O PREÇO DO SILÊNCIO RETRATO DA VIOLÊNCIA CONTRA MULHERES

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "O PREÇO DO SILÊNCIO RETRATO DA VIOLÊNCIA CONTRA MULHERES"

Transcrição

1 O PREÇO DO SILÊNCIO RETRATO DA VIOLÊNCIA CONTRA MULHERES Marilia Menegassi Velloso INTRODUÇÃO A violência e a criminalidade contra a mulher ocorrem desde o surgimento da história da humanidade, independentemente da idade. Transcende o tempo-espaço, um fenômeno social, econômico, político, religioso e cultural. Várias leis buscam a igualdade de gênero, que não são cumpridas porque há resistência entre os que estão no poder político, econômico e ou religioso. Há países onde a mulher nada vale a não ser atender aos desejos do homem e serem reprodutoras. É importante que a humanidade saiba que nenhuma mulher gosta de sofrer violência e se isso ocorre é porque há outros fatores que a impedem de denunciar e, se denunciam, não há uma correspondente infraestrutura que as proteja. No Brasil, apesar da existência de leis, a violência e a criminalidade se fazem presentes. A Constituição Federal de 1988 afirma no seu art. 1º que a República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constituise em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos no inciso III - a dignidade da pessoa humana; no art. 3º inciso III fica claro o erradicar a pobreza e a marginalização bem como reduzir as desigualdades sociais e regionais. No art. 226, a CF afirma que a família é a base da sociedade e tem especial proteção do Estado, confirmando no 8º que o Estado assegurará a assistência à família na pessoa de cada um dos que a integram, criando mecanismos para coibir a violência no âmbito de suas relações. A questão de gênero e desigualdades sociais foi abordada na Constituição, mas não foram suficientes para que as mulheres não sofressem violência. Assim é que novas leis e definições do que seria violência se fizeram necessárias. Em 1994, ocorreu a Convenção Interamericana para prevenir, punir e erradicar a violência contra a mulher - "Convenção de Belém do Pará" (1994) 1. A Convenção ao seu término estabeleceu 25 artigos, em vários idiomas, e todos representantes de estados e países presentes assinaram. O artigo 1º conceitua a... violência (como sendo) qualquer ato ou conduta baseada no gênero, que cause morte, dano ou sofrimento físico, sexual ou psicológico à mulher, tanto na esfera pública como na esfera privada ; o artigo 2º deixa mais claro a questão da violência contra a mulher mostrando que ela inclui violência física, sexual e psicológica: a) o âmbito da família ou unidade doméstica ou em qualquer relação interpessoal, quer o agressor compartilhe, tenha compartilhado ou não a sua residência, incluindo-se, entre outras formas, o estupro, maus-tratos e abuso sexual; 1 Adotada pela Assembleia Geral da Organização dos Estados Americanos em 06 de junho de ratificado pelo Brasil em

2 b) a comunidade e cometida por qualquer pessoa, incluindo, entre outras formas, o estupro, abuso sexual, tortura, tráfico de mulheres, prostituição forçada, sequestro e assédio sexual no local de trabalho, bem como em instituições educacionais, serviços de saúde ou qualquer outro local; e c) perpetrada ou tolerada pelo Estado ou seus agentes, onde quer que ocorra. A discussão da violência e a criminalidade contra a mulher a partir dessa convenção ampliou a discussão em nível nacional em várias localidades. Em 2006 o Brasil sancionou a Lei Maria da Penha, tendo como foco proibir e prevenir a violência doméstica contra a mulher. O Brasil foi um dos últimos países a aprovar uma legislação específica. Em 2012, as Nações Unidas consideraram a Lei Maria da Penha como a terceira melhor lei do mundo atrás somente das leis da Espanha e do Chile. VIOLÊNCIA E CRIMINALIDADE CONTRA A MULHER Em quase todas as culturas e em quase todos os tempos, a religião tem legitimado ideologicamente a subserviência das mulheres. E uma das formas mais eficazes e sutis é associando o feminino ao mal, ao desviante, à desordem. Isto significa que, culturalmente, as mulheres estão à mercê da punição naturalizada. A violência se instala na cultura pela associação mulher-mal, justificando assim a sua exclusão e desqualificação de espaços de poder e decisões da sociedade. 2 As questões de violência ou criminalidade 3 datam de dezenas de milhares de anos, podendo ser de cunho religioso, cultural, patriarcal e machista. Eleonora Menicucci 4 é uma estudiosa de questões que envolvem mulheres e afirma que: [...] por mais que o Brasil tenha políticas de Estado absolutamente fortes, convincentes e que estão estruturadas para o enfrentamento da violência com punição aos agressores e que ocorra campanhas para levar a comunidade às questões de violência prevalecem bastante à cultura de que 'a mulher é propriedade do homem' e 'em briga de marido e mulher não se mete a colher de pau' [...]. A ONU afirma que a violência contra mulheres é a pior manifestação da desigualdade de gênero [...] (que) toma muitas formas. [...] o feminicídio, o homicídio de mulheres por questões de gênero, violência doméstica, violência sexual em áreas de conflito, tráfico de mulheres e meninas, casamento precoce forçado, tortura psicológica e mutilação genital feminina 5. As mulheres não estão paradas na busca dos seus direitos. Ao longo dos séculos, em vários países, elas conseguiram várias conquistas que ao olhar da sociedade de hoje parece uma piada. Mas o direito de votar foi uma conquista enorme, poder trabalhar, estudar, casar com 2 file:///c:/users/velloso/desktop/juca1%20=%20juca3/violencia%20contra%20a%20mulheres1/textos%20compilad OS/violencia%20religiosa%20contra%20a%20mulher.pdfNas 3 Quando passível de penalidade

3 quem escolhesse, fez inicialmente com que milhares de mulheres fossem perseguidas e sofressem violências físicas ou psicológicas até conseguir essas vitórias. São lutas de várias décadas e mesmo assim, hoje, ainda há diversos países onde as mulheres não tem o direito de estudar, escolher com quem casar, ter prazer sexual, votar ou trabalhar. Há uma longa caminhada para as mulheres terem o direito de decidir o seu eu. Porque ainda hoje, apesar das constantes lutas e ganhos, há mulheres ainda consideradas como um ser inferior. NO MUNDO [...] 603 milhões de mulheres vivem em países onde a violência doméstica não é considerada como crime. 6 Nas Américas, 29,8% das mulheres tem sido vitimas de violência física e ou sexual exercida por seus parceiros, e 10,7% tem sofrido violência sexual por outros que não são os parceiros Em todo o mundo até 50% das agressões sexuais cometidas são contra meninas menores de 16 anos. 7 Uma em cada 4 mulheres sofre violência física ou sexual durante a gravidez. A primeira experiência sexual de aproximadamente 30% das mulheres foi forçada. As meninas e meninos que presenciaram ou sofreram violência de gênero estão predispostas a se tornarem vitimas, no caso das meninas, e agressores, no caso dos meninos. No mundo 38% das mulheres assassinadas o foram por seus parceiros. 8 No Brasil No Brasil, segundo dados do governo federal, a cada cinco minutos uma mulher é agredida e a cada duas horas uma mulher é assassinada. 9 [...] Os custos indiretos imediatos da violência incluem a queda na produtividade, a falta das mulheres ao trabalho, a redução de salário e, em último caso, a perda de emprego. O custo da violência doméstica entre casais, somente nos Estados Unidos, ultrapassa os US$ 5,8 bilhões por ano: US$ 4,1 bilhões só em serviços médicos, enquanto a perda de produtividade totaliza quase US$ 1,8 bilhão. Mas não é preciso ir muito longe: na Colômbia, o governo gastou US$ 73 milhões em 2003 em prevenção e serviços relacionados à violência doméstica. A violência contra a mulher provoca um aumento substancial de gastos com cuidados de saúde pública, que vão desde a necessidade de atendimento hospitalar às vítimas, passando por consultas psiquiátricas, psicológicas e medicação. Em geral, mulheres agredidas, física e sexualmente, utilizam os serviços de saúde com frequência, ainda que em grande parte das vezes os casos não sejam reportados como violência baseada em gênero. A posteriori, muitas

