão faltando os dados referentes aos anos de 2011 e 2010, além de informações de Ingressos e Egressos no Exercício. Dessa forma, é necessário que este Quadro seja complementado; Quadro A.6.15 Relação de empregados terceirizados substituídos em decorrência da realização de concurso público (pág. 161): preenchimento incompleto deste Quadro. Está faltando indicar o cargo que o terceirizado ocupava no órgão. Dessa forma, é necessário que este Quadro seja 2

3 complementado; Quadro A.6.18 Contrato de prestação de serviços com locação de mão de obra (pág. 164): preenchimento incompleto deste Quadro. Estão faltando dados sobre o nível de escolaridade exigido dos trabalhadores contratados, sobre a situação do contrato e a quantidade de trabalhadores prevista no contrato e efetivamente contratada. Dessa forma, é necessário que este Quadro seja complementado. Na ocasião, a Companhia também foi orientada a dialogar com a Secretaria de Controle Externo do Tribunal em Rondônia SECEX-TCU/RO para obter informação sobre como proceder para atualizar o Relatório de Gestão, tendo em vista que o mesmo já havia sido remetido à Corte. Por meio da Carta CT-PR/222, de 10 de setembro de 2013, o gestor acrescentou que: Com relação aos quadros acima referenciados, informamos que, com exceção dos quadros A.6.14 e A.6.15, em anexo, todos os demais já foram retificados na segunda versão do Relatório de Gestão, transmitida ao Tribunal de Contas, no dia 14/06/13 conforme recibo anexo. Os anexos referidos na manifestação da Unidade, efetivamente, não foram anexados. Assim, a complementação poderá ser processada diretamente junto ao TCU. 2.2 Avaliação dos Resultados Quantitativos e Qualitativos da Gestão Por meio deste procedimento foram analisados os resultados quantitativos e qualitativos alcançados pela gestão da Centrais Elétricas de Rondônia - CERON, no exercício de 2012, em especial quanto à eficácia e eficiência dos objetivos e metas físicas e financeiras planejados ou pactuados para o exercício. A metodologia utilizada pela auditoria consistiu na análise das ações de maior materialidade, quais sejam: Luz para Todos e Ampliação do Sistema de Distribuição de Energia Elétrica. Além disso, foram incorporados os resultados da auditoria n.º , referente ao Projeto Energia Mais, que é financiado com recursos tomados por empréstimos junto ao Banco Mundial e cujo escopo também cobre ações do exercício social de A CERON é responsável pela execução de dois programas previstos no Orçamento Geral da União, Lei n.º , de 19 de janeiro de 2012, a saber: Programa Temático 2033 Energia Elétrica, abrangendo cinco ações de governo; e Programa 0807 Gestão e Manutenção de Infraestrutura de Empresas Estatais, com três ações. Ao todo, a Lei Orçamentária destinou à estatal R$ (trezentos e trinta e um milhões, duzentos e sessenta e dois mil, novecentos e noventa e três reais) no exercício. O quadro adiante especifica e quantifica cada uma das ações que integram os programas relacionados: Quadro Discriminação dos programas e ações orçamentárias da CERON em 2012 Programa: Energia Elétrica Ação Valor (R$) 11XI - Ampliação da Rede Rural de Distribuição de Energia Elétrica - Luz para Todos (RO) 14KZ - Ampliação do Sistema de Distribuição de Energia Elétrica - PPA (RO) 20P7 - Adequação do Sistema de Comercialização e Distribuição de Energia Elétrica - Redução de Perdas Comerciais (RO) , , ,00 3

4 Manutenção do Sistema de Distribuição de Energia Elétrica (RO) , Manutenção do Parque de Geração de Energia Elétrica (RO) ,00 Subtotal ,00 Programa: Gestão e Manutenção de Infraestrutura de Empresas Estatais Ação Valor (R$) 4101 Manutenção e Adequação de Bens Imóveis , Manutenção e Adequação de Bens Móveis, Veículos, ,00 Máquinas e Equipamentos 4103 Manutenção e Adequação de Ativos de Informática, ,00 Informação e Teleprocessamento Subtotal ,00 Total ,00 Fonte: Relatório de Gestão elaborado pela CERON exercício Por outro lado, no seu relatório de gestão encaminhado ao Tribunal de Contas da União TCU, a estatal declarou ter trabalhado com um orçamento de investimentos de R$ ,00 (duzentos e quarenta e seis milhões, quinhentos e quatro mil, oitocentos e três reais) no período, dos quais foram realizados R$ ,00 (duzentos e nove milhões, setecentos e três mil, seiscentos e noventa e sete reais), obtendo-se assim um índice de 85% de execução, que foi considerado satisfatório pelo gestor. Na sequência serão apresentados os quadros que demonstram a execução total por programa e ação de governo, após os quais seguem as análises quanto ao alcance ou não das metas previstas, a partir de informações prestadas pela Unidade Jurisdicionada - UJ. Quadro Execução do Programa Energia Elétrica em 2012 Código/Título da Ação 11XI - Ampliação da Rede Rural de Distribuição de Energia Elétrica - Luz para Todos (RO) CENTRAIS ELÉTRICAS DE RONDÔNIA S/A CERON 2033 Programa Energia Elétrica Meta Financeira Dotação final Execução Execução /Previsão (%) ,68 Atos e fatos que prejudicaram o desempenho O gestor considerou satisfatório o índice de execução Providências adotadas Não houve. Execução considerada satisfatória 14KZ - Ampliação do Sistema de Distribuição de Energia Elétrica - PPA (RO) ,20 O gestor considerou satisfatório o índice de execução Não houve. Execução considerada satisfatória 20P7 - Adequação do Sistema de Comercialização e ,05 Distribuição de Energia Elétrica - Redução de Perdas Comerciais (RO) Manutenção do Sistema de Distribuição de Energia Elétrica (RO) ,31 O gestor considerou satisfatório o índice de execução O gestor considerou satisfatório o índice de execução Não houve. Execução considerada satisfatória Não houve. Execução considerada satisfatória 4

5 Código/Título da Ação CENTRAIS ELÉTRICAS DE RONDÔNIA S/A CERON 2033 Programa Energia Elétrica Meta Financeira Dotação final Execução Execução /Previsão (%) Manutenção do Parque de Geração de Energia Elétrica (RO) ,08 Atos e fatos que prejudicaram o desempenho O gestor considerou satisfatório o índice de execução Providências adotadas Não houve. Execução considerada satisfatória Fonte: Relatório de Gestão elaborado pela CERON exercício Verifica-se que a principal ação orçamentária realizada pela empresa no exercício de 2012 foi a 11XI - Ampliação da Rede Rural de Distribuição de Energia Elétrica (Luz para Todos), cujo detalhamento encontra-se no próximo quadro: Quadro Execução do Programa Energia Elétrica em 2012 CENTRAIS ELÉTRICAS DE RONDÔNIA S/A CERON 2033 Programa Energia Elétrica Meta Física Código/Título da Ação Previsão Execução Execução/ Previsão (%) 11XI - Ampliação da Rede Rural de Distribuição de Energia Elétrica - Luz para ,34 Todos (RO) Fonte: Relatório de Gestão da CERON, exercício de Atos e fatos que prejudicaram o desempenho O gestor considerou satisfatório o índice de execução Providências adotadas Não houve. Execução considerada satisfatória O objetivo do Programa/Ação Luz Para Todos é promover a universalização e uso da energia elétrica pela população brasileira. O orçamento colocado à disposição da CERON em 2012 foi da ordem de R$ ,00 (cento e vinte e cinco milhões, cento e vinte e um mil, quatrocentos e trinta e um reais), dos quais a empresa informou ter aplicado despesa paga - R$ (cento e cinco milhões, novecentos e cinquenta e nove mil e quarenta e oito reais), ou seja, 84,68% de execução financeira. O início desse investimento, que possui enorme alcance social, deu-se por meio do Decreto n.º 4.873, de 11 de novembro de 2003, tendo por meta efetuar a ligação de unidades consumidoras entre Aproximou-se disso ao atender domicílios. No entanto, houve prorrogação de prazo e elevação das metas, de forma que a previsão de encerramento ficou para o ano de 2014, quando deverá totalizar ligações (Decreto n.º 7.520, de 08/07/2011). A segunda mais importante iniciativa orçamentária sob responsabilidade da CERON, do ponto de vista financeiro, destina-se a ampliar, reforçar e manter os sistemas de distribuição de energia elétrica. Compõe-se de três ações, a saber: 5

6 Quadro Execução do Programa Energia Elétrica em 2012 CENTRAIS ELÉTRICAS DE RONDÔNIA S/A CERON 2033 Programa Energia Elétrica Meta Física Código/Título da Ação Previsão Execução Execução/ Previsão (%) 14KZ - Ampliação do Sistema de Distribuição de Energia Elétrica PPA (RO) 20P7 - Adequação do Sistema de Comercialização e Distribuição de Energia Elétrica - Redução de Perdas Comerciais (RO) Manutenção do Sistema de Distribuição de Energia Elétrica (RO) Não quantificada Não quantificada Não quantificada Não quantificada 0 Fonte: Relatório de Gestão da CERON, exercício de Atos e fatos que prejudicara m o desempenho O gestor considerou satisfatório o índice de execução - O gestor considerou satisfatório o índice de execução O gestor considerou satisfatório o índice de execução Providências adotadas Não houve. Execução considerada satisfatória Não houve. Execução considerada satisfatória Não houve. Execução considerada satisfatória Essas ações são fundamentais para a distribuidora porque atacam duas questões que representam grandes desafios: atender a um mercado consumidor que cresceu 14,4% em 2012 e reduzir o nível de perdas comerciais que, segundo a Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Energia Elétrica ABRADEE, decorrem principalmente de furtos e de fraudes. Sobre as realizações, a CERON informou que as metas foram alcançadas num percentual de 85,18%, o que foi considerado satisfatório pelo gestor. Destaca-se ainda que a ação 20P7, relativa à redução de perdas comerciais, vem recebendo uma maior atenção por parte da Eletrobras holding. Para tanto, já se encontra em execução o Programa Corporativo das Empresas de Distribuição da Eletrobras e de Melhoria da Qualidade dos Serviços e Redução de Perdas Elétricas, também conhecido como Programa Energia Mais, cuja avaliação feita pela Controladoria foi incorporada ao presente relatório. As demais ações orçadas na Lei Orçamentária Federal dizem respeito basicamente à manutenção e adequação da infraestrutura da empresa, incluindo bens imóveis, veículos, móveis, máquinas, equipamentos e ativos de informática. Representam cerca de 8% do orçamento disponibilizado para a CERON em 2012 e os resultados estão detalhados no Anexo II do Relatório de Gestão que foi encaminhado à Corte de Contas. Em síntese, a estatal considerou satisfatória a execução quantitativa de seu plano de trabalho de Contudo, há que se ressalvar que importantes indicadores como os relacionados com a qualidade e a prestação de serviços; a inadimplência, o nível de perdas de energia, além do resultado financeiro com prejuízo de quase R$ 200 milhões não deixam dúvidas de que há muito por se fazer. Esses indicadores, aliás, foram objeto de análise específica e se encontram neste relatório. 2.3 Avaliação dos Indicadores de Gestão da UJ Esta análise destina-se a avaliar se os indicadores utilizados pela Centrais Elétricas de Rondônia S.A. CERON atendem aos critérios de: (i) Completude (capacidade de 6

7 refletir todas as intervenções efetuadas na gestão); (ii) Comparabilidade (capacidade de permitir comparações ao longo do tempo); (iii) Confiabilidade (fidedignidade das fontes de dados, consistência da metodologia, transparência e possibilidade de replicação dos cálculos); (iv) Acessibilidade (facilidade de obtenção dos dados, elaboração do indicador e de compreensão dos resultados pelo público em geral); (v) Economicidade (razoabilidade dos custos de obtenção do indicador em relação aos benefícios para a melhoria da gestão da unidade). Basicamente, os indicadores utilizados pela CERON destinam-se a mensurar os resultados das dimensões econômica, financeira e operacional da empresa e em geral são os mesmos adotados por todas as distribuidoras de energia elétrica. Nas áreas econômica e financeira, a empresa apura a relação entre a despesa operacional e a receita operacional líquida; a lucratividade; a rentabilidade e evolução dos investimentos, por exemplos. Já os indicadores da parte operacional medem a qualidade da gestão com relação à inadimplência de clientes, ao montante de energia comprada de fornecedores, mas não faturada aos consumidores (perdas), bem como, à qualidade e continuidade dos serviços prestados no fornecimento de energia elétrica. Os dados econômicos e financeiros são oriundos dos relatórios contábeis preparados periodicamente pela Companhia, seguem os padrões normativos vigentes no país e são regularmente auditados por auditoria externa. São acessáveis por terceiros (transparência) dado que a CERON os publica anualmente em cumprimento às disposições da Lei n.º 6.404/96 e alterações. Ainda, são comparáveis porque sua formulação apresenta-se estável ao longo dos anos e há razoabilidade no custo de obtenção considerando que a manutenção dos controles financeiros atende também a outras finalidades e legislações. Nessas dimensões, os principais números da Companhia apontam para uma crescente ineficiência. Na comparação com os números de 2011, as despesas operacionais cresceram 46,4%, enquanto as receitas líquidas elevaram-se em 35,8% no mesmo período. Como resultado, apurou-se em 2012 um prejuízo de 197,2 milhões de reais. No ano anterior registraram-se prejuízos de 139,2 milhões de reais e em ,7 milhões de reais. Portanto, a situação financeira deficitária da Companhia acentuou-se nos últimos três exercícios sociais. Em grande medida, a piora nos resultados deu-se em função das transações que a empresa se viu obrigada a realizar a partir do exercício de Naquela ocasião, a Centrais Elétricas Brasileiras S.A. Eletrobras, controladora da CERON, decidiu pela transferência do Contrato de Suprimento de energia elétrica n.º SUP1.0.S da Centrais Elétricas do Norte do Brasil S.A. Eletronorte para a auditada. Nesse contrato, o fornecedor é a empresa Termo Norte Energia Ltda., cuja capacidade instalada é de 345 MW (termelétrica). A eficácia dessa cessão de contrato, contudo, dependia da aprovação da Agência Nacional de Energia Elétrica ANEEL, o que somente ocorreu no dia 1.º de julho de A demora em concluir o processo deveu-se aos elevados custos de aquisição dessa energia, enquanto a agência reguladora limitava o preço de compra a R$ 113,62/MWh, as perdas com esse contrato eram contabilizadas pela holding e transferidas para a contabilidade da CERON em 2012 (R$ 131,2 milhões). Importante informar que, além dos reflexos negativos já consolidados sobre as finanças da distribuidora, o Contrato com a Termo Norte ainda continuará sendo deficitário e causando prejuízos à CERON. Isso fica evidenciado pela leitura da Cláusula Quinta do Termo Aditivo que assim dispõe: 7

8 O presente Segundo Termo Aditivo ao Termo de Cessão se faz para atender à determinação da ANEEL por meio dos Despachos n.º 3.067/2011 e 2.673/2010, de modo a minimizar os efeitos da limitação estabelecida por meio do Despacho n.º 2.673/2010, não significando, contudo, concordância tácita ou expressa com a limitação estabelecida, ressalvando-se o direito das Partes em discutir judicialmente os efeitos das determinações da ANEEL. (Destacamos). Com relação aos indicadores da dimensão operacional, informe-se que os indicadores também são padronizados para todas as distribuidoras de energia elétrica, tendo em vista a ANEEL monitorar a qualidade e a continuidade dos serviços prestados por todas elas. O quadro adiante relaciona esses indicadores: Quadro Análise dos Indicadores Operacionais da CERON 2012 Indicador DEC Duração Equivalente por Consumidor FEC Freqüência Equivalente por Consumidor Perdas de Energia Elétrica Descrição do Indicador Média da duração em que cada unidade consumidora fica sem energia num exercício Quantidade interrupções ocorridas unidade consumidora de por Percentual de energia não faturada causado por furto e perda técnica Fórmula de Cálculo Quociente entre somatória do n.º de unidades consumidoras interrompidas multiplicado pela duração de cada evento, dividido pelo total de unidades consumidoras Quociente da quantidade de unidades interrompidas dividida pelo total de unidades consumidoras Quociente da energia faturada pela energia comprada É útil ao gestor? SIM SIM SIM É mensurável? SIM SIM SIM Fonte: Relatório de Gestão da Eletrobrás Distribuição Rondônia - EDRO, exercício de Não foram alcançadas as metas dos indicadores de redução de perdas de energia elétrica e da inadimplência de clientes. No caso da inadimplência, planejou-se para 2012 o índice de 16,4% e, ao final, apurou-se 20,3%. Em valores, o estoque de faturas de energia elétricas não pagas pelos clientes nos prazos fixados ficou 102 milhões de reais acima do esperado. No caso de perdas, os relatórios da empresa indicam que 23% do total da energia comprada para revenda não chegaram a ser faturados. A previsão era de 22,8%. Convém informar que as próprias metas previstas já são ruins se comparadas aos resultados das distribuidoras de energia elétrica que normalmente ocupam os primeiros lugares nos rankings divulgados pelo órgão regulador. Quanto aos indicadores de qualidade dos serviços prestados pela estatal, que são monitorados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), as metas também não foram atingidas. O índice de Duração Equivalente por Consumidor (DEC), que é o tempo, medido em horas, em que o consumidor fica sem os serviços durante um ano, foi 8

9 31,6 horas (realizado), quando o estimado era de 31,4 horas. No caso do FEC Frequência Equivalente por Consumidor, observou-se a ocorrência de 28,9% contra 26% previstos. Por todo o exposto, conclui-se que os indicadores existentes são úteis para mensurar a performance da Companhia e a qualidade de seus serviços e preenchem todos os requisitos técnicos de formulação de índices. Ressalve-se, porém, que os resultados almejados para o exercício de 2012 não se concretizaram. 2.4 Avaliação dos Indicadores dos Programas Temáticos Considerando que na Lei N º12.593/2012 os indicadores são exigidos apenas para os programas temáticos; considerando que durante a gestão 2012 não foi publicado o decreto de Gestão do PPA ; considerando ainda que não há definição quanto ao Gerente do Programa e Coordenador da Ação (agentes no modelo de gestão do PPA e que determinavam se a Unidade era ou não responsável pelo programa ou ação); a avaliação do item 4 do anexo IV da DN 124/2012 restou prejudicada. Dessa forma, o controle interno se abstém de emitir opinião sobre o item 4 na gestão Avaliação da Gestão de Pessoas a) Força de Trabalho Com base nas informações extraídas do Relatório de Gestão de 2012, observa-se que a CERON possui uma força de trabalho própria composta por 868 (oitocentos e sessenta e oito) trabalhadores, conforme o seguinte quadro: Quadro Pessoal próprio da CERON Tipologias dos Cargos Lotação Ingressos no Egressos no Efetiva exercício exercício 1. Servidores em Cargos Efetivos ( ) Membros de Poder e Agentes Políticos Servidores de Carreira ( ) Servidores de carreira vinculados ao órgão Servidores de carreira em exercício descentralizados Servidores de carreira em exercício provisório Servidores requisitados de outros órgãos e esferas 3 2. Servidores com Contratos Temporários - 3. Servidores sem Vínculo com a Administração Pública 7 4. TOTAL ( ) Fonte: Relatório de Gestão 2012, Quadro A.6.1 Quadro Pessoal próprio da CERON por faixa etária Tipologias do Cargo Até 30 anos Quantidade de Servidores por Faixa Etária De 31 a 40 De 41 a De 51 a anos 50 anos 60 anos Acima de 60 anos 1. Provimento de Cargo Efetivo Membros de Poder e Agentes Políticos 9

10 Tipologias do Cargo Até 30 anos Quantidade de Servidores por Faixa Etária De 31 a 40 De 41 a De 51 a anos 50 anos 60 anos Acima de 60 anos 1.2 Servidores de Carreira Servidores com Contrato Temporário Provimento em Cargo em Comissão Cargos de Natureza Especial Grupo Direção e Assessoramento Superior 2.3 Funções Gratificadas Totais (1 + 2) Fonte: Relatório de Gestão 2012, Quadro A.6.4 Na análise sobre o Quadro de Pessoal efetuada pela CERON, foi dado destaque à admissão de 113 novos funcionários ocorrida no ano de 2012 que haviam sido aprovados no concurso público realizado em De acordo com a empresa, esses funcionários foram admitidos para substituir trabalhadores terceirizados da área de fiscalização e medição. A UJ também informou que em 2012 houve 12 demissões, sendo que a maior parte ocorreu por iniciativa do empregado, e que não houve desligamentos por motivo de aposentadoria. Com base nas informações apresentadas pela CERON no Relatório de Gestão de 2012 sobre funcionários terceirizados que prestam serviços à empresa, foi possível elaborar o seguinte quadro resumo: Quadro Força de trabalho terceirizada da CERON Área Quantidade de Trabalhadores Quantidade de Trabalhadores Prevista no Contrato Efetivamente Contratada Vigilância Limpeza Reprografia 2 2 Menores Aprendizes Outras Áreas TOTAL Fonte: Relatório de Gestão 2012, Quadros A.6.17 e A.6.18 A CERON ainda apresentou as seguintes informações sobre cargos e atividades inerentes a categorias funcionais do plano de cargos em que há ocorrência de funcionários terceirizados: Quadro Cargos e atividades do Plano de Cargos com empregados terceirizados Descrição dos Cargos e Atividades do Plano de Cargos do Órgão em que há Ocorrência de Servidores Terceirizados Número de Funcionários no Final do Exercício de 2012 Almoxarife 7 Analista de Sistemas 4 Assistente Administrativo 10 Atendente 89 Contador 3 Eletricista 508 Eletrotécnico 76 Engenheiro Eletricista 11 Motorista 19 Técnico de Segurança 10 Técnico em Contabilidade 1 TOTAL

11 Fonte: Relatório de Gestão 2012, Quadro A.6.14 Com base nessas informações, pode-se constatar que a UJ, apesar das admissões efetuadas em 2012, possui um elevado quadro de funcionários terceirizados. Somandose os servidores do Quadro Próprio com os Terceirizados, chega-se ao número de 2437 funcionários, o que representaria o número total de colaboradores da empresa. Destes, apenas 35,62% são funcionários do quadro próprio (868 funcionários). Assim, 64,38% da força total de trabalho da empresa é vinculada a contratos terceirizados. Se considerarmos a força de trabalho da empresa apenas os servidores do Quadro Próprio (868) e os Terceirizados que desempenham atividades inerentes a categorias funcionais do plano de cargos da empresa (738), chegamos ao número de 1606 funcionários. Dessa forma, contata-se que 45,95% da força de trabalho da empresa é composta de Terceirizados. b) Sobre a análise da folha de pagamento: As informações referentes aos servidores da CERON, abrangendo cadastro e folhas de pagamento, não estão inseridas no Sistema Integrado de Administração de Pessoal do Governo Federal (SIAPE). Assim, a empresa disponibilizou informações acerca da folha de pagamento conforme solicitado por esta Controladoria. Como resultados das análises, não foram identificadas irregularidades que pudessem impactar na gestão de pessoal. c) Quanto às informações do SISAC: Conforme o resultado do cruzamento das informações dos atos de pessoal registrados no Sistema de Apreciação dos Atos de Admissão e Concessões (SISAC) e das informações prestadas pela CERON, foram observadas de 113 (cento e treze) ocorrências de atos de admissão. Desse total, foi analisada uma amostra de 25 atos cadastrados no Sistema SISAC. Destes, apenas 1 (um) foi liberado via Sistema SISAC ao Controle Interno para emissão de parecer quanto ao ato de admissão. Assim, 24 (vinte e quatro) atos, o que representa 96% da amostra, constam no Sistema SISAC como em edição, desrespeitando o previsto no artigo 7º da IN 55/2007 do Tribunal de Contas da União que dispõe que as informações pertinentes aos atos de admissão e concessão deverão ser cadastradas no SISAC e disponibilizadas para o respectivo órgão de controle interno no prazo de 60 dias. Quadro Amostra sobre atos de admissão registrados no SISAC em 2012 Quantidade de atos de admissão em 2012 da Quantidade de atos da amostra cujo prazo do amostra selecionada art.7º da IN 55 foi atendido Fonte: Extração do Sistema SISAC A equipe de auditoria não fez análise do cumprimento do disposto no 1º do art. 11 da IN TCU nº 55/2007 em razão da não aplicabilidade de tal dispositivo à unidade jurisdicionada cuja gestão está sob exame. 2.6 Avaliação da Situação das Transferências Voluntárias A fim de atender ao estabelecido pela Corte de Contas neste item foram consideradas as seguintes questões de auditoria: os Controles Internos Administrativos relacionados à gestão das transferências da UJ estão instituídos de forma: (i) a identificar o alcance dos objetivos definidos nos respectivos instrumentos? 11

