UNIVERSIDADE CATÓLICA PORTUGUESA INSTITUTO DE ESTUDOS POLÍTICOS Curso de Licenciatura em Ciência Política
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- Sonia Canedo Alves
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1 Programa I Introdução Razão de ser: a União Europeia (UE), o sistema político internacional e a geoestratégia da UE. O alargamento. O que é a UE. O factor democrático. Ideais, Valores, Princípios e Objectivos da integração europeia. Referência aos direitos fundamentais. As teorias da integração europeia: funcionalismo, intergovernamentalismo, governação "multi-level", entre outras. Os modelos. A questão identitária: identidade europeia e identidades nacionais. Nacionalidade, sentimento de pertença e socialização cívica. Etiologia da construção europeia: do mercado comum ao mercado único. Os patamares da integração (da zona de livre troca à união política). As fundações históricas da UE. Evolução, datas e eventos principais. Nº horas: 9h (6 aulas) II A governação económica da UE: enquadramento, problemática, perspectivas Uniões monetárias: perspectiva histórica, teorias da união monetária (UM); zona monetária óptima. A UE, mercado interno e necessidade da UM. Relação união económica/um. A união monetária europeia, da CEE ao SME; crise e colapso do sistema. Tratado da UE e criação da União Económica e Monetária: critérios e condições. Crise da zona euro: problematização. Percurso da reforma e condições de governação. Nº horas: 7h30 (5 aulas)
2 III Direito comunitário e arquitectura constitucional A estrutura constitucional europeia: os Tratados. A referência ao Direito Constitucional Europeu. O método comunitário. A relação com os Estados e os tipos de competências. O primado nos princípios, na lei e na jurisprudência. Transferência de competências, o princípio da atribuição e o paradoxo de Weiler. Aplicabilidade directa. Génese e princípios fundamentais do Direito comunitário: abordagem aos conceitos de flexibilidade, proporcionalidade e subsidiariedade. O princípio da igualdade ou da não discriminação. As fontes do direito comunitário (1): O direito originário, os Tratados. Princípios e procedimentos de revisão, as revisões em concreto e a respectiva natureza. As fontes do direito comunitário (2): O direito derivado e a caracterização dos actos jurídicos. Outras fontes. A jurisprudência como fonte de direito: referência a alguns acordãos relevantes. Nº horas: 9h (6 aulas) IV As Instituições e o processo de decisão O direito institucional europeu e as instituições europeias. Apresentação e caracterização das prinicipais instituições, natureza, constituição, competências, métodos de decisão. Relação interinstitucional. O processo de decisão comunitário. Caracterização e procedimentos. A codecisão. O Tribunal de Justiça: tipos de recursos jurisdicionais. O recurso prejudicial. A interpenetração das jurisdições ao serviço do direito no espaço europeu.
3 Os outros órgãos da UE: identificação e competências. Nº horas: 7h30 (5 aulas) V Políticas comunitárias Referência comum: natureza da decisão, tipo de competências e processo Integração negativa e positiva. Integração negativa: as quatro liberdades. O processo de integração positiva e as políticas internas, em especial: PAC, concorrência, política social, ambiente, educação. A coesão económica, social e territorial. A solidariedade. Políticas económicas: os planos a longo prazo (Europa 20/20). A civilização da UE: Schengen e o Espaço de Liberdade, Segurança e Justiça Cidadania europeia. Acção externa da União e as políticas da acção externa: PESC; política comercial comum e cooperação para o desenvolvimento. As novas políticas europeias (descrição). Nº horas: 10h30 (7 aulas) VI Teste escrito: 1 aula (1,5h) Simulação e tarefas de grupo: 2 aulas (3h) Nº horas: 4h30 (3 aulas) Total de horas: 48 - Total de aulas: 32
4 Bibliografia Álvares, Pedro (2009), O Tratado de Lisboa e o Futuro da Europa, Lisboa: Centro de História Contemporânea e Relações Internacionais. Campos, João Mota de, e Campos, João Luís Mota de (2007), Manual de Direito Comunitário, Coimbra: Coimbra Editora. Coelho, Carlos e Vários (Dezembro, 2005), Dicionário de Termos Europeus, Lisboa: Aletheia Editores. Coelho, Carlos e Vários (Fevereiro, 2011), Novo Dicionário de Termos Europeus, Lisboa: Aletheia Editores. Cohn-Bendit, Daniel, e Duhamel, Olivier (1998), Pequeno dicionário do euro, Oeiras: Celta Editora. Covas, António (2007), A governança europeia, Lisboa: Colibri. Duverger, Maurice (1994) A Europa dos Cidadãos, tradução de Maria do Rosário Quintela, Lisboa: Edições ASA. Figueira, António (2004), Modelos de legitimação da UE, Cascais: Principia. Fontaine, Pascal (1998) A de 1945 aos Nossos Dias, tradução de José Gabriel Brasil, Lisboa: Gradiva. Goucha Soares, António (1996), Repartição de competências e Preempção no Direito Comunitário, Lisboa: Cosmos. Henriques, Miguel Gorjão (2008), Direito Comunitário, 4ª edição, Coimbra: Almedina. Lucas Pires, Francisco (1997), Introdução ao Direito Constitucional Europeu, Coimbra: Almedina. Lucas Pires, Francisco (1998), Amesterdão: Do Mercado à Sociedade Europeia?, Lisboa: Principia.
