O DIREITO À CIDADE NO BRASIL UM DESAFIO A SER QUESTIONADO, APROFUNDADO E ENFRENTADO, SEMPRE

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1 O DIREITO À CIDADE NO BRASIL UM DESAFIO A SER QUESTIONADO, APROFUNDADO E ENFRENTADO, SEMPRE OFICINA SOBRE POLÍTICAS DE DESENVOLVIMENTO URBANO NO BRASIL ORGANIZADA PELA MISEREOR EM SÃO PAULO DE 18 A 20 DE OUTUBRO DE A forma pela qual se deu o desenvolvimento urbano no País com processos sociais excludentes, tornou o Brasil um dos países mais injustos em termos de acesso ao direito à cidade para os mais pobres. As cidades brasileiras não são muito acolhedoras para quem tem poucos recursos, seja em termos de moradia, de infraestrutura, de espaços públicos, de atividades socioculturais e, mesmo, de políticas públicas. Responsáveis pelo Brasil na Misereor, parceiros urbanos de oito cidades brasileiras, movimentos sociais, ONGs locais e nacionais compartilharam análises, percepções, práticas e esperanças para enfrentar os principais desafios urbanos no Brasil. O encontro de todos esses especialistas da vida urbana apontou a urgência no sentido de garantir acesso à terra na cidade, de desenvolver uma política urbana com inclusão social, de fortalecer a sociedade civil e de lutar contra a violência urbana. 1 Texto elaborado por Patrick Bodart Periferia.

2 Uma reflexão em diversas etapas De maneira geral, a cooperação internacional não tem dedicado tanto apoio ao setor urbano. No entanto, no Brasil, a situação chama mais atenção em função dos números muito elevados da população que mora nas cidades e imediações. A Misereor vem refletindo essas questões e acabou de publicar seu posicionamento para o Desenvolvimento Urbano na América Latina e no Caribe. Para acessar ao documento STELA Em 2010, o seminário sobre Segurança Pública e Questões Urbanas reuniu entidades e grupos brasileiros em São Paulo. Em setembro de 2011, parceiros nordestinos da Misereor se encontraram em Recife para discutir o tema: A questão urbana no Nordeste: desafios para garantia do direito à cidade. Esses dois momentos permitiram abordar aspectos temáticos e regionais da questão urbana no Brasil. Para acessar ao documento sobre segurança urbana Para acessar ao documento do Nordeste A equipe do Brasil e o responsável urbano para América Latina na Misereor consideram importante incentivar o diálogo com os parceiros sobre questões urbanas e reunir subsídios para definir diretrizes mais precisas para a cooperação urbana no País. 1. Documentos iniciais Para iniciar e provocar o diálogo, Luiz Kohara do Centro Gaspar Garcia de Direitos Humanos e membro do Centro de Assessoria e Apoio a Iniciativas Sociais (CAIS), com o apoio de Patrick Bodart Periferia, elaborou um texto destacando cinco dimensões que dificultam a aplicação do direito à cidade no Brasil. Para acessar ao documento inicial de Luiz Kohara Este texto foi enviado aos participantes antes do encontro, junto com outro documento elaborado, em 2010, sobre as políticas habitacionais e, mais especificamente, sobre o programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV). Para acessar ao documento sobre o MCMV Relatório do encontro O Direito à Cidade no Brasil em São Paulo Junho de 2013 Página 2 de 10

3 2. O encontro Grupos de Fortaleza, Manaus, Petrópolis, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo, presentes ao encontro, representavam 17 entidades. Cada uma delas preparou uma curta apresentação para que todos conhecessem suas áreas e formas de atuação. Para acessar à apresentação dos participantes Partindo dos textos enviados, o conjunto dos participantes analisou os desafios urbanos, buscando confirmar, enriquecer e diversificá- los. Todos se apropriaram dos cinco eixos propostos como prioritários e os debates demonstraram que eles correspondiam aos desafios atuais das cidades brasileiras. Como enfrentar esses desafios e encontrar caminhos para garantir o direito à cidade? Essa pergunta que norteou o debate durante todo o encontro permitiu que algumas pistas fossem identificadas e outras questões continuassem como interrogações abertas. 3. O texto final dos desafios urbanos No final de 2012, uma nova versão do texto foi redigida, incorporando os aportes dos participantes e a reflexão conjunta que o encontro de São Paulo provocou. Esse texto circulou entre os participantes para uma revisão final antes de ser divulgado no Brasil e na América Latina. Para acessar al texto final Relatório do encontro O Direito à Cidade no Brasil em São Paulo Junho de 2013 Página 3 de 10

4 Cinco eixos essenciais para o setor urbano no Brasil Além do gigantesco crescimento populacional, o texto inicial destaca a falta de democracia na gestão pública, apontando que o País realiza a ocupação do espaço urbano de acordo com interesses econômicos, além de possuir um dos maiores índices de desigualdade social do planeta. Desde os anos de 1970, com as importantes mobilizações e reivindicações sociais, a luta pelo direito à cidade e pela reforma urbana tornou- se referência para muitos movimentos e entidades sociais, com diversos avanços que se traduziram em conquistas legais e em novas formas de gestão pública. Entretanto, a grande concentração fundiária, a falta de controle sobre o uso do solo e a especulação imobiliária são aspectos estruturais que continuam agravando os problemas urbanos, além da prática de incentivo a megaprojetos e a megaeventos por parte dos governos. Nesse contexto, o texto inicial ressaltou cinco eixos para propiciar o acesso mais equitativo à cidade. 1. Os impressionantes números e indicadores dos déficits quantitativo e qualitativo ressaltam o caráter crucial do acesso à moradia digna. Não se trata só de produzir mais casas, senão também, de desenvolver os mecanismos que tornem possível o acesso de famílias de baixíssima renda e que garantam a qualidade das habitações produzidas. O programa Minha Casa, Minha Vida é bastante representativo em termos de unidades habitacionais produzidas e de subsídios para a população mais pobre. Entretanto, esse programa tem apresentado inúmeros casos de habitações de baixa qualidade e de grandes conjuntos habitacionais localizados em áreas sem infraestrutura urbana consolidada. Vale lembrar também que não existe política habitacional duradoura. Apesar desse contexto, os diferentes movimentos sociais, com o apoio de ONGs, técnicos e pesquisadores, conseguiram pôr na pauta pública o tema urbano e o acesso à moradia digna. O papel da sociedade civil foi decisivo para propor alternativas, por meio do Sistema e do Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social, do Estatuto da Cidade e do próprio Ministério das Cidades. 2. Na sociedade brasileira, existe a ideia de que a pobreza é decorrência natural dos processos de desenvolvimento, justificando assim inúmeras situações de injustiça contra os pobres e gerando expressivas formas de desigualdade social. A estruturação urbana tem sido orientada pelos interesses do capital imobiliário, com frequentes situações de expulsão de moradores e forte valorização das terras urbanizadas. Com isso, há incremento populacional nas periferias, causando um importante processo de segregação socioterritorial nas cidades, conjugado aos custos e deficiências do transporte público. Isso tem acontecido, muitas vezes, com ausência do Estado, falta de perspectiva para os jovens e baixa qualidade dos serviços. Relatório do encontro O Direito à Cidade no Brasil em São Paulo Junho de 2013 Página 4 de 10

