A RESPONSABILIDADE CIVIL DO EMPREGADOR NOS ACIDENTES DO TRABALHO

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1 UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ UNIVALI CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E JURÍDICAS CEJURPS CURSO DE DIREITO NÚCLEO DE PRÁTICA JURÍDICA COORDENAÇÃO DE MONOGRAFIA A RESPONSABILIDADE CIVIL DO EMPREGADOR NOS ACIDENTES DO TRABALHO ANDRÉ FERNANDO CARVALHO Orientadora: Profª. Sonia Maria Ferreira Roberts Itajaí (SC), novembro de 2008.

2 UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ UNIVALI CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E JURÍDICAS CEJURPS CURSO DE DIREITO NÚCLEO DE PRÁTICA JURÍDICA COORDENAÇÃO DE MONOGRAFIA A RESPONSABILIDADE CIVIL DO EMPREGADOR NOS ACIDENTES DO TRABALHO ANDRÉ FERNANDO CARVALHO Monografia submetida à Universidade do Vale do Itajaí UNIVALI, como requisito parcial à obtenção do grau de Bacharel em Direito. Orientadora: Profª. Sonia Maria Ferreira Roberts Itajaí (SC), novembro de 2008.

3 Meus Agradecimentos: À Professora Sonia Maria Ferreira Roberts, minha orientadora, por todo o apoio e incentivo dispensados durante a realização desta pesquisa; A todos os demais professores e colegas que colaboraram direta e indiretamente para a conclusão deste trabalho.

4 Esse trabalho dedico: Aos meus pais, Arysnaldo e Zita, que além de nunca terem medido esforços para a minha formação educacional, sempre serviram de referencial para a minha formação pessoal, sobretudo por proporcionarem exemplos constantes de humildade, coragem e persistência; À minha namorada Carla, e aos meus irmãos Álvaro e Laline, por todo o apoio e incentivo dispensados durante esta trajetória da minha vida.

5 PÁGINA DE APROVAÇÃO A presente monografia de conclusão do Curso de Direito da Universidade do Vale do Itajaí UNIVALI, elaborada pela graduando André Fernando Carvalho, sob o título A RESPONSABILIDADE CIVIL DO EMPREGADOR NOS ACIDENTES DO TRABALHO, foi submetida em 19 de novembro de 2008 à Banca Examinadora composta pelos seguintes Professores: Sonia Maria Ferreira Roberts (Orientadora e Presidente da Banca), MSc. Rosane Maria Rosa (Membro), e aprovada com a nota ( ). Itajaí (SC), 19 de novembro de Profª. Sonia Maria Ferreira Roberts Orientadora e Presidente da Banca Prof. MSc Antônio Augusto Lapa Coordenação de Monografia

6 DECLARAÇÃO DE ISENÇÃO DE RESPONSABILIDADE Declaro, para todos os fins de direito, que assumo total responsabilidade pelo aporte ideológico conferido ao presente trabalho, isentando a Universidade do Vale do Itajaí - UNIVALI, a Coordenação do Curso de Direito, a Banca Examinadora e a Orientadora de toda e qualquer responsabilidade acerca do mesmo. Itajaí (SC), 07 de novembro de André Fernando Carvalho Graduando

7 ROL DE CATEGORIAS Rol de categorias que o Autor considera estratégicas à compreensão do seu trabalho, com os seus respectivos conceitos operacionais. Acidente do trabalho: É o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa, ou ainda pelo exercício do trabalho dos segurados especiais, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte, a perda ou redução da capacidade para o trabalho permanente ou temporário. Michel [2001, p. 29]. Ato ilícito: Ato praticado em desacordo com a ordem jurídica pré-estabelecida. Silva [2000, p.97]. Ato lícito: Ato praticado sob o amparo da lei, ou seja, toda ação permitida pelas normas jurídicas que não atente contra interesses alheios ou contra a segurança coletiva, ou quando, os viole, encontre apoio na razão de ter sido praticado por se tornar absolutamente necessário para a remoção do perigo. Silva [2000, p. 97]. Culpa É o vínculo de caráter interno a demonstrar a imputabilidade do resultado ao agente, gerando o dever de restabelecer a situação anterior ao prejuízo. Silva [2000, p. 103]. Dano É o prejuízo causado ao bem alheio, patrimonial ou extra-patrimonial. Se o dano foi causado ao desabrigo de qualquer das excludentes prevista na legislação, sujeita-se ao correspondente ressarcimento, mas nenhum direito lhe assistirá, exatamente porque obrou em dissonância ao que determina a lei. Silva [2000, p. 115].

8 Responsabilidade civil É a aplicação de medidas que obriguem uma pessoa a reparar dano moral ou patrimonial causado a terceiros, em razão de ato por ela mesma praticado, por pessoa por quem ela responde, por alguma coisa a ela pertencente ou de simples imposição legal. Diniz [2006, p. 40]. Responsabilidade civil subjetiva É decorrente de dano causado em função de ato doloso ou culposo. Esta culpa, por ter natureza civil, se caracterizará quando o agente causador do dano atuar com negligência, imperícia ou imprudência. Gagliano [2006, p. 13]. Responsabilidade civil objetiva É a responsabilidade que, basta a evidência, a mera ocorrência da lesão e a constatação de que teve origem em dado comportamento positivo ou negativo, inexigível a imputação subjetiva ao autor. Diniz [2006, p. 42]. Responsabilidade contratual Obrigação de indenizar ou de ressarcir os danos causados pela inexecução de cláusula contratual ou pela má execução de obrigação, nela estipulada. Silva [2000, p. 714]. Responsabilidade extracontratual Violação de qualquer dispositivo do ordenamento jurídico, incluindo-se o descumprimento do dever geral de cautela. Brandão [2006, p. 205].