12 (ii) (iii) a identificar gargalos na análise à prestação de contas dos convenentes ou contratados? a identificar dificuldades na execução do planejamento para a fiscalização da execução do objeto da avença, inclusive quanto à utilização de verificações físicas e presenciais? A Centrais Elétricas de Rondônia não efetuou transferências voluntárias no exercício de Avaliação da Regularidade dos Processos Licitatórios da UJ A fim de atender ao estabelecido pela Corte de Contas nesse item foram consideradas as seguintes questões de auditoria: (i) os processos licitatórios realizados na gestão 2012 foram regulares? (ii) os processos licitatórios e as contratações e aquisições feitas por inexigibilidade e dispensa de licitação foram regulares? (iii) os critérios de sustentabilidade ambiental foram utilizados na aquisição de bens e na contratação de serviços e obras? (iv) os controles internos administrativos relacionados à atividade de compras e contratações estão instituídos de forma a mitigar os riscos? A metodologia empregada pela equipe de auditoria consistiu em selecionar, de acordo com os critérios de materialidade, relevância e criticidade, alguns procedimentos licitatórios de aquisições e contratações realizadas no exercício de 2012, cujos dados estão relacionados nos quadros a seguir: Quadro - Licitação Geral com base nos registros da Companhia Quantidade Volume total Quantidade Volume de Quantidade em Volume dos total de de recursos dos avaliada recursos que foi recursos em Processos Processos avaliados detectada que foi Licitatórios Licitatórios (R$) alguma detectada (R$) irregularidade/ impropriedade alguma irregularidade/ impropriedade , , ,52 É indispensável registrar que além do montante de contratações que compõem o quadro supramencionado, a empresa realizou outras 12 (doze) aquisições, no montante de R$ ,49 (cinquenta e três milhões, seiscentos mil, quinhentos e noventa e quatro reais e quarenta o nove centavos), mediante um mecanismo denominado de registro de compras ou compras centralizadas. Tal procedimento consiste em efetuar certames licitatórios, geralmente pregão eletrônico, expansivo para mais de uma das empresas integrantes do grupo Eletrobrás. Esse valor trata-se de contratações que a Ceron realizou utilizando-se de licitações realizadas por outras empresas do grupo. Frise-se que essas licitações não foram objeto de análise neste trabalho, em razão dos processos a elas relativos estarem arquivados nas empresas onde ocorreu a licitação. Esta sistemática de contratação é anômala perante os normativos reguladores das aquisições afetas à administração pública, uma vez que não atende aos mecanismos estabelecidos no Sistema de Registro de Preços. Face ao exposto, a análise da amostra permite concluir pela inadequação parcial dos procedimentos adotados pelas Centrais Elétricas de Rondônia - Ceron, em relação aos certames analisados, no que tange à regularidade dos procedimentos de contratação, 12

13 evidenciando a necessidade de aprimoramento nos procedimentos, com vistas a conseguir maior aderência às disposições contidas na Lei nº 8.666/93 e na jurisprudência do Tribunal de Contas da União. Quadro - Dispensa de Licitação conforme registros da Companhia Quantidade total Dispensas Volume total de recursos de dispensas (R$) ,2 8 Quantidad e avaliada Volume de recursos avaliados (R$) ,05 Quantidade em que foi detectada alguma irregularidad e/ impropriedad e Volume dos recursos em que foi detectada alguma irregularidade/ impropriedade ,25 As contratações por meio de dispensa de licitação durante o exercício de 2012 representaram menos de 1% (um por cento) do total das contratações. Todavia, em 03 (três) desses processos analisados, que representa, aproximadamente, 84% (oitenta e quatro por cento) dessa modalidade de contratação, foram detectadas falhas significativas. Num desses casos utilizou-se da dispensa para contratar empresa para gerir projeto de eficiência energética, que não havia participado do processo seletivo. Nos outros casos, a empresa lançou mão dessa modalidade licitatória para contratar remanescente de obras, utilizando-se como fundamento o artigo 24, inciso XII, em circunstâncias, todavia, não aplicável. Quadro - Inexigibilidade de Licitação conforme registros da Companhia Quantidade Total de Inexigibilidades Volume total de recursos de Inexigibilidades (R$) Quantidade avaliada Volume de recursos avaliados (R$) Quantidade em que foi detectada alguma irregularidade Volume dos recursos em que foi detectada alguma irregularida de , , ,00 Em decorrência da ausência de critérios estatísticos quando da seleção da amostra analisada, o resultado do exame limita-se ao escopo dos processos licitatórios analisados. Da análise efetuada, conclui-se pela inadequação de dois (02) dos procedimentos adotados pela Unidade nos certames analisados, com relação à regularidade dos procedimentos de contratação, evidenciando a necessidade de aprimoramento dos controles internos, com vistas a obter maior aderência às disposições contidas na Lei nº 8.666/93 e na jurisprudência da Corte Federal de Contas. Compras sustentáveis Da análise dos editais publicados, bem como dos contratos formalizados em 2012, verifica-se que a empresa não tem dado ênfase, nesses instrumentos, quanto à responsabilidade ambiental dos licitantes e contratados. Todavia, é perceptível, pelo menos no ambiente interno da instituição, cultura dos colaboradores quanto à destinação de materiais descartáveis. 13

14 Portanto, pode-se concluir que a Centrais Elétricas de Rondônia - Ceron tem observado, ainda que de maneira razoável, os critérios de sustentabilidade ambiental, fazendo-se necessário que haja uma maior disseminação dessa responsabilidade nos instrumentos que regem as aquisições de bens e serviços visando a melhorar a aderência às normas regulamentadoras da matéria. Controles Internos Administrativos da Gestão de Compras Dentre as principais fragilidades prejudiciais aos controles internos administrativos é a ausência do princípio da segregação de funções, especialmente no tocante às contratações de menor vulto, realizadas por meio de dispensa de licitação. Nessas contratações, verifica-se que, via de regra, o mesmo agente executa várias ações ou procedimentos no decorrer do processo, desde o pedido de compras até a efetivação da contratação. No entanto, a boa técnica indica ser mais adequado que essas ações sejam distribuídas entre agentes diversos. Apesar de deficiência nos controles internos em relação às contratações, as impropriedades detectadas, no que tange especificamente a essa deficiência, não foram causadoras de impacto relevante na gestão de compras no exercício examinado.#/fato# 2.8 Avaliação da Gestão de Tecnologia da Informação A fim de atender ao estabelecido pela Corte de Contas nesse item, foram consideradas as seguintes questões de auditoria por tema: Tema 1 - PDTI [(i) O PDTI abrange o conjunto mínimo de itens definido no modelo de referência do Guia de Elaboração de PDTI do SISP? (ii) O PDTI está sendo efetivo para direcionar as ações de TI? (iii) O PDTI está alinhado com os objetivos do negócio do órgão definidos no Plano Estratégico Institucional (PEI)?]; Tema 2 Recursos Humanos [O órgão mantém independência em relação aos empregados das empresas contratadas?]; Tema 3 - Política de Segurança da Informação [O órgão/entidade definiu e documentou a Política de Segurança da Informação e Comunicação - POSIC, com apoio da alta gestão da UJ, em conformidade com as recomendações do GSI e normas aplicáveis?]; Tema 4 - Desenvolvimento de Software [O órgão/entidade definiu, documentou e implantou um processo de desenvolvimento software, utilizando padrões de gestão para o monitoramento dos projetos de desenvolvimento e adotando métricas para mensuração de esforço e custo relacionadas a entrega de produtos?]; Tema 5 - Contratações de TI [(i) As contratações de Soluções de TI, realizadas no período de exame, foram baseadas nas necessidades reais do órgão/entidade, estão alinhadas com o PDTI ou documento similar e estão em conformidade com a IN da SLTI? (ii) Os processos licitatórios para contratação de Soluções de TI foram baseados em critérios objetivos, sem comprometimento do caráter competitivo do certame, e realizados preferencialmente na modalidade pregão, conforme dita a IN da SLTI? (iii) Os controles internos adotados para gestão do contrato foram suficientes e adequados para garantir, com segurança razoável, a mensuração e o monitoramento dos serviços efetivamente prestados, segundo a IN da SLTI?] Para cada tema estabeleceu-se a seguinte metodologia de análise constante no quadro abaixo considerando inclusive os resultados já obtidos no Acompanhamento Permanente da Gestão

15 Quadro Metodologia de avalição dos controles por tema Tema Metodologia PDTI Avaliação do PDTI ou documento equivalente, das listas das ações de TI de 2012 (no sítio do órgão e no DOU). Recursos Humanos Avaliação dos editais, contratos e ordens de serviços de TI vigentes em Política de Segurança da Informação Desenvolvimento Software Contratações de TI de Fonte: Elaborado pela equipe de auditoria. Avaliação da política de Segurança da Informação e Comunicação e/ou outros documentos correlatos e de documentos que comprovassem a participação da alta direção nas decisões relacionadas à POSIC. (atas, s, memorandos). Avaliação do processo de desenvolvimento de Software utilizado tanto pelo órgão/entidade como pela contratada. Avaliação dos processos de formalização e de pagamento das contratações realizadas pela UJ no exercício em análise. A partir das informações disponibilizadas e dos registros constantes do tópico "Achados de Auditoria" pode-se chegar às seguintes conclusões por tema: Tema 1 PDTI Tal como ocorreu nos exercícios anteriores, em 2012 a Centrais Elétricas de Rondônia - CERON não utilizou instrumentos próprios de planejamento na área de informática (Plano Estratégico de Tecnologia da Informação - PETI e Plano Diretor de Tecnologia da Informação - PDTI). No que se refere ao PDTI, foi realizada licitação na modalidade pregão eletrônico, relativa à elaboração do PDTI nas seis empresas distribuidoras da Eletrobras, incluindo a própria CERON, promovida pela Amazonas Distribuidora de Energia S.A., cuja homologação ocorreu em fevereiro de Não obstante, até a referida data, a EDRO ainda não possuía um PDTI vigente. Tema 2 Recursos Humanos de TI Segundo informações constantes no quadro de pessoal disponibilizado pelo gestor, não há utilização de servidores terceirizados na unidade responsável pela área de TI na CERON. Entretanto, foi observada a existência de contratação baseada na métrica de homens-horas, mas cuja remuneração não estava diretamente vinculada à entrega de produtos de acordo com prazos e qualidade previamente definidos. Tema 3 - Política de Segurança da Informação Foi observado que a CERON conta com uma Política de Segurança da Informação e Comunicação (POSIC), implementada pela Norma DG-GT-06/N-001, aprovada por meio da Resolução da Diretoria Executiva nº 189/2011, de 16/11/2011, tendo sido divulgada por meio da Intranet. Já o Comitê de Segurança da Informação foi aprovado por meio da Resolução nº 060/2012, de 03/05/2012. Tema 4 - Desenvolvimento de Software Quanto à metodologia de desenvolvimento de softwares, foi constatado que em 2012 a CERON não contou com um processo de desenvolvimento e produção de sistemas de informação. Entretanto, em meados de 2013, foram aprovadas a Norma DG-TIC-02/N- 018 e o Procedimento DG-TIC-02/P-001. Não obstante, verificou-se que não foi tratado todo o escopo referente ao desenvolvimento de sistemas, ficando restrito apenas aos aspectos relativos à manutenção de sistemas corporativos. Além disso, foi observado que, na prática, ainda persistiram problemas relacionados à ausência de uso de métricas de software, impactando tanto a etapa da escolha das alternativas quanto o acompanhamento do progresso do software. 15

16 Tema 5 Contratações de TI Relativamente à aquisição e gestão de bens e serviços de TI, foi constatado que a CERON não contou, em 2012, com um processo de contratação de bens e serviços de TI bem definido e formalizado, tendo sido verificadas fragilidades quanto às etapas de planejamento da contratação e acompanhamento da execução. No tocante ao planejamento, foi constatada a ausência de estudo prévio para identificação das diferentes soluções que atenderiam às demandas apresentadas, bem como foi verificado caso em que foi utilizada modalidade inadequada para a contratação, tendo sido detectado problema quanto ao valor da contratação. Quanto ao acompanhamento da execução, verificou-se que pagamentos não foram efetuados com base em resultados, preferencialmente por módulos do software prontos para utilização, cujos tamanhos estivessem previamente estimados por meio de métricas de software. Ao invés disso, foram utilizados apenas percentuais, sem que ficasse evidente a vinculação com os produtos a serem entregues, sendo que os processos de pagamento disponibilizados continham apenas documentação contábil e financeira (notas fiscais, controles contábeis, certidões negativas e comprovantes de transferências). 2.9 Avaliação da Gestão do Patrimônio Imobiliário O presente exame tem por objetivo avaliar a gestão do patrimônio imobiliário sob a responsabilidade da Centrais Elétricas de Rondônia S.A. CERON, em atendimento ao item 7 do Anexo II, da Parte A, da Decisão Normativa n.º 119, de 18 de janeiro de 2012, expedida pelo Tribunal de Contas da União e que trata de Bens de Uso Especial da União. Como metodologia de trabalho, a equipe de auditoria analisou o Relatório de Gestão apresentado pela empresa para o exercício de 2012 e posteriormente expediu uma solicitação de documentos e informações adicionais para formar o seu juízo. Observando os quadros A.7.1, A.7.2 e A.7.3 do citado relatório, verifica-se que a CERON não utilizou, nesse ano, imóvel de Uso Especial da União. Sendo assim, tornase inviável aplicar a análise nos moldes dispostos pelo Tribunal. Por outro lado, pelo Quadro A.7.2 Distribuição Espacial dos Bens Imóveis de Uso Especial Locado de Terceiros, a empresa utiliza 41 (quarenta e um) imóveis locados de terceiros, sempre mediante contrato. Sobre os controles que exerce sobre esses bens, declarou que existem contas e subcontas destinadas à contabilização das despesas com imóveis próprios e locados de terceiros (CTA-PR/139, de 07/06/2013). Ainda em resposta à Controladoria, informou que os imóveis próprios tinham sido reavaliados em 2009, visando adequação à Lei n.º /2007 e que nova avaliação somente se procederá para fins de venda. Quanto à segurança dos imóveis, asseverou que as rotinas são realizadas por técnicos de segurança que os inspecionam periodicamente, os quais apontam possíveis anormalidades ao Setor de Segurança e Medicina do Trabalho, que posteriormente repassa à área de infraestrutura para que esta ultime as providências cabíveis. Por último, esclareceu que realiza vistorias para garantir o controle das ocupações. Ressalve-se que foram solicitadas informações adicionais para se determinar os custos com a manutenção dos imóveis próprios e de terceiros (Solicitação n.º /16, de 22/05/13). Em resposta, a CERON disponibilizou uma planilha de despesas com imóveis próprios e locados de terceiros, por meio da CTA-PR/179, de 16 de julho de 16

17 2013. Apesar disso, como a planilha não distingue claramente quem é quem (próprio/de terceiro), essa parte da análise ficou prejudicada. Importa destacar que a CERON possui um grande número de imóveis sem uso (terrenos) e que não faz sentido continuar pagando impostos e manutenção para os casos em que não haja planos para sua utilização. Esse assunto foi tratado na auditoria de 2012, exercício de 2011, ocasião em que se recomendou o desfazimento dos excedentes. Nesse sentido, na reunião de busca de soluções realizada no dia 24 de julho deste ano, o Diretor Presidente da companhia declarou que a sugestão foi aceita e já está em curso Avaliação da Gestão Sobre as Renúncias Tributárias A Centrais Elétricas de Rondônia S.A. - CERON informou que no exercício de 2012 não houve a ocorrência de renúncias tributárias, conforme indicado na Introdução de seu Relatório de Gestão. Ressalte-se que, em regra, a empresa arrecada apenas a sua própria receita, derivada da prestação dos serviços de fornecimento de energia elétrica a consumidor final Avaliação do Cumprimento das Determinações/Recomendações do TCU Foram solicitadas informações da Secretaria de Controle Externo SECEX/RO do Tribunal de Contas da União TCU, bem como da Centrais Elétricas de Rondônia S.A. CERON, com o objetivo de verificar se o Tribunal emitiu determinações à empresa no exercício de Eventualmente alguns julgados do TCU trazem o encargo para que a Controladoria-Geral da União - CGU avalie se a Unidade Jurisdicionada UJ, no caso a CERON, implementou as medidas fixadas pela Corte. Como resposta, a SECEX-RO encaminhou à Controladoria o Ofício n.º 0029/2013- TCU/SECEX-RO, de 30 de janeiro de 2013, informando que foram expedidos 04 (quatro) acórdãos dirigidos à Companhia no exercício sob análise, conforme quadro a seguir: Quadro Principais julgados do TCU endereçados à CERON em 2012 Acórdão TCU Determinação Providências Informadas /2012-Plenário foi constatada a ocorrência de dois itens ( Ponto de Estai - Poste de Concreto" e " Módulo LPT - Kit Interno), no aditivo ao Contrato Ceron/PR/ 160/2009, com seus respectivos preços superiores aos originalmente contratados, resultando em pagamento indevido de R$ 6.808,57; no caso de celebração de termo de aditamento versando sobre acréscimos de quantitativos de itens da obra, devem ser observados os preços unitários da planilha orçamentária apresentada na licitação, conforme dispõe o 1º do art. 65 da Lei nº 8.666/93; (...) proceda, doravante, à análise e à aprovação expressa dos Projetos Executivos das obras, em conformidade com o art. 7º da Lei 8.666/1993; efetue, no prazo de 60 dias, a glosa dos pagamentos indevidos, feitos A empresa informou ter impetrado recurso no TCU no dia 30/11/2012, tendo o mesmo efeito suspensivo, ficando, portanto suspensa a determinação A empresa ingressou com recurso para suspender a determinação A empresa informou ter impetrado recurso no TCU no dia 30/11/2012, tendo o mesmo efeito suspensivo, ficando, portanto suspensa a determinação. 17

18 Acórdão TCU Determinação Providências Informadas /2012-Plenário /2012-Plenário em desconformidade com os critérios definidos no Manual do Programa Luz para Todos, no valor total de R$ ,71, enviando a documentação comprobatória a esta Corte de Contas; abstenha-se de aplicar a cláusula constante do subitem 2.4 do Projeto Básico nos contratos decorrentes da Concorrência nº 004/2011-CERON, visto que a execução de obras de eletrificação rural em municípios diferentes daqueles constantes dos lotes para os quais as contratadas concorreram configura ofensa ao princípio da vinculação ao edital; (...) dar ciência à Eletrobrás Distribuição Rondônia de que: a aprovação do Projeto Executivo pelo simples transcurso do prazo favorece a execução das obras e serviços de engenharia em desconformidade com os ditames previstos nos manuais do programa ou que não correspondam à solução técnica ideal para a execução das obras, sendo necessária a análise e aprovação expressa dos projetos executivos, de acordo com o art. 7º da Lei 8.666/1993; os critérios objetivos estabelecidos em edital devem ser obedecidos no julgamento da habilitação de licitantes, conforme disposto no art. 41 da Lei 8.666/93; o critério de aceitabilidade previsto nos subitens e do Edital de Concorrência nº 006/2009, que permitiu a apresentação, nos itens de postes, cabos e transformadores, preços unitários até 10% superiores aos valores indicados nas planilhas orçamentárias, e em até 30% para os demais itens, afrontou o disposto no art. 109 da Lei / Lei de Diretrizes Orçamentárias/2009; as bases de apoio/canteiro de obras da empresa contratada devem sofrer fiscalização para evitar a inadequação no recebimento, estocagem ou guarda de equipamentos e materiais; A empresa ingressou com recurso para suspender a determinação A empresa ingressou com recurso para suspender a determinação A empresa ingressou com recurso para suspender a determinação A empresa ingressou com recurso para suspender a determinação A empresa declarou que nunca ocorreu a aprovação tácita de projetos executivos e que revisará a redação dos projetos básicos e das minutas de contrato A CERON defendeu que não houve desrespeito à Lei de Licitações e que sua CPL vinculou suas decisões ao disposto no Edital. CGU Reforça a posição do TCU no sentido de a empresa preparar seus editais fixando critérios objetivos, nos termos do art. 109 da Lei n.º 8.666/ Embora a Contratante admitisse no Edital a aceitação de preços unitários em valores superiores a até 30% aos indicados nas planilhas orçamentárias, era exigido que o preço global não ultrapassasse ao estabelecido como o preço base total do certame. CGU Discorda da posição da CERON. Houve, sim, desobediência à norma citada pelo TCU e as providências determinadas pelo Tribunal devem ser adotadas as obras devem ser fiscalizadas de modo a evitar o pagamento de materiais e serviços não empregados na obra; (...) A empresa reforçará a fiscalização nos canteiros de obra. Salienta que não recebe materiais com defeitos ou que tenham sido reprovados em testes e ensaios. CGU Não foi possível ir a 18

19 Acórdão TCU Determinação Providências Informadas campo para checar se a CERON está realizando o procedimento indicado A empresa informou que não paga por serviços não prestados e que reforçará as fiscalizações de obras, atualizando os manuais e procedimentos de fiscalização de obras / Câmara suspenda a glosa nas faturas mensais pagas à empresa Eletroprimavera Ltda. relativas ao Contrato n.º 29/2004, imposta pela suposta não realização de investimentos previstos no ajuste, adotando as providências cabíveis para restituir os valores indevidamente retidos à referida empresa e apresentando, no prazo de 90 (noventa) dias, a este Tribunal, para fins de monitoramento, os resultados das medidas adotadas; se abstenha de realizar alterações no Contrato nº 29/2004, e nos demais ajustes, sem a apresentação prévia das justificativas e da fundamentação técnica e jurídica adequadas, as quais deverão sempre atender à legislação pertinente e ao interesse público; faça constar, nos futuros contratos a serem firmados pela Ceron, cláusula de penalidade financeira específica pelo descumprimento de cada uma das obrigações relevantes da contratada, incluindo a garantia; planeje adequadamente os procedimentos licitatórios e as contratações, de modo a: garantir, aos participantes, tempo suficiente para a realização dos procedimentos exigidos no edital, tais como a obtenção de licenças, mobilização e instalação; vedar o fracionamento das licitações e das contratações em pequenos períodos, com a utilização posterior indevida de dispensas de licitação; 9.6 dar ciência às Centrais Elétricas de CGU A empresa está terceirizando a fiscalização de obras, porém não foi possível ir à campo checar a eficácia dessa medida A empresa informou ter impetrado e protocolado Recurso de Reexame no TCU no dia 14/12/ A empresa informou ter impetrado e protocolado Recurso de Reexame no TCU no dia 14/12/ A empresa informou ter impetrado e protocolado Recurso de Reexame no TCU no dia 14/12/ A empresa afirma que os prazos estabelecidos são previstos pela área requisitante, dentro da sua necessidade. CGU Não atendida. A determinação do TCU é dirigida à CERON como um todo e não somente para a área de suprimentos Afirma a CERON que: Esse assunto foi tratado na última auditoria da CGU e a Assessoria de Comunicação Social e Relações Institucionais (PRS) informou que a área tinha controle para evitar fracionamento. Todavia, acredito que essa auditoria poderia expedir orientação para que as áreas observem os limites anuais, de modo evitar contratações em pequenos valores, fugindo da modalidade de licitação. CGU Não atendida. Novamente, as providências 19

