Ana Rita Cardoso Nogueira. Relatório de Estágio
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1 Ana Rita Cardoso Nogueira Relatório de Estágio Universidade Fernando Pessoa Faculdade Ciências da Saúde Porto, 2013
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3 Ana Rita Cardoso Nogueira Relatório de Estágio Universidade Fernando Pessoa Faculdade Ciências da Saúde Porto, 2013
4 Ana Rita Cardoso Nogueira Relatório de Estágio (Ana Rita Cardoso Nogueira) Relatório de estágio apresentado à Universidade Fernando Pessoa como parte dos requisitos para obtenção do grau de licenciado em Ciências da Nutrição Orientador: Professor Doutor Jorge Rodrigues Coorientadora: Dra. Patrícia Costa
5 Agradecimentos Ao meu orientador, Professor Doutor Jorge Rodrigues, e coorientadora, Dra. Patrícia Costa, por toda a dedicação, apoio, partilha de saberes e orientação ao longo destes meses. Ao HE-UFP que me integrou e a todos os profissionais e utentes pela possibilidade de aplicar e praticar os meus conhecimentos. À minha mãe, pai, irmão e restante família pelo amor, apoio e coragem que sempre me transmitiram. À minha madrinha Alice pelo apoio incondicional em tudo na minha vida. Aos meus amigos pelo companheirismo, paciência e encorajamento. À coordenadora do curso de ciências da nutrição, Professora Doutora Cláudia Silva, por todas as orientações ao longo deste percurso.
6 Índice I. Introdução II. Objetivos III. Local de estágio, duração e orientação Local, orientação e duração Caracterização do HE-Universidade Fernando Pessoa IV. Serviço de Nutrição e Alimentação do HE-UFP V. Atividades realizadas Auxílio na implementação do serviço de nutrição e alimentação Avaliação clínica e acompanhamento nutricional em ambiente de consulta externa Acompanhamento nutricional dos utentes do internamento Intervenção e auxílio no serviço de restauração Realização de folhetos informativos Atividades complementares i. Avaliação antropométrica num ginásio ii. Dia mundial da criança no HE-UFP iii. Participação em congressos VI. Conclusões VII. Comentários e Sugestões VIII. Bibliografia IX. Anexos Anexo A Declaração de duração e carga horária do estágio... 23
7 Anexo B Parecer do orientador de estágio Anexo C Parecer do coorientador de estágio Anexo D Inquérito de avaliação da ingestão alimentar hospitalar Anexo E Exemplo de protocolo de atuação dislipidemias Anexo G Alimrntação particular e restrita - muçilmana Anexo H Guia com os princípios gerais de alimentação após cirúrgia bariátrica Anexo I Exemplo de ementas específicas para o internamento Anexo J Lista de compras Anexo L Inquérito de satisfação da alimentação fornecida no refeitório hospitalar Anexo M Formação aos funcionários do serviço de restauração Anexo N Exemplo do dia Nutrição na cozinha Anexo O Folheto Diarreia na criança Anexo P Folheto Gastroenterite na criança Anexo Q Folheto Doença Celíaca Anexo R Folheto Diabetes Anexo S Folheto Envelhecer melhor Anexo T Avaliação da composição corporal num ginásio Anexo U Dia mundial da criança no HE-UFP Anexo V Certificado do XV Congresso Anual da APNEP Anexo X Certificado do Módulo II sobre Envelhecimento e Sistema Digestivo da Academia de Nutrição Clínica Anexo Z Certificado Crianças de 1-3 anos da região norte de Portugal: O que comem? Como crescem? AnexoAA Certificado da 2ª Edição do 2º Curso de Nutrição Pediátrica... 72
8 Índice de gráficos Gráfico 1 Distribuição dos utentes segundo o tipo de consulta Gráfico 2 Distribuição dos utentes segundo o sexo Gráfico 3 Distribuição dos utentes segundo o motivo da consulta Gráfico 4 Distribuição dos utentes segundo as patologias mais comuns na consulta...15 Gráfico 5 Distribuição dos utentes quanto à prática de atividade física...15 Gráfico 6 Distribuição do IMC dos utentes da consulta externa de nutrição..16
9 Índice de tabelas Tabela 1 Caracterização dos utentes quanto à idade...15 Tabela 2 Resultados observados nas consultas de seguimento, após intervenção.16
10 Lista de Abreviaturas ACT Água Corporal Total dp desvio- padrão FCS-UFP Faculdade de Ciências da Saúde Universidade Fernando Pessoa HE-UFP Hospital Escola Universidade Fernando Pessoa IMC Índice de Massa Corporal MG Massa Gorda MM Massa Músculo Esquelética PA Perímetro da anca PB Perímetro do Braço PC Perímetro da Cintura RCQ Relação Cintura Quadril SNA Serviço de Nutrição e Alimentação TMB Taxa de Metabolismo Basal