5 Poucas experiências têm mostrado efeitos contra esses processos de segregação, a não ser quando existem formas conjuntas e transversais de intervenção pública. As experiências que obtiveram os melhores resultados foram aquelas que contaram com a participação da comunidade de maneira organizada em todas as ações. 3. A questão da violência urbana é complexa e deve integrar hoje novas conceituações, como a violência doméstica, as violências de caráter discriminatório, dentre outras. Além disso, os meios de comunicação estão construindo uma verdadeira indústria do medo. As populações em situação de pobreza são bastante visadas, como vítimas diretas ou reféns dessas diferentes formas de violência do crime organizado. Há situações em que pessoas envolvidas em crimes e/ou em milícias desencadeiam clima generalizado de violência nas cidades, muitas vezes, acentuado por agentes públicos e grande mídia. Como a problemática da violência está dissociada das questões de desenvolvimento econômico, social e urbano, a compreensão dessa realidade fica bastante distorcida e agravada, ainda mais, frente a um sistema de segurança pública esgotado. Em 2009, a realização da 1 a Conferência Nacional de Segurança Pública constituiu- se um passo importante na ampliação desse debate. Em seguida, foi consolidado o Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania, cujo tema foi retomado pela Campanha da Fraternidade Pouco a pouco a questão da segurança pública foi sendo abordada e debatida na busca de soluções. Algumas experiências têm mostrado resultados positivos e animadores a partir do momento em que houve envolvimento direto dos poderes públicos com as comunidades, como aconteceu em Diadema e nos distritos de Jardim Ângela e Capão Redondo na Zona Sul de São Paulo. 4. Em contexto internacional no qual as questões ambientais aparecem cada vez mais graves, há, em geral, pouco interesse de setores governamentais e empresariais no Brasil em assumir medidas de prevenção, pois elas exigem investimentos públicos em áreas de pouca repercussão eleitoral e que acarretam em diminuição dos lucros das empresas privadas. Apesar disso, parte dos discursos ambientalistas acusam geralmente as populações pobres de causarem danos à biodiversidade, enquanto são as mesmas populações que já sofrem as consequências da falta de arborização e das diversas manifestações de disfunções e desequilíbrios ambientais. Trata- se claramente de uma questão de justiça socioambiental que, até hoje, está gerando cada vez mais conflitos baseados na criminalização da pobreza. A exclusão socioterritorial agravada pela falta de transporte público de qualidade e de investimento público constitui uma das principais causas dos problemas ambientais que as grandes cidades brasileiras estão enfrentando. Relatório do encontro O Direito à Cidade no Brasil em São Paulo Junho de 2013 Página 5 de 10

6 Nesse contexto, a Cúpula dos Povos organizada em paralelo à Conferência Rio+20 veio fortalecer a necessidade de um novo paradigma de desenvolvimento, pautado no respeito ao planeta e na justiça social. Alguns marcos regulatórios para o saneamento básico e os resíduos sólidos, bem como os planos diretores realizados com participação popular constituem avanços e instrumentos válidos para combater essas injustiças socioambientais. 5. A historia do Brasil foi construída, por um lado, em função de interesses das forças hegemônicas do capital nacional e internacional e, por outro, por muitas lutas em defesa da dignidade humana e dos direitos humanos. A Constituição de 1988 foi um elemento decisivo para responsabilizar todos os entes federativos, no sentido de democratizar o poder público com participação popular, bem como a elaboração e aprovação do Estatuto da Cidade é marco jurídico importante para a democratização das cidades brasileiras. Apesar disso, os mecanismos de participação popular previstos nas políticas públicas sofrem contínuos enfrentamentos que buscam seu enfraquecimento. Isso obriga a pensar formas de fortalecimento da gestão democrática das políticas públicas. Várias experiências demonstraram resultados com importante potencial em termos de gestão democrática, como as experiências de orçamento participativo e a implementação de conselhos, conferências e fóruns. Hoje, existe uma compreensão mais ampla da democracia com debates sobre a questão urbana por parte de setores populares que realizam importantes mobilizações para pressionar os gestores públicos. Relatório do encontro O Direito à Cidade no Brasil em São Paulo Junho de 2013 Página 6 de 10

