PROCESSO Nº APELANTE: DECOLAR. COM LTDA APELADO: RODRIGO GONÇALVES COIMBRA RELATORA: JDS DESEMBARGADORA KEYLA BLANK DE CNOP

Transcrição

1 PROCESSO Nº APELANTE: DECOLAR. COM LTDA APELADO: RODRIGO GONÇALVES COIMBRA RELATORA: JDS DESEMBARGADORA KEYLA BLANK DE CNOP APELAÇÃO CÍVEL. DIREITO DO CONSUMIDOR. AQUISIÇÃO DE HOSPEDAGEM EM HOTEL. AUSÊNCIA DE RESERVA. FALHA NA PRESTAÇÃO DO SERVIÇO. INFRINGÊNCIA ÀS NORMAS PROTETIVAS DO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR. PRELIMINAR DE ILEGITIMIDADE PASSIVA REJEITADA. DEVOLUÇÃO DOS VALORES PAGOS. DANO MORAL CONFIGURADO. QUANTUM FIXADO EM R$ ,00, QUE, EM OBSERVÂNCIA AOS PRINCÍPIOS DA RAZOABILIDADE E DA PROPORCIONALIDADE, BEM COMO ÀS CIRCUNSTÂNCIAS DO CASO, NÃO MERECE REDUÇÃO. RECURSO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO, NA FORMA DO ART. 557, CAPUT, DO CPC. DECISÃO MONOCRÁTICA Na forma regimental, adoto o relatório do Juízo de primeira instância, conforme fls. 107/109 (índice 00142): Rodrigo Gonçalves Coimbra propôs a presente ação pelo procedimento sumário em face de DECOLAR.COM LTDA. Alega que: adquiriu através do site da empresa ré uma estadia no Hotel Le Victor Hugo na cidade de Paris - França, 1

2 para realizar um antigo sonho de conhecer a 'cidade luz'; a hospedagem foi comprada para o período de 07/05/2013 a 09/05/2013, pela quantia de RS 493,00; ao chegar ao destino e apresentar o voucher emitido pela ré, foi informado a reserva não constava do sistema do hotel, bem como que era desconhecida a Decolar.com; a recepcionista do hotel entrou em contato com outro hotel da mesma cadeia, localizado em outra cidade, Montrouge, onde foi confirmada a reserva; tentou por diversas vezes entrar em contato com a empresa pelo telefone (011) , mas não obteve êxito; ficou na recepção do hotel por duas horas; enviou s para a ré, sem obter solução para o problema; uma hora após o envio dos s, obteve resposta da ré informando que cometera um erro, pois não verificara correta localização do hotel quando efetuou a reserva; depois de várias horas aguardando uma solução, recebeu um da ré admitindo cabalmente seu erro; pediu assistência para a ré, no sentido de que fosse encaminhado para outro hotel em Paris, mas foi informado que não havia hotéis disponíveis; por indicação dos funcionários da recepção, hospedou-se em outro hotel nas redondezas; solicitou o estorno da quantia paga antecipadamente pela reserva equivocada, mas a ré informou que a quantia somente seria devolvida se o enviasse uma fatura de seu cartão, comprovando uma nova reserva; para completar seus dissabores, recebeu do Hotel Le Victor Hugo, localizado em Montrouge (aquele que, por erro da ré, fora reservado), contendo afirmativa de que não é uma pessoa correta por não comparecer na reserva no dia marcado; finalmente, recebeu da ré noticiando que a quantia referente à reserva equivocada fora estornada, o que não condiz com a realidade. Formula os seguintes pedidos: (i) Condenação da ré ao pagamento de danos materiais e danos morais na quantia total de ,00. 2

