Turismo. Evolução recente e perspetivas. Junho Este documento foi redigido com base em informação disponível até 25 de Junho 2013.

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1 Turismo Evolução recente e perspetivas Este documento foi redigido com base em informação disponível até 25 de.

2 . 1. Sumário executivo Evolução recente 2.1 Turismo mundial Turismo em Portugal Portugal e Espanha: comparativo Perspetivas 3.1 Turismo mundial Turismo em Portugal Eixos de oportunidade Regiões

3 1. Sumário executivo (I). Em 2012, as chegadas internacionais de turistas ultrapassaram, pela primeira vez na história, os mil milhões, traduzindo um crescimento de cerca de 4% face ao ano anterior, mais 39 milhões, alcançando milhões de turistas. O crescimento continuou a ser liderado pelas economias emergentes, sobretudo pelo desempenho da Ásia/Pacífico (6.8%) e recuperação de África (6.3%). A Europa continua a ser a região mais visitada do Mundo (recebe mais de metade dos turistas de todo o Mundo) e, apesar da situação vivida em algumas das suas economias, alcançou um crescimento superior a 3%, alavancado no desempenho da Europa de Leste e Central (crescimento de 8%), enquanto a Europa do Sul/Mediterrâneo apresentou um crescimento de 2%. França continua a liderar o top 10 dos destinos turísticos mundiais cujas alterações, em 2012, foram a ascensão da Alemanha à sétima posição (por troca com o Reino Unido) e a entrada da Rússia, para a nona posição (subindo três lugares). As receitas turísticas mundiais registaram, em 2012, uma evolução semelhante às chegadas (crescimento de 4%), com os EUA a manterem a liderança do ranking mundial e a Europa a deter ainda o maior share destas (42.5%) tendo, contudo, vindo a perder posição no top 10 mundial, nos últimos anos, em detrimento da Ásia/Pacífico, dado o forte crescimento de mercados como a China, Macau e Hong Kong. O ano de 2012 marca a ascensão da China a líder mundial das despesas turísticas, com um valor superior a USD 100 mil milhões, multiplicando quase por oito o seu valor em Os mercados emergentes, e os BRIC S em particular, têm sido grandes impulsionadores dos gastos turísticos a nível mundial superando, em 2012, os USD 180 mil milhões, mais de seis vezes o valor atingido em Mostrando a sua resiliência perante as mais variadas adversidades, o turismo mostrou, nas últimas décadas, a sua capacidade catalisadora do crescimento e de gerar múltiplos benefícios de natureza social e cultural. A sua contribuição direta para o PIB mundial registou um crescimento de quase 10%, entre 2000 e 2010, e de 8.3% para o emprego, com o investimento no setor a crescer mais de 40%. Em 2012, o setor representava 9.3% do PIB mundial, 8.7% do emprego, 5.4% das exportações totais e 4.7% do investimento global. O seu peso e efeito multiplicador na economia mundial é significativo e supera o de outras indústrias relevantes como a automóvel, a mineira, a das telecomunicações e/ou dos serviços financeiros, para além dos efeitos diretos nas economias locais. Apesar da situação económica e financeira global, as pessoas continuam a querer viajar, nomeadamente para fora dos seus países de origem, elevando as viagens internacionais a níveis históricos, impulsionadas também pela crescente procura dos mercados emergentes. Contudo, novas realidades emergiram (e.g. viagens mais curtas, destinos mais próximos, reservas last minute, internet como principal meio de compra e partilha da viagem) exigindo, dos destinos e seus atores, resposta adequada na oferta. Esta foi também a realidade dos viajantes europeus que, em 2012, mantiveram estáveis as suas dormidas, aumentaram os seus gastos (2%), aumentaram as city e short trips (14% e 10%, 2

