Corpos Sociais Mensagem do Presidente Visão, Missão e Valores Responsabilidade Social Apoios institucionais e patrocínios...

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2 RELATÓRIO&CONTAS 2010///SATA AIR AÇORES Índice Corpos Sociais... 3 Mensagem do Presidente... 4 Visão, Missão e Valores... 6 Responsabilidade Social... 7 Apoios institucionais e patrocínios... 7 Sociedade... 8 Enquadramento Macro Económico Caracterização do sector do transporte aéreo Desenvolvimento Sustentável Quality e Safety das Operações Actividade Operacional do Transporte Aéreo Actividade de Assistência a Aeronaves Marketing & Vendas Revenue Management Recursos Humanos Manutenção de Aeronaves Operações de Voo Sistemas de Informação Análise Económico-Financeira Aplicação de Resultados Demonstrações Financeiras Anexo às demonstrações financeiras Relatório de Auditoria Certificação Legal de Contas Relatório e Parecer do Fiscal Único

3 CORPOS SOCIAIS Assembleia-Geral Presidente: Dra. Ana Maria Soares de Albergaria Pacheco Gouveia Vice-Presidente: Dra. Mónica Sílvia dos Anjos Vaz de Medeiros Fernandes Secretária: Dra. Maria Alexandra Celorico Pacheco Vieira Conselho de Administração Presidente: Prof. Doutor António José Vasconcelos Franco Gomes de Menezes Vogais: Dra. Luísa Maria Estrela Rego Miranda Schanderl Dra. Isabel Maria dos Santos Barata Dr. Luís Filipe Soares Borges da Silveira Dra. Filipa Carmen Henriques de Gouveia Rato Rosa Fiscal Único: Dr. Duarte Félix Tavares Giesta (ROC nº 520) 3

4 RELATÓRIO&CONTAS 2010///SATA AIR AÇORES MENSAGEM DO PRESIDENTE O ano de 2010 foi um ano muito difícil para o sector da aviação e para a SATA, não só pela conjuntura macroeconómica Europeia, em geral, e pela situação da economia Nacional, em particular, bem como pela ocorrência de episódios atípicos que assolaram o sector, como o encerramento do espaço aéreo Europeu, em consequência das duas crises das cinzas vulcânicas. Todavia, há que realçar a concretização de projectos que fazem com que o ano de 2010 seja um ano histórico na longa e rica vida empresarial do Grupo SATA. O ano de 2010 foi o ano em que a SATA Air Açores concretizou, no timing previsto, no orçamento anunciado, em segurança, o projecto de renovação integral da sua frota. Com a entrada ao serviço dos quatro Bombardier Q400 NextGen, a SATA Air Açores ganhou novo fôlego para as próximas décadas e será, provavelmente, a companhia área regional da Europa com a frota mais jovem. A nova frota permitiu melhorar sobremaneira os nossos índices de fiabilidade operacionais e introduziu, para ganho dos nossos passageiros e tripulantes, níveis de conforto e segurança ímpares, que advêm do facto dos Bombardier Q400 NextGen serem turbo-hélices de última geração, que garantem uma jet-like-experience. A nova frota da SATA Air Açores garante maior capacidade de transporte de passageiros e de carga, aliada à redução do impacto ambiental da nossa actividade. As Ilhas da Coesão beneficiarão do serviço proporcionado de modo mais fiável pelos Bombardier, em importantes matérias como a questão da carga, com acrescida capacidade de enfrentar as limitações que o nosso clima impõe em algumas épocas do ano. As características técnicas e operacionais do Q400 NextGen permitiram o lançamento de uma nova rede inter-regiões que liga as Regiões Açores-Madeira-Canárias-Algarve, que tem recebido interessante aceitação do mercado. Ainda no âmbito da renovação da frota, destaque para a operação de financiamento que teve o apoio do Banco Europeu de Investimento (BEI). Este apoio foi muito significativo, não só pelas condições excepcionais do próprio financiamento, bem como pelo carácter de confiança e de solidificação da aposta que a SATA fez na frota Bombardier. É o prestígio da SATA que sai 4

5 reforçado. As condições de financiamento contratadas com o BEI garantem uma vantagem competitiva durante os próximos anos em matéria económico-financeira. No final do primeiro trimestre concluímos, com sucesso, o processo de migração do sistema de DCS SITA para o AMADEUS ALTEA. Um sistema muito mais orientado para a satisfação das necessidades dos nossos clientes e que permitiu reduzir os nossos custos operacionais. O ano de 2010 fica ainda marcado pelo crescimento a contraciclo de 4,6% no número de passageiros transportados, ao mesmo tempo que registou um crescimento de 4,3 pontos percentuais no Load Factor (lugares utilizados face à capacidade do avião), passando de 70,2% para 74,5%. Em termos de rotas, destaque para as operadas pela SATA Internacional, nomeadamente, para o Canadá e Estados Unidos da América, onde se registaram crescimentos de 11,9 e de 19,5%, respectivamente, naqueles estratégicos mercados emissores. Não obstante o evidente crescimento a contraciclo, de onde se destaca o crescimento do loadfactor da SATA Internacional, tendo sido, inclusive, ultrapassados recordes históricos em importantes indicadores de produção, a verdade é que o ano de 2010 não trouxe a rendibilidade esperada. A ocorrência de custos atípicos, como os custos associados às crises das cinzas vulcânicas, a subida do preço do jet-fuel, entre outros factores, fazem com que continuemos, com o afinco de sempre, a implementar soluções que conducentes à diminuição de custos, fuel e não-fuel, aumento de proveitos, bem como a gestão dinâmica da nossa malha de rotas e parcerias. Por fim, uma palavra de apreço aos colaboradores do Grupo SATA, que estão de parabéns pela eficaz execução do projecto de renovação da frota da SATA Air Açores, pelo estabelecimento de níveis de produção históricos na SATA Internacional, pela implementação de sofisticados e económicos sistemas estruturantes da nossa actividade como o AMADEUS Altea e o Revenue Management PROS, entre muitos outros feitos assinaláveis. Em particular, uma palavra de especial apreço pela disponibilidade demonstrada pelos nossos colaboradores aquando dos episódios das cinzas vulcânicas. Ao prejuízo económico não se somou um prejuízo de imagem; pelo contrário, a SATA mereceu elogios na imprensa um pouco por toda a parte, inclusive em mercados exigentes como nos EUA, por ter sido flexível e atenta para com os seus passageiros. Será com esta atitude, de sentimento de pertença à Companhia e respeito para com o passageiro que continuamos a crescer no nosso exigente sector. 5

6 RELATÓRIO&CONTAS 2010///SATA AIR AÇORES VISÃO, MISSÃO E VALORES O Grupo SATA presta, desde a sua origem, um serviço de transporte aéreo, com todas as actividades que lhe estão ligadas, tendo como objectivo final garantir que os clientes se deslocam e transportam os seus bens em perfeitas condições de segurança. Trazer a cada dia, o Mundo aos Açores e levar os Açores ao resto do Mundo, é um lema e uma missão a cumprir. Trilhar o caminho da sustentabilidade significa, para esta empresa, construir um futuro equilibrado e duradouro, justo e sustentável, assente nas mais contemporâneas e responsáveis práticas de gestão, com foco na excelência de desempenho, em todas as suas áreas de actuação. Deste modo, as políticas de responsabilidade social, de segurança, de saúde e de ambiente constituem pilares fundamentais sobre os quais o Grupo SATA alicerça a sua actuação e dá corpo à sua ambição. Visão: Mais fortes e mais competitivos num mundo exigente e global; capazes de construir uma companhia aérea de referência que se afirma no mundo da aviação comercial internacional e conquista, de forma gradual e consistente, a sua quota de mercado e a notoriedade da sua marca. Uma companhia aérea do Atlântico, onde se cultiva o rigor e o profissionalismo; onde se encontra um serviço cuidado, simples, mas atento; onde se acolhe cada cliente de forma amável e disponível; onde se cultiva o respeito pelo planeta numa perspectiva de total apreço pelo bem-estar das populações nas gerações vindouras. Missão: Desenvolver de modo sustentado toda a actividade de transporte aéreo relacionado com os Açores, através de uma operação com vocação atlântica assente num serviço fiável, hospitaleiro e inovador. Valores: A SATA, e todas as empresas que constituem o Grupo SATA, valoriza a reputação de ser uma companhia de referência dos Açores, assente nos Valores da Fiabilidade, Inovação e Simpatia. 6

7 RESPONSABILIDADE SOCIAL Apoios institucionais e patrocínios O Grupo SATA tem assumido um dedicado compromisso no que respeita ao apoio a entidades e iniciativas ligadas à solidariedade social, à cultura, ao desporto e à promoção turística da Região Autónoma dos Açores. Empenhada, há mais de meio século, em atenuar os efeitos da insularidade, a SATA tem activamente procurado reflectir a sua imagem e os seus valores corporativos numa atenta política de apoios institucionais e patrocínios. As entidades e iniciativas intrinsecamente ligadas à solidariedade social merecem especial atenção por parte da SATA. Nos Açores, o projecto Nariz Vermelho, dedicado à animação e entretenimento de crianças hospitalizadas, recebeu apoio para a vinda aos Açores de membros sediados no Continente Português. Foram ainda disponibilizados lugares em voos com tarifas grátis e com descontos especiais ao Grupo de Amigos da Pediatria do Hospital do Divino Espírito Santo (GAP) e à Liga dos Amigos do referido hospital para o transporte de doentes e técnicos de saúde. Durante o corrente ano, foram ainda meritórios do apoio da SATA os participantes do programa Saudades dos Açores, uma iniciativa da Direcção Regional das Comunidades que proporciona uma visita aos Açores a emigrantes açorianos, com idade superior a 60 anos, residentes nos Estados Unidos da América e Canadá, que por motivos de carência económica não tenham tido a possibilidade de visitar a Região há mais de 20 anos. Projectos de âmbito nacional e internacional têm sido igualmente alvo de redobrada atenção. De destacar os apoios concedidos à AMI para a realização das suas missões; à Fundação do Gil para o projecto de alargamento da sua rede de técnicos aos Arquipélagos dos Açores e da Madeira; à Cruz Vermelha Portuguesa; e à Kids First Fund, a propósito do International Online Travel Auction for Kids, um evento anual de solidariedade social destinado a crianças desfavorecidas em regiões pobres de todo o Mundo, no qual a SATA se juntou às empresas que todos os anos envidam esforços a favor desta nobre causa, como a AirAsia, AirTran, Delta, Martinair, SWISS, Avis ou a Choice Hotels. Com vista ao fomento da cultura açoriana, o Grupo SATA tem continuado a promover a assinatura de grandes protocolos com entidades de relevo, como o Teatro Micaelense, o Coliseu Micaelense, o Museu Carlos Machado e a Galeria Fonseca Macedo, assim como tem oferecido apoio, de forma pontual, a exposições promovidas pela Academia das Artes dos Açores. Outro projecto merecedor de apoio foi a exposição Obras de Santa Engrácia O 7

8 RELATÓRIO&CONTAS 2010///SATA AIR AÇORES Panteão na República, realizada no Panteão Nacional da República, em que estiveram patentes obras cedidas pela Biblioteca e Arquivo de Ponta Delgada. Os incentivos ao desporto concentram-se, a cada ano, no SATA Rallye Açores que constitui o maior patrocínio atribuído pela SATA nesta área. Ao longo do ano são, ainda, oferecidas condições especiais nas deslocações do Clube Kairós, o que permite a canalização dos fundos da instituição para os escalões etários mais baixos, relacionados com a reinserção social através da prática desportiva. De destacar, ainda, o patrocínio da SATA a outros eventos desportivos como o campeonato mundial de Surf Billabong Azores Islands Pro 2010, o torneio internacional de ténis Azores Open 12 & Under ou a participação do Clube Asas de S. Miguel no Campeonato Nacional de Parapente. A vertente ligada à promoção turística da Região Autónoma dos Açores tem sido uma grande aposta do Grupo SATA, não só pela sua raiz identitária açoriana como pela própria natureza da sua actividade. Neste particular, destacam-se as parcerias com a Direcção Regional de Turismo dos Açores e Associação de Turismo dos Açores na oferta de lugares em voos ou de descontos especiais para a realização de eventos que contribuem sobremaneira para a projecção da Região, como foi o caso da cerimónia 7 Maravilhas de Portugal, realizada em Ponta Delgada, ou na deslocação de grupos de imprensa nacionais e estrangeiros aos Açores, com vista na publicação de artigos em conceituadas publicações. Sociedade O compromisso da SATA para com a sociedade não termina nas suas obrigações de prestação de serviço público ou nos apoios institucionais e patrocínios, uma vez que, ao longo do ano, são realizadas inúmeras acções que envolvem a comunidade. Todos os anos, concretiza-se o programa Junho Mês da Criança que oferece inolvidáveis experiências a crianças dos 5 aos 12 anos. Ao longo do mês de Junho de 2010, a SATA proporcionou, mais uma vez, dias inesquecíveis e repletos de surpreendentes actividades a duas centenas de crianças. Para as visitas aos aviões, sendo eles o Airbus A320 da SATA Internacional e o Bombardier Q200 da SATA Air Açores, foram seleccionadas as Escolas Paroquial do Calhariz de Benfica, no Aeroporto de Lisboa, a B1/JI de S. Vicente Ferreira, no Aeroporto de Ponta Delgada e a B1/PE da Vila de S. Vicente, no Aeroporto da Madeira. As visitas aos aviões foram possíveis pela colaboração entre os funcionários SATA das várias áreas de intervenção, da ANA e Groundforce. 8

9 Foram, ainda, seleccionadas três escolas para a concretização de um sonho maior: viajar de avião pela primeira vez. Foram seleccionados três grupos para viajar a bordo da SATA. A Escola EB1/JI Francisco José Medeiros (Aflitos Fenais da Luz) teve a oportunidade de viajar até Lisboa e passar um dia repleto de actividades no Jardim Zoológico. A Escola PE1 de Serra de Água (Madeira) teve a oportunidade de viajar igualmente até Lisboa, onde as 20 crianças visitaram o Oceanário. Por último, a Associação Terra dos Sonhos foi premiada com uma viagem à Madeira, tendo realizado sonhos (andar de avião, ser assistente de bordo e ver golfinhos e baleias) de crianças com problemas de saúde crónicos e terminais. Ademais, durante o mês de Dezembro, os colaboradores SATA angariaram bens destinados às crianças da Ajuda de Berço - uma associação sem fins lucrativos que acolhe crianças abandonadas ou em situação de risco - com vista a proporcionar-lhes um Dia de Natal mais feliz. Foram entregues brinquedos, bolas de praia e conjuntos de inverno com gorro e cachecol, assim como bens alimentares que foram expedidos de forma totalmente gratuita, através do Departamento de Carga e Correio da SATA. 9

10 RELATÓRIO&CONTAS 2010///SATA AIR AÇORES ENQUADRAMENTO MACRO ECONÓMICO Internacional A actividade económica mundial voltou a expandir em 2010, de forma mais saliente nos países emergentes, sobretudo no bloco asiático. O regresso do crescimento anual para valores positivos assentou nos estímulos proporcionados pelos principais bancos centrais, que mantiveram as taxas de juro historicamente baixas, em função da ausência de pressões inflacionistas, e na retoma do consumo privado em muitas economias. À semelhança do ano anterior, o bom desempenho dos indicadores económicos permitiu que as estimativas de crescimento para 2010, por parte do Fundo Monetário Internacional (FMI), fossem sucessivamente revistas em alta. O seu World Economic Outlook, datado de Outubro de 2010, aponta para um crescimento da economia mundial de 4.8%. No relatório de Outubro de 2009 estimava um crescimento de apenas 3.1%. O maior crescimento atingido revelou se, contudo, insuficiente para reduzir o desemprego, o qual permaneceu elevado nas economias desenvolvidas, ao contrário do que sucedeu nas economias emergentes. O bloco asiático mostrou novamente um comportamento muito positivo. O crescimento da economia japonesa voltou a território de expansão em 2010, impulsionada pelo consumo privado, apesar do ligeiro aumento do desemprego, resultado das medidas de estímulo levadas a cabo quer pelo banco central, quer pelo governo. Ainda relativamente à Ásia, os indicadores económicos da China permaneceram robustos, sobretudo ao nível da actividade doméstica, beneficiando de estímulos e medidas de política monetária, e da manutenção do crescimento da concessão de crédito a ritmo elevado. Ao contrário do que sucedeu nas economias desenvolvidas, onde as taxas de juro directoras dos bancos centrais permaneceram inalteradas, em muitas economias emergentes foram decretados agravamentos das mesmas, função sobretudo da aceleração da inflação. União Europeia Apesar da elevada instabilidade financeira vivida em 2010 na Área Euro, o crescimento económico registado surpreendeu pela positiva. De acordo com o FMI, o crescimento em 2010 terá ascendido a 1.7%, o nível mais forte em três anos. Esta expansão assentou primordialmente no desempenho da procura doméstica. A Alemanha destacou se pela positiva, com um crescimento de 3.6%, o ritmo mais forte desde a 10

11 reunificação. Pela negativa, sublinhe se o desempenho das economias periféricas, as quais, à excepção de Portugal, terão registado de novo crescimentos anuais negativos. Os efeitos da recuperação económica não se fizeram ainda sentir ao nível do mercado de trabalho. A taxa de desemprego aumentou de 8.9% em 2009 para 9.6% em 2010, o nível mais elevado desde Também neste aspecto, a Alemanha se destacou pela positiva, já que terminou o ano com a taxa de desemprego no nível mais baixo desde a reunificação. O nível de inflação na União Europeia, medido pelo Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC), registou em 2010 uma taxa de variação média de 2,0%, acima dos 1,0% de Este comportamento esteve associado maioritariamente ao aumento dos preços dos bens energéticos. Importa salientar que o ano de 2010 ficou marcado pelo agravamento das tensões no mercado de dívida pública, nomeadamente dos países periféricos da Área Euro. O prémio pago por estes países para se financiarem aumentou significativamente e obrigou ao reforço das medidas de austeridade. Estas variaram entre Estados Membros, mas foi comum o esforço no sentido de uma consolidação mais célere das respectivas finanças públicas, quer através da contenção de despesas, quer de iniciativas visando o reforço de receitas. Portugal Em Portugal, a actividade económica em 2010 surpreendeu pela positiva com uma expansão de cerca de 1.4%. Este desempenho resultou do contributo positivo das exportações líquidas, do consumo privado e do consumo público, apesar da forte queda do investimento. Em termos de comércio externo, sublinhe se o papel das exportações que, com um crescimento de 9.0%, permitiram superar o efeito negativo resultante do aumento das importações, de apenas 5.0%. Este comportamento esteve associado ao assinalável aumento da procura externa resultante da retoma da economia mundial, tendo se observado um aumento das novas encomendas provindas do exterior. Quer o consumo privado, com um crescimento de 1.8%, quer o consumo público, que cresceu 3.2%,contribuíram para o bom desempenho económico, principalmente na primeira metade do ano. Os desafios de redução do défice orçamental e a consequente aprovação de medidas de austeridade induziram um decréscimo do contributo destas componentes para o 11

12 RELATÓRIO&CONTAS 2010///SATA AIR AÇORES crescimento durante o terceiro trimestre, tendo-se observado um agravamento da confiança dos consumidores ao longo do segundo semestre. Por outro lado, verificou se uma redução de 5% da Formação Bruta de Capital Fixo, em parte consequência do nível de actividade económica e das perspectivas para a procura interna, bem como do decréscimo do investimento público. A contracção foi mais notória ao nível do investimento em equipamento e em construção. Quanto à inflação, o IHPC português registou, em 2010, uma taxa de variação média de 1.4%, consequência, sobretudo, do aumento do preço dos bens energéticos e do acréscimo de diversos impostos indirectos, designadamente, o IVA, o ISP e o Imposto sobre o Consumo do Tabaco, ficando contudo 0.2 pontos percentuais abaixo do da Área Euro. A taxa de desemprego em 2010 permaneceu elevada, tendo inclusive aumentado face ao ano anterior. A taxa de desemprego cifrou se em 10.9%, sendo a população desempregada de 556 mil indivíduos, o que representa um aumento de 8,9% em relação ao mesmo período do ano anterior. O sistema financeiro português continuou a demonstrar resiliência, tendo a sua actividade crescido, apesar das condições adversas ditadas pela crise da dívida soberana. Os efeitos desta sobre o financiamento do sector nos mercados internacionais levaram a um reforço na atracção de recursos de clientes, tendo os Depósitos Totais tido um acréscimo de 7.9%. O Crédito Interno Total, por seu turno, registou um aumento de 8.2%. 12

13 CARACTERIZAÇÃO DO SECTOR DO TRANSPORTE AÉREO O ano de 2010 foi marcado por uma forte recuperação da indústria do transporte aéreo e pelo regresso do sector aos lucros, com um resultado global de cerca de 16 mil milhões de USD. Apesar dos resultados animadores, existiram diferenças significativas entre regiões, nomeadamente entre as economias desenvolvidas e emergentes. As economias emergentes, em especial nas regiões da Ásia-Pacífico e Médio-Oriente, marcaram um passo de crescimento bastante acelerado, enquanto as transportadoras da Europa foram as que registaram recuperações menos acentuadas. No global, a procura do agregado da indústria cresceu mais de 8% em relação a 2009, com o Médio-Oriente a crescer cerca de 18%, a Ásia-Pacífico 9%, a América do Norte 7%, enquanto a Europa, onde se realiza a maior parte da operação do Grupo SATA, cresceu apenas 5%. Este crescimento foi acompanhado por uma recuperação significativa das yields unitárias em todas as regiões. Para 2011, perspectiva-se mais um ano lucrativo para a indústria, apesar da confiança numa melhoria significativa estar a diminuir, prevendo-se uma redução do lucro para os 9,1 mil milhões de USD. Este downgrade face a 2010 deve-se, essencialmente, ao forte aumento do preço dos combustíveis, e a estimativa de redução de rendibilidade seria muito superior, não fossem as revisões em alta do crescimento económico para 2011, associadas a load-factors estáveis e elevados. Contudo, o maior risco desta previsão reside num eventual enfraquecimento de algumas economias, pressionadas pelo aumento do preço das commodities de pelo endividamento, o que, caso esse cenário se verifique, poderá enfraquecer muito rapidamente os resultados das transportadoras. Neste contexto de previsão da manutenção do crescimento económico, o segmento de viagens negócios e o transporte de carga será mais robusto que os segmentos mais sensível ao preço que são os das viagens em lazer, sendo as transportadoras de longo curso as mais favorecidas. As diferenças entre regiões vão continuar a verificar-se durante 2011, com um contraste particular entre os mercados domésticos Europeus e o forte tráfego com origem nos denominados mercados emergentes. Ao nível dos preços dos combustíveis, o crescimento económico superior ao esperado aumentou a procura por petróleo, o que tem causado uma forte pressão inflacionista nos preços do jet fuel. Os tumultos políticos no Médio Oriente e Norte de África incrementaram a pressão nos preços da 13