7 Avanços e questões a serem aprofundadas A partir dos debates durante o encontro, surgiram alguns elementos novos e outros já enunciados que precisam ser aprofundados e viabilizados: 1. As lutas urbanas não se limitam à conquista de moradias e devem contemplar a indicação de terras bem localizadas nas cidades para pessoas com escassos recursos, e não aceitar aquelas áreas distantes com serviços inexistentes ou de baixa qualidade. Isso implica, entre outras ações, na ocupação dos vazios urbanos e prédios abandonados, na revitalização de bairros com a permanência das populações, na demarcação de áreas como Zonas Especiais de Interesse Social (ZEIS), no incentivo à reocupação dos centros urbanos e no controle dos aluguéis e das tarifas de água e de luz praticados. Ao mesmo tempo, é fundamental continuar lutando por espaços e por serviços de qualidade nas periferias. Questionamento: Nessa busca de otimização do uso do solo urbano, como produzir uma cidade de qualidade, com índices aceitáveis de ocupação do solo, garantindo a promoção de atividades coletivas, dinâmicas de produção e de consumo locais e modos de deslocamentos sustentáveis? Propostas Refletir sobre o modelo de estruturação de concentração fundiária para enfrentamento dos conflitos. Apoiar a campanha Função Social da Propriedade Urbana. Articular e mobilizar as organizações para intervir na elaboração da lei de parcelamento do solo. Buscar boas referências de regularização fundiária. Promover o planejamento da ocupação e uso do território central e do restante da cidade por meio da participação direta de movimentos e organizações sociais. Resistir contra a não remoção das famílias provocada pela realização de grandes obras nas cidades. 2. A falta de uma verdadeira política habitacional no Brasil reafirma a importância de implementar o Sistema Nacional de Habitação de Interesse Social (SNHIS) para atender o déficit quantitativo e qualitativo. Nesse sentido, é preciso definir diretrizes gerais e realizar possíveis adaptações a cada contexto especifico do País. Trata- se também de lutar para garantir que o SNHIS seja discutido com os movimentos sociais e não apenas entre governantes. Para sua efetivação, o SNHIS deverá contar também com os recursos de programas governamentais como o Minha Casa Minha Vida, parte de verba do PAC e, sobretudo, de financiamento permanente previsto na PEC 285 a ser ainda aprovada. Proposta Refletir sobre o modelo de estruturação de concentração fundiária para enfrentamento dos conflitos. 3. Os movimentos sociais e a sociedade civil devem incentivar o debate a partir da análise de experiências na construção de novos paradigmas baseados no bem comum, como as noções de propriedade coletiva, acesso à terra sem propriedade e autogestão. Essa Relatório do encontro O Direito à Cidade no Brasil em São Paulo Junho de 2013 Página 7 de 10

8 reflexão sobre a noção de propriedade é essencial na busca de alternativas habitacionais e de trabalho nas cidades. Na mesma perspectiva, compreender os mecanismos que as cidades brasileiras estão construindo obriga a repensar a visão de cidade que queremos criar, incluindo as formas de articulação entre os bairros e os deslocamentos nas cidades. Questionamentos: Haverá mudança de atitude em relação à propriedade e à qualidade de vida na cidade, apenas por meio de debates? Por que não propor experimentação ou projeto piloto que aponte a força de outras alternativas aos poderes públicos? Propostas Organizar banco de dados de experiências autogestionárias em parceria com universidades para visibilizá- las como modelo de referência em produção habitacional. Promover intercâmbios de boas práticas de experiências de autogestão de moradias na América Latina. 4. Na construção de empreendimentos em processos de urbanização de favelas ou em qualquer outra obra urbana, deve- se exigir a participação das famílias em todas as etapas de concepção e implementação das políticas públicas urbanas. É importante contar com o apoio de equipe multiprofissional. 5. As cidades requerem sistemas eficientes de transporte que ofereçam as mesmas condições de mobilidade a todos, sem discriminação. Além do questionamento das formas de investimento e da qualidade dos serviços, deve- se buscar diversidade de sistemas de transporte sustentáveis, com bilhete único e tarifa zero. 6. Na perspectiva de romper os estigmas da pobreza, que acentuam a violência, é indispensável apontar os limites da atual Política de Segurança Pública no Brasil e defender uma abordagem integrada das políticas sociais e urbanas para lutar contra a violência nas cidades. Essa perspectiva propõe: melhorias nos bairros; implementação de serviços públicos sociais e culturais nas áreas com maior vulnerabilidade social; ações de gestão territorial por meio da participação popular e de diálogos com a população; implementação de política nacional de mediação e prevenção de conflitos fundiários urbanos. Por outro lado, como existe violência institucional promovida pelos mesmos órgãos públicos, é preciso lutar pela desmilitarização da polícia e das intervenções sociais militarizadas praticadas pelas diversas instâncias do Estado. Esse clima generalizado de violência impõe agir, também, em todas as outras dimensões da violência como, a doméstica, escolar, no trânsito, bem como, todas as formas de intolerância sexual, religiosa e étnica. 7. As questões ambientais e os numerosos conflitos gerados, por exemplo, pela grilagem de terras, criminalização da pobreza e megaeventos, obrigam a desenvolver processos de capacitação para uma justiça socioambiental nas cidades, buscando a apropriação dessa temática pelos movimentos sociais. Não se trata de questão reservada apenas a especialistas do campo ambiental. Por outro lado, há necessidade de democratizar e reequilibrar o acesso ao marco legal que estabelece obrigações e benefícios para todos, como a legislação sobre a questão ambiental, a política de resíduos sólidos e a gestão democrática das bacias hidrográficas. Relatório do encontro O Direito à Cidade no Brasil em São Paulo Junho de 2013 Página 8 de 10