4 delas necessitam de serviços sociais e de proteção proporcionados pelo Estado, como segurança social, refúgios e casas de abrigo. 10 Pesquisa do DataSenado, de março de 2013, estima que mais de 13,5 milhões de mulheres (19% da população feminina do país com 16 anos ou mais) já sofreram algum tipo de agressão. Dessas, 31% ainda convivem com o agressor. E entre as que convivem com o agressor, 14% ainda sofrem algum tipo de violência, ou seja, cerca de 700 mil brasileiras continuam sendo alvo de agressões. 11 Em 12, [...] Do total de denúncias de violência contra a mulher, corresponderam a denúncias de violência física (51,68%), de violência psicológica (31,81%), de violência moral (9,68%), de violência patrimonial (1,94%), de violência sexual (2,86%), 931 de cárcere privado (1,76%) e 140 envolvendo tráfico (0,26%). 80% das vítimas tinham filhos, sendo que 64,35% presenciavam a violência e 18,74% eram vítimas diretas juntamente com as mães. 43% das mulheres em situação de violência sofrem agressões diariamente; para 35%, a agressão é semanal. [...] Os episódios de violência acontecem desde o início da relação (23,51%) ou de um até cinco anos (23,28%). Os dados acima resultam da Lei Maria da Penha, sancionada em 7 de agosto de 2006, Lei n que coíbe a violência doméstica e familiar contra a mulher e que ampliou os serviços existentes criando outros especializados como: casas de abrigo, delegacias especializadas, núcleos de defensoria publica especializados, serviços de saúde especializados, centros especializados da mulher, juizados de violência doméstica e familiar contra a mulher, promotorias publicas especializadas ou núcleos de gênero do ministério publico. A lei busca ações que possam resultar na redução da violência de gênero. Entretanto, essa lei não foi suficiente para diminuir a violência e em 09 de março de 2015 foi sancionada a Lei nº que alterou o art. 121 do Decreto-Lei n o de 7 de dezembro de 1940 do Código Penal, prevendo o feminicídio como circunstância qualificadora do crime de homicídio. No art. 1 o da Lei n o de 25 de julho de 1990, o feminicídio passa a fazer parte dos crimes hediondos. 13 A literatura que aborda as questões de violência e criminalidade contra a mulher é vasta, os dados e pesquisas cada vez mais aprimorados demonstram que a solução é difícil porque a grande maioria da violência ocorre inicialmente através de pessoas conhecidas, familiares da vítima ou do seu relacionamento, pessoas de confiança da violentada, ou aqueles que a conhecem. Há necessidade de que ocorra a interdependência operacional das leis com o discurso e a busca de resultados, para atender essa gama de violência que explode em todas as classes 10 Correio Brasiliense, 28/11/ / 12 Esses dados foram revelados no Balanço dos atendimentos realizados em pela Central de Atendimento à Mulher Ligue 180, da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República (SPM-PR). 13

5 sociais e que não pode ser somente atendida pelos órgãos publicas devido à complexidade das situações. Propor e divulgar um plano de ação contra a violência e a criminalidade, sem a devida infraestrutura, só desmotiva as mulheres a irem buscar ajuda e/ou registrar a ocorrência nos devidos órgãos competentes, porque entre o registro e a solução, muitas denunciantes morrem. Em 10 de março de 2015, o Congresso instalou Comissão Permanente de Combate à Violência contra a Mulher. Nesse dia o presidente do Congresso Nacional disse que o Brasil ocupava o sétimo lugar no ranking de violência doméstica, computando 84 países. O Ministro da Saúde disse que 1,2% do PIB brasileiro anualmente é perdido por causa da perda de produtividade da mulher vítimas da violência 14. O PIB brasileiro alcançou, no primeiro trimestre de 2015, R$ 1,408 trilhão 15 ; nesse trimestre, a violência contra a mulher já custou aproximadamente R$ 17 bilhões. NO RIO GRANDE DO SUL O governo do estado do Rio Grande do Sul, através da Secretaria de Segurança Pública, divulga mensalmente através do Observatório da Violência contra as Mulheres 16, os crimes que envolvem a mulher. A Tabela 1, por exemplo, compara cinco tipos de crimes nos primeiros semestres dos anos de e 2015: verifica-se que há uma diminuição em três: ameaça (-0,1%), lesão corporal (-0,1%), estupro (-54,4%); o feminicídio tentado teve um acréscimo de 23,6% e o femicídio consumado 17 manteve o mesmo número de homicídios (40), portanto crescimento nulo (0,0%). Tabela -1 - Comparativo entre os 1º semestres dos anos de e 2015 dos crimes de ameaça, lesão corporal, estupro, feminicídio tentado e consumado. Período Ameaça Lesão corporal Estupro Feminicídio tenta consumado Feminicídio tentado Janeiro a junho Janeiro a junho Diferença / Variação % -0,1-0,1-54,4 0,0 23,6 Janeiro a Junho /2015 Fonte: SSP/RS/SIP - Extração em05/07/ * Homicídios gênero. A diretora do Departamento de Políticas para as Mulheres da Secretaria de Segurança Pública 18 e a Coordenadora Estadual das Delegacias Especializadas no Direito da Mulher 19 acham que os números não refletem a realidade, devido a subnotificação. Ainda há uma cultura Criado dentro da Divisão de Estatística Criminal da Secretaria de Segurança Pública, conta com uma equipe de técnicos para fazer levantamento e análise dos índices de violência contra a mulher. O grupo realiza o levantamento de cada ocorrência envolvendo mulheres, enfocando nos seguintes crimes: ameaça lesão corporal, estupro, homicídio e homicídio tentado Diretora do Departamento de Políticas para as Mulheres da Secretaria de Segurança Pública, Salma Farias Valencio; delegada Viviane Viegas, coordenadora estadual das Delegacias Especializadas no Direito da Mulher 19 Idem

6 do não registro da violência, porque muitas desconhecem os seus direitos e outras porque não se sentem confiantes em buscar os serviços porque não acreditam no sistema. No dia 10 de setembro de 2015, na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, foi assinado o Termo de Cooperação Técnica para criação do Comitê Rede Lilás 20, do qual a Secretaria da Segurança Pública faz parte, junto com suas instituições vinculadas (BM, PC, IGP e SUSEPE), e que desenvolvem políticas públicas de atendimento e enfrentamento à violência contra a mulher. A Rede Lilás, criada em 2013, integra diversas instituições voltadas à violência contra a mulher como Secretarias de Estado, poderes Judiciário e Legislativo, Ministério Público, Defensoria Pública, Conselho Estadual dos Direitos da Mulher, OAB-RS e o Banrisul. Diversas ações já foram levadas adiante pela Rede, mas ainda não é suficiente porque há casos que envolvem a educação na mais tenra idade e o sistema onde a criança se insere. Programa integrado intersecretarial. Em, os municípios com as maiores taxas de mulheres vitimas de estupro/10 mil habitantes, conforme a tabela 2, foram Santo Antônio da Patrulha (48,69%), seguido de Guabiju (25,25%), Protásio Alves (21,72%) Pouso Novo (21,69%), Novo Tiradentes (18,42%), Pinhal (16,14%), Jaboticaba (14,87%), Candiota (13,99%), Monte Alegre dos Campos (13,88%) e Progresso (13,42%). Tabela 2 Dez municípios com as maiores taxas de mulheres vítimas de violência por ordem em, sendo a população considerada do Censo de 2010 MULHERES VÍTIMAS LEI MARIA DA PENHA - ESTUPRO População de mulheres 2010 taxa de mulheres vítimas / hab. - SANTO ANTONIO DA PATRULHA GUABIJU PROTASIO ALVES POUSO NOVO NOVO TIRADENTES PINHAL JABOTICABA CANDIOTA MONTE ALEGRE DOS CAMPOS PROGRESSO Fonte: SSP/RS. Dados trabalhados por MMV , , , , , , , , , ,42 Na realidade, olhando para os valores públicos, os números não são expressivos. Por isso é importante que os gestores públicos tenham essas informações, pois muitas vezes, a mídia, o clamor público por uma taxa divulgada, que sempre são importantes, corresponde a diferentes tomadas de decisões e respostas. 20