20 Acórdão TCU Determinação Providências Informadas Rondônia S.A. da obrigatoriedade de licitar obras e serviços de engenharia apenas quando houver projeto básico aprovado, com orçamento detalhado em planilhas que expressem a composição de todos os seus custos unitários, conforme o art. 7º, 2º, da Lei nº 8.666/1993; 9.7 determinar à Controladoria-Geral da União em Rondônia que acompanhe o cumprimento das determinações acima proferida e informe a este Tribunal as providências adotadas pela jurisdicionada; (...). devem ser da Entidade e não de uma área isolada (suprimentos). 9.6 A CERON informou ter impetrado e protocolado Recurso de Reexame no Tribunal de Contas da União no dia 14/12/ CGU - Este Acórdão se refere às contas prestadas pela CERON em Em geral, as situações nele apreciadas pelo Tribunal foram apuradas pela Controladoria, que continua acompanhando a gestão da empresa. Fonte: Relatório de Gestão do Exercício de 2012, Anexo VIII - Conformidade e Tratamento de Disposições Legais e Normativas. Além desses julgados, tem-se ainda o Acórdão 418/2012 Plenário referente ao Pregão Eletrônico n.º 38/2011, promovido pela Eletrobrás Distribuição Acre Eletroacre, onde o TCU alertou: (...) à Companhia de Eletricidade do Acre (ELETROACRE), às Centrais Elétricas de Rondônia S/A (CERON), à Companhia Energética do Piauí (CEPISA), à Boa Vista Energia S/A (BVENERGIA), à Companhia Energética de Alagoas (CEAL) e à Amazonas Distribuidora de Energia S/A (AME) no sentido de que a terceirização de serviços que envolvam a contratação de profissionais existentes no Plano de Cargos e Salários da respectiva entidade contraria o art. 37, II, da Constituição Federal e, ainda, pode implicar futuros prejuízos ao Erário, decorrentes de possível acolhimento pela Justiça do Trabalho de pleitos dos terceirizados com base na Orientação Jurisprudencial/TST n 383 SDI-1, que garante a esses empregados o direito ao recebimento das mesmas verbas trabalhistas legais e normativas asseguradas aos empregados da empresa tomadora dos serviços, desde que presente a igualdade de funções (item 9.4, TC /2011-2, Acórdão nº 418/2012- Plenário). Nesse ponto, a CERON limitou-se a declarar que tomou conhecimento da orientação do TCU em março de No entanto, a Controladoria constatou e registrou no presente trabalho que a empresa efetuou contratação de serviços terceirizados envolvendo profissionais existentes em seu Plano de Cargos e Remuneração. Portanto, permanece a criticidade apontada reiteradamente pela CGU, pelo TCU e pelo Ministério Público do Trabalho. Identificou-se, pois, que a Companhia adotou três tipos de postura em relação às determinações/orientações do TCU: (i) quando envolve ressarcimento de valores, recorre; (ii) no caso de terceirização de serviços, informou, no Relatório de Gestão 2012, que está promovendo a substituição desses trabalhadores por concursados, contudo continua contratando na forma vedada; (iii) quando se trata de implantação melhoria no processo de contratação de bens e serviços, apresenta respostas desconexas e improdutivas do tipo: (...) acredito que essa auditoria poderia expedir orientação para que as áreas (...), como se as determinações fossem para áreas e não para a empresa. 20

21 Diante do exposto, forçoso concluir que o gestor deve utilizar melhor as recomendações e determinações dos órgãos de controle, de modo a promover o aprimoramento de suas atividades, reduzindo riscos e custos em busca da sustentabilidade financeira Avaliação do Cumprimento das Recomendações da CGU Para avaliar o cumprimento de suas recomendações por parte da Centrais Elétricas de Rondônia S.A. CERON, a Controladoria-Geral da União CGU promoveu o levantamento de todas as orientações existentes e emitidas durante a gestão 2012 com posterior verificação do atendimento das mesmas. O quadro abaixo mostra os resultados da análise. Quadro Resumo do cumprimento de recomendações pela CERON Recomendações Recomendações Recomendações Recomendações Pendentes no Emitidas em Atendidas em atendidas início de parcialmente (A) (B) (C) (D)¹ Recomendações Pendentes (final) D = A+B-C Fonte: Plano Permanente de Providências da UJ revisado em março de Legenda: D - Considera-se pendente o que não foi atendido ou que foi atendido parcialmente. Note-se que cerca de 72% (setenta e dois por cento) das recomendações existentes no exercício de 2012 não foram atendidas. As respostas e justificativas apresentadas pela Companhia para as questões mais importantes levantadas pela auditoria indicam um baixo nível de reflexão e esforço dos dirigentes em direção ao aprimoramento da gestão Avaliação da Carta de Serviços ao Cidadão O órgão de controle interno optou por incluir a avaliação da Carta de Serviços ao Cidadão considerando a seguinte questão de auditoria: A unidade possui carta de serviço ao cidadão nos moldes do Decreto 6932/2009? A metodologia consistiu na avaliação da Carta de Serviço ao Cidadão conforme prescreve o Decreto 6932/2009. A partir dos exames realizados, concluiu-se que a UJ presta serviços ao cidadão e implementou a Carta de Serviço ao Cidadão, atendendendo ao decreto supramencionado Avaliação do CGU/PAD Esta análise destina-se a avaliar se a Centrais Elétricas de Rondônia S.A. - CERON está procedendo ao registro das informações referentes aos procedimentos disciplinares instaurados no sistema CGU-PAD. A utilização desse Sistema é uma prática recomendada pelas Portarias n.º 1.043, de 24 de julho de 2007, da Controladoria-Geral da União CGU, e Portaria n.º 292, de 19 de outubro de 2007, que aprovou a Política de Uso do Sistema de Gestão de Processos Disciplinares CGU-PAD no âmbito o Ministério de Minas e Energia MME. Para tanto, a auditoria expediu a Solicitação de Auditoria n.º , de 29 de maio de 2013, requerendo da CERON a apresentação de todas as informações e/ou documentos necessários pertinentes. Em resposta, a Companhia enviou a norma interna MPS-DG-01/N-001, que orienta a implantação do CGU-PAD, informando ainda que 21

22 (...) não havia processo em curso ou instaurado no exercício e disponibilizou uma relação de processo disciplinar de 2006 a (CTA-PR/140/2013 de 11/06/2013). Registre-se, por oportuno, que no item 3.5 de seu Relatório de Gestão consta que a Unidade Jurisdicionada UJ designou uma comissão para dar cumprimento aos normativos já referenciados (Portaria DG n.º 124, de 10 de outubro de 2012), sendo que o cadastro da entidade no Sistema ocorreu em 12 de abril de Não obstante, não se identificou registros no relatório de gestão sobre a estrutura e as atividades do sistema de correição da Unidade ou do órgão de vinculação da Unidade (item 3.4 da DN 119/12 - Parte A, Anexo II). Partindo para a análise da documentação e das informações prestadas, verificou-se que os processos disciplinares e investigativos de números (n.º 1002/2006; n.º 1360/2006; n.º 1361/2006) não foram registrados no sistema informativo CGU-PAD, o que contraria o art. 4.º, Portaria CGU nº 1.043/2007. "(..) Art. 4º - Aos órgãos cadastradores referentes aos Ministérios são estabelecidos os seguintes prazos para o registro das informações relativas aos processos disciplinares no CGU-PAD, contados a partir da publicação desta portaria: (..) III- para os processos disciplinares encerrados em 2006 e 2007, antes da vigência desta Portaria, cento e vinte dias. Portanto, pelo exposto, verificou-se que a CERON ainda não está fazendo uso dos preceitos contidos na Portaria n.º 1.043/2012, porém, reafirme-se, é recomendável fazêlo a título de boa prática de gestão Avaliação do Parecer da Auditoria Interna A unidade de auditoria interna da Centrais Elétricas de Rondônia S.A. CERON está vinculada ao seu Conselho de Administração e responde administrativamente ao Comitê de Gestão Empresarial. Atende, assim, aos normativos internos - Estatuto Social e Manual de Organização -, bem como o disposto no Decreto n.º 3.591/2000, art. 14, alterado pelo Decreto n.º 4.440/2002. Além disso, os eventos de designação e exoneração do titular da unidade de controle interno respeita, igualmente, os dispositivos citados. Foi incluído no processo administrativo n.º 2974/13, que contém as peças sobre as contas de 2012, o Parecer da Auditoria Interna de conformidade com o item 1 do Anexo III da Decisão Normativa n.º 124, de 05 de dezembro de 2012, expedida pelo Tribunal de Contas da União. Esse Parecer atende adequadamente as disposições normativas pertinentes. Cumpre informar, porém, que a Auditoria Interna enfrentou dificuldade na obtenção de parte da documentação necessária para realizar uma de suas ações em Este assunto encontra-se tratado na segunda parte deste relatório. Registre-se, por fim, que essa unidade administrativa está passando por sérias dificuldades no exercício de 2013, sobretudo no que tange à forte redução de força de trabalho, que diminuiu de 06 (seis), sendo um gerente e 05 (cinco) técnicos, para 02 (dois): o gerente e um técnico. Dessa forma, no presente exercício, não será possível cumprir o plano de trabalho dessa unidade e este fato também será abordado, de forma detalhada, na segunda parte deste trabalho. 22

23 2.16 Avaliação do Conteúdo Específico do Relatório de Gestão Os conteúdos específicos que devem ser objeto de apresentação no relatório de gestão das entidades governamentais estão disciplinados na Decisão Normativa n.º 119/2012, do Tribunal de Contas da União. No caso da Centrais Elétricas de Rondônia S.A. CERON tem-se três assuntos: remuneração de administradores, gastos com publicidade e projeto financiado com recursos externos. Para melhor entendimento, esses temas foram divididos em a, b e c e serão tratados a seguir. A Remuneração dos Administradores A Centrais Elétricas de Rondônia S.A. CERON informou, em seu Relatório de Gestão 2012, a remuneração de seus administradores e membros dos Conselhos Fiscal e de Administração. Esclareceu que no modelo de gestão vigente na Instituição desde 2009, os salários pagos aos demais dirigentes são de responsabilidade da Diretoria de Distribuição da Eletrobrás (Anexo XI). O quadro a seguir totaliza as remunerações pagas aos diretores estatutários e aos membros dos dois conselhos anteriormente citados. Quadro Remuneração dos Administradores Remuneração do Conselho Exercício Fiscal Número de membros I Remuneração Fixa (a+b+c+d) , , ,31 a) salário ou pró-labore , , ,31 b) benefícios diretos e indiretos (Aux ,64 639,06 0,00 Educ./Excep.) c) remuneração por participação em comitês d) outros (13º salario e Férias ) , ,69 0,00 II Remuneração variável , , ,30 (e+f+g+h+i)) e) bônus f) participação nos resultados ,91 0, ,10 g) remuneração por participação em reuniões h) comissões i) outros (Abono Especial) , , ,20 III Total da Remuneração ( I + II) , , ,61 IV Benefícios pós-emprego V Benefícios motivados pela cessação do exercício do cargo VI Remuneração baseada em ações Fonte: Relatório de Gestão da Centrais Elétricas de Rondônia S.A. CERON, Adicionalmente, a Companhia informou que os conselheiros recebem R$ 2.077,93 (dois mil e setenta e sete reais e noventa e três centavos), correspondentes a 10% (dez por cento) da remuneração média mensal dos diretores estatutários, o que atende ao disposto na Lei n.º 9.292/96. Além disso, com relação aos empregados, declarou que a maior remuneração mensal paga em 2012 foi de R$ ,91 (vinte e um mil novecentos e setenta e três reais e noventa e um centavos); a menor foi de R$ 1.816,03 (um mil, oitocentos e dezesseis reais e três centavos); a média ficou em R$ 5.931,37 (cinco mil novecentos e trinta e um reais e trinta e sete centavos). 23

24 Portanto, tendo como aptas às informações prestadas pela Entidade, conclui-se que a situação remuneratória praticada pela CERON é regular quanto ao respeito aos limites constitucionais vigentes na Administração Pública. B Gastos com Publicidade Com relação ao atendimento do Item 3, da Parte B, Anexo II da Decisão Normativa TCU n.º 119/2012, a CERON informou a realização, em 2012, dos seguintes gastos: Tabela Demonstrativo resumido de gastos com publicidade no exercício de 2012 Contrato Valor (R$) Objeto Vencimento Desembolsos em 2012 PR/041/ ,00 Publicidade 16/05/ ,74 institucional/legal PR/089/ ,60 Publicidade legal 27/09/ ,79 PR/211/ ,00 Publicidade legal 22/05/ ,74 PR/201/ ,24 Clipagem 11/01/ ,93 EVENTUAIS ,00 Patrocínios Não informado ,00 Total , ,20 Fonte: Anexo IX do Relatório de Gestão da CERON, exercício de Importante informar que os contratos de publicidade legal são: um com a Imprensa Nacional (PR/211/2012) e o outro com a Empresa Brasil Comunicação S.A., uma estatal federal, e fez-se por inexigibilidade de licitação, tendo em vista tratar-se de monopólio previsto em lei (PR/089/2012). O contrato de R$ 4 milhões é com uma empresa privada e não estava na amostra auditada, portanto não é possível opinar pela sua regularidade ou não. C Projeto Financiado com Recursos Externos O principal objetivo desse Projeto é promover a redução das perdas elétricas, aumentar as taxas de arrecadação e melhorar a qualidade do serviço prestado. (Fonte: Manual de Operação do Projeto). Com relação às fontes dos recursos, num total de R$ ,00 (duzentos e quatro milhões, novecentos e oitenta e cinco mil, novecentos e setenta reais), tem-se que R$ ,00 (cento e quarenta e cinco milhões, duzentos e vinte e seis mil, quinhentos e cinquenta reais) são da fonte BIRD (Banco Mundial) e o restante, fonte Eletrobrás. O prazo de implementação do Projeto é de 05 (cinco) anos, a partir de 2010, conforme o disposto no item 1.6 do Manual de Operação aprovado pela Resolução n.º 358, de 14 de abril de No entanto, o Eletrobrás Contrato de Financiamento ECF n.º 2905-A, de 30 de maio de 2012, que se constituiu num Aditivo ao ECF n.º 2905/2010, estabeleceu que a execução física e financeira do Projeto ocorrerá entre 2011 e Nossos exames incluíram a avaliação quanto à execução das atividades programadas e ao cumprimento dos resultados pactuados, tendo por base os controles internos de monitoramento e avaliação mantidos pela unidade, os relatórios de avaliação existentes e os investimentos realizados no período, e, ainda, as verificações in loco procedidas pela equipe de auditoria. Considerando que a execução financeira em 2012 foi de apenas R$ ,31 (dezessete milhões, oitocentos e sessenta e oito mil, novecentos e quarenta e cinco reais e trinta e um centavos), o que corresponde a 26,41% do que fora orçado para o período e a 8,51% de todo o Projeto, conclui-se que o andamento do Projeto segue de forma lenta, porém guarda conformidade com as ações previamente aprovadas. 24

25 #/Fato# O detalhamento das falhas e oportunidades de melhorias identificadas pela Controladoria encontra-se na segunda parte do presente trabalho Avaliação dos Controles Internos Administrativos Por meio deste procedimento, buscou-se avaliar se os controles internos instituídos garantem o alcance dos objetivos estratégicos da empresa. A metodologia de trabalho consistiu na avaliação de todas as áreas: gestão de pessoas; gestão de suprimento de bens e serviços; gestão do Projeto Energia Mais (financiado pelo Banco Mundial); e gestão de tecnologia da informação. Nesse sentido, os componentes verificados foram: ambiente de controle, avaliação de risco, procedimentos de controle, informação e comunicação, monitoramento. Em linhas gerais, apurou-se que: 1- Quanto ao ambiente de Controle Há que se observar a existência de alguns pontos negativos na unidade que afetam o grau de comprometimento em todos os níveis da administração com a qualidade do controle interno em seu conjunto, dentre os quais podem ser destacados: a) A não percepção, por parte da alta administração, da essencialidade dos controles internos na consecução dos objetivos da unidade e, neste sentido, não dando suporte ao adequado funcionamento; b) Não utilização de mecanismos que garantam ou incentivam a participação dos funcionários e servidores dos diversos níveis da estrutura da UJ na elaboração dos procedimentos, das instruções operacionais; 2- Quanto à avaliação de Risco As análises realizadas ao longo desta auditoria demonstram que a CERON não dispõe de mecanismos adequados e eficientes na gestão dos riscos, tendo em vista que são recorrentes as fragilidades verificadas nas áreas objeto de exame (Licitação, Gestão de pessoal e Gestão de TI etc.) e que serão demonstradas em pontos específicos do relatório. 3- Quanto à dimensão Informação e Comunicação Verificou-se que apesar de a Unidade adotar algumas práticas para divulgação e tratamento das informações relacionadas às atividades necessárias ao alcance de seus objetivos, das quais podem ser destacadas: a disponibilidade de intranet, e de página própria na internet, bem como informações relacionadas às ações relevantes desenvolvidas pela Unidade. Não foram encontradas evidências de que a Unidade faça, de forma sistemática, a identificação, a coleta e o tratamento dessas informações ao seu corpo técnico, para que este ultime as providências necessárias e úteis com vistas à redução dos riscos. 4- Quanto ao Monitoramento Não há uma sistemática de monitoramento adequada na CERON. Tendo em vista que as práticas de gestão inadequadas tornam-se rotineiras, assim como verificado em pontos específicos deste Relatório de Auditoria. 25

26 5- Quanto aos Procedimentos de Controle Não há ações sistematizadas de gestão dos riscos que garantam a eliminação ou mitigação dos riscos incorridos com frequência na Unidade. Pelo exposto, de todas as áreas de gestão avaliadas, observou-se que os componentes: ambiente de controle, avaliação de risco, procedimentos de controle apresentaram fragilidades nas diversas áreas de gestão avaliadas. Tais fragilidades foram causas de ocorrência de falhas, como as apontadas neste Relatório de Auditoria, que impactam na consecução dos objetivos da Unidade Jurisdicionada. Ressalta-se que as áreas de Licitação, Gestão de Tecnologia da Informação estão diretamente relacionadas aos principais macroprocessos finalísticos da UJ. Pode-se afirmar que não há suficiência de controles internos para atingimento dos objetivos estratégicos Ocorrências com dano ou prejuízo Entre as constatações identificadas pela equipe, aquelas nas quais foi estimada ocorrência de dano ao erário são as seguintes: Contratação de sistema computacional que não está sendo utilizado Pagamentos indevidos: Empregados residentes em outros Estados da Federação recebem diárias, passagens aéreas e hospedagem para trabalharem na própria sede da Companhia em Porto Velho RO. 3. Conclusão Eventuais questões formais que não tenham causado prejuízo ao erário, quando identificadas, foram devidamente tratadas por Nota de Auditoria e as providências corretivas a serem adotadas, quando for o caso, serão incluídas no Plano de Providências Permanente ajustado com a UJ e monitorado pelo Controle Interno. Tendo sido abordados os pontos requeridos pela legislação aplicável, submetemos o presente relatório à consideração superior, de modo a possibilitar a emissão do competente Certificado de Auditoria. Observação: O servidor Julian Jaber Tontini se encontrava de férias no momento da impressão do Relatório, por isso não consta sua assinatura. Porto Velho/RO, 18 de Setembro de Relatório supervisionado e aprovado por: Chefe da Controladoria Regional da União no Estado de Rondônia 26

27 ACHADOS DA AUDITORIA N.º ENERGIA ELÉTRICA 1.1 MONITORAR AS AÇÕES DE COMERCIALIZAÇÃO DE ENERGIA E DA POLÍTICA TARIFÁRIA CONTRATOS SEM LICITAÇÃO CONSTATAÇÃO Contratação de serviços bancários por inexigibilidade de licitação sem que se comprovasse a inviabilidade de competição Fato Trata-se da análise da inexigibilidade de licitação n.º 003/2012 em que a Centrais Elétricas de Rondônia S.A. - CERON contratou a empresa de CNPJ n.º xx /0001-xx, no valor de R$ ,00 (cento e quarenta mil e setecentos reais), com vistas a obter a prestação de serviço de recebimento de notas fiscais/contas de energia elétrica e demais encargos incidentes, inclusive as taxas de serviços e multas moratórias, pelo prazo de 60 (sessenta) meses. A CERON buscou fundamentar a presente inexigibilidade por meio de dois (02) instrumentos úteis para justificar a contratação quais sejam: Nota Técnica DCC/001/2012, de , e Parecer Jurídico n.º 003/2012, de 19 de abril de Analisando-se as justificativas dos referidos documentos, verificou-se o seguinte: 1 - Na Nota Técnica referida, no item III Justificativa da Contratação, a Administração tentou sustentar que havia inviabilidade de competição e esta seria caracterizada pela contratação de todos os agentes arrecadadores que manifestaram interesse em prestar serviços à concessionária. Além disso, informou que a ampliação do quantitativo de postos de arrecadação de faturas de energia elétrica era necessária para atender a Resolução n.º 414/2010 da Agência Nacional de Energia Elétrica ANEEL (órgão regulador do setor elétrico). Conforme essa norma, artigos 177 e 182, a distribuidora: a) Obriga-se a implantar uma estrutura adequada, acessível a todos os consumidores de sua área de concessão, inclusive possibilitando o pagamento da fatura de energia elétrica sem ter o consumidor que se deslocar de seu município; b) Que a distribuidora é obrigada a implantar uma estrutura própria de arrecadação nos municípios que não dispuserem de agente arrecadadores que permitam aos consumidores o pagamento de suas contas de energia elétrica. Ressalte-se que todas as concessionárias de energia elétrica têm, de fato, tais obrigações. Contudo, o normativo não obriga a Administração a contratar todos os agentes arrecadadores como o previsto na justificativa da Nota Técnica em referência. 27

28 2 - No Parecer Jurídico referido, em seu item II Fundamentação, a Administração sustentou que quando necessita adquirir um bem ou contratar um determinado serviço, que possua características especiais e especificações ímpares, que apenas um fabricante ou fornecedor possua, torna-se impossível a realização de licitação, pois o universo de competidores se restringe a um único participante. Assim, a auditada alegou inviabilidade de competição nos termos do art. 25, I, da Lei 8666/93. Assim, após o exame dessa documentação, não restou comprovada a inviabilidade de competição como fundamentado pela CERON. Pelo contrário, consta na (fl. 24) do processo em análise, quando da justificativa de preço, um demonstrativo de custo com agentes arrecadadores relativos a Além disso, em consulta realizada no dia 02/07/2013 ao sítio eletrônico da CERON, verificou-se também que a empresa possuía vários contratos por meio de inexigibilidade de licitação para a consecução do presente objeto, conforme a relação a seguir: Quadro - Relação de contratos com agentes arrecadadores Nº do Contrato Contratado Objeto Valor (R$) 014/2012 Cooperativa Central de Recebimento de notas ,00 Crédito Noroeste Brasileiro fiscais/fatura de energia elétrica. Ltda. Centralcredi 06/2006 Cooperativa Central de Recebimento de notas ,00 Crédito do Norte do Brasil fiscais/fatura de energia elétrica. 047/2009 Empresa de Correios e Recebimento de notas ,80 Telégrafos fiscais/fatura de energia elétrica. 270/2007 Banco do Bradesco S.A Serviço de recebimento de notas ,00 fiscais/contas de energia elétrica. 237/2007 HSBC Bank Brasil S.A. Banco Múltiplo Serviço de recebimento de notas fiscais/contas de energia elétrica. 114/2009 Banco da Amazônia S.A Serviço de recebimento de notas fiscais/contas de energia elétrica. 104/2008 Banco Cooperativo Sicredi S.A BANSICREDI Serviço de recebimento de notas fiscais/contas de energia elétrica. 038/2013 Banco do Brasil S.A Serviço de recebimento de notas fiscais/contas de energia elétrica. 074/2011 Cooperativa Central de Crédito do Norte do Brasil Fonte: Sitio eletrônico da CERON, consultado em 02/07/2013. Serviço de recebimento de notas fiscais/contas de energia elétrica , , , , ,40 Importante informar, ainda, que a realização de uma multiplicidade de contratos para o mesmo objeto, como é o caso, dificulta-lhes o gerenciamento e efetivo controle, tornando-o mais oneroso. Portanto, não ficou demonstrada a inviabilidade de competição aventada pela auditada.#/fato# Causa Contratação direta sem que a situação fática amolde-se ao estatuído no artigo 25 da Lei n.º 8.666/93. 28