3 Contestação, fl. 63. A ré alega preliminar de ilegitimidade passiva já que se trata de empresa que atua no ramo de intermediação e apenas possibilita a aproximação entre clientes/usuários e fornecedores de produtos ou serviços (companhias aéreas, hotéis, locadoras de veículos, etc.). Quanto ao mérito, alega que: "...verifica-se inexistir qualquer ato ilícito, caracterizado por uma ação ou omissão, apto a ensejar a reparação pretendida..."; "não tem qualquer ingerência sobre o hotel, motivo que lhe impede, portanto, de realizar/praticar quaisquer atos condizentes ao bilhete eletrônico - isto inclui confirmação, cancelamento e/ou eventuais reembolsos...'. Audiência do art. 277 do CPC, fl É o relatório. Decido. A sentença de fls. 107/117 (índice 00142), julgou procedente o pedido para: (i) Condenar a parte ré a pagamento de indenização de danos materiais na quantia de R$ 493,00, acrescidos de juros de mora, desde a citação, e correção monetária, a contar da propositura da presente ação. (ii) Condenar a parte ré ao pagamento de indenização de danos morais na quantia de R$ ,00, acrescidos de juros de mora, desde a citação, e correção monetária, a contar da data da presente sentença. (iii) Condenar a parte ré ao pagamento de despesas processuais e honorários de advogados, estes que arbitro em 10% do valor da condenação. 3

4 Apelação da parte ré, às fls. 125/136 (índice 00125), ratificando os termos de sua contestação, aduzindo que somente atua no ramo de intermediação, não exercendo qualquer ato de gerência sobre as reservas de hospedagens, as quais são realizadas exclusivamente pelos Hotéis, razão pela qual é manifesta a sua ilegitimidade passiva. Alega que na qualidade de intermediadora, não cabe sua responsabilização, restando evidente que os fatos alegados são de competência do Hotel. Por fim, aduz que houve solicitação do reembolso em 23/05/13, não sendo devido a condenação em danos materiais e que não há qualquer razoabilidade na fixação indenizatória a título de danos morais no valor de R$ ,00. Postula que seja: (i) reconhecida a ilegitimidade passiva da Recorrente; (ii) reconhecida a culpa exclusiva do Hotel a fim de reformar a presente sentença para responder exclusivamente pelo cancelamento arbitrário; e, em sendo afastadas as prejudiciais, seja, no mérito, a decisão inaugural reformada com vistas a (iii) julgar IMPROCEDENTE a demanda com relação a esta Recorrente, invertendo-se os ônus da sucumbência e condenando os Recorridos ao pagamento das custas processuais, bem como aos honorários advocatícios; (iv) seja o quantum indenizatório a título de danos morais minorado. A parte autora se manifestou em contrarrazões às fls. 149/152 (índice 00149), em prestígio ao julgado. RELATADOS. DECIDO. O recurso é tempestivo e foi oportunamente preparado, estando presentes os demais requisitos de admissibilidade. 4

5 O caso concreto discutido aqui já foi amplamente debatido nas Câmaras Cíveis e nos Tribunais Superiores, razão pela, nos termos do art. 557, do Código de Processo Civil, permite seja decidido monocraticamente. Cabe frisar que a relação jurídica se enquadra no conceito de relação de consumo regulada pela Lei nº 8078/90, norma de ordem pública, cogente e de interesse social. Trata a hipótese de ação de indenização por danos materiais e morais, tendo como causa de pedir a falha na prestação de serviço por parte do Apelante, sob a alegação da apelada de que se viu frustrada nas suas expectativas com relação a compra de diárias de hospedagem em hotel, ofertadas no sítio eletrônico da apelante. Ab initio, rejeito a preliminar de ilegitimidade passiva suscitada pelo apelante, sob o argumento de que os fatos narrados na inicial devem ser imputados a terceiro. O Código de Defesa do Consumidor adotou a ampla solidariedade nas relações de consumo, na forma do parágrafo único do artigo 7 c/c o artigo 3 do mesmo diploma, que contempla como fornecedores todos os que participam da cadeia de fornecimento. O apelante responde pelos vícios dos produtos e serviços oferecidos em seu sítio eletrônico, devendo-se levar vem conta que o fechamento do negócio ocorreu entre a apelada e o apelante. Ainda que assim não tivesse ocorrido, deve-se levar em consideração que a apelante responde solidariamente com seu parceiro comercial pelos danos causados, nos termos da legislação consumerista. No mérito, a r. sentença deu adequada solução à demanda, não merecendo reforma. Com efeito, constata-se que a ré não honrou a oferta adquirida pelo apelado. 5