4 1. Sumário executivo (II). respetivamente), utilizaram maioritariamente a internet para organizar as suas viagens e tiveram na Rússia o seu mercado impulsionador. Portugal registou, em 2012, o seu valor mais elevado de sempre em dormidas nos estabelecimentos hoteleiros (39.8 milhões), com os turistas estrangeiros a evoluírem 5% face ao ano anterior (18% nos três últimos anos, mais 4.1 milhões), e em receitas (EUR 8.6 mil milhões; crescimento de 5% face a 2011). Os mercados tradicionais (Alemanha, França, Reino Unido e Holanda) foram os principais responsáveis pela evolução verificada nas dormidas sendo, contudo, de assinalar a evolução de mercados emergentes como a Rússia, Polónia, China e Brasil, com especial destaque para este último dada a relevância dos seus fluxos para Portugal (nos últimos três anos os turistas brasileiros tiveram um incremento superior a 80%, tornando o Brasil quinto mercado emissor para o nosso país). O comportamento destes mercados foi também relevante ao nível da evolução das receitas, juntandose-lhe o mercado angolano, que passou a ser o quinto mercado para Portugal, logo a seguir aos tradicionais. França passou a liderar as receitas turísticas nacionais (em detrimento do Reino Unido) e Espanha registou quebras quer em dormidas quer em receitas. Em 2012, as receitas turísticas representaram 5.2% do PIB, 13.4% das exportações totais e 45% das exportações de serviços. Nos últimos três anos, o turismo em Portugal registou um superior desempenho face ao verificado a nível mundial, na Europa do Sul/Mediterrâneo e em alguns dos destinos seus concorrentes, nomeadamente Espanha. A World Tourism Organization (WTO) prevê que, nas próximas duas décadas, o turismo tenha um crescimento sustentado (3.3% ao ano, em média), que permitirá alcançar, em 2030, mais de 1.8 mil milhões de chegadas internacionais de turistas, praticamente duplicando o valor de 2010, com as economias emergentes a ultrapassarem as economias avançadas (por volta de 2015), assumindo o dobro do crescimento destas (4.4%). A Ásia/Pacífico deverá receber, nas próximas duas décadas, mais 330 milhões de turistas e passar a deter um share de 30% do mercado global, e assumirá também o maior protagonismo enquanto região emissora, gerando, em média, anualmente, mais 17 milhões de turistas. África assumirá o maior crescimento médio anual relativo (5.7%). Os BRIC S continuarão a ser os principais impulsionadores do crescimento do turismo a nível mundial, com a Rússia a assumir especial relevância para a Europa, e para a Europa do Sul, assim como o Brasil. As perspetivas, a nível global, e na Europa, são positivas, com os principais mercados emissores a preverem crescimentos nos seus fluxos outbound. As tendências da procura continuarão em evolução sendo, contudo, certos, fatores influenciadores/decisores, já assumidos nos últimos anos, como a tecnologia, a ecologia, a responsabilidade social, a acessibilidade e/ou os social media. As previsões do World Travel & Tourism Council apontam para que o setor represente, em 2023, cerca de 10% do PIB mundial, 9.9% do emprego, 4.8% das exportações 3