14 RELATÓRIO&CONTAS 2010///SATA AIR AÇORES energia, mas mesmo que o risco geopolítico diminua as perspectivas de crescimento económico, os preços do petróleo deverão continuar a aumentar ao longo do ano. Os preços do jet kerosene duplicaram desde o seu ponto mínimo no início de 2009, atingido os 113USD por barril no início de Tendo em conta que o combustível representa cerca de um quarto do total de custos operacionais, esta duplicação dos preços do jet fuel, adicionou 25% aos custos unitários. Apesar disso, no último ano, as tarifas subiram em média cerca de 20%, excluindo as fuel surcharges, o que tem permitido contrabalançar os preços dos combustíveis. Em suma, espera-se que 2011 seja um ano de consolidação de resultados no global da indústria, apesar dos desafios trazidos pelo aumento de custos e dos potenciais riscos associados à manutenção do actual crescimento económico. 14

15 DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL O Grupo SATA monitoriza as suas actividades e impactos nas vertentes ambiental, de segurança e saúde no trabalho, tendo por isso definido já em 2009, a seguinte Política Integrada de Ambiente e Segurança e Saúde no Trabalho: O Grupo SATA, posicionado no mercado de transporte aéreo de passageiros, cargas e correio, e de gestão de aeroportos, entende que a preservação do meio ambiente e a segurança e saúde dos seus colaboradores são princípios base para cimentar os valores SATA: Fiabilidade, Simpatia e Inovação. Deste modo, o Grupo SATA compromete-se a: Melhorar continuamente o desempenho ambiental e a gestão da segurança e saúde no trabalho; Minimizar os efeitos negativos decorrentes da actividade global da empresa; Investir em meios técnicos e desenvolver processos para atingir uma maior compatibilidade ambiental, minimizar os acidentes de trabalho e prevenir as doenças relacionadas com o trabalho; Envolver e formar os colaboradores e seus representantes com o objectivo de os sensibilizar para a importância da adopção de boas práticas ambientais e de trabalho; Assegurar o cumprimento da conformidade legal, quer a nível ambiental, quer a nível da segurança e saúde no trabalho. Optimização do Consumo de JetFuel e Redução das Emissões de CO 2 Dando continuidade aos trabalhos iniciados em 2008 sob a condução da IATA, o projecto Fuel Efficiency Gap Analysis ( FEGA ) procurou a racionalização do uso de combustível e consequente redução das emissões de CO 2,o projecto Dynamics Fuel Efficiency ( DEP ) integralmente desenvolvido internamente teve início em As áreas de intervenção do projecto DEP, centram-se nas operações de voo e despacho operacional e manutenção e engenharia, através da racionalização do peso a bordo (Cargas de Catering, Redução de Peso de Spares de Manutenção), racionalização do número de tripulantes a bordo em função do Load-Factor, diminuição da utilização do APU, com incremento do recurso a GPU, entre outros. 15

16 RELATÓRIO&CONTAS 2010///SATA AIR AÇORES Integração do avião no Comércio Europeu de Licenças de Emissão de CO2 No cumprimento da Directiva 2008/101/CE de 19 de Novembro, foram entregues no passado dia 30/03/2011 os relatórios de Emissão de CO2 e relatórios Tonelada-Kilómetro referentes aos voos incluídos no Comércio Europeu de Licenças de Emissão ( CELE ) para as empresas SATA Internacional e SATA Air Açores, com base na actividade de Os documentos auditados pelo verificador independente LRQA foram submetidos à Agência Portuguesa do Ambiente ( APA ). As emissões verificadas para os voos incluídos no CELE totalizaram em 2010, ton CO 2 para a SATA Internacional e 352 ton CO 2 no caso da SATA Air Açores. A SATA Air Açores ficará isenta do CELE em face das emissões verificadas no ano de referência 2010 terem ficado abaixo das ton CO 2, limiar para a isenção dos pequenos emitentes. A atribuição das licenças de emissão para o ano de entrada da aviação do CELE 2012, num total de ton CO 2, será proporcional aos dados de Ton-km de 2010, reportados pelos diversos operadores. No caso da SATA Internacional o valor apurado para a atribuição proporcional de licenças de emissão de CO 2, será de Ton-km, sendo o resultado da distribuição das licenças conhecido a 30/09/2011. Pese embora existam incertezas relativamente à atribuição gratuita e leilão a promover pelas entidades oficiais, o impacto previsto para a SATA Internacional não deverá exceder os 1,3 M. 16

17 QUALITY E SAFETY DAS OPERAÇÕES Na última década assistiu-se a um esforço de standardização nas práticas e nos procedimentos das Companhias Aéreas. Esse esforço conjunto foi sistematizado em grande parte pelo lado da organização da qualidade operacional em que merece destaque a adopção do QMS, Quality Managemnt System, no qual a SATA também se enquadrou. Os resultados da IOSA, em que nos registamos, demonstraram o alto nível do nosso desempenho e as boas práticas do transporte aéreo que adoptámos. A Qualidade, não é demais insistir, visa a Segurança. Por isso, a IOSA deve ser encarada como uma experiência de sucesso que nos encoraja na transição do QMS para o SMS, Safety Management System. Este SMS pretende atingir a integração de toda a aviação comercial num sistema de gestão da segurança, patrocinado pelas entidades reguladoras e representativas das actividades de transporte aéreo, aeroportuária e de aeronavegação. O referido patrocínio começa na ICAO, passa pela sua organização europeia, a ECAC, é organizado pelo braço operacional desta, a EASA, e deve ser assegurado pelas entidades reguladoras nacionais como, no nosso caso, o INAC. Ainda que esteja em fase de elaboração o plano nacional para aplicação do SMS, estão já em vigor orientações internacionais que nos obrigam a acelerar a nossa preparação para fazermos parte e sermos reconhecidos como cumpridores do SMS. O empenhamento da gestão e dos responsáveis, bem como a boa reparação dos processos, constituirão, como tem sido no caso da IOSA, o segredo para o sucesso. De novo, para fazer parte de um sistema assim ambicioso, temos, como melhor património, o constituído por nós próprios, a nossa iniciativa e a nossa disponibilidade. 17

18 RELATÓRIO&CONTAS 2010///SATA AIR AÇORES ACTIVIDADE OPERACIONAL DO TRANSPORTE AÉREO Transporte Aéreo A SATA Air Açores concluiu no ano 2010 o processo de renovação da sua frota, passando a operar dois Dash-200 e quatro Dash-400 da Bombardier, com configurações máximas de 37 e 80 lugares, respectivamente. As aeronaves Dash-200 tinham começado a operar nos Açores na segunda metade do ano 2009, substituindo o D28 e um ATP. A 2 de Março de 2010 foi realizado o primeiro voo comercial com uma aeronave Dash-400 nos Açores. No dia 20 de Março, foi realizada a primeira ligação, com uma aeronave Dash-400, entre Ponta Delgada e o Funchal, em regime ACMI à SATA Internacional. No dia 6 de Abril, o ATP que assegurava as ligações entre as ilhas da Madeira e do Porto Santo foi substituído por um Dash-200. O último voo comercial operado com um ATP ocorreu no dia 28 de Maio, nos Açores. A transição da frota foi, sem dúvida, o facto mais marcante da SATA Air Açores, verificado em Neste processo, houve que adaptar o programa de voos à entrada e saída de aeronaves, bem como à requalificação de tripulações. O novo avião Dash-400 também constituiu um marco importante na história da Companhia, por permitir a realização de ligações entre os arquipélagos da Madeira e dos Açores, antes operados com jactos da SATA Internacional. Graças a esta aeronave, que é de menor dimensão do que o A320 e mais económica, foi possível duplicar a oferta de frequências entre as duas Regiões Autónomas. Também permitiu à SATA Internacional abrir a nova rota Funchal Faro. Substituiu ainda, com mais eficiência e competitividade, a operação entre o Funchal e a Gran Canaria, cuja rota passou a fazer parte da rede da SATA Internacional. Em termos de rede comercial, a SATA Air Açores continuou a explorar as rotas no interior da Região Autónoma dos Açores e da Madeira, realizando, pontualmente, alguns voos charter entre o Funchal e as ilhas Canárias. As ligações entre Ponta Delgada, Funchal, Faro e Gran Canaria, embora operadas pela SATA Air Açores, fazem parte da rede da SATA Internacional. Na rede comercial da SATA Air Açores, a empresa realizou menos voos comerciais (-8%) e transportou menos passageiros do que no ano anterior (-4%), registando um load-factor médio de 58% (-4%), em que a redução de passageiros se deveu sobretudo à transferência de actividade da SATA Açores para a SATA Internacional, por questões de eficiência comercial. 18

19 Ano Variação Voos Realizados Passageiros Transportados Load-Factor (RPK/ASK) 62,30% 57,99% -4,31% Região Autónoma dos Açores Nas ligações entre as nove ilhas dos Açores, a empresa realizou em 2010 menos 7% dos voos que realizara no ano anterior, embora tenha transportado mais 8% de passageiros. O load-factor médio decresceu 5 pontos percentuais. A realização de menos voos e a diminuição do load-factor, não obstante o aumento de passageiros, é explicada pela utilização de aeronaves com maior capacidade, ao mesmo tempo que se cumprem obrigações de serviço público, em que é imposto determinado número de frequências e de lugares mínimos por rota. Carga e Correio Ano Variação Voos Realizados Passageiros Transportados Load-Factor (RPK/ASK) 63,70% 58,51% -5,19% No cômputo anual, foram transportadas cerca de toneladas de Carga e Correio pela SATA Air Açores, significando um decréscimo de 3%, comparativamente ao ano anterior. O transporte de carga é maioritariamente realizado na Região Autónoma dos Açores, estando muito dependente do pescado, que varia de ano para ano. Ano Variação Total de Carga (kg) Total de Correio (kg) Soma Frota O quadro nº5 reflecte a transição de frotas entre 2009 e No ano 2010, a frota ATP ainda realizou voos, correspondentes a block-hours; as aeronaves Dash8-200 realizam 4.905, num total de block-hours; os Dash8-400 realizaram ciclos e block-hours. 19

20 RELATÓRIO&CONTAS 2010///SATA AIR AÇORES Tipo de Frota Ciclos Block-hours Ciclos Block-hours Ciclos Block-hours ATP , , ,57 D ,42 0 0, ,42 DH , , ,67 DH , ,50 Outros (ACMI) 12 10,27 0 0, ,27 Total , , ,09 Nesta actividade das aeronaves incluem-se voos de treino, experiência e posição, bem como os voos realizados sob o código da SATA Internacional. Estes últimos totalizaram 537 voos, com 937,17 block-hours, referentes às rotas Ponta Delgada Funchal, Funchal Gran Canaria e Funchal Faro. Indicadores gerais da performance No quadro seguinte, resumem-se os principais indicadores de performance da Companhia, referentes à sua rede comercial 1. A substituição de uma frota com menor capacidade para uma de maior capacidade justifica a realização de menos voos e a degradação do load-factor, muito embora com uma produção superior tanto em ASKs como em RPKs. De referir que a SATA Air Açores também foi afectada pelo fecho do espaço aéreo, devido às cinzas do vulcão da Islândia, no mês de Maio de Esta situação, conjugada com situações atmosféricas adversas e com o próprio processo de renovação da frota, influenciou a sua performance em termos de regularidade e pontualidade. Tráfego Comercial Variação Voos Realizados KM percorridos ASK (milhões) 130, RPK (milhões) 81, Load-Factor RPK/ASK (%) 62,30% 57,99% -4,31% ATK (milhões) 14, TKP (milhões) 8,2 8 0 Load-Factor TKP/ATK (%) 57,10% 58,08% 0,98% Pontualidade (%) 2 77,35% 74,89% -2,46% Regularidade (%) 96,70% 92,93% -3,77% 1 Exclui os voos de realizados sob o código da S4, bem como voos não comerciais. 2 Inclui todos os atrasos superiores a 15 minutos relativamente ao horário programado. 20

21 ACTIVIDADE DE ASSISTÊNCIA A AERONAVES Apesar de 2010 ter sido particular para o sector da aviação comercial e, consequentemente, para os operadores de Handling, devido ao encerramento do espaço aéreo europeu (episódio extremamente invulgar e raro) causado pela proliferação das cinzas do vulcão Islandês, este ano também fica marcado pela mudança de sistema de DCS da Direcção Geral de Handling (DGH) da SATA Air Açores, que migrou do sistema da SITA para o sistema ALTEA do AMADEUS. Esta mudança de sistema veio dotar os profissionais da DGH de melhores meios para prestarem um serviço mais orientado para os seus clientes, reflectido num serviço mais personalizado ao Check-in e na redução dos atrasos por causas imputáveis ao Handling. Efectuando uma breve análise ao peso dos atrasos da responsabilidade das escalas no total da SATA Air Açores, constatamos que Ponta Delgada, Terceira e São Jorge reduziram este indicador (tanto em número, como em minutos), face a Nas restantes escalas, notam-se ligeiros aumentos causados, principalmente, pela adaptação à nova frota e ao novo sistema ALTEA. Relativamente à SATA Internacional e à TAP, a redução do peso do número de atrasos da responsabilidade das escalas no total de atrasos é notória em todas as escalas onde estas companhias operam, apesar de, em Ponta Delgada, o número de minutos de atraso ter aumentado para a SATA Internacional. O encerramento do espaço aéreo europeu, de 15 a 19 de Abril e de 8 a 12 de Maio, teve consequências directas na qualidade do serviço prestado nas escalas dos Açores, uma vez que, não existiram voos durante estes dias e todos os passageiros tiveram que ser reacomodados pelas escalas em hotéis. Por outro lado, após a abertura do espaço aéreo, houve necessidade de despachar os passageiros e colocá-los nos voos que foram criados. Estas situações, completamente irregulares, levaram a um aumento considerável das horas extraordinárias, principalmente nas escalas de Ponta Delgada, Terceira e Horta: Escalas: (HORAS EXTRAS) Diferença % Santa Maria 4.729, ,6-45,4-1,0% Ponta Delgada 5.567, , ,3 157,9% Terceira , , ,2 60,0% Graciosa 619, ,6 844,1 136,3% São Jorge 771, ,3 612,8 79,4% Pico 1.363, ,2 934,7 68,5% Horta 2.062, , ,6 81,7% Flores 1.362, ,1 835,1 61,3% Corvo 131,5 359,2 227,7 173,2% TOTAL , , ,1 73,7% 21

22 RELATÓRIO&CONTAS 2010///SATA AIR AÇORES Ao nível dos custos com o pessoal, rubrica que representa cerca de 72% do total dos custos da DGH, e apesar do aumento registado nas horas extra, pelas razões acima expostas, registou-se uma diminuição de 1% nesta importante rubrica, passando de uros para uros, sinal claro da aplicação de melhores práticas, não só na contratação de sazonais do Verão, como também, na elaboração dos horários e adequação das equipas às necessidades operacionais, bem como, à dedicação e desempenho dos colaboradores. Em 2010 a DGH da SATA Air Açores teve a segunda auditoria de acompanhamento, por parte da APCER, no âmbito da certificação ISO 9001:2008, que assegura a excelência e rigor do serviço prestado na assistência em terra a todas as companhias aéreas assistidas. Neste sentido, foram auditadas as escalas de Graciosa e Flores, além de Ponta Delgada e Manutenção de Equipamento de Terra, tendo sido obtido um resultado excelente e a consequente manutenção da certificação ISO. De destacar ainda, a realização, em todas as escalas, de várias reuniões de apresentação do projecto Quality and You, dando a conhecer, a todos os colaboradores da DGH, as razões para a sua implementação, os objectivos e metodologia de trabalho. As reacções e expectativas quanto ao sucesso do mesmo foram muito boas. A introdução da nova frota na SATA Air Açores, caracterizada por aviões maiores (4 de 80 lugares) implicou uma redução de -11,48% no número de assistências, passando de um total de em 2009 para em A única ilha que registou um aumento no número de assistências foi o Corvo, devido às definições das OSP, onde se registou um aumento de 3,13% nas assistências efectuadas. O quadro abaixo mostra a evolução dos últimos 3 anos: Número Voos Auto-Assistência Variação % SMA ,58% -26,55% PDL ,45% -12,91% TER ,25% -8,08% HOR ,86% -11,33% PIX ,61% -13,06% SJZ ,26% -13,82% GRW ,04% -4,75% FLW ,00% -13,23% CVU ,63% 3,13% Total ,27% -11,48% 22

23 No que se refere à Assistência a Terceiros, registou-se um aumento de 6,21% no número total de voos assistidos, que passaram de em 2009, para em Este aumento foi mais evidente em Ponta Delgada, onde foram efectuadas mais 167 assistências, situação facilmente verificada pela leitura do quadro abaixo: Número Voos Assistidos a Terceiros Variação % SMA ,62% 8,14% PDL ,42% 7,04% TER ,12% 5,29% HOR ,94% -1,68% PIX ,21% 16,39% Total ,71% 6,21% Relativamente às receitas com as Assistências a Terceiros, destaque para o aumento de 12,41% face a 2009, ou seja, mais uros. As escalas de Santa Maria e Ponta Delgada foram as principais responsáveis por este comportamento que ficou a dever-se, por um lado, à forte aposta em recolocar Santa Maria como ponto principal para escalas técnicas no Atlântico Norte e, por outro lado, pelo número invulgar de assistências técnicas efectuadas devido ao cataclismo no Haiti e ao encerramento do espaço aéreo. O quadro abaixo apresenta a evolução da facturação a terceiros, de 2008 a 2010: Receita Assistência a Terceiros Variação % SMA ,32% 83,16% PDL ,12% 11,16% TER ,93% 1,81% HOR ,99% -4,80% PIX ,37% 33,77% Total ,90% 12,41% Relativamente ao sector de Manutenção de Equipamento de Terra, destaque para a melhoria efectuada nas oficinas das Lajes e de Santa Maria, proporcionando melhores condições de trabalho a todos os que ali executam as suas tarefas. 23

24 RELATÓRIO&CONTAS 2010///SATA AIR AÇORES MARKETING & VENDAS No ano de 2010 prosseguimos o nosso trabalho aprofundando os guias da nossa acção que já vinham de anos anteriores: Inovação de processos e serviços; Consolidação da relação com parceiros do sector; Procura de novos segmentos de mercado; Incremento da nossa agressividade comercial. No ano que passou a área de Customer Experience Management centrou-se no desenvolvimento de serviços e criação de produtos que consubstanciam mais um passo na constante procura da inovação e qualidade do serviço prestado aos nossos clientes. Web check-in e novos serviços a bordo Extra Seat, Extra Leg Room e Last Minute Upgrade para Classe Executiva foram algumas da inovações introduzidas em De salientar todo o empenho da equipa de Gestão de Reclamações e Sugestões no tratamento e resposta a Clientes, sobretudo face a crises como o encerramento do espaço aéreo por força da crise vulcânica na Islândia, que incrementou de maneira significativa o volume de trabalho desta equipa. No que ao Programa do Passageiro Frequente SATA IMAGINE diz respeito, o 2010 foi o ano da sua consolidação como um importante elo de ligação entre a SATA e o consumidor final. Atingimos um maior número de transacções fruto do aumento e diversificação de parcerias bem como da realização de inúmeras campanhas dirigidas aos Clientes IMAGINE. No que diz respeito a força de vendas, tanto a Rede de Lojas como o Website registaram um aumento da procura, com destaque para um crescimento de 70,20% das nossas vendas online face a A forte aposta neste canal de venda com a reestruturação do site, tornando-o mais rápido e intuitivo, quer no processo de busca, quer no processo de compra, bem como a introdução de novos serviços como o pagamento por multibanco, códigos promocionais e Web check-in, foi determinante para o alcance desta marca, reconhecida com a atribuição do prémio Agility Award ao nosso site pela multinacional portuguesa OutSystems. 24

25 De modo a optimizar a gestão da nossa Rede de Agentes, foi implementado em 2010 o CRM Customer Relationship Management, permitindo agora o registo e acesso a todas as transacções realizadas entre as empresas SATA e agentes de viagens. A esta implementação juntaram-se, sensivelmente na mesma altura, o Portal dos Agentes e um módulo de gestão dos grupos. Todos estes desenvolvimentos serviram para consolidar a nossa relação com os agentes de viagens e operadores, que foi também favorecida pelo reforço das nossas actividades de promoção. 25

