DIREITO DO TRABALHO. DIREITO: Conjunto de normas e princípios que regula a vida do homem na sociedade.

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1 DIREITO DO TRABALHO DIREITO: Conjunto de normas e princípios que regula a vida do homem na sociedade. DIREITO DO TRABALHO: Conjunto de princípios e normas relacionados à relação de trabalho subordinado entre empregadores e empregados e situações análogas que visa melhores condições ao trabalhador. CLASSIFICAÇÃO: Direito Público X Privado (Misto). DIREITO & MORAL. DIREITO INDIVIDUAL: Conjunto de normas que rege as relações individuais, tendo como sujeitos o empregado e o empregador e a prestação de trabalho subordinado. DIREITO COLETIVO: Conjunto de normas que consideram os empregados e empregadores coletivamente reunidos. FONTES DO DIREITO: Origem do direito. LEI O verbo latino ligare, que significa "aquilo que liga". Conjunto de regras estabelecidas pelas autoridades competentes. Ex. CLT Decreto Lei 5452/43; CF/88 VIDE COMENTÁRIOS DA PIRAMIDE ABAIXO DIRETAS COSTUME Regras sociais resultantes de uma prática reiterada de forma generalizada e prolongada. Ex.: fila; 13º salário; Motivações para o surgimento das leis ; desaposentação FONTES DO DIREITO Onde nasce o direito? DOUTRINA É a produção realizada por pensadores, juristas e filósofos do direito. INDIRETAS JURISPRUDENCIA É o conjunto de decisões atuais e reiteradas sobre interpretações de leis, feita pelos tribunais. EX. livros, artigos Ex. sentenças, acórdãos, Súmulas e orientações jurisprudenciais. CONSTITUIÇÃO FEDERAL 1988 ARTS. 7º ao 11 Consolidação das Leis Trabalhistas Decreto-Lei 5.452/43 CONVENÇÃO COLETIVA DE TRABALHO DISSÍDIO ACORDO COLETIVO Resoluções, Portarias Contratos individuais de trabalho

2 EXEMPLOS SÚMULA nº 447 TST: ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. PERMANÊNCIA A BORDO DURANTE O ABASTECIMENTO DA AERONAVE. INDEVIDO. Os tripulantes e demais empregados em serviços auxiliares de transporte aéreo que, no momento do abastecimento da aeronave, permanecem a bordo não têm direito ao adicional de periculosidade a que aludem o art. 193 da CLT e o Anexo 2, item 1, "c", da NR 16 do MTE. ORIENTAÇÃO JURISPRUDENCIAL 327 do TST: DANO MORAL. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO. Nos termos do art. 114 da CF/88, a Justiça do Trabalho é competente para dirimir controvérsias referentes à indenização por dano moral, quando decorrente da relação de trabalho. JURISPRUDENCIA: DECISÃO ANEXA! PESQUISA JURISPRUDENCIAL Acesse o sítio de pesquisa. Sugestões ou Depois: clicar em jurisprudência: (Ex.: ou ( Depois pesquisar. No sítio do TST, clicar em "consulta unificada": Digitar os termos da pesquisa :"livre" e depois escolher uma decisão e efetuar o trabalho e escolher a opção "inteiro teor". EXERCÍCIO: EXTRAIR DA DECISÃO: INSTÂNCIA, JULGADOR, PARTES, RESUMO DO CASO, CONCLUSÃO DO PROCESSO E CONCLUSÃO INDIVIDUAL. PESQUISA LEGISLATIVA Acessar o site: Clicar: "Legislação" Clicar: "Leis Ordinárias" Clicar no ano da lei (exemplo Código de Defesa do Consumidor, lei 8.078/90, clicar no ano de 1990" e depois localizar a lei 8.078) SUGESTÃO: Outra forma: usar o google e digitar o nome da lei acrescido da expressão "planalto" (depois acessar o resultado da página do Planalto). EXERCÍCIO: LOCALIZAR A CLT NO SÍTIO DO PLANALTO.