5 1. Sumário executivo (III). totais e 4.9% do investimento. Portugal é o segundo país da OCDE em que o turismo mais pesa no PIB 1, o terceiro da Zona Euro em que este setor mais pesa nas exportações, o terceiro destino mais competitivo na Bacia do Mediterrâneo 2, onde é o nono destino mais visitado, o sexto com maiores receitas e um dos destinos com mais demonstrações de interesse por parte dos principais mercados emissores, para os próximos anos. A expansão das companhias low cost no país (algumas das quais instalaram bases aéreas em aeroportos nacionais) e de rotas por parte de algumas tradicionais para mercados de grande potencial (e.g. ligações da TAP para o Brasil) impactaram significativamente nos passageiros internacionais desembarcados no território nacional que, nos últimos sete anos cresceu a uma taxa média anual superior a 5%. O programa Initiative.pt, lançado em Abril 2007, que tem apoiado o crescimento sustentado de novas rotas e já tinha sido renovado e ajustado em Janeiro de 2009, foi novamente renovado e ajustado em Março de 2012, por um período de 3 anos, num investimento de EUR 15 milhões, coparticipado pela ANA, Turismo de Portugal e regiões de turismo, com objetivos de crescimento (novas operações) e reforço de rotas. O novo Plano Estratégico Nacional do Turismo (PENT), aprovado em Março de 2013, estabelece oito programas de desenvolvimento, que se desdobram em 40 projetos de implementação, mantém os dez produtos estratégicos do PENT anterior, introduzindo, contudo, maior segmentação no turismo de natureza, náutico e de saúde, nos circuitos turísticos, religiosos e culturais (com o turismo religioso a assumir papel estratégico) e assume como prioritário o escoamento das unidades existentes no domínio do turismo residencial. A estratégia de mercados define como prioritários os que têm maior receita por turista, os que têm segmentos ainda não explorados, os que são representativos em termos de diáspora e os mercados emergentes, de acordo com a atual penetração e crescimento perspetivado. A organização regional do turismo no continente foi alterada, passando a um modelo assente em cinco áreas regionais, correspondentes às cinco NUTS II, extinguindo-se os seis Polos de Desenvolvimento Turístico que existiam anteriormente. Dada a transversalidade do setor do turismo, o Governo criou, em Março de 2013, a Comissão de Orientação Estratégica para o Turismo (COET), que deverá assegurar a relevância estratégica do setor, garantindo que as várias políticas públicas que com ele interferem se coordenam numa estratégia que potencie essa mesma relevância. Apesar do enquadramento económico e financeiro do país e das dificuldades que atingiram alguns intervenientes do setor, em 2012, o investimento na hotelaria nacional continuou ativo, aportando novas unidades á oferta nacional (mais de quartos; 85% dos quais em unidades de quatro e cinco estrelas), prevendo-se a sua continuidade em 2013, com um acréscimo de mais de quartos; mais de 88% dos quais em unidades de quatro e cinco estrelas). 1 Só ultrapassado pela Espanha. 2 Maior destino turístico mundial, quer em termos de turismo internacional, quer doméstico. 4

6 1. Sumário executivo (IV). O desempenho recente e/ou as previsões de evolução para os próximos anos de determinados produtos/segmentos turísticos, aliados a fatores de competitividade que Portugal e/ou as suas regiões apresentam para os mesmos, permitem identificar vários eixos de oportunidade para o país como os cruzeiros, o turismo náutico (surf, vela), o golfe, o turismo residencial e/ou o turismo de saúde. A região de Lisboa, alavancada no facto de acolher a capital do país, dispõe da segunda maior capacidade de alojamento a nível nacional, é a segunda região com maior número de dormidas, uma das três regiões com mais de 70% das dormidas a pertencerem a estrangeiros, apresenta a maior taxa de ocupação e RevPar a nível nacional, foi responsável pela maior fatia do investimento hoteleiro no país, em 2012, e tem previsto, para 2013, o maior número de aberturas de novas unidades. Com vários ativos distintivos, internacionalmente reconhecidos, na capital e na região, os passageiros internacionais desembarcados no aeroporto de Lisboa aumentaram mais de 2 milhões, nos últimos sete anos, e os passageiros de cruzeiros mais de 210 mil, nos últimos cinco. Eleita melhor destino europeu , a capital portuguesa integra o top 15 europeu de cidades em eventos ICCA 2, está no roteiro europeu dos global shoppers 3 e apresenta potencial de captação de turistas de mercados emergentes como o Brasil e/ou outros da Ásia/Médio Oriente. A cidade concentrou cerca de dois terços dos novos quartos na região, em 2012, e assume mais de 80% dos previstos para O golfe, o turismo náutico e o turismo residencial e de saúde são segmentos a desenvolver na região considerada com maior potencial de crescimento turístico em O Algarve concentra a maior capacidade de alojamento do país e acolhe o maior número de dormidas (mais de 36% do total nacional), das quais três quartos pertencem a estrangeiros (40% das dormidas de estrangeiros em território nacional), apresenta a terceira maior taxa de ocupação e segundo melhor RevPar. Principal destino turístico do país, reconhecido internacionalmente a vários níveis, o Algarve recuperou, nos últimos três anos, mais de 1.5 milhões de dormidas de estrangeiros, registando-se o regresso de turistas de mercados tradicionais como o Reino Unido, Irlanda e Holanda. Para atenuar um dos seus maiores desafios (sazonalidade) a região deve diversificar a sua oferta apostando em segmentos como o turismo náutico, de saúde, de natureza, de negócios e residencial. O Norte detém a terceira maior capacidade de alojamento a nível nacional, sendo a quarta região em número de dormidas, taxa de ocupação e RevPar, aquela que apresenta um maior equilíbrio na distribuição das dormidas entre residentes e não residentes (52% versus 48%) e a segunda em investimento hoteleiro, em Pela European Consumers Choice. 2 International Congress and Convention Association. 3 Aqueles para quem fazer compras é parte integrante e fundamental da sua experiência de viagem. 5