26 RELATÓRIO&CONTAS 2010///SATA AIR AÇORES REVENUE MANAGEMENT Em 2010, foram consolidados os processos de gestão de receita implementados no ano anterior, dos quais destacamos a implementação de uma aplicação de gestão de grupos e a automatização gradual da gestão das rotas europeias. Prosseguimos o desenvolvimento do relacionamento com outras companhias aéreas, através do estabelecimento de acordos comerciais e parcerias, merecendo especial destaque o alargamento do code-share com a TAP Portugal e os acordos de Interline com a Malev Hungarian Airlines, a Czech Airlines CSA e a Aeroflot. Ao nível da Gestão Tarifária, reestruturamos e simplificamos as tarifas, assegurando uma análise constante da concorrência. Tirando partido dos acordos de Interline, passamos a oferecer novos destinos na Europa, contribuindo para a competitividade da companhia e para a melhoria da acessibilidade aérea aos Açores. Em resposta às alterações do comportamento da procura, devido à conjuntura económica adversa e às acções da concorrência, bem como à concorrência de outros destinos na Europa, América Central e América do Sul, respondemos com a criação de novos produtos tarifários (preço e regulamentação). Neste contexto exigente, revimos, com rigor, a segmentação da procura, garantimos a qualidade dos inputs (dados históricos do comportamento da procura) e influenciamos os respectivos outputs (limites de aceitação por subclasse ou produto tarifário), resultando numa melhoria dos modelos de estimativa da procura e na optimização da receita dos voos. Assim, através de uma gestão mais dinâmica do binómio preço/espaço e de uma política comercial agressiva, foi possível melhorar a produtividade da maioria das rotas. 26

27 RECURSOS HUMANOS Garantir que os nossos Recursos cresçam de forma orientada, consolidando conhecimentos, optimizando desempenhos, satisfazendo mais e melhor os nossos clientes Ef.Médio 688 P.T 568 Ef.Médio 696 P.T 572 Ef.Médio 707 P.T 562 P.N.C 33 P.N.T 44 P.N.C 36 P.N.T 48 P.N.C 37 P.N.T Os Nossos Recursos A SATA Air Açores, a 31 de Dezembro de 2010, integrava nos seus quadros 652 trabalhadores, sendo que 86,2% são Pessoal de Terra e 13,8% Pessoal Navegante (37 de Cabine e 53 Técnico), sendo 10,43% dos mesmos Licenciados. Formação Profissional Assegurar os elevados padrões de qualidade, rigor e segurança É reconhecida à formação profissional a importância essencial e estratégica, enquanto espaço privilegiado para a aquisição e desenvolvimento de conhecimentos h h h Acções realizadas Participantes Perfazendo um volume de horas de formação, em 2010, a empresa formou pessoas, realizando, para o efeito, 291 acções de formação (um aumento de 11% face a 2009). 27

28 RELATÓRIO&CONTAS 2010///SATA AIR AÇORES Mantendo a tendência observada nos últimos anos, denota-se, em 2010, um aumento de 16% nos custos com formação ( ,95 em 2010) m 1.224m 369m 462m 667m DGC 2% Outros 5% DOV 64% DGH 10% DME 19% É nas Operações de Voo (DOV) e na Manutenção e Engenharia (DME) que o Plano de Formação atinge valores mais expressivos, com os custos inerentes aos cursos ministrados ( ,61 e ,91 respectivamente), valores maioritariamente justificados pela formação e certificação do PNT e TMAs, no âmbito da Mudança de Frota para as aeronaves Bombardier Q200 e Q400 (projecto com início em 2009). Em 2010, na continuidade do investimento feito desde 2009 em Qualificação na nova Frota (em 2009 com maior incidência no Bombardier Q200), para além de toda a formação de qualificação inicial no Bombardier Q400, no segundo semestre do mesmo ano foram realizados os refrescamentos obrigatórios de simuladores. A formação de qualificação representou fortes investimentos na deslocação de formandos para o estrangeiro, assim como na vinda de instrutores estrangeiros para ministrarem formação em Ponta Delgada, quer em sala, quer em linha. A DOV formou 6 novos pilotos em Q200, o que representou um investimento em formação inicial em cerca de ,00. 28

29 Também na DME, a renovação da Frota justifica grande parte dos custos de formação pela necessidade de qualificar os TMAs em categoria B1-Electronica e B2-Electromecânica, bem como toda a formação dada On Job Training, acompanhada por instrutores estrangeiros. A Direcção Geral de Handling (DGH), com um investimento de ,60, é a terceira área com maior representatividade nos custos totais de formação (10,2% dos custos totais), justificada sobretudo pelo contínuo esforço em formação obrigatória de todo o pessoal de assistência em terra, bem como pela necessidade de formar pessoal para a época alta. Realça-se a formação de 35 novos TTAE (Técnicos de Tráfego de Assistência em Escala), o que se reflectiu num custo aproximado de ,00. Parte dos custos é igualmente justificada pelo investimento feito em formação, no âmbito do novo sistema AMADEUS. 29

30 RELATÓRIO&CONTAS 2010///SATA AIR AÇORES MANUTENÇÃO DE AERONAVES 2010 Foi um ano relevante para a Direcção de Manutenção e Aeronaves. Atendendo a que, no período entre o verão de 2009 e o de 2010, ocorreu a chegada de dois Dash8-Q200, o phase-out do Dornier , o phase-out de cinco BAe- ATPs e a chegada de quatro Dash8-Q400, acontecimentos de impar destaque. Regresso dos BAe-ATPs (MSN-2049 e 2018) CS-TGY e CS-TFJ à Inglaterra No processo de renovação da frota regional, a substituição dos BAe-ATPs e do Dornirer 228 pela frota Dash8-Q200 e Q400, foram preparados os ATPs que se encontravam a operar na SATA ao abrigo de contratos de aluguer assinados com a Empresa Inglesa Trident Aviation. Assim, em Fevereiro e Junho seguiram com destino a South-End-Of-Sea, na Inglaterra as aeronaves de matrícula CS-TGY e CS-TFJ. É de salutar o êxito com que a frota ATP serviu a operação nos Açores durante as passadas duas décadas com extrema resistência e fiabilidade face às duras características dessa operação. Cerimónia de entrega do primeiro Q400 No dia vinte e cinco de Janeiro foi entregue à SATA o primeiro avião Dash8-Q400 numa cerimónia realizada nas instalações da Bombardier Aerospace em Downsview, Toronto. Foi o primeiro de quatro aviões entregues no período de dois meses, e que vieram substituir a frota BAe-ATP na operação regional Açores e Madeira. Chegada da frota Q400 aos Açores Ao longo do primeiro trimestre de 2010 foram chegando a Ponta Delgada as quatro novas aeronaves Dash8-Q400 que mediante processo de certificação EASA foram recebendo respectivamente as matrículas CS-TRD, CS-TRE, CS-TRF e CS-TRG. O seu processo de lançamento no C.O.A. da Empresa teve implícito a acreditação e certificação da Direcção de Manutenção e Engenharia no âmbito da regulamentação EASA Parte-M, Sub-Parte G, e EASA Parte-145. Foi um processo que decorreu com extrema eficácia envolvendo muita entrega e dedicação por parte dos Serviços da DME. Sendo um processo de alguma complexidade, a permuta de equipamentos na operação regional, com a saída dos BAe-ATPs e entrada dos Dash8-Q400, demonstra bem a maturidade da Empresa neste ramo de actividade. 30

31 Operação da Madeira com um novo equipamento A partir de Março de 2010 efectuou-se a permuta do equipamento que assegura o serviço público de transporte aéreo entre o Funchal e o Porto Santo no Arquipélago da Madeira. Assim, foi retirado o BAe-ATP desta operação e inserido o Dash8-Q200 passando este a permanecer no Funchal com manutenção de linha assegurada para o efeito. Partida dos BAe-ATPs pertença da SATA Air Açores Foi em Outubro e Novembro de 2010 que os CS-TGL e CS- TGN (MSN-2019 e 2031) seguiram para a Westair Sweeden ao abrigo de um contrato de aluguer operacional - os últimos dois ATPs da SATA Air Açores. A partida do último ATP CS-TGN do Aeroporto João Paulo II deu-se no dia cinco de Novembro com destino a Malmoe na Suécia. 31

32 RELATÓRIO&CONTAS 2010///SATA AIR AÇORES OPERAÇÕES DE VOO No âmbito das Operações de Voo no ano de 2010, a actividade incidiu sobretudo nos nossos recursos humanos com destaque para as seguintes áreas: Principais acções de formação desenvolvidas: Acções de Simulador; Cursos de Qualificação Certificação em Língua Inglesa de acordo com a EU-OPS 1; Qualificação de TRI - Type Rate Instructor e Examiner. Pessoal Navegante de Cabine (PNC): Reajustamento dos efectivos necessários (Chefes de Cabine / Assistentes e Comissários de Bordo) para adequabilidade à nova frota; Planeamentos dos Cursos de Formação Básica e de Qualificação nos Equipamento DASH8 Q200 & Q400; Avaliações em Terra e em Voo. Planeamento das Acções de Refrescamento em Terra e em Voo dos Efectivos Actuais. Revalidação / Emissão dos CMC - Crew Member Certificate). Pessoal Navegante Técnico (PNT): Reajustamento dos efectivos necessários (Pilotos Comandantes / Co-Pilotos) para adequabilidade à nova frota; Planeamento dos Cursos de Qualificação no Equipamento DASH8 Q200 e Q400; Avaliações em Terra e em Voo; Planeamento das Acções de Refrescamento em Terra e em Voo dos Efectivos Actuais; Revalidação das Licenças e Certificados Médicos; Revalidação / Emissão dos CMC - Crew Member Certificate). Oficiais de Operações de Voo: Planeamento das acções de refrescamento dos actuais efectivos. Deslocações à Escala do Funchal para auditar/analisar publicações nos equipamentos e na escala. 32

33 SISTEMAS DE INFORMAÇÃO Ao querermos resumir numa frase a actividade dos Sistemas de Informação SATA durante o ano de 2010 facilmente podemos afirmar que: O ano de 2010 foi fortemente marcado pela inovação na SATA sendo a sua melhor expressão encontrada em projectos como o AMADEUS ALTEA, o site internet ( e a adopção de metodologias e ferramentas de desenvolvimento Agile. A adopção de Agile como modo de actuar nos projectos de desenvolvimento interno foi uma aposta estratégica dos Sistemas de Informação que pode ser considerada claramente tida como ganha, tendo permitido suportar as múltiplas iniciativas de desenvolvimento interno de um modo perfeitamente alinhado com as necessidades do negócio e com a garantia do seu envolvimento. Projectos Estratégicos AMADEUS ALTEA Projecto com forte impacto na capacidade de entrega de valor para cliente, tendo sido desenvolvido em torno do conceito de Customer Centricity. Solução com o melhor Value for Money do mercado que permitiu um tremendo aumento a nível funcional, obter redução de custos em termos de investimentos directos e custo de posse da solução, passando a integrar uma vasta comunidade de companhias aéreas. Site Internet Projecto que passou pela renovação integral do site de vendas na Internet e que de imediato permitiu duplicar as vendas directas neste canal. Este projecto permitiu a introdução de múltiplas inovações sendo de destacar o suporte à venda de bilhetes para clientes residentes nos Açores, pagamento via Multibanco, gestão de campanhas, suporte a códigos de promoção e disponibilização de serviços complementares. O back-office do site foi desenvolvido de acordo com uma metologia Agile, tendo sido galardoado com um prémio (Agility Award) pela empresa OutSystems. Revenue Management Projecto que visa directamente a maximização da receita (ganhos entre 3% a 7%) através de uma gestão baseada em modelos matemáticos de estimativa de procura / oferta e que permite uma gestão automatizada de inventário (lugares disponibilizados por classe de reserva / valor bilhete). Resultou na implementação de 3 produtos: Passenger Revenue Management Solution, Groups Revenue Management Solution e Network Revenue Planning Solution. Portal Colaborador (My SATA) Projecto que tem como objectivo dotar a SATA de uma intranet centrada no colaborador. O desenvolvimento deste projecto garante o acesso facilitado à 33

34 RELATÓRIO&CONTAS 2010///SATA AIR AÇORES informação e suporte / automação de processos associados ao colaborador, funcionando como canal de comunicação privilegiado. SGO-K Projecto de visou dotar os aeródromos geridos pela SATA com uma solução de gestão integrada de informação operacional e que permitiu um elevado grau de automatização de processos abrange toda informação desde o planeamento dos voos até aos ecrãs de informação. A aposta em desenvolver esta solução in-house traduziu-se para a SATA numa poupança muito significativa em termos financeiros, podendo ser reutilizada noutros aeroportos. Web Check-In Solução integrada na estratégia de Self Service Check-In e que visa permitir o checkin via internet. Mobile Check-In Solução integrada na estratégia de Self Service Check-In que visa permitir o check-in via telemóvel. Este projecto encontra-se em curso e estima ser disponibilizado aos clientes no decorrer do 1º trimestre de Mobile Boarding Pass Solução integrada na estratégia de Self Service Check-In que visa permitir a entrega do cartão de embarque via telemóvel. Este projecto encontra-se em curso e estima ser disponibilizado aos clientes no decorrer do 1º trimestre de SATA LookUp Lançamento de aplicações (apps) dedicadas às plataformas móveis iphone e com base em Android, bem como desenvolvimento de uma página web adaptada à utilização em telemóvel. Encontra-se já em curso o desenvolvimento de uma 2ª versão destas aplicações com a introdução de novas funcionalidades e suporte às línguas portuguesa e inglesa. Projectos Chave CRM Rede Agentes Aplicação para gestão de relações com os agentes de viagem. SGBL Aplicação para gestão integrada de Blended Learning. XRT Aplicação para gestão de tesouraria e bancos. OutSystems Plataforma de desenvolvimento Agile. Gravação de Chamadas Aplicação para habilitar a gravação de chamadas para os Call Centers solução de compliance. QMSys Aplicação desenvolvida in-house para gestão de processos de qualidade. 34

35 Gestão Listas Segurança Aplicação desenvolvida in-house para gestão das listas de segurança dos voos relativos ao mercado canadiano. Gestão ACARS Aplicação desenvolvida in-house para gestão de mensagens ACARS com mecanismo de alarme integrado. Gestão Info Bombardier Q400 Aplicação desenvolvida in-house para gestão de informação relativa aos equipamentos da frota Bombardier Dash Q

36 RELATÓRIO&CONTAS 2010///SATA AIR AÇORES Análise Económico-Financeira Evolução de Resultados obtidos em (milhares de euros) Resultados Unidade: meuros (mil Euros) Rendimentos operacionais Gastos operacionais Resultados operacionais Act. Financiamento (Ganhos/Perdas) Resultados Antes de Impostos Imp. Rend. Exercício Resultado líquido do exercício Rendimentos e Gastos Operacionais Unidade: meuros (mil Euros) Vendas 5 1 Exploração Aérea Assistência de Aviões de terceiros Subsídios Outros Rendimentos Operacionais Rendimentos Operacionais FSE Gastos Pessoal Outros Gastos e Perdas Gastos operacionais Res. Operac. antes de gastos de fin. e imp

37 Rendimentos Operacionais (meur) O.Rend. 17% T.Aéreo 39% Subsidios 31% Hdl 13% Apesar da conjuntura menos favorável, o volume de Rendimentos Operacionais da SATA Air Açores apresentou um crescimento superior a 7%, no qual se salienta o incremento de 4,8 milhões de euros provenientes de Subsídios à Exploração, referentes à compensação financeira pelo serviço público prestado, e ainda como resultado da implementação da nova frota e novas tarifas das OSP que entraram em vigor em O.Prov.O p. 18% Subsidios 36% 2010 Explor. Aérea 34% Hdl 12% Os efeitos negativos da conjuntura nacional e internacional, associados à nova estrutura tarifária, tiveram um impacto negativo no desenvolvimento dos proveitos derivados do transporte de passageiros, carga e correio, o que explica a diminuição do peso destes rendimentos no total.

38 RELATÓRIO&CONTAS 2010///SATA AIR AÇORES Gastos Operacionais (meur) Gastos operacionais A estrutura de gastos operacionais verificada durante o exercício de 2010 sofreu algumas alterações face a Em termos absolutos, o crescimento da rubrica de Outros Custos Operacionais é motivado pelo aumento verificado no valor dos gastos com amortização de equipamento básico, pela integração em 2010 de 4 novas aeronaves Dash Q- 400 na frota da SATA Air Açores. C.C.P 43% O.C.Op. 14% 2009 FSE 43% O.C.Op. 24% 2010 C.C.P 36% FSE 40% A redução registada no valor de custos com pessoal é essencialmente referente à diminuição do valor das responsabilidades com serviços passados dos activos da Empresa, por via da revisão da massa salarial para efeitos do cálculo da Segurança Social, que implicou uma diminuição no valor dos complementos e contribuições a cargo do fundo de Pensões SATA. 38

39 Unidade: meuros (mil Euros) EBITDAR Resultado Operacional Rendas Amortizações Face ao exercício anterior, os meios libertos de exploração apresentaram um crescimento considerável, justificado pelo aumento verificado no valor das amortizações do exercício. Activo, Capital Próprio e Situação Financeira Activo Líquido (meur) O Activo Líquido apresenta um crescimento bastante significativo na ordem dos 43%. Nas rubricas com variações mais significativas, destacam-se a de Activos Fixos Tangíveis, fruto da inclusão no património da empresa de 4 novas aeronaves Bombardier Dash-Q400 no início de O crescimento registado na rubrica de Outras Contas a Receber face a 2009 deve-se ao aumento dos valores a receber das empresas do Grupo

40 RELATÓRIO&CONTAS 2010///SATA AIR AÇORES Capital Próprio (meur) No que diz respeito a alterações verificadas no Capital Próprio, o comportamento é explicado por movimentos associados às relações entre as empresas do grupo, nomeadamente, integração dos resultados negativos auferidos no exercício de Passivo (meur) O aumento do Passivo da SATA Air Açores, de 2010, é explicado pelo financiamento obtido para aquisição das novas aeronaves Bombardier Dash Q Estrutura Financeira Estrutura Financeira Solvabilidade 39,35% 21,02% Endividamento 71,76% 82,63% Autonomia financeira 28,24% 17,37% A variação verificada no indicador de Solvabilidade reflecte o efeito do aumento do valor dos capitais alheios na estrutura de financiamento da empresa, por força dos empréstimos bancários contraídos para aquisição da nova frota Bombardier, com implicações naturais sobre o Endividamento e Autonomia Financeira. 40

41 Indicadores de Rendibilidade Rendibilidade Rendibilidade Operacional 2,49% -2,45% Rendibilidade dos Capitais Próprios 5,28% -12,74% Rendibilidade do Activo 1,49% -2,21% Os indicadores de Rendibilidade face a 2009 reflectem a os Resultados Operacionais e Líquidos da Empresa, em resultado do clima económico nacional. A nível operacional, apesar do aumento no total de Rendimentos e Ganhos Operacionais a redução do Resultado Operacional faz recuar o valor do indicador de Rendibilidade Operacional em aproximadamente 3 p.p. 41

42 RELATÓRIO&CONTAS 2010///SATA AIR AÇORES Aplicação de Resultados Nos termos das disposições legais e estatutárias, o Conselho de Administração da SATA Air Açores declara que, tanto quanto é do seu conhecimento, a informação constante na documentação de prestação de contas foi elaborada em conformidade com as normas contabilísticas aplicáveis, dando uma imagem verdadeira do activo e do passivo, da situação financeira e dos resultados da SATA Air Açores, e que o Relatório de Gestão expõe fielmente a evolução dos negócios, do desempenho e da posição da Empresa. Nos termos das disposições em vigor, propõe-se que o Resultado Liquido dos Exercício - negativo de ,00 euros seja transferido para a conta de Resultados Transitados. Ponta Delgada, 8 de Abril 2011 O Conselho de Administração António José Vasconcelos Franco Gomes de Menezes (Presidente) Luisa Maria Estrela Rego Miranda Schanderl (Administradora) Isabel Maria dos Santos Barata (Administradora) Luis Filipe Soares Borges da Silveira (Administrador) Filipa Carmen Henriques de Gouveia Rato Rosa (Administradora) 42

43 43 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

44 RELATÓRIO&CONTAS 2010///SATA AIR AÇORES SATA Air Açores - Sociedade Açoriana de Transportes Aéreos, S.A. BALANÇOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2010 E 2009 (Montantes expressos em Euros) ACTIVO Notas 31 Dezembro Dezembro 2009 ACTIVO NÃO CORRENTE: Activos fixos tangiveis Propriedades de investimento - Activos intangíveis Activos biológicos - Participações financeiras - método da equivalência patrimonial Participações financeiras - outros métodos Accionistas / sócios - Outros activos financeiros - Activos por impostos diferidos Outros activos não correntes Total do activo não corrente ACTIVO CORRENTE: Inventários Activos biológicos - Clientes Adiantamentos a fornecedores Estados e outros entes públicos Accionistas Outras contas a receber Diferimentos Activos financeiros detidos para negociação - Outros activos financeiros Activos não correntes detidos para venda - Caixa e depósitos bancários Total do activo corrente Total do activo O anexo faz parte integrante do balanço em 31 de Dezembro de

45 SATA Air Açores - Sociedade Açoriana de Transportes Aéreos, S.A. BALANÇOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2010 E 2009 (Montantes expressos em Euros) CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO Notas 31 Dezembro Dezembro 2009 CAPITAL PRÓPRIO: Capital realizado Acções (quotas) próprias - Reservas legais Outras reservas Resultados transitados Outras variações no capital próprio 17 ( ) ( ) Resultado líquido do exercício ( ) Total do capital próprio PASSIVO: PASSIVO NÃO CORRENTE: Provisões Financiamentos obtidos Responsabilidades por benefícios pós-emprego Passivos por impostos diferidos Total do passivo não corrente PASSIVO CORRENTE: Fornecedores Documentos pendentes de voo Adiantamentos de clientes Estado e outros entes públicos Financiamentos obtidos Outras contas a pagar Diferimentos Outros passivos financeiros Passivos não correntes detidos para venda - Total do passivo corrente Total do passivo Total do capital próprio e do passivo O anexo faz parte integrante do balanço em 31 de Dezembro de O Conselho de Administração O Técnico Oficial de Contas António José Vasconcelos Franco Gomes de Menezes (Presidente) António Jorge Ferreira da Silva Luisa Maria Estrela Rego Miranda Schanderl (Administradora) Isabel Maria dos Santos Barata (Administradora) 45 Luis Filipe Soares Borges da Silveira (Administrador) Filipa Carmen Henriques de Gouveia Rato Rosa (Administradora)