9 Propostas Incluir a dimensão ambiental na pauta dos movimentos porque ela traz elementos interessantes e favoráveis às populações, na medida em que a lei ambiental dificulta a realização de grandes obras que causam transtornos às comunidades. Buscar maior articulação e intercâmbios entre os movimentos urbanos e ambientais. 8. Quando os pobres têm acesso à justiça é geralmente para serem criminalizados. Fazer denúncia ao Ministério Público não significa que ela vai gerar um efeito porque não se sabe quem fiscaliza o Ministério Público quando ele não atua a favor da população pobre. De maneira geral, existe dificuldade de reconhecer o autoritarismo do juiz. Nesse contexto, é necessário desenvolver estratégias para democratizar o acesso à justiça. Propostas Fortalecer a Defensoria Pública como aliada das lutas sociais. Reafirmar a perspectiva dos direitos humanos por meio de campanhas, estratégias de comunicação e intensificação das denúncias de violação. Fortalecer as redes de advogados comprometidos com as questões populares, porque eles são imprescindíveis no caso de violação de direitos. Contrapor- se à grande mídia que procura demonizar e criminalizar os movimentos sociais. 9. As lutas populares permitiram a implementação de numerosos conselhos para acompanhar as diferentes políticas públicas. A realidade mostra a necessidade de melhorar a composição e o funcionamento desses conselhos como forma de gestão democrática. A perspectiva deve ser sempre a de ampliar e diversificar o acesso aos conselhos, de articular o trabalho entre eles e de fazer uso político desses espaços instituídos, com capacidade de efetivar e monitorar suas decisões. Propostas Fazer diagnóstico dos fóruns, redes e articulações existentes para identificar os problemas e criar fóruns de debates entre conselhos de diversos segmentos que viabilizem a discussão sobre a intersetorialidade nas políticas públicas. Enfatizar a questão do orçamento para compreender melhor como as dívidas públicas impactam no orçamento, como por exemplo, as grandes obras que estão provocando mais dívidas. Investir na formação de lideranças para além das questões específicas. Pensar novos módulos de formação como troca de experiências e intercâmbio entre as lideranças. Aproveitar melhor os espaços de formação já existentes. Desenvolver capacitação com vistas à incidência política. 10. Ao mesmo tempo, é fundamental ir além dos conselhos, buscar outras formas de democracia e apostar em redes, articulações e fóruns regionais e nacionais, bem como, definir estratégias para ter acesso a espaços de decisão das políticas econômicas do País e não apenas das políticas sociais. Propostas Provocar a discussão do modelo de gestão democrática das cidades no âmbito do Fórum Nacional de Reforma Urbana (FNRU) e outras articulações e redes locais e nacionais de luta para enfrentamento das questões urbanas. Fortalecer o trabalho em rede nacional e local. Relatório do encontro O Direito à Cidade no Brasil em São Paulo Junho de 2013 Página 9 de 10

10 Prioridades para as cidades brasileiras As cinco linhas essenciais foram analisadas, aprofundadas e poucas vezes reformuladas, mas sempre enfatizadas a partir das distintas realidades dos participantes. Dessa forma, chegou- se à lista de doze principais desafios para o direito à cidade no Brasil, organizados em quatro grandes conjuntos. Antes de tudo, há que disponibilizar terras públicas para habitação de interesse social, considerando a sua localização na cidade, que se traduz por: 1. Garantir acesso à terra bem localizada, considerando os regulamentos e a questão da mobilidade. 2. Resolver conflitos fundiários, levando em conta as questões de justiça socioambiental. 3. Garantir inclusão e permanência da população de baixa renda nos centros urbanos, sempre que houver políticas de revitalização nessas áreas. Mas o acesso à terra só tem sentido se existir uma verdadeira vontade e estratégia para desenvolver uma política urbana de qualidade com inclusão social. Para isso, é necessário: 4. Assegurar política de habitação e desenvolvimento urbano com programas diversificados que respeitem as diversidades regionais. 5. Aprovar a PEC 285. Ao mesmo tempo, é primordial lutar contra a violência urbana, o que significa: 6. Repensar a política de segurança versus violência na perspectiva dos direitos humanos. 7. Lutar contra a criminalização da pobreza, das lideranças e dos movimentos sociais. 8. Lutar contra as formas de violência motivadas por questões de raça, etnia, juventude e gênero. De maneira transversal e para enfrentar os outros desafios, é primordial continuar fortalecendo a sociedade civil, refletindo como: 9. Repensar modelos de gestão democrática. 10. Desenvolver capacitação de lideranças. 11. Promover a autogestão e avançar na alternativa da propriedade coletiva da terra. 12. Democratizar o acesso à justiça. Para que esse conjunto de desafios se torne realidade, é preciso garantir recursos para implementação das políticas e realização das atividades de formação. Relatório do encontro O Direito à Cidade no Brasil em São Paulo Junho de 2013 Página 10 de 10

11 Documento de posicionamento Desenvolvimento urbano na América Latina e no Caribe Aachen, junho de 2012

12 p. 2 Misereor Documento de posicionamento "Desenvolvimento urbano na América Latina e no Caribe" (DUAL) DUAL Desenvolvimento urbano na América Latina e no Caribe Este documento de posicionamento visa servir de guia e orientação para a futura cooperação da Misereor com organizações parceiras nos centros urbanos da América Latina e do Caribe. Trata- se, sobretudo, de dar apoio aos numerosos homens, mulheres e crianças que vivem em situação de pobreza neste continente para que consigam defender os seus direitos, melhorar, individual e coletivamente, as suas condições de moradia e vida - também pelo recurso e acesso a programas governamentais - e exercer a cidadania plena, participando equitativa e democraticamente das decisões no nível municipal e estadual. Os seguintes três elementos nos parecem essenciais para a superação sustentável das condições geradoras de pobreza nas cidades: - 1) orientação do trabalho, centrada nos direitos humanos e sensível à questão de gênero, estreitamente ligada às associações de moradores, - 2) melhoria autodeterminada das condições de moradia e vida nos bairros de baixa renda, - 3) criação de espaços de participação efetiva para os até agora marginalizados -. O documento pode servir de guia no exame das propostas de projeto como também de subsídio para o intercâmbio de idéias entre organizações parceiras, organizações de base urbanas e o pessoal da Misereor. Não se deve entender como documento concluído, mas que necessita de ajustes/revisões periódicos em sintonia com os encarregados regionais, com organizações parceiras qualificadas da região e com pessoas de referência da área. O documento foi elaborado por um Grupo de Trabalho do Departamento América Latina de Misereor, o grupo DUAL (DUAL = Desenvolvimento Urbano na América Latina). Como base do trabalho serviu uma avaliação detalhada de 43 projetos habitacionais desenvolvidos no continente e a sua classificação, segundo as diferentes abordagens e conteúdos. Um assessor externo efetuou uma análise mais profunda a 25 destes projetos de acordo com questões específicas. Os resultados provisórios do documento, que é continuamente ponderado e aperfeiçoado, foram apresentados e discutidos em várias reuniões do Departamento América Latina e, juntamente com uma assessora, examinados e modificado com relação aos aspectos de gênero. Os resultados deste processo foram debatidos em seminários com as principais organizações parceiras do México, Colômbia, Argentina, Peru e Chile. As numerosas sugestões que daí surgiram para os princípios, os objetivos e as estratégias de trabalho foram avaliadas e consideradas na presente versão. Fig. 1: Foro Social Urbano, Rio de Janeiro, março de 2010 Aviso legal DUAL Desenvolvimento urbano na América Latina e no Caribe Editora: Bischöfliches Hilfswerk MISEREOR e.v. Redação (responsável): Klaus Teschner, Marcelo Waschl; Imagem de capa: Favela nas periferias de Caracas, com vista sobre o centro; fotografias: Klaus Teschner/MISEREOR Versão resumida e revisada Aachen, junho de 2012 Copyright / Direitos do autor: A utilização e reprodução deste documento requer a autorização prévia de MISEREOR.