11 I. Introdução Ao longo de 4 anos a frequentar a licenciatura de ciências da nutrição apercebeu-se do enorme interesse e gosto pela área, assim como da sua importância para a saúde pública e bem-estar geral. E, hoje tem a certeza que a escolha foi a mais acertada, com inúmeras vantagens e motivações para a construção de uma carreira profissional de elevada qualidade. O término da licenciatura em ciências da nutrição passa pela realização de um estágio curricular e pela elaboração de um trabalho complementar. O presente relatório é feito no âmbito do estágio curricular do curso de ciências da nutrição da Faculdade de Ciências da Saúde Universidade Fernando Pessoa (FCS-UFP), que foi efetuado no Hospital Escola Universidade Fernando Pessoa (HE-UFP). Aqui foi permitido aplicar os conhecimentos teóricos aprendidos ao longo de 7 semestres, tendo a oportunidade de aprender com a experiência dos profissionais que integram a instituição. O presente relatório consiste na caracterização da instituição acolhedora e na descrição das atividades desenvolvidas no decorrer de quatro meses de estágio curricular durante o 8ºsemestre do 4º ano da licenciatura no ano letivo 2012/2013, período em que o saber teórico se alia ao saber prático. II. Objetivos O estágio no HE-UFP permitiu o contacto com diferentes áreas da nutrição, como a nutrição clínica, coletiva, desportiva, entre outras. Assim, os objetivos deste estágio foram: - Aplicar, consolidar e enriquecer os conhecimentos teórico-práticos adquiridos nas diferentes unidades curriculares do curso de ciências da nutrição; - Contactar com a realidade profissional; - Desenvolver aptidões pessoais nas diferentes áreas de intervenção; - Desenvolver competências de relacionamento interpessoal e interdisciplinar; - Conquistar autonomia no exercício de funções;
12 - Ser uma mais-valia para a instituição acolhedora no desenvolvimento do estágio curricular. III. Local de estágio, duração e orientação 1. Local, orientação e duração O estágio curricular decorreu no Serviço de Nutrição e Alimentação (SNA) do HE-UFP sob a orientação do Professor Doutor Jorge Rodrigues e coorientação da Dra. Patrícia Costa. O referido estágio teve a duração de setecentas horas, decorrendo entre o dia 4 de Março e 19 de Julho, correspondendo a uma carga horária de 35 horas semanais. 2. Caracterização do HE-Universidade Fernando Pessoa O HE-UFP, inaugurado em Dezembro de 2012, corresponde a uma unidade hospitalar privada que compreende diversas áreas de atuação na saúde. Foi desenvolvido a partir de um conceito inovador de unidade multifuncional de cuidados primários, secundários e terciários prestados numa lógica pedagógica, para a formação e qualificação permanente de profissionais de saúde. Visando suprir as necessidades dos habitantes do concelho de Gondomar e da restante população circundante, o HE-UFP tem o objetivo de prevenir e conservar o bem-estar físico e mental dos seus utentes. Contêm também um serviço de atendimento 24 horas (SAP) para crianças e adultos e conta com um corpo médico que cobre todas as valências clínicas e cirúrgicas, de enfermagem, fisioterapia, psicologia, nutrição, terapia da fala, psicomotricidade e terapias não convencionais. IV. Serviço de Nutrição e Alimentação do HE-UFP O SNA do HE-UFP está sob a responsabilidade da nutricionista Dra. Patrícia Costa, desenvolvendo funções e atividades em diferentes áreas da nutrição, nomeadamente na área clínica com consultas externas, nos cuidados hospitalares com o acompanhamento dos utentes em internamento e no serviço de restauração em funcionamento na instituição. 11