7 Tabela 3 - Número de estupros consumados e notificados em, em valores absolutos ordenados do maior ao menor, população do sexo feminino, conforme o censo de 2010, e a taxa de mulheres vitimas de estupro por 10 mil habitantes MULHERES VÍTIMAS - LEI MARIA DA PENHA - ESTUPRO OD População de mulheres Taxa de mulheres vítimas / hab. Fonte: SSP/ RS. Dados trabalhados MMV PORTO ALEGRE ,72 CAXIAS DO SUL ,90 PELOTAS ,15 CANOAS ,62 SANTA MARIA ,04 GRAVATAI ,91 NOVO HAMBURGO ,62 VIAMAO ,60 SAO LEOPOLDO ,18 A tabela 3 mostra o número de estupros consumados e notificados em (em valores absolutos), ordenados de maior a menor. É importante esclarecer que os números não revelam a plena verdade devido a subnotificações ainda existentes por fatores diversos, medo da denuncia e consequências, desconhecimento da importância da notificação, descrédito nos órgãos responsáveis pela denuncia, entre outras. A concentração de estupros ocorre em Porto Alegre (130), seguido de Canoas (44), Gravataí (38), Viamão (32), Santa Maria (28), Passo Fundo (26) e na sequência, São Leopoldo e Rio Grande com respectivamente 24 e 21 estupros no ano de. Considerando os dias do ano em 360, temos a cada três dias um estupro em Porto Alegre. O total de estupros no estado no ano de 2015 foi de casos. Considerando a taxa de vítimas por 10 mil habitantes, Porto Alegre fica em 163 lugar. As tabelas 4 e 5 mostram os 10 principais municípios que lavram boletim de ocorrência por lesão corporal e aqueles com a maior taxa de vitimas de violência por 10 mil. Pode-se ver que o ranking dos municípios varia considerando os dados em valores absolutos ou taxa por 10 mil. A apresentação dos dados permite analises distintas e elaboração de programas e projetos também. A Tabela 4 mostra que, em, Porto Alegre tem o maior número de notificações de lesão corporal (3.798), com uma taxa de mulheres vítimas por 10 mil de 50,27%, isto é, a cada 10 mil mulheres, 50 sofrem violências e notificam. Agora, analisando a Tabela 5 e ordenada por taxa de mulheres vítimas/10 mil habitantes, verifica-se que o litoral concentra o maior número de violência, sendo Santo Antônio da Patrulha o 1 município em lesão corporal. E o que é mais impactante é que entre os 10 primeiros municípios, 70% são municípios de praia. Não há nesse momento como se abrir os dados para identificar se isso tem alguma relação com o período de concentração de população nas férias ou não, se o fenômeno é sazonal ou não.

8 Tab. 4 Os 10 maiores municípios ordenados por boletins de ocorrência de lesão corporal no Rio Grande do Sul Lei Maria da Penha MULHERES VÍTIMAS - LEI MARIA DA PENHA - LESÃO CORPORAL OD BO População de mulheres ordem decrescente Taxa de mulheres vítimas / hab - PORTO ALEGRE CAXIAS DO SUL PELOTAS SANTA MARIA CANOAS VIAMAO ALVORADA PASSO FUNDO SAO LEOPOLDO GRAVATAI Fonte: SSP/ RS. Dados trabalhados MMV , , , , , , , , , ,25 Os 10 primeiros municípios com maior número de mulheres habitantes (conforme o Censo de 2010) é Porto Alegre, com habitantes mulheres, seguido por Caxias do Sul ( ), Pelotas ( ), Canoas ( ), Santa Maria ( ), Gravataí ( ), Novo Hamburgo ( ), Viamão ( ) São Leopoldo ( ) e Santa Cruz do Sul ( ). Verifica-se que Novo Hamburgo e Santa Cruz do Sul, apesar de estarem entre os 10 municípios com o maior número de mulheres, não estão na relação dos 10 maiores municípios com o maior numero de ocorrências policiais. Tab. 5 - Os 10 maiores municípios ordenados por taxas de mulheres vítimas por 10 mil habitantes no Rio Grande do Sul Lei Maria da Penha MULHERES VÍTIMAS - LEI MARIA DA PENHA - LESÃO CORPORAL População de mulheres OD taxa de mulheres vítimas / hab - SANTO ANTONIO DA PATRULHA ,39 BALNEARIO PINHAL ,22 TAPEJARA ,11 RIO GRANDE ,12 CIDREIRA ,21 TRAMANDAI ,23 IMBE ,25 TERRA DE AREIA ,45 PINHAL ,78 CAPAO DA CANOA ,02 Fonte: SSP/ RS. Dados trabalhados MMV. O Rio Grande do Sul comparativamente a outros estados não é o mais violento, mas nessas questões a comparação não deve importar, o que deve valer é que há problemas e eles precisam ser sanados de forma consciente, comprometida e integrada por todos os segmentos da sociedade. Com esse objetivo há a Rede Lilás, que foi instituída para articular serviços públicos e ações que visam à segurança das mulheres e meninas, tirando-as dos ciclos de violência, dando acesso à segurança, saúde, educação, assistência social e justiça.

9 ROTAS CRÍTICAS DE MULHERES EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA Há vários estudos, pesquisas e diagnósticos que tratam dos caminhos, das rotas críticas 21 de mulheres em situação de violência. Isto significa o que, como e onde deve o fato ser notificado, bem como as etapas pelas quais precisa passar. O importante nesses trabalhos é que diversos problemas foram identificados e mostraram que há muita burocracia e atraso na resolução das questões postas pelas vítimas levando ao desânimo e, muitas vezes, retorno ao sofrimento, à vida de violência. Problemas como infraestrutura é fácil de solucionar quando o governo tem recursos. Mas, muitas vezes, há programas e projetos importantes aprovados que não preveem o valor necessário, ou quando devidamente valorados, às vezes os investimentos são cortados ou contingenciados. Aliado a falta de recursos para infraestrutura há a necessidade de investimentos em capacitação dos profissionais que vão tratar com as mulheres vítimas de violência. Muitas vezes com essa preparação, o primeiro contato vai fortalecer a mulher vitimada no processo ou fazer com que a autoestima e segurança sejam minadas ainda mais. As leis estão aí, o problema é operacionalizar. Muitas vezes as ações não contemplam o todo, só uma parte das necessidades. Cada caso de violência, cada ação é única e a cada um, um novo projeto de vida deve ser desenhado e envolve uma ação integrada entre instituições públicas e ou privadas. Muitas mulheres que sofrem violência e tem filhos preferem continuar na mesma situação. Outras, o juiz decreta que o individuo, face ao ocorrido, deva se manter distante, mas muitas vezes a ordem judicial não é cumprida e a mulher perseguida pode chegar a óbito. A mulher vítima de violência precisa de uma ação multidisciplinar, uma ação integral, que a Rede Lilás nas suas intenções e ações busca preencher. A Rede Lilás deveria possuir um fundo próprio para acelerar determinadas ações; este fundo pode ser similar ao da cultura, ou do idoso. Ações em doses homeopáticas muitas vezes não levam ao sucesso. Muitos empresários poderiam aplicar recursos na prevenção da violência contra meninas e mulheres. Seria mais uma alternativa. Além do fundo pode ser constituído um programa único com várias secretarias aportando recursos para o mesmo programa a fim de atingir os mesmos resultados, com rubricas específicas e destinadas para atender a população vitimada, amenizando as rotas críticas. CUSTO DA VIOLÊNCIA O Anuário de Segurança Pública de 2013 estimou em R$ 258 bilhões 22 o custo da violência, representando 5,4% do Produto Interno Produto (PIB) do Brasil. A maior parte deste valor (R$ 114 bilhões) 23 foi o resultado da perda de capital humano. O Ministro da Saúde, em março de, disse que 1,2% do PIB brasileiro anual é perdido por causa da perda de produtividade das mulheres vítimas da violência 21 Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 27(4): , abr, 2011; Calculo realizado pelo economista Daniel Cerqueira, diretor do Instituto de Pesquisas Econômicas (IPEA) 23 Além dos R$ 114 bilhões gerados pela perda de capital humano, entram na conta dos custos da violência R$ 39 milhões de gastos com contratação de serviços de segurança privada, R$ 36 bilhões com seguros contra roubos e furtos e R$ 3 bilhões com o sistema público de saúde. A soma destas despesas, que chegou a R$ 192 bilhões em 2013, ou 3,97% do PIB, é classificada no estudo como custo social da violência. O valor pode ser ainda maior, porque os gastos com pessoas que ficam inválidas em razão da violência, por exemplo, não entraram no cálculo. Leia mais sobre esse assunto

10 A violência tem um custo social e pessoal que pode ser calculado economicamente, não se pode dimensionar o custo psicológico individual, que muitas vezes dura uma vida, mas variáveis podem ser identificadas no sistema de saúde, sistema escolar, de segurança pública ou privada das perdas tendo como fonte a violência. Investimentos em segurança, educação e saúde fazem parte do desenvolvimento social, politico e econômico de uma micro, meso ou macro região. Portanto, programas integrados e bem dimensionados devem ser executados para que meninas e mulheres tenham uma vida mais digna e possam participar do sistema produtivo gerando renda para si e a coletividade, com dignidade. CONCLUSÃO Há muita literatura e pesquisa sobre esse tema. Há leis e ações para dirimir o problema, mas ainda há muito a fazer e não é fácil diante das questões políticas, religiosas, culturais, sociais e econômicas vigentes. No Brasil, muitas mulheres aceitam de forma passiva a violência porque as consequências não recaem somente sobre ela e sim sobre filhos ou filhas, ou a família. Ainda há outras que sofrem a violência de viciados esperando a possível cura, acreditando nas eternas desculpas como vou deixar de me drogar ou beber, e muitas vezes a religião apoia essas preferências ou indica como possível cura... Outras preferem ficar com aquele que comete a violência porque tem a pseudosegurança financeira ou porque não precisa trabalhar, ou porque aprendeu que ter um homem ao seu lado, mesmo violento, significa estar mais protegida. Na realidade para acabar com a violência contra a mulher é importante a legislação, a notificação do fato, uma rede integrada como a Rede Lilás, todo um contexto disponibilizado que satisfaça as necessidades das vítimas, mas o mais importante de tudo é que a vítima precisa ter a vontade imperiosa de mudança. A luta contra a violência da mulher existe, está aí presente, com várias instituições trabalhando com o fim de minimizar ou resolver situações das famílias. Mas mais do que isso, é importante que as escolas trabalhem em todas as áreas programáticas, da matemática ao teatro, desde a mais tenra idade, questões sobre a violência. Necessariamente não precisa ser as professoras, mas sim através da comunidade escolar, onde pais e comunidade participem do processo. Isso implica ações conjuntas com microempresas, pais, alunos e outras instituições interessadas assessoradas pelos governos municipal, estadual e federal. É importante que a coordenação desse processo funcione em um local específico, com sistemas on-line e equipes full time integradas. A noite deve haver um plantão nas delegacias ou nos hospitais. A violência contra a menina ou mulher precisa de atendimento imediato. O preço do silencio é continuar sendo vítima da violência.