46 SATA Air Açores - Sociedade Açoriana de Transportes Aéreos, S.A. RELATÓRIO&CONTAS 2010///SATA AIR AÇORES DEMONSTRAÇÕES DAS ALTERAÇÕES NO CAPITAL PRÓPRIO NOS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2010 E 2009 (Montantes expressos em Euros) Capital próprio atribuído aos detentores do capital da empresa mãe Outras Excedentes variações no Resultado Capital Reservas Outras Resultados de capital líquido do Notas realizado legais reservas transitados revalorização próprio exercício Total Posição no início do exercício de POC ( ) ( ) Primeira adopção de novo referencial contabilístico ( ) Posição no início do exercício de NCRF ( ) ( ) Alterações no exercício: Primeira adopção de novo referencial contabilístico Actualização cambial das demonstrações financeiras de empresas do grupo expressas em moeda estrangeira 11 e Aplicação de resultados ( ) ( ) Resultado líquido do exercício de Resultado integral Operações com detentores de capital no período Realizações de capital Outras operações (1) - - ( ) - ( ) (1) - - ( ) - - Posição no fim do exercício de ( ) Capital próprio atribuído aos detentores do capital da empresa mãe Outras Excedentes variações no Resultado Capital Reservas Outras Resultados de capital líquido do Notas realizado legais reservas transitados revalorização próprio exercício Total Posição no início do exercício de ( ) Alterações no exercício: Ajustamentos a instrumentos financeiros de cobertura ( ) - ( ) Actualização cambial das demonstrações financeiras de empresas do grupo expressas em moeda estrangeira 11 e Outras variações nas subsidiárias 11 e ( ) - ( ) Aplicação de resultados ( ) - Outras 17 (1) ( ) Resultado líquido do exercício de ( ) ( ) Resultado integral ( ) ( ) ( ) Operações com detentores de capital no período Outras operações 17 ( ) ( ) Posição no fim do exercício de ( ) ( ) O anexo faz parte integrante da demonstração das alterações no capital próprio para o exercício findo em 31 de Dezembro de

47 O Técnico Oficial de Contas O Conselho de Administração António Jorge Ferreira da Silva António José Vasconcelos Franco Gomes de Menezes (Presidente) Luisa Maria Estrela Rego Miranda Schanderl (Administradora) Isabel Maria dos Santos Barata (Administradora) Luis Filipe Soares Borges da Silveira (Administrador) Filipa Carmen Henriques de Gouveia Rato Rosa (Administradora) 47

48 RELATÓRIO&CONTAS 2010///SATA AIR AÇORES SATA Air Açores - Sociedade Açoriana de Transportes Aéreos, S.A. DEMONSTRAÇÕES DOS RESULTADOS POR NATUREZAS DOS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2010 E 2009 (Montantes expressos em Euros) RENDIMENTOS E GASTOS Notas Vendas e serviços prestados Subsídios à exploração Ganhos / (perdas) imputados de subsid., assoc. e empreend. Conj. 11 ( ) ( ) Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas 14 ( ) ( ) Fornecimentos e serviços externos 23 ( ) ( ) Gastos com o pessoal 24 ( ) ( ) Imparidade de inventários ((perdas) / reversões) Imparidade de dívidas a receber ((perdas) / reversões) 13 (13.028) (32.843) Provisões ((aumentos) / reduções) ( ) Outros rendimentos e ganhos Outros gastos e perdas 26 ( ) ( ) Resultado antes de depreciações, gastos de financiamento e impostos (Gastos) / reversões de depreciação e de amortização 27 ( ) ( ) Imparidade de investimentos depreciáveis / amortizáveis ((perdas) / reversões) Resultado operacional antes de gastos de financiamento e impostos ( ) Juros e rendimentos similares obtidos Juros e gastos similares suportados 28 ( ) ( ) Resultado antes de impostos ( ) Imposto sobre o rendimento do exercício 12 ( ) Resultado líquido do exercício ( ) Resultado por acção básico (1,050) 0,217 O anexo faz parte integrante da demonstração dos resultados por naturezas para o exercício findo em 31 de Dezembro de O Técnico Oficial de Contas António Jorge Ferreira da Silva O Conselho de Administração António José Vasconcelos Franco Gomes de Menezes (Presidente) Luisa Maria Estrela Rego Miranda Schanderl (Administradora) Isabel Maria dos Santos Barata (Administradora) Luis Filipe Soares Borges da Silveira (Administrador) Filipa Carmen Henriques de Gouveia Rato Rosa (Administradora) 48

49 SATA Air Açores - Sociedade Açoriana de Transportes Aéreos, S.A. DEMONSTRAÇÕES DOS FLUXOS DE CAIXA DOS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2010 E 2009 (Montantes expressos em Euros) Notas FLUXOS DE CAIXA DAS ACTIVIDADES OPERACIONAIS: Recebimentos de clientes Pagamentos a fornecedores ( ) ( ) Pagamentos ao pessoal ( ) ( ) Caixa gerada pelas operações ( ) ( ) (Pagamento) / recebimento do imposto sobre o rendimento ( ) Outros recebimentos / (pagamentos) Fluxos das actividades operacionais [1] ( ) FLUXOS DE CAIXA DAS ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO: Pagamentos respeitantes a: Activos fixos tangíveis ( ) ( ) Activos intangíveis ( ) ( ) Investimentos financeiros - ( ) (8.172) ( ) Recebimentos provenientes de: Activos fixos tangíveis Activos intangíveis Juros e rendimentos similares Dividendos Fluxos das actividades de investimento [2] ( ) ( ) FLUXOS DE CAIXA DAS ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO: Recebimentos provenientes de: Financiamentos obtidos Pagamentos respeitantes a: Financiamentos obtidos ( ) ( ) Amortização de locações financeiras ( ) Juros e gastos similares ( ) ( ) ( ) ( ) Fluxos das actividades de financiamento [3] ( ) Variação de caixa e seus equivalentes [4]=[1]+[2]+[3] ( ) Efeito das diferenças de câmbio (75.352) Caixa e seus equivalentes no início do exercício 4 ( ) Caixa e seus equivalentes no fim do exercício ( ) O anexo faz parte integrante da demonstração dos fluxos de caixa para o exercício findo em 31 de Dezembro de O Técnico Oficial de Contas António Jorge Ferreira da Silva O Conselho de Administração António José Vasconcelos Franco Gomes de Menezes (Presidente) Luisa Maria Estrela Rego Miranda Schanderl (Administradora) Isabel Maria dos Santos Barata (Administradora) Luis Filipe Soares Borges da Silveira (Administrador) 49 Filipa Carmen Henriques de Gouveia Rato Rosa (Administradora)

50 RELATÓRIO&CONTAS 2010///SATA AIR AÇORES SATA Air Açores Sociedade Açoriana de Transportes Aéreos, S.A. ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS em 31 de Dezembro de Nota Introdutória (Montantes expressos em Euros) A SATA Air Açores Sociedade Açoriana de Transportes Aéreos, S.A. ( Empresa ou SATA ) resulta da transformação em sociedade anónima ao abrigo do Decreto-Lei n.º 276/2000, de 10 de Novembro, da SATA Air Açores Serviço Açoriano de Transportes Aéreos, E.P. (constituída ao abrigo do Decreto-Lei n.º 490/80 de 17 de Outubro). A Empresa é uma sociedade anónima, com sede na Avenida Infante D. Henrique, nº 55 2º andar, em Ponta Delgada e tem por objecto social a exploração, quer directa, quer através de participações detidas noutras empresas ou organizações, da actividade de transporte aéreo de passageiros, carga e correio, bem como a prestação de serviços e a realização das operações comerciais, industriais e financeiras, relacionadas, directa ou indirectamente, no todo ou em parte, com a referida exploração e que sejam susceptíveis de favorecer a sua realização, incluindo a assistência a aeronaves nos aeroportos, a formação de pessoal técnico e a assistência a outras empresas do sector, com cedência e fornecimento de meios técnicos e humanos. A subsidiária SATA Internacional Serviços e Transportes Aéreos, S.A. ( SATA Internacional ) desde 1 de Janeiro de 1999 passou a assegurar em regime de exclusividade e após a realização dos concursos públicos, as ligações aéreas de Ponta Delgada com o Continente e com o Funchal. A actividade de transporte aéreo regular dentro do Arquipélago dos Açores encontra-se, desde 1996, regulada pelo disposto no contrato de prestação de serviço público celebrado em 24 de Maio de 1996 entre a SATA e a Região Autónoma dos Açores, ao abrigo do estabelecido no nº 2 do Artigo 19º dos Estatutos da SATA, aprovados pelo Decreto-Legislativo Regional nº 2/88/A, de 5 de Fevereiro e do disposto na Resolução nº 86/96, de 23 de Maio. Em 2006 foi aberto um concurso público para exploração das rotas no arquipélago dos Açores, tendo a Empresa ganho o concurso para o período de 1 de Abril de 2006 a 31 de Maio de Em 7 de Setembro de 2009, a Empresa renovou o contrato de concessão dos serviços aéreos regulares no interior da Região Autónoma dos Açores, pelo prazo de cinco anos a contar daquela data. 50

51 Em 14 de Agosto de 2007 a Empresa celebrou com o Estado Português o contrato de concessão de serviços aéreos regulares para a rota Funchal e o Porto Santo, com duração de 3 anos a contar daquela data, tendo a data limite de 13 de Agosto de Em 12 de Agosto de 2010, a Empresa celebrou novo contrato de exploração, até 31 de Dezembro de 2010, para o serviço público daquela rota. Em 31 de Dezembro de 2010 a Empresa operava com seis aviões: (i) dois aviões Bombardier Q 200, a operar na SATA desde Julho de 2009; e (ii) quatro aviões Bombardier Q 400, a operar desde Março de Todos os aviões são propriedade da Empresa. Durante o ano de 2010, a Empresa efectuou ainda voos com quatro aeronaves ATP, sendo que: (i) duas delas pertenciam à Empresa, e foram alienadas no decurso do exercício; e (ii) as outras duas terminaram o contrato de locação operacional, tendo sido devolvidas à locadora Trident Aviation Leasing. As demonstrações financeiras da Empresa em 31 de Dezembro de 2010 referem-se à actividade da Empresa a nível individual e foram preparadas para aprovação e publicação nos termos da legislação em vigor. Apesar dos investimentos financeiros nas subsidiárias se encontrarem registados pela equivalência patrimonial, pelo qual se encontram reflectidos nas demonstrações financeiras da Empresa os efeitos de consolidação ao nível do resultado líquido e capitais próprios, a Empresa nos termos do n.º 3 do Artigo 7º do Decreto-Lei nº 158/2009, de 13 de Julho, está dispensada de elaborar demonstrações financeiras consolidadas dado que a entidade SATA Sociedade de Transportes Aéreos, SGPS, S.A. possui a totalidade do capital da Empresa e apresenta contas consolidadas nas quais são incluídas as demonstrações financeiras da Empresa e as das suas subsidiárias, de acordo com a legislação em vigor em Portugal. As demonstrações financeiras anexas são apresentadas em Euros, e foram aprovadas pelo Conselho de Administração, na reunião de 8 de Abril de Contudo, as mesmas estão ainda sujeitas a aprovação pela Assembleia Geral de Accionistas nos termos da legislação comercial em vigor em Portugal. O Conselho de Administração entende que estas demonstrações financeiras reflectem de forma verdadeira e apropriada as operações da Empresa, bem como a sua posição e desempenho financeiros e fluxos de caixa. 51

52 RELATÓRIO&CONTAS 2010///SATA AIR AÇORES 2. Referencial Contabilístico de Preparação das Demonstrações Financeiras As demonstrações financeiras anexas foram preparadas no quadro das disposições em vigor em Portugal, em conformidade com o Decreto-Lei nº 158/2009, de 13 de Julho, e de acordo com a estrutura conceptual, normas contabilísticas e de relato financeiro e normas interpretativas aplicáveis ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2010, e que se encontram consignadas, respectivamente, nos avisos 15652/2009, 15655/2009 e 15653/2009, de 27 de Agosto de 2009, os quais no seu conjunto constituem o Sistema de Normalização Contabilística ( SNC ). De ora em diante, o conjunto daquelas normas e interpretações serão designadas genericamente por NCRF. Até 31 de Dezembro de 2009, a Empresa elaborou, aprovou e publicou, para efeito do cumprimento da legislação comercial vigente, demonstrações financeiras de acordo com os princípios de contabilidade geralmente aceites em Portugal até àquela data, vertidos no Plano Oficial de Contabilidade ( POC ), Directrizes Contabilísticas e demais legislação complementar, os quais foram revogados pelos diplomas acima indicados. O balanço em 31 de Dezembro de 2009 e as demonstrações dos resultados, dos fluxos de caixa e das alterações do capital próprio, bem como as respectivas notas anexas do exercício findo em 31 de Dezembro de 2010, apresentadas para efeitos comparativos, foram ajustados em conformidade com as NCRF. Os ajustamentos registados com efeitos a 1 de Janeiro de 2009, data de transição, foram efectuados de acordo com as disposições da NCRF 3 Adopção pela primeira vez das normas contabilísticas e de relato financeiro. O efeito dos ajustamentos relacionados com a adopção das NCRF, reportado a 1 de Janeiro de 2009, foi registado em resultados transitados, conforme estabelecido na NCRF 3. A transição para as NCRF resultou nas seguintes alterações em políticas contabilísticas: a) De acordo com a NCRF 22 Contabilização dos subsídios do Governo e divulgação de apoios do Governo, os subsídios do Governo não reembolsáveis relacionados com activos fixos, devem ser apresentados no balanço como componente do capital próprio, e imputados como rendimentos do exercício numa base sistemática e racional durante a vida útil do activo. Desta forma, a Empresa passou a classificar na rubrica Outras variações no capital próprio o montante que recebeu em exercícios anteriores do Programa Operacional para o Desenvolvimento Económico e Social dos Açores ( PRODESA ) e que estava classificado na rubrica Proveitos diferidos em POC. Quanto ao valor reconhecido na demonstração de resultados no exercício de 2009 ( Euros), foi registado na rubrica Outros rendimentos e ganhos. 52

53 b) Tendo por base a NCRF 27 Instrumentos financeiros, os instrumentos financeiros de cobertura que sejam elegíveis de acordo com as disposições da NCRF 27 e que respeitem à variabilidade de taxa de juro, do risco cambial, do risco de preços de mercadorias no âmbito de um compromisso ou de uma transacção futura de elevada probabilidade, as alterações no justo valor do instrumento de cobertura deverão ser reconhecidas directamente em capital próprio e, subsequentemente, deverão ser reconhecidas as liquidações periódicas em base líquida. Em 1 de Janeiro de 2009, data da transição, a Empresa não possuía quaisquer instrumentos de cobertura em aberto. Em 31 de Dezembro de 2009, a Empresa registou em POC uma provisão no montante de Euros (e o correspondente imposto diferido activo no montante de Euros), relativo às perdas potenciais com os referidos contratos. De acordo com a NCRF 27, os contratos de derivados deverão ser registados ao seu justo valor, independentemente de apresentarem um ganho ou uma perda potencial, pelo que com a adopção deste normativo, a Empresa: (i) procedeu à reclassificação da rubrica Provisões para a rubrica Outros passivos financeiros, do justo valor daqueles contratos àquela data, no montante de Euros; (ii) adicionalmente, por os mesmos se considerarem instrumentos financeiros de cobertura, o montante líquido de Euros foi reclassificado para a rubrica do capital próprio Outras variações do capital próprio ao invés de afectar, naquele exercício, a demonstração de resultados, enquanto o montante remanescente, no valor de Euros dos contratados em perda, que foi contratado em nome da subsidiária SATA Internacional, foi deduzido à rubrica Outras contas a pagar ; (iii) por sua vez, procedeu ao registo na rubrica Outros activos financeiros do montante de Euros, dos valores relativos ao justo valor dos ganhos potenciais dos contratos de derivados, contratados para si e em nome da sua subsidiária SATA Internacional, os quais foram registados em 31 de Dezembro de 2009, por contrapartida da rubrica Outras variações no capital próprio e Outras contas a pagar, nos montantes de Euros e Euros, respectivamente; e (iv) procedeu à correcção dos activos por impostos diferidos no montante de 904 Euros e ao registo de passivos por impostos diferidos no montante de Euros. Assim, em 31 de Dezembro de 2009, o montante de Euros registado na rubrica Outras contas a pagar respeita ao justo valor dos derivados naquela data, contratados pela Empresa em nome da sua subsidiária SATA Internacional (Nota 21). c) Adicionalmente, a Empresa procedeu ao registo dos efeitos nas subsidiárias, decorrentes da adopção das NCRF s por estas, corrigindo a aplicação do método da equivalência patrimonial de 2009 no montante de Euros, sendo que: (i) o montante de

54 RELATÓRIO&CONTAS 2010///SATA AIR AÇORES Euros foi registado por contrapartida do resultado líquido do exercício de 2009; e (ii) o montante de Euros por contrapartida de outras variações no capital próprio, referente ao efeito do registo dos instrumentos financeiros derivados como de cobertura por parte da subsidiária SATA Internacional (Nota 17). Reconciliação do capital próprio em 1 de Janeiro de 2009 (data de transição) e em 31 de Dezembro de 2009: Em Em (data da (data do último Rubrica transição) relato em POC) Capital próprio de acordo com o anterior referencial contabilístico Subsídios de Governo não reembolsáveis Instrumentos de cobertura: Efeito na rubrica "Outras variações do capital próprio" Efeito no resultado líquido do exercício Impacto dos ajustamentos de conversão das subsidiárias Efeito na rubrica "Outras variações do capital próprio" Efeito no resultado líquido do exercício Capital próprio de acordo com as NCRF Os efeitos, no balanço em 31 de Dezembro de 2009, derivados da conversão das demonstrações financeiras preparadas de acordo com o POC para as demonstrações financeiras reexpressas em conformidade com as NCRF, detalham-se como se segue: Ajustamentos de conversão para as NCRF Reclassificações de conversão para as NCRF ACTIVO NÃO CORRENTE Activos fixos tangíveis ( ) (70.418) Activos intangíveis Participações financeiras Activos por impostos diferidos (904) Outras contas a receber Empresas do grupo ( ) - ACTIVO CORRENTE POC Subsídios de Governo não reembolsáveis Registo de instrumentos de cobertura Ajustamentos de conversão das subsidiárias Perdas no valor residual de equipamentos Software informático (904) ( ) Inventários Clientes Adiantamentos a fornecedores Estado e outros entes públicos Accionistas Outras contas a receber Diferimentos Outros activos financeiros Caixa e depósitos bancários Empresas do grupo ( ) Total do activo ( ) Outros NCRF 54

55 POC Ajustamentos de conversão para as NCRF Subsídios de Governo não reembolsáveis Registo de instrumentos de cobertura Ajustamentos de conversão das subsidiárias Reclassificações de conversão para as NCRF Perdas no valor residual de equipamentos Excedentes de revalorização Outros NCRF CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO CAPITAL PRÓPRIO Capital realizado Reservas legais Outras reservas Resultados transitados Excedentes de revalorização ( ) - - Outras variações no capital próprio ( ) ( ) Resultado líquido do exercício Total do capital próprio PASSIVO PASSIVO NÃO CORRENTE Provisões ( ) - ( ) Financiamentos obtidos Responsabilidades por benefícios pós-emprego Passivos por impostos diferidos ( ) - ( ) PASSIVO CORRENTE Fornecedores Adiantamentos de clientes Estado e outros entes públicos Financiamentos obtidos Documentos pendentes de voo Outras contas a pagar Diferimentos (64.253) Outros passivos financeiros Empresas do grupo ( ) (64.253) Total do passivo (64.253) ( ) Total do capital próprio e do passivo ( ) No que respeita a coluna Perdas no valor residual de equipamentos, em 31 de Dezembro de 2009, a Empresa tinha registado em POC na rubrica Provisões o montante de Euros referente à diferença entre o valor líquido contabilístico das aeronaves e seus componentes e o respectivo valor de mercado. Atendendo à natureza de tal provisão, que respeita ao ajustamento de um activo (valor das aeronaves), com a transição para as NCRF foi reclassificada para o activo. Relativamente aos valores registados na coluna Software informático, respeitam a valores que em POC estavam registados como activos tangíveis e que foram reclassificados com a transição para as NCRF para activos intangíveis. As reclassificações registadas na coluna Outros respeitam à correcta classificação dos saldos com o accionista e empresas do Grupo SATA, que no anterior normativo estavam registadas nas rubricas de Empresas do grupo do activo e passivo. 55

56 RELATÓRIO&CONTAS 2010///SATA AIR AÇORES Reconciliação do resultado líquido do exercício findo em 31 de Dezembro de 2009: Exercício findo em (data do último relato em POC) De acordo com o anterior referencial contabilístico Registo de instrumentos de cobertura Impacto dos ajustamentos de conversão das subsidiárias Efeito fiscal (57.007) Ajustamento total De acordo com as NCRF O efeito na demonstração dos resultados do exercício findo em 31 de Dezembro de 2009 é detalhado como se segue: RENDIMENTOS E GASTOS POC Ajustamentos de conversão para as NCRF Exercício findo em 31 de Dezembro de 2009 Reclassificações de conversão para as NCRF Registo de Ajustamentos de instrumentos de conversão das Resultados Resultados cobertura subsidiárias financeiros extraordinários Comissões Milhas atribuídas NCRF Vendas e serviços prestados ( ) - ( ) ( ) Subsídios à exploração Ganhos / (perdas) imputados de subsidiárias e associadas ( ) ( ) Custos das mercadorias vendidas e das matérias consumidas ( ) ( ) Fornecimentos e serviços externos ( ) - - ( ) ( ) Gastos com o pessoal ( ) ( ) Imparidades de dívidas a receber ((perdas) / reversões) (32.843) (32.843) Provisões ((aumentos) / reduções) ( ) ( ) Outros rendimentos e ganhos Outros gastos e perdas ( ) - - ( ) (50.739) - - ( ) Resultado antes de depreciações, gastos de financiamento e impostos (Gastos) / reversões de depreciação e de amortização ( ) ( ) Resultado operacional (antes de gastos de financiamento e impostos) ( ) Juros e rendimentos similares obtidos ( ) Juros e gastos similiares suportados ( ) ( ) Resultados extraordinários ( ) Resultado antes de impostos (32.831) Impostos sobre o rendimento do exercício (57.007) Resultado líquido do exercício As principais reclassificações do exercício, respeitam a: a) Resultados financeiros: (i) reclassificação para Fornecimentos e serviços externos do montante de Euros relacionado com instrumentos financeiros de cobertura de combustível; (ii) reclassificação para Vendas e prestações de serviços dos valores relativos a descontos de pronto pagamento e comissões suportadas com pagamentos por multibanco, nos montantes de Euros e Euros, respectivamente; e (iii) reclassificação para Outros gastos e perdas e Outros proveitos e ganhos dos montantes relacionados com instrumentos financeiros de cobertura de taxa de câmbio e diferenças cambiais. 56