13 V. Atividades realizadas O estágio decorreu essencialmente nas instalações do HE-UFP, e mais pontualmente em locais do concelho de Gondomar para dinamização de atividades. 1. Auxílio na implementação do serviço de nutrição e alimentação Estando o HE-UFP numa fase inicial do seu funcionamento, o seu papel enquanto estagiária de nutrição incidiu também na cooperação da implementação do SNA. Contribuindo nomeadamente na elaboração e aplicação de inquéritos de avaliação da ingestão e da satisfação alimentar hospitalar para aplicação aos utentes do internamento tendo como fonte os questionários elaborados no âmbito do Nutrition Day (ANEXO D) (nutritionday, 2013), criação de sugestões de diferentes refeições adaptadas às diferentes patologias clínicas e elaboração de protocolos de atuação ao nível nutricional para diversas patologias (ANEXO E). 2. Avaliação clínica e acompanhamento nutricional em ambiente de consulta externa As consultas de nutrição exigem uma marcação prévia por parte do utente, com um espaçamento de 3-4 semanas entre consultas. A primeira consulta de nutrição tem uma duração estimada de 60 minutos, nos quais são recolhidas as seguintes informações: - Dados pessoais: nome, idade, horários de refeições habituais; - Motivo da consulta; - Antecedentes familiares e pessoais; - Anamnese alimentar: horários, hábitos alimentares, locais de refeição, métodos culinários utilizados, alimentos preferidos e preteridos, alergias e intolerâncias alimentares, ingestão hídrica habitual; - História clínica, terapêutica farmacológica e dados bioquímicos; - Função gastrointestinal; - Momento do dia de maior apetite; 12
14 - Análise antropométricas: peso, altura, índice de massa corporal (IMC) (WHO, 2006), perímetros da cintura (PC), anca (PA) e braço (PB); - Análise de bioimpedância: massa músculo esquelética (MM) em kg, massa gorda (MG) em kg e %, relação cintura quadril (RCQ), taxa de metabolismo basal (TMB), água corporal total (ACT); - Prática de exercício físico. Os dados relativos à avaliação de bioimpedância são fornecidos ao utente através de uma folha de fácil leitura e com a informação detalhada que difere para adultos e crianças (ANEXO E), obtida através da balança de bioimpedância In Body 230 que faz uma medição segmentar direta através de 8 elétrodos táteis. Após a recolha das informações relevantes procede-se à elaboração de um plano alimentar com o envolvimento do utente, discutindo os principais aspetos da sua alimentação e aconselhando a inclusão de novas opções. Esta educação alimentar consiste em abandonar os hábitos indesejáveis, manter os hábitos saudáveis e incorporar novos comportamentos alimentares. Para a elaboração deste plano procede-se ao cálculo das necessidades energéticas do utente tendo em conta fatores como a atividade física, a sua TMB, entre outros. Após este cálculo efetua-se a distribuição do valor energético total pelos diferentes macronutrientes, convertendo-os nas quantidades necessárias (em gramas) a serem consumidos por dia. De seguida, faz-se a distribuição dos alimentos por doses, dividindo-os nas diferentes refeições ao longo do dia. As consultas de seguimento têm o objetivo de monitorizar o estado nutricional e verificar a adesão ao cumprimento do plano prescrito, assim como dos resultados obtidos com o mesmo, reforçando a motivação, esclarecendo eventuais dúvidas e, sempre que necessário, proceder à alteração do plano. Em todas as consultas é efetuado um registo no sistema de informação adotado pela instituição hospitalar Siemens Sorian, onde é efetuado um diário da consulta com a documentação de todos os parâmetros avaliados, permitindo assim criar um registo que guarde o historial e a evolução do utente para futuras comparações. Durante o estágio foram realizadas um total de 45 consultas, 33 (73,3%) das quais primeiras consultas e 12 (26,7%) consultas de seguimento (Gráfico 1). Dos utentes observados a maioria, 29 (87,9%) eram do sexo feminino e os restantes 4 (12,1%) do sexo masculino (Gráfico 2). Quanto ao motivo por que se dirigiram à consulta, na maioria dos casos 31 13
15 (93,9%) aconteceu por vontade de perder peso enquanto os restantes 2 (6,1%) por desejo de ganhar peso (Gráfico 3) as consultas 12 Seguimento Gráfico 1 Distribuição dos utentes segundo o tipo de consulta (n=45) Feminino 4 Masculino Gráfico 2 Distribuição dos utentes segundo o sexo (n=33) Perda de peso 2 Ganho de peso Gráfico 3 Distribuição dos utentes segundo o motivo de consulta (n=33). 14