DataSenado. Secretaria de Transparência DataSenado. Março de 2013

DataSenado. Secretaria de Transparência DataSenado. Março de 2013 Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher DataSenado Março de 2013 Mulheres conhecem a Lei Maria da Penha, mas 700 mil ainda sofrem agressões no Brasil Passados quase 7 desde sua sanção, a Lei 11.340

Leia mais

RELATOS DE EXPERIÊNCIAS OUVIDORIA DA SECRETARIA ESPECIAL DE POLÍTICAS PARA AS MULHERES DA PRESIDÊNCIA DA

RELATOS DE EXPERIÊNCIAS OUVIDORIA DA SECRETARIA ESPECIAL DE POLÍTICAS PARA AS MULHERES DA PRESIDÊNCIA DA RELATOS DE EXPERIÊNCIAS OUVIDORIA DA SECRETARIA ESPECIAL DE POLÍTICAS PARA AS MULHERES DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA OUVIDORIA/OMBUDSMAN A FUNÇÃO DE OUVIDORIA USUALMENTE EMPREGADA PELA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

Leia mais

CMPI da Violência contra a mulher

CMPI da Violência contra a mulher CMPI da Violência contra a mulher É entristecedor saber que o Brasil ocupa o 7º lugar no ranking dos países em assassinato de mulheres dentro de casa. E que, apesar de termos uma Lei, no caso a Lei Maria

Leia mais

Carta de Princípios dos Adolescentes e Jovens da Amazônia Legal

Carta de Princípios dos Adolescentes e Jovens da Amazônia Legal Carta de Princípios dos Adolescentes e Jovens da Amazônia Legal A infância, adolescência e juventude são fases fundamentais no desenvolvimento humano e na formação futura dos cidadãos. No plano social,

Leia mais

Violência Contra a Mulher no Brasil e em todo o Mundo

Violência Contra a Mulher no Brasil e em todo o Mundo Violência Contra a Mulher no Brasil e em todo o Mundo Joseana Macêdo Fechine Campina Grande outubro, 2010 Violência Contra a Mulher no Brasil e em todo o Mundo (FECHINE, J. M.) 1 Sumário Considerações

Leia mais

CAPTAÇÃO DE RECURSOS FEDERAIS LINHAS DE AÇÕES PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS

CAPTAÇÃO DE RECURSOS FEDERAIS LINHAS DE AÇÕES PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS CAPTAÇÃO DE RECURSOS FEDERAIS PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS 1. SECRETARIA NACIONAL DE SEGURANÇA PÚBLICA - SENASP Gestão do Conhecimento e de Informações criminais; Formação e Valorização Profissional; Implantação

Leia mais

Universidade Metodista de São Paulo

Universidade Metodista de São Paulo Universidade Metodista de São Paulo Ciências Sociais Pólo Brasília Mulher e Sociedade Ane Cruz Mulher e Sociedade A sociedade primitiva Estudos já comprovaram que nem sempre a organização da humanidade

Leia mais

A APLICAÇÃO DA JURIMETRIA NOS INQUÉRITOS POLICIAIS DA LEI MARIA DA PENHA

A APLICAÇÃO DA JURIMETRIA NOS INQUÉRITOS POLICIAIS DA LEI MARIA DA PENHA A APLICAÇÃO DA JURIMETRIA NOS INQUÉRITOS POLICIAIS DA LEI MARIA DA PENHA Gonçalves, Priscila de Fátima Faculdade de Jaguariúna Resumo: O artigo busca analisar pela perspectiva da Jurimetria a aplicação

Leia mais

PROBLEMATIZAÇÃO DA E. M. MARIA ARAÚJO DE FREITAS - GOIÂNIA TEMA GERADOR

PROBLEMATIZAÇÃO DA E. M. MARIA ARAÚJO DE FREITAS - GOIÂNIA TEMA GERADOR PROBLEMATIZAÇÃO DA E M MARIA ARAÚJO DE FREITAS - GOIÂNIA TEMA GERADOR FALAS SIGNIFICATIVAS A violência cresce muito São as drogas e estruturas familiares, porque os pais tem que sair para o trabalho e

Leia mais

CADERNO DE EXERCÍCIOS 3F

CADERNO DE EXERCÍCIOS 3F CADERNO DE EXERCÍCIOS 3F Ensino Médio Ciências Humanas Questão Conteúdo Habilidade da Matriz da EJA/FB 1 Movimentos Sociais e Lei Maria da Penha H33 2 Arte, Cultura Global e Identidade Cultural H58, H59

Leia mais

Pesquisa Data Popular e Instituto Patrícia Galvão

Pesquisa Data Popular e Instituto Patrícia Galvão Caderno Campanha Compromisso e Atitude PERCEPÇÃO DA SOCIEDADE SOBRE VIOLÊNCIA E ASSASSINATOS DE MULHERES Realização Data Popular / Instituto Patrícia Galvão Apoio - Secretaria de Políticas para as Mulheres

Leia mais

Atendimento Policial a Vítimas de Violência Doméstica

Atendimento Policial a Vítimas de Violência Doméstica Pág. 01 Pág. 02 Pág. 03 Pág. 04 Pág. 05 Pág. 06 Pág. 07 Pág. 08 As condutas delituosas inseridas no contexto da Violência Doméstica e/ou familiar contra a mulher receberam uma conceituação legal a partir

Leia mais

Universidade do Estado do Rio de Janeiro Vice-Reitoria Curso de Abordagem da Violência na Atenção Domiciliar Unidade 1 Introdução

Universidade do Estado do Rio de Janeiro Vice-Reitoria Curso de Abordagem da Violência na Atenção Domiciliar Unidade 1 Introdução Universidade do Estado do Rio de Janeiro Vice-Reitoria Curso de Abordagem da Violência na Atenção Domiciliar Unidade 1 Introdução Em Introdução, veremos os conceitos gerais referentes à violência, sua

Leia mais

PROGRAMA: GRAVIDEZ SAUDÁVEL, PARTO HUMANIZADO

PROGRAMA: GRAVIDEZ SAUDÁVEL, PARTO HUMANIZADO PROGRAMA: GRAVIDEZ SAUDÁVEL, PARTO HUMANIZADO BOM PROGRESSO- RS 2009 PREFEITURA MUNICIPAL DE BOM PROGRESSO Administração: Armindo Heinle CNPJ. 94726353/0001-17 End. Av. Castelo Branco, n 658 Centro CEP:

Leia mais

11. EDUCAÇÃO PROFISSIONAL

11. EDUCAÇÃO PROFISSIONAL 11. EDUCAÇÃO PROFISSIONAL A educação profissional no Brasil já assumiu diferentes funções no decorrer de toda a história educacional brasileira. Até a promulgação da atual LDBEN, a educação profissional

Leia mais

PREVENÇÃO E ENFRENTAMENTO À VIOLÊNCIA LETAL DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES

PREVENÇÃO E ENFRENTAMENTO À VIOLÊNCIA LETAL DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES PREVENÇÃO E ENFRENTAMENTO À VIOLÊNCIA LETAL DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES Adriana Karina Diesel Chesani 1 Realizou-se, em dezembro de 2010, em Brasília-DF, o Seminário Nacional do Programa de Proteção a Crianças

Leia mais

RELATÓRIO SOBRE A SITUAÇÃO DO ACESSO DA MULHER À JUSTIÇA NAS AMÉRICAS: QUESTIONÁRIO

RELATÓRIO SOBRE A SITUAÇÃO DO ACESSO DA MULHER À JUSTIÇA NAS AMÉRICAS: QUESTIONÁRIO RELATÓRIO SOBRE A SITUAÇÃO DO ACESSO DA MULHER À JUSTIÇA NAS AMÉRICAS: QUESTIONÁRIO INTRODUÇÃO Objetivos: Este questionário foi preparado como parte do plano de trabalho da Relatoria Especial sobre os