13 Misereor Documento de posicionamento "Desenvolvimento urbano na América Latina e no Caribe" (DUAL) p. 3 O trabalho das organizações parceiras da Misereor nas cidades da América Latina e do Caribe Em quase todos os países latino- americanos e caribenhos, Misereor mantém parcerias com organizações importantes que, em parte, já trabalham há quase 50 anos na área de Desenvolvimento Urbano. Apesar de todos os ajustes do trabalho que se fizeram necessários diante de novos desafios e exigências, isto constitui uma enorme experiência que se vai enriquecendo e aprofundando, continuamente, no intercâmbio internacional. Para compilar as experiências e os efeitos mais importantes acumulados nesta área, procedemos a um estudo do trabalho de 43 organizações parceiras que atuam na área urbana, das quais 25 foram sujeitas a uma análise mais profunda - sem que tenham sido avaliadas. A cooperação de Misereor na área do Desenvolvimento Urbano pode ser subdividida em três áreas de atuação: 1. Iniciativas de melhoramento da moradia, do ambiente habitacional e das condições de vida. Esta área engloba os tradicionais "projetos de habitat" assim como projetos de geração de renda. 33 dos 43 projetos estudados (76,7%) desenvolvem obras para melhorar o espaço físico ou o ambiente habitacional. Isto inclui a construção de moradias em regime de mutirão, a criação de associações de moradores e cooperativas de construção, o planejamento comunitário e participativo de novos bairros e medidas de melhoramento das comunidades e bairros, a reivindicação de terrenos de construção assim como do acesso a programas governamentais e a créditos a taxas reduzidas, o acompanhamento técnico e social dos processos de construção em mutirão ou também programas de crédito para a reabilitação das moradias, com assessoria técnica. Simultaneamente, promovem a geração de renda, programas de microcréditos para a pequena indústria etc. Estes projetos contribuíram, em larga escala, para a formação e consolidação de grupos de auto- ajuda e associações de moradores, que têm como objetivo central a melhoria autogestionada da situação de moradia, geração de renda e acesso a fundos públicos. Muitos dos projetos de construção, frequentemente realizados sob a forma de cooperativas, tiveram efeitos multiplicadores e influenciaram os programas governamentais. Fig. 2: Planejamento participativo das obras Propostas alternativas de plantas baixas de uma cooperativa de construção autogestionada de famílias Otomí num terreno no centro da Cidade do México

14 p. 4 Misereor Documento de posicionamento "Desenvolvimento urbano na América Latina e no Caribe" (DUAL) 2. Iniciativas de defesa dos direitos humanos e prevenção de violência, nomeadamente no que se refere ao direito à moradia, quer dizer, o direito a um lar seguro para viver em paz, com dignidade. Estas incluem projetos de assessoria jurídica, iniciativas para a garantia do direito de permanência, apoio a moradores de cortiços, luta contra despejos ou reassentamentos forçados, iniciativas de luta contra a violência - incluindo violência de gênero e doméstica - assim como o trabalho em defesa dos direitos humanos de crianças e adolescentes desprivilegiados. Em quase a metade dos casos, o trabalho desenvolvido resulta numa garantia duradoura do direito de permanência e numa redução das situações de violência. Em muitos casos, despejos foram prevenidos, os direitos dos inquilinos urbanos protegidos e acórdãos "de princípio" conquistados, garantindo maior proteção aos moradores de cortiços. 3. Promoção da democracia local, da participação popular: Fortalecimento das organizações de base urbanas, com democracia interna, com sensibilidade para com minorias e justiça de gênero, reivindicação e utilização sistemática dos espaços formais de participação (por ex.: Orçamento Participativo ou o planejamento do desenvolvimento urbano, etc.), formação de lideranças comunitárias, elaboração participativa de planos de desenvolvimento comunitário e cobrança de subvenções do Estado, envolvimento de crianças e adolescentes em processos de decisão, articulação das organizações de base nos âmbitos regional, nacional e internacional assim como a criação de redes temáticas. Em muitas cidades, estas iniciativas e projetos conduziram a uma institucionalização de processos de participação em parte também em termos de legislação nacional. Todas as três áreas de atuação estão interligadas e não funcionam em separado. Um elemento decisivo de todas as três áreas de atuação é o apoio à criação e consolidação de organizações autônomas de moradores(as) de favelas, incluindo não só organizações comunitárias com uma missão mais ampla, mas também iniciativas ou cooperativas temáticas, assim como, por exemplo, redes municipais ou estaduais de Associações de Moradores(as). O que quase todos os projetos analisados (88%) têm em comum é a formação e a capacitação de lideranças locais, para a intervenção qualificada e eficaz nas políticas públicas. Isto mostra a dimensão política da maior parte das abordagens e a sua concentração nos direitos humanos: não se trata apenas de soluções para um pequeno grupo, mas sim de movimentos sociais e iniciativas comunitárias para a efetivação dos direitos de todos. Um elemento igualmente importante e comum em todas as três áreas de atuação é o apoio à advocacia e conscientização para uma intervenção nas políticas públicas relativas ao tema. Isto inclui tanto programas de construção de moradias e o melhoramento dos bairros, linhas de crédito para a reabilitação de moradias, como também programas sociais tradicionais, com ajuda alimentar (cozinhas comunitárias), ajuda monetária, programas de promoção para jovens e crianças, etc. Para tal, pretende- se estabelecer parcerias com partes da administração municipal e algumas Secretarias do Estado, elaborar e apresentar anteprojetos de lei e programas alternativos e adaptados aos utentes, o que - de acordo com a situação - pode ir até propostas para a consagração dos direitos na Constituição. O trabalho é completado no plano nacional, regional e continental pelo trabalho de várias redes (HIC, SELVIP, etc.), com participação da ONU (por exemplo, as missões do Relator Especial para o Direito à Moradia Adequada) e aproveitando os diversos Fóruns Sociais. Algumas abordagens de solução exemplares Na América Latina existe uma larga experiência com Cooperativas Habitacionais e com "Producción social" ou "Producción autogestionaria del Hábitat", que foram influenciadas e fomentadas decisivamente por Misereor. A partir destas abordagens nasceram movimentos populares urbanos autônomos que têm por objetivo a intervenção democrática e a reivindicação de direitos democráticos. Aqui, as iniciativas de construção de moradias e melhoramento do ambiente habitacional tiveram o efeito de abordagens estratégicas para a constituição de movimentos populares urbanos. Ante as contradições das políticas marcadas pelo Consenso de Washington e a urgência dos problemas existentes, bem como em resposta aos protestos e reivindicações dos movimentos populares nos diferentes países, foram implementadas, nos últimos anos, novas abordagens de políticas setoriais urbanas e de legislações nacionais de desenvolvimento urbano e habitação - principalmente com ampla participação e apoio conceitual por parte das organizações parceiras da Misereor / KZE. Uma grande parte destas políticas foi possível graças às iniciativas e ao trabalho persistente de advocacia de fortes movimentos populares urbanos.