29 Manifestação da Unidade Examinada Por meio da CT/PR-184/2013, de Julho de 2013, o Gestor apresentou a seguinte justificativa: Trata-se de contratação de Agentes Arrecadadores para recebimento de faturas de energia elétrica desta Empresa no Estado de Rondônia. A contratação é uma necessidade da concessão, que busca cumprir a norma, obter melhoria da arrecadação, reduzir a inadimplência, além de facilitar a vida de seus clientes, disponibilizando mais opções de locais para pagamento da conta de energia elétrica, cumprindo assim exigência do órgão regulador - Resolução Aneel nº 414/2012, que em seu artigo 177, impõe às distribuidoras a obrigatoriedade de possibilitar o pagamento da fatura de energia elétrica a seus consumidores sem ter o mesmo de se deslocar de seu município. Art Toda distribuidora deve dispor de uma estrutura de atendimento adequada às necessidades de seu mercado, acessível a todos os consumidores da sua área de concessão e que possibilite a apresentação das solicitações e reclamações, assim como o pagamento da fatura de energia elétrica, sem ter o consumidor que se deslocar de seu Município. Essa obrigação impõe que, caso não a Empresa não disponha de agentes arrecadadores que permitam que os consumidores quitem suas faturas de energia, esta deve implantar estrutura própria para tal ato, conforme estabelecido no art. 182, da mesma Resolução. Art A distribuidora deve implantar estrutura própria de arrecadação nos Municípios que não dispuserem de agentes arrecadadores que permitam aos consumidores o pagamento de suas faturas de energia elétrica. Desse modo, para o cumprimento da obrigação da concessão, a Empresa busca colocar à disposição de seus consumidores, o maior número de estabelecimentos para recebimento das faturas de energia elétrica. A disponibilização de agentes arrecadadores próximos aos consumidores tem algumas premissas, abaixo descritas: Reduzir custo de locomoção dos consumidores permitindo maior disponibilidade de recursos financeiros para quitação das faturas de energia; Permitir aos clientes optarem pelo débito automático nos bancos que possuem conta corrente, sendo esta a modalidade de menor impacto nas tarifas; Permitir que seguimentos como Governo do Estado, Prefeituras que possuem débito automático liquidar as faturas nesta modalidade, gerando melhoria na adimplência; Buscar agentes em pontos isolados que não possuem interesse comercial de agentes financeiros existentes nas sedes municipais; Melhorar a qualidade do atendimento aos clientes da empresa. É sabido que o princípio que norteia a Administração é de contratação por meio de procedimento licitatório, todavia, no presente caso, se vislumbra a hipótese de inexigibilidade de licitação, decorrente de situação de inviabilidade de competição, 29

30 uma vez que o serviço objeto da contratação é aberto à participação de todos aqueles que queiram tornar-se integrante da rede arrecadadora de faturas de energia elétrica da EDRO, dentro de uma margem de preço que a média seja inferior ao definido na composição tarifária da Empresa, caracterizando-se assim, a inviabilidade de competição, nos termos do caput do artigo 25 da Lei nº 8.666/93. Trata-se de um contrato de adesão em que as condições são uniformes, ficando assegurada a isonomia, haja vista que qualquer instituição pode se habilitar a prestar o serviço objeto do presente contrato, conferindo aos interessados igualdade de condições. A este respeito insta citar o ensinamento de CELSO ANTONIO BANDEIRA DE MELO, em sua obra Curso de 'Curso de Direito Administrativo (Malheiros Editores, 10ª edição, 1998, p. 348, 32), "in verbis": Em suma: sempre que se possa detectar uma induvidosa e objetiva contradição entre o atendimento e uma finalidade jurídica que incumba à Administração perseguir para bom cumprimento de seus misteres e a realização de certame licitatório, porque este frustraria o correto alcance do bem jurídico posto sob sua cura, ter-se-á de concluir que está ausente o pressuposto jurídico da licitação e, se esta não for dispensável com base em um dos incisos do art. 24, deverá ser havida como excluída com supedâneo no art. 25, caput. Tem-se por evidenciada a inviabilidade de competição e a perfeita aplicabilidade, ao caso "sub examine", do disposto no "caput"do art. 25 da Lei nº 8.666/93, para a prestação dos serviços de arrecadação de faturas de energia elétrica, porquanto essa prestação está aberta à participação de todos aqueles que queiram tornar-se integrantes da rede arrecadadora desta Empresa, caracterizando-se, assim, a inviabilidade de competição entre os interessados. Com intuito de reduzir as tarifas, a Eletrobrás tem buscado negociá-las com os principais agentes arrecadadores de forma centralizada, com a participação das sete empresas de distribuição do grupo, incluída a CELG, e também a holding. Este processo de negociação busca enquadrar as tarifas dentro dos limites regulatórios estabelecidos na concepção da tarifa de cada empresa. Por fim, a pesquisa da Associação Brasileira de Concessionárias de Energia Elétrica ABRADEE, em seus relatórios de avaliação da qualidade do serviço, no item específico de IDAT - Disponibilidade de locais para pagamento (tais como bancos, casas lotéricas, internet, correios etc.), demonstra que a Empresa está com o índice médio de satisfação de 84% na avaliação de 2012 e 2013 e a média das melhores empresas é de 97,5%, que é das empresas da região sul, sendo que todas elas possuem multiplicidade de agentes de arrecadação, inclusive as públicas estaduais. Análise do Controle Interno A manifestação apresentada pela empresa não é suficiente para justificar a inviabilidade de competição. Decerto, entende-se que a Resolução ANEEL nº 414/2012, em seu artigo 177, impõe às distribuidoras a obrigatoriedade de se implantar uma estrutura adequada às necessidades de seu mercado, e que seja acessível a todos os consumidores da sua área de concessão, possibilitando ainda aos consumidores o fornecimento de alguns serviços como: 30

31 #/Fato# apresentação das solicitações, reclamações e o pagamento de faturas sem que o consumidor tenha que se deslocar de seu município. E ainda, que a empresa deve implantar uma estrutura própria de arrecadação, onde não existe agente arrecadador, conforme art. 182 da resolução supra. Porém, entende-se ser contrário aos normativos que regem as contratações públicas, na medida em que a empresa concessionária contrata terceiros a fim de implantar uma estrutura adequada de prestação de serviço, no mercado em que atua, de modo atender a Resolução, e não realiza o processo de contratação por meio de Licitação. #/Anali Recomendação: Recomenda-se que a direção da CERON: (i) faça um estudo para identificar se é possível atender adequadamente a todos os consumidores de energia elétrica de sua área de concessão com um número menor de agentes arrecadadores, de modo a reduzir a multiplicidade de contratos para a mesma finalidade e, assim, reduzir custos; e (ii) verifique se há possibilidade de redução de custos por meio de reciprocidade bancária do grupo ELETROBRAS. 2 GESTÃO OPERACIONAL 2.1 Programação dos Objetivos e Metas ORIGEM DO PROGRAMA/PROJETO INFORMAÇÃO Ação Módulo Tipo Fato A Ação 11X1 Ampliação da Rede Rural de Distribuição de Energia Elétrica insere-se no Programa Temático 2033 Energia Elétrica. Tem por finalidade atender novos consumidores no meio rural do Estado de Rondônia no horizonte de 2004 a Isso é feito por meio da construção de linhas rurais de distribuição de energia elétrica e subestações associadas. O montante de recursos executados nesta Ação, no exercício de 2012, está discriminado no quadro a seguir: Quadro - Execução financeira da Ação 11X1 - Ampliação da Rede Rural de Distribuição de Energia Elétrica Ação Governamental 11XI - Ampliação da Rede Rural de Distribuição de Energia Elétrica - Luz para Todos (RO) Despesas Executadas (R$) % das Despesas Executados ,68 Fontes: Relatório de Gestão Exercício 2012, da Eletrobras Distribuição Rondônia. 31

32 INFORMAÇÃO Ação Módulo Tipo Fato A Ação 14KZ - Ampliação do Sistema de Distribuição de Energia Elétrica - PPA (RO) insere-se no Programa Temático 2033 Energia Elétrica. Tem por finalidade atender à demanda pelos serviços da Companhia, cujo mercado cresceu 14,4% no exercício de O montante de recursos executados nesta Ação, no exercício de 2012, está discriminado no quadro a seguir: Quadro - Execução financeira da Ação 14KZ - Ampliação do Sistema de Distribuição de Energia Elétrica - PPA (RO) Ação Governamental A Ação 14KZ - Ampliação do Sistema de Distribuição de Energia Elétrica - PPA (RO) Despesas Executadas (R$) % das Despesas Executados ,20 Fontes: Relatório de Gestão Exercício 2012, da Eletrobras Distribuição Rondônia. 2.2 AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS EFETIVIDADE DOS RESULTADOS OPERACIONAIS INFORMAÇÃO Demora na regularização do contrato de aquisição de energia elétrica da Usina Termo Norte II contribuiu para a elevação dos prejuízos da Companhia para quase R$ 200 milhões em 2012 Fato A Eletrobrás Distribuição Rondônia EDRO utiliza indicadores de desempenho destinados a medir os resultados das dimensões econômica, financeira e operacional. Nas áreas econômica e financeira, a empresa mensura a relação entre a despesa operacional e a receita operacional líquida; lucratividade; rentabilidade e evolução dos investimentos, por exemplos, e demonstram a capacidade de sobrevivência (ou não) da organização. Já os indicadores da parte operacional medem a qualidade da gestão com relação à inadimplência de clientes, ao montante de energia comprada de fornecedores, mas não faturada aos consumidores (perdas), bem como, à qualidade e continuidade dos serviços prestados no fornecimento de energia elétrica. Em geral, houve piora nos indicadores. Na comparação com os números de 2011, as despesas operacionais cresceram 46,4%, enquanto as receitas líquidas elevaram-se em 35,8% no mesmo período. Como resultado, apurou-se em 2012 um prejuízo de 197,2 milhões de reais. No ano anterior registrara-se prejuízo de 128,5 milhões de reais e em ,7 milhões de reais de lucro. Portanto, a situação financeira deficitária da Companhia acentuou-se nos últimos três exercícios sociais. 32

33 No mesmo sentido, também não foram alcançados os indicadores planejados para a redução de perdas de energia elétrica e da inadimplência de clientes. Esperavam-se perdas da ordem de 21,96% sobre o total da energia comprada para revenda, porém o percentual ficou em 27,78%. De forma semelhante, estimou-se um estoque de faturas de energia elétricas não pagas pelos consumidores na casa de 11,2%, contudo apurou-se 18,44% de inadimplência. Sobre a elevação dos prejuízos contábeis apurados, comparativamente com os dois exercícios anteriores, importante esclarecer que esse resultado foi fortemente influenciado pela demora na regularização do contrato de aquisição de energia elétrica da Usina Termo Norte II junto à Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL. Esse contrato pertencia, inicialmente, às Centrais Elétricas do Norte S.A. ELETRONORTE. Contudo, a Centrais Elétricas do Brasil S.A. ELETROBRÁS, que controla a CERON e a ELETRONORTE, determinou que esta última empresa cedesse o Contrato de Suprimento de Energia n.º SUP 1.0S para a distribuidora rondoniense, conforme as justificativas técnicas a seguir, apresentadas pela Diretoria de Distribuição da holding, em 29 de outubro de 2008: [...] A ELETRONORTE não está qualificada como comercializadora de energia, nos termos da Lei n.º /04, e, portanto, é necessário que seja regularizada a sua situação atual, de repassadora da energia adquirida dos PIE s TERMONORTE I e II às duas distribuidoras em questão [CERON e ELETROACRE], mediante a cessão dos referidos contratos; Por força dos contratos celebrados com os PIE S TERMONORTE I e II, a ELETRONORTE é responsável pela compra do óleo combustível utilizado na geração de energia elétrica. Por não ser uma empresa de distribuição de energia, a empresa não consegue se valer dos créditos do ICMS recolhido por conta dessa operação. Se a compra do óleo combustível para os PIE s TERMONORTE I e II, for realizada pela CERON, o crédito do ICMS gerado, poderá ser totalmente compensado na atividade de distribuição de energia elétrica da distribuidora, melhorando os ganhos do Sistema ELETROBRÁS como um todo. Este fato não se aplica à ELETROACRE, pois os PIE s estão localizados em Porto Velho, e, portanto fora do Estado do Acre; A ELETROBRÁS deverá manter a sua posição de garantidora dos contratos celebrados entre os PIE s TERMONORTE I e II e a ELETRONORTE, uma vez repassados por última à CERON; (...). Essa justificativa foi ratificada pela Diretoria Executiva Eletrobrás, conforme a Resolução n.º 1.108, de 14 de novembro de 2008, que encaminhou a seguinte proposta ao seu Conselho de Administração: (...) 1.1 seja realizada pela ELETRONORTE a cessão dos Contratos de Suprimento de Energia Elétrica n.º SUP 1.9.S e n.º SUP 1.0s , celebrados entre ELETRONORTE e a Termo Norte Ltda. TERMONORTE, para a Centrais Elétricas de 33

34 Rondônia S.A. CERON, nas mesmas condições atualmente vigentes nos contratos, mantida a ELETROBRÁS como garantidora. Houve, ainda, ratificação pelo Conselho de Administração da controladora conforme a Deliberação n.º 153, de 28 de novembro de Registre-se que, embora a ELETROBRÁS tivesse decidido pela transferência para a CERON dos dois contratos de suprimentos que mantinha com TERMONORTE, a ANEEL anuiu apenas com a cessão do Contrato n.º SUP 1.0S , por meio do Despacho n.º 2.673, de 08/09/2010. De fato, isso já ocorrera desde 1.º de dezembro de 2008, quando da celebração do Termo de Cessão deste contrato. Houve interposição de recursos contra essa decisão, porém o Órgão Regulador resolveu mantê-la, conforme consta do Processo ANELL n.º / , de 29 de julho de 2010, cuja parte final transcreve-se a seguir: [...] DECISÃO (i) (ii) (iii) dar provimento parcial ao recurso interposto pela Eletronorte para aprovar (i.a) o termo de cessão do contrato de compra da energia elétrica proveniente da usina Termonorte I, o qual finda em 30 de julho de 2010, e (i.b) o respectivo primeiro termo aditivo; manter a recusa à aprovação do termo de cessão do contrato de compra da energia elétrica proveniente da usina Termonorte II; e (Negritamos). declarar que, para a aprovação da cessão do contrato de compra da energia elétrica proveniente da Termonorte II, faz-se necessário que o respectivo instrumento, o qual deve ser novamente apresentado à ANEEL, preveja que, a partir de 2012, o custo anual de aquisição de energia pela Ceron, assim considerado o somatório dos preços da energia fixados no contrato com a média do PLD a que ficou exposta a distribuidora ao longo do ano devido ao referido contrato, não poderá superar o custo anual correspondente à aquisição da energia elétrica comercializada no 5º Leilão de Energia Nova. Assim, caberia à Eletronorte (titular do recurso junto à ANEEL) em conjunto com a CERON (a principal interessada) elaborarem um termo aditivo ao contrato de compra de energia elétrica junto à Termonorte II, acrescentando dispositivo que garanta que os preços praticados nessa avença não poderão ultrapassar o montante que a distribuidora pagaria se tivesse adquirido a energia posta à disposição por meio do 5.º Leilão de Energia Nova. Praticamente três anos se passaram ( ) sem que as duas empresas do Sistema ELETROBRÁS conseguissem regularizar o referido contrato. Com isso, embora a CERON utilize a energia gerada pela referida Usina, não pode contabilizá-la em virtude da não aprovação/homologação do aditivo contratual pela ANEEL. Essa situação vem obrigando a CERON a comprar energia elétrica no mercado de curto desde 2012, porém a empresa não dispõe de recursos para tal, sendo obrigada a recorrer a empréstimos da sua controladora para aportar a garantia de pagamento junto à Câmara de Compensação de Energia Elétrica CCEE, aprofundando sua crise financeira. Há que se ressaltar que a Controladoria solicitou da auditada acesso a todos os documentos técnicos trocados com ANEEL e ELETRONORTE no processo de 34

35 resolução desse problema, porém não obteve êxito. O fato é que a distribuidora encerrou o exercício de 2012 em situação financeira insustentável, apresentando inclusive passivo a descoberto quando as dívidas da empresa superam a soma de seus bens e direitos. Por meio da Carta s/n.º de 29 de julho de 2013, a CERON apresentou a seguinte manifestação: Sobre a referida cessão do contrato da Termonorte II é importante mencionar o que consta na decisão proferida pela Diretoria da ANEEL em sua 26ª REUNIÃO PÚBLICA de 2013, ocorrida em 19/07/2013. Tal decisão consta do despacho nº (anexo), onde aduz que: (i) homologar o Segundo Aditivo ao Termo de Cessão do Contrato de Suprimento de Energia Elétrica da Centrais Elétricas do Norte do Brasil S.A. - Eletronorte para a Centrais Elétricas de Rondônia S.A. Ceron, referente à Usina Termelétrica Termonorte II, com a exclusão ou correção da tabela constante do Parágrafo Quinto da Cláusula Segunda, de modo a retratar exatamente as condições expostas no Voto condutor deste Despacho; e (ii) determinar que a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica - CCEE proceda à recontabilização, a partir da data de interligação do subsistema Acre-Rondônia ao Sistema Elétrico Interligado Nacional - SIN, considerando os montantes contratados da UTE Termonorte II, antes em nome da Eletronorte, para a Ceron. A decisão da diretoria da ANEEL foi fundamentada no voto (anexo) do diretor relator, Edvaldo Santana, onde se destacam alguns pontos conforme transcrito abaixo, inclusive, há um relato, ainda que sucinto, das exaustivas tratativas que foram realizadas entre esta Empresa e àquela Agência, no sentido de homologar a cessão do contrato com a Termonorte II: 19. Assim, o repasse aos consumidores do custo desta contratação estaria limitado ao valor do custo anual correspondente à aquisição da energia comercializada no 5º Leilão de Energia Nova, realizado em 10/ Entretanto, a Ceron e a Eletronorte alegaram em diversas correspondências e reuniões que tal condição imporia enorme incerteza e, consequentemente, volatilidade nos custos de aquisição de energia, que variariam fortemente com o PLD, quando o objetivo de um contrato de longo prazo é exatamente o contrário. 21. Desta forma, após diversas interações entre a ANEEL e as empresas envolvidas, entendo que a cessão em questão pode ser aprovada nas seguintes condições: a) a Ceron pagará mensalmente a Termo Norte Energia Ltda. o valor estabelecido no contrato firmado originalmente entre essa e a Eletronorte; b) a Ceron será a responsável perante à CCEE pelos resultados da contabilização, incluindo as perdas da rede básica, pelas exposições ao mercado, abrangendo redução de Garantia Física a que der causa, pela liquidação financeira e pelas penalidades; 35

36 c) a UTE Termonorte II será a responsável pela sua garantia física, conforme cláusula de disponibilidade estabelecida no contrato firmado originalmente entre essa e a Eletronorte; d) o repasse tarifário aos consumidores da Ceron estará limitado ao custo médio da potência e energia comercializadas no Ambiente de Contratação Regulada ACR, definido pela SRE, observado o inciso e a seguir; e) o acionista da distribuidora cobrirá a diferença entre a receita fixa do contrato (valor da energia assegurada mais o valor da energia suplementar) somado com a Tarifa de Uso do Sistema de Transmissão TUST e a receita fixa a que ela estaria exposta se tivesse participado do Leilão A-5 de 2007, calculada pela diferença entre o valor relativo ao preço do 5º Leilão de energia nova, de outubro de , e a média dos mínimos valores entre o CVU da usina, utilizado na elaboração do Programa Mensal da Operação Eletroenergética PMO do mês de novembro de , e o PLD médio mensal do submercado sudeste, registrados entre janeiro de 2002 e outubro de 2007, ambos atualizados pelo IGP-DI 3 ; f) a diferença será coberta pela Conta de Consumo de Combustíveis Fósseis CCC; g) tais limitações de repasse serão aplicadas a partir de janeiro de 2012; e h) a tabela constante do Parágrafo Quinto da Cláusula Segunda deve ser excluída ou corrigida, de modo a retratar as condições impostas acima. 1 R$ 128,61 / MWh. 2 R$ 487,56 / MWh. Esse valor, definido conforme Fax nº 016/2009- SRG/ANEEL e Fax ONS nº 0380/300/2009, foi utilizado quando da inclusão da UTE Termonorte II nos modelos de planejamento e programação da operação do SIN. 3 O resultado desse cálculo é R$ 113,62 / MWh, referenciado a maio de (todos os grifos nossos) Desse modo, a partir do momento em que a Empresa efetivar o registro do referido contrato junto à CCEE, via tarifa, serão proporcionadas as condições favoráveis para neutralizar os impactos gerados em anos anteriores. Os impactos nos resultados anteriores, principalmente em 2012, foram decorrentes do valor utilizado pela ANEEL na definição do custo de energia comprada. Como esta Empresa estava sendo considerada em parte descontratada, em função da falta de homologação do contrato, o valor utilizado na valoração deste volume de energia foi o Preço de Liquidação de Diferença - PLD projetado para o período, que em 2012 foi de R$ 29,03/MWh, resultando em custos menores que o Ambiente de Contratação Regulada ACR, para o consumidor. Com a decisão da ANEEL em homologar o referido termo de cessão, será possível junto à CCEE, recontabilizar os valores a serem cobertos via tarifa pelo consumidor, limitado à média do ACR, que no exercício em 36