3 EXTRAIR DA DECISÃO Partes; tribunal; julgadores; resumo do caso; conclusão do caso e opinião pessoal EMENTA: PROCESSO RR N /DJ - 26/03/04. ACÓRDÃO 4ª Turma GRAVAÇÃO TELEFÔNICA INTERCEPÇÃO DA CONVERSA POR TERCEIRO PROVA ILÍCITA ARTIGO 5º, XIII, DA CF. É prova ilícita, nos termos do artigo 5º, XIII, da Constituição Federal de 1988, a gravação de conversa telefônica entre o reclamado e terceiro, interceptada pelo reclamante sem o conhecimento de ambos os interlocutores, para fim de comprovação de suposto dano moral. A jurisprudência, tanto do excelso STF, quanto a do colendo STJ, pacificou-se no sentido de que é lícita a gravação de conversa telefônica somente quando feita por um dos interlocutores, mesmo que sem o conhecimento do outro, mas não se pode admitir que uma exceção ao princípio da inviolabilidade das comunicações telefônicas venha a ser interpretada extensivamente, sob pena de afronta à hermenêutica jurídica e à mens legis da Constituição Federal de Recurso de revista não conhecido. Vistos, relatados e discutidos estes autos de Recurso de Revista nº TST-RR /01.6, em que é recorrente MÁRIO JOSÉ SCHUMAK e recorrido OSNI PILAR. O e. Tribunal Regional do Trabalho da 12ª Região, mediante o v. acórdão de fls. 77/80, negou provimento ao recurso ordinário do reclamante, mantendo a r. sentença que não admitiu a licitude de gravação de conversa telefônica com o reclamado, para fim de comprovação de suposto dano moral. Inconformado, o reclamante interpõe recurso de revista (fls. 83/86). Alega, em síntese, que o dano moral está caracterizado pelo fato de o reclamado, após a rescisão do contrato de trabalho, ao ser consultado por outras empresas para efeito de referência do reclamante, sempre fez comentários desairosos em relação ao seu desempenho, destacando os aspectos negativas, utilizando as expressões preguiçoso, desobediente, perigoso, que mexia em coisas sem permissão (sic, fl. 84), incorrendo, segundo alega, em violação do artigo 5º, X, da Constituição Federal de Insiste que a prova daquele comportamento lesivo à sua honra, reputação e dignidade, a saber, a gravação de conversa telefônica havida entre o reclamado e um funcionário de uma agência de empregos, trazida aos autos, é lícita, nos termos do art. 5º, LV, da Constituição Federal de Transcreve arestos para cotejo. A revista foi admitida pelo r. despacho de fls. 87/89. Sem contrarrazões (certidão de fl. 90). VOTO: O recurso de revista é tempestivo (fls. 81 e 83) e está subscrito por advogado devidamente habilitado nos autos (fl. 5). Custas pagas a contento (fl. 56). O v. acórdão do Regional negou provimento ao recurso ordinário do reclamante, sob o seguinte fundamento, in verbis: O reclamante ingressou com reclamatória trabalhista, pretendendo indenização por danos morais e sustentando, para tanto, que após o rompimento do contrato de trabalho, bem como do ajuizamento da reclamatória trabalhista, não mais conseguiu colocação no mercado de trabalho porque o reclamado passou a prestar informações a seu respeito que denegriram a sua imagem. Como meio de prova juntou aos autos fita magnética (K-7), contendo a gravação de conversa mantida com o ex-empregador, a seu respeito, a qual não foi aceita pelo Juízo a quo, que a considerou ilícita. A Constituição Federal estabelece em seu art. 5º, LVI, que é inadmissível a prova obtida por meios ilícitos, e, no caso de ligações telefônicas, garante a inviolabilidade do sigilo (art. 5º, XII), exceto para as hipóteses em que, por ordem judicial, em investigação criminal ou instrução processual penal, existir autorização para a quebra. Portanto, o direito à prova, conquanto assegurado a todos como garantia da ação, da ampla defesa e do contraditório não é absoluto, encontrando limites no ordenamento jurídico. In casu, a única prova apresentada pelo reclamante é uma fita magnética que contém a conversa telefônica mantida com seu ex-empregador. A gravação ocorreu sem o consentimento do reclamado, violando, assim, o inc. XII do art. 5º da CF/88, que impõe o respeito ao sigilo das comunicações telefônicas, o que invalida a prova produzida. Não há também nos autos notícia de ordem judicial para a quebra do sigilo, o que é admitido para fins de investigação criminal ou instrução processual penal. Ainda que válida a prova apresentada, ela, por si só, não conduz à caracterização de dano moral à figura do reclamante de sorte a autorizar a indenização por danos morais postulada. Assim, nego provimento ao recurso. Envie-se cópia desta decisão ao Ministério Público do Trabalho para as providências que entender cabíveis. Inconformado, o reclamante interpõe recurso de revista (fls. 83/86). Alega, em síntese, que o dano moral está caracterizado pelo fato de o reclamado, após a rescisão do contrato de trabalho, ao ser consultado por outras empresas para fim de referência do reclamante, sempre fez comentários desairosos em relação ao seu desempenho, destacando os aspectos negativas, utilizando as expressões preguiçoso, desobediente, perigoso, que mexia em coisas sem permissão (sic, fl.