7 1. Sumário executivo (V). Contando com a segunda cidade do país, a região tem impactado os efeitos da evolução do tráfego no Aeroporto Sá Carneiro, da evolução do movimento de cruzeiros no Porto de Leixões e no Douro, do posicionamento do Porto nos eventos ICCA e/ou da expansão da sua oferta de alojamento em segmentos alternativos, internacionalmente reconhecidos. Eleito melhor destino europeu e um dos destinos top , a cidade tem no posicionamento short break um dos seus desafios. O Centro apresenta a quarta capacidade de alojamento do país, é a quinta região em número de dormidas, segunda com maior share de dormidas de residentes nacionais (60%), a única, do continente, a perder dormidas de estrangeiros, face a 2011 (-4.7%) e a mais penalizada no seu principal mercado estrangeiro (Espanha: -11.3%), a que apresenta taxas de ocupação e RevPar mais baixos, terceira com maior acréscimo de quartos em 2012 e terceira com maior previsão de acréscimo de oferta para Diversificar mercados e produtos são um desafio. O Alentejo acolhe a sexta capacidade de alojamento nacional e assume a sexta posição em número de dormidas, sendo a região do país com maior share de dormidas de turistas nacionais (70%), a que regista maior crescimento de dormidas de estrangeiros, nos dois últimos anos (29.4%), apresenta a sexta taxa de ocupação e quinto RevPar a nível nacional. O desenvolvimento do Alqueva acresce oportunidades para diversificação de oferta e captação de novos segmentos. A Madeira dispõe da quinta capacidade de alojamento do país, é a terceira região em dormidas, a que detém maior share de dormidas de estrangeiros (90%), a que regista maior penalização no seu principal mercado estrangeiro face, a 2011 (Reino Unido: -13.6%), apresenta a segunda maior taxa de ocupação e terceiro RevPar do país. Com vários reconhecimentos internacionais, o Porto do Funchal lidera o movimento nacional de passageiros e escalas de cruzeiros. Os Açores são a região portuguesa com menor capacidade de alojamento e menos dormidas, apresentando-se como a segunda mais equilibrada na distribuição entre residentes e não residentes (43% versus 57%), assumindo a quinta posição em termos de taxas de ocupação e o segundo RevPar mais baixo a nível nacional. Classificada, pelo segundo ano consecutivo, Best Green Destination 3 na Europa tem no turismo de natureza, e suas várias vertentes, oportunidades e desafios. As regiões autónomas apresentaram as maiores quedas em turistas nacionais (Madeira: -20.4%; Açores: -14.4%), por um lado, e os únicos crescimentos do mercado espanhol em território nacional (Açores: 45.1%; Madeira: 26.6%), por outro. 1 Pela European Consumers Choice. 2 Pelo New York Times. 3 Pela European Coastal & Marine Union (EUCC). 6

8 . 1. Sumário executivo Evolução recente 2.1 Turismo mundial Turismo em Portugal Portugal e Espanha: comparativo Perspetivas 3.1 Turismo mundial Turismo em Portugal Eixos de oportunidade Regiões