37 questão foi de R$ 156,98/MWh. Esta diferença deverá ser incorporada nos reajustes futuros, assim como as que ocorreram nos exercícios anteriores, que serão corrigidas segundo a mesma metodologia. A própria ANEEL, no processo de reajuste de 2012, através da Nota Técnica, nº 405/2012-SRE/ANEEL, de 20 de novembro de 2012, reconheceu a importância do assunto e parte dos valores envolvidos conforme transcrito abaixo: 94. Importante ressaltar que caso a cessão do contrato da usina Termonorte II venha a ser aprovada pela Diretoria Colegiada da ANEEL, o que poderia implicar na recontabilização pela CCEE dos montantes de energia contratados e comercializados no mercado de curto prazo pela CERON com efeitos retroativos, seria necessário, em princípio, proceder ao recálculo tanto da CVAenergia quanto do custo da Sobrecontratação, referentes ao período posterior à interligação da CERON ao SIN, isto é, desde outubro de Em consequência, os valores considerados no atual processo tarifário de 2012 da CERON seriam revertidos e substituídos pelos valores recalculados. 95. Portanto, caso venha a ser considerado o contrato da usina Termonorte II pela CCEE de forma retroativa, em função de eventual decisão da ANEEL que venha a aprovar a cessão do contrato, o valor negativo de R$ 175 milhões considerado no reajuste tarifário de 2012 da CERON, como componente financeiro, seria revertido no processo tarifário subsequente (o que representaria um aumento tarifário em torno de 18%), visto que a concessionária passaria a estar sobrecontratada, ensejando a aplicação do disposto no art. 22 do Decreto nº 7.246, de 2010, quando então o resultado do cálculo do custo de sobrecontratação de 2009 a 2012, positivo ou negativo, seria considerado no custo total de geração de energia elétrica nos Sistemas Isolados de que trata o art. 11, 2º do citado Decreto, para fins de cobertura pela CCC. (Grifo nosso). Percebe-se que a aprovação, pela ANEEL, do Segundo Aditivo ao Termo de Cessão do Contrato de Suprimento de Energia Elétrica da ELETRONORTE para a CERON no último dia 19 de julho 2013 permitirá o desencadeamento de um processo de recontabilização cujos impactos ainda não estão completamente delineados. Sendo assim, é prudente aguardar tais desdobramentos. Além disso, a decisão de transferir esse contrato para a distribuidora de energia elétrica foi do acionista majoritário (ELETROBRAS), de modo que as responsabilidades dos dirigentes da estatal rondoniense foram, à primeira vista, apenas de fazê-la cumprir-seto. #/Fato# SISTEMA DE INFORMAÇÕES OPERACIONAIS CONSTATAÇÃO Contratação de sistema computacional que não está sendo utilizado Fato Em 30/11/2010, o Diretor Comercial da Centrais Elétricas de Rondônia S.A. - CERON propôs à Diretoria Executiva a abertura de certame licitatório na modalidade Pregão Eletrônico para a contratação de licença de uso de um sistema computacional, bem como os serviços de instalação, configuração, treinamento de pessoal e manutenção, para permitir a realização em campo dos serviços simultâneos de leitura, faturamento, impressão e apresentação de fatura de energia elétrica nas unidades urbanas e rurais do 37

38 grupo B, em toda a área de concessão da CERON. O valor estimado para esta contratação foi de R$ ,00 (cento e setenta mil reais) para o biênio A justificativa apresentada para a contratação foi a seguinte: O Diretor Comercial, através do Relatório à Diretoria Executiva DC N 025, de 30/11/2010, solicita a abertura de processo licitatório para contratação de empresa única especializada em serviços simultâneos de leitura, faturamento, impressão e apresentação de fatura de energia elétrica e outros serviços correlatos nas unidades consumidoras urbanas e rurais do grupo B; A modalidade da contratação dos serviços simultâneos considera uma única empresa realizando os serviços nas quatro distribuidoras, incluindo o fornecimento de coletores, impressoras, formulários, mãode-obra e toda a logística necessária para a execução do serviço; Por questões estratégicas e de segurança operacional, a proposta contida no Relatório à Diretoria Executiva DC N 025 não incluiu o fornecimento do sistema computacional, que permitirá a comunicação e operacionalização em campo dos serviços acima descritos, devendo esse sistema ser fornecido por outra empresa que não seja a prestadora dos serviços em campo; A exemplo da modalidade de contratação dos serviços operacionais, o fornecimento do sistema computacional deverá ser realizado por uma única empresa pela presunção da economia em escala com a redução dos custos de desenvolvimento e manutenção do software; O custo será único e individual para todas as empresas; Para a distribuidora Rondônia estão sendo adicionados novos recursos tecnológicos de última geração, tais como, transmissão e recepção de dados em tempo real via GPRS e fotografia do medidor no caso de inconsistência na leitura; Na previsão dos custos, considerou-se a seguinte composição: 1. Aquisição de licença: R$ ,00 em parcela única; 2. Instalação e treinamento de pessoal: R$ ,00 em parcela única; 3. Manutenção: R$ 5.000,00 x 24 parcelas mensais. As especificações do sistema computacional encontram-se no Anexo I deste Relatório. (Processo 004/2011, págs. 252 e 253). Em 14/12/2010, a Diretoria Executiva da Eletrobrás Distribuição Acre autorizou esta empresa a conduzir o processo de licitação centralizado para todas as empresas de distribuição da Eletrobrás para contratação de licença de uso de um sistema computacional para permitir a realização em campo dos serviços simultâneos de leitura, faturamento, impressão e apresentação de fatura de energia elétrica, no valor de R$ ,00 (seiscentos e oitenta mil reais). No mesmo ato, foram autorizadas a aderir ao pregão as empresas Eletrobrás Distribuição Piauí, Eletrobrás Distribuição Roraima e Eletrobrás Distribuição Rondônia (Processo 004/2011, pág. 002). 38

39 O pregão, tipo menor preço (Pregão Eletrônico n. 004/2011), ocorreu no dia 18/02/2011 pelo Comprasnet, sagrando-se vencedora a empresa CNPJ: / O valor global ofertado pela empresa vencedora foi de R$ ,00 (trezentos e setenta e nove mil, novecentos e noventa e nove reais). Este valor refere-se a: - Aquisição da Licença do Software: R$ ,00 em parcela única; - Instalação e Treinamento de pessoal: R$ ,96 em parcela única; e - Manutenção do Software: R$ ,96 em 24 parcelas mensais. O valor global foi dividido igualmente entre as empresas do grupo participantes do certame e cada empresa firmou um contrato individual com a empresa vencedora. Assim, o custo desta aquisição estipulado à CERON foi o seguinte: - Aquisição da Licença do Software: R$ ,00 em parcela única; - Instalação e Treinamento de pessoal: R$ 6.249,99 em parcela única; e - Manutenção do Software: R$ 2.968,74 em 24 parcelas mensais durante o prazo de vigência do contrato. Ao processo foram anexados dois pareceres jurídicos que autorizaram a homologação do processo licitatório: o Parecer PRJ/N. 30/2011, de 15/03/2011, elaborado pela Assessoria Jurídica da Eletrobrás Distribuição Acre (Processo 004/2011, págs. 237 a 240), e o Parecer PCJ/EDE N. 076/2011, de 25/03/2011, elaborado pela Consultoria Jurídica da Diretoria de Distribuição da Eletrobrás (Processo 004/2011, págs. 242 a 246). Em 04/04/2011, o Gerente do Departamento de Suprimentos da CERON produziu o Relatório DGS 023/2011 ao Diretor de Gestão recomendando a homologação do Pregão Eletrônico n. 004/2011. Ao final do Relatório, o Diretor de Gestão concordou com a proposição, aprovando a homologação do certame. O aviso de homologação foi publicado na pág. 108 do DOU do dia 13/04/2011 (Processo 004/2011, pág. 301). O pedido de serviço para contratação da empresa vencedora foi feito em 26/07/2011 (Processo 004/2011, págs. 302 a 304). Na mesma data foi submetida à Diretoria Financeira a Nota Técnica n DCC/013/2011 elaborada pelo Departamento Comercial para a liberação dos recursos objetivando a efetivação da contratação da empresa vencedora do certame (Processo 004/2011, págs. 305 a 307). Em 03/08/2011 foi publicada uma retificação da homologação na pág. 117 do DOU devido a um equívoco no valor na primeira publicação (Processo 004/2011, págs. 308 e 309). Por último, em 23/09/2011 foi firmado o Contrato DC/116/2011 entre a empresa vencedora e a CERON (Processo 004/2011, págs. 316 a 325). O extrato do contrato foi publicado na pág. 120 do DOU do dia 29/09/2011 (Processo 004/2011, pág. 326). No entanto, apesar de haver sido contratado, em análise ao Processo de acompanhamento desta contratação (Processo nº 2433/2010), constatamos que o 39

40 software não vem sendo utilizado pela CERON. Mesmo assim, a CERON efetuou o pagamento da Nota Fiscal n.º 2433 em 2011 no valor de R$ ,73 (vinte e seis mil, setecentos e dezoito reais e setenta e três centavos). Esse valor refere-se ao pagamento da aquisição da licença (R$ ,00), instalação e treinamento de pessoal (R$ 6.249,99) e manutenção (R$ 2.968,74). Diante desta constatação, questionamos a empresa sobre a situação desta contratação por meio da Solicitação de Auditoria nº , de 12 de junho de Em resposta, a CERON encaminhou a Carta CTA-PR/145/2013, de 20 de junho de Em síntese, as principais informações apresentadas pela UJ foram as seguintes: 1 O Software Agilis, contratado junto à empresa Synapsis por meio do Contrato DC/116/2011, foi disponibilizado no dia 08 de novembro de A homologação do software se iniciou em novembro de 2011 e foi concluída em março de 2012, quando também ocorreu a entrega do produto; 2 8 (oito) funcionários da CERON receberam treinamento no Software Agilis desenvolvido pela empresa Synapsis no período de 8 a 10 de Novembro de 2011; 3 O Software Agilis nunca foi instalado nos equipamentos da empresa Terceirizada que havia sido contratada para fazer a leitura e impressão das faturas de energia. Na data em que a Terceirizada iniciou o serviço de leitura (22 de fevereiro de 2012), o sistema desenvolvido pela empresa Synapsis ainda estava em processo de homologação; 4 O Grupo Eletrobrás optou por ter o domínio de um software próprio e a posse das fontes dos seus programas no âmbito do Ajuri, Sistema Comercial de sua propriedade intelectual que é aplicado de forma uniforme em todas as suas empresas. Assim, foram introduzidas melhorias no Sistema Ajuri que passou a ser utilizado pela empresa Terceirizada para fazer a leitura dos medidores e emissão de faturas; 5 No início do contrato, a Terceirizada utilizou um software próprio para fazer a leitura e emissão de faturas. O sistema utilizado no início do contrato pela Terceirizada foi sem custos para a CERON. Dessa forma, a partir da análise do processo e das informações prestadas pela CERON, pode-se concluir que por falta de um planejamento adequado do Grupo Eletrobrás em relação às suas distribuidoras, a CERON teve que suportar um gasto desnecessário no valor de R$ ,73 (vinte e seis mil, setecentos e dezoito reais e setenta e três centavos) para a contratação de um software que não chegou a ser utilizado pela UJ. Causa Falhas no planejamento para a escolha da solução de TI que atende ao contrato de leitura, impressão e entrega de faturas de energia elétrica. #/Causa# Manifestação da Unidade Examinada Por meio da Carta CT-PR/222, de 10 de setembro de 2013, a CERON manifestou-se assim: Esta empresa, primeiramente, discorda do registro efetuado por esse órgão de controle, cujo resultado foi de que: A unidade ainda não apresentou manifestação. 40

41 Acreditamos que trata-se de um equívoco, pois as informações solicitadas na SA nº foram prestadas por meio da CTA-PR/145/2013, datada de 20 de junho de 2013 (cópia anexa), cuja resposta as questões suscitadas por esse órgão foram (Doc.01): 4. Contrato DC/116/2011 Synapsis do Brasil Sobre o Sistema adquirido por meio do Contrato DC/116/2011 e desenvolvido pela empresa Synapsis Brasil ltda., informar; 1.1 Em que data o sistema foi disponibilizado à CERON? Em que data o sistema ficou pronto, ou seja, configurado de acordo com as especificações da CERON? Em que data o sistema foi homologado? Disponibilizar a documentação comprobatória de cada etapa do processo. R. O software foi disponibilizado no dia , para início do processamento das atividades previstas. A homologação iniciou em novembro de 2011 e foi concluída em março de 2012, quando também ocorreu a entrega do produto, ajustados as necessidades desta empresa. Segue, em anexo, arquivo das homologações. 1.2 O sistema desenvolvido pela empresa Synapsis Brasil ltda, foi instalado nos equipamentos da empresa Control (empresa responsável pela leitura e impressão das faturas de energia)? Em caso afirmativo, em que data ocorreu a instalação e por quanto tempo esse sistema foi utilizado? R. Não, na data do início dos serviços da Control (22/02/2012) o sistema desenvolvido pela empresa Synapsis Brasil Ltda, ainda se encontrava em processo de homologação. 1.3 Ocorreu o treinamento de funcionário da CERON conforme previsto no contrato? Caso afirmativo, onde foi realizado, qual data e quais funcionários participaram? Disponibilizar a documentação comprobatória de realização do treinamento. R. sim, o treinamento foi realizado no prédio sede desta empresa no período de 08 a 10 de Novembro de 2011 e participaram empregados de todas as ED s. Os empregados desta empresa treinados foram; Acácio Fernandes de Souza DOC, Denise Alves doo Carmo DOS, Gilberto Antunes DOS, José Rabelo Ferreira DCC, Josildo Lopes da Costa DCC, Nilson Carvalho de Souza TI, Rafael Maia Correa DCC, Rosana Aparecida Dourado DCC. O Treinamento ocorreu simultaneamente ao processo de homologação, ou seja, nas reuniões de homologação, e por ser de ordem prática não gerou certificado. 41

42 1.4 caso o sistema desenvolvido pela empresa Synapsis Brasil Ltda não tenha sido utilizado, informar o motivo. R. O sistema desenvolvido pela empresa Synapsis Brasil Ltda não chegou a ser utilizado pela Control em Rondônia, em virtude de quando a Control iniciou o serviço de LIES, em 22 de fevereiro de 2012, o software Agilis ainda se encontrava em processo de homologação faltando alguns ajustes. Quando da sua homologação definitiva a empresa Control já estava utilizando o software em operação que já se encontrava ajustado ao sistema AJURI e às normas vigentes da Resolução normativa ANEEL 414/2010. Todavia, o Grupo Eletrobras optou por ter o domínio de um Software próprio e a posse das fontes dos seus programas no âmbito do Ajuri, Sistema Comercial de sua propriedade intelectual que é aplicado de forma uniforme em todas as suas empresas. Assim, aproveitando os conhecimentos adquiridos durante a homologação do Software Agilis esta empresa introduziu melhorias no seu sistema Ajuri, uniformizando essa ferramenta, com ganhos importantes de sinergia para todas as empresas distribuidora, na medida em que se obtém ganho de custo de escala, aumento de confiabilidade operacional na padronização de procedimento e de manutenção do sistema, além do fato da empresa se tornar independente de terceiros. 1.5 Qual sistema a Control tem utilizado desde o início do contrato para fazer a leitura dos medidores e emissão de faturas? Qual o custo para a CERON do sistema utilizado pela Control? R. quando do início do contrato a Control utilizou um software próprio a qual já operava e que seu empregados já possuía amplo domínio dessa ferramenta. Todavia, quando do ajuste do Ajuri a Control passou a utilizar o Sistema Ajuri da CERON. O sistema utilizado no início do contrato pela Control foi sem custos para a CERON. Acredita-se ter havido equivoco dessa unidade ao deixar de analisar as considerações prestadas por esta empresa, cujo resultado, com certeza, levaria ao entendimento de que o gasto dispendido com o sistema foi proveitoso para a administração, quando esta utilizou do aprendizado adquirido para melhoria do seu sistema próprio (Ajuri). Por certo que somente com os conhecimentos adquiridos, durante a homologação do software Agilis, seus técnicos puderam aperfeiçoar seu sistema tornando-o independente. Com relação à falta de planejamento para a escolha da solução de TI que atende ao contrato de leitura, impressão e entrega de faturas de energia elétrica, alegada por essa unidade, informamos que o processo de contratação de Licença de uso de um sistema computacional para atender os serviços referenciados teve inicio em Dezembro/

43 Há de se entender que nessa data não havia previsão de disponibilização pela Eletrobrás de um software próprio, sendo necessária tal contratação. Somente no final de 2012 o Grupo Eletrobrás estabeleceu um pacote de melhorias no sistema Ajuri, que contemplou também o desenvolvimento desse software e a posse das fontes dos seus programas. Destarte, requer que seja reconsiderada a análise conclusiva de modo a excluir a recomendação, haja vista que não há responsabilidade a ser apurada e nem ressarcimento a ser promovido diante de que o serviço foi prestado e a contratação foi útil para a administração, pois que proporcionou o aperfeiçoamento do sistema comercial desta empresa, trazendo benefícios que em muito superam esse custo. Análise do Controle Interno A Companhia reapresentou manifestação que, de fato, já havia sido entregue à auditoria, mas por um equívoco não fora incorporada ao presente relatório, o que se fez neste momento. Em geral, informou que o software foi disponibilizado para a CERON em 08 de novembro de 2011, porém sua homologação somente ocorreu em março de 2012, no momento em que a prestadora dos serviços de leituras, impressão e entrega de faturas de energia que faria uso do programa já estava operando com aplicativo próprio. Alegou, ainda, que o gasto dispendido com o sistema foi proveitoso para a administração, quando esta utilizou do aprendizado adquirido para melhoria do seu sistema próprio (Ajuri). Acrescentou que não há responsabilidade a ser apurada e nem ressarcimento a ser promovido porque os serviços foram prestados e a contratação foi útil para a estatal, pois permitiu o aperfeiçoamento do seu sistema comercial, trazendo benefícios que em muito superam esse custo. A Controladoria concorda com a impossibilidade de ressarcimento, pela contratada, em relação aos valores pagos, considerando que o gestor atestou a prestação dos serviços e reafirma que eles ocorreram. Contudo, discorda da posição do gestor quanto a não apuração de responsabilidades, vez que houve, sim, desperdício de recursos. Nesse sentido, convém esclarecer que no contrato de leitura e entrega de faturas anteriores, os Correios (prestador da época) utilizam seu próprio sistema. Assim, era recomendável que a CERON, ao licitar, tivesse previsto que a vencedora se responsabilizaria pelo sistema. Isso, todavia, não foi feito. Desse modo, ficam mantidos a constatação e a respectiva recomendação. #/AnaliseControleInterno# Recomendação: Considerando que a Companhia incorreu em gasto desnecessário no valor de R$ ,73 (vinte e seis mil, setecentos e dezoito reais e setenta e três centavos) com essa contratação, tendo em vista que nunca foi utilizada, recomenda-se apurar as responsabilidades e promover o ressarcimento CONSTATAÇÃO Ausência de elaboração de Plano Estratégico/Diretor de Tecnologia da Informação 43

44 Fato Tal como ocorreu nos exercícios anteriores, em 2012 a CERON não utilizou instrumentos próprios de planejamento na área de informática (Plano Estratégico de Tecnologia da Informação - PETI e Plano Diretor de Tecnologia da Informação PDTI). O planejamento de TI é essencial para que as organizações possam identificar e alocar corretamente os recursos da área de TI de acordo com as prioridades institucionais e com os resultados esperados, contemplando investimentos, contratações de serviços, aquisição de equipamentos, necessidades de capacitação de pessoal e gestão de risco, em que ficassem evidentes os projetos e as ações na área de TI necessários ao alcance dos objetivos da organização como um todo. A ausência de planejamento leva ao enfraquecimento das ações e da própria área de TI devido a resultados abaixo do esperado e consequente insatisfação dos usuários. Isso pode comprometer toda a área de TI e influenciar negativamente o desempenho do órgão/entidade na sua missão institucional, já que a TI representa importante ferramenta para o desenvolvimento das ações previstas. O planejamento, além de ser uma obrigação constitucional (CF, art. 37, 70, 71 e 174) é também uma obrigação legal, conforme disposto no Decreto-Lei 200/67, Título II - Dos Princípios Fundamentais, Art. 6º: As atividades da Administração Federal obedecerão aos seguintes princípios fundamentais: I Planejamento [...]. Ademais, diversos Acórdãos do Tribunal de Contas da União (TCU) determinam que as contratações devam ser precedidas de planejamento: [...] a licitação deve ser precedida de minucioso planejamento, realizado em harmonia com o planejamento estratégico da instituição e com o seu plano diretor de informática [...] (Acórdãos TCU - Acórdãos 1521/03-P; 1558/03-P; 2094/04-P; 117/06-P; 304/06-P, etc.). No que se refere especificamente ao PDTI, a Gerência de Tecnologia da Informação e Telecomunicações, por meio da CTR/PR-035/2013, de 04/02/2013, em resposta à SA nº , disponibilizou documentação relativa a uma licitação promovida pela Amazonas Distribuidora de Energia S.A., na modalidade pregão eletrônico, tendo como objeto a contratação de empresa para elaboração e implantação do PDTI em cada uma das seis empresas distribuidoras da Eletrobrás, incluindo a própria CERON. A homologação desse pregão ocorreu em 05/02/2013, tendo o valor total alcançado R$ ,00 (R$ ,00 para cada empresa). Dessa forma, até a referida data, a CERON não possuía um PDTI vigente. Há de se ressaltar que diversos órgãos da administração pública optaram por fazer parte do Sistema de Administração de Recursos de Tecnologia da Informação (SISP) e, com isso, entre outras vantagens, conseguiram elaborar os respectivos PDTI (ex.: FUNAI ( ) e FUNASA ( )). Inicialmente, o SISP abrangia apenas órgãos e entidades da Administração Pública Federal direta, autárquica e fundacional. Porém, a partir do Decreto nº 7.579, de 11 de outubro de 2011, a participação no SISP foi facultada às empresas públicas e sociedades de economia mista. A adesão ao SISP abre as portas para uma comunidade em que é estimulado o uso racional dos recursos de tecnologia da informação, visando à melhoria da qualidade e da produtividade do ciclo da informação, bem como é estimulado o desenvolvimento, a padronização, a integração, a interoperabilidade, a normalização dos serviços de produção e a disseminação de informações, de forma desconcentrada e descentralizada. 44

45 O SISP conta com uma Central de Serviços e Suporte (C3S), servindo de Ponto Único de Contato entre os órgãos setoriais, seccionais e correlatos e o Órgão Central, oferecendo suporte aos órgãos integrantes do SISP, buscando dirimir dúvidas, responder aos questionamentos referentes às matérias abordadas e coordenar o processo de atendimento in loco. O Catálogo de Serviços de Consultoria do SISP (Catálogo de Serviços Especializados da C3S) tem o objetivo de trazer e apresentar à Comunidade do SISP, os serviços para atendimento in loco nas Organizações. Os serviços estão organizados em oito eixos temáticos, visando melhor entendimento de todos os serviços de 3o. Nível, ou Suporte Especializado. Além disso, há o compartilhamento de diversos guias, incluindo o Guia de Elaboração de PDTI do SISP, Guia de Comitê de TI do SISP, Metodologia de Gerenciamento de Projetos do SISP(MGP-SISP), Processo de Software para o SISP (PSW-SISP) e Roteiro de Métricas de Software do SISP. Assim, caso a CERON tivesse seguido as recomendações contidas no Relatório de Auditoria de Contas do exercício anterior, teria obtido suporte necessário para a elaboração do Plano Diretor de Tecnologia da Informação (PDTI), com gastos provavelmente menores. #/Fato# Causa Falha nos controles internos administrativos da Unidade, ao não elaborar/utilizar os instrumentos apropriados de planejamento na área de TI (PETI e PDTI). #/Causa# Manifestação da Unidade Examinada Por meio da CTA/PR-187/2013, de 31/07/2013, em resposta à Solicitação de Auditoria da CGU nº FINAL, a EDRO apresentou as seguintes explicações: No que se refere às recomendações da CGU quanto ao PDTI, esta EDRO, em consonância com as demais Empresas de Distribuição da Eletrobras, iniciou em meados de 2012 o processo para contratação do Plano Diretor de Tecnologia da Informação, conforme informado por meio da CTR/PR-035/2013, de 04/02/2013. Quanto ao fato de outros adotarem o SISP e ainda alegação de custos menores, não temos condições de nos manifestarmos, por desconhecimento dos respectivos valores, assim como das necessidades dos referidos órgãos. No entanto, a contratação em voga foi objeto de licitação, na forma da lei, com ampla divulgação, tendo havido concorrência acirrada, conforme faz provar relatório de julgamento do certame, anexo aos autos. Quanto ao SISP, antes mesmo de tomar a decisão de contratação do PDTI, a Empresa teve acesso ao sistema via site, nas suas avaliações prévias porém, se identificou que haveria a necessidade de uma estrutura mínima e conhecimento metodológico, conforme abaixo: Analista (profissional de nível superior) para realização de entrevista e coleta de informações, que ficou na empresa por 02 semanas, realizando coleta de informações para posterior análise profissionais para analises de todas as informações levantadas pelo entrevistador. 45