57 b) Resultados extraordinários de acordo com a NCRF 1 Estrutura e Conteúdo das Demonstrações Financeiras, uma entidade não deve apresentar itens de rendimento e de gasto como itens extraordinários, quer na face da demonstração dos resultados quer no anexo, pelo que os mesmos foram reclassificados para as respectivas rubricas de gastos e rendimentos em função da respectiva natureza. c) Comissões respeita a comissões atribuídas aos agentes, pelo volume de vendas, pelo que assumem a forma de descontos de rappel, logo deverão ser deduzidas às prestações de serviços. d) Milhas atribuídas respeita ao reforço de provisão no exercício de 2009 para o programa de passageiro frequente SATA IMAGINE. Quanto à demonstração dos fluxos de caixa, com a transição para as NCRF a Empresa passou a elaborar a referida demonstração pelo método directo, quando no anterior normativo apresentava pelo método indirecto. Os impactos nas actividades anteriormente reportadas pela Empresa, descrevem-se como segue: Anterior Efeito da referencial transição para contabilístico NCRF NCRF Fluxos de caixa das actividades operacionais Fluxos de caixa das actividades de investimento ( ) ( ) ( ) Fluxos de caixa das actividades de financiamento ( ) ( ) Variação de caixa e seus equivalentes ( ) - ( ) Efeito das diferenças de câmbio ( ) - ( ) Caixa e seus equivalentes no início do exercício Caixa e seus equivalentes no fim do exercício ( ) - ( ) O efeito da transição para as NCRF, com impacto nas actividades operacionais e de investimento, decorre essencialmente do facto de em POC a Empresa apresentar os ganhos e perdas de operações de cobertura como actividades de investimento, no caso de ter sido gerado um ganho, ou como actividade de financiamento, caso tenha sido gerada uma perda. Com a adopção das NCRF, tais valores passaram a ser registados como actividades operacionais, atendendo à sua natureza e substância (risco cambial e risco de preços de jet fuel). 3. Principais Políticas Contabilísticas As principais políticas contabilísticas adoptadas na preparação das demonstrações financeiras anexas são as seguintes: 57

58 RELATÓRIO&CONTAS 2010///SATA AIR AÇORES 3.1 Bases de apresentação As demonstrações financeiras anexas foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações, a partir dos livros e registos contabilísticos da Empresa, de acordo com as Normas Contabilísticas e de Relato Financeiro. 3.2 Activos fixos tangíveis Equipamento de voo O equipamento de voo encontra-se reflectido no balanço ao custo de aquisição na rubrica Activos fixos tangíveis equipamento básico, o qual inclui o custo de compra e quaisquer custos directamente atribuíveis às actividades necessárias para colocar tais activos na localização e condição necessárias para operarem da forma pretendida, deduzido de amortizações acumuladas e perdas por imparidade acumuladas. As amortizações são calculadas sobre o valor de custo de aquisição deduzido do valor residual (10% do custo), segundo o método das quotas constantes e a partir do momento em que o bem se encontra em condições de ser utilizado, durante a vida útil estimada e respectivas componentes que é actualmente: Aviões: 18 anos Motores: 3 anos Hélices: 5 anos Trens de reserva e sobressalentes: 6 anos O valor das componentes é estimado com base no custo a incorrer na grande manutenção, sendo a vida útil acima indicada o período estimado que decorre entre cada grande manutenção da referida componente. No caso de aviões adquiridos em estado de uso, é determinado o período remanescente entre a data de aquisição das aeronaves e o termo da sua vida útil estimada, não ultrapassando os 20 anos como vida útil total das aeronaves. As despesas de manutenção e reparação (dispêndios subsequentes) que não são susceptíveis de gerar benefícios económicos futuros adicionais são registadas como gastos no período em que são incorridas. Atendendo ao facto dos activos fixos relacionados com equipamentos de voo se encontrarem componentizados por grandes classes, quando ocorrer uma grande manutenção das componentes dos aviões as mesmas são registadas como activo fixo tangível e amortizadas durante o período 58

59 estimado até à realização da próxima grande manutenção. No caso de a grande manutenção ser antecipada, os valores líquidos contabilísticos da anterior grande manutenção serão anulados, por contrapartida da demonstração de resultados do exercício. Outros activos tangíveis Os activos fixos tangíveis adquiridos até 31 de Dezembro de 1991 encontram-se registados ao custo considerado, o qual engloba o custo de aquisição e os efeitos das reavaliações efectuadas ao abrigo das disposições previstas em diplomas legais, o último dos quais o Decreto-Lei 264/92, de 24 de Novembro. Os outros activos fixos adquiridos após 1 de Janeiro de 1992, encontram-se registados ao custo de aquisição, o qual inclui o custo de compra e quaisquer custos directamente atribuíveis às actividades necessárias para colocar os activos na localização e condições necessárias para operarem da forma pretendida, deduzido de amortizações e de eventuais perdas por imparidade acumuladas. As amortizações são calculadas, após o momento em que o bem se encontra em condições de ser utilizado, de acordo com o método das quotas constantes, em conformidade com o período de vida útil estimado para cada grupo de bens. As taxas de amortização utilizadas correspondem aos seguintes períodos de vida útil estimada: Bem Anos de vida útil Edifícios e outras construções 50 Equipamento básico 5-12 Equipamento de transporte 5-7 Ferramentas e utensílios 5-12 Equipamento administrativo 4-10 Outros activos tangíveis 3-20 As vidas úteis e método de amortização dos vários bens são revistos anualmente. O efeito de alguma alteração a estas estimativas é reconhecido prospectivamente na demonstração dos resultados. O ganho (ou a perda) resultante da alienação ou abate de um activo fixo tangível é determinado como a diferença entre o justo valor do montante recebido na transacção ou a receber e a quantia escriturada do activo e é reconhecido em resultados no período em que ocorre o abate ou a alienação. 59

60 RELATÓRIO&CONTAS 2010///SATA AIR AÇORES 3.3 Locações As locações são classificadas como financeiras sempre que os seus termos transferem substancialmente todos os riscos e benefícios associados à propriedade do bem para o locatário. As restantes locações são classificadas como operacionais. A classificação das locações é feita em função da substância e não da forma do contrato. Os activos adquiridos mediante contratos de locação financeira, bem como as correspondentes responsabilidades, são registados no início da locação pelo menor de entre o justo valor dos activos e o valor presente dos pagamentos mínimos da locação. Os pagamentos de locações financeiras são repartidos entre encargos financeiros e redução da responsabilidade, por forma a ser obtida uma taxa de juro constante sobre o saldo pendente da responsabilidade. Os pagamentos de locações operacionais são reconhecidos como gasto numa base linear durante o período da locação. Os incentivos recebidos são registados como uma responsabilidade, sendo o montante agregado dos mesmos reconhecido como uma redução do gasto com a locação, igualmente numa base linear. As rendas contingentes são reconhecidas como gastos do período em que são incorridas. A Empresa regista como custo do exercício os encargos a incorrer no futuro com revisões gerais dos aviões em regime de locação operacional, os quais são registados na demonstração de resultados dos exercícios em função das horas voadas por cada avião, no âmbito do contrato de manutenção, em que é estabelecido o pagamento de um montante fixo por hora de voo efectuada pela aeronave. 3.4 Activos intangíveis Os activos intangíveis que compreendem, essencialmente, licenças informáticas, encontram-se registados ao custo de aquisição deduzido de amortizações acumuladas e perdas por imparidade acumuladas. As amortizações são calculadas pelo método das quotas constantes durante um período de três anos. 3.5 Imparidade de activos fixos tangíveis e intangíveis Em cada data de relato é efectuada uma revisão das quantias escrituradas dos activos fixos tangíveis e intangíveis da Empresa com vista a determinar se existe algum indicador de que os mesmos possam estar em imparidade. Se existir algum indicador, é estimada a quantia recuperável dos respectivos activos a fim de determinar a extensão da perda por imparidade (se for o caso). 60

61 Quando não é possível determinar a quantia recuperável de um activo individual, é estimada a quantia recuperável da unidade geradora de caixa a que esse activo pertence. A quantia recuperável do activo ou da unidade geradora de caixa consiste no maior de entre (i) o justo valor deduzido de custos para vender e (ii) o valor de uso. Na determinação do valor de uso, os fluxos de caixa futuros estimados são descontados usando uma taxa de desconto antes de impostos que reflicta as expectativas do mercado quanto ao valor temporal do dinheiro e quanto aos riscos específicos do activo ou da unidade geradora de caixa relativamente aos quais as estimativas de fluxos de caixa futuros não tenham sido ajustadas. Sempre que a quantia escriturada do activo ou da unidade geradora de caixa for superior à sua quantia recuperável, é reconhecida uma perda por imparidade. A perda por imparidade é registada de imediato na demonstração dos resultados na rubrica de Perdas por imparidade, salvo se tal perda compensar um excedente de revalorização registado no capital próprio. Neste último caso, tal perda será tratada como um decréscimo daquela revalorização. A reversão de perdas por imparidade reconhecidas em exercícios anteriores é registada quando existem evidências de que as perdas por imparidade reconhecidas anteriormente já não existem ou diminuíram. A reversão das perdas por imparidade é reconhecida na demonstração dos resultados na rubrica de Reversões de perdas por imparidade. A reversão da perda por imparidade é efectuada até ao limite da quantia que estaria reconhecida (líquida de amortizações) caso a perda não tivesse sido registada. 3.6 Participações financeiras em subsidiárias e associadas As participações em subsidiárias e associadas são registados pelo método da equivalência patrimonial. De acordo com o método da equivalência patrimonial, as participações financeiras são registadas inicialmente pelo seu custo de aquisição e posteriormente ajustadas em função das alterações verificadas, após a aquisição, na quota-parte da Empresa nos activos líquidos das correspondentes entidades. Os resultados da Empresa incluem a parte que lhe corresponde nos resultados dessas entidades. O excesso do custo de aquisição face ao justo valor de activos e passivos identificáveis de cada entidade adquirida na data de aquisição é reconhecido como goodwill e é mantido no valor de investimento financeiro. Caso o diferencial entre o custo de aquisição e o justo valor dos activos e passivos líquidos adquiridos seja negativo, o mesmo é reconhecido como um rendimento do exercício. 61

62 RELATÓRIO&CONTAS 2010///SATA AIR AÇORES É feita uma avaliação dos investimentos financeiros quando existem indícios de que o activo possa estar em imparidade, sendo registadas como gastos na demonstração dos resultados, as perdas por imparidade que se demonstre existir. Quando a proporção da Empresa nos prejuízos acumulados da subsidiária ou associada excede o valor pelo qual o investimento se encontra registado, o investimento é relatado por valor nulo, excepto quando a Empresa tenha assumido compromissos de cobertura de prejuízos da associada, casos em que as perdas adicionais determinam o reconhecimento de um passivo. Se posteriormente a associada relatar lucros, a Empresa retoma o reconhecimento da sua quota-parte nesses lucros somente após a sua parte nos lucros igualar a parte das perdas não reconhecidas. Os ganhos não realizados em transacções com subsidiárias e associadas são eliminados proporcionalmente ao interesse da Empresa nas mesmas, por contrapartida da correspondente rubrica do investimento. As perdas não realizadas são similarmente eliminadas, mas somente até ao ponto em que a perda não resulte de uma situação em que o activo transferido esteja em imparidade. Nos termos do nº 3 do artigo 7º do Decreto-lei nº158/09, a Empresa está dispensada de elaborar demonstrações financeiras consolidadas, atendendo ao facto da sua Empresa-mãe (SATA Sociedade de Transportes Aéreos, SGPS, S.A.), com sede em Ponta Delgada, possuir directamente a totalidade das acções da Empresa e apresentar contas consolidadas nas quais são incluídas as demonstrações financeiras da Empresa e as das suas subsidiárias. 3.7 Imposto sobre o rendimento O imposto sobre o rendimento do exercício corresponde à soma dos impostos correntes com os impostos diferidos. Os impostos correntes e os impostos diferidos são registados em resultados, salvo quando os impostos diferidos se relacionam com itens registados directamente no capital próprio. Neste caso, os impostos diferidos são igualmente registados no capital próprio. O imposto corrente a pagar é calculado com base no lucro tributável da Empresa. O lucro tributável difere do resultado contabilístico, uma vez que exclui diversos gastos e rendimentos que apenas serão dedutíveis ou tributáveis em outros exercícios, bem como gastos e rendimentos que nunca serão dedutíveis ou tributáveis. Os impostos diferidos referem-se às diferenças temporárias entre os montantes dos activos e passivos para efeitos de relato contabilístico e os respectivos montantes para efeitos de tributação. Os activos e os passivos por impostos diferidos são mensurados utilizando as taxas de tributação 62

63 que se espera estarem em vigor à data da reversão das correspondentes diferenças temporárias, com base nas taxas de tributação (e legislação fiscal) que estejam formalmente emitidas na data de relato. Os passivos por impostos diferidos são reconhecidos para todas as diferenças temporárias tributáveis e os activos por impostos diferidos são reconhecidos para as diferenças temporárias dedutíveis para as quais existem expectativas razoáveis de lucros fiscais futuros suficientes para utilizar esses activos por impostos diferidos, ou diferenças temporárias tributáveis que se revertam no mesmo período de reversão das diferenças temporárias dedutíveis. Em cada data de relato é efectuada uma revisão dos activos por impostos diferidos, sendo os mesmos ajustados em função das expectativas quanto à sua utilização futura. 3.8 Inventários Os inventários são registados ao menor de entre o custo e o valor líquido de realização. Nas situações em que o valor de custo é superior ao valor líquido de realização, é registado um ajustamento (perda por imparidade) pela respectiva diferença. As variações do exercício nas perdas por imparidade de inventários são registadas na rubrica de resultados Perdas por imparidade em inventários e Reversões de ajustamentos em inventários. O método de custeio dos inventários adoptado pela Empresa consiste no custo médio. 3.9 Activos e passivos financeiros Os activos e os passivos financeiros são reconhecidos no balanço quando a Empresa se torna parte das correspondentes disposições contratuais, sendo utilizado para o efeito o previsto na NCRF 27 Instrumentos financeiros. Os activos e os passivos financeiros são assim mensurados de acordo com os seguintes critérios: (i) ao custo ou custo amortizado e (ii) ao justo valor com as alterações reconhecidas na demonstração dos resultados. Ao custo ou custo amortizado São classificados na categoria ao custo ou custo amortizado os activos e os passivos financeiros que apresentem as seguintes características: Sejam à vista ou tenham uma maturidade definida; e Tenham associado um retorno fixo ou determinável; e 63

64 RELATÓRIO&CONTAS 2010///SATA AIR AÇORES Não sejam um instrumento financeiro derivado ou não incorporem um instrumento financeiro derivado. O custo amortizado é determinado através do método do juro efectivo. A taxa de juro efectiva é a taxa que desconta exactamente os pagamentos ou recebimentos futuros estimados durante a vida esperada do instrumento financeiro na quantia líquida escriturada do activo ou passivo financeiro. Nesta categoria incluem-se, consequentemente, os seguintes activos e passivos financeiros: e) Clientes e outras dívidas de terceiros Os saldos de clientes e de outras dívidas de terceiros são registados ao custo amortizado deduzido de eventuais perdas por imparidade. Usualmente, o custo amortizado destes activos financeiros não difere do seu valor nominal. f) Caixa e depósitos bancários Os montantes incluídos na rubrica de Caixa e depósitos bancários correspondem aos valores de caixa, depósitos bancários e depósitos a prazo e outras aplicações de tesouraria vincendas a menos de três meses e para os quais o risco de alteração de valor é insignificante. Estes activos são mensurados ao custo amortizado. Usualmente, o custo amortizado destes activos financeiros não difere do seu valor nominal. g) Outros activos financeiros Os outros activos financeiros, que incluem, essencialmente, compensações financeiras de serviço público e contas a receber de empresas do grupo, são registados ao custo amortizado deduzido de eventuais perdas por imparidade. h) Fornecedores e outras dívidas a terceiros Os saldos de fornecedores e de outras dívidas a terceiros são registados ao custo amortizado. Usualmente, o custo amortizado destes passivos financeiros não difere do seu valor nominal i) Financiamentos obtidos Os financiamentos obtidos são registados no passivo ao custo amortizado. 64

65 Eventuais despesas incorridas com a obtenção desses financiamentos, assim como os encargos com juros e despesas similares, são reconhecidos pelo método do juro efectivo, em resultados do exercício, ao longo do período de vida desses financiamentos. As referidas despesas incorridas, enquanto não estiverem reconhecidas, são apresentadas a deduzir à rubrica de Financiamentos obtidos. j) Outros passivos financeiros Os outros passivos financeiros, que incluem os instrumentos financeiros derivados que se qualificam como de cobertura, pelo que são registados ao justo valor com as alterações reconhecidas em capital próprio, na rubrica Outras variações do capital próprio. Imparidade de activos financeiros Os activos financeiros classificados na categoria ao custo ou custo amortizado são sujeitos a testes de imparidade em cada data de relato. Tais activos financeiros encontram-se em imparidade quando existe uma evidência objectiva de que, em resultado de um ou mais acontecimentos ocorridos após o seu reconhecimento inicial, os seus fluxos de caixa futuros estimados são afectados. Para os activos financeiros mensurados ao custo amortizado, a perda por imparidade a reconhecer corresponde à diferença entre a quantia escriturada do activo e o valor presente dos novos fluxos de caixa futuros estimados descontados à respectiva taxa de juro efectiva original. Para os activos financeiros mensurados ao custo, a perda por imparidade a reconhecer corresponde à diferença entre a quantia escriturada do activo e a melhor estimativa do justo valor do activo. As perdas por imparidade são registadas em resultados na rubrica Perdas por imparidade no período em que são determinadas. Subsequentemente, se o montante da perda por imparidade diminui e tal diminuição pode ser objectivamente relacionada com um acontecimento que teve lugar após o reconhecimento da perda, esta deve ser revertida por resultados. A reversão deve ser efectuada até ao limite da quantia que estaria reconhecida (custo amortizado) caso a perda não tivesse sido inicialmente registada. A reversão de perdas por imparidade é registada em resultados na rubrica Reversões de perdas por imparidade. Não é permitida a reversão de perdas por imparidade registada em investimentos, em instrumentos de capital próprio (mensurados ao custo). 65

66 RELATÓRIO&CONTAS 2010///SATA AIR AÇORES Desreconhecimento de activos e passivos financeiros A Empresa desreconhece activos financeiros apenas quando os direitos contratuais aos seus fluxos de caixa expiram, ou quando transfere para outra entidade os activos financeiros e todos os riscos e benefícios significativos associados à posse dos mesmos. São desreconhecidos os activos financeiros transferidos relativamente aos quais a Empresa reteve alguns riscos e benefícios significativos, desde que o controlo sobre os mesmos tenha sido cedido. A Empresa desreconhece passivos financeiros apenas quando a correspondente obrigação seja liquidada, cancelada ou expire. Instrumentos financeiros derivados e contabilidade de cobertura Os instrumentos financeiros derivados são registados inicialmente pelo seu justo valor na data em que são contratados. Em cada data de relato são mensurados ao justo valor, sendo o correspondente ganho ou perda de remensuração registado de imediato em resultados, salvo se forem instrumentos financeiros designados como instrumentos de cobertura. Quando forem designados como instrumentos de cobertura, o correspondente ganho ou perda de remensuração deve ser registado em resultados quando a posição coberta afectar resultados. Um instrumento financeiro derivado com um justo valor positivo é reconhecido como um activo financeiro na rubrica Outros activos financeiros. Um instrumento financeiro derivado com um justo valor negativo é reconhecido como um passivo na rubrica Outros passivos financeiros. A Empresa designa como instrumento de cobertura instrumentos financeiros derivados, no âmbito de operações de cobertura dos riscos de exposição à variabilidade de taxa de juro, do risco cambial e do risco de preços de mercadorias (jet fuel) no âmbito de um compromisso ou de uma transacção futura de elevada probabilidade. Os critérios para a aplicação das regras de contabilidade de cobertura são os seguintes: Adequada documentação da operação de cobertura; O risco a cobrir é um dos riscos descritos na NCRF 27 Instrumentos financeiros; É esperado que as alterações no justo valor ou fluxos de caixa do item coberto, atribuíveis ao risco a cobrir, sejam praticamente compensadas pelas alterações no justo valor do instrumento de cobertura. No início da operação da cobertura, a Empresa documenta a relação entre o instrumento de cobertura e o item coberto, os seus objectivos e estratégia de gestão do risco e a sua avaliação da 66