16 A média de idades foi de 34,55 anos (dp±14,04) (Tabela 1). E, do total de consultas analisadas as patologias mais frequentemente observadas nos utentes foram colesterol elevado, problemas ósseos e hipotiroidismo (Gráfico 4). No que diz respeito à atividade física, 13 (39%) praticavam algum tipo de atividade, enquanto 20 (61%) não praticavam (Gráfico 5). Média (dp) Mínimo Máximo Idade (anos) 34,55 (14,04) Tabela 1- Caracterização dos utentes quanto à idade (n=33). Triglicerídeos elevados Anemia Hérnia de hiato Problemas digestão Retenção de líquidos Depressão Hipertensão arterial Hipotiroidismo Problemas ósseos Colesterol elevado Gráfico 4 Distribuição dos utentes segundo as patologias mais comuns na consulta (n=33). 61% 39% sim Não Gráfico 5 Distribuição dos utentes quanto à prática de atividade física (n=33). 15
17 A média de IMC verificada nos utentes na primeira consulta foi de 28,86 Kg/m 2 (dp±5,73 Kg/m 2 ) com um máximo de 50,00 Kg/m 2 e um mínimo de 17,40 Kg/m 2, sendo mais prevalente os utentes que apresentam excesso de peso (Gráfico 6). Nas consultas de seguimento foi observada uma média de 1,75 (dp±1,49) Kg de peso perdido entre consultas, um ganho de MM em média de 0,78 (dp±2,29) Kg e uma perda de MG em média de 1,81 (dp±1,69) Kg, correspondendo a uma percentagem de menos 1,38% de peso corporal total. Quanto aos perímetros verificou-se uma diminuição média de 1,15 (dp±5,76) cm no PC e 0,85 (dp±3,00) no PA (Tabela 2) Gráfico 6 Distribuição do IMC(WHO, 2006) dos utentes da consulta externa de nutrição (n=33) Média (dp) Mínimo Máximo Peso (kg) -1,75 (1,49) -2,9 2,2 MM (Kg) 0,78 (2,29) -5,4 7,4 MG (Kg) -1,81 (1,69) -5,4 1,5 MG (%) -1,38 (1,39) -4,6 0,7 PC (cm) -1,15 (5,76) PA (cm) -0,85 (3,00) -4,5 4 Tabela 2- Resultados observados nas consultas de seguimento, após intervenção (n=12). 16
18 3. Acompanhamento nutricional dos utentes do internamento No HE-UFP há doentes internados com diversas patologias e casos clínicos, alguns permanecem no serviço por pouco tempo, outros de forma mais permanente. O papel do SNA no internamento consiste: - Levantamento do quadro clínico dos utentes, nomeadamente de patologias que requerem um maior cuidado com a alimentação como é o caso da obesidade, diabetes mellitus, hipertensão arterial, doença renal, intolerâncias e alergias alimentares, entre outros. Após este levantamento procede-se a visitas regulares aos utentes de forma a perceber o grau de satisfação relativo à alimentação, efetuando eventuais ajustes tendo em conta as preferências alimentares e condição clínica; - Verificação da qualidade organolética das refeições fornecidas junto dos doentes; - Aplicação de inquéritos de avaliação da ingestão e satisfação alimentar (ANEXO D). - Criação de planos alimentares individualizados para utentes em condições especiais tais como doença renal, alimentação por sonda e de acordo com as crenças religiosas que exige uma alimentação particular e restrita (por ex. religião muçulmana ANEXO G); - Criação de um guia com os princípios gerais de alimentação após cirurgia bariátrica (ANEXO H). 4. Intervenção e auxílio no serviço de restauração O serviço de restauração em funcionamento no HE-UFP é da responsabilidade do próprio hospital e o SNA faz um acompanhamento diário deste serviço, intervindo e supervisionando várias etapas, tais como: - Cooperação no planeamento e elaboração semanal das ementas dirigidas ao público em geral e aos utentes internados relativamente ao tipo de dieta geral; - Elaboração semanal de ementas específicas (ligeira, mole, pastosa, líquida completa, celíacos, diabéticos) para utentes em condições clínicas que os impedem de uma dieta geral (ANEXO I); - Auxílio na elaboração da lista de compras (ANEXO J); 17