46 A referida estrutura e conhecimento metodológico está sendo disponibilizada pela consultoria contratada para atender a Administração durante todo o período de elaboração do PDTI, previsto para durar 04 meses, respeitado o nível de maturidade da infra estrutura tecnológica local e eventual necessidade de evolução. Não se conseguiu vislumbrar algo parecido com essa estrutura no SISP. Outra preocupação assentou-se nos prazos de atendimento, por ser o SISP público, de apoio não integral, comprometendo assim a celeridade, o que não ocorre com a consultoria contratada. Quanto aos custos do contrato, é dificultoso comparar com o SISP, pois o mesmo contempla todos os custos que envolvem a elaboração do PDTI, ao passo que com o SISP, seria necessário uma maior disponibilidade dos técnicos da Empresa e do próprio SISP, em deslocamentos, envolvendo custos concernentes e tempo dedicado, o que é problema face à reduzida equipe de TI desta Empresa, o que também já é insuficiente para suas atividades rotineiras (sistemas comerciais, operacionais e de gestão da distribuição da energia, essenciais para o cumprimento da sua missão). Importante destacar que o SISP é um sistema facultativo e que o modelo contratado pela Eletrobras Distribuição Rondônia é devidamente regular e amparado pela legislação de contratação vigente no País. Segue em anexo, contrato nº DG/093/2013 e produtos já entregues do PDTI da Eletrobras Distribuição Rondônia. #/ManifestacaoUnidadeExaminada# Análise do Controle Interno Segundo as informações do Gestor, confirmando o que foi apontado nesta constatação, o processo de elaboração do PDTI das EDEs ainda está em curso, ou seja, em 2012 a EDRO não utilizou os instrumentos próprios de planejamento na área de informática, cerne deste apontamento. Quanto ao pessoal envolvido na elaboração do PDTI, foi alegado que, em consulta ao sítio do SISP, identificou-se a necessidade de uma estrutura mínima, consistindo de um (01) analista, para realização de entrevistas e coleta de informações, e quatro (04) profissionais, para analisar as informações levantadas pelo entrevistador. Acrescentou ainda o Gestor que essa estrutura teria sido disponibilizada pela consultoria contratada. Algumas considerações podem ser feitas a respeito desse assunto: - Da forma que foi colocada pelo Gestor, a elaboração do PDTI não envolveu diretamente profissionais da própria EDRO. Dessa forma, perde-se uma oportunidade de internalizar a experiência prática na elaboração do referido instrumento de planejamento, necessária para futuras atualizações ou mesmo na produção de novas versões. - Por falta do envolvimento de profissionais da própria instituição, corre-se o risco de produzir um documento estranho a essa, cuja finalidade fique restrita apenas ao atendimento de formalidades. 46

47 - Não foi encontrada no sítio do SISP, incluindo nesse caso, o próprio Guia de Elaboração do PDTI, a informação referente a uma equipe mínima, tal como foi alegada pelo Gestor. - Por fim, é importante destacar a importância, na visão adotada pelo SISP, da participação dos profissionais da instituição: (...) cabe esclarecer que os papéis envolvidos no processo de elaboração do PDTI não devem ser desempenhados exclusivamente por profissionais da área de TI. Pelo contrário, é essencial que a elaboração do PDTI ocorra com a participação das diversas áreas do órgão áreas finalísticas e áreas meio. (...) Outra recomendação é que a equipe não seja técnica, mas primordialmente negocial, com conhecimento multidisciplinar, perfil colaborativo e integrador, domínio da cultura organizacional e do negócio da sua área. (Guia de Elaboração do PDTI do SISP Versão 1.0) Quanto ao custo para elaboração do PDTI, verifica-se outra vez, que no planejamento referente à identificação da solução a ser adotada, não foi realizado um estudo prévio, considerando as outras opções disponíveis, tais como sugerido por esta CGU. #/AnaliseControleInterno#Recomendações: Recomendação 1: Reiteramos a recomendação de que a CERON adote/utilize, com maior brevidade possível, os instrumentos de planejamento adequados à área de informática (PETI e/ou PDTI), de modo a sintonizar seus projetos/ações com os objetivos estratégicos da empresa, de preferência, nos moldes propostos pela IN/SLTI/MPOG nº 04/2010. Recomendação 2: Reiteramos a recomendação de que a CERON avalie a possibilidade de adesão ao Sistema de Administração dos Recursos de Tecnologia da Informação (SISP), seguindo as orientações contidas na Instrução Normativa SLTI/MPOG nº 03/ CONSTATAÇÃO Ausência de processo de trabalho formalizado na contratação de bens/serviços de Tecnologia da Informação Fato Em relação ao processo de contratação de bens e serviços de TI, a Centrais Elétricas de Rondônia S.A. - CERON, por meio da CTR/PR-035/2013, de 04/02/2013, em resposta à Solicitação de Auditoria n.º , informou que (...) embora ainda não esteja aprovado formalmente pela Diretoria Executiva, em função da necessidade de consenso 47

48 entre as 6 Distribuidoras da Eletrobrás para finalizar, o DGT decidiu encaminhar o que está pronto até o momento, conforme anexo pasta \\Item 5\Item 5.2. Dessa forma, ficou constatado que a CERON ainda não conta com um processo de contratação de bens e serviços de TI, definido e aprovado pela sua Direção, bem como posto em prática no setor responsável pelas contratações na área de TI. Conforme apontado em outras constatações deste relatório, foram encontradas falhas em contratações realizadas, decorrentes, em parte, da ausência de um processo de aquisição/contratação consistente. É importante ressaltar também que as contratações têm início no planejamento e que a CERON, conforme apontado em outra constatação deste relatório, ainda não dispõe de instrumentos de planejamento específicos de TI. Esse fato aumenta o risco de realização de aquisições e contratações desnecessárias, com baixa qualidade ou que não estejam alinhadas às necessidades do negócio da empresa a médio e a longo prazos. #/Fato# Causa Falha nos controles internos administrativos da Unidade, ao não elaborar processo de trabalho para aquisição de bens e serviços de TI. #/Causa# Manifestação da Unidade Examinada Por meio da CTA/PR-187/2013, de 31/07/2013, em resposta à Solicitação de Auditoria da CGU nº FINAL, a EDRO apresentou as seguintes explicações: Está em fase final elaboração de Norma de Aquisição de Bens e Serviços de TI, contemplando dentro outras as recomendações da CGU. No entanto, esclarecemos que as contratações realizadas até a presente, tiveram que base as diretrizes da Holding, as quais contempla as orientações trazidas no Guia de Boas Práticas em Contratação de Soluções de Tecnologia da Informação do TCU. Além disso, está em andamento a elaboração do PDTI da Eletrobras Distribuição Rondônia. #Análise do Controle Interno Em sua resposta, o gestor informa que a norma de aquisição de bens e serviços de TI ainda está em fase de elaboração, confirmando o que já foi apontado nesta constatação. Além disso, alegou também que as contratações realizadas até o presente momento tiveram como base as diretrizes da Holding, as quais contemplam as orientações trazidas no Guia de Boas Práticas em Contratação de Soluções de tecnologia da Informação do TCU. Entretanto, considerando as falhas encontradas nas contratações analisadas, verifica-se que a EDRO não vem fazendo uso de tais práticas. #/AnaliseControleInterno# Recomendação: Aprimorar e finalizar a elaboração do processo de trabalho formalizado e uniformizado para contratação de bens e serviços de TI. 48

49 CONSTATAÇÃO Ausência de processo formalizado no Desenvolvimento e Produção de Sistemas de Informação Fato Foi constatado que a Centrais Elétricas de Rondônia S.A. - CERON ainda não conta com um processo de desenvolvimento e produção de sistemas de informação formalmente aprovado por sua Direção. Por meio da CTR/PR-035/2013, de 04/02/2013, em resposta à Solicitação de Auditoria nº , informou que embora ainda não esteja aprovado formalmente pela Diretoria Executiva, em função da necessidade de consenso entre as 6 Distribuidoras da Eletrobras para finalizar, o DGT decidiu encaminhar o que está pronto até o momento, conforme anexo pasta \\Item 4\Item 4.2. Foi possível verificar que o conteúdo disponibilizado, ainda em estado de minuta, não abrangeu todo o escopo referente ao desenvolvimento de sistemas, ficando restrito apenas aos aspectos relativos à manutenção de sistemas corporativos. Na prática, foi observado na amostragem realizada sobre os processos de contratação de soluções de tecnologia da informação que a descrição da demanda inicial não apresentou detalhamento suficiente para subsidiar a comparação entre as possíveis alternativas, dificultando e restringindo a escolha da solução que melhor atendesse às necessidades da Administração Pública. Além disso, foi notada a ausência de utilização de métricas de software, impactando tanto a etapa da escolha das alternativas quanto o acompanhamento do progresso do software. Atualmente, a métrica mais utilizada é o Ponto de Função. Ao invés disso, verificou-se a existência de remuneração aferida por meio da métrica homens-hora, sem que estivesse clara a vinculação entre os valores pagos e os artefatos que deveriam ser entregues. No caso da Inexigibilidade de Licitação n.º 006/2012, o cronograma previa apenas a percentagem sobre o serviço executado, dividido em cinco meses (20% em cada mês), mas não havia informações suficientes para aferir a realização desses percentuais. Nos processos de pagamento disponibilizados constavam basicamente as notas fiscais, certidões negativas e documentação contábil e financeira (comprovante de depósitos). O correto seria que os pagamentos fossem efetuados com base em resultados, preferencialmente por módulos do software prontos para utilização, cujos tamanhos estivessem previamente estimados por meio de métricas de software. #/Fato# Causa Falha nos controles internos administrativos da Unidade, ao não elaborar processo de trabalho para Desenvolvimento e Produção de Sistemas de Informação. #/Causa# Manifestação da Unidade Examinada Por meio da CTA/PR-187/2013, de 31/07/2013, em resposta à Solicitação de Auditoria da CGU nº FINAL, a EDRO apresentou as seguintes explicações: 49

50 A Diretoria Executiva da Eletrobras Distribuição Rondônia, por meio da Resolução 031/2013, aprovou a Norma DG-TIC-02/N-018 e o Procedimento DG-TIC-02/P-001, para Manutenção de Sistemas Corporativos e conforme a própria resolução expressa em sua justificativa: A norma e o Procedimento propostos modernizam a condução do procedimento de Manutenção de Sistemas Corporativos, envolvendo o fornecedor e o Solicitante nas tomadas de decisão e estabelece métricas modernas e compatíveis com metodologias reconhecidas mundialmente para mensuração de custo e de esforço. Assim, para evitar penalidades de tais órgãos e estabelecer boas práticas de manutenção de sistemas na empresa, foram elaborados a norma e procedimento, baseados nas normas e recomendações vigentes. Além disso, está em andamento a elaboração do PDTI da Eletrobras Distribuição Rondônia. Desta forma, considerando a norma aprovado em 2013, em anexo, entendemos que a constatação ora relatada está sanada. #/ManifestacaoUnidadeExaminada# Análise do Controle Interno Apesar da aprovação da referida norma e respectivo procedimento, verifica-se que estes têm abrangência limitada, tratando apenas da manutenção de sistemas corporativos, conforme já apontado. Dessa maneira, ainda não é possível considerar que a EDRO disponha de normas e processos adequados para tratar do desenvolvimento e produção de sistemas de informação como um todo. Na prática, continuaram sendo constatados, independente de haver norma formalizada ou não, problemas nessa área, como por exemplo, a ausência de utilização de métricas de software apropriadas, tendo sido verificada contratação por meio da métrica homenshora, sem a clara a vinculação entre os valores pagos e os artefatos que deveriam ser entregues. #/AnaliseControleInterno#Recomendação: Aprimorar e finalizar a elaboração do processo de trabalho formalizado e uniformizado para o Desenvolvimento e Produção de Sistemas de Informação. 3 CONTROLES DA GESTÃO 3.1 CONTROLES INTERNOS ATUAÇÃO DA AUDITORIA INTERNA CONSTATAÇÃO Redução do quadro de pessoal da Auditoria Interna inviabilizará o cumprimento do Plano Anual de Atividades elaborado para o exercício de

51 Fato Em 2012, a Companhia adotou medidas que levaram ao enfraquecimento da capacidade operacional de sua unidade de Auditoria Interna por meio da substituição de três empregados experientes por um sem nenhuma vivência na área. Antes de ocorrer essa desmobilização, essa unidade realizou as ações pactuadas com esta Controladoria e aprovadas pelo Conselho de Administração da própria CERON. A Auditoria Interna contou com 06 (seis) empregados em 2012, sendo um gerente e 05 (cinco) técnicos. Com esse contingente conseguiu cumprir o planejamento de trabalho cujas ações de controle encontram-se materializadas em 09 (nove) relatórios de auditoria, conforme quadro adiante: Quadro Ações mais relevantes realizadas pela Auditoria Interna em 2012 RELATÓRIO NÚMERO OBJETO DO TRABALHO Avaliação da integridade e da regularidade das informações disponíveis 001, de 27/06/2012 na Página de Transparência Pública 002, de 02/06/2012 Avaliação da gestão de benefícios assistenciais Auditoria de avaliação da gestão de contratos de serviços terceirizados 003, de 10/08/2012 Auditoria de avaliação do sistema de adiantamentos e prestações de 004, de 15/10/2012 contas de viagens e hospedagens 005, de 13/12/2012 Auditoria de avaliação de gestão do Contrato DO/069/ , de 12/12/2012 Avaliação da gestão da arrecadação comercial 007, de 27/12/2012 Avaliação da regularidade dos processos licitatórios 008, de 27/12/2012 Auditoria no processo de contas a pagar 009, de 28/12/2012 Avaliação da gestão da folha de pagamento Fonte: Relatório Anual de Atividades de Auditoria Interna - RAINT 2012, de 30/01/2013. No entanto, no exercício de 2013, a unidade de auditoria atua com quatro empregados, sendo um gerente, um auditor, uma agente administrativo e uma funcionária, sem experiência em atividades de controle interno, que acabou de ser incorporada à equipe. Em virtude desse desmonte da unidade de controle, apenas 10,7% das ações programadas para o exercício de 2013 foram executadas até o encerramento do primeiro semestre, conforme quadro a seguir: Quadro Acompanhamento do PAINT/2013¹ Posição em 30/06/2013 ACOMPANHAMENTO DO PAINT/2013 Atividades Quantidade de horas Previstas Realizadas Situação Observações Auditoria de Avaliação da Gestão dos Almoxarifados e Inventário de Materiais Não iniciado _ Avaliação dos adiantamentos e prestações de contas de viagens Não iniciado _ Avaliação da gestão de contratos de serviços terceirizados da área administrativa Concluído Relatório de Auditoria nº CAD/001/2013, de 28/06/2013. Realizado por Deneval. Iniciado em 18/03/2013 e concluído em 51

52 ACOMPANHAMENTO DO PAINT/2013 Atividades Quantidade de horas Previstas Realizadas Situação Observações 28/06/2013. Avaliação da gestão do Faturamento Comercial Não iniciado _ Avaliação da gestão dos contratos de serviços terceirizados da área técnica Não iniciado _ Auditoria em Fundo Fixo de Caixa e em Pequenas Compras Avaliação da gestão da Folha de Pagamento Avaliação da regularidade dos processos licitatórios Em andamento Não iniciado Não iniciado Iniciado em 21/06/2013 e com previsão de conclusão em 16/08/2013. Realizado por Deneval e Ana Cristina. Acompanhar a gestão das ações judiciais que envolvem a CAERD Suspenso Por solicitação da CGU/RO. Total de horas dos trabalhos programados ,7% _ Prestação de Contas Anual 560 Acompanhamento do cumprimento das recomendações da Auditoria Interna, CGU, TCU, Eletrobrás, CA, CF e sindicâncias. Atendimentos às diligências da CGU, TCU, Eletrobras e outros PAINT e RAINT Concluído 322 Permanente Horas relativas à participação da técnica Ana Cristina no Grupo de Trabalho designado pela RES-DE 027/2013 e posteriormente. CAD=56h; TCU=28h; CA=70h. CGU=28h; CF=140h; 495 Permanente CGU=427h; TCU=28h; Eletrobras=40h; 70 Concluído Elaboração do RAINT/2012, de 17/01 a 31/01/2013. Total de outras demandas do PAINT Trabalhos não programados Total de horas de trabalho ,2% 0 0% ,5% 1. Plano Anual de Atividades da Auditoria Interna. Fonte: Respostas da CERON entregues em 10/07/2013. As três portarias que transferiram ou remanejaram os funcionários da Auditoria para outros setores foram assinadas pelo Diretor de Gestão da Companhia e são as seguintes: 52

53 sem número, de 22 de fevereiro de 2013; n.º 30, de 19 de março de 2013; e n.º 37, de 14 de maio de Importante destacar que fornecer as condições adequadas para que o Controle Interno funcione nas empresas estatais federais não é uma opção para o gestor, mas sim uma imposição legal. Esse assunto é tratado, dentre outros, pelos seguintes normativos federais: Lei n.º /2001, Decretos de números 3.591/2000, 4.304/2002, 4.440/2002. Este último normativo, inclusive, é bastante claro ao dispor que: "Art. 14. As entidades da Administração Pública Federal indireta deverão organizar a respectiva unidade de auditoria interna, com o suporte necessário de recursos humanos e materiais, com o objetivo de fortalecer a gestão e racionalizar as ações de controle. Vale dizer, ainda, que a CGU é o órgão central do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal e possui jurisdição sobre auditorias internas da Administração Indireta da União, incluindo as companhias federais, exercendo a orientação normativa e supervisão técnica, nos termos do Decreto n.º 4.440/2002 a seguir: Art. 15. As unidades de auditoria interna das entidades da Administração Pública Federal indireta vinculadas aos Ministérios e aos órgãos da Presidência da República ficam sujeitas à orientação normativa e supervisão técnica do Órgão Central e dos órgãos setoriais do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal, em suas respectivas áreas de jurisdição. Diante do exposto, foi solicitado à auditada que apresentasse justificativas acompanhadas das respectivas comprovações documentais, respondendo aos três questionamentos que se seguem. a) O que levou a Companhia a desmobilizar a unidade de controle? Caso tenha decorrido de alguma norma interna, favor fornecer cópia da mesma e explicar se tal regra aplicava-se apenas à Auditoria Interna. Por meio da Carta CTA-PR n.º 168, de 05 de julho de 2013, respondeu que: De forma alguma esta empresa desmobilizou o setor de auditoria interna, o que se está fazendo é remanejando alguns empregados para aquela área, guarnecendo-a de profissionais com conhecimento específico para o trabalho desenvolvido como: contadora, administrador e engenheiro. O remanejamento se aplica em toda a área da empresa e consiste na movimentação de empregado entre as áreas no mesmo município, podendo se realizar por iniciativa da empresa ou a requerimento do empregado. No caso da Auditoria, aproveitando o conhecimento adquirido pelos profissionais de níveis médios, lotados naquela unidade, remanejou-se três: uma para a área de suprimento, outro para o controle dos transportes e outro para ouvidoria. Permanecendo dois contadores e uma assistente administrativa. Em substituição aos três profissionais, a Diretoria de Gestão se comprometeu em substituir os colabores de nível médio por profissionais com formação em 53

54 Contabilidade, Administração, Engenharia e Tecnologia da Informação, em prazo préacordado. Todavia, a profissional com formação em Ciências Contábeis solicitou desligamento da empresa, de forma inesperada. Com isso, não foi possível, ainda suprir duas vagas, o que será feito tão logo se realize o concurso público em andamento, cuja licitação para a promotora do evento, está sob recurso processual. b) Supondo que se esteja cumprindo a normativos internos e que sejam de caráter geral, demonstrar, com documentos, a aplicação da referida regra nos demais setores da CERON. Conforme já dito acima, o remanejamento é feito a critério da empresa ou a pedido do empregado. A exemplo segue portaria de remanejamento de outros empregados. c) Considerando que mais da metade do exercício de 2013 se passou e que a Auditoria Interna não conseguiu realizar praticamente nenhuma ação programada no respectivo PAINT, explicar e documentar a direção da empresa já fez e/ou está fazendo para resolver esse problema. Uma vez conhecendo que praticamente nenhuma ação programada do PAINT foi realizado (sic), esta empresa irá se reunir com o gerente da área para que o mesmo possa demonstrar a evolução de seus trabalhos, de modo a possibilitar a adoção de providências para que os trabalhos de auditoria não sofra (sic) descontinuidade. As explicações preliminares apresentadas pela Unidade Jurisdicionada UJ são inadmissíveis. Aproveitar o conhecimento adquirido pelos profissionais de níveis médios, lotados naquela unidade [de Auditoria] em outros setores da empresa sem prévia contratação e formação de novos auditores equivale, sim, à anulação dessa unidade de controle, em desrespeito à legislação já referenciada, evidenciando ainda o descaso da administração dessa estatal para com o patrimônio público que está sob sua responsabilidade. Conforme ficou demonstrado no quadro de acompanhamento das atividades da Auditoria Interna relativo ao primeiro semestre de 2013, o quantitativo que resta na unidade é suficiente apenas para atender às demandas por informação oriundas dos conselhos da própria CERON, da CGU, do TCU, da ANEEL, bem como de outros órgãos de controle (internos e externos). A única ressalva que deve ser feita aqui é que, para fins de julgamento das contas, esta impropriedade deve ser incorporada ao exercício de 2013, tendo em vista que as portarias foram assinadas neste ano. Causa Remanejamento de metade dos empregados lotados na Auditoria Interna para outras unidades administrativas, impedindo a execução das ações de controle previstas no PAINT/

55 Manifestação da Unidade Examinada Por meio da Carta n.º 183, de 26 de julho de 2013, a CERON apresentou a seguinte manifestação: É desproporcional a afirmação de anulação da unidade de controle. O processo de reestruturação da Auditoria Interna, se deu observados as seguintes diretrizes: 1. O corpo de funcionários, em especial os três remanejados, estavam exercendo atividades de auditor, sendo que são profissionais de nível médio. Para exercer as atividades de auditor, é necessário ser concursado para o cargo de nível superior. 2. Quando da proposta de remanejamento, foram identificados na empresa 02 (dois) outros empregados concursados, de nível superior, e inclusive treinados para compor o quadro de pessoal da Auditoria. Sendo que um desses acabou pedindo desligamento da Empresa. 3. Também foi planejamento (sic) a incorporação ao quadro da Auditoria, de um terceiro profissional de nível superior, via concurso publico, a ser realizado em O referido concurso, com tratativas iniciadas ainda em 2012, foi suspenso em março de 2013 por decisão judicial. Esse profissional seria da área de engenharia/ti. Portanto, ainda que para essa Controladoria a percepção da situação tenha sido uma tentativa de desmobilização, tratou-se, na realidade, de uma ação para compor o quadro de pessoal da Auditoria com profissionais adequados para realizar trabalho de auditoria dentro da nova realidade da Empresa. É importante destacar que quanto ao PAINT/2013, a Administração já está se mobilizando junto às auditorias das demais empresas do grupo para garantir a execução do mesmo. Essa auditoria compartilhada não seria uma experiência inédita dentro das empresas, pois em exercícios anteriores, já foi adotada essa forma para sanar carência de pessoal de auditoria em outra empresa do grupo. Análise do Controle Interno Em sua manifestação complementar, o gestor da CERON declarou que a retirada dos empregados da Auditoria Interna ocorreu porque eles (...) estavam exercendo atividades de auditor, sendo que são profissionais de nível médio. Acrescentou que abriu uma vaga para auditor no concurso público que se encontra em andamento no momento suspenso por decisão judicial. Quanto à baixíssima execução das ações prevista no PAINT/2013, asseverou que mobilizará as unidades de controle interno das empresas do grupo Eletrobras para que atuem de forma compartilhada. Essa justificativa, na prática, confirma o entendimento desta Controladoria visto que: (i) a direção da CERON não se preocupou em realizar a contratação e treinamento de auditores, antes de reduzir drasticamente o quadro da Auditoria Interna; e (ii) programou apenas uma vaga para auditor no processo seletivo que se encontra em andamento, número absolutamente insuficiente para substituir três profissionais experientes. Outra questão refere-se à solução emergencial apontada pela empresa, que é a realização de auditorias compartilhadas com pessoal das demais distribuidoras do grupo, dificilmente se tornará viável. Para tanto, o gestor deveria informar qual a capacidade operacional das unidades administrativas que vão colaborar, o nível de 55