67 eficácia do instrumento de cobertura a compensar variações nos justos valores e fluxos de caixa do item coberto. Cobertura de risco de variabilidade de taxa de juro, risco cambial, risco de preço de mercadorias no âmbito de um compromisso ou de uma transacção futura de elevada probabilidade e risco de investimento líquido numa operação estrangeira. As variações no justo valor dos instrumentos financeiros derivados designados como instrumento de cobertura no âmbito de cobertura de risco de variabilidade de taxa de juro, risco cambial, risco de preço de mercadorias no âmbito de um compromisso ou de uma transacção futura de elevada probabilidade e risco de investimento líquido numa operação estrangeira são registadas no capital próprio na rubrica Outras reservas. Tais ganhos ou perdas registados em Outras variações no capital próprio são reclassificados para resultados nos períodos em que o item coberto afectar resultados, sendo apresentados na linha afectada pelo item coberto. A contabilidade de cobertura é descontinuada quando a Empresa revoga a relação de cobertura, quando o instrumento de cobertura expira, é vendido, ou é exercido, ou quando o instrumento de cobertura deixa de se qualificar para a contabilidade de cobertura. Qualquer montante registado em Outras variações no capital próprio apenas é reclassificado para resultados quando a posição coberta afectar resultados. Quando a posição coberta consistir numa transacção futura e não for expectável que a mesma ocorra, qualquer montante registado em Outras variações no capital próprio é de imediato reclassificado para resultados Subsídios do governo Os subsídios do Governo apenas são reconhecidos quando uma certeza razoável de que a Empresa irá cumprir com as condições de atribuição dos mesmos e de que os mesmos irão ser recebidos. Os subsídios do Governo associados à aquisição ou produção de activos não correntes são inicialmente reconhecidos no capital próprio, sendo subsequentemente imputados numa base sistemática (proporcionalmente às amortizações dos activos subjacentes) como rendimentos do exercício durante as vidas úteis dos activos com os quais se relacionam. Outros subsídios do Governo são, de uma forma geral, reconhecidos como rendimentos de uma forma sistemática durante os períodos necessários para os balancear com os gastos que é suposto compensarem. Subsídios do Governo que têm por finalidade compensar perdas já incorridas ou que não têm custos futuros associados são reconhecidos como rendimentos do período em que se tornam recebíveis. 67

68 RELATÓRIO&CONTAS 2010///SATA AIR AÇORES 3.11 Transacções e saldos em moeda estrangeira As transacções em moeda estrangeira (moeda diferente da moeda funcional da Empresa) são registadas às taxas de câmbio das datas das transacções. Em cada data de relato, as quantias escrituradas dos itens monetários denominados em moeda estrangeira são actualizadas às taxas de câmbio dessa data. As quantias escrituradas dos itens não monetários registados ao justo valor denominados em moeda estrangeira são actualizadas às taxas de câmbio das datas em que os respectivos justos valores foram determinados. As quantias escrituradas dos itens não monetários registados ao custo histórico denominados em moeda estrangeira não são actualizadas. As diferenças de câmbio resultantes das actualizações atrás referidas são registadas na demonstração dos resultados do período em que são geradas. O efeito acumulado dos ajustamentos de conversão cambial das demonstrações financeiras de subsidiárias que são expressas em moeda estrangeira é registado no capital próprio na rubrica Outras variações no capital próprio. Os activos e passivos expressos em moeda estrangeira em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, foram convertidos para Euros utilizando as taxas câmbio vigentes na data de relato, conforme segue: USD 0,7493 0,6946 GBP 1,1609 1,1203 CAD 0,7498 0, Provisões São reconhecidas provisões apenas quando a Empresa tem uma obrigação presente (legal ou implícita) resultante dum acontecimento passado, é provável que para a liquidação dessa obrigação ocorra uma saída de recursos e o montante da obrigação possa ser razoavelmente estimado. O montante reconhecido de provisões consiste no valor presente da melhor estimativa na data de relato dos recursos necessários para liquidar a obrigação. Tal estimativa é determinada tendo em consideração os riscos e incertezas associados à obrigação. As provisões são revistas na data de relato e são ajustadas de modo a reflectirem a melhor estimativa a essa data. 68

69 As obrigações presentes que resultam de contratos onerosos são reconhecidas e mensuradas como provisões. Existe um contrato oneroso quando a Empresa é parte integrante das disposições de um contrato ou acordo, cujo cumprimento tem associados custos que não é possível evitar, os quais excedem os benefícios económicos derivados do mesmo. Os passivos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras, sendo divulgados sempre que a possibilidade de existir uma saída de recursos englobando benefícios económicos não seja remota. Os activos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras, sendo divulgados quando for provável a existência de um influxo económico futuro de recursos Programa de passageiro frequente SATA IMAGINE A Empresa segue o procedimento de, em condições definidas e com base nos voos efectuados, atribuir milhas aos clientes aderentes ao programa de fidelização denominado por SATA IMAGINE, as quais podem, posteriormente, ser por estes utilizados na realização de voos com condições preferenciais, nomeadamente, tarifas reduzidas. Com base no número de milhas atribuídas e não utilizadas nem caducadas no final de cada exercício, e na valorização unitária atribuída pela entidade gestora deste programa de fidelização, a Empresa regista uma provisão correspondente à estimativa do justo valor das responsabilidades a incorrer com a facilitação destas condições preferenciais aos clientes aderentes Benefícios pós-emprego Planos de benefício definido Nos termos do Acordo de Empresa em vigor, a Empresa assumiu responsabilidades pelo pagamento aos empregados que foram admitidos na Empresa até 31 de Dezembro de 2003, de complementos das pensões de reforma pagas pela Segurança Social. As responsabilidades da Empresa relacionadas com este plano são determinadas através do método da unidade de crédito projectada, sendo as respectivas avaliações actuariais efectuadas em cada data de relato. Os ganhos e perdas actuariais são reconhecidos directamente na rubrica da demonstração de resultados Gastos com pessoal, com base nos valores determinados pelo referido estudo actuarial. 69

70 RELATÓRIO&CONTAS 2010///SATA AIR AÇORES O custo dos serviços passados é reconhecido em resultados numa base de linha recta durante o período até que os correspondentes benefícios se tornem adquiridos. São reconhecidos imediatamente na medida em que os benefícios já tenham sido totalmente adquiridos. A responsabilidade associada aos benefícios garantidos reconhecida no balanço representa o valor presente da correspondente obrigação, ajustado por ganhos e perdas actuariais e pelo custo dos serviços passados não reconhecidos e deduzido do justo valor dos activos do plano Rédito O rédito é mensurado pelo justo valor da contraprestação recebida ou a receber. O rédito a reconhecer é deduzido do montante estimado de devoluções, descontos e outros abatimentos. O rédito reconhecido não inclui IVA e outros impostos liquidados relacionados com a venda. O rédito proveniente da venda de bens é reconhecido quando todas as seguintes condições são satisfeitas: Todos os riscos e vantagens associados à propriedade dos bens foram transferidos para o comprador; A Empresa não mantém qualquer controlo sobre os bens vendidos; O montante do rédito pode ser mensurado com fiabilidade; É provável que benefícios económicos futuros associados à transacção fluam para a Empresa; Os custos incorridos ou a incorrer com a transacção podem ser mensurados com fiabilidade. O rédito proveniente da prestação de serviços é reconhecido com referência à fase de acabamento da transacção/serviço à data de relato, desde que todas as seguintes condições sejam satisfeitas: O montante do rédito pode ser mensurado com fiabilidade; É provável que benefícios económicos futuros associados à transacção fluam para a Empresa; Os custos incorridos ou a incorrer com a transacção podem ser mensurados com fiabilidade; A fase de acabamento da transacção/serviço à data de relato pode ser mensurada com fiabilidade. 70

71 O rédito de juros é reconhecido utilizando o método do juro efectivo, desde que seja provável que benefícios económicos fluam para a Empresa e o seu montante possa ser mensurado com fiabilidade. O rédito proveniente de dividendos deve ser reconhecido quando for estabelecido o direito da Empresa a receber o correspondente montante. Reconhecimento da receita de transportes O valor de venda do transporte de passageiros é, no momento da venda, registado como um passivo na rubrica de Documentos pendentes de voo. Quando o transporte é efectuado, o valor de venda é transferido da rubrica de Documentos pendentes de voo para receitas do exercício, se prestado pela Empresa, ou transferido para uma conta a pagar, caso o transporte seja efectuado por outra companhia aérea. Reconhecimento da receita de assistência prestada e de comissões O valor da receita de assistência a aviões de outras companhias aéreas é contabilizado como uma receita do exercício em que o serviço é prestado. As receitas relativas a comissões obtidas são reconhecidas à medida que é adquirido o direito às mesmas. Compensações financeiras obtidas como contrapartida de serviço público As compensações financeiras atribuídas pelo Governo Regional dos Açores como contrapartida do serviço público são reconhecidas no período em que se origina o direito às mesmas (Nota 3.10). Estas compensações são calculadas nos termos previstos e em resultado do concurso público ganho pela Empresa, o qual foi renovado em 2009 até Setembro de 2014 (Nota Introdutória). Estas compensações apenas são reconhecidas quando existe uma certeza razoável de que a Empresa cumpre com as condições de atribuição das mesmas e de que estas irão ser recebidas Encargos financeiros com empréstimos obtidos Os encargos financeiros relacionados com empréstimos obtidos são geralmente reconhecidos como gastos à medida que são incorridos. 71

72 RELATÓRIO&CONTAS 2010///SATA AIR AÇORES 3.17 Juízos de valor críticos e principais fontes de incerteza associadas a estimativas Na preparação das demonstrações financeiras anexas foram efectuados juízos de valor e estimativas e utilizados diversos pressupostos que afectam as quantias relatadas de activos e passivos, assim como as quantias relatadas de rendimentos e gastos do período. As estimativas e os pressupostos subjacentes foram determinados com base no melhor conhecimento existente à data de aprovação das demonstrações financeiras dos eventos e transacções em curso, assim como na experiência de eventos passados e/ou correntes. Contudo, poderão ocorrer situações em períodos subsequentes que, não sendo previsíveis à data de aprovação das demonstrações financeiras, não foram consideradas nessas estimativas. As alterações às estimativas que ocorram posteriormente à data das demonstrações financeiras serão corrigidas de forma prospectiva. Por este motivo e dado o grau de incerteza associado, os resultados reais das transacções em questão poderão diferir das correspondentes estimativas. Os principais juízos de valor e estimativas efectuadas na preparação das demonstrações financeiras anexas foram os seguintes: a) Responsabilidades por benefícios pós-emprego são calculadas tendo por base um conjunto de pressupostos subjacente ao estudo actuarial realizado por uma entidade independente. b) Provisões: i. A Empresa é uma parte constituinte de alguns processos judiciais em curso, referentes a responsabilidades perante terceiros, para os quais, com base na opinião dos seus advogados, efectua um julgamento para determinar se deve ser registada uma provisão para essas mesmas responsabilidades; ii. Relativamente ao programa de fidelização de clientes SATA IMAGINE, é constituída uma responsabilidade referente aos encargos estimados com a acumulação de milhas no cartão, na medida que permite ao detentor do mesmo a acumulação de pontos de acordo com as viagens por si efectuadas. c) Perdas por imparidade de contas a receber são calculadas tendo em consideração o risco global de cobrança dos saldos a receber. d) Perdas por imparidade de inventários são calculadas tendo por base a diferença entre o valor de custo e o respectivo valor de realização, nos casos em que este é inferior ao custo na data do balanço. 72

73 e) Perdas por imparidade de equipamento de voo e componentes anualmente são realizadas análises à diferença entre o valor líquido contabilístico das aeronaves e seus componentes, e o respectivo valor de mercado, no sentido de determinar potenciais perdas de imparidade. f) Instrumentos financeiros derivados os instrumentos financeiros utilizados pela Empresa são avaliados no final do exercício, obtendo-se o valor de mercado dos mesmos. g) Comissões respeitam às comissões pagas a agentes, no final de cada ano, com base no volume de vendas desses agentes, pelo que cabe à Empresa avaliar no final de cada exercício qual a responsabilidade perante terceiros, relativamente a comissões a liquidar no futuro. h) Activos por impostos diferidos Anualmente é realizada a avaliação se as situações geradoras de activos por impostos diferidos, nomeadamente prejuízos fiscais reportáveis, são recuperáveis no futuro. Caso sejam, são registados os respectivos activos por impostos diferidos Especialização de exercícios A Empresa regista os seus rendimentos e gastos de acordo com o princípio da especialização de exercícios, pelo qual os rendimentos e gastos são reconhecidos à medida que são gerados, independentemente do momento do respectivo recebimento ou pagamento. As diferenças entre os montantes recebidos e pagos e os correspondentes rendimentos e gastos gerados são registadas como activos ou passivos Acontecimentos subsequentes Os acontecimentos após a data do balanço que proporcionem informação adicional sobre condições que existiam à data do balanço ( adjusting events ou acontecimentos após a data do balanço que dão origem a ajustamentos) são reflectidos nas demonstrações financeiras. Os eventos após a data do balanço que proporcionem informação sobre condições que ocorram após a data do balanço ( non adjusting events ou acontecimentos após a data do balanço que não dão origem a ajustamentos) são divulgados nas demonstrações financeiras, se forem considerados materiais. 4. Fluxos de Caixa Para efeitos da demonstração dos fluxos de caixa, caixa e seus equivalentes inclui numerário, depósitos bancários imediatamente mobilizáveis (de prazo inferior ou igual a três meses) e aplicações de tesouraria no mercado monetário, líquidos de descobertos bancários e de outros 73

74 RELATÓRIO&CONTAS 2010///SATA AIR AÇORES financiamentos de curto prazo equivalentes. Caixa e seus equivalentes em 31 de Dezembro de 2010 e 2009 têm a seguinte composição: Depósitos bancários imediatamente mobilizáveis (Nota 13) Descobertos bancários (Nota 19) - ( ) ( ) 5. ALTERAÇÕES DE POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS E CORRECÇÕES DE ERROS No decurso dos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, com excepção do referido na Nota 2, não ocorreram quaisquer alterações às políticas contabilísticas ou alterações significativas de estimativas, nem identificados erros materiais que deveriam ser corrigidos. 6. ACTIVOS FIXOS TANGÍVEIS Durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, o movimento ocorrido na quantia escriturada dos activos fixos tangíveis, bem como nas respectivas amortizações acumuladas e perdas por imparidade acumuladas, foi o seguinte: Terrenos e Edifícios e Equipam. Ferramentas Outros Activos fixos Adiantam. recursos outras Equipam. de e Equipam. activos fixos tangíveis por conta de naturais construções básico transporte utensílios administ. tangíveis em curso investimentos Total Activos Saldo inicial Aquisições Alienações e abates - - ( ) (10.689) (58.029) (71.001) - - ( ) ( ) Saldo final Amortizações acumuladas e perdas por imparidade Saldo inicial Amortizações do exercício (Nota 27) Alienações e abates - - ( ) (9.850) (53.172) (70.056) ( ) Reversão de perdas de imparidade do exercício - - ( ) ( ) Saldo final Activos líquidos Terrenos e Edifícios e Equipam. Ferramentas Outros Activos fixos Adiantam. recursos outras Equipam. de e Equipam. activos fixos tangíveis por conta de naturais construções básico transporte utensílios administ. tangíveis em curso investimentos Total Activos Saldo inicial Aquisições Alienações e abates (1) - ( ) - (44.786) (50.598) ( ) Transferências ( ) - - Saldo final Amortizações acumuladas e perdas por imparidade Saldo inicial Amortizações do exercício (Nota 27) Alienações e abates - - ( ) - (42.240) (50.598) ( ) Saldo final Activos líquidos

75 No início do exercício de 2010, a frota aérea da Empresa era composta por dois aviões ATP, adquiridos em 1990, dois aviões Bombardier Q 200 adquiridos em estado de uso em 2009, e o respectivo equipamento de reserva desses aviões. Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, a rubrica Equipamento básico inclui equipamento de voo no montante de Euros e Euros, o qual tem a seguinte composição: Amortizações Amortizações e perdas e perdas Valor de por imparidade Valor Valor de por imparidade Valor Rubricas custo acumuladas líquido custo acumuladas líquido Frota áerea ( ) ( ) Sobressalentes ( ) ( ) Motores, hélices e trens de reserva ( ) ( ) ( ) ( ) Durante o exercício de 2010, os aumentos da rubrica Equipamento básico respeitam à aquisição à Bombardier de quatro novos aviões Dash Q 400, no montante de Euros, para os quais a Empresa havia já feito adiantamentos no valor de Euros no exercício de Adicionalmente, no exercício de 2010, foram adquiridas peças sobresselentes para os aviões Q 200 e material para carga e descarga dos aviões para os Q 400, no montante de, aproximadamente, Euros. As alienações na rubrica Equipamento básico, no decurso do exercício de 2010, respeitam à venda das duas aeronaves ATP e respectivo equipamento de reserva. A venda foi realizada pelo valor de Euros, tendo gerado um ganho total de Euros (Nota 25). No exercício de 2009, a diminuição da rubrica Equipamento básico no montante de Euros, respeita, essencialmente, à alienação de um avião Dornier, pelo valor de USD , o que gerou uma mais-valia no montante de Euros (Nota 25). O aumento, no exercício de 2009, da rubrica Equipamento básico no montante de Euros, por via de adições do exercício e transferências de imobilizações em curso, nos montantes de Euros e Euros, respectivamente, refere-se à aquisição de dois aviões Bombardier Q 200, bem como à aquisição de máquinas e aparelhos diversos de placa. Quanto ao aumento no exercício de 2009 da rubrica Equipamento administrativo no montante de Euros corresponde, essencialmente, à aquisição de equipamento informático e mobiliário diverso. 75

76 RELATÓRIO&CONTAS 2010///SATA AIR AÇORES A Empresa tem por política registar perdas de imparidade às aeronaves quando o valor líquido contabilístico no fecho de cada exercício é inferior ao respectivo valor de mercado, pelo que em 31 de Dezembro de 2009 existiam perdas por imparidade registadas no montante de Euros, relativas aos dois ATP s vendidos pela Empresa, pelo que as perdas por imparidade foram revertidas no exercício de Locações Em 31 de Dezembro de 2010, a Empresa operava com duas aeronaves Bombardier Q 200 e quatro aeronaves Bombardier Q 400, em regime de locação financeira. Locações financeiras Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, a Empresa é locatária em contratos de locação financeira relacionados com aeronaves, os quais se encontram denominados em Euros. Tais bens detidos em regime de locação financeira são detalhados como segue: Amortiz./ perdas imp. Quantia Quantia Custo acumuladas escriturada escriturada Equipamento básico ( ) ( ) Os pagamentos mínimos das locações financeiras em 2010 e 2009 são detalhados como segue: Valor presente dos Pagamentos mínimos pagamentos mínimos Até 1 ano Entre 1 ano e 5 anos A mais de 5 anos Valor presente dos pagamentos mínimos (Nota 19) No decurso do exercício findo em 2010 foram efectuados pagamentos no montante de Euros, sendo que tal valor compreende o pagamento de capital e juros. Locações operacionais Durante o exercício de 2010, a Empresa tinha ao seu serviço, sob regime de fretamento, dois aviões ATP, tendo terminado os contratos de locação em Julho e Setembro de 2010, respectivamente. As 76

77 rendas decorrentes dos respectivos contratos de locação operacional são registadas como gasto no exercício a que respeitam. Adicionalmente, no exercício de 2009, a Empresa operou com um terceiro avião ATP em regime de locação operacional, tendo o contrato terminado em 31 de Dezembro de 2009, momento em que a Empresa entregou o avião ao locador. Os pagamentos mínimos das locações operacionais em 2010 e 2009 são detalhados como segue: Gasto do período Pagamentos mínimos (Nota 23) Activos Intangíveis Durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, o movimento ocorrido na quantia escriturada dos activos intangíveis, bem como nas respectivas amortizações acumuladas e perdas por imparidade, foi o seguinte: 2010 Outros Programas activos computador intangíveis Total Activos Saldo inicial Aquisições Saldo final Amortizações acumuladas e perdas por imparidade Saldo inicial Amortizações do exercício (Nota 27) Saldo final Activos líquidos

78 RELATÓRIO&CONTAS 2010///SATA AIR AÇORES 2009 Outros Programas activos computador intangíveis Total Activos Saldo inicial Aquisições Saldo final Amortizações acumuladas e perdas por imparidade Saldo inicial Amortizações do exercício (Nota 27) Saldo final Activos líquidos Investimentos em Subsidiárias Subsidiárias Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009 a Empresa evidenciava os seguintes investimentos em subsidiárias: Capital próprio Total de Resultado rendimentos líquido Quantia escriturada Proporção no resultado (Nota 11) Sede Activo Passivo % detida Subsidiárias : SATA Internacional Ponta Delgada ( ) 100,00% ( ) SATA Gestão Aeródromos Ponta Delgada ,00% Azores Express Tours Inc. EUA (249) 100,00% (249) SATA Express E.P. Inc. Canadá ,00% ( ) Capital próprio Total de Resultado rendimentos líquido Quantia escriturada Proporção no resultado (Nota 11) Sede Activo Passivo % detida Subsidiárias : SATA Internacional Ponta Delgada ( ) 100,00% ( ) (a) SATA Gestão Aeródromos Ponta Delgada ,00% (a) Azores Express Tours Inc. EUA (59.713) 100,00% (59.713) SATA Express E.P. Inc. Canadá ( ) 100,00% ( ) ( a ) Demonstrações financeiras reexpressas para NCRF ( ) Os investimentos nas subsidiárias são registados pelo método da equivalência patrimonial. 78