15 Misereor Documento de posicionamento "Desenvolvimento urbano na América Latina e no Caribe" (DUAL) p. 5 No Brasil foi promulgada, em 2001, a Lei , conhecida como "Estatuto das Cidades", que estipula uma reforma urbana, com vínculo social da propriedade assim como o planejamento participativo do desenvolvimento urbano. Em 2005, após 10 anos de luta, entrou em vigor o "Fundo Nacional para a Moradia Popular" (Lei federal /05), um programa de habitação para a população de baixa renda, iniciado pelos movimentos de base urbanos, que prevê, entre outros, o acesso equiparado a terrenos de construção nos centros de cidades por parte das cooperativas habitacionais. Cumpre destacar também a prática que tem sido adotada em muitas cidades no Brasil e no continente: o Orçamento Participativo, que surgiu a partir de uma experiência piloto realizada em Porto Alegre em O Peru e a Bolívia possuem uma legislação Nacional de Orçamento Participativo para todos os municípios. A partir de uma iniciativa piloto promovida por Misereor e com assessoria por organizações parceiras colombianas da Misereor, foi desenvolvido, na Cidade do México, um programa habitacional da administração municipal do Distrito Federal. Trata- se de um programa exemplar e até agora único quanto à sua dimensão, com assistência técnica e a concessão de mais de pequenos créditos para a restauração e ampliação de moradias nos bairros precários da capital mexicana. A partir de uma iniciativa, realizada pelos sem- teto e moradores de cortiços de Buenos Aires com apoio financeiro de Misereor, a administração municipal criou, em 2000, uma linha de fomento (Lei 341) à reabilitação de edifícios vazios, para transformação em habitações para a população de baixa renda, através de cooperativas autônomas de mutirão e entre- ajuda. Também em outros países latino- americanos existem abordagens positivas - por exemplo, na Colômbia, em El Salvador, Uruguai, República Dominicana, Venezuela ou Peru. Neste contexto a articulação regional dos movimentos populares urbanos e as ONGs é importante, dado que possibilita o intercâmbio de experiências e o aperfeiçoamento de estratégias desenvolvidas localmente também em outras regiões. Vale mencionar sobretudo a rede Habitat International Coalition HIC- América Latina, com escritório de coordenação na Cidade do México, assim como a rede de grupos de base SELVIP (Secretaria Latino- americana da Moradia Popular) que tem fomentado nos últimos anos vários programas de intercâmbio direto entre grupos de base locais da Argentina, Uruguai, Brasil, Paraguai, Bolívia, Peru, Equador ou Venezuela. Para o futuro trabalho em projetos será importante prosseguir o desenvolvimento destas abordagens e, em especial, refletir conjuntamente com as organizações parceiras, como se pode dar maior visibilidade aos efeitos do trabalho de projetos e de base, a fim de aumentar a sua envergadura. Trata- se de superar a discriminação crônica e quase consolidada dos pobres nas cidades do continente e de reduzir drasticamente os coeficientes de desigualdade, os mais elevados do mundo. Isto significa mais do que só alterações cosméticas e simbólicas da realidade. Isto implica o fortalecimento amplo e abrangente dos movimentos sociais urbanos. Envolve também a intervenção nas políticas públicas municipais e nacionais, para alcançar uma melhor redistribuição da riqueza, através de sistemas tributários mais justos, e a erradicação das disparidades sociais. Mas implica também um maior esforço por parte dos atores neste setor e de seus parceiros nos países industrializados - o que inclui o trabalho de Misereor.

16 p. 6 Misereor Documento de posicionamento "Desenvolvimento urbano na América Latina e no Caribe" (DUAL) Fig. 3: Membros de uma Associação de Moradores no bairro Villa El Salvador, Lima Objetivos da cooperação A nossa visão: Uma "vida boa na cidade" Todos os moradores e moradoras urbanos, também os desprivilegiados e excluídos, devem ter a possibilidade de realizar uma "vida boa na cidade". Isto significa o direito de cada indivíduo realizar a sua sorte na comunidade que voluntariamente escolheu e no seio dos seus familiares, de acordo com o seu próprio projeto de vida. Portanto, isto não se refere apenas às condições técnicas necessárias para a "sobrevivência na cidade". Nisto, conjugam- se todos os elementos da realidade - culturais, sócio- psicológicos e de gênero - que são decisivos para o sentimento pessoal de felicidade. Esta abordagem inclui sobretudo a consideração equitativa das realidades e necessidades específicas ligadas ao gênero e à geração. Além disso, inclui o respeito pelos direitos fundamentais e a pretensão de vida de pessoas com deficiências, minorias étnicas e sexuais assim como a proteção de todos contra violência e arbitrariedade. A partir desta compreensão desenvolvemos três linhas estratégicas e, com base nelas, definimos doze objetivos específicos para o nosso fomento de projetos na área do "Desenvolvimento Urbano". Linhas estratégicas A A realização do direito a uma vida na cidade, sem medo e ameaças B A melhoria autodeterminada das condições de moradia e o fortalecimento da economia local C A democratização das cidades de "baixo para cima", através do fomento de formas de auto- organização democráticas e sensíveis ao gênero Objetivos gerais (I. - XII.) A realização do direito a uma vida na cidade, sem medo e ameaças I. Moradores e moradoras urbanos pobres estão devidamente protegidos contra expulsão, reassentamentos que violem princípios de direito reconhecidos. Existem normas eficazes para a proteção dos inquilinos. II. O acesso a um lugar adequado para morar na cidade está garantido para todos, com a distribuição justa de terrenos de construção e de habitações no centro das cidades. III. Os moradores(as) dos bairros urbanos de baixa renda, os sem- teto assim como crianças e