9 SUMÁRIO RESUMO... XI INTRODUÇÃO...1 Capítulo 1 ACIDENTE DO TRABALHO 1.1 CONCEITO EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA LEGISLAÇÃO ACIDENTÁRIA ESPÉCIES DE ACIDENTE DO TRABALHO Acidente-tipo Doenças ocupacionais Acidente do trabalho por equiparação...18 Capítulo 2 DANOS DECORRENTES DO ACIDENTE DO TRABALHO 2.1 DANO MATERIAL Dano emergente Lucros cessantes DANO MORAL Cumulação com o dano material Critérios de arbitramento DANO ESTÉTICO Cumulação com o dano moral...39

10 Capítulo 3 PRESSUPOSTOS DA RESPONSABILIDADE CIVIL NOÇÕES PRELIMINARES ACERCA DA RESPONSABILIDADE CIVIL PRESSUPOSTOS Ação Culpa Dano Nexo de causalidade...51 Capítulo 4 RESPONSABILIDADE CIVIL DO EMPREGADOR NOS ACIDENTES DO TRABALHO 4.1 ESPÉCIES DE RESPONSABILIDADE CIVIL Responsabilidade civil subjetiva Responsabilidade civil objetiva TEORIAS ACERCA DA NATUREZA DO RISCO Risco-proveito Risco profissional Risco expecional Risco criado Risco integral O ACOLHIMENTO DA TEORIA DO RISCO NO NOVO CÓDIGO CIVIL PRESUNÇÃO DE CULPA DO EMPREGADOR EXCLUDENTES DA RESPONSABILIDADE CIVIL DO EMPREGADOR Culpa exclusiva da vítima...79

11 4.5.2 Fato exclusivo de terceiro Caso fortuito e força maior CUMULAÇÃO COM OS BENEFÍCIOS ACIDENTÁRIOS CONSIDERAÇÕES FINAIS...87 REFERÊNCIAS DAS FONTES CITADAS...94

12 RESUMO A presente monografia é o resultado de um estudo aprofundado acerca da responsabilidade civil do empregador nos acidentes do trabalho, realizado sob uma perspectiva teórica, à luz da legislação, doutrina e jurisprudência. Objetiva-se com esta pesquisa, conceituar o acidente do trabalho, traçar as suas espécies e a sua evolução histórica na legislação acidentária, demonstrando, em seguida, quais os danos que podem ser eventualmente resultantes do infortúnio laboral, bem como os pressupostos caracterizadores da responsabilidade civil, buscando, assim, com apoio em pesquisa bibliográfica e utilizando-se o método dedutivo, evidenciar como configura-se atualmente a responsabilidade civil do empregador quando da ocorrência do acidente do trabalho, retratando quais as espécies de responsabilidade civil existentes no ordenamento jurídico pátrio, e quais delas são aplicáveis aos acidentes do trabalho; as teorias que ampliam ou delimitam a sua aplicação; as inovações trazidas pelo Novo Código Civil no campo da responsabilidade civil; a admissão da presunção de culpa do empregador; as excludentes de responsabilidade civil, e a possibilidade de cumulação dos benefícios acidentários com a indenização civil devida pelo empregador.

13 INTRODUÇÃO O presente trabalho tem como objeto a Responsabilidade Civil do Empregador nos Acidentes do Trabalho e, como objetivo institucional, produzir uma monografia para a obtenção do grau de bacharel em Direito, pela Universidade do Vale do Itajaí UNIVALI. No que tange ao seu objetivo geral, busca inicialmente destacar o conceito, as espécies e a amplitude do acidente de trabalho, denotando, inclusive, a sua evolução histórica frente à legislação acidentária, bem como os danos eventualmente causados quando da sua ocorrência. Como objetivos específicos, outrossim, pretende examinar os elementos caracterizadores da responsabilidade civil, e a sua aplicabilidade nos acidentes do trabalho; como configura-se atualmente a responsabilidade civil do empregador em tais acidentes; as espécies de responsabilidade civil à ele aplicáveis; as inovações trazidas pelo Novo Código Civil no campo da responsabilidade civil, e, por conseguinte, a aplicação destas nos infortúnios laborais. Assim, para a elaboração deste estudo, foram levadas em consideração as seguintes hipóteses: a) o empregador responde pelos danos causados em decorrência do acidente do trabalho, independentemente da existência de culpa; b) as alterações trazidas pelo Novo Código Civil no campo da responsabilidade civil são aplicáveis aos acidentes do trabalho; c) é admitida a presunção de culpa do empregador no acidente do trabalho, possibilitando, assim, a inversão do ônus da prova; d) a possibilidade da vítima ou seus dependentes receberem qualquer dos benefícios previdenciários acidentários, não exclui a responsabilidade civil do empregador, nem tampouco podem os valores percebidos com aqueles serem abatidos da indenização civil devida por este. Os acidentes do trabalho sempre foram uma constante em todo o mundo. No Brasil, em que pese toda a influência tecnológica e científica que vêm sofrendo os postos de trabalho, os índices de acidentes de trabalho

14 2 ainda são bastante alarmantes, motivados, sobretudo, pelo descaso de muitos empregadores no que diz respeito à observância das normas de segurança e proteção ao trabalhador. Ademais, aliado ao crescente número de acidentes do trabalho ocorridos diariamente em todo o país, são freqüentes os casos em que o empregado não logra êxito em comprovar a culpa do empregador para a ocorrência daquele infortúnio, seja pela dificuldade na obtenção de provas concretas, ou até mesmo pela sua posição desprivilegiada em relação ao empregador, mais equipado em todos os sentidos, casos em que, portanto, resta prejudicado o pleito indenizatório. Por esta razão, a escolha do tema deste trabalho justifica-se na relevância em aprofundar o estudo do acidente do trabalho e suas nuanças, os danos que este costumeiramente causa aos empregados, assim como a forma em que se configura a responsabilidade civil do empregador em tais casos, mormente pelas incessantes discussões doutrinárias e jurisprudenciais que tal tema vem suscitando no ambiente jurídico nacional. A pesquisa realizada foi distribuída em quatro capítulos, permitindo, assim, a abordagem da temática numa seqüência lógica. O primeiro capítulo discorre sobre o acidente do trabalho, trazendo o seu conceito legal, as suas respectivas espécies, bem como a sua evolução histórica frente à legislação acidentária. O segundo capítulo, por sua vez, trata dos danos decorrentes do acidente do trabalho, dividindo-os em: dano material, que por sua vez divide-se em dano emergente e lucros cessantes, dano moral e dano estético. O terceiro capítulo aborda os pressupostos da responsabilidade civil, quais sejam, ação, culpa, dano e nexo de causalidade, com ênfase na responsabilidade civil decorrente do acidente do trabalho. O quarto capítulo, por fim, trata do tema central da presente pesquisa, isto é, da responsabilidade civil do empregador no acidente do trabalho,

15 3 buscando relacionar as espécies de responsabilidade civil aplicáveis; as teorias que visam a ampliar ou delimitar a responsabilidade do empregador; as alterações trazidas pelo Novo Código Civil no campo da responsabilidade civil, e aplicação destas nos infortúnios laborais; as hipóteses de exclusão da responsabilidade civil do empregador, bem como a possibilidade de cumulação dos benefícios acidentários previdenciários com a indenização civil devida por este. Nas considerações finais apresenta-se breve síntese de cada um dos capítulos deste trabalho, e a confirmação ou não das hipóteses levantadas pela pesquisa.