79 10 Investimentos em Associadas e Participadas Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, a Empresa tinha os seguintes investimentos em associadas e participadas: 2010 Capital Total de Resultado % Quantia Total Sede Activo Passivo próprio rendimentos líquido detida escriturada Imparidade (Nota 11) Empresas associadas: Banif Açor Pensões, S.A. Ponta Delgada nd nd nd nd nd 2,70% Verdegolf, S.A. Ponta Delgada nd nd nd nd nd 0,75% (28.871) - Associação de Turismo dos Açores Ponta Delgada nd nd nd nd nd 30% Associação Açoreana de Turismo e Hotelaria Ponta Delgada nd nd nd nd nd 25% Sociedade Ilhas de Valor, S.A. Ponta Delgada nd nd nd nd nd 1% Golf Açores, Lda. Ponta Delgada nd nd nd nd nd 33,33% Outras participações: France Telecom França nd nd nd nd nd nd (28.871) Capital Total de Resultado % Quantia Total Sede Activo Passivo próprio rendimentos líquido detida escriturada Imparidade (Nota 11) Empresas associadas: Banif Açor Pensões, S.A. Ponta Delgada nd nd nd nd nd 2,70% Verdegolf, S.A. Ponta Delgada nd nd nd nd nd 0,75% (28.871) - Associação de Turismo dos Açores Ponta Delgada nd nd nd nd nd 30% Associação Açoreana de Turismo e Hotelaria Ponta Delgada nd nd nd nd nd 25% Sociedade Ilhas de Valor, S.A. Ponta Delgada nd nd nd nd nd 1% Golf Açores, Lda. Ponta Delgada nd nd nd nd nd 33,33% Outras participações: France Telecom França nd nd nd nd nd nd (28.871) As participações acima detalhadas sobre participadas, ou seja, entidades cujo controlo é superior a 20%, não foram contabilizadas através da aplicação do método da equivalência patrimonial, pelo facto da Empresa não deter uma influência significativa nas referidas entidades, pese embora a percentagem de detenção, bem como não dispor de informação actualizada sobre as mesmas. 11 Participações Financeiras Durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2010 e 2009 o movimento ocorrido nas rubricas Participações financeiras, incluindo nas respectivas perdas por imparidade, foi o seguinte: 2010 Método da equivalência patrimonial Custo (Nota 9) (Nota 10) Total Participações financeiras Saldo inicial Conversão prestações suplementares Sata Internacional (Nota 31) Outras variações: Ajustamentos de conversão cambial das demonstrações financeiras das filiais (Nota 17) Outras variações nas participadas (Nota 17) ( ) ( ) Aplicação do método da equivalência patrimonial ( ) - ( ) Saldo final Perdas por imparidade Saldo inicial - (28.871) (28.871) Saldo final - (28.871) (28.871) Activos líquidos

80 RELATÓRIO&CONTAS 2010///SATA AIR AÇORES 2009 Método da equivalência patrimonial Custo (Nota 9) (Nota 10) Total Participações financeiras Saldo inicial Aquisições Outras variações: Ajustamentos de conversão cambial das demonstrações financeiras das filiais (Nota 17) Distribuição de dividendos Sata Express E.P. Inc. (Canadá) ( ) - ( ) Outras variações nas participadas (Nota 17) Aplicação do método da equivalência patrimonial ( ) - ( ) Saldo final Perdas por imparidade Saldo inicial - (28.871) (28.871) Saldo final - (28.871) (28.871) Activos líquidos Impostos sobre o Rendimento De acordo com a Lei nº 53-A/2006 de 29 de Dezembro, a Empresa passou a estar sujeita ao regime geral de impostos a partir de 1 de Janeiro de 2007, sendo que até então detinha uma isenção completa quanto ao pagamento de impostos e contribuições ao Estado ou às autarquias locais sobre os seus lucros. De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão e correcção por parte das autoridades fiscais durante um período de quatro anos (cinco anos para a Segurança Social), excepto quando tenham havido prejuízos fiscais, tenham sido concedidos benefícios fiscais, ou estejam em curso inspecções, reclamações ou impugnações, casos estes em que, dependendo das circunstâncias, os prazos são alargados ou suspensos. Deste modo, as declarações fiscais da Empresa dos anos de 2007 a 2010 poderão vir ainda ser sujeitas a revisão. A Administração da Empresa entende que as eventuais correcções resultantes de revisões/inspecções por parte das autoridades fiscais àquelas declarações de impostos não terão um efeito significativo nas demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de A Empresa procede ao reconhecimento do efeito fiscal das diferenças temporárias entre activos e passivos numa base contabilística e fiscal, com base na taxa agregada de imposto de 19% (excepto no que respeita aos prejuízos fiscais, caso em que a taxa utilizada é 17,5%). Decorrente da promulgação da lei das finanças locais, com efeitos a partir de 1 de Janeiro de 2007, a derrama passou a ser calculada, a partir dessa data, com base em 1,5% sobre o lucro tributável sujeito e não isento de Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas (IRC), quando anteriormente a mesma correspondia a 10% da Colecta de IRC. 80

81 Relativamente a esta última alteração, cumpre referir que os efeitos práticos que daí poderão decorrer estão associados ao facto de todos os sujeitos passivos de IRC que apurem lucro tributável não isento, independentemente de, por exemplo, possuírem prejuízos fiscais reportáveis na sua esfera, passarem a estar sujeitos ao pagamento da Derrama e como tal só poderem vir a recuperar esses prejuízos com base numa taxa de 17,5%. Nos termos do artigo 88º do Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas a Empresa encontra-se sujeita adicionalmente a tributação autónoma sobre um conjunto de encargos às taxas previstas no artigo mencionado. O gasto com impostos sobre o rendimento em 31 de Dezembro de 2010 e 2009 é detalhado como segue: Imposto corrente e ajustamentos: Imposto corrente do exercício (Nota 15) Ajustamentos a impostos correntes de exercícios anteriores (18.580) (32.831) Impostos diferidos: Impostos diferidos relacionados com a origem/reversão de diferenças temporárias ( ) ( ) Gasto com impostos sobre o rendimento ( ) Resultado antes de imposto ( ) Diferenças permanentes: Método de equivalência patrimonial Mais e menos-valias não aceites fiscalmente ( ) ( ) Benefícios fiscais ( ) ( ) Outros Diferenças temporárias: Provisões não aceites fiscalmente ( ) ( ) Ajustamentos não aceites fiscalmente ( ) Lucro tributável / (Prejuízo fiscal reportável) ( ) Colecta (17,5%) Derrama (1,5%) Tributação autónoma Ajustamentos relativos ao imposto de exercícios anteriores (18.580) (32.831) Total Em 31 de Dezembro de 2010, os prejuízos fiscais reportáveis ascendiam a Euros, e foram gerados no corrente exercício, sendo o período de recuperação dos mesmos até Dezembro 81

82 RELATÓRIO&CONTAS 2010///SATA AIR AÇORES de A Empresa procedeu ao registo de activos por impostos diferidos relativos ao montante de Euros, por ser entendimento do Conselho de Administração da Empresa, suportado nas projecções futuras efectuadas por si, que apenas esse montante será recuperado durante o período de reporte dos prejuízos. Em 31 de Dezembro de 2009 não existiam prejuízos fiscais reportáveis. Impostos diferidos O detalhe dos activos e passivos por impostos diferidos em 2010 e em 2009, de acordo com as diferenças temporárias que os geraram, é conforme se segue: Activos por impostos diferidos Passivos por impostos diferidos Prejuízos fiscais reportáveis Responsabilidades com benefícios pós-emprego Provisões não aceites fiscalmente Instrumentos financeiras de cobertura Ajustamentos não aceites fiscalmente O movimento ocorrido nos activos e passivos por impostos diferidos nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2010 e 2009 foi como segue: Activos por impostos diferidos Passivos por Activos por impostos impostos diferidos diferidos Passivos por impostos diferidos Saldo inicial Efeito em resultados: Prejuízos fiscais reportáveis Provisões não aceites fiscalmente ( ) Ajustamentos não aceites fiscalmente ( ) ( ) Efeito em reservas: Instrumentos financeiros derivados (Nota 17) (59.867) Saldo final

83 13 Activos Financeiros Categorias de activos financeiros As categorias de activos financeiros em 31 de Dezembro de 2010 e 2009 são detalhadas como segue: ACTIVOS FINANCEIROS Quantia bruta Quantia escriturada líquida Quantia bruta Perdas por imparidade acumuladas Perdas por imparidade acumuladas Quantia escriturada líquida Disponibilidades: Caixa e depósitos bancários (Nota 4) Activos financeiros ao custo: Clientes ( ) ( ) Adiantamentos a fornecedores Accionistas (Nota 31) Outras contas a receber ( ) ( ) Activos financeiros ao justo valor: Outros activos financeiros: Cobertura de risco de preço de mercadorias (jet fuel) (Nota 32) Cobertura de risco de taxa de variabilidade do risco cambial (Nota 32) ( ) ( ) Clientes e outras contas a receber Em 2010 e em 2009 as contas a receber da Empresa apresentavam a seguinte composição: Quantia Quantia Quantia Imparidade escriturada Quantia Imparidade escriturada bruta acumulada líquida bruta acumulada líquida Não correntes: Empresas do grupo (Nota 29) ,128,175-17,128,175 Correntes: Clientes 5,462,636 (302,363) 5,160,273 5,127,076 (289,735) 4,837,341 Adiantamentos a fornecedores 146, , , ,427 Outras contas a receber: Secretaria Regional da Economia 21,224,163-21,224,163 14,594,035-14,594,035 Direcção Geral do Tesouro 2,018,503-2,018,503 2,207,480-2,207,480 Empresas do grupo (Nota 29) 17,907,974-17,907,974 4,415,792-4,415,792 Outros 1,167,128-1,167, , ,019 42,317,768-42,317,768 22,101,326-22,101,326 47,926,889 (302,363) 47,624,526 27,479,829 (289,735) 27,190,094 47,926,889 (302,363) 47,624,526 44,608,004 (289,735) 44,318,269 A rubrica Outras contas a receber Secretaria Regional da Economia respeita à compensação financeira por contrapartida de serviços público na Região Autónoma dos Açores. O montante é calculado nos termos previstos e em resultado do concurso público ganho pela Empresa. O movimento ocorrido nesta rubrica no exercício de 2010, bem como o detalhe desta rubrica em 31 de Dezembro de 2010, é como segue: 83

84 RELATÓRIO&CONTAS 2010///SATA AIR AÇORES Compensação Compensação relativa a relativa a Total Saldo inicial Compensação 2010 (Nota 22) Reequilíbrio financeiro 2010 (Nota 22) Recebimentos ( ) ( ) ( ) Outros Saldo final Os montantes a receber da Direcção Geral do Tesouro, nos montantes de Euros e Euros são referentes à compensação calculada, pela Empresa, de acordo com o contrato de concessão de serviços aéreos para a rota Funchal Porto Santo. O montante da compensação financeira é calculado nos termos previstos e, segundo a fórmula de cálculo definida pelo referido contrato. Nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, a Empresa apurou um valor de compensação referente ao serviço público nesta rota nos montantes de Euros e Euros, respectivamente, os quais foram registados na demonstração dos resultados na rubrica Subsídios à exploração (Nota 22). Perdas de imparidade A evolução das perdas por imparidade acumuladas de contas a receber nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2010 e 2009 é detalhada conforme segue: Saldo Saldo Saldo Saldo inicial Aumentos Reversões Utilizações final inicial Aumentos Reversões Utilizações final Clientes (2.454) (401) (1.273) (2.454) (401) (1.273) O efeito líquido das reversões e aumentos nos montantes de Euros e Euros, em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, respectivamente, foi registado na demonstração de resultados por naturezas na rubrica Imparidade de dívidas a receber ((perdas)/reversões) 84

85 14 Inventários Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, os inventários da Empresa eram detalhados conforme se segue: Quantia Perdas por Quantia Quantia Perdas por Quantia bruta imparidade líquida bruta imparidade líquida Mercadorias Matérias-primas, subsidiárias e de consumo ( ) ( ) ( ) ( ) A rubrica Matérias-primas, subsidiárias e de consumo que em 31 de Dezembro de 2010 e 2009 apresenta o valor líquido de imparidade no montante de Euros e Euros, respectivamente, respeita, essencialmente, a material a ser utilizado nos aviões Q 200 e Q 400. No entanto, a Empresa ainda detém material referente às aeronaves ATP s, as quais foram vendidas no decurso do exercício de 2010 (Nota 6), sendo que tem registada uma perda por imparidade no montante de Euros, para fazer face à totalidade desse montante. Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas O custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas reconhecido nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2010 e 2009 é detalhado conforme se segue: 2010 Mercadorias, MP, subsid. consumo Saldo inicial Compras Regularizações Saldo final ( ) Custo das merc. vendidas e das mat. consumidas Mercadorias, MP, subsid. consumo Saldo inicial Compras Regularizações Saldo final ( ) Custo das merc. vendidas e das mat. consumidas

86 RELATÓRIO&CONTAS 2010///SATA AIR AÇORES Perdas por imparidade A evolução das perdas por imparidade acumuladas de inventários nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2010 e 2009 é detalhada conforme se segue: 2010 Saldo Saldo inicial Reversões Utilizações final Mercadorias - Matérias-primas, subsidiárias e de consumo ( ) ( ) Saldo Saldo inicial Reversões Utilizações final Mercadorias - Matérias-primas, subsidiárias e de consumo No decurso do exercício findo em 31 de Dezembro de 2010, a Empresa procedeu à venda das duas aeronaves ATP s e respectivas peças sobressalentes, as quais encontravam-se registadas na rubrica Matérias-primas, subsidiárias e de consumo e para as quais haviam sido registadas perdas de imparidade em exercício anteriores no montante de Euros, as quais foram revertidas no corrente exercício por contrapartida da rubrica Imparidade de inventários ((perdas)/reversões). 15 Estado e Outros Entes Públicos Em 31 de Dezembro de 2010 e em 2009 as rubricas de Estado e outros entes públicos apresentavam a seguinte composição: Activo Passivo Activo Passivo Imposto sobre o rendimento das pessoas colectivas Pagamentos por conta (77.940) Estimativa de imposto (Nota 12) (20.000) Retenção na fonte Imposto sobre o rendimento das pessoas singulares Imposto sobre o valor acrescentado Contribuições para a Segurança Social Outros Impostos

87 16 Diferimentos Activos Em 2010 e em 2009 as rubricas do activo corrente Diferimentos apresentavam a seguinte composição: Benefícios pós-emprego Rendas antecipadas Serviços informáticos pagos antecipadamente Obras Outros Em 31 de Dezembro de 2000, a Empresa decidiu registar no balanço a totalidade das responsabilidades não cobertas pelo Fundo de Pensões e pela provisão constituída, sendo que as relativas aos empregados no activo, no montante de Euros em 1 de Janeiro de 2000 foram registadas na rubrica Diferimentos, encontrando-se a ser amortizada pelo período remanescente da vida laboral dos empregados, àquela data, correspondente a 20 anos (Nota 20). 17 Instrumentos de Capital Próprio Capital social Em 31 de Dezembro de 2010, o capital da Empresa, totalmente subscrito e realizado, era composto por acções com o valor nominal de 5 Euros cada, e é detido a 100% pela SATA Sociedade de Transportes Aéreos, SGPS, S.A. Em 31 de Dezembro de 2009, o capital da Empresa era composto por acções, com o valor nominal de 5 Euros cada e os accionistas eram o Governo Regional dos Açores e a SATA Sociedade de Transportes Aéreos, SGPS, S.A., nas percentagens de 56,21% ( Euros) e 43,79% ( Euros), respectivamente. No exercício de 2009, por deliberação da Assembleia Geral de 31 de Outubro de 2009, foi efectuado um aumento de capital no montante de Euros, mediante a emissão de novas acções, com o valor nominal de 5 Euros cada, subscrito pela Região Autónoma dos Açores no valor de Euros, montante que foi transferido e deu entrada nos cofres da Empresa em 2005 e 1 Euro por incorporação de reservas. 87

88 RELATÓRIO&CONTAS 2010///SATA AIR AÇORES O valor transferido pela Região Autónoma dos Açores, em 2005, respeita a parte das receitas provenientes da venda de um lote de acções, representativas de 33,92% do capital social da Electricidade dos Açores, S.A., relativa à 1ª fase do respectivo processo de alienação. Aquela transferência foi determinada por Resolução do Conselho do Governo Regional nº 121/2005, de 21 de Julho, a qual refere que, conforme estipulado no nº 3 do artigo 17º da Lei nº11/90, de 5 de Abril (Lei-Quadro das Privatizações), aquela receita deve ser aplicada exclusivamente na amortização da dívida pública regional e em novas aplicações de capital no sector produtivo regional, tendo a Empresa deduzido aquele montante ao valor da compensação financeira que se encontrava pendente de recebimento pelo serviço público de transporte aéreo que a Empresa presta na Região Autónoma dos Açores, conforme o contrato público celebrado entre as partes. Contudo, no seguimento do parecer emitido pelo Tribunal de Contas sobre as contas da Região Autónoma dos Açores, a Empresa no exercício de 2009, procedeu ao aumento do seu capital mediante a emissão de novas acções, conforme acima indicado, tendo reposto a conta a receber no montante de Euros, a qual foi anulada por contrapartida da rubrica Outras variações do capital próprio, conforme determinado pelo Despacho Conjunto da Vice-Presidência do Governo Regional e da Secretaria Regional da Economia em 28 de Dezembro de No exercício de 2010, por deliberação da Assembleia Geral de 26 de Abril de 2010, a Empresa procedeu à redução do capital social no montante de Euros, para: (i) cobertura das variações patrimoniais negativas acima descritas, no montante de Euros; e (ii) transferência de 1 Euro para outras reservas; sendo que através desta operação foi deliberado que a Região Autónoma dos Açores deixou de ter qualquer participação directa no capital social da Empresa. Reserva legal De acordo com a legislação comercial em vigor, pelo menos 5% do resultado líquido anual se positivo, tem de ser destinado ao reforço da reserva legal até que esta represente 20% do capital. Esta reserva não é distribuível a não ser em caso de liquidação da empresa, mas pode ser utilizada para absorver prejuízos depois de esgotadas as outras reservas, ou incorporada no capital. 88

89 Outras variações do capital próprio Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, a rubrica Outras variações do capital próprio detalha-se como segue: Subsídios de Governo não reembolsáveis Investimentos financeiros em subsidiárias: Diferenças de conversão de demonstrações financeiras ( ) ( ) Outras variações nos capitais próprios ( ) ( ) ( ) Instrumentos financeiros de cobertura: Ganhos Perdas ( ) ( ) Subtotal (Nota 32) ( ) Efeito fiscal (Nota 12) (3.764) ( ) Compensações financeiras não liquidadas anteriores a ( ) ( ) ( ) A rubrica Investimentos financeiros em subsidiárias diferenças e conversão de demonstrações financeiras, nos montantes de Euros e Euros em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, respectivamente, respeita ao efeito acumulado da actualização cambial das demonstrações financeiras das empresas do grupo expressas em moeda estrangeira. As variações dos exercícios de 2010 e 2009 nos montantes de Euros e Euros, respectivamente, resultam do efeito da actualização cambial das referidas demonstrações desses exercícios (Nota 11). A rubrica Investimentos financeiros em subsidiárias outras variações nos capitais próprios, nos montantes de Euros Euros (Nota 2) em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, respectivamente, respeita ao efeito dos registos dos instrumentos financeiros de cobertura por parte da subsidiária SATA Internacional. Conforme indicado anteriormente, a Empresa procedeu à regularização de compensações financeiras não liquidadas anteriores a 2005, no montante de Euros, por via da redução do capital social. Aplicação do resultado Por deliberação da Assembleia Geral da Empresa, realizada em 26 de Abril de 2010, o resultado líquido do exercício findo em 31 de Dezembro de 2009, no montante de Euros 89

90 RELATÓRIO&CONTAS 2010///SATA AIR AÇORES (reexpresso de acordo com as NCRF Nota 2), foi aplicado para: (i) reservas legais: Euros; e (ii) resultados transitados: Euros. Por deliberação da Assembleia Geral da Empresa, realizada em 26 de Maio de 2009, o resultado líquido negativo do exercício findo em 31 de Dezembro de 2008, no montante de Euros, foi transferido na totalidade para a rubrica Resultados transitados. Distribuições De acordo com a legislação vigente em Portugal, os incrementos decorrentes da aplicação do justo valor através de componentes do capital próprio, incluindo os da sua aplicação através do resultado líquido do exercício, apenas relevam para poderem ser distribuídos aos accionistas quando os elementos ou direitos que lhes deram origem sejam alienados, exercidos, extintos, liquidados ou quando se verifique o seu uso, no caso de activos fixos tangíveis e intangíveis. Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, a Empresa não mantém incrementos patrimoniais positivos decorrentes de justo valor. Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, com excepção das reservas legais, a Empresa não tem reservas não distribuíveis. Reavaliações englobadas na data de transição no Deemed cost Os activos fixos tangíveis foram reavaliados, em anos anteriores, ao abrigo, dos seguintes diplomas legais: Decreto-Lei n.º 430/78, conforme disposições do Decreto-Lei n.º 24/82, de 30 de Janeiro Decreto-Lei n.º 219/82, de 2 de Junho Decreto-Lei n.º 399-G/84, de 28 de Dezembro Decreto-Lei n.º 118-B/86, de 27 de Maio Decreto-Lei n.º 111/88, de 2 de Abril Decreto-Lei n.º 49/91, de 25 de Janeiro Decreto-Lei n.º 264/92, de 24 de Novembro Tais activos, na data de transição para as NCRF, 1 de Janeiro de 2009, encontravam-se totalmente amortizados, pelo que o efeito das reavaliações de anos anteriores, no montante de Euros foi registado na rubrica Resultados transitados. 90

91 18 Provisões, passivos contingentes e activos contingentes Provisões A evolução das provisões nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2010 e em 2009 é detalhada como segue: 2010 Saldo Saldo inicial Aumentos Reversões Utilizações final Processos judiciais em curso (17.456) Horas de voo ( ) ( ) Passageiro frequente (Nota 22) ( ) Outras provisões Seguro de saúde (Nota 20) ( ) ( ) Saldo Saldo inicial Aumentos Reversões Utilizações final Processos judiciais em curso Horas de voo ( ) ( ) Passageiro frequente (Nota 22) Outras provisões (42.586) Seguro de saúde (Nota 20) ( ) ( ) A rubrica Passageiro frequente refere-se aos encargos estimados com a acumulação dos pontos do cartão dos passageiros SATA IMAGINE, o qual permite ao detentor do mesmo a acumulação de pontos de acordo com as viagens por si efectuadas. Os aumentos e reversões desta rubrica são registados por contrapartida da rubrica Vendas e prestações de serviços (Nota 22). A rubrica Provisão para horas de voo refere-se à estimativa de custos a incorrer no futuro com revisões gerais dos aviões. Este montante é calculado em função dos custos estimados e das horas voadas de cada avião. As outras provisões no montante de Euros destinam-se a fazer face a contingências resultantes da actividade normal da Empresa. 91