Leia mais

Curso de Formação de Conselheiros em Direitos Humanos Abril Julho/2006

Curso de Formação de Conselheiros em Direitos Humanos Abril Julho/2006 Curso de Formação de Conselheiros em Direitos Humanos Abril Julho/2006 Realização: Ágere Cooperação em Advocacy Apoio: Secretaria Especial dos Direitos Humanos/PR Módulo III: Conselhos dos Direitos no

Leia mais

1. Garantir a educação de qualidade

1. Garantir a educação de qualidade 1 Histórico O Pacto pela Juventude é uma proposição das organizações da sociedade civil, que compõem o Conselho Nacional de Juventude, para que os governos federal, estaduais e municipais se comprometam

Leia mais

DESEMBARGADOR SÉRGIO ANTÔNIO DE RESENDE PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE MINAS GERAIS

DESEMBARGADOR SÉRGIO ANTÔNIO DE RESENDE PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE MINAS GERAIS DISCURSO DESEMBARGADOR SÉRGIO ANTÔNIO DE RESENDE PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE MINAS GERAIS ABERTURA DO 79º ENCONTRO NACIONAL DO COLÉGIO PERMANENTE DE PRESIDENTES DE TRIBUNAIS DE JUSTIÇA DO BRASIL

Leia mais

OUVIDORIA NACIONAL DE DIREITOS HUMANOS. Balanço das Denúncias de Violações de Direitos Humanos

OUVIDORIA NACIONAL DE DIREITOS HUMANOS. Balanço das Denúncias de Violações de Direitos Humanos OUVIDORIA NACIONAL DE DIREITOS HUMANOS Balanço das Denúncias de Violações de Direitos Humanos 2015 Departamento de Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos Competências do Departamento: Receber, examinar

Leia mais

MÓDULO II Introdução ao Estatuto da Criança e do Adolescente AULA 04

MÓDULO II Introdução ao Estatuto da Criança e do Adolescente AULA 04 MÓDULO II Introdução ao Estatuto da Criança e do Adolescente AULA 04 Por Leonardo Rodrigues Rezende 1 1. Apresentação O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) completa 24 anos este ano, mas sua história

Leia mais

Apoio. Patrocínio Institucional

Apoio. Patrocínio Institucional Patrocínio Institucional Apoio O Grupo AfroReggae é uma organização que luta pela transformação social e, através da cultura e da arte, desperta potencialidades artísticas que elevam a autoestima de jovens

Leia mais

InfoReggae - Edição 20 Risco Social Familiar 29 de novembro de 2013. Coordenador Executivo José Júnior

InfoReggae - Edição 20 Risco Social Familiar 29 de novembro de 2013. Coordenador Executivo José Júnior O Grupo Cultural AfroReggae é uma organização que luta pela transformação social e, através da cultura e da arte, desperta potencialidades artísticas que elevam a autoestima de jovens das camadas populares.

Leia mais

Amapá 0 0 4 2 6. Amazonas 2 0 2 0 4. Bahia 15 10 9 16 50. Ceará 0 0 0 1 1. Distrito Federal 3 11 11 3 28. Espírito Santo 6 2 7 2 17

Amapá 0 0 4 2 6. Amazonas 2 0 2 0 4. Bahia 15 10 9 16 50. Ceará 0 0 0 1 1. Distrito Federal 3 11 11 3 28. Espírito Santo 6 2 7 2 17 Information about forced child labor, child labor, and government efforts (November 4, 2010) 1. Quantas inspeções foram feitas nos últimos 2 a 3 anos na produção de carvão vegetal, para verificar se ocorreram

Leia mais

Lições para o crescimento econômico adotadas em outros países

Lições para o crescimento econômico adotadas em outros países Para o Boletim Econômico Edição nº 45 outubro de 2014 Organização: Maurício José Nunes Oliveira Assessor econômico Lições para o crescimento econômico adotadas em outros países 1 Ainda que não haja receita

Leia mais

O Dep. Pastor Frankembergen pronuncia o seguinte discurso: Dia Mundial da Saúde. Senhor Presidente, Senhoras e Senhores Deputados.

O Dep. Pastor Frankembergen pronuncia o seguinte discurso: Dia Mundial da Saúde. Senhor Presidente, Senhoras e Senhores Deputados. 1 O Dep. Pastor Frankembergen pronuncia o seguinte discurso: Dia Mundial da Saúde Senhor Presidente, Senhoras e Senhores Deputados. Gostaria de falar um pouco sobre o Dia Mundial da Saúde, criado pela

Leia mais

cartilha direitos humanos layout:layout 1 2008-09-05 13:42 Página 1 CAPA

cartilha direitos humanos layout:layout 1 2008-09-05 13:42 Página 1 CAPA cartilha direitos humanos layout:layout 1 2008-09-05 13:42 Página 1 CAPA cartilha direitos humanos layout:layout 1 2008-09-05 13:42 Página 2 TODOS SÃO IGUAIS PERANTE A LEI* *Artigo 5º da Constituição Brasileira

Leia mais

Notas sobre a exclusão social e as suas diferenças

Notas sobre a exclusão social e as suas diferenças Notas sobre a exclusão social e as suas diferenças Ana Paula Gomes Daniel e-mail: anapauladnl@gmail.com Acadêmica do curso de Ciências Econômicas /UNICENTRO Flavia Diana Marcondes dos Santos e-mail: flaviadianam@gmail.com

Leia mais

O USO DO ÁLCOOL ENTRE OS JOVENS: HISTÓRIA, POLÍTICAS GOVERNAMENTAIS, CONSEQÜÊNCIAS SOCIAIS E TRATAMENTO.

O USO DO ÁLCOOL ENTRE OS JOVENS: HISTÓRIA, POLÍTICAS GOVERNAMENTAIS, CONSEQÜÊNCIAS SOCIAIS E TRATAMENTO. ANTONIO WILKER BEZERRA LIMA O USO DO ÁLCOOL ENTRE OS JOVENS: HISTÓRIA, POLÍTICAS GOVERNAMENTAIS, CONSEQÜÊNCIAS SOCIAIS E TRATAMENTO. 1ª Edição Arneiroz Edição do Autor 2013 [ 2 ] Ficha catalográfica. Lima,

Leia mais

3ª PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE VOTORANTIM PORTARIA DE INQUÉRITO CIVIL N

3ª PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE VOTORANTIM PORTARIA DE INQUÉRITO CIVIL N 3ª PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE VOTORANTIM PORTARIA DE INQUÉRITO CIVIL N O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO, pela Promotora de Justiça que esta subscreve, com fundamento nos artigos 127 e 129, incisos

Leia mais

Sumário executivo. ActionAid Brasil Rua Morais e Vale, 111 5º andar 20021-260 Rio de Janeiro - RJ Brasil

Sumário executivo. ActionAid Brasil Rua Morais e Vale, 111 5º andar 20021-260 Rio de Janeiro - RJ Brasil Sumário executivo Mais de um bilhão de pessoas sofre com as consequências da inanição é mais que a população dos Estados Unidos, Canadá e União Européia juntas. Em julho desse ano, a reunião de cúpula

Leia mais

PROPOSTAS PARA O COMBATE À ALTA ROTATIVIDADE DO MERCADO DE TRABALHO BRASILEIRO

PROPOSTAS PARA O COMBATE À ALTA ROTATIVIDADE DO MERCADO DE TRABALHO BRASILEIRO PROPOSTAS PARA O COMBATE À ALTA ROTATIVIDADE DO MERCADO DE TRABALHO BRASILEIRO 2 PROPOSTAS PARA O COMBATE À ALTA ROTATIVIDADE DO MERCADO DE TRABALHO BRASILEIRO Nos últimos anos, várias medidas adotadas

Leia mais

Educação Patrimonial Centro de Memória

Educação Patrimonial Centro de Memória Educação Patrimonial Centro de Memória O que é história? Para que serve? Ambas perguntas são aparentemente simples, mas carregam uma grande complexidade. É sobre isso que falarei agora. A primeira questão

Leia mais

Secretaria Nacional de Segurança Pública

Secretaria Nacional de Segurança Pública Secretaria Nacional de Segurança Pública Mulheres da Paz Conceito do Mulheres da Paz O Projeto MULHERESDAPAZ é uma iniciativa do Ministério da Justiça, instituída pela Lei n 11.530/2007 e pelo Decreto

Leia mais

Prova de Português Comentada NCE

Prova de Português Comentada NCE Estado de Mato Grosso (MT) Auditoria Geral do Estado (AGE) - 2005 Nível Superior Prova de Português Comentada NCE Texto: EDUCAÇÃO: O FUTURO ESTÁ EM NOSSAS MÃOS José Henrique Vilhena Folha de São Paulo

Leia mais

SAÍDA DO MERCADO DE TRABALHO: QUAL É A IDADE?