17 Misereor Documento de posicionamento "Desenvolvimento urbano na América Latina e no Caribe" (DUAL) p. 7 adolescentes estão protegidos contra violência, exploração e abuso, bem como contra a arbitrariedade das forças policiais. IV. Mulheres e crianças estão protegidas contra violência doméstica e sexual. É possível discutir publicamente o assunto. Os papéis de gênero que alimentam a violência são questionados. A melhoria autodeterminada das condições de moradia e o fortalecimento da economia local V. As estratégias de concepção e melhoramento autodeterminados do habitat estão reforçadas. O Estado assume sua responsabilidade em apoiar, acompanhar e complementar estas estratégias. VI. Um ambiente habitacional saudável para todos com infra- estrutura e estabelecimentos culturais, educativos, de lazer e de saúde está garantido - sustentado conjuntamente pela administração local e a população. VII. Existência de justiça ambiental em relação a espaços verdes, espaços livres, poluição, etc., e proteção eficaz contra riscos de catástrofes, emissões, ruído ou agentes patogênicos. VIII. As economias locais, a entre- ajuda comunitária e as associações de poupança e empréstimo, administradas em regime próprio, estão fortalecidas. Há acesso a empregos formais, com boas condições de trabalho e remuneração adequada. A democratização das cidades de "baixo para cima", através do fomento de formas de auto- organização democráticas e sensíveis ao gênero IX. Organizações autônomas locais fortes capacitam os segmentos mais pobres e excluídos para uma defesa eficaz dos seus interesses e para o exercício qualificado dos seus direitos humanos políticos, econômicos, sociais e culturais (dhesca). X. Aspectos centrais da "vida boa na cidade" são realizados na prática das organizações de base: princípios de democracia interna, justiça de gênero, respeito mútuo, etc. XI. Os moradores(as) dos bairros pobres participam de forma eficaz nas decisões sobre o desenvolvimento local, a alocação e distribuição dos fundos públicos, a utilização do solo, etc. XII. O intercâmbio local, regional e internacional dos grupos beneficiários com moradores(as) organizados de outros bairros populares e outras regiões, promove a aprendizagem mútua assim como a articulação e capacitação dos pobres e dos técnicos especializados/equipes de assessoria que os auxiliam. A partir destes 12 objetivos gerais devem ser formulados objetivos específicos ou operacionais, de acordo com o contexto específico em que se insere o projeto. Tal concretização não pode ser feita no presente documento. No entanto, nas páginas seguintes serão indicados dez campos de trabalho exemplares para cada linha estratégica (1-30) e feita uma delimitação entre estes e algumas abordagens de trabalho problemáticas e não suscetíveis de financiamento. Primeira linha estratégica: A realização do direito a uma vida na cidade, sem medo e ameaças O desejo legítimo de viver na cidade sem medo e ameaça é, frequentemente um motivo importante para os moradores(as) de favelas se organizarem. Organizações de base fortes proporcionam proteção e respaldo e possibilitam a reivindicação de segurança e proteção eficaz do poder público. Em termos dos direitos humanos, não é só o direito a uma moradia adequada que conta. Trata- se também do direito à integridade física bem como do respeito pelos direitos de cidadão das pessoas que aqui vivem, sem discriminação de etnia, nacionalidade, crença religiosa e convicção política ou outras formas de vida. A tolerância que isso requer é uma qualidade essencial da vida urbana. Objetivos gerais relativos à cooperação em projetos I. Moradores e moradoras urbanos urbanos estão devidamente protegidos contra expulsão, reassentamentos que violem princípios de direito reconhecidos. Existem normas eficazes para a proteção dos inquilinos. II. O acesso a um lugar adequado para morar na cidade está garantido para todos, com a distribuição justa de terrenos de construção e de habitações no centro das cidades. III. Os moradores(as) dos bairros urbanos de baixa renda, os sem- teto assim como crianças e adolescentes estão protegidos contra violência, exploração e abuso, bem como contra a