9 2.1. Evolução recente turismo mundial (I). Depois de um crescimento de 6.5%, em 2010, que marcou a recuperação do setor, o turismo mundial apresentou, em 2011, um crescimento de 4.7%, num ano marcado por uma adiada recuperação económica global, por importantes mudanças políticas no Médio Oriente e Norte de África e por desastres naturais (sismo) no Japão, registando, em 2012, novo crescimento, de 3.8%, ultrapassando, pela primeira vez na história, os mil milhões de turistas. Uma vez mais, o crescimento foi liderado pelas economias emergentes (4.1%), em virtude do bom desempenho da Ásia/Pacífico (6.8%) e recuperação de África (6.3%), que contribuíram com 18 milhões de turistas adicionais face a A Europa, região mais visitada no Mundo, registou um variação positiva superior a 3%, apesar da situação económica na Zona Euro e depois do forte crescimento de 6% no ano anterior. Chegadas internacionais de turistas, 2000, 2005, 2008, 2009 e 2012 (Milhões) Chegadas internacionais de turistas economias avançadas versus economias emergentes (share), 1995, 2000, 2005 e 2012 (Percentagens) Var = 3.8% Var = 3.3% Var = 6.8% Var = 3.7% Var = -4.9% Var = 6.3% Mundo Europa Ásia e Pacífico Américas Médio Oriente África Economias avançadas Economias emergentes Fontes: World Tourism Organization, ES Research -. 8

10 2.1. Evolução recente turismo mundial (II). A Europa, que ainda recebe mais de metade dos turistas de todo o Mundo, apesar da situação vivida em algumas das suas economias, alcançou um crescimento superior a 3%, com a Europa de Leste e Central a destacar-se, registando um crescimento de 8%, depois dos 9.8% já registados em Os destinos da Europa do Sul Mediterrâneo consolidaram a sua excelente performance de 2011 (7.4%) e voltaram às suas taxas de crescimento normais. A Ásia Oriental Sul (por via da implementação de um conjunto de medidas incentivadoras do turismo e da recuperação dos fluxos de inbound e outbound dos japoneses) e o Norte de África (que recuperou da forte queda no ano anterior) apresentaram as melhores performances em 2012, com um crescimento de 8.7%. Chegadas internacionais de turistas, subregiões, variações homólogas 2011 e 2012 (Percentagens) Var Var Europa do Norte Europa Ocidental Europa de Leste e Central Europa do Sul Mediterrâneo Ásia Oriental Norte Ásia Oriental Sul Oceânia Ásia Sul América do Norte Caraíbas América Central América do Sul Norte de África África Subsahariana Médio Oriente Fontes: World Tourism Organization, ES Research -. 9

11 2.1. Evolução recente - turismo mundial (III). A França continua a liderar o ranking mundial de destinos turísticos. Em 2011 houve apenas uma alteração no top 10 mundial - a ascensão da Turquia ao sexto lugar, relegando o Reino Unido para a sétima posição. Com mais de 29 milhões de turistas, a Turquia revela a sua extraordinária performance nos últimos anos (na última década captou mais cerca de 20 milhões de turistas, subindo dez posições no ranking mundial), mesmo no clima global adverso, rumo ao seu objetivo de fazer parte do top 5 mundial. A Malásia, na última década, recebeu mais quase 15 milhões de turistas e subiu cinco lugares no ranking mundial, e a China continua a sua ascensão ao topo do ranking que deverá acontecer até ao final da presente década. Em 2012, também a Alemanha deverá ter ultrapassado o Reino Unido, ascendendo à sétima posição do ranking, enquanto a Rússia terá feito a sua entrada no top 10, para a nona posição, subindo três lugares face ao ano anterior. Chegadas internacionais de turistas, top 10 mundial, 2000, 2005 e 2011 Ranking País França EUA China Espanha Itália Turquia Reino Unido Alemanha Malásia México Turistas (Milhões) Share (%) TCMA TCMA (%) (%) Fontes: World Tourism Organization, ES Research -. 10