4 84), incorrendo, segundo alega, em violação do artigo 5º, X, da Constituição Federal de Insiste que a prova daquele comportamento lesivo à sua honra, reputação e dignidade, a saber, a gravação de conversa telefônica havida entre o reclamado e um funcionário de uma agência de empregos, trazida aos autos, é lícita, nos termos do art. 5º, LV, da CF/88. Transcreve arestos para cotejo. Sem razão. Consignou o v. acórdão do Regional que o reclamante pretendeu provar a suposta existência de dano moral, por meio da apresentação, em Juízo, da gravação de uma conversa telefônica do reclamado com terceiro. O art. 5º, XIII, da CF dispõe que é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução processual penal. Sendo evidente que a hipótese não é de interceptação de ligação telefônica por ordem judicial para fins de investigação criminal ou instrução processual penal, como dispõe o artigo 5º, XIII, da CF/88, correto o v. acórdão do Regional ao concluir pela ilicitude da prova produzida pelo reclamante. A jurisprudência tanto do STF quando do colendo STJ tem entendido que é lícita a gravação de conversa telefônica apenas quando feita por um dos interlocutores, mesmo que sem o conhecimento do outro. Neste sentido os seguintes precedentes: HABEAS CORPUS. PROVA. LICITUDE. GRAVAÇÃO DE TELEFONEMA POR INTERLOCUTOR. É lícita a gravação de conversa telefônica feita por um dos interlocutores, ou com sua autorização, sem ciência do outro, quando há investida criminosa deste último. É inconsistente e fere o senso comum falar-se em violação do direito à privacidade quando interlocutor grava diálogo com sequestradores, estelionatários ou qualquer tipo de chantagista. De acordo com a jurisprudência dominante, a gravação realizada por um dos envolvidos nos fatos supostamente criminosos é considerada como prova lícita, ainda mais porque serve de amparo da notícia sobre o crime de quem a promoveu. Inocorre o dito flagrante preparado quando o próprio acusado é quem conduz o ato delituoso, não sendo, portanto, induzido por qualquer ação da vítima. Recurso desprovido. (STJ-RHC /PA, 5ª Turma, Rel. Min. José Arnaldo da Fonseca, DJU de , p. 296). RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS. PROCESSUAL PENAL. CONSTITUCIONAL. ESTELIONATO. GRAVAÇÃO TELEFÔNICA PELA VÍTIMA DE CRIME. PROVA ILÍCITA. INCARACTERIZAÇÃO. Não há falar em ilicitude da prova que se consubstancia na gravação de conversação telefônica por um dos interlocutores, vítima, sem o conhecimento do outro, agente do crime. Nesse sentido: "As liberdades públicas não podem ser utilizadas como um verdadeiro escudo protetivo da prática de atividades ilícitas, tampouco como argumento para afastamento ou diminuição da responsabilidade civil ou penal por atos criminosos, sob pena de total consagração ao desrespeito a um verdadeiro Estado de Direito. Dessa forma, aqueles que, ao praticarem atos ilícitos, desrespeitando a própria dignidade da pessoa humana, não poderão invocar, posteriormente, a ilicitude de determinadas provas para afastar suas responsabilidades civil e criminal perante o Estado (...)" in Alexandre de Morais, in Constituição do Brasil Interpretada e Legislação Constitucional, 2ª Edição, 2003, São Paulo, Editora Atlas, pág Recurso improvido. (STJ-RHC /SP, 6ª Turma, Rel. Min. Hamilton Carvalho) Não obstante a exceção ao princípio da inviolabilidade das comunicações telefônicas, como firmado nos precedentes, o fato é que sua aplicação não comporta ampliação, sob pena de afronta à hermenêutica jurídica e à mens legis da Constituição Federal de Logo, não é admissível, em nenhuma hipótese, que uma conversa telefônica interceptada por terceiro, sem autorização judicial, seja admitida como prova contra um dos interlocutores em processo judicial de qualquer natureza. Incólumes, portanto, o artigo 5º, X e LV, da CF. Quanto as duas jurisprudências melhor sorte não lhes assiste. Com efeito, o primeiro paradigma é inespecífico, nos termos do Enunciado nº 296 do TST, porque trata da hipótese fática de conversa regular havida entre um dos sócios da reclamada e o firmador de duas declarações antagônicas, muito embora tenha sido obtida pelo primeiro sem o conhecimento deste, sem, portanto, identidade fática com a matéria ora sub judice, a saber, a gravação da conversa sem o conhecimento de ambos os interlocutores. Quanto ao segundo aresto, é também inespecífico, nos termos do Enunciado nº 296, porque, ao consignar que a inviolabilidade do sigilo das comunicações telefônicas se dá em relação a terceiros, e não aos interlocutores, adota conclusão convergente para a do v. acórdão, ao menos no que diz respeito à ilicitude da gravação trazida aos autos pelo reclamante.

5 ISTO POSTO ACORDAM os Ministros da 4ª Turma do TST, por unanimidade, não conhecer do recurso de revista. Relator MILTON DE MOURA FRANÇA (adaptado).