56 experiência desses profissionais, o custo dessa medida para a CERON, dentre outros. Portanto, mantém-se a opinião deste Órgão no sentido de que o esvaziamento da Auditoria Interna da estatal inviabilizará a execução de suas atividades, elevando-se os riscos inerentes. Recomendação: Considerando os princípios da eficiência e da indisponibilidade do interesse público, recomenda-se à direção da Companhia que avalie o processo de reestruturação da equipe da Auditoria Interna, de modo a não prejudicar a execução do plano de trabalho dessa unidade administrativa CONSTATAÇÃO Cerceamento pontual de ação da Auditoria Interna: Diretoria de Operação não disponibilizou documentação do contrato de manutenção da rede elétrica Fato A Diretoria de Operação não entregou, tempestivamente, a documentação relativa ao Contrato DO/069/2010, inviabilizando o trabalho da Auditoria Interna. Essa ação destinava-se a avaliar a conformidade da gestão dos contratos de locação e serviços terceirizados. A Lei n.º , de 06 de fevereiro de 2001, organiza e disciplina os Sistemas de Orçamento, de Finanças, de Contabilidade e de Controle Interno no âmbito do Poder Executivo Federal. A mesma norma define a Controladoria Geral da União CGU como sendo o órgão central do Sistema de Controle Interno desse Poder, cabendo-lhe, dentre outras atribuições (Art. 11 do Decreto n.º 3.591/200, atualizado pelo Decreto n.º 4.304/2002): [...] IV - consolidar os planos de trabalho das unidades de auditoria interna das entidades da Administração Pública Federal indireta; [...] X - avaliar o desempenho da auditoria interna das entidades da administração indireta federal; [...]. Nesse sentido, anualmente, a Centrais Elétricas de Rondônia S.A. CERON submete seu Plano Anual de Atividades de Auditoria Interna PAINT à apreciação técnica da Controladoria para fins de avaliação e sugestão de trabalhos de fiscalização, sempre de conformidade com a percepção de risco, materialidade e impactos sociais que ambos os órgãos de controle (CGU e Auditoria Interna) têm sobre as ações da Companhia. Por isso a CGU recomendou à empresa que fiscalizasse, por amostragem, a execução de seus contratos de terceirização de serviços (Nota Técnica n 2931/CGURO/SFC/CGU/PR de 06/12/2010). 56

57 Seguindo esse planejamento, a unidade de Auditoria Interna da estatal selecionou, por amostragem, 05 (cinco) contratos para auditagem em 2012 dentre os quais: prestação de auxiliares (mão de obra de atividades-meio); locação de veículos; limpeza e conservação; manutenção predial; e manutenção corretiva e preventiva de rede de distribuição de energia elétrica, sendo este último o de maior valor e atende à área finalística organização. Nos quatro primeiros contratos a unidade de controle interno da distribuidora conseguiu realizar o trabalho a contento, expedindo as recomendações para que as respectivas áreas possam aprimorar a gestão e o acompanhamento dessas avenças. Entretanto, não foi possível realizar a auditoria sobre o contrato de manutenção de rede, cujos serviços são essenciais para o negócio da CERON. Motivo: a Diretoria de Operação, responsável pelo contrato, não entregou a documentação solicitada pelo auditor interno. Esse trabalho, vale dizer, iniciou-se em janeiro e se prolongou até o mês de agosto, portanto, ficou aberto durante 08 (oito) meses e, mesmo assim, a documentação não foi disponibilizada. Importante esclarecer que esse tipo de conduta criar obstáculos à atuação do Controle Interno é vedado pela Lei n.º /2001, conforme o art. 26, caput e parágrafo primeiro citados adiante: Art. 26. Nenhum processo, documento ou informação poderá ser sonegado aos servidores dos Sistemas de Contabilidade Federal e de Controle Interno do Poder Executivo Federal, no exercício das atribuições inerentes às atividades de registros contábeis, de auditoria, fiscalização e avaliação de gestão. (Destacamos). 1 o O agente público que, por ação ou omissão, causar embaraço, constrangimento ou obstáculo à atuação dos Sistemas de Contabilidade Federal e de Controle Interno, no desempenho de suas funções institucionais, ficará sujeito à pena de responsabilidade administrativa, civil e penal. (Destacamos). Portanto, trata-se de evento que contraria as ações de transparência empreendidas pelo Poder Executivo Federal e requer a pronta atuação da presidência da estatal e, sobretudo, de seu Conselho de Administração, a quem se vincula a unidade de Auditoria Interna. #/Fato#Causa A Diretoria de Operação não entregou, tempestivamente, a documentação relativa ao Contrato DO/069/2010, inviabilizando o trabalho da Auditoria Interna. #/Causa#Manifestação da Unidade Examinada Por meio da Carta n.º 183, de 26 de julho de 2013, a CERON apresentou a seguinte manifestação: Na verdade não se trata de cerceamento das ações da Auditoria Interna. O que ocorreu, de fato, foi um atraso na entrega dos documentos, e estes quando entregues não obedeceram ao rito e à formalidade exigida pelas normas da Empresa, haja vista ser um contrato com metodologia recente, sendo o plano piloto para o modelo de contratação por produtividade, ocasionando um volume no processo de gestão de

58 tomos, ou seja, aproximadamente 32 mil páginas. Este volume quando entregue à Auditoria Interna em caixas arquivo foi devolvido ao gestor para adequação às normas internas. Posteriormente, quando o gestor entregou novamente o processo de gestão à Auditoria Interna, não houve tempo hábil para conclusão dos trabalhos, conforme Plano de Auditoria. Dessa forma, reforçamos que em momento algum a Administração cerceou ou impediu os trabalhos da Auditoria Interna, pois como já dito, o que ocorreu, de fato, foi a entrega intempestiva da documentação em razão dos fatos acima citados. Ressaltamos que na ocasião foi acatada a recomendação da Auditoria Interna, no sentido de que a Diretoria Executiva determinasse a seus assistentes, gerentes e líderes, que envidassem esforços para o atendimento tempestivo de suas solicitações. Esse assunto também já levado ao conhecimento do Conselho de Administração, através de Relatório Trimestral da Auditoria Interna. Análise do Controle Interno A direção da empresa ponderou que (...) não se trata de cerceamento das ações da Auditoria Interna (...), mas sim de atraso na entrega da documentação (...) haja vista ser um contrato com metodologia recente, (...),ocasionando um volume no processo de gestão de 162 tomos, ou seja, aproximadamente 32 mil páginas (...). Por outro lado, a leitura do relatório n.º 005, preparado pela Auditoria Interna, indica que o Memorando n.º EDRO-2247/2012, que solicitou a respectiva documentação à Diretoria de Operações, foi expedido em 14/06/2012, porém os primeiros volumes somente foram entregues em 08/10/2012, ou seja, 04 (quatro) meses depois. Ora, se há 162 (cento e sessenta e dois) volumes de documentos e se sua entrega se deu de forma parcelada, não se justifica esperar todo esse tempo para disponibilizar os primeiros 42 (quarenta e dois) tomos. Além do exposto, há que se considerar a percepção dos empregados da CERON que conduziram o trabalho. Nesse sentido, registrou-se o seguinte no relatório: (...) a recorrência de limitação de escopo denota a indisposição de departamentos e processos em a tenderem às solicitações da Auditoria Interna e, sobretudo, denota fragilidades na gestão dos contratos, principalmente no controle documental que evidencia os atos e fatos praticados pela Administração. (Grifamos). Na prática, a Auditoria Interna apontou outro contrato o de n.º DG/145/2010 que também não fora entregue à unidade de controle interno para que procedesse ao seu trabalho. Portanto, fica mantida a opinião da Controladoria de que houve, sim, cerceamento pontual à atuação da Auditoria Interna. #/AnaliseControleInterno# Recomendação: Que o Conselho de Administração da Companhia disponibilize um canal de comunicação com a Unidade de Auditoria Interna, de forma que, quando ocorrerem fatos dessa natureza, as providências possam ser adotadas imediatamente. 58

59 3.1.2 AUDITORIA DE PROCESSOS DE CONTAS INFORMAÇÃO A gestão apresenta baixo nível de adesão às recomendações da CGU Fato Com relação ao nível de adesão e cumprimento das recomendações expedidas por esta Controladoria, verificou-se que 72% (setenta e dois porcento) das sugestões proferidas não foram adotadas pela direção da Companhia. A título exemplificativo, seguem dois exemplos: Relatório n.º , referente à avalição das contas de 2011: A CGU, referindo-se à execução precária de um contrato de medição e entrega de faturas de energia elétrica, que é essencial para o faturamento da estatal, orientou: Recomendamos que a Eletrobrás Distribuição Rondônia S.A. EDRO notifique a contratada para, no prazo improrrogável de 24 (vinte e quatro) horas, apresente a relação de localidades onde se encontram implantados os escritórios de apoio desta, num total de 25 (vinte e cinco), conforme especificado no Termo de Referência do Pregão Eletrônico n.º 001/2011, que originou o presente contrato (n.º 069/2011). No mesmo documento e prazo, requisite da contratada a relação atualizada de motocicletas a serviço do contrato, com número de placas, cópia dos documentos e localização por município. A CERON informou: Esta Empresa está monitorando o cumprimento do contrato e fará as notificações necessárias ao fiel cumprimento por parte da Contratada. Observe-se que não há dúvida sobre o que fazer, como fazê-lo nem por que. A contratada obrigou-se contratualmente a dispor de uma estrutura mínima de escritórios, móveis e equipamentos para executar o contrato. No entanto, a CERON limitou-se a declarar que (...) está monitorando o cumprimento do contrato (...), quando na verdade não possuía esse tipo de controle ou outro que fosse equivalente. A CGU apontou que a arrecadação da taxa de um concurso ocorreu, equivocadamente, na conta corrente da empresa executora do processo seletivo e, pior, esta não devolveu o excesso de arrecadação, o que obrigou a CERON a impetrar ação judicial. Nesse caso, uma das recomendações da Controladoria foi: Que a direção da Companhia, independentemente da decisão judicial final no processo n.º , promova a apuração de responsabilidades pelos processos de elaboração e aprovação do projeto básico, bem como pela elaboração e aprovação da minuta de contrato, tendo em vista que a falta de diligência na realização desses trabalhos permitiu o depósito dos valores decorrentes da taxa de inscrição na conta corrente da contratada. A CERON discordou e declarou que: 59

60 #/Fato# A Empresa entende que não houve ato ilegal que necessite de apuração de responsabilidade. O processo foi elaborado com os elementos exigidos pela Lei 8.666/93 e a controvérsia surgida em relação aos valores encontra-se para análise e julgamento do Poder Judiciário. A apuração de responsabilidade não se limita à prática de atos ilegais por servidores públicos empregados de empresas estatais. De acordo com a Instrução Normativa TCU n.º 56/2007, a autoridade administrativa federal deve apurar os fatos, quantificar os danos e obter o ressarcimento também quando isso decorrer de ato antieconômico, conforme citado a seguir: Art. 1º Diante da omissão no dever de prestar contas, da não comprovação da aplicação de recursos repassados pela União mediante convênio, contrato de repasse ou instrumento congênere, da ocorrência de desfalque, alcance, desvio ou desaparecimento de dinheiros, bens ou valores públicos, ou de prática de ato ilegal, ilegítimo ou antieconômico de que resulte dano à administração pública federal, a autoridade administrativa federal competente deve adotar providências para apuração dos fatos, identificação dos responsáveis, quantificação do dano e obtenção do ressarcimento. (IN TCU n.º 56/2007). Portanto, o gestor adotou uma postura omissa diante dos fatos, mesmo com recomendação de fazer emanada da CGU. Aliás, a não apuração de responsabilidade ocorreu em pelo menos outras duas questões em 2012, evidenciando o descaso da entidade. Em seguida, o gestor enviou a Carta CT-PR/222, de 10 de setembro de 2013, informando que: Neste tópico, primeiramente se quer registrar, que esta constatação já é objeto da prestação de contas de Assim, sua referência nesta prestação de contas (2012) caracteriza duplicidade de análise. No mais, a propositura desta empresa em aguardar o julgamento da ação, que se encontra sob análise do judiciário, é no sentido de resguardar a administração no caso de um eventual resultado que possa contrariar decisão do juízo. O ato não é de omissão e sim de cautela. Como se percebe, o gestor alegou que o fato citado se refere à prestação de contas de 2011, o que caracterizaria a duplicidade de análise. Na verdade, a informação e não constatação como referenciou a Companhia refere-se exatamente ao baixo aproveitamento dos trabalhos realizados pelo Órgão de Controle Interno. Assim, a referência a eventos registrados em relatórios anteriores foi para demonstrar essa não adesão às recomendações do controle. No que se refere a não apuração de responsabilidades pelo fato de recursos da CERON terem sido arrecadados em conta corrente de terceiros, que não os devolveu, obrigando a estatal a acionar o Judiciário, a Controladoria entende que houve, sim, omissão do gestor, visto que não há obrigatoriedade de se esperar o desfecho da ação judicial para promover o apuratório administrativo. 60

61 3.2 Planos de Auditoria Planos de Auditoria CONSTATAÇÃO Projeto apresentou baixo nível de execução em 2012 Fato Este relato destina-se a avaliar a execução do Projeto Energia Mais no âmbito da CERON, mediante o confronto do que fora previsto para 2012 com o efetivamente realizado. Para melhor compreensão, encontra-se dividido em duas partes, a saber: I Fonte dos Recursos do Projeto; e II Execuções Orçamentária, Financeira e Física do Projeto. Registre-se, desde já, que o Relatório de Progresso do último trimestre do exercício referido e que se constitui num dos documentos-chave da presente análise, não apresentou todas as informações previstas no Anexo V do Manual de Execução do Projeto (ausência da planilha de acompanhamento de obras e demais objetos), prejudicando em parte o presente trabalho. I Fontes dos Recursos do Projeto Os Contratos de Subempréstimos de números 2905/2011, 2921/2011, 2905-A e 3014/2012, celebrados entre a Eletrobrás (holding) e a CERON para dar cumprimento ao Contrato de Empréstimo BIRD 7884 BR, objetos de nossos exames, têm como objetivo principal melhorar o desempenho operacional e financeiro da distribuidora de energia elétrica. (...) reduzindo as perdas elétricas, aumentando as taxas de arrecadação e melhorando a qualidade do serviço. (Fonte: Manual de Operação do Projeto). Quadro Demonstrativo de recursos alocados ao Projeto Fonte de Recursos Montante (US$)¹ Montante (R$) Contrato BIRD , ,00 ECF 2905/2010 ELETROBRÁS , ,00 ECF 2921/2011 ELETROBRÁS , ,00 ECF 3014/2012 TOTAL , ,00¹ - Fontes: ECFs de números 2905/2010, 2921/2011 e 3014/ Este valor difere do existente nos demonstrativos do Projeto e encontra-se registrado em ponto específico do presente relatório. O prazo de implementação do Projeto é de 05 (cinco) anos, a partir de 2010, conforme o disposto no item 1.6 do Manual de Operação aprovado pela Resolução n.º 358, de 14 de abril de No entanto, o Eletrobrás Contrato de Financiamento ECF n.º 2905-A, de 30 de maio de 2012, que se constituiu num Aditivo ao ECF n.º 2905/2010, estabeleceu que a execução física e financeira do Projeto ocorrerá entre 2011 e

62 Quanto à movimentação financeira dos recursos, a conta corrente encontra-se em nome da Eletrobrás (holding) e é administrada pela Unidade Gestora do Projeto UGP, localizada em Brasília DF, conforme extrato bancário do exercício de 2012 encaminhado à Controladoria por meio da Carta CTA-DDE 003, de 15 de fevereiro de Essa conta atende ao Projeto Energia Mais como um todo, que compreende as 06 (seis) empresas distribuidoras de energia elétrica do grupo, incluindo a CERON. Assim, torna-se inviável fazer uma análise da movimentação financeira do Projeto exclusivamente para a empresa ora auditada. Importa esclarecer, ainda, que semelhante situação ocorre no que se refere aos relatórios financeiros. O Manual de Operação do Projeto determina a elaboração de 08 (oito) Relatórios Financeiros Intermediários IFR (sigla a partir do inglês, que é o idioma oficial do Banco Mundial), cuja relação é a seguinte: a) IFR 1: Demonstrativo de Fontes e Usos por Categoria de Despesa; b) IFR 2: Demonstrativo de Investimentos do Projeto por Componentes, Subcomponentes e Atividades; c) IFR 3: Projeção de Caixa para Desembolso; d) IFR 4: Demonstrativo da Conta Designada; e) IFR 5: Demonstrativo da Conta Operativa; f) IFR 6: Reconciliação com Client Connection; g) IFR 7: Retiradas de Caixa Desembolsos; h) IFR 8: Relatório de Movimentação da Conta Designada. Conforme informações da Diretoria Financeira da CERON, ratificáveis pela interpretação do item 2 Gestão do Projeto, do Manual de Operação, apenas os dois primeiros relatórios são elaborados pela auditada. Os demais são preparados pela UGP por meio da consolidação de informações oriundas das 06 (seis) estatais executoras. Com isso, as análises procedidas neste trabalho foram limitadas aos relatórios e demonstrativos feitos pela CERON. Nossos exames incluíram a avaliação quanto à execução das atividades programadas e ao cumprimento dos resultados pactuados, tendo por base os controles internos de monitoramento e avaliação mantidos pela unidade, os relatórios de avaliação existentes e os investimentos realizados no período, e, ainda, as verificações in loco procedidas pela equipe de auditoria. Como resultado, concluímos que a execução do objeto guarda conformidade com as ações estabelecidas, contudo o nível de execução em 2012 revelou-se baixo e os indicadores de resultado fixados pelo Projeto medem toda a gestão da CERON e não apenas os resultados advindos das ações objeto do financiamento externo. II Execuções Orçamentária, Financeira e Física do Projeto No que se refere às execuções orçamentária e financeira de 2012, a análise do Relatório de Progresso encerrado em dezembro de 2012, combinada com os exames procedidos 62

63 na área de aquisições e contratações realizadas e pagas pelo Projeto aponta uma execução financeira de apenas R$ ,31 (dezessete milhões, oitocentos e sessenta e oito mil, novecentos e quarenta e cinco reais e trinta e um centavos), o que corresponde a 26,41% do que fora orçado para o período e apenas 8,51% de todo o Projeto muito baixo se considerarmos que o horizonte de execução geral é de 05 (cinco) anos e que já transcorreram 40% desse prazo. O quadro a seguir demonstra o que foi orçado para cada atividade no exercício em confronto com o que efetivamente se efetivou. Quadro Resumo da execução financeira do Projeto na CERON em 2012 Componentes, Subcomponentes e Atividades 1. Redução Perdas Totais Melhoria Qualidade Serviços 1.1 Reabilitação e Reforço no Sistema de Distribuição Digitalização de Redes Qualidade de Energia Valor Previsto (US$) Valor Previsto (R$) Planejado 2012 (R$) Realizado 2012 (R$) , , , , , , , , , , , Reabilitação e Reforma de Redes , ,15 MT/BT Obras no Sistema de Distnbuicao AT 0, lmplememacao de Infraestrutura de , , ,00 0,00 Medição Avançada Digitalização de UC em Média Tensão , Digitalização de UC em Baixa Tensão , Substituição de Medidores Obsoletos , , Telemedicao de Alimentadores Regularização de UC em Áreas com PNT> 50% Digitalizacão de Condomínios , Modernização do Sistema Integrado de Gestão das , , ,00 0,00 Empresas Sistema de Gestão , , Sistema Comercial , Sistema de Informação Geográfica 2. Fortalecimenlo Institutional , , Unidade Gestão do Projeto e Consultoria , , Comunicacão Social , , Fortalecimenlo da Capacidade Técnica e , , Ambiental 2.4.lmplantacão do Centro de Excelência de Energia do 0,,00 63

64 Componentes, Subcomponentes e Atividades Acre Valor Previsto (US$) Valor Previsto (R$) Planejado 2012 (R$) Realizado 2012 (R$) 2.1. Unidade Gestão do Projeto e Consultoria , Comunicacão Social ,00 0, Fortalecimenlo da Capacidade Técnica e , Ambiental 2.4.lmplantacao do Centro de Excelência Energia do Acre Total , , , ,31 Fonte: Demonstrativo de Investimentos do Projeto por Componentes, Subcomponentes e Atividades (IFR-2). Nota-se que a execução ocorrida até o momento deu-se no componente 1 - Redução Perdas Totais e Melhoria da Qualidade Serviços, sobretudo na atividade 1.1.3, que trata da reabilitação e reforma de redes de baixas e médias tensões. Basicamente, foram contratadas a elaboração de projetos de ampliação e melhoria de redes, a execução desses projetos e a aquisição de materiais de maior monta (postes, cabos, cruzetas, cordoalhas). Por outro lado, verificou-se que o Relatório de Progresso apresentou uma planilha de acompanhamento da execução das obras da Eletrobrás Distribuição Piauí, em vez de evidenciar o andamento das contratações efetuadas pela CERON. Por isso, a Controladoria solicitou um relatório equivalente da auditada, recebendo, em resumo, o que segue: Quadro Descrição das obras realizadas em 2012 no Projeto Energia Mais Evolução Física Evolução Orçamentária Descrição da Obra MT 13,8 Kv Ji-Paraná (7 alimentadores) MT 13,8 Kv Ariquemes (8 alimentadores) MT 13,8 Kv Jaru (3 alimentadores) MT 13,8 Kv Ouro Preto (3 alimentadores) MT 13,8 Kv Pres. Médici (3 alimentadores) MT 13,8 Kv Monte Negro (3 alimentadores) MT 13,8 Kv Porto Velho (5 alimentadores) MT 13,8 Kv Itapuã do Oeste (3 alimentadores) Previsto Realizado Previsto Realizado 43% 25% , ,88 43% 12% , ,90 43% 8% , ,37-43% 40% ,50-43% 30% ,50-43% , ,27 95% 72% ,50-50% , ,15 64