SAÍDA DO MERCADO DE TRABALHO: QUAL É A IDADE? SAÍDA DO MERCADO DE TRABALHO: QUAL É A IDADE? Ana Amélia Camarano* Solange Kanso** Daniele Fernandes** 1 INTRODUÇÃO Assume-se que idade avançada e invalidez resultam em perda da capacidade laboral, o que

Leia mais

DECRETO Nº 1.973, DE 1º DE AGOSTO DE 1996. (Publicado no D.O.U. de 02.08.1996)

DECRETO Nº 1.973, DE 1º DE AGOSTO DE 1996. (Publicado no D.O.U. de 02.08.1996) DECRETO Nº 1.973, DE 1º DE AGOSTO DE 1996. (Publicado no D.O.U. de 02.08.1996) Promulga a Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher, concluída em Belém do Pará,

Leia mais

PROGRAMA TÉMATICO: 6214 TRABALHO, EMPREGO E RENDA

PROGRAMA TÉMATICO: 6214 TRABALHO, EMPREGO E RENDA PROGRAMA TÉMATICO: 6214 TRABALHO, EMPREGO E RENDA OBJETIVO GERAL: Estimular o crescimento e o desenvolvimento econômico e social do DF, por meio do fortalecimento do Sistema Público de Emprego, garantindo

Leia mais

MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PARANÁ. Mary Ann Kerber Steingraber O IMPACTO E A FINALIDADE SOCIAL DA LEI MARIA DA PENHA

MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PARANÁ. Mary Ann Kerber Steingraber O IMPACTO E A FINALIDADE SOCIAL DA LEI MARIA DA PENHA MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PARANÁ Mary Ann Kerber Steingraber O IMPACTO E A FINALIDADE SOCIAL DA LEI MARIA DA PENHA Projeto de pesquisa aplicado apresentado ao Ministério Público do Estado do Paraná

Leia mais

Apoio. Patrocínio Institucional

Apoio. Patrocínio Institucional Patrocínio Institucional Apoio O Grupo AfroReggae é uma organização que luta pela transformação social e, através da cultura e da arte, desperta potencialidades artísticas que elevam a autoestima de jovens

Leia mais

semestre do Curso de Relações Internacionais da Universidade Federal de Santa Maria. E-mail: gphoffmeister@hotmail.com 2

semestre do Curso de Relações Internacionais da Universidade Federal de Santa Maria. E-mail: gphoffmeister@hotmail.com 2 OS DIREITOS HUMANOS DAS MULHERES ENQUANTO UMA CATEGORIA ESPECÍFICA DE DIREITOS HUMANOS Guilherme Pittaluga Hoffmeister 1 Luiz Henrique Silveira dos Santos 2 Eduardo da Silva Fagundes 3 1 INTRODUÇÃO A concepção

Leia mais

www.fundep.br/programacaptar, juntamente com este regulamento.

www.fundep.br/programacaptar, juntamente com este regulamento. PROGRAMA DE CAPTAÇÃO DE RECURSOS FUNDEP REGULAMENTO PARA CADASTRAMENTO DE PROJETOS UFMG A Fundep//Gerência de Articulação de Parcerias convida a comunidade acadêmica da UFMG a cadastrar propostas de acordo

Leia mais

PROJETO PARCERIA COM A POLÍCIA

PROJETO PARCERIA COM A POLÍCIA PROJETO PARCERIA COM A POLÍCIA CAPACITAÇÃO SOBRE A VIOLÊNCIA DOMÉSTICA PARA A POLÍCIA MILITAR E CIVIL 1) INTRODUÇÃO: O Ministério Público desempenha um papel fundamental quando colabora com a capacitação

Leia mais

Curso de Formação de Conselheiros em Direitos Humanos Abril Julho/2006

Curso de Formação de Conselheiros em Direitos Humanos Abril Julho/2006 Curso de Formação de Conselheiros em Direitos Humanos Abril Julho/2006 Realização: Ágere Cooperação em Advocacy Apoio: Secretaria Especial dos Direitos Humanos/PR Módulo III: Conselhos dos Direitos no

Leia mais

ONG S E ASSOCIAÇÕES. Aproveite bem todas as dicas, fotos e textos deste guia, pois eles são muito importantes.

ONG S E ASSOCIAÇÕES. Aproveite bem todas as dicas, fotos e textos deste guia, pois eles são muito importantes. ONG S E ASSOCIAÇÕES PARA COMEÇAR Você tem vontade de participar mais do que acontece ao seu redor, dar uma força para resolver questões que fazem parte da rotina de certos grupos e comunidades e colocar

Leia mais

PROJETO DE LEI Nº, DE 2006. Art. 1º Esta lei estabelece pena para interceptação ou a recepção não

PROJETO DE LEI Nº, DE 2006. Art. 1º Esta lei estabelece pena para interceptação ou a recepção não PROJETO DE LEI Nº, DE 2006 Altera dispositivo no Art. 155 e insere parágrafo no Art. 180 no decreto-lei n.º 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal - Parte Especial. O Congresso Nacional decreta:

Leia mais

Balanço social: diversidade, participação e segurança do trabalho

Balanço social: diversidade, participação e segurança do trabalho João Sucupira* INDICADORES Balanço social: diversidade, participação e segurança do trabalho O balanço social está se tornando uma peça importante não só para prestar contas à sociedade das ações das empresas

Leia mais

IMPLANTAÇÃO DOS PILARES DA MPT NO DESEMPENHO OPERACIONAL EM UM CENTRO DE DISTRIBUIÇÃO DE COSMÉTICOS. XV INIC / XI EPG - UNIVAP 2011

IMPLANTAÇÃO DOS PILARES DA MPT NO DESEMPENHO OPERACIONAL EM UM CENTRO DE DISTRIBUIÇÃO DE COSMÉTICOS. XV INIC / XI EPG - UNIVAP 2011 IMPLANTAÇÃO DOS PILARES DA MPT NO DESEMPENHO OPERACIONAL EM UM CENTRO DE DISTRIBUIÇÃO DE COSMÉTICOS. XV INIC / XI EPG - UNIVAP 2011 Rogério Carlos Tavares 1, José Luis Gomes da Silva² 1 Universidade de

Leia mais

Rua do Atendimento Protetivo. Municipalino:

Rua do Atendimento Protetivo. Municipalino: Rua do Atendimento Protetivo Municipalino: Esta é a Rua do Atendimento Protetivo. Esta rua tem como missão fundamental resgatar os direitos das crianças e dos adolescentes que foram violados ou ameaçados

Leia mais

INTERNAÇÃO COMPULSÓRIA DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES. Jefferson Aparecido Dias *

INTERNAÇÃO COMPULSÓRIA DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES. Jefferson Aparecido Dias * INTERNAÇÃO COMPULSÓRIA DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES Jefferson Aparecido Dias * Introdução Um dos temas mais polêmicos da atualidade no Brasil é a possibilidade de internação compulsória de crianças e adolescentes

Leia mais

FORMAÇÃO DE JOGADORES NO FUTEBOL BRASILEIRO PRECISAMOS MELHORAR O PROCESSO? OUTUBRO / 2013

FORMAÇÃO DE JOGADORES NO FUTEBOL BRASILEIRO PRECISAMOS MELHORAR O PROCESSO? OUTUBRO / 2013 FORMAÇÃO DE JOGADORES NO FUTEBOL BRASILEIRO PRECISAMOS MELHORAR O PROCESSO? OUTUBRO / 2013 Recentemente, escrevi uma crônica cujo texto apresentava algumas possíveis causas para que o processo de formação

Leia mais

Entrevista exclusiva concedida pelo Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, ao SBT

Entrevista exclusiva concedida pelo Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, ao SBT Entrevista exclusiva concedida pelo Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, ao SBT Brasília-DF, 30 de outubro de 2006 Jornalista Ana Paula Padrão: Então vamos às perguntas, agora ao vivo, com

Leia mais

Resultados da Pesquisa IDIS de Investimento Social na Comunidade 2004

Resultados da Pesquisa IDIS de Investimento Social na Comunidade 2004 Resultados da Pesquisa IDIS de Investimento Social na Comunidade 2004 Por Zilda Knoploch, presidente da Enfoque Pesquisa de Marketing Este material foi elaborado pela Enfoque Pesquisa de Marketing, empresa

Leia mais

Secretaria de Políticas para as Mulheres

Secretaria de Políticas para as Mulheres SECRETARIA DE POLÍTICAS PARA AS MULHERES Secretaria de Políticas para as Mulheres Secretaria de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres 24 a 27 de setembro de 2013 Seminário Hemisférico Justiça de

Leia mais

PROGRAMA DINHEIRO DIRETO NA ESCOLA: um estudo nas redes municipal de Porto Alegre e estadual do Rio Grande do Sul

PROGRAMA DINHEIRO DIRETO NA ESCOLA: um estudo nas redes municipal de Porto Alegre e estadual do Rio Grande do Sul PROGRAMA DINHEIRO DIRETO NA ESCOLA: um estudo nas redes municipal de Porto Alegre e estadual do Rio Grande do Sul Vera Maria Vidal Peroni PPGEDU UFRGS Este trabalho é parte da pesquisa intitulada: PROGRAMA

Leia mais

O que é Programa Rio: Trabalho e Empreendedorismo da Mulher? Quais suas estratégias e ações? Quantas instituições participam da iniciativa?