16 4 Capítulo 1 ACIDENTE DO TRABALHO 1.1 CONCEITO Nos dizeres de Michel [2001, p. 03], o acidente de trabalho remonta à própria origem humana, ao passo que desde aquela época o homem já precisara desenvolver alguma atividade produtiva com o fito de garantir o sustento próprio e o de sua família. Disso conclui-se, inclusive, que em que pese a sua evolução histórica, o acidente de trabalho traz em si características que lhe são peculiares, e que o identificam independentemente do seu marco histórico. Atualmente encontram-se diversas conceituações abordando o acidente de trabalho, as quais, em sua maioria, são derivações e ou complementações da própria Lei nº , de 24 de julho de 1991 (Lei de Benefícios da Previdência Social), que em seu artigo 19, caput, assim o define: Art. 19. Acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa ou pelo exercício do trabalho dos segurados referidos no inciso VII do art. 11 desta Lei, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte ou a perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho. Consoante se observa da redação do mencionado dispositivo, a lei previdenciária em questão, ao conceituar o acidente de trabalho, igualou os trabalhadores urbanos e rurais ao incluir em sua abrangência os segurados previstos em seu artigo 11, inciso VII, que trata especificamente dos segurados especiais, quais sejam, o produtor, o parceiro, o meeiro e o arrendatário rural, o pescador artesanal e o assemelhado, excluindo, contudo, o empregado doméstico, na medida em que este não se encontra disposto em sua redação como um dos beneficiários ao auxílio-acidente (artigo 18, 1º).

17 5 O conceito trazido por Michel [2001, p. 29], muito se assemelha ao texto do dispositivo anteriormente transcrito, visto assim o definir: Acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa, ou ainda pelo exercício do trabalho dos segurados especiais, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte, a perda ou redução da capacidade para o trabalho permanente ou temporário. Já Theodoro Júnior [1987, p. 03] o entende como [ ] o acontecimento que determina, fortuitamente, dano que poderá ser à coisa, matéria, ou pessoa, definição esta semelhante à trazida por Russomano [1970, p. 11] para quem é o vocábulo que indica um acontecimento que determina, fortuitamente, o dano. Conceitua-o como um acontecimento em geral súbito, violento e fortuito, vinculado ao serviço prestado a outrem pela vítima e que lhe determina a lesão corporal. Nos fundamentos trazidos por Dela Coleta [1989, p. 17], o acidente do trabalho está vinculado popularmente a toda ocorrência imprevista, com pequena probabilidade de aparecimento, que não esteja sob o domínio da pessoa, desencadeando rapidamente e provocando significativas perdas para a vítima. Cumpre destacar, que a diferenciação conceitual entre acidente e doença do trabalho é de interesse meramente doutrinário, porquanto o legislador brasileiro equiparou, para fins de proteção ao trabalhador, a doença ocupacional ao acidente do trabalho. Neste sentido, afirma Russomano [1970, p. 20], de forma enfática, não ser possível doutrinariamente a identificação dos conceitos de acidente do trabalho e moléstia profissional, embora, legislativamente, ambos são tratados da mesma maneira. Assim, muitos doutrinadores incluem no conceito de acidente de trabalho a doença do trabalho, dentre estes, destaca-se Diniz [2003, p. 43], que conceitua o acidente de trabalho como o [...] evento danoso que

18 6 resulta do exercício do trabalho, provocando no empregado, direta ou indiretamente, lesão corporal, perturbação funcional ou doença que determine morte, perda total ou parcial, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho. Para Michel [2001. p. 29], outrossim, considera-se acidente do trabalho, as seguintes entidades: Doença profissional: assim entendida a produzida ou desencadeada pelo exercício de trabalho peculiar a determinada atividade e constante da relação de que trata o Anexo II do Decreto nº. 611/92; doença do trabalho: assim entendida a adquirida ou desencadeada em função de condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele se relaciona diretamente, desde que constante da relação do Anexo II citado. No mesmo norte, é a lição de Tortorello [1996, p. 09], para o qual o acidente do trabalho é o acidente sofrido pelo trabalhador, a serviço da empresa, e que ocorre pelo exercício do trabalho, provocando lesão corporal, perturbação funcional ou doença que cause a morte, a perda ou redução permanente ou temporária da capacidade para o trabalho. Em uma abordagem mais profunda, outrossim, Carvalho [1963, p. 43] consagra o acidente de trabalho como sendo: [...] o efeito danoso para a pessoa, verificado pelo exercício do trabalho. Tudo quanto, por este exercício, venha a determinar, direta ou indiretamente, lesão corporal, perturbação funcional ou doença, é acidente do trabalho. 2 Quer o trabalho aja, em seu papel nocivo, concentradamente, quer os seus efeitos maléficos se façam sentir pouco a pouco, tanto que tenha ele agido aguda como cronicamente, de qualquer maneira, enfim, por que se verifiquem as conseqüências danosas, tudo isso será acidente do trabalho, desde que, para tal resultado, o trabalho tenha contribuído como agente provocador direto ou indireto. No mesmo sentido, aliás, bem esclarece Magano [1976, p. 02], quando ao tratar do vocábulo infortunística, assegura que este abrange tanto o acidente típico, quanto as doenças profissionais, sendo, portanto, suficiente que