12 2.1. Evolução recente - turismo mundial (IV). Em 2012, as receitas turísticas mundiais registaram um crescimento, em termos reais, de 4%, face a 2011, idêntico ao verificado nas chegadas internacionais de turistas. A Europa, embora continuando a deter o maior share das receitas turísticas mundiais (42.5%), perdeu peso no top 10 nos últimos doze anos os seus cinco países com maiores receitas turísticas representaram, em 2012, 21% das receitas mundiais contra os 30% do ano A Ásia Pacífico (região com o segundo maior share 30%), pelo contrário, tem vindo a reforçar o seu peso nas receitas turísticas mundiais, com Macau e Hong Kong a integrar o top 10, com desempenhos notáveis (6ª e 9ª posição, em 2012, face a 34ª e 19ª, respetivamente, em 2000). Em 2000, a China era o único asiático a integrar o top 10, com uma quota de 3.4% das receitas mundiais e, em 2012, conjuntamente com Macau e Hong Kong passaram a representar mais de 11%. Nos últimos doze anos, estes três mercados aumentaram as sua receitas turísticas em USD 95 mil milhões. Receitas turísticas, top 10 mundial, 2000, 2005 e 2012 E Ranking País Receitas (USD mil milhões) Share (%) TCMA (%) E EUA Espanha França China Itália Macau Alemanha Reino Unido Hong Kong Austrália Fontes: World Tourism Organization, ES Research -. E Estimativa. 1 Valor de

13 2.1. Evolução recente - turismo mundial (V). Tal como previsto por várias organizações internacionais, a China tem vindo a evoluir de forma notável no ranking dos principais mercados emissores de turistas, tendo passado de 10º maior mercado emissor em 1995 para 1º em 2012, destronando a Alemanha. No espaço de pouco mais de uma década, mais 72 milhões de chineses saíram do seu país como turistas, representando uma taxa de crescimento médio anual superior a 18%. Também o mercado russo merece destaque, passando da nona para a quinta posição, colocando mais 22 milhões de turistas no estrangeiro no referido período uma taxa de crescimento média de 7% ao ano. Principais mercados emissores de turistas, 2012 versus 2000 (Milhões) China Alemanha EUA Reino Unido Rússia Fontes: World Tourism Organization, Turismo de Portugal, ETC, Office for National Statistics (UK), Office of Travel & Tourism Industries (USA), China International Travel Service. 12

14 2.1. Evolução recente - turismo mundial (VI). Nos últimos doze anos, os turistas dos EUA deixaram de liderar as despesas turísticas mundiais, a Europa perdeu peso no top 10 destas, apesar da ascensão da Alemanha à liderança (em 2003) e da entrada da Rússia (em 2004), e os emergentes foram os grandes impulsionadores do seu crescimento. Em 2012, a China, com um valor superior a USD 100 mil milhões, converteu-se em líder mundial de despesas turísticas 1, multiplicando quase por oito o valor registado em 2000 só nos dois últimos anos registou um crescimento superior a 85%. A Rússia, com um crescimento superior a 60% nos dois últimos anos, subiu duas posições no ranking, ascendendo ao quinto lugar. O Brasil, apesar de ainda não integrar o top 10, passou da 29ª posição em 2000 para a 12ª em 2012, registando, nos dois últimos anos, um crescimento superior a 35%. Despesas turísticas, top 10 mundial, 2000, 2005 e 2012 E Ranking País Despesas (USD mil milhões) Share (%) TCMA (%) E China Alemanha EUA Reino Unido Rússia França Canadá Japão Austrália Itália Fontes: World Tourism Organization, ES Research -. E Estimativa. 1 Em 2005 ocupava a 7ª posição no ranking mundial. 13

15 2.1. Evolução recente - turismo mundial (VII). Em 2012, os turistas dos quatro países BRIC (Brasil, China, Índia e Rússia) gastaram, no seu conjunto, mais USD mil milhões que em 2000, multiplicando por mais de seis vezes o valor de então (USD 28.5 mil milhões). A despesa turística agregada dos BRIC S atingiu, em 2012, mais de USD 180 mil milhões, que representa 17% do valor global (6% em 2000), e um crescimento superior a 60%, nos dois últimos anos. Despesas turísticas, BRIC S, 2012 versus 2000 (USD mil milhões) 17% do valor global % do valor global 28.5 China Rússia Brasil India BRIC'S 1 Fontes: World Tourism Organization, ES Research -. 1 Valor de