6 Restou comprovado que o apelado adquiriu, no sítio eletrônico do apelante, diárias para hospedagem em um hotel em Paris, sendo certo que ao chegar ao referido hotel não havia nenhuma reserva no seu nome, fato este, inclusive admitido pela apelante às fls. 34 (índice 00018). Tratando-se de relação de consumo, a responsabilidade é objetiva, na forma do artigo 14 do Código de Defesa do Consumidor, sendo, assim, basta a comprovação do dano e do nexo de causalidade pelo consumidor, competindo ao fornecedor, por sua vez, afastar a sua culpa mediante a demonstração das hipóteses excludentes, enumeradas no 3º do mesmo dispositivo. Nesse passo, patente a responsabilidade civil objetiva com base na Teoria do Risco do Empreendimento que leva o empreendedor a ter de suportar os danos morais sofridos pelo consumidor, isto porque o nexo causal encontra-se inegavelmente vinculado à falha na prestação de serviços, daí advindo, consequentemente, o dever de indenizar. In casu, a parte demandada não logrou comprovar qualquer das excludentes de responsabilidade previstas no artigo 14, 3.º, da Lei n.º 8078/90, não se desincumbindo do ônus que lhe competia, na forma do artigo 333, II, do CPC, impondo-se, pois, o dever de indenizar pelos danos e profundos aborrecimentos causados ao consumidor. Logo, comprovada a existência do ato ilícito, está caracterizado o dano moral in re ipsa, que prescinde de prova da ocorrência de prejuízo concreto, o qual se presume, conforme as regras de experiência comum. Os danos morais sofridos dizem respeito à imensa frustração causada, uma vez que, ao adquirir diárias de hospedagem em hotel, o consumidor pressupôs a inexistência de vícios capazes de impedir a 6

7 utilização plena do serviço, bem como que receberia assistência para solução de eventuais problemas, o que não ocorreu. A falha na prestação do serviço contratado pelo apelado, após o pagamento, transborda o mero aborrecimento cotidiano, razão pela qual a indenização por danos materiais e morais foi corretamente aplicada. Neste sentido: APELACAO. DES. PETERSON BARROSO SIMAO - Julgamento: 17/12/ VIGESIMA QUARTA CAMARA CIVEL CONSUMIDOR. Apelação Cível. Ação de Repetição de Indébito c/c Indenizatória. Autores que adquiriram junto ao site réu um pacote de 2 noites em um hotel e, ao chegar, descobriram que as reservas haviam sido canceladas. A sentença condenou a ré à devolução em dobro do valor pago e ao pagamento de indenização por danos morais, no valor de R$5.000,00 (cinco mil reais) para cada autor. A obrigação entre a ré e o hotel é solidária, devido à parceria existente entre eles, cabendo ao consumidor a escolha daqueles que integrarão o polo passivo da demanda. A ré, como prestadora de serviços, responde objetivamente perante o consumidor, na forma do artigo 14, do CDC, somente podendo eximir-se de tal responsabilidade mediante a prova de uma das excludentes contidas no parágrafo terceiro do citado artigo, o que não ocorreu. Verba indenizatória fixada de acordo com os princípios da razoabilidade e da proporcionalidade. Sentença mantida. RECURSOS AOS QUAIS SE NEGA SEGUIMENTO NOS TERMOS DO ART. 557, CAPUT, DO CPC. (g/n) 7