19 - Elaboração e aplicação do inquérito de satisfação da alimentação fornecida no refeitório hospitalar (ANEXO L); - Verificação do empratamento das refeições servidas no internamento; - Elucidação dos funcionários da cozinha acerca das preferências individuais dos utentes tendo em conta a sua condição clínica; - Colaboração na preparação da formação aos funcionários do serviço de restauração com conteúdos direcionados para as diferentes necessidades alimentares e dietéticas para determinadas doenças, alertando para as consequências que podem advir caso esta alimentação não seja respeitada (ANEXO M); - Implementação do dia Nutrição na cozinha que consiste na elaboração de uma sobremesa mais saudável com a informação nutricional da mesma (ANEXO N); 5. Realização de folhetos informativos Participou na elaboração de folhetos informativos com o objetivo de fornecer informações acerca de diferentes patologias de forma a esclarecer dúvidas alimentares que são bastante frequentes, tendo sido efetuados para as seguintes patologias: - Diarreia na criança (ANEXO O); - Gastroenterite na criança (ANEXO P); - Doença Celíaca (ANEXO Q); - Diabetes (ANEXO R); - Envelhecer melhor (ANEXO S); 6. Atividades complementares i. Avaliação antropométrica num ginásio Sendo o HE-UFP um hospital com diversos protocolos e parcerias há a necessidade de intervir nesses espaços. Assim, o SNA realizou uma atividade de rastreio nutricional no ginásio Factor-X junto dos frequentadores deste espaço num Open Day. 18
20 Esse rastreio consistiu na avaliação da composição corporal com a determinação do peso, altura, IMC, MM e MG, comparando os valores obtidos com os valores normais e saudáveis tendo em conta o sexo, idade e atividade física da pessoa, alertando para eventuais situações de risco nutricional por apresentar excesso de peso ou obesidade e efetuando alguns conselhos nutricionais (ANEXO T). ii. Dia mundial da criança no HE-UFP No âmbito das comemorações do dia mundial da criança, mais de 300 crianças das escolas do município de Gondomar vieram ao HE-UFP festejar o seu dia. Nas diversas atividades dinamizadas as crianças eram os pais dos seus bonecos a necessitarem de cuidados médicos, sendo acompanhadas em diversas especialidades e valências tais como emergência, enfermagem, medicina dentária, medicina física e de reabilitação, nutrição, ortopedia e pediatria. Quando os bonecos e seus pais se dirigiam à consulta de nutrição eram avaliados antropometricamente, sendo também preenchido o processo clínico do boneco com o diagnóstico e tratamento onde eram dadas algumas dicas para uma alimentação e estilo de vida saudáveis, processo esse que levavam consigo. O objetivo desta atividade foi efetuar uma sensibilização para a importância de cumprir regras de alimentação saudável e o papel preponderante do nutricionista nessa aquisição (ANEXO U). iii. Participação em congressos Como o objetivo de aprofundar os seus conhecimentos acerca de diversos temas relacionados com a nutrição, participou em congressos de forma a consolidar e atualizar-se sobre os novos avanços acerca dos referidos temas: - XV Congresso Anual da APNEP (ANEXO V); - Módulo II sobre Envelhecimento e Sistema Digestivo da Academia de Nutrição Clínica (ANEXO X); - Crianças de 1-3 anos da região norte de Portugal: O que comem? Como crescem? (ANEXO Z); - 2ª Edição do 2º Curso de Nutrição Pediátrica (ANEXO AA) 19
21 VI. Conclusões O estágio curricular permite consolidar e aplicar as competências teóricas que foram adquiridas ao longo dos semestres anteriores. E, a aplicação de toda a teoria aprendida só atuando e praticando é que se consegue aperfeiçoar, colocando à prova a capacidade de interação e promoção de uma melhor qualidade de vida e mais saudável, através de uma alimentação equilibrada. Tal foi conseguido através do contacto diário com a realidade de um hospital, que para além das dificuldades comuns de uma instituição deste tipo, apresentava ainda novos desafios devido ao facto de ser um hospital novo, e por isso em fase de criação, crescimento e desenvolvimento. O auxílio na implementação do SNA foi uma oportunidade única que lhe permitiu perceber a dificuldade de trabalhar nos serviços numa fase inicial de funcionamento, contactando com todos os desafios diários e necessidades a implementar. A consulta externa de nutrição foi uma excelente oportunidade para desenvolver competências a nível clínico, fundamentais para o futuro. Nestas teve a possibilidade de contactar com utentes com situações clínicas diversas, que deram diferentes óticas e diversos conhecimentos. No acompanhamento dos utentes do internamento permitiu-lhe perceber o importante papel do nutricionista que além de ser o elo de ligação entre utente/equipa de enfermagem e o serviço de