16 2.1. Evolução recente - turismo mundial (VIII). Na primeira década do atual século, o turismo mostrou, claramente, a sua resiliência perante as mais variadas adversidades e a sua capacidade catalisadora do crescimento (criando riqueza, emprego, investimento e exportações) e de gerar múltiplos benefícios de natureza social e cultural. A contribuição direta do setor para o PIB mundial registou um crescimento de quase 10% na década (17% se considerados também os efeitos indiretos) e para o emprego 8.3% (equivalente à criação de 7 milhões de empregos adicionais). O investimento no setor cresceu 41.8%, sendo que até 2008 tinha crescido mais de 66%. África, Médio Oriente, América Latina e Ásia são as regiões que apresentam crescimentos mais elevados. Contribuição do setor do turismo na economia mundial, crescimento no período (Percentagens) Contribuição direta para o PIB Contribuição direta para o emprego Investimento Exportações Fontes: World Travel & Tourism Council, Oxford Economics, ES Research -. 15

17 2.1. Evolução recente - turismo mundial (IX). Em 2012, apesar da agitação política e social em algumas regiões e do fraco desempenho económico de alguns mercados chave, o setor do turismo cresceu cerca de 3% e gerou 4 milhões de novos empregos, representando cerca de 9.3% do PIB mundial (USD mil milhões), 8.7% do emprego total (mais de 261 milhões de pessoas), 5.4% das exportações totais (USD mil milhões) e 4.7% do investimento global. Peso do setor do turismo na economia mundial, 2012 (Percentagens) América do Norte PIB: 8.4 Emprego: 10.5 Exportações: 6.6 Investimento: 5.9 Caraíbas PIB: 14.0 Emprego: 12.3 Exportações: 15.6 Investimento: 11.0 UE-27 PIB: 8.4 Emprego: 9.1 Exportações: 5.6 Investimento: 4.8 Europa Médio Oriente Norte de África PIB: 12.5 Emprego: 12.5 Exportações: 10.4 Investimento: 7.0 PIB: 8.2 Emprego: 8.0 Exportações: 5.3 Investimento: 4.7 PIB: 7.7 Emprego: 6.8 Exportações: 5.3 Investimento: 7.2 Ásia (Nordeste) PIB: 8.3 Emprego: 8.2 Exportações: 3.7 Investimento: 3.0 Mundo PIB: 9.3 Emprego: 8.7 Exportações: 5.4 Investimento: 4.7 América Latina PIB: 8.8 Emprego: 7.9 Exportações: 4.7 Investimento: 5.7 Oceânia PIB: 10.7 Emprego: 12.6 Exportações: 9.4 Investimento: 6.0 Fontes: World Travel & Tourism Council, Oxford Economics, ES Research -. 16

18 2.1. Evolução recente - turismo mundial (X). O turismo é uma das maiores indústrias a nível global, sendo responsável por mais de 9% do PIB mundial, superando as indústrias automóvel, mineira e/ou química. O seu contributo direto para o PIB é maior que o do setor automóvel em todas as regiões do Mundo 1 três vezes maior nas Américas e duas vezes na Europa e maior que o do setor químico em todas as regiões do Mundo, com exceção da Ásia. A sua relevância é ainda mais marcante ao nível do emprego: o emprego direto do setor é seis vezes maior que o da indústria automóvel, cinco vezes maior que o da indústria química, quatro vezes maior que o da indústria mineira, duas vezes maior que o do setor das comunicações. O efeito multiplicador do turismo na economia é significativo e superior ao de outros setores relevantes como as comunicações, os serviços financeiros, a educação, a agricultura e/ou a indústria mineira. Peso do setor do turismo na economia mundial versus outros setores, 2011 (Percentagens) Efeito multiplicador do setor do turismo na economia (PIB) versus outros setores, 2011 (Número) Turismo Serviços financeiros Indústria automóvel Indústria mineira Indústria química Fontes: World Travel & Tourism Council, Oxford Economics, ES Research -. 1 Consideradas: Europa, Américas, Ásia Pacífico, Médio Oriente e África. 17