O que é Programa Rio: Trabalho e Empreendedorismo da Mulher? Quais suas estratégias e ações? Quantas instituições participam da iniciativa? Destaque: Somos, nós mulheres, tradicionalmente responsáveis pelas ações de reprodução da vida no espaço doméstico e a partir da última metade do século passado estamos cada vez mais inseridas diretamente

Leia mais

O PAPEL DOS MUNICÍPIOS DO RIO GRANDE DO SUL NA AMPLIAÇÃO DO ATENDIMENTO EM CRECHE ÀS CRIANÇAS DE 0 A 3 ANOS

O PAPEL DOS MUNICÍPIOS DO RIO GRANDE DO SUL NA AMPLIAÇÃO DO ATENDIMENTO EM CRECHE ÀS CRIANÇAS DE 0 A 3 ANOS O PAPEL DOS MUNICÍPIOS DO RIO GRANDE DO SUL NA AMPLIAÇÃO DO ATENDIMENTO EM CRECHE ÀS CRIANÇAS DE 0 A 3 ANOS Débora Brondani da Rocha Bacharel em Direito e Auditora Pública Externa do TCERS Hilário Royer-

Leia mais

Entre 1998 e 2001, a freqüência escolar aumentou bastante no Brasil. Em 1998, 97% das

Entre 1998 e 2001, a freqüência escolar aumentou bastante no Brasil. Em 1998, 97% das INFORME-SE BNDES ÁREA PARA ASSUNTOS FISCAIS E DE EMPREGO AFE Nº 48 NOVEMBRO DE 2002 EDUCAÇÃO Desempenho educacional no Brasil: O que nos diz a PNAD-2001 Entre 1998 e 2001, a freqüência escolar aumentou

Leia mais

Eixo Temático ET-10-002 - Direito Ambiental OS IMPASSES DA LEGISLAÇÃO AMBIENTAL PARA ATIVIDADE OLEIRA EM IRANDUBA (AM): ENTRE A LEI E OS DANOS

Eixo Temático ET-10-002 - Direito Ambiental OS IMPASSES DA LEGISLAÇÃO AMBIENTAL PARA ATIVIDADE OLEIRA EM IRANDUBA (AM): ENTRE A LEI E OS DANOS 434 Eixo Temático ET-10-002 - Direito Ambiental OS IMPASSES DA LEGISLAÇÃO AMBIENTAL PARA ATIVIDADE OLEIRA EM IRANDUBA (AM): ENTRE A LEI E OS DANOS Neyla Marinho Marques Pinto¹; Hamida Assunção Pinheiro²

Leia mais

PROJETO DE LEI Nº, DE 2013

PROJETO DE LEI Nº, DE 2013 PROJETO DE LEI Nº, DE 2013 (Do Sr. Milton Monti) Cria a Universidade Federal de Bauru - UNIFEB e dá outras providências. O Congresso Nacional decreta: Art. 1º Fica criada a Universidade Federal de Bauru

Leia mais

Modelo concede flexibilidade a hospitais públicos

Modelo concede flexibilidade a hospitais públicos Modelo concede flexibilidade a hospitais públicos Servidores continuariam a ser admitidos por concurso, mas passariam a ser regidos pela CLT, por exemplo Karine Rodrigues, RIO O Estado de S. Paulo, 31

Leia mais

Breve histórico da profissão de tradutor e intérprete de Libras-Português

Breve histórico da profissão de tradutor e intérprete de Libras-Português O TRABALHO DO TRADUTOR E INTÉRPRETE DE LIBRAS-PORTUGUÊS NAS UNIVERSIDADES FEDERAIS BRASILEIRAS. Resumo Autores: Sônia Aparecida Leal Vítor Romeiro Isabella Noceli de Oliveira Carla Couto de Paula Silvério

Leia mais

Pesquisa. A participação dos pais na Educação de seus filhos

Pesquisa. A participação dos pais na Educação de seus filhos Pesquisa A participação dos pais na Educação de seus filhos 1 Objetivos do movimento Todos Pela Educação Ampliar os conhecimentos do Todos Pela Educação, da Fundação SM, de nossos parceiros e da sociedade

Leia mais

Desafios de um prefeito: promessas de campanha e a Lei de Responsabilidade Fiscal 1

Desafios de um prefeito: promessas de campanha e a Lei de Responsabilidade Fiscal 1 Desafios de um prefeito: promessas de campanha e a Lei de Responsabilidade Fiscal 1 Elaborado por Leandro Felipe (2014) Contém nota pedagógica Introdução O objetivo principal deste caso é ajudar o Prefeito

Leia mais

PROJETO DE LEI N o 6.622, DE 2013 (Apenso o Projeto de Lei nº 7.490, de 2014)

PROJETO DE LEI N o 6.622, DE 2013 (Apenso o Projeto de Lei nº 7.490, de 2014) COMISSÃO DE SEGURIDADE SOCIAL E FAMÍLIA PROJETO DE LEI N o 6.622, DE 2013 (Apenso o Projeto de Lei nº 7.490, de 2014) Altera o Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal) para tipificar

Leia mais

EXMO. SR. DR. PROCURADOR REGIONAL DA REPÚBLICA DA 1ª REGIÃO. Assunto: Leitos Psiquiátricos nos Hospitais Públicos Federais

EXMO. SR. DR. PROCURADOR REGIONAL DA REPÚBLICA DA 1ª REGIÃO. Assunto: Leitos Psiquiátricos nos Hospitais Públicos Federais EXMO. SR. DR. PROCURADOR REGIONAL DA REPÚBLICA DA 1ª REGIÃO. Assunto: Leitos Psiquiátricos nos Hospitais Públicos Federais ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PSIQUIATRIA (ABP), associação civil sem fins lucrativos

Leia mais

INFORMATIVO. Novas Regras de limites. A Datusprev sempre pensando em você... Classificados Datusprev: Anuncie aqui!

INFORMATIVO. Novas Regras de limites. A Datusprev sempre pensando em você... Classificados Datusprev: Anuncie aqui! INFORMATIVO Novas Regras de limites A Datusprev sempre pensando em você... Classificados Datusprev: Anuncie aqui! A Datusprev abre espaço para divulgação. Aqui você pode anunciar compra, venda, troca,

Leia mais

Há 25 anos a Multiway apresenta o que existe de mais moderno em projetos de tecnologia

Há 25 anos a Multiway apresenta o que existe de mais moderno em projetos de tecnologia Há 2 anos a Multiway apresenta o que existe de mais moderno em projetos de tecnologia Com vasta experiência em integração e redes, a empresa investe no setor de segurança desde 2004. Primeiro na área de

Leia mais

ISSN 2238-9113 ÁREA TEMÁTICA:

ISSN 2238-9113 ÁREA TEMÁTICA: 13. CONEX Apresentação Oral Resumo Expandido 1 ISSN 2238-9113 ÁREA TEMÁTICA: ( ) COMUNICAÇÃO ( ) CULTURA (X) DIREITOS HUMANOS E JUSTIÇA ( ) EDUCAÇÃO ( ) MEIO AMBIENTE ( ) SAÚDE ( ) TRABALHO ( ) TECNOLOGIA

Leia mais

Pronatec Senac Online

Pronatec Senac Online Pronatec Senac Online Introdução 3ª edição Nesta terceira edição, serão apresentados os dados do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) referentes ao mês de março de 2013. Esses

Leia mais

Luiz de Jesus Peres Soares

Luiz de Jesus Peres Soares Luiz de Jesus Peres Soares OS IMPACTOS FINANCEIROS DOS ACIDENTES DO TRABALHO NO ORÇAMENTO BRASILEIRO: UMA ALTERNATIVA POLÍTICA E PEDAGÓGICA PARA REDUÇÃO DOS GASTOS. Projeto de pesquisa apresentado ao programa

Leia mais

GESTÃO DEMOCRÁTICA EDUCACIONAL

GESTÃO DEMOCRÁTICA EDUCACIONAL GESTÃO DEMOCRÁTICA EDUCACIONAL Nanci Cunha Vilela Rost ; Amanda Carvalho ; Edimara Soares Gonçalves ; Juliane Rocha de Moraes BILAC, Faculdade de pedagogia Bilac, graduação em Pedagogia, nancirost@hotmail.com