restauração, intervêm também na elaboração de planos alimentares específicos para utentes em condições especiais assim como na perceção da satisfação dos utentes no que diz respeito à alimentação. No serviço de restauração além da verificação da qualidade alimentar e empratamento, foi também desafiante a criação de ementas específicas e o contacto diário com todos os funcionários numa aprendizagem mútua. A realização de folhetos informativos e as atividades complementares foram também de extrema importância porque além de divulgarem o HE-UFP e o SNA permitiram também elucidar as pessoas para a importância da alimentação quer no tratamento de patologias quer na prevenção e criação de condições para um estilo de vida saudável. 20
22 Terminado este período crucial, considera que atingiu os objetivos traçados e alcançou uma experiência prática que lhe permitiu colmatar e melhorar as competências teóricas, permitindo tornar-se mais confiante na sua atuação como nutricionista. Ao atingir esta fase na vida académica, é com grande sentimento de nostalgia que revê este curto período, mas com uma profunda motivação para a nova fase que se avizinha, a vida profissional. VII. Comentários e Sugestões Sendo o curso de Ciências da Nutrição tão abrangente em termos de saídas profissionais, o período destinado ao estágio curricular deveria, na sua opinião, ser mais alargado não se restringindo apenas ao último semestre. Permitindo desta forma adquirir competências e prática em mais áreas da nutrição, possibilitando um trabalho mais abrangente e uma aprendizagem contínua e integrada. VIII. Bibliografia nutritionday. (2013). "nutritionday in hospitals." Retrieved 20/3/2013, from WHO. (2006). "BMI classification." 5/3/2013, from 21
23 IX. Anexos 22
24 Anexo A Declaração de duração e carga horária do estágio 23
25 24
26 Anexo B Parecer do orientador de estágio 25
27 26
28 Relatório do estágio dos alunos de Nutrição no Hospital Escola (He) da Universidade Fernando Pessoa, em Gondomar Conforme com o que foi acordado com a Direcção do Curso de Nutrição da Faculdade de Ciências da saúde da Universidade Fernando Pessoa, decorreu o estágio dos alunos no He de modo a que os mesmos pudessem consolidar e aplicar os conhecimentos apreendidos durante a sua formação académica. Este estágio, além de lhes pretender proporcionar esta consolidação, pretendeu proporcionar uma mais valia em termos de realização clínica e aplicação da arte da nutrição dentro da instituição; teve a mais valia de puder complementar-se em termos sociais com os programas agendados pela instituição He nas vigilâncias nutricionais de grupos da população que foram efectuados fora da instituição. Sabendo que na instituição funciona uma cantina para o pessoal e à qual podem ter acesso pessoas estranhas à instituição, foi essencial a sua inter-relação com o pessoal e o armazenamento e a manutenção dos alimentos. É de referir, que, inclusive as suas interacções se estenderam ao espaço comercial ali em funcionamento, tendo como base a escolha, apresentação, conservação e manuseamento de produtos em comercialização. A duração do estágio foi estabelecido pela Universidade e a carga horária foi integralmente cumprida, com zelo e profissionalismo. Essencialmente foi cumprido entre as 09 e as 17 horas, tendo no entanto sido ajustado às necessidades particulares da nutrição e dos doentes em que os mesmos tiveram oportunidade de colaborar em acompanhamento com a srª Drª Patricia Costa, sua co-orientadora. Durante este período foram acompanhados pela sua co-orientadora de estágio e responsável pela supervisão e avaliação, após diagnóstico das necessidades institucionais e pessoais dos orientandos. Foram durante o estágio efectuadas reuniões periódicas nas quais se tentava rentabilizar as actividades, distribuir os alunos e garantir a equidade de actividades entre os mesmos. Foi possível na maior parte das vezes conseguir um trabalho de grupo em que os mesmos se envolveram e garantiram a realização de manuais que se adaptaram à adequação das rotinas do He. O desempenho da estagiária Ana Rita Nogueira, foi considerada exemplar e realizada com zelo e proficiência; foi considerado durante este período