92 RELATÓRIO&CONTAS 2010///SATA AIR AÇORES Garantias prestadas Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, a Empresa tinha assumido responsabilidades com garantias bancárias no montante de Euros e Euros, respectivamente, como segue: Entidade beneficiária Montante em divisa Montante em Euros divisa Euros Secretaria Regional da Economia EUR Região Autónoma dos Açores EUR EUR Estado Português EUR EUR Tribunal de Trabalho de Ponta Delgada EUR EUR Outras Esso Portuguesa, S.A EUR EUR Direcção Geral das Alfândegas EUR EUR Trident Aviation Services - EUR USD Em 14 de Setembro de 2010, a Empresa prestou uma garantia à Secretaria Regional da Economia, no valor de Euros, relativa às obras nos aeródromos das Ilhas de Corvo, Graciosa, Pico, S. Jorge e Flores, no âmbito do protocolo celebrado entre a SATA Gestão de Aeródromos, subsidiária da Empresa, com a Secretaria Regional de Economia. Os custos suportados pela Empresa com esta garantia foram redebitados à sua subsidiária SATA Gestão de Aeródromos. A garantia prestada à Região Autónoma dos Açores resulta do contrato de concessão de actividade de transporte aéreo regular dentro do Arquipélago dos Açores. Conforme indicado na Nota Introdutória, a Empresa celebrou um contrato de concessão de serviços aéreos para a rota Funchal Porto Santo. Esta rota é subsidiada sob a forma de compensação financeira e remuneração de capital, tendo a empresa prestado três garantias ao Estado Português, totalizando Euros a 31 de Dezembro de

93 19 Passivos Financeiros Categorias de passivos financeiros As categorias de passivos financeiros em 31 de Dezembro de 2010 e em 2009 são detalhadas como segue: Passivos financeiros ao custo amortizado Fornecedores Financiamentos obtidos Passivos financeiros ao justo valor Outros passivos financeiros: Cobertura de risco de taxa de juro (Nota 32) Cobertura de risco de preço de mercadorias (jet fuel) (Nota 32) No exercício findo em 31 de Dezembro de 2009, a Empresa apresentava um saldo a pagar à Bombardier, registado na rubrica Fornecedores no montante de Euros, referentes à aquisição das aeronaves Bombardier (Nota 6). Este montante foi totalmente liquidado no decurso do exercício de Financiamentos obtidos Os financiamentos obtidos em 31 de Dezembro de 2010 e 2009 são detalhados como segue: Montante utilizado Montante utilizado Entidade Total Total Tipo de financiadora Limite Corrente Não corrente (Nota 7) Limite Corrente Não corrente (Nota 7) Vencimento amortização Empréstimos bancários: Locação Financeira Caixa Leasing Mensal Locação Financeira BES Leasing e Factoring Mensal Locação Financeira Banco Europeu Investimento Semestral Outros empréstimos obtidos: Cessão Créditos Totta Crédito Especializado Conta corrente caucionada BANIF Conta corrente caucionada BPN Conta corrente caucionada BESA Conta corrente caucionada BARCLAYS Conta corrente caucionada BES Descobertos bancários (Nota 4): O montante de Euros em dívida para com o Totta Crédito Especializado, em 31 de Dezembro de 2010, respeita à cessão pela Empresa de créditos pela Empresa, relativos aos valores a receber da Secretaria Regional de Economia das compensações financeiras pelo serviço público 93

94 RELATÓRIO&CONTAS 2010///SATA AIR AÇORES prestado pela Empresa, sendo a modalidade da cessão com recurso. Tal montante vence juros, calculados à taxa Euribor a 6 meses, acrescida de spread de 1,45%. Como garantia prestada aos contratos de empréstimo bancários para aquisição de aeronaves, a Empresa subscreveu duas livranças em branco, avalizadas pela detentora do capital, SATA Sociedade de Transportes Aéreos, SGPS, S.A.. No entanto, caso a estrutura accionista da Empresa se alterar, nomeadamente: (i) se a Região Autónoma dos Açores deixar de deter a titularidade da maioria do capital social e inerentes direitos de voto; e/ou (ii) se o accionista deixar de deter a titularidade de, pelo menos 51% do capital social e inerentes direitos de voto; os empréstimos poderão ser exigíveis imediatamente ou a Empresa poderá ter de prestar garantias adicionais. Relativamente à operação de financiamento do Banco Europeu de Investimento, a Empresa prestou ainda uma garantia bancária, adjudicada ao Banco Espírito Santo, no montante de Euros, com uma taxa de juro associada de 0,5%. 20 Benefícios dos Empregados Complementos de reforma Em conformidade com o Acordo de Empresa vigente, esta assumiu o compromisso de conceder aos empregados que foram admitidos até 31 de Dezembro de 2003, prestações pecuniárias a título de complementos de reforma por velhice e invalidez. Estas prestações são calculadas com base no número de anos de serviço do trabalhador e a tabela salarial negociada anualmente. Em 29 de Dezembro de 1994, a Empresa procedeu à constituição de um Fundo de Pensões Autónomo ( Fundo de Pensões da SATA ) destinado a financiar as responsabilidades da Empresa com empregados no activo a essa data. São Participantes deste Plano de Pensões todos os trabalhadores da Empresa que com este mantenham um vínculo efectivo através de contrato de trabalho sem termo e cuja data de admissão na Empresa seja anterior a 1 de Janeiro de Também são elegíveis os trabalhadores que, tendo sido admitidos na Empresa, antes de 01 de Janeiro de 2004 através de contrato de trabalho a termo certo, venham a adquirir um vínculo efectivo através de contrato de trabalho sem termo celebrado após aquela data. A avaliação actuarial mais recente dos activos do plano e do valor presente da obrigação de benefícios definidos foi efectuada com referência a 31 de Dezembro de 2010 por uma entidade externa independente. O valor presente da obrigação de benefícios definidos, bem como o custo 94

95 dos serviços correntes e dos serviços passados relacionados foram mensurados através do método da unidade de crédito projectada. Os principais pressupostos seguidos na avaliação actuarial atrás referida foram os seguintes: Taxa de desconto 5% 5% Retorno esperado dos activos do plano 5% 5% Taxa esperada de crescimento dos salários 2,5% 2,5% Taxa esperada de crescimento de pensões 2,0% 2% Tábua de mortalidade TV 88/90 TV 88/90 Tábua de invalidez EVK 80 EVK 80 No decurso dos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2010 e em 31 de Dezembro de 2009 foram reconhecidos os seguintes montantes em resultados, na rubrica Gastos com o pessoal : Custo dos serviços correntes Custo de juros Retorno real dos activos do plano ( ) ( ) (Ganhos)/perdas actuariais reconhecidos ( ) Outros (40.949) Total de gastos / (proveitos) (Nota 24) ( ) O montante da responsabilidade associada aos planos de benefícios definidos em 31 de Dezembro de 2010 e 2009 é detalhado conforme se segue: Valor presente da obrigação de benefícios definidos - com fundo Justo valor dos activos do fundo ( ) ( ) Valor presente da obrigação de benefícios definidos - sem fundo Responsabilidade registada em balanço

96 RELATÓRIO&CONTAS 2010///SATA AIR AÇORES Os movimentos no valor presente da obrigação de benefícios definidos nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2010 e 2009 são descritos conforme se segue: Saldo inicial - obrigação de benefícios definidos Custo dos serviços correntes Custo de juros (Ganhos)/perdas actuariais ( ) (28.647) Pelo fundo ( ) ( ) Directamente pela Empresa ( ) ( ) Outros Saldo final - obrigação de benefícios definidos A redução no valor presente da obrigação de benefícios definidos (com e sem fundo) no montante total de, aproximadamente, Euros, respeita, essencialmente à redução do valor das responsabilidades com serviços passados dos activos da Empresa, no montante de, aproximadamente, Euros, por via da revisão da massa salarial para efeitos do cálculo da Segurança Social, que implicou uma diminuição no valor dos complementos a cargo do fundo. Dessa forma, atendendo ao facto que a Empresa encontrava-se a apurar as suas responsabilidades futuras num montante superior ao que se tem verificado na prática, foram apurados ganhos actuariais no exercício de 2010, os quais totalizaram Euros. Os movimentos no justo valor dos activos do plano nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2010 e 2009 são descritos conforme se segue: Saldo inicial - justo valor dos activos do fundo Contribuições para o fundo Benefícios pagos ( ) ( ) Rendimento do fundo Saldo final - justo valor dos activos do fundo O retorno real dos activos do fundo ascendeu a Euros em 2010 ( Euros em 2009). 96

97 O valor do fundo em 31 de Dezembro de 2010 é de Euros, correspondendo a unidades de participação, com valor unitário de 6,2014, sendo o valor da adesão do plano de pensões a este fundo de Euros, correspondendo a unidades de participação e tem a seguinte composição: Composição carteira 2010 Instrumentos de capital próprio 18,77% Instrumentos de dívida 37,03% Imóveis 31,11% Outros 13,09% 100,00% Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, o número de empregados no activo e reformados era como segue: Activos Reformados Seguro de saúde A Empresa assegurou aos seus empregados activos e reformados um seguro colectivo de saúde que lhes dá acesso a serviços médicos comparticipados. Estes encargos são registados na demonstração de resultados do exercício em que os prémios de seguro são pagos. Nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, foram registados encargos de saúde no montante de Euros (dos quais Euros relativos a reformados e Euros de activos) e Euros (dos quais Euros relativos a reformados e Euros de activos), correspondentes aos prémios do seguro de saúde pagos naquele exercício. Adicionalmente, a Empresa mantém uma provisão que se destina a dar cobertura às responsabilidades com pagamentos futuros da apólice de seguros dos actuais activos quando se reformarem, no montante de Euros (Nota 18). 97

98 RELATÓRIO&CONTAS 2010///SATA AIR AÇORES 21 Adiantamentos de Clientes, Adiantamentos a Fornecedores e Outras Contas a Pagar Em 2010 e em 2009 as rubricas Adiantamentos de clientes e Outras contas a pagar apresentavam a seguinte composição: Adiantamentos de clientes Outras contas a pagar Férias e subsídio de férias Empresas do grupo (Nota 29) Instrumentos financeiros derivados (Notas 2 e 32) Taxas aeronauticas a pagar Seguros Comissões agentes Fornecedores de investimento Taxas de passageiros e de combustível Sindicatos Taxas de tráfego Outras Rédito O rédito reconhecido pela Empresa no decurso dos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2010 e 2009 é detalhado conforme se segue: Vendas e Prestação de serviços Subsídios à exploração Juros obtidos (Nota 28)

99 Vendas e prestações de serviços O detalhe das vendas e prestações de serviços, bem como dos subsídios recebidos em 2010 e 2009 é como segue: Vendas Prestação de serviços: Exploração aérea Assistência a aviões de terceiros Comissões de tráfego Cedência de pessoal Taxa de terminal Milhas atribuídas (Nota 18) ( ) Comissões a agentes ( ) ( ) Outros Subsídios à exploração Os subsídios à exploração nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2010 e 2009 têm a seguinte composição: Subsídios à exploração: Indemnizações compensatórias (Nota 13) Reequilíbrio financeiro (Nota 13) Subsídio ao bilhete - Madeira (Nota 13) O montante registado no exercício de 2009 referente a indemnizações compensatórias é composto por: (i) compensação referente ao serviço público na Região Autónoma dos Açores no exercício de 2009, no valor de Euros (Nota 13); e (ii) e pelo valor recebido, superior à estimativa do exercício de 2008, no montante de Euros. No decurso do ano de 2010, não existiram correcções relativas a anos anteriores. 99

100 RELATÓRIO&CONTAS 2010///SATA AIR AÇORES 23 Fornecimentos e Serviços Externos A rubrica de Fornecimentos e serviços externos nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2010 e 2009 é detalhada como segue: Comunicação Combustiveis e lubrificantes Rendas e alugueres Serviços relativos a tráfego Cedência de pessoal Conservação e reparação Taxas relativas a voos Handling Comissões Manutenção de sistemas informáticos Publicidade e propaganda Limpeza e higiene Deslocações e estadas Outros A rubrica Combustíveis e lubrificantes inclui os ganhos e perdas com instrumentos financeiros derivados de fixação do preço de combustível, os quais traduziram-se em perdas nos montantes de Euros e Euros, nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, respectivamente. A rubrica de Rendas e alugueres inclui, em 31 de Dezembro de 2010 e 2009: (i) os valores referentes aos contratos de locação operacional de ATP s, no montante de Euros e Euros (Nota 7), respectivamente; e (ii) e a renda de instalações aeroportuárias, nos montantes de Euros e Euros, respectivamente. A rubrica de Conservação e reparação representa, essencialmente, os custos incorridos pela Empresa na manutenção corrente dos motores, hélices e trens das suas aeronaves ATP e Bombardier Q 200. A rubrica de Comissões respeita a comissões atribuídas, essencialmente, aos agentes da Empresa, pela venda de passagens SATA. 100

101 24 Gastos com o Pessoal A rubrica de Gastos com o pessoal nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2010 e 2009 é detalhada como segue: Remunerações dos orgãos sociais (Nota 29) Remunerações do pessoal Benefícios pós-emprego Beneficio definido (Nota 20) ( ) Encargos sobre remunerações Seguros de ac. trabalho e doenças prof Gastos de acção social Outros A rubrica Remunerações dos órgãos sociais no exercício findo em 31 de Dezembro de 2010 inclui o montante de Euros ( em 2009) relativo ao vencimento base de pessoas chave da gestão (Nota 45). Durante os exercícios de 2010 e 2009, o número médio de empregados ao serviço da Empresa foi de 702 e 696 pessoas, respectivamente. 25 Outros Rendimentos e Ganhos A composição da rubrica de Outros rendimentos e ganhos nos exercícios findos em 2010 e em 2009 é conforme se segue: A rubrica Rendimentos suplementares compreende, essencialmente, a valores obtidos da AMADEUS, derivado da utilização do sistema de reservas desta entidade Rendimentos suplementares Diferenças de câmbio favoráveis Rendimentos e ganhos alienação activos Fixação da taxa de câmbio (USD) Recuperação de dívidas a receber Ganhos em inventários Outros

102 RELATÓRIO&CONTAS 2010///SATA AIR AÇORES A Empresa alienou, no decurso do exercício de 2010, duas aeronaves ATP e respectivo equipamento de reserva. A venda foi realizada pelo valor de Euros, tendo gerado uma mais-valia de Euros (Nota 6). No exercício de 2009, a Empresa alienou um avião Dornier, pelo valor de USD , o que gerou uma mais-valia no montante de Euros. Essas maisvalias foram registadas na rubrica Rendimentos e ganhos alienação de activos. 26 Outros Gastos e Perdas A composição da rubrica de Outros gastos e perdas nos exercícios findos em 2010 e em 2009 é como segue: Diferenças de câmbio desfavoráveis Garantias bancárias Operações de aquisição de moeda Descontos de pronto pagamento concedidos Impostos Perdas em inventários Outros ( ) Amortizações A composição da rubrica de Gastos / reversões de depreciação e de amortização nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2010 e 2009 é como segue: Activos fixos tangíveis (Nota 6) Intangíveis (Nota 8) Juros e Outros Rendimentos e Gastos Similares Os gastos e perdas de financiamento reconhecidos no decurso dos exercícios findos em 2010 e 2009 são detalhados como segue: Juros suportados Financiamentos bancários Locações financeiras Outros gastos financiamento

103 O aumento dos juros suportados pela Empresa deve-se ao aumento dos empréstimos bancários contraídos, para aquisição de aeronaves, em regime de locação financeira (Nota 20). Os juros, dividendos e outros rendimentos similares reconhecidos no decurso dos exercícios findos em 2010 e 2009 são detalhados conforme se segue: Juros obtidos Depósitos em instituições de crédito (Nota 22) Partes Relacionadas Identificação de partes relacionadas A Empresa é detida em 100% pela entidade SATA Sociedade de Transportes Aéreos, SGPS, S.A., sendo as suas demonstrações financeiras e das suas subsidiárias consolidadas nessa entidade. Remunerações do pessoal chave da gestão As remunerações do pessoal chave de gestão da Empresa (Administração da Empresa) nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2010 e 2009 foram como segue: Remunerações Administração da Empresa (Nota 24) Transacções com partes relacionadas No decurso dos exercícios findos em 2010 e 2009 foram efectuadas as seguintes transacções com partes relacionadas: Fornecimentos Prestações Fornecimentos Prestações e Serviços de e Serviços de Externos Serviços Externos Serviços SATA SGPS SATA Internacional SATA Gestão Aeródromos SATA Express (Canadá)

104 RELATÓRIO&CONTAS 2010///SATA AIR AÇORES A rubrica prestações de serviços inclui, essencialmente, apoio técnico e comissões sobre as vendas de bilhetes, de passageiros e cargas, efectuados à SATA Internacional. Saldos com partes relacionadas Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009 a Empresa apresentava os seguintes saldos com partes relacionadas: Outras contas Accionistas Outras contas Outras contas Accionistas Outras contas a receber a receber a pagar a receber a receber a pagar (Nota 13) (Nota 13) (Nota 21) (Nota 13) (Nota 13) (Nota 21) SATA SGPS SATA Internacional SATA Gestão Aeródromos SATA Express (EUA) SATA Express (Canadá) Em 31 de Dezembro de 2010, os valores a receber da SATA Internacional e SATA Gestão de Aeródromos, nos montantes de Euros e Euros, correspondem a empréstimos concedidos entre as empresas, os quais não vencem juros. Em 31 de Dezembro de 2009, a rubrica Outras contas a receber SATA Internacional no montante total de Euros, compreende o montante de Euros, o qual foi classificado no decurso do exercício de 2009 em médio e longo prazo, após ter sido acordado entre as duas entidades que tal valor não seria liquidado no curto prazo, tendo no decurso de 2010, tal montante sido convertido em prestações suplementares (Nota 11). 32 Contabilidade de Cobertura Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009 existiam as seguintes operações de cobertura relativamente às quais a empresa aplicava as regras de contabilidade de cobertura: Cobertura de risco de taxa de juro de um instrumento de dívida mensurado ao custo amortizado A Empresa encontra-se exposta ao risco de variabilidade da taxa de juro em resultado do contrato de locação financeira para aquisição das duas aeronaves Dash Q-200, no qual a Empresa paga Euribor a 1 mês acrescida de spread de 0,4%, na modalidade de Collar Plus nas quais a Empresa recebe a Euribor a 1 mês e paga: (i)2,4% se a Euribor a 1 mês for inferior a 0,97%; (ii) Euribor a 1 mês se a Euribor estiver entre 0,97% e 3,8%; (iii) 3,8% se a Euribor a 1 mês for superior a 3,8%: 104

105 Taxa fixa contratualizada Valor nocional Justo valor (Nota 19) (Nota 19) Swaps Taxa de juro 3,80% 3,80% ( ) ( ) Cobertura de risco de taxa de variabilidade do risco cambial A empresa encontra-se exposta ao risco de variabilidade da taxa de câmbio EUR/USD, em virtude de uma contratação de um instrumento SWAP efectuada em Novembro de 2009, para minimizar o risco dos pagamentos a efectuar na aquisição da frota Bombardier. A estrutura contratada consistiu na aquisição de 2 opções Call USD a 1,45, uma para cada maturidade de entrega dos aviões, financiada pela venda de duas Put Options USD a 1,5395. O valor nominal da referida operação é de USD, sendo o justo valor (positivo) da opção em 31 de Dezembro de 2009 de Euros (Nota 13). Os valores foram exercidos no decurso do exercício de 2010, pelo que no final do ano não existiam valores em aberto. Cobertura de risco de preço de mercadorias (jet fuel) A Empresa em 31 de Dezembro de 2009 tinha contratado, para o exercício de 2010, em seu nome e em nome da sua subsidiária SATA Internacional, instrumentos financeiros derivados de cobertura de risco de preço de mercadorias (jet fuel), os quais eram compostos por três estruturas de cobertura, duas Participating Call e uma Call&Put Spread, conforme se detalha: Justo valor Quantidades Sata compra Sata vende Sata compra 2009 contratadas (ton) call (USD) put (USD) put (USD) 2010 (Nota 17) Opções de compra de jet fuel: Participating call ( ) Participating call ( ) Call&Put Spread (79.298) Tais valores foram registados nas rubricas de Outros activos financeiros e Outros passivos financeiros, nos montantes de Euros (Nota 13) e Euros (Nota 19), respectivamente, por contrapartida: (i) da rubrica Outras variações no capital próprio, no montante de Euros, referente à parcela contratada para a Empresa; e (ii) da rubrica Outras contas a pagar, no montante de Euros (Nota 21), referente à parcela contratada em nome da subsidiária SATA Internacional. 105

106 RELATÓRIO&CONTAS 2010///SATA AIR AÇORES Movimento das operações de cobertura O movimento nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, na quantia registada em reservas relacionada com operações de cobertura, é detalhado conforme se segue: Saldo inicial Valor contratado Instrumentos de taxa de juro (21.832) ( ) Instrumentos de taxa de câmbio Instrumentos de compra de jet fuel Reclassificação para resultados Fornecimentos e serviços externos (68.185) - Outros gastos e perdas ( ) - Saldo final (Nota 17) ( ) Divulgações exigidas por Diplomas Legais Honorários facturados pelo Revisor Oficial de Contas Os honorários totais no exercício findo em 31 de Dezembro de 2010 e 2009 pelo Revisor Oficial de Contas ascenderam a Euros e Euros, respectivamente, e respeitam na sua totalidade à revisão legal das contas anuais. O Técnico Oficial de Contas O Conselho de Administração António Jorge Ferreira da Silva António José Vasconcelos Franco Gomes de Menezes (Presidente) Luisa Maria Estrela Rego Miranda Schanderl (Administradora) Isabel Maria dos Santos Barata (Administradora) Luis Filipe Soares Borges da Silveira (Administrador) Filipa Carmen Henriques de Gouveia Rato Rosa (Administradora) 106

107 RELATÓRIO DE AUDITORIA 107

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