19 7 haja uma relação de causa e efeito entre a lesão sofrida e o labor executado pelo empregado. 1.2 EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA LEGISLAÇÃO ACIDENTÁRIA A efetiva preocupação com a infortunística laboral teve origem na Revolução Industrial, porquanto nesta época, com o incremento da industrialização, houve um sensível aumento no número de mortos e mutilados em decorrência das precárias condições de trabalho. Foi, no entanto, na Alemanha, em 1884, criada a primeira lei específica sobre os acidentes de trabalho, motivada, inclusive, pela política social de Bismark, a fim de conter, ou pelo menos amenizar, as manifestações revolucionárias que agitavam aquele país, sob a inspiração de Marx e Engels. Em seguida, várias nações seguiram o exemplo Alemão, de forma que países como a Áustria (1887), Noruega (1894), Finlândia (1895), Inglaterra (1897), Dinamarca, Itália e França (1898) e Espanha (1900), criaram leis com a mesma finalidade. De acordo com Theodoro Júnior [1987, p. 08], os países que buscaram a proteção da infortunística trabalhista não seguiram, naturalmente, os mesmos padrões legislativos, no entanto, algumas peculiaridades se manifestaram com maior nitidez em alguns ordenamentos, de forma a permitirem a sua separação em pelo menos três grandes grupos: a) o germânico; b) o anglosaxônico; e c) o francês. O grupo germânico se orientou, desde logo, para uma completa intervenção estatal no seguro do acidente do trabalho, assumindo o Estado e o seu monopólio, e tornando as empresas sujeitas a seguro obrigatório. Além disso, as indenizações eram fixadas tarifariamente pela lei. Assim como a Alemanha, seguiram este modelo legislativo a Áustria, Noruega, Dinamarca, Luxemburgo, Suíça, Portugal, dentre outros países. Já o grupo anglo-saxônico, a que pertencem a Inglaterra,

20 8 Austrália, Canadá etc, é o do liberalismo, no qual não havia obrigação de seguro, tampouco jurisdição e garantias especiais, configurando-se num regime eminentemente contratual. O grupo francês, por sua vez, caracterizou-se num sistema intermediário entre os dois anteriores, com a adoção de medidas normativas que possibilitassem o pagamento de indenizações devidas em razão dos acidentes de trabalho. Este grupo compreendia, originariamente, a França, Bélgica, Holanda, Finlândia, Suécia, Espanha, dentre outros países. Consoante menciona Theodoro Júnior [1987, p. 02], sendo a infortunística laboral um tema tão dinâmico e sensível, as disposições legislativas não ficaram estáticas, houve sempre, na verdade, uma grande mobilidade legislativa ao tratar da matéria. Diante disto, segundo aquele autor [1987, p. 02], [ ] paralelamente às leis da infortunística, foram se desenvolvendo outros ramos do direito social, como o direito do trabalho e o direito da previdência social. Tal tendência ganhou amparo universal, sendo, inclusive, aplaudida e incentivada pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), além de receber, paulatinamente, mais atenção dos países. No Brasil, apenas normas esparsas tratavam do acidente do trabalho, a começar pelo Código Comercial de 1850, que assim previa: Art. 79. Os acidentes imprevistos e inculpados, que impedirem aos prepostos o exercício de suas funções, não interromperão o vencimento do seu salário, contanto que a inabilitação não exceda a 3 (três) meses contínuos. Art Não deixará de vencer a soldada ajustada qualquer indivíduo da tripulação que adoecer durante a viagem em serviço do navio, e o curativo será por conta deste; se, porém, a doença for adquirida fora do serviço do navio, cessará o vencimento da soldada enquanto ela durar, e a despesa do curativo será por conta das soldadas vencidas; e se estas não chegarem, por seus bens ou pelas soldadas que possam vir a vencer.

21 9 Há tempos buscava-se a instituição de uma legislação específica para tratar da infortunística do trabalho. Tal intento resultou na aprovação do Decreto Legislativo nº , de 15 de janeiro de 1919, sendo, portanto, considerado a primeira lei acidentária brasileira. Neste diploma, já havia a responsabilidade do empregador pelo pagamento das indenizações acidentárias, e, em que pese as críticas a seu respeito, resguardou seu mérito em razão de seu pioneirismo no assunto, o qual, aliás, nos dizeres de Costa [2003, p. 44] [ ] significou a emancipação da infortunística do cordão umbilical que a mantinha de alguma forma presa ao direito comum, reforçando sua autonomia do direito trabalhista específico, não obstante as resistências dos saudosistas da monarquia. Em seguida, foi aprovado o Decreto nº , de 10 de julho de 1934, passando a ser considerado como a segunda lei acidentária, sendo responsável pela ampliação do conceito de acidente para abranger as doenças profissionais atípicas, além de estabelecer a obrigação do seguro privado, ou depósito em dinheiro junto ao Banco do Brasil ou Caixa Econômica Federal, como forma de garantir o pagamento das indenizações. Mais tarde, em 10 de novembro de 1944, adveio a terceira lei acidentária através do Decreto-lei nº , o qual fora instituído com base no pensamento do Ministro do Trabalho à época, Alexandre Marcondes Filho, citado por Saad [1999, p. 34]: A vida humana tem, certamente, um valor econômico. É um capital que produz, e os atuários matemáticos podem avaliá-lo. Mas a vida do homem possui também um valor espiritual inestimável, que não se pode pagar com todo o dinheiro do mundo. Nisto consiste, sobretudo, o valor da prevenção, em que se evita a perda irreparável do pai, do marido e do filho; enfim, daquele que sustenta o lar proletário, e preside os destinos de sua família. Por mais que se despensa com a prevenção racional, ela será sempre menos onerosa que o sistema de indenizações, além de evitar oportunidade de discórdia entre elementos essenciais da produção, capital e trabalho.

22 10 O Decreto-lei susomencionado foi responsável pela ampliação do conceito de acidente do trabalho, uma vez que incorporou em sua redação as concausas, e o acidente in itinere. Além disso, instituiu a obrigação dos empregadores em proporcionar condições favoráveis de higiene e segurança no trabalho, e, por outro lado, o dever dos empregados em obedecer as normas de segurança impostas pelos empregadores. Passados mais alguns anos, surge o Decreto-lei nº. 293, de 28 de fevereiro de 1967, promulgado, inclusive, por força do Ato Institucional nº. 4. Tal decreto, segundo bem anota Saad [1999, p. 101], [ ] foi um dos diplomas legais mais impróprios, retrocedendo a tudo quanto de bom havia sido conquistado na legislação sobre infortunística. Embora sua vigência tenha sido de apenas seis meses, o mencionado Decreto foi responsável por um sensível retrocesso na legislação acidentária, atribuindo, inclusive, ao seguro-acidente um caráter exclusivamente privado, ao passo que permitiu a exploração do seguro pelas companhias seguradoras, em concorrência com o até então Instituto Nacional de Previdência Social INPS. Ainda no decorrer do ano de 1967, em 14 de setembro, restou promulgada a Lei nº , a qual foi responsável pelo resgate de parte das disposições do Decreto-lei nº /44, transferindo ao Instituto Nacional de Previdência Social INPS, o monopólio do seguro de acidente do trabalho, além de criar um plano específico de benefícios previdenciários acidentários. Dando seqüência à trajetória legislativa acidentária, surge em 19 de outubro de 1976, a Lei nº , a sexta lei tratando do assunto. Este diploma manteve as premissas da lei anterior, melhorando, contudo, o conceito de acidente do trabalho e das concausas, além de incluir a doença proveniente de contaminação acidental do pessoal da área médica como situação equiparada a acidente do trabalho. Permitiu, ainda, o reconhecimento por equiparação de doenças não indicadas pela Previdência Social, desde que tais patologias estivessem relacionadas com as condições especiais em que o serviço foi