5 Lucas Pires, Francisco (2008), A revolução europeia, antologia de textos, Lisboa: Gabinete do Parlamento Europeu em Portugal. Moravcsik, Andrew (1998), The Choice for Europe: Social Purpose & State Power From Messina To Maastricht, Londres: University College London Press. Pinheiro, Paula Moura, ed. (2006), Portugal no Futuro da Europa, Lisboa: Gabinete em Portugal do PE. Pitta e Cunha, Paulo, dir. (2009), A ratificação do Tratado de Lisboa, Revista de Estudos Europeus, AREP Instituto Europeu da Faculdade de Direito de Lisboa, ano III nº 5, Lisboa: Almedina. Poiares Maduro, Miguel, A Constituição plural: constitucionalismo e constituição europeia (2006), Princípia, Cascais, Quadros, Fausto de (1995), O Princípio da Subsidiariedade no Direito Comunitário após o Tratado da União Europeia, in vvaa., Em Torno da Revisão do Tratado da União Europeia, Coimbra: Almedina. Quadros, Fausto de (2004), Direito da União Europeia, Coimbra: Almedina. Quermonne, J.-L. (1994) Le système politique de l Union européenne, 2ª edição, Paris: Montchrestien. Ramalho, Maria do Rosário (2009), Direito Social da União Europeia, Coimbra: Almedina. Sande, Paulo (2000), O sistema político da União Europeia, Lisboa: Principia. Sande, Paulo (2012), Manual da União Europeia, Lisboa: no prelo Schmitter, Philippe (1992), A Comunidade Europeia: uma nova forma de dominação política, in Análise Social, nº , pp Silva, Aníbal Cavaco (1997), Portugal e a Moeda Única, Lisboa: Editorial Verbo.
6 Sousa, Marcelo Rebelo de (1995), A Cidadania Europeia Nível de Concretização dos Direitos, Possibilidade de Alargamento e Suas Implicações, in vvaa., Em Torno da Revisão do Tratado da UE, Coimbra: Almedina. Ucha, Isabel e Sande, Paulo (1999), Como Viver com o Euro, 4ª edição, Lisboa: Principia. Weiler, Joseph (1999), The Constitution of Europe, Cambridge: Cambridge University Press. Weiler, Joseph (Junho 1991), The transformation of Europe, 100 The Yale Law Journal. Revistas e publicações institucionais A União Europeia e o Mundo (2000), Comissão Europeia A União Europeia torna-se maior (2001), folheto, Comissão Europeia 60 Anos de Europa: grandes textos da construção europeia (2008), Gabinete do PE em Portugal. Europa Novas Fronteiras, Revista do Centro de Informação Jacques Delors. Em particular os seguintes números: Política Externa e de Segurança Comum (3), A Cidadania Europeia (4), O Alargamento (6), Portugal 25 anos de Integração Europeia (26/27). Fichas Técnicas sobre o Parlamento Europeu e as actividades da UE (2009), Parlamento Europeu (em inglês). Fontaine, Pascal (2000) Uma Ideia Nova para a Europa, Comissão Europeia. O orçamento da UE: para que serve o seu dinheiro (2002), Comissão Europeia. Opções para um futuro mais verde: a UE e o ambiente (2002), Comissão Europeia. Promover a Europa Social (1996), Comissão Europeia.
7 Viver num espaço de liberdade, segurança e justiça (2001), Comissão Europeia. Tratados e Códigos Tratados Consolidados - Carta dos Direitos Fundamentais (2010), versão oficial consolidada - Edição do Serviço das Publicações da União Europeia, Bruxelas. Sítios e acessos Internet Existe um conjunto considerável de sítios Internet que permitem acesso a documentos e textos sobre a União Europeia, para além de, em muitos casos, conterem igualmente explicações, textos didácticos e resumos relativos a temas da construção europeia. Chama-se a atenção para o facto de, muitas vezes, esses textos, tal como os incluídos em brochuras e publicações das instituições europeias, terem cariz propagandístico ou tendencioso, para além de com frequência lhes faltar rigor académico e científico. Não obstante, recomenda-se fortemente a respectiva consulta, nomeadamente dos seguintes: www. eurohspot.eu Acesso às fichas técnicas do PE em:
8 METODOLOGIA DE AVALIAÇÃO CONTÍNUA A nota final será determinada em função dos seguintes parâmetros: Avaliação contínua Aferição permanente da aquisição de conhecimentos e capacidade de problematização, de forma adequada, através da participação nas aulas. Peso na avaliação: 30%. Trabalho em grupo (simulações) Serão criados grupos de trabalho, para a participação numa simulação de debate sobre temas no âmbito comunitário. A participação e inserção individual e nos trabalhos de grupo será apreciada tendo em vista a atribuição a cada aluno de uma classificação. Peso na avaliação: 20%. Teste escrito (1). Com a duração de 1,5 horas, a realizar na fase final do curso (com mais de 2/3 das aulas dadas). Possibilidade de correcção individual para quem o pretenda, em aula específica ou individual (conforme os casos e o número de alunos) com incidência máxima de dois valores sobre o resultado específico, para cima ou para baixo. Peso na avaliação: 50%.
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