65 Evolução Física Evolução Orçamentária Descrição da Obra Previsto Realizado Previsto Realizado MT 13,8 kv Cacoal (3 alimentadores) 65% 45% , ,53 Seccionamento de circuitos (146 PT) 68% 67% ,00 - Investimentos , ,0 Fonte: Carta CERON CTA- 090, de Portanto, como se percebe, o percentual de execução física não alcançou o esperado em nenhum dos serviços relacionados, sem contar que o Relatório de Progresso também não evidenciou o andamento dos contratos de obtenção de insumos, nem de elaboração de projetos. Causa Quanto à baixa execução, os principais objetos licitados até 2012 são interdependentes. Assim, para construir as redes de distribuição de energia torna-se necessário que o contrato de elaboração de projetos seja executado antecipadamente isso não ocorreu no exercício examinado. #/Causa# Manifestação da Unidade Examinada Por meio da Carta CTA-PR/101, de 10 de maio de 2013, a Companhia apresentou a seguinte manifestação: A movimentação financeira dos recursos não é administrada pela Unidade Gestora do Projeto - UGP. Conforme consta no MOP, existem duas contas correntes da Eletrobrás para a movimentação dos recursos do empréstimo BIRD 7884-BR. Uma é a "conta designada" no BB de Nova York, para onde são transferidos recursos em dólar do Banco Mundial. Dessa conta são transferidos recursos, e por meio de operação de câmbio, são depositados reais na "conta operativa" da Eletrobrás no BB no Rio de Janeiro, conforme destacado na figura abaixo, constante no MOP. [Deixamos de reproduzir a figura porque ela apenas explica o fluxo dos recursos do Projeto, sem, contudo, justificar os fatos apresentados pela auditoria. Os extratos bancários das contas correntes são documentos de suporte para os IFR's, que são enviados trimestralmente ao Banco Mundial. Seus dados são informados nos IFR's 4, 5 e 7. Essas contas correntes são administradas pela Diretoria Financeira da Eletrobrás Holding, e toda a movimentação e controles delas são efetuados por pessoas designadas para este fim, como preconizado na Carta de Desembolso, parcialmente reproduzida abaixo: "Re: Empréstimo do BIRD 7884-BR (Projeto de Reabilitação da Eletrobrás Distribuição) Instruções adicionais: CARTA DE DESEMBOLSO Caro senhor, 65

66 Refiro-me ao acordo de empréstimo entre o BIRD (Banco) e Eletrobrás (Eletrobrás) (0 mutuário) para o projeto acima mencionado, datada de 24 de fevereiro de O Acordo de Empréstimo prevê que o banco pode emitir instruções adicionais sobre a retirada do produto de Empréstimo 7884-BR (Empréstimo). Esta carta (Carta de Desembolso), que pode ser revista de tempos em tempos, constitui as instruções adicionais. As Diretrizes do Banco Mundial anexados Desembolso para Projetos, datado de 01 de maio de 2006, (Diretrizes de Desembolso) (Anexo 1), são parte integrante da Carta de Desembolso. A maneira pela qual as disposições das Diretrizes de Desembolso poderão ser aplicadas ao empréstimo especificado abaixo. Seções e subseções abaixo entre parênteses referem-se as seções e subseções relevantes nas Diretrizes de Desembolso e, a menos que de outra forma definido nesta Carta de Desembolso, os termos em maiúsculas utilizados tem os significados que Ihes são atribuídos nas Diretrizes de Desembolso. I. Regime de Desembolso (i) Métodos de Desembolso (seção 2). Os seguintes métodos de desembolso podem ser usados sob Empréstimo Pagamento Direto Reembolso Avanços (ii) Data de Desembolso Prazo (subseção 3.7). O Prazo Data de desembolso é de quatro meses após a Data de Fechamento especificada no Acordo de Empréstimo. Quaisquer alterações a esta data serão notificadas pelo Banco. II. Retirada de Recursos do Empréstimo (i) Assinaturas Autorizadas (subseção 3.1). A assinatura no formulário anexo (Documento anexo 2) deve ser fornecida ao Banco, no endereço indica do abaixo fornecendo o nome (s) e espécie de assinatura (s) do funcionário (s) com poderes para assinar aplicativos para a retirada: Banco Mundial Setor Comercial Norte, Quadra 02, lote A Edifício Corporate Finance Centro 70 Andar Brasília, D.F. Brasil Atenção Mr. Makhtar Diop, Diretor de Pais-Brasil-Pais Unidade de Gestão" A transferência de recursos da Eletrobrás para as EDE sejam recursos do BIRD ou de contrapartida, se dá por meio de ECFs - Empréstimos e Contratos de Financiamento, conforme abaixo: 66

67 EDE Contrapartida (RGR) Contrapartida (RO) Repasse BIRD (RO) ECF Valor (R$) ECF Valor (R$) ECF Valor (R$) E.D. RONDÔNIA 2921/ / / E para contas correntes especificas para cada um dos ECF's, conforme estabelecem os contratos: Quadro - Contas Correntes ECF S BIRD Repasse EDE ECF BANCO AGÊNCIA CONTA EDRO ECF-2921 BRASIL 2757-X Quadro - Contas Correntes ECF S RGR Contrapartida EDE ECF BANCO AGÊNCIA CONTA EDRO ECF-2905 BRASIL 2757-X Quadro - Contas Correntes ECF S RO Contrapartida ELB EDE ECF BANCO AGÊNCIA CONTA EDRO ECF-3014/2012 BRASIL 2757-X A liberação de recursos da contrapartida para as EDE são feitas seguindo as CGCF Condições Gerais de Contratos de Financiamento e Subvenção da Eletrobrás, aprovadas pela Resolução RES-891/2011, de 06/10/2011. A liberação de recursos de RO (recursos ordinários) dos ECF's de repasse do BIRD para as EDE são realizadas por meio de pagamentos que a Eletrobrás, em nome da EDE em questão, faz diretamente aos fornecedores do Projeto Energia+. Para estes pagamentos, as EDE encaminham a DDE-UGP Borderôs de Pagamentos, se comprometendo em carta pelo processo de pagamento interno da EDE, bem como com a adimplência setorial da EDE. A DDE-UGP verifica a exatidão do Borderô e o encaminha ao DFIA, divisão do Departamento DFI da Eletrobrás, responsável pelas liberações dos ECF's. Algumas liberações são feitas diretamente para as contas correntes dos ECF's nas EDE, como por exemplo, as obrigatórias retenções (sic) de tributos nos pagamentos aos fornecedores, para que a própria EDE faça o recolhimento destes tributos, em data diferente daquela do efetivo pagamento ao fornecedor. #/ManifestacaoUnidadeExaminada# Análise do Controle Interno A Companhia limitou-se a descrever o fluxo financeiro dos recursos do Projeto, esclarecendo que a UGP não tem gestão direta sobre essa parte do processo. Contudo, as questões levantadas pela auditoria nesse ponto foram a baixa execução das ações do Projeto até 31 de dezembro de 2012, bem como a utilização de indicadores de resultado que não podem ser atribuídos apenas às atividades do Energia Mais. Sendo assim, efetivamente, não há o que ser analisado, de forma que se mantém o registro de constatação. #/AnaliseControleInterno# Recomendação: Com relação ao baixo nível de execução das atividades programadas, recomendamos que a CERON atente, quando da elaboração do Plano Operativo Anual? POA, para a 67

68 interdependência entre determinadas contratações, de forma a licitar e contratar primeiro aquelas que venham a gerar insumos para outras ações CONSTATAÇÃO Projeto Energia Mais: Gastos com diárias e passagens estão sendo apropriados ao Projeto, porém sem evidenciação nos relatórios financeiros Fato A descrição dos componentes, subcomponentes e atividades do Projeto Energia Mais se encontra no item 1.2 do Manual de Operação, que foi aprovado pela Resolução n.º 358, de 14 de abril de 2010, da Diretoria Executiva da Eletrobrás (holding), conforme quadro a seguir: Quadro Detalhamento dos Componentes e Subcomponentes do Projeto Componentes Subcomponentes Atividades 1. Redução Perdas Totais Melhoria Qualidade Serviços 2. Fortalecimento Institutional 1.1 Reabilitação e Reforço no Sistema de Distribuição 1.3. implementação de Infraestrutura Medição Avançada 1.3. Modernização do Sistema Integrado de Gestão da Empresa 2.1. Unidade Gestão do Projeto e Consultoria 2.2. Comunicacão Social 2.3. Fortalecimento da Capacidade Técnica e Ambiental 2.4.lmplantacão do Centro de Excelência de Energia do Acre Digitalização de Redes Qualidade de Energia Reabilitação e Reforma de Redes MT/BT Obras no Sistema de Distribuição AT Digitalização de UC em Média Tensão Digitalização de UC em Baixa Tensão Substituição de Medidores Obsoletos Telemedição de Alimentadores Regularização de UC em Áreas com PNT> 50% Digitalizacão de Condomínios Sistema de Gestão Sistema Comercial Sistema de Informação Geográfica Comunicação Externa Comunicação Interna e Gestão da Mudança Fontes: Fls. 17 e 18 do Manual de Operação do Projeto e Relatório Financeiro Intermediário IFR 2. Pela leitura completa do Manual, aliada à observação desse quadro, não é possível identificar onde devem ser alocados os custos com diárias e passagens. Do mesmo modo, na parte de evidenciação, nada consta a esse respeito no relatório que demonstra as execuções orçamentária e financeira do Projeto no caso, o Relatório Financeiro Intermediário IFR 2, que integra o Relatório de Progresso. 68

69 Por outro lado, observando o desenho da gestão do Projeto, constante do item 2 do Manual de Operação, verifica-se que há uma Unidade Gestora (UGP) que é responsável pela coordenação, gestão e acompanhamento do Projeto e seus respectivos componentes e subprojetos, localizada em Brasília - DF. Existe, também, uma Coordenação Local que responde pela execução e implantação do Projeto em Rondônia. Sendo assim, é de se esperar que haja frequentes deslocamentos de empregados da CERON até a Capital Federal para interagir com os técnicos da UGP em busca de soluções operacionais. Diante disso, a auditoria expediu solicitação à CERON para informar se foram alocados custos com diárias e passagens ao Projeto no exercício, bem como, caso afirmativo, quem foram os beneficiários, quais os valores e em que demonstrativo esses itens de gasto foram reportados. Em resposta, a CERON encaminhou a Carta 088, de 22 de abril de 2013, informando os valores do quadro adiante: Quadro Diárias e Passagens apropriadas ao Projeto Energia Mais em 2012 ITEM VALOR (R$) Diárias ,54 Passagens ,14 Total ,68 Fonte: Carta CERON n.º 088, de Foram relacionados todos os empregados que receberam diárias e passagens por conta do Projeto, mas a empresa não explicou a que item de gasto os pagamentos estão alocados, nem em que relatório financeiro encontra-se tal evidenciação. Logo, concluise que o Relatório de Progresso não espelha toda a execução efetivamente ocorrida em 2012, revelando falhas tanto no desenho do Energia Mais, quanto nos seus mecanismos de controles internos, visto que sequer uma nota explicativa foi adicionada ao IFR 2 para minimizar a ausência dessa importante informação. #/Fato# Causa Falhas no desenho/planejamento do Projeto, bem como dos mecanismos de controles internos, vez que não detectaram a ausência do reporte de diárias e passagens, embora tenham sido os custos alocados ao Projeto. #/Causa# Manifestação da Unidade Examinada Por meio da Carta CTA-PR/101, de 10 de maio de 2013, a Companhia apresentou a seguinte manifestação: Em projetos como o Projeto Energia+ é razoável que existam gastos inerentes à sua implantação, sem os quais não se pode executá-los. São os chamados "custos indiretos", onde se incluem despesas de viagens, diárias, passagens e estadias, bem como treinamentos, workshops, projetos, administração direta das obras, placas de obras, transporte, etc. Nossa orientação às EDE é que essas despesas devem ser alocadas nos projetos onde aquelas despesas forem demandadas, projetos estes conforme estrutura abaixo, constantes no MOP. 69

70 [Deixamos de reproduzir o quadro porque é o mesmo já informado no item de avaliação de resultados neste relatório]. Nos ECF's de contrapartida, cujos recursos são oriundos da RGR, estas despesas são suportadas por contrapartida das EDE. Mas nos ECF's de RO, o DFIA da Eletrobrás aceita que os recursos sejam utilizados para o financiamento de todas as despesas, inclusive as indiretas, uma vez ser esta também a orientação do Banco. Os relatórios IFR são feitos conforme estabelece o MOP. Por essa razão, na parte de evidenciação, nada consta a esse respeito no relatório IFR 2. Contudo, os controles internos das EDE podem fornecer estes dados. O próprio MOP menciona que: "A administração financeira existente nas EDE foi considerada satisfatória as exigências mínimas do Banco". "As EDE são responsáveis pela administração orçamentaria e financeira e prestações de contas. Os processos gerenciais, as responsabilidades pela condução dos mesmos e os procedimentos e documentos-padrão a serem utilizados deverão estar em consonância com condições estabelecidas no Acordo de Empréstimo, diretrizes do Banco Mundial, reveladas através das Politicas Operacionais - PO e dos Procedimentos do Banco - PB A administrarão orçamentaria e financeira será realizada por cada EDE, as quais serão responsáveis por todos os aspectos de administração financeira, inclusive prepararão dos Relatórios Financeiros Intermediários - IFR (detalhados no item ) para exame pelo Banco. A UGP possuirá responsabilidades no auxilio às EDE, facilitação da supervisão do Banco ao Projeto como um todo, articulação e suporte para a boa administração do Projeto. Serão utilizados os sistemas de administração financeira, que incluem orçamento, contabilidade e pagamentos, atualmente adotados por cada EDE, até a implantação do Subcomponente 1.3: Modernização do Sistema Integrado de Gestão das Empresas. Os sistemas adotados por cada EDE satisfazem exigências mínimas de monitoramento da implantação do Projeto em termos de estrutura de informação. Os registros contábeis das operações decorrentes da execução do Projeto, objeto do financiamento, deverão ser escriturados de forma destacada e em separado dos demais registros que não envolverem os recursos do financiamento, através de sistema contábil de cada EDE. No registro de operações contábeis e na execução dos trabalhos de auditoria deverão ser observados os requisitos especificados nas "Guidelines for Financial Reporting and 70

71 Auditing of Projects financed by the World Bank", editado pelo Banco Mundial em dezembro de Os IFR serão utilizados para exame pela auditoria externa. Cada EDE também provera declarações financeiras anuais que demonstrem que as atividades refletem os propósitos pelo empréstimo do Banco, preparado conforme padrões de contabilidade aceitável para o Banco. Conforme manifestado anteriormente, até o momento, não foram apresentados os custos com diárias e passagens dos colaboradores envolvidos no projeto. Após nivelamento desse assunto, a UGP local apresentará os custos elegíveis para reembolso por parte do projeto. Ao final dos trabalhos, o gestor apresentou nova manifestação, desta vez por meio da Carta n.º 183, de 26 de julho de 2013, conforme citação a seguir: (...) (...) a orientação às Empresas Distribuidoras Eletrobras - EDE s é que essas despesas devem ser alocadas nos projetos onde forem demandadas, projetos estes conforme estrutura abaixo, constantes no MOP: COMPONENTES, SUB-COMPONENTES E ATIVIDADES 1. Redução de Perdas Totais e Melhoria da Qualidade do Serviço 1.1. Reabilitação e Reforço no Sistema de Distribuição AT, MT e BT Digitalização de Redes Qualidade de Energia Reabilitação e Reforma de Redes de MT / BT Obras no Sistema de Distribuição AT 1.2. Implementação de infraestrutura de medição avançada Digitalização de UC em Média Tensão Digitalização de UC em Baixa Tensão Substituição de Medidores Obsoletos Telemedição de Alimentadores Regularização de UC em áreas com PNT > 50% Digitalização de Condomínios 1.3. Modernização do Sistema Integrado de Gestão das Empresas Sistema de Gestão Sistema Comercial 71

72 COMPONENTES, SUB-COMPONENTES E ATIVIDADES Sistema de Informação Geográfica 2. Fortalecimento Institucional 2.1. Unidade Gestora do Projeto e Consultoria 2.2. Comunicação Social 2.3. Fortalecimento da Capacidade Técnica e Ambiental 2.4. Implantação do Centro de Excelência de Energia do Acre Nos ECF s de contrapartida, cujos recursos são oriundos da RGR, estas despesas são suportadas pelas EDE s. Porém, nos ECF s de Rondônia, o DFIA da Eletrobras define que os recursos sejam utilizados para o financiamento de todas as despesas, inclusive as indiretas, uma vez ser esta também a orientação do Banco Mundial. O próprio MOP menciona que: A administração financeira existente nas EDE foi considerada satisfatória às exigências mínimas do Banco. E completa: As EDE são responsáveis pela administração orçamentária e financeira e prestações de contas. Os processos gerenciais, as responsabilidades pela condução dos mesmos e os procedimentos e documentos-padrão a serem utilizados deverão estar em consonância com condições estabelecidas no Acordo de Empréstimo, diretrizes do Banco Mundial, reveladas através das Políticas Operacionais - PO e dos Procedimentos do Banco PB A administração orçamentária e financeira será realizada por cada EDE, as quais serão responsáveis por todos os aspectos de administração financeira, inclusive preparação dos Relatórios Financeiros Intermediários IFR (detalhados no item ) para exame pelo Banco. A UGP possuirá responsabilidades no auxílio às EDE, facilitação da supervisão do Banco ao Projeto como um todo, articulação e suporte para a boa administração do Projeto.... Serão utilizados os sistemas de administração financeira, que incluem orçamento, contabilidade e pagamentos, atualmente adotados por cada EDE, até a implantação do Sub-componente 1.3: Modernização do Sistema Integrado de Gestão das Empresas. Os sistemas adotados por cada EDE satisfazem exigências mínimas de monitoramento da implantação do Projeto em termos de estrutura de informação. 72

73 Os registros contábeis das operações decorrentes da execução do Projeto, objeto do financiamento, deverão ser escriturados de forma destacada e em separado dos demais registros que não envolverem os recursos do financiamento, através de sistema contábil de cada EDE. No registro de operações contábeis e na execução dos trabalhos de auditoria deverão ser observados os requisitos especificados nas Guidelines for Financial Reporting and Auditing of Projects financed by the World Bank, editado pelo Banco Mundial em dezembro de Os IFR serão utilizados para exame pela auditoria externa. Cada EDE também proverá declarações financeiras anuais que demonstrem que as atividades refletem os propósitos pelo empréstimo do Banco, preparado conforme padrões de contabilidade aceitável para o Banco. Conforme informado por esta Empresa, através da CT/PR/101/2013, de 10/05/2013, quando da manifestação ao relatório de auditoria específico do TCU no projeto Energia+, até o momento, não foram apresentados nas prestações de contas os custos com diárias e passagens dos colaboradores envolvidos no projeto. Após o nivelamento desse assunto, a UGP local apresentará os custos elegíveis para reembolso por parte do projeto durante o transcorrer do exercício de #/ManifestacaoUnidadeExaminada# Análise do Controle Interno O gestor fundamentou sua argumentação em três pontos, a saber: a) Que a Companhia está orientada para alocar os custos de diárias e passagens nas atividades (...) onde essas despesas forem demandadas (...) ; b) Que não consta nenhuma informação sobre esses custos nos relatórios financeiros porque isso não está previsto no Manual de Operação do Projeto; e c) Que os controles internos da empresa foram considerados suficientes, conforme narrado no próprio Manual de Operação: A administração financeira existente nas EDE foi considerada satisfatória às exigências mínimas do Banco". Destaque nosso. Acrescentou, por fim, que esses custos (...) até o momento, não foram apresentados (...) e que após nivelamento do assunto, (...) a UGP local apresentará os custos elegíveis para reembolso por parte do projeto. Inicialmente, importa esclarecer que os custos indiretos alegados pelo gestor não foram previstos no orçamento do Projeto, possivelmente por uma falha no seu desenho. Diárias e passagens costumam, sim, integrar os custos diretos dos projetos financiados com recursos externos, conforme sua relevância. No caso do Energia Mais, tem-se uma grande necessidade dos empregados da CERON deslocarem-se até Brasília para, junto à UGP, resolver os mais variados assuntos (licitação, prestação de contas, relatórios financeiros, planejamento de aquisições, outros). Prova disso é que em apenas um ano (2012) a Companhia contabilizou 135 mil reais nesse item. Sobre o fato de os relatórios financeiros não trazerem informações sobre diárias e passagens porque o MOP não dispõe sobre assunto reforça nosso entendimento de que 73

74 houve falha na formatação do Projeto. Isso, porém, pode ser corrigido com uma revisão orçamentária ou mediante a adoção de notas explicativas aos Relatórios Financeiros Intermediários. Quanto à suficiência dos controles internos, destaque-se que o Manual informa apenas o atendimento às exigências mínimas, portanto é de se esperar que a estatal procure aprimorá-lo ao longo da execução do Projeto. A propósito, o conjunto dos fatos existentes no presente relatório reforçam tal necessidade de aprimoramento. Registre-se, também, que o parágrafo final da manifestação da entidade indica que ainda não se sabe como serão tratados os gastos com diárias e passagens. Eles estão sendo acumulados em separado do restante das ações da CERON e serão (...) apresentados após nivelamento do assunto. Assim, por todo o exposto, mantém-se a constatação porque está claro que os relatórios financeiros não refletem com exatidão a execução do Projeto. Com relação ao segundo conjunto de justificativas entregue pela CERON, por meio da Carta n.º 193/2013, o gestor limitou-se basicamente a repetir o teor da Carta n.º 101/2013. Portanto fica mantida a presente constatação até que a Companhia consiga resolver a questão junto à Unidade de Gerenciamento do Projeto Energia Mais. #/AnaliseControleInterno# Recomendação: Comunicar o fato à Unidade de Gerenciamento de Projeto - UGP, bem como à Diretoria de Distribuição da Eletrobrás, para que seja proposto ao Banco Mundial uma revisão orçamentária no Projeto, de modo que haja um item de gasto específico para a apropriação dos custos com diárias e passagens CONSTATAÇÃO Projeto Energia Mais: Os principais indicadores de resultado não podem ser atribuídos apenas ao Projeto Fato Com relação aos indicadores de resultados para avaliar o grau de atingimento dos objetivos do Projeto, o Manual de Operação definiu dois grupos, a saber: a) indicadores referentes à melhoria institucional das empresas - aqueles usualmente apurados pela estatal sejam por imposição do órgão regulador, seja pela praxe do mercado; e b) indicadores referentes à melhoria institucional das empresas, que pretendem mensurar o grau de implementação das práticas de gerenciamento ambiental e social, bem como a eficácia dos programas de ação social e comunicação. Considerando que as atividades executadas em 2012 referem-se basicamente às ações mensuráveis pelos indicadores da letra a acima, as análises e recomendações que seguem concentrar-se-ão nesse grupo. DEC Duração Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora: indica o número de horas que o consumidor ficou sem energia elétrica no período de apuração. 74

75 FEC Frequência Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora: Indica quantas vezes, em média, houve interrupção do fornecimento de energia elétrica para o consumidor em dado período. Perdas Totais É a somatória das perdas técnicas que é a energia elétrica perdida na rede de distribuição com as perdas não técnicas, que decorrem de desvios de energia, fraude e erro nos processos de faturamento associados à gestão comercial da empresa distribuidora (CERON). Indicador Financeiro Esse indicador se refere ao combate à inadimplência, dado pela relação entre o montante de contas de energia elétrica arrecadado e o montante total de contas faturado. O próprio Manual dispôs sobre as metas de redução desses indicadores, conforme quadro abaixo: Quadro Indicadores do projeto Energia Mais Indicador Base Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 DEC (%) 38,13 37,00 35,50 33,21 31,13 29,50 FEC (%) 42,50 38,50 35,00 31,00 28,39 28,00 PERDAS TOTAIS (%) 33,00 33,00 24,83 16,92 17,12 16,87 INDIC. FINANCEIRO (%) 95,40 98,00 98,00 98,00 98,00 98,00 Fonte: Manual de Operação do Projeto. Pelas informações constantes do Manual de Operação, pode-se concluir que o ano-base foi 2009 uma vez que o cronograma de execução definiu o ano de 2010 como sendo o início da implementação. A figura adiante apresenta os resultados comunicados pelo Relatório de Progresso levantado em dezembro de Figura Comportamento dos indicadores de resultados do Projeto até ,9 34, ,9 29, ,7 27, ,82 22, dec fec perdas financeiro Fonte: Relatório de Progresso do Projeto datado de dezembro de A análise desses indicadores conduz às seguintes considerações: 75

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