23 11 prestado, estendendo, portanto, o campo de atuação do acidente de trabalho. Com o advento da Constituição Federal de 1988, a qual instituiu novas diretrizes a serem seguidas pela legislação infraconstitucional, surge, em 24 de julho de 1991, a Lei nº (Plano de Benefícios da Previdência Social), que trouxe em seus artigos 19 a 23, disposições que tratam especificamente do acidente do trabalho, as quais, posteriormente, foram regulamentadas pelo Decreto nº /99, e pela Lei nº /95, sendo esta última responsável pela equiparação dos benefícios acidentários aos benefícios previdenciários, de forma à não haver distinção de valores entre a prestação por doença ocupacional ou comum. Por esta razão, várias críticas foram suscitadas por considerarem inapropriado o tratamento da infortunística laboral junto ao texto da mencionada lei previdenciária, sob o fundamento de que a tamanha relevância de tal matéria já comportaria o seu tratamento em uma lei específica, conforme, aliás, defende Costa [2003, p. 63], quando mencionada que [ ] a bem da verdade, o País não tem uma lei de acidentes do trabalho, mas regras infortunísticas disseminadas nos benefícios da Previdência Social. 1.3 ESPÉCIES DE ACIDENTE DO TRABALHO A evolução legislativa mundial frente à proteção acidentária sempre caminhou em ritmo desacelerado. No Brasil, em especial, tal trajetória vem se dando em passos ainda mais lentos, motivada, sobretudo, pela forte resistência da classe empresarial que a vislumbra como um fator de despesas. Como visto, a questão acidentária pátria é atualmente regida pela Lei nº /91, de 24 de julho de 1991, sendo, por isso, alvo de várias críticas, dentre elas, a de Costa [2003, p. 64], que evidencia a sua indignação por não ter o Brasil uma lei própria para tratar da infortunística trabalhista, restando esta disseminada nos benefícios da Previdência Social, o que culmina não apenas na dificuldade de sua aplicação, mas também na alteração de seu objetivo, que deveria ser, primeiramente, a saúde do trabalhador acidentado e o respectivo ressarcimento dos danos a este causados.

24 12 Segundo bem leciona Brandão [2006, p ], em evidente consonância com o texto legal, o infortúnio laboral pode ser classificado nas seguintes espécies: Acidente-tipo a) acidente tipo; b) doenças ocupacionais, que compreendem: doenças profissionais; doenças do trabalho; doenças provenientes de contaminação acidental; c) acidentes por equiparação, ocorridos no ambiente e no horário de trabalho: doenças provocadas por concausas; lesões provocadas por terceiros; danos provocados por agressão injusta, sabotagem ou terrorismo; ofensas físicas intencionais, por causa ligada ao trabalho; acidentes causados por culpa de terceiro; lesões provenientes de pessoa privada do uso da razão; acidentes provocados por força maior; d) acidentes por equiparação, ocorridos fora do ambiente e do horário de trabalho: na execução de ordem ou na realização de serviço sob a autoridade do empregador; na prestação de serviço para evitar prejuízo ou proporcionar proveito; em viagem de serviço; acidente de percurso; nos períodos de refeição e descanso; nos períodos em que estiver satisfazendo as necessidades biológicas. O acidente-tipo, também atribuído como macrotrauma, acidente típico, constitui-se, basicamente, no acidente modelo ou acidente em sentido estrito, equivalente àquele conceituado no artigo 19 da Lei nº /91, anteriormente transcrito. Observa-se que o regramento atual é o mesmo desde a edição do Decreto-lei nº , de 10 de novembro de 1944, que correspondia à terceira lei sobre acidentes do trabalho, a qual trazia em seu artigo 1º que: Considera-se acidente do trabalho, para os fins da presente lei, todo aquele que se verifique pelo exercício do trabalho, provocando, direta ou indiretamente, lesão corporal, perturbação funcional, ou doença, que determine a morte, a perda total ou parcial, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho. Tal dispositivo foi responsável pela introdução no sistema

25 13 jurídico brasileiro do critério de definição do acidente de trabalho pelo efeito, e não pela lesão. Neste sentido, ponderam Monteiro e Bertagni [1998, p ] que o efeito é a lesão. A causa é o fato que a gera e que se denomina acidente. Discorrem Monteiro e Bertagni [1998, p ] que: Trata-se de um evento único, subitâneo, imprevisto, bem configurado no espaço e no tempo e de conseqüências geralmente imediatas, não sendo essencial a violência, podendo ocorrer sem provocar alarde ou impacto, ocasionando, meses ou anos depois de sua ocorrência, danos graves e até fatais, exigindo-se, apenas, o nexo de causalidade e a lesividade. Segundo Costa [2003, p. 70], o acidente-tipo caracteriza-se como algum dano físico ou psíquico ao ser humano ou tudo quanto o exercício do trabalho venha a provocar. Costa [2003, p.74] admite ser um ataque inesperado ao corpo humano ocorrido durante o trabalho, decorrente de uma ação traumática violenta, subitânea, concentrada e de conseqüências identificadas. Sustenta, ainda, a impossibilidade de desvinculá-lo de suas conseqüências políticas e sociais, estando envolto num universo de questões complexas, imputadas à realização do trabalho e aos compromissos do empregador com as medidas preventivas ao justo ressarcimento do vitimado. Cesarino Júnior [1980, p. 479], que o denomina como infortúnio do trabalho, entende ser [ ] o evento causal, nocivo para a capacidade laborativa e relacionado com o trabalho subordinado prestado à empresa. Já Diniz [2006, p. 43] o considera como sendo aquele que advier de um acontecimento súbito, violento e involuntário na prática do trabalho, que atinge a integralidade física ou psíquica do empregado. Michel [2001, p. 49], ao analisar o conceito legal dado ao acidente, considera-o insatisfatório, sobretudo por este partir da premissa da