a possibilidade de fazer um trabalho de investigação no qual todos os alunos estiveram particularmente activos mas que ao fim de algum tempo e múltiplas reuniões com os mais variados médicos de várias especialidades, não foi possível levar avante por incapacidade temporária da instituição em termos globais, devido à precocidade de funcionamento em que a mesma se encontrava; foi no entanto possível verificar o entusiasmo que foi emprestado ao grupo por parte de todos os estagiários dos quais se destacou a estagiária Ana Rita Nogueira. Foi para mim, orientador dos estagiários, um grato prazer acompanhar e participar com os elementos do grupo em estágio nas actividades em que com eles pude agir conjuntamente. Foi fácil a 27
29 integração dos estagiários às rotinas institucionais assim como considero que sob o ponto de vista ético foi da maior correcção qualquer actividade e interacção com colegas e especificamente com os doentes com que teve oportunidade de interagir; por estes tive o conhecimento de palavras de agrado para com todos os estagiários. Não nos tendo sido possível efectuar estudos de caso específicos, contudo, foram lançadas as bases para que o consigam em qualquer altura das suas futuras vidas profissionais. Cumpriu integralmente todas as indicações para se deslocar e comportar dentro da instituição, quer em termos pessoais quer em comportamento de grupo em que estava inserida. Cumpriu com zelo a assinatura e cumprimento dos seus horários. Sempre utilizou dentro da instituição o vestuário que lhe foi recomendado. Nas reuniões que se foram realizando, a maior parte das quais sob a alçada da srª Drª Patricia Costa, a estagiária manteve sempre uma atitude assertiva e colaborante e interessada. Algumas das visitas- surpresa por mim efectuadas e sem agendamento prévio, detectaram sempre o cumprimento rigoroso dos planos de trabalho e as discussões de conhecimentos e troca de experiencias foram uteis nos dois sentidos; o modo de contornar os obstáculos que se iam colocando nos seus caminhos e que são habituais nestas fases iniciais de implementação de rotinas hospitalares julgo terem sido a mais- valia uma vez que os seus contributos pessoais demonstraram uma maturidade e profissionalismo inexcedíveis. Aos alunos foi solicitado o contributo para a melhoria da instituição através da sua avaliação de estágio, da instituição e da respectiva supervisão. O orientador de estágio Prof. Doutor Jorge Rodrigues 28
30 Anexo C Parecer do coorientador de estágio 29
31 30
32 31
33 Anexo D Inquérito de avaliação da ingestão alimentar hospitalar 32
34 33
35 Anexo E Exemplo de protocolo de atuação dislipidemias 34
36 35
37 Anexo F Exemplo da folha de avaliação da composição corporal fornecida ao utente 36
38 Exemplo de folha de avaliação da composição corporal fornecida ao utente - adultos Relatório de Estágio Exemplo de folha de avaliação da composição corporal fornecida ao utente - crianças 37
39 Anexo G Alimrntação particular e restrita - muçilmana 38
40 39
41 Anexo H Guia com os princípios gerais de alimentação após cirúrgia bariátrica 40
42 41
43 Anexo I Exemplo de ementas específicas para o internamento 42
44 43
45 Anexo J Lista de compras 44
46 45
47 Anexo L Inquérito de satisfação da alimentação fornecida no refeitório hospitalar 46
48 47
49 Anexo M Formação aos funcionários do serviço de restauração 48
50 49
51 Anexo N Exemplo do dia Nutrição na cozinha 50
52 51
53 Anexo O Folheto Diarreia na criança 52
54 53
55 Anexo P Folheto Gastroenterite na criança 54
56 55
57 Anexo Q Folheto Doença Celíaca 56
58 57
59 Anexo R Folheto Diabetes 58
60 59
61 Anexo S Folheto Envelhecer melhor 60
62 61
63 Anexo T Avaliação da composição corporal num ginásio 62
64 63
65 Anexo U Dia mundial da criança no HE-UFP 64
66 Fonte:
67 Anexo V Certificado do XV Congresso Anual da APNEP 66
68 67
69 Anexo X Certificado do Módulo II sobre Envelhecimento e Sistema Digestivo da Academia de Nutrição Clínica 68
70 69
71 Anexo Z Certificado Crianças de 1-3 anos da região norte de Portugal: O que comem? Como crescem? 70
72 71
73 AnexoAA Certificado da 2ª Edição do 2º Curso de Nutrição Pediátrica 72
74 73
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