8 APELAÇÃO. DES. CARLOS AZEREDO DE ARAUJO JULGAMENTO: 22/08/2013. OITAVA CÂMARA CÍVEL. APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. DIREITO DO CONSUMIDOR. RELAÇÃO DE CONSUMO. RESERVA DE HOTEL COM ANTECEDÊNCIA DA CONVENÇÃO EMPRESARIAL EM BRASÍLIA-DF POR INTERMEDIO DO APELANTE, CONFIRMADA POR . CANCELAMENTO DA RESERVA COMUNICADA ÀS VÉSPERAS DO EVENTO REVELA GRAVE DESCUMPRIMENTO CONTRATUAL. VIAGEM DE AVIÃO CONFIRMADA. CARRO ALUGADO. PERNOITE NO VEÍCULO, ACOMPANHADO DE UM MENOR. HOSPEDAGEM EM OUTRO HOTEL DISTANTE DO LOCAL DA CONVENÇÃO HÁ MAIS DE DUAS HORAS. RESPONSABILIDADE CIVIL OBJETIVA. FALHA NA PRESTAÇÃO DO SERVIÇO. DANO MORAL IN RE IPSA CONFIGURADO. SENTENÇA DE PARCIAL PROCEDÊNCIA QUE SE MANTÉM. RECURSO A QUE SE NEGA SEGUIMENTO, NA FORMA DO ARTIGO 557, CAPUT, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. (g/n) J.D.S. Des. Maria Teresa Pontes Gazineu. Apelação Cível. Julgamento: 09/10/2015. Vigésima Sétima Câmara Cível. Apelação Cível. Relação de consumo. Compra de hospedagem em hotel realizada por intermédio de site da internet denominado Booking.com. Alega a parte autora que o hotel, na data reservada, encontrava-se em obras, obrigando-a a se hospedar em outro local. Sentença de improcedência. Reforma que se impõe. Parte autora, senhora idosa, que apresenta versão dos fatos de forma verossímil. Inversão do ônus da prova deferida, 8

9 implicando no dever da parte ré em comprovar a plena disponibilidade do local na época dos fatos, o que não foi feito. Procedência parcial do pedido que se impõe, com a devolução das diárias pagas, na forma simples, bem como a reparação do dano moral suportado, arbitrado na quantia de R$3.000,00. Provimento parcial do apelo. (g/n) Com relação à indenização por danos materiais, correta a determinação de devolução do valor pago pela apelada, eis que, embora alegado pela apelante, não restou comprovado o efetivo reembolso do referido valor, não prestando para tal a colagem disposta às fls. 131 (índice 00125). Quanto ao arbitramento do valor da indenização a título de danos morais, este deve ser fixado atentando para a reprovabilidade da conduta ilícita e gravidade do dano por esta produzido, mormente por tratar-se de viagem internacional. Afinal, se a reparação deve ser a mais ampla possível, também não pode o dano se transformar em fonte de lucro. Qualquer quantia a mais do que a necessária à reparação do dano, importará em enriquecimento sem causa, ensejador de novo dano. Isso posto, observando-se as circunstâncias do caso concreto, tem-se que a quantia de R$ ,00 (dez mil reais) foi fixada de forma adequada, estando de acordo com os Princípios da Razoabilidade e da Proporcionalidade. Neste sentido: APELACAO. DES. CUSTODIO TOSTES - JULGAMENTO: 22/10/ PRIMEIRA CAMARA CIVEL. AGRAVO INTERNO. RATIFICAÇÃO DA DECISÃO MONOCRÁTICA POR 9