26 14 ocorrência de prejuízo físico ao empregado (lesões, perturbações e doenças). Para Michel [2001, p. 49] sob o enfoque da proteção ao homem, são igualmente importantes os acidentes com e sem lesão, tendo em vista que não há como se prever quando irá gerar, ou não, lesão ao trabalhador, razão por que entende ser necessário conceituar o acidente como qualquer ocorrência não programada que interfira no processo produtivo, causando perda de tempo. Na mesma linha, é o posicionamento de Zocchio [2002, p ], quando afirma que o legislador pátrio apenas preocupou-se com as conseqüências humanas causadas pelo acidente, limitando-se às situações em que haja efetivamente vítimas, ao passo que sob o enfoque prevencionista, deveria ter abordado toda a sua extensão de causa e efeito. Sob este fundamento, Zocchio [2002, p. 60] propõe a extensão do conceito legal, de forma que o dano não seja limitado às pessoas, mas também ao patrimônio do empregador, asseverando que [ ] são todas as ocorrências indesejáveis, que interrompem o trabalho e causam ferimento em alguém ou algum tipo de perda à empresa, ou ambos ao mesmo tempo. Dela Coleta [1989, p. 16], por sua vez, traz um conceito diferenciado, quando o trata como [...] uma cadeia de eventos que freqüentemente tem como ponto de partida um incidente, uma perturbação do sistema no qual estão inseridos o trabalhador e sua tarefa, e que, após uma série mais ou menos longa de ocorrência, termine por determinar uma lesão ao indivíduo Doenças ocupacionais As doenças provocadas pelo trabalho já eram consideradas como acidente do trabalho desde a primeira lei acidentária de No artigo 1º do Decreto Legislativo nº /19, havia menção à moléstia contraída exclusivamente pelo exercício do trabalho.

27 15 Mais adiante, a legislação pátria adotou em seu texto as doenças profissionais atípicas, que passaram a ser chamadas de doenças do trabalho, a partir da quarta lei acidentária de No ordenamento jurídico vigente, é no artigo 20 da Lei nº /91, que encontram-se reguladas as doenças ocupacionais, cuja redação assim prescreve: Art. 20. Consideram-se acidente do trabalho, nos termos do artigo anterior, as seguintes entidades mórbidas: I doença profissional, assim entendida a produzida ou desencadeada pelo exercício do trabalho peculiar a determinada atividade e constante da respectiva relação elaborada pelo Ministério do Trabalho e da Previdência Social; II doença do trabalho, assim entendida a adquirida ou desencadeada em função de condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele se relacione diretamente, constante da relação mencionada no inciso I. Segundo anota Russomano [1983, p ], o acidente e a enfermidade possuem conceitos próprios. A equiparação entre eles se faz apenas no plano jurídico, com efeitos nas reparações e nos direitos que resultam para o trabalhador nos dois casos. Assim, enquanto o acidente é um fato que provoca lesão, a enfermidade profissional é um estado patológico ou mórbido, ou seja, uma perturbação da saúde do trabalhador. Disso conclui-se, nas palavras de Oliveira [2007, p. 46], que o acidente caracteriza-se pela ocorrência de um fato súbito e externo ao trabalhador, ao passo que a doença ocupacional normalmente vai se instalando insidiosamente e se manifesta internamente, com tendência ao agravamento. doença profissional: De acordo com Oliveira [2007, p. 46], caracteriza-se como [...] aquela peculiar a determinada atividade ou profissão, também chamada de doença profissional típica, tecnopatia ou ergopatia. O exercício de determinada profissão pode produzir ou desencadear

28 16 certas patologias, sendo que, nessa hipótese, o nexo causal da doença com a atividade é presumido. É o caso, por exemplo, do empregado de uma mineradora que trabalha exposto ao pó de sílica e contrai a silicose. A doença do trabalho, segundo Oliveira [2007, p. 46], também chamada de mesopatia ou doença profissional atípica, apesar de igualmente ter origem na atividade do trabalhador, não está vinculada necessariamente a esta ou aquela profissão. Seu aparecimento decorre da forma em que o trabalho é prestado ou das condições especificas do ambiente de trabalho. Consoante leciona Oliveira [1997, p. 47], nas doenças do trabalho [ ] as condições excepcionais ou especiais do trabalho determinam a quebra da resistência orgânica com a conseqüente eclosão ou a exacerbação do quadro mórbido, e até mesmo o seu agravamento. As doenças profissionais e do trabalho estão relacionadas no Anexo II previsto no artigo 20, I, da Lei nº /91, observando-se que uma lista aponta os agentes ou fatores de risco de natureza ocupacional relacionados com a etiologia de doenças profissionais e de outras doenças relacionadas com o trabalho, e a outra indica as doenças infecciosas e parasitárias relacionadas ao trabalho, de forma que, como prescreve Oliveira [1997, p. 48], utilizando-se a Lista A é possível localizar a doença a partir do seu agente causa; pesquisandose pela Lista B, ao contrário, pode-se chegar ao agente causal a partir da doença. Da análise do mencionado anexo, constata-se que este não diferencia doenças profissionais ou do trabalho, uma vez que engloba as duas hipóteses numa lista única. Diante desta não diferenciação trazida pelo texto legal, sugere Brandimiller [1996, p. 148], que [ ] o mais razoável é deixar de lado estas conceituações formalmente defeituosas e ater-se aos princípios e ao sentido geral da legislação acidentária que, a propósito, nunca conseguiu