Leia mais

A INSTITUIÇÃO TESOURO ESTADUAL EM TEMPO DE AMEAÇAS ÀS FINANÇAS CAPIXABAS*

A INSTITUIÇÃO TESOURO ESTADUAL EM TEMPO DE AMEAÇAS ÀS FINANÇAS CAPIXABAS* A INSTITUIÇÃO TESOURO ESTADUAL EM TEMPO DE AMEAÇAS ÀS FINANÇAS CAPIXABAS* Marcos Bragatto O sucesso da gestão de qualquer instituição se fundamenta na eficiência do desempenho do tripé métodos, meios e

Leia mais

PARECER Nº, DE 2013. RELATOR: Senador CYRO MIRANDA

PARECER Nº, DE 2013. RELATOR: Senador CYRO MIRANDA PARECER Nº, DE 2013 Da COMISSÃO DE ASSUNTOS SOCIAIS, em caráter terminativo, sobre o Projeto de Lei da Câmara nº 31, de 2010 (Projeto de Lei nº 3.512, de 2008, na origem), da Deputada Professora Raquel

Leia mais

Nº 07 / 13 TEMA: As Crianças em Goiás

Nº 07 / 13 TEMA: As Crianças em Goiás TEMA: As Crianças em Goiás O dia das crianças foi instituído em 1924 pelo então presidente Arthur Bernardes, mas a data passou várias anos desprezada e apenas ganhou notoriedade na década de 1960. Infelizmente

Leia mais

Plano de Comunicação: Projeto Tecnologias Sociais Para Empreendimentos Solidários da UNISINOS 1

Plano de Comunicação: Projeto Tecnologias Sociais Para Empreendimentos Solidários da UNISINOS 1 Plano de Comunicação: Projeto Tecnologias Sociais Para Empreendimentos Solidários da UNISINOS 1 Cassandra BRUNETTO 2 Deisi BUENO 3 Marina MARTINS 4 Tatiane FLORES 5 Vera Regina SCHMITZ 6 Universidade do

Leia mais

Política de cotas para mulheres na política tem 75% de aprovação

Política de cotas para mulheres na política tem 75% de aprovação Política de cotas para mulheres na política tem 75% de aprovação População conhece pouco a atual lei de cotas, mas acha que os partidos que não cumprem a lei deveriam ser punidos A maioria da população

Leia mais

PROJETO EDUCAR EM DIREITO DAS MULHERES: MINISTÉRIO PÚBLICO E COMUNIDADE

PROJETO EDUCAR EM DIREITO DAS MULHERES: MINISTÉRIO PÚBLICO E COMUNIDADE PROJETO EDUCAR EM DIREITO DAS MULHERES: MINISTÉRIO PÚBLICO E COMUNIDADE Vitória, 08 de Agosto de 2013 1 Dr. Eder Pontes da Silva Procurador Geral de Justiça Drª Catarina Cecin Gazele Procuradora de Justiça

Leia mais

25 de novembro - Dia Internacional de Combate à Violência Contra as Mulheres. Carta de Brasília

25 de novembro - Dia Internacional de Combate à Violência Contra as Mulheres. Carta de Brasília Anexo VI 25 de novembro - Dia Internacional de Combate à Violência Contra as Mulheres Carta de Brasília Na véspera do Dia Internacional de Combate à Violência Contra as Mulheres nós, trabalhadoras dos

Leia mais

difusão de idéias QUALIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL Um processo aberto, um conceito em construção

difusão de idéias QUALIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL Um processo aberto, um conceito em construção Fundação Carlos Chagas Difusão de Idéias janeiro/2007 página 1 QUALIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL Um processo aberto, um conceito em construção Maria Lucia Machado e Maria Malta Campos: Na maioria dos países

Leia mais

COMISSÃO DE SEGURIDADE SOCIAL E FAMÍLIA

COMISSÃO DE SEGURIDADE SOCIAL E FAMÍLIA COMISSÃO DE SEGURIDADE SOCIAL E FAMÍLIA PROJETO DE LEI Nº 2.104, DE 2011 (Apensados os Projetos de Lei nº 2.962/2011, 3.303/2012, 4.907/2012, 1.929/2015 e 2.330/2015) Altera o 1º do art. 1º da Lei nº 11.520,

Leia mais

ITIL v3 - Operação de Serviço - Parte 1

ITIL v3 - Operação de Serviço - Parte 1 ITIL v3 - Operação de Serviço - Parte 1 É na Operação de Serviço que se coordena e realiza as atividades e processos necessários para fornecer e gerenciar serviços em níveis acordados com o usuário e clientes

Leia mais

a convenção sobre os direitos das pessoas com deficiência 2007 e o decreto n o 6.949, de 25 de agosto de 2009. 1

a convenção sobre os direitos das pessoas com deficiência 2007 e o decreto n o 6.949, de 25 de agosto de 2009. 1 a convenção sobre os direitos das pessoas com deficiência 2007 e o decreto n o 6.949, de 25 de agosto de 2009. 1 Depois de concluídas todas as etapas, podemos inferir que a Convenção sobre os Direitos

Leia mais

ipea políticas sociais acompanhamento e análise 7 ago. 2003 117 GASTOS SOCIAIS: FOCALIZAR VERSUS UNIVERSALIZAR José Márcio Camargo*

ipea políticas sociais acompanhamento e análise 7 ago. 2003 117 GASTOS SOCIAIS: FOCALIZAR VERSUS UNIVERSALIZAR José Márcio Camargo* GASTOS SOCIAIS: FOCALIZAR VERSUS UNIVERSALIZAR José Márcio Camargo* Como deve ser estruturada a política social de um país? A resposta a essa pergunta independe do grau de desenvolvimento do país, da porcentagem

Leia mais

Gráfico 1 Jovens matriculados no ProJovem Urbano - Edição 2012. Fatia 3;

Gráfico 1 Jovens matriculados no ProJovem Urbano - Edição 2012. Fatia 3; COMO ESTUDAR SE NÃO TENHO COM QUEM DEIXAR MEUS FILHOS? UM ESTUDO SOBRE AS SALAS DE ACOLHIMENTO DO PROJOVEM URBANO Rosilaine Gonçalves da Fonseca Ferreira UNIRIO Direcionado ao atendimento de parcela significativa

Leia mais

Planejamento e financiamento para a qualificação das ações de alimentação e nutrição na Atenção Básica à Saúde

Planejamento e financiamento para a qualificação das ações de alimentação e nutrição na Atenção Básica à Saúde Planejamento e financiamento para a qualificação das ações de alimentação e nutrição na Atenção Básica à Saúde Introdução O Município Y tem uma população de aproximadamente 3 milhões de habitantes. A Secretaria

Leia mais

O Marco de Ação de Dakar Educação Para Todos: Atingindo nossos Compromissos Coletivos

O Marco de Ação de Dakar Educação Para Todos: Atingindo nossos Compromissos Coletivos O Marco de Ação de Dakar Educação Para Todos: Atingindo nossos Compromissos Coletivos Texto adotado pela Cúpula Mundial de Educação Dakar, Senegal - 26 a 28 de abril de 2000. 1. Reunidos em Dakar em Abril

Leia mais

O Sr. ÁTILA LIRA (PSB-OI) pronuncia o seguinte. discurso: Senhor Presidente, Senhoras e Senhores. Deputados, estamos no período em que se comemoram os

O Sr. ÁTILA LIRA (PSB-OI) pronuncia o seguinte. discurso: Senhor Presidente, Senhoras e Senhores. Deputados, estamos no período em que se comemoram os O Sr. ÁTILA LIRA (PSB-OI) pronuncia o seguinte discurso: Senhor Presidente, Senhoras e Senhores Deputados, estamos no período em que se comemoram os vinte anos de promulgação da Constituição Cidadã de

Leia mais

ESTÁGIO EM SERVIÇO SOCIAL NO PROJETO VIVA A VIDA

ESTÁGIO EM SERVIÇO SOCIAL NO PROJETO VIVA A VIDA ESTÁGIO EM SERVIÇO SOCIAL NO PROJETO VIVA A VIDA Este documento se propõe a estabelecer normas de inserção e execução de estágio em Serviço Social no Projeto Viva a Vida, de acordo com a Resolução 533/2008

Leia mais

Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome

Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome O Brasil assume o desafio de acabar com a miséria O Brasil assume o desafio de acabar com a

Leia mais

Cartilha do ALUNO EMPREENDEDOR POLITÉCNICA

Cartilha do ALUNO EMPREENDEDOR POLITÉCNICA 1 Cartilha do ALUNO EMPREENDEDOR POLITÉCNICA Diretor Acadêmico: Edison de Mello Gestor do Projeto: Prof. Marco Antonio da Costa 2 1. APRESENTAÇÃO Prepare seus alunos para explorarem o desconhecido, para

Leia mais