18 p. 8 Misereor Documento de posicionamento "Desenvolvimento urbano na América Latina e no Caribe" (DUAL) arbitrariedade das forças policiais. IV. Mulheres e crianças estão protegidas contra violência doméstica e sexual. É possível discutir publicamente o assunto. Os papéis de gênero que alimentam a violência são questionados. Campos de trabalho exemplares (podem ser acrescentados outros campos de trabalho, no sentido dos objetivos gerais acima definidos) 1. Apoio à constituição e fortalecimento da auto- organização da população atingida. Este é um elemento fundamental de todas as abordagens de projeto nesta área. 2. Campanhas e trabalho de meios de comunicação contra expulsões forçadas e dos moradores(as) de favelas. 3. Assistência jurídica na legalização fundiária dos bairros "informais" ameaçados de despejo. Aqui é preciso ponderar os riscos e os custos consequentes de uma formalização. 4. Propostas de lei e medidas para promover os direitos dos inquilinos. Apoio a organizações de moradores(as) de cortiços e de bairros informais, assessoria jurídica a inquilinos(as). 5. Medidas de prevenção de catástrofes. Reivindicação de fundos públicos para a recuperação de edifícios e construções em encostas de alto risco. Formação de trabalhadores de construção civil locais. 6. Pressão política para a liberação de terrenos municipais para projetos habitacionais sociais, sobretudo em áreas próximas do centro da cidade, em terrenos baldios e prédios industriais abandonados, etc. 7. Trabalho com crianças e adolescentes, com destaque na prevenção de violência, estreitamente ligado ao trabalho social comunitário e com uma orientação decidida para os direitos humanos (das crianças e dos adolescentes) e para as relações de gênero. 8. Trabalho de prevenção contra violência doméstica e de gênero, criação de mecanismos de proteção, trabalho com o agressor, iniciativas de lei para punição e proscrição desta forma de violência. 9. Iniciativas de realização de eventos esportivos e culturais assim como de festas de bairros e cidades. Estes são momentos importantes para a promoção da vida comunitária e a prevenção da violência. 10. Medidas de prevenção nos bairros precários, entre outros, projetos de segurança comunitária, medidas para evitar conflitos sociais, étnicos ou religiosos, etc. Abordagens não prioritárias ou não suscetíveis de financiamento: Projetos destinados à obtenção de títulos de propriedade individuais em bairros não ameaçados de despejo, caso agravem a situação dos inquilinos(as) ou provoquem o deslocamento dos moradores(as) mais pobres. Medidas de apoio em caso de remoção forçada da população, em virtude de projetos de reabilitação urbana ou de investidores; em vez disso, deve- se promover a organização dos atingidos para que consigam defender o seu direito de permanecer nas suas moradias. A aquisição de terrenos para projetos habitacionais para a população de baixa renda. A Misereor/KZE, normalmente, não financia este tipo de projeto. O acesso a terrenos de construção deve ser reivindicado, em primeiro lugar, no plano político. Abordagens de projeto que procuram solucionar o problema da pobreza urbana através do retorno dos moradores(as), em especial dos adolescentes, ao campo. Segunda linha estratégica: A melhoria autodeterminada das condições de moradia e o fortalecimento da economia local A construção autodeterminada de uma situação de moradia e vida digna é um dos elementos centrais para a superação da pobreza. Como o auxílio do Estado é muitas vezes inacessível, restritamente definido e exclui a auto- ajuda, é importante poder recorrer à auto- organização local e à iniciativa própria dos atingidos e a dotações de fundos. A entre- ajuda comunitária e a "economia do mundo da vida" apóiam estas medidas de auto- ajuda. Isso deve, juntamente com o fortalecimento dos circuitos econômicos locais, minimizar o escoamento de valores dos bairros pobres, gerar renda e evitar despesas.

19 Misereor Documento de posicionamento "Desenvolvimento urbano na América Latina e no Caribe" (DUAL) p. 9 Objetivos gerais relativos à cooperação em projetos V. As estratégias de concepção e melhoramento autodeterminados do habitat estão reforçadas. O Estado assume sua responsabilidade em apoiar, acompanhar e complementar estas estratégias. VI. Um ambiente habitacional saudável para todos com infra- estrutura e estabelecimentos culturais, educativos, de lazer e de saúde está garantido - sustentado conjuntamente pela administração local e a população. VII. Existência de justiça ambiental com respeito a espaços verdes, espaços livres, poluição, etc., e proteção eficaz contra riscos de catástrofes, emissões, ruído ou agentes patogênicos. VIII. As economias locais, a entre- ajuda comunitária e as associações de poupança e empréstimo, administradas em regime próprio, estão fortalecidas. Há acesso a empregos formais, com boas condições de trabalho e remuneração adequada. Campos de trabalho exemplares (podem ser acrescentados outros campos de trabalho, no sentido dos objetivos gerais acima definidos) 11. Apoio a grupos de auto- ajuda para a construção e recuperação de moradias. Mobilização de fundos públicos, em parte também criação de próprios fundos de construção ou crédito. 1 Os projetos deveriam ser sempre exemplares e apropriados para uma inclusão em programas governamentais. 12. Cobrança da responsabilidade do Estado pela construção da infra- estrutura básica nos bairros desprivilegiados assim como de estabelecimentos de saúde, educação, culturais e sociais. 13. Influência nos programas governamentais para construção e recuperação de moradias, a favor de programas de construção em regime de auto- ajuda e mutirão, voltados para os segmentos pobres. 14. Fomento de iniciativas que visem o controle democrático dos serviços públicos, sistemas tarifários socialmente aceitáveis assim como moratórias sobre dívidas para moradores(as) dos bairros de baixa renda. 15. Fomento do atendimento à saúde segundo o conceito de Saúde Pública. Plena integração de pessoas com deficiências e incapacidades na vida comunitária. 16. Mobilizações e campanhas contra a degradação ambiental pela indústria, por lixões como também em consequência da mudança do clima (por exemplo perigo de inundações). 17. Cobrança da responsabilidade empresarial para o cofinanciamento de projetos habitacionais sociais. Implementação da recuperação das mais- valias fundiárias oriundas de investimentos municipais. 18. Promoção de grupos de poupança e crédito nos bairros pobres, administrados em regime próprio, assim como de Serviços Financeiros de utilidade pública, para a concessão de créditos a pequenos empreendimentos ou para a reabilitação de moradias. 19. Formação profissional de jovens, adolescentes e mulheres, em função das necessidades locais, assim como apoio à criação de pequenas empresas de produção e prestação de serviços, intensivas em mão de obra. 20. Fomento da entre- ajuda comunitária, da economia do mundo da vida (creches administradas em regime próprio, cooperativas de consumo, círculos de troca solidários, cozinhas populares) e da agricultura urbana. A este respeito devem ser desenvolvidas soluções para uma divisão do trabalho equilibrada e equitativa em termos de gênero. Abordagens não prioritárias ou não suscetíveis de financiamento: Medidas de construção, em que os moradores(as) não estejam estreitamente envolvidos e participem de todas as fases de planejamento e realização; excluem- se do fomento também a mobilização de fundos públicos e ações de acompanhamento para estas medidas. Doações de moradias ou meios para a reabilitação de moradias. Ações de fomento com fundo de crédito devem orientar- se pelas recomendações do Grupo de Projeto "Housing Finance". 1 Doações através de Fundos para obras de construção deveriam ser utilizadas, em primeiro lugar, para atender a projetos coletivos, para cobrir despesas de capital ("bonificação de juros"), para possibilitar a participação dos grupos mais pobres e para financiar os custos da assessoria técnica. Veja também as reflexões do Grupo de Trabalho da MISEREOR sobre "Housing Finance".

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