10 SEUS PRÓPRIOS FUNDAMENTOS. "DIREITO DO CONSUMIDOR. AQUISIÇÃO DE PACOTE DE VIAGEM ANUNCIADO PELO SÍTIO ELETRÔNICO DE COMPRA COLETIVA DA RÉ. ALTERAÇÃO DAS CONDIÇÕES DO CONTRATO, EM VIRTUDE DE MUDANÇA DA AGÊNCIA PRESTADORA DO SERVIÇO, APÓS O PAGAMENTO E O PLANEJAMENTO DA VIAGEM PELA AUTORA. DESCONTENTAMENTO DA DEMANDANTE QUANTO ÀS NOVAS CONDIÇÕES OFERTADAS, QUE A LEVOU A PEDIR O CANCELAMENTO DO SERVIÇO, COM A DEVOLUÇÃO DO VALOR PAGO. RECUSA DA RÉ EM DEVOLVER O NUMERÁRIO, ATÉ O AJUIZAMENTO DA AÇÃO. DANO MORAL CONFIGURADO. QUANTUM DA COMPENSAÇÃO ARBITRADO EM R$ 6.000,00, DE ACORDO COM OS PRINCÍPIOS DA PROPORCIONALIDADE E RAZOABILIDADE. MANUTENÇÃO DA SENTENÇA. LIMINAR DESPROVIMENTO DO RECURSO." DESPROVIMENTO DO RECURSO. (g/n) APELACAO. DES. FLAVIA ROMANO DE REZENDE - Julgamento: 27/02/ VIGESIMA CAMARA CIVEL. INDENIZATÓRIA. PACOTE TURÍSTICO. COMPRA COLETIVA. CANCELAMENTO DO CONTRATO. FALHA NA PRESTAÇÃO DO SERVIÇO. INFRINGÊNCIA ÀS NORMAS PROTETIVAS DO CÓDIGO DE DEFESEA DO CONSUMIDOR. FORÇA VINCULATIVA DA OFERTA. INTELIGÊNCIA DO ARTIGO 30 DO ESTATUTO CONSUMERISTA. RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA. DEVOLUÇÃO DOS VALORES DESCONTADOS INDEVIDAMENTE. DANO MORAL CONFIGURADO. QUANTUM FIXADO 10

11 (R$ 6.000,00) EM OBSERVÂNCIA AOS PRINCÍPIOS DA RAZOABILIDADE E DA PROPORCIONALIDADE, BEM COMO ÀS PECULIARIDADES DO CASO. SENTENÇA IRRETOCÁVEL, QUE SE MANTÉM. PRECEDENTES DESTE EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA. RECURSOS AOS QUAIS SE NEGA SEGUIMENTO, COM FULCRO NO ART. 557,CAPUT, DO CPC. (g/n) APELAÇÃO. DES. TERESA DE ANDRADE CASTRO NEVES JULGAMENTO: 24/11/2010. VIGÉSIMA CÂMARA CÍVEL APELAÇÃO CÍVEL. DEFESA DO CONSUMIDOR. ATRASO DE VÔO. FALHA NA PRESTAÇÃO DO SERVIÇO. FATO INCONTROVERSO. OBRIGAÇÃO DE INDENIZAR. DANO MORAL. A questão recursal está adstrita ao valor do quantum indenizatório referente ao dano moral. Passageira que foi obrigada a embarcar no dia seguinte, tendo que permanecer mais uma noite na cidade de Paris. Falha na prestação do serviço, que enseja o dever de indenizar. Sentença que fixou, corretamente, em R$ 7.000,00 (sete mil reais) o dano moral, atendendo às finalidades da indenização, que foi definida de acordo com os princípios da razoabilidade e proporcionalidade. Manutenção da sentença. Desprovimento do recurso APELAÇÃO. DES. OTAVIO RODRIGUES - DÉCIMA PRIMEIRA CÂMARA CÍVEL. JULGAMENTO: 11/08/2010. Ação de Indenização. Rito Sumário. Autora que contratou pacote de viagem junto à ré, com destino à Europa, mas não pôde se hospedar nos hotéis previamente contratados nas cidades de Paris, Roma e Milão. Sentença julgando procedente em parte o pedido, 11

12 concedendo danos morais de R$ ,00. Recurso de Apelação. M A N U T E N Ç Ã O, já que cabível a condenação, com aplicação do art. 5º, inciso X, da Constituição Federal e Código de Defesa do Consumidor. Defeito na prestação dos serviços, diante do não pagamento das reservas hoteleiras. Compensação por dano moral que deve ser mantida, conforme entendimento desta Câmara Cível e dentro do princípio da razoabilidade. Isso posto, na forma do art. 557, caput, do CPC, NEGO SEGUIMENTO ao recurso. Rio de Janeiro, na data constante da sua assinatura digital. Keyla Blank De Cnop JDS Des. Relatora 12