29 17 conceituar precisamente os dois tipos de doenças a que se refere. Convém lembrar, também, que a relação das doenças ocupacionais anexa ao texto legal, mais precisamente, ao Decreto nº /99, não tem caráter exaustivo, mas tão-somente exemplificativo. Assim, o simples fato de a doença não constar do respectivo rol como uma doença profissional ou do trabalho, não impede o seu enquadramento como acidente do trabalho, quando constatado que esta resultou de condições especiais em que o trabalho é executado e com ele se relaciona diretamente, conforme, aliás, é a determinação trazida pelo artigo 20, 2º, da Lei nº /91: [...] 2º. Em caso excepcional, constatando-se que a doença não incluída na relação prevista nos incisos I e II deste artigo resultou das condições especiais em que o trabalho é executado e com ele se relaciona diretamente, a Previdência Social deve considerá-la acidente do trabalho. Como visto, existem várias patologias ocupacionais previstas pelo texto legal, bem como há a possibilidade de além destas, outras virem a ser enquadradas como tal desde que fique comprovado o nexo causal entre a doença e as condições em que o trabalho era executado. Em contrapartida, todavia, existem patologias que não são consideradas como doença do trabalho, restando excluídas, portanto, deste conceito. Estas, por sua vez, são trazidas pelo artigo 20, 1º, da Lei nº /91, quem assim prescreve: [...] 1º Não são consideradas como doença do trabalho: a) a doença degenerativa; b) a inerente ao grupo etário; c) a que não produza incapacidade laborativa; d) a doença endêmica adquirida por segurado habitante de região em que ela se desenvolva, salvo comprovação de que é resultante de exposição ou contato direto determinado pela natureza do trabalho. [...]

30 18 De acordo com a lição de Oliveira [1997, p. 50], as hipóteses mencionadas nesse parágrafo não têm nexo causal com o trabalho, ou seja, aparecem durante a prestação do trabalho, mas não em razão dele. Segundo o mesmo autor [1997, p. 50], as doenças degenerativas ou inerentes ao grupo etário independem do fator laboral e poderiam aparecer mesmo que o trabalhador estivesse desempregado ou aposentado. Não se pode olvidar, entretanto, que muitas doenças ocupacionais possuem natureza degenerativa, conforme ensina Brandimiller [1996, p ], ao referir que: O processo degenerativo pode ser de natureza biomecânica, microtraumática ou mesmo macrotraumática. O câncer ocupacional também é doença degenerativa, causada por agentes cancerígenos ocupacionais, alguns deles listados na NR-15. A própria surdez ocupacional é um processo degenerativo das células nervosas do órgão Corti. Provada a sua relação direta com a atividade laborativa, deve o processo degenerativo ser caracterizado como doença do trabalho Acidente do trabalho por equiparação Além das lesões tipicamente produzidas durante o exercício da atividade laboral, e das enfermidades que possuem no trabalho a sua causa direta ou indireta, há também a possibilidade de ocorrência do que o legislador denominou de acidente por equiparação, restando esta prevista no artigo 21 da Lei nº /91, que assim prescreve: Art. 21. Equiparam-se também ao acidente do trabalho, para efeitos dela Lei: I - o acidente ligado ao trabalho que, embora não tenha sido a causa única, haja contribuído diretamente para a morte do segurado, para redução ou perda da sua capacidade para o trabalho, ou produzido lesão que exija atenção médica para a sua recuperação;

31 19 II - o acidente sofrido pelo segurado no local e no horário do trabalho, em conseqüência de: a) ato de agressão, sabotagem ou terrorismo praticado por terceiro ou companheiro de trabalho; b) ofensa física intencional, inclusive de terceiro, por motivo de disputa relacionada ao trabalho; c) ato de imprudência, de negligência ou de imperícia de terceiro ou de companheiro de trabalho; d) ato de pessoa privada do uso da razão; e) desabamento, inundação, incêndio e outros casos fortuitos ou decorrentes de força maior; III - a doença proveniente de contaminação acidental do empregado no exercício de sua atividade; IV - o acidente sofrido pelo segurado ainda que fora do local e horário de trabalho: a) na execução de ordem ou na realização de serviço sob a autoridade da empresa; b) na prestação espontânea de qualquer serviço à empresa para lhe evitar prejuízo ou proporcionar proveito; c) em viagem a serviço da empresa, inclusive para estudo quando financiada por esta dentro de seus planos para melhor capacitação da mão-de-obra, independentemente do meio de locomoção utilizado, inclusive veículo de propriedade do segurado; d) no percurso da residência para o local de trabalho ou deste para aquela, qualquer que seja o meio de locomoção, inclusive veículo de propriedade do segurado. 1º Nos períodos destinados a refeição ou descanso, ou por ocasião da satisfação de outras necessidades fisiológicas, no local do trabalho ou durante este, o empregado é considerado no exercício do trabalho. 2º Não é considerada agravação ou complicação de acidente do trabalho a lesão que, resultante de acidente de outra origem, se

32 20 associe ou se superponha às conseqüências do anterior. Consoante prescreve Brandão [2006, p. 168], os acidentes do trabalho por equiparação são situações em que o infortúnio ocorreu por estar indiretamente relacionado ao trabalho executado pela vítima. Para Monteiro e Bertagni [2005, p. 19], são hipóteses que, mesmo quando ocorrem no local e no horário de trabalho, não estão diretamente relacionadas com a atividade profissional, apesar do vínculo causal indireto. Sustenta Oliveira [2007, 57], outrossim, que os acidentes do trabalho por equiparação podem caracterizar-se, inclusive, por acidentes ocorridos fora do local ou do horário de trabalho, mas que guardam vinculação estreita com o cumprimento do contrato laboral. Neste sentido, complementam Monteiro e Bertagni [2005, p. 19], que quando o empregado estiver à disposição do empregador, independentemente do local e dia, em horário de trabalho e no ambiente da empresa, mesmo sem estar efetivamente trabalhando (períodos destinados às refeições e a outras necessidades fisiológicas), verificando-se o acidente, este assume a natureza de acidente do trabalho. Dentre as hipóteses de equiparação trazidas pelo dispositivo supracitado, há de ser ressaltada a figura das concausas ou causas concorrentes com o acidente do trabalho, equivalente àquelas possibilidades previstas no inciso I daquele dispositivo. Nos dizeres de Cavalieri Filho [2003, p. 84], a concausa é outra causa que, juntando-se à principal, concorre para o resultado. Ela não inicia e nem interrompe o processo causal, apenas reforça, tal qual um rio menor deságua em outro maior, aumentado-lhe o caudal. Segundo leciona Oliveira [2007, p. 52], [ ] para o acidente do trabalho em sentido amplo, podem contribuir causas ligadas à atividade profissional com outras extralaborais, sem qualquer vínculo com a função exercida pelo empregado.

33 21 Afirma Oliveira [2007, p. 52], ainda, que mesmo que o acidente já tenha ocorrido, este pode ser agravado por outra causa, como, por exemplo, um erro cirúrgico no atendimento hospitalar ou a superveniência de uma infecção por tétano, depois de um pequeno ferimento de um trabalhador rural. Não se pode olvidar, entretanto, que a caracterização da concausa não dispensa a existência de uma causa eficiente, que efetivamente tenha contribuído diretamente para o acidente do trabalho ou situação equiparável, ou seja, exige-se a demonstração da causa de origem ocupacional. Desta forma, em que pese o reconhecimento das concausas, faz-se necessário aferir se o trabalho realmente atuou como fator contributivo do acidente ou doença ocupacional; se atuou como fator desencadeante ou agravante de doenças preexistentes ou, ainda, se provocou a precocidade de doenças comuns, mesmo daquelas de cunho degenerativo ou inerente ao grupo etário. Conforme ensina Brandão [2006, p ], as concausas podem ser classificadas a partir do momento em que atuam contribuindo para a ocorrência do dano à saúde do empregado, ou até mesmo à sua morte, devendo estas, portanto, serem classificadas em: a) anteriores, prévias ou predisponentes: são aquelas em que o trabalhador apresenta uma predisposição latente, que se evidencia, mais tarde, com o infortúnio. Ou seja, causas não relacionadas ao trabalho mas que, a ele associadas, produzem a lesão capaz de levá-lo à redução de sua capacidade laboral ou mesmo à sua morte; b) simultâneas ou concomitantes são aquelas em que os sintomas da enfermidade coincidem com o momento do acidente; c) supervenientes ou posteriores são as que surgem após a ocorrência do acidente, refletindo conseqüências que dele advêm; relacionam-se com o agravamento dos efeitos do acidente, não possuindo, contudo, correlação direta. Para a sua caracterização, segundo Sousa [1964, p. 36], [ ] é necessário que o acidente seja incapaz de produzir, de forma isolada, o

34 22 dano (morte ou lesão) ao empregado e que as condições personalíssimas da vítima se conjuguem à ação do infortúnio para determinar os efeitos danosos à sua saúde. Observa-se que a concausa não provém de causa laboral, ela tão-somente contribui na produção do resultado, e esse é um fato importante para que não se confunda com a situação de existirem duas ou mais causas para o acidente do trabalho ou doença ocupacional, mas, sim, de causas simultâneas relacionadas ao trabalho, e que sobre estas haja o nexo etiológico direto. Desta forma, as concausas podem ocorrer por fatores preexistentes, supervenientes ou concomitantes com aquela causa que desencadeou o acidente ou a doença ocupacional.

35 23 Capítulo 2 DANOS DECORRENTES DO ACIDENTE DO TRABALHO 2.1 DANO MATERIAL O acidente do trabalho ou as situações equiparáveis podem provocar danos de natureza material, moral e ou estética. Cumpre perquirir neste tópico, acerca da abrangência dos danos materiais, também denominados hodiernamente de danos patrimoniais. Na lição de Oliveira [2007, p. 200], o dano material é o prejuízo financeiro efetivo sofrido pela vítima, causando por conseqüência uma diminuição do seu patrimônio, avaliável monetariamente. Neste sentido, complementa Theodoro Júnior [2003, p. 36], que o dinheiro é a forma e o padrão natural de dimensioná-lo e o instrumento idôneo para bem repará-lo. Segundo Diniz [2006, p. 70], para a definição do dano patrimonial, deve-se partir do conceito de patrimônio, uma vez que o termo dano patrimonial vincula a noção de lesão ao conceito de patrimônio. Para ela, o patrimônio é uma universalidade jurídica constituída pelo conjunto de bens de uma pessoa, sendo, portanto, um dos atributos da personalidade, e como tal, intangível. De acordo com Diniz [2006, p. 71], o dano patrimonial constitui-se em uma lesão concreta, que afeta um interesse relativo ao patrimônio da vítima, consistente na perda ou deterioração total ou parcial, dos bens materiais que lhe pertencem, sendo, pois, suscetível de avaliação pecuniária e de indenização pelo responsável. Cairo Júnior [2005, p. 37] conceitua o dano material como a perda, destruição ou diminuição da utilidade de determinado bem ou interesse juridicamente protegido, e que tenha conteúdo econômico. Em seu artigo 402 outrossim, o Código Civil vigente

36 24 estabelece que o ressarcimento dos danos abrange parcelas de duas naturezas: o que efetivamente o lesado perdeu e o que razoavelmente deixou de ganhar. Segundo Oliveira [2007, p. 201], na apuração do que a vítima perdeu, temos os chamados danos emergentes ou danos positivos, ao passo que na avaliação do que deixou de ganhar estaremos diante dos lucros cessantes ou danos negativos. Complementam Gagliano e Pamplona Filho [2003, p. 45], que o dano material ou patrimonial, compreende o dano emergente aquele que traduz o efetivo prejuízo sofrido pela vítima e os lucros cessantes, os quais correspondem àquilo que a vítima razoavelmente deixou de lucrar. Como assevera Alvim apud Oliveira [2007, p. 201], pode-se dizer que o dano ora produz o efeito de diminuir o patrimônio do credor, ora o de impedir-lhe o aumento, ou o acrescentamento, pela cessação de lucros, que poderia esperar. No tocante à aferição do dano material, entende Diniz [2006, p 71], que este deve ser mensurado pela diferença existente entre o valor atual do patrimônio da vítima e aquele que teria, no mesmo momento, se não houvesse a lesão. Conclui aquela autora, portanto, que o dano estabelece-se pelo confronto entre o patrimônio realmente existente após o prejuízo e o que provavelmente existiria se a lesão não tivesse sido produzida. Em tempo, salienta Diniz [2006, p. 71], que o dano patrimonial é avaliado em dinheiro e aferido pelo critério diferencial anteriormente mencionado, contudo, as vezes, não se faz necessário tal cálculo, como na hipótese de restituição ao statu quo ante por meio de uma reconstituição natural Dano emergente Na lição de Oliveira [2007, p. 201], já tratando especificamente dos danos relacionados aos acidentes de trabalho, constitui-se como dano emergente:

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