19 2.1. Evolução recente - turismo mundial (XI). O efeito multiplicador do turismo na criação de emprego é também marcante, sendo um dos dois setores com maior repercussão na criação de emprego cada USD 1 milhão gasto no turismo gera, em média, 50 empregos, duas vezes mais que o efeito do mesmo montante gasto na indústria automóvel, nas comunicações ou nos serviços financeiros. Também a avaliação entre os fluxos de rendimentos gerados para as famílias e os gastos retidos nas economias locais mostra que a posição do turismo supera a das indústrias automóvel, química, mineira e/ou de comunicações. Por cada USD 1 milhão gasto no turismo é gerado um rendimento superior a USD 700 mil e 91% de cada USD gasto permanece nas economias locais. Efeito multiplicador do setor do turismo na economia (emprego) versus outros setores, 2011 (Número) Setor do turismo, riqueza gerada e gastos retidos 2011 (USD milhares, percentagens) Rendimento por cada USD 1 milhão gasto Ganhos das famílias Indústria automóvel Indústria química Turismo Ganhos das economias locais Educação Serviços financeiros Comunicações Agricultura Indústria mineira Share de gastos retidos Fontes: World Travel & Tourism Council, Oxford Economics, ES Research -. 18

20 2.1. Evolução recente - turismo mundial (XII). Apesar do clima económico e financeiro global, as pessoas continuam a querer viajar, nomeadamente para fora dos seus países de origem, elevando as viagens internacionais a níveis históricos, impulsionadas também pela nova procura dos mercados emergentes. Contudo, um conjunto de novas realidades emergiram exigindo resposta adequada dos destinos, dos seus vários atores e respetiva oferta. Apesar de se continuar a viajar, gasta-se menos, fazem-se viagens mais curtas e/ou para destinos mais próximos, compra-se a viagem no último minuto. O peso dos turistas com mais idade (mais de 55 anos) continua a crescer (23%, em 2012), o lazer continua a ser o principal motivo de viagem (71%) e cada vez mais pessoas o fazem utilizando o avião como meio de transporte. A internet tornou-se, claramente, o principal canal de compra de viagens a nível global. Turistas segundo o grupo etário, 2012 (Percentagens) Principais motivos para viajar, 2012 (Percentagens) Canal utilizado para a compra de viagens, 2012 (Percentagens) anos Férias Internet Entre 35 e 54 anos Entre 15 e 34 anos Negócios Outros Agências de viagens Outros Fontes: ITB, IPK International, ES Research -. 19

21 2.1. Evolução recente - turismo mundial (XIII). Apesar do panorama vivido em algumas das suas regiões, os europeus continuaram a viajar em 2012, aumentando os seus gastos (em cerca de 2%) e mantendo estáveis as dormidas. Contudo, algumas tendências e/ou alterações merecem destaque: o não crescimento do maior segmento de mercado (férias), registando mesmo um decréscimo na vertente praia e os crescimentos significativos das city e short trips (14% e 10%, respetivamente) e das viagens de negócios (8%). Os principais mercados emissores tiveram comportamentos distintos, com a Rússia a assumir, claramente, a liderança com um crescimento de 12%, seguida de dois países com moeda forte (Suíça e Noruega), também com crescimento assinalável. Em contraste, os maiores emissores europeus (Alemanha e Reino Unido) apresentaram uma situação de estagnação e crescimento marginal. Viagens dos europeus, mercado outbound, crescimento 2012 (Percentagens) Viagens dos europeus, segmentos de mercado, crescimento 2012 (Percentagens) Férias (praia) 8-1 City trips Negócios Short trips (1-3 noites) Fontes: ITB, IPK International, ES Research -. 20

22 2.1. Evolução recente - turismo mundial (XIV). Em 2012, desfrutar do sol e da praia e visitar familiares e/ou amigos foram os principais motivos dos europeus para ir de férias 2 (76%). A beleza natural e a qualidade do alojamento (75%) foram os aspetos mais valorizados para o regresso ao mesmo destino. As recomendações de familiares e/ou amigos foram a fonte de informação mais importante aquando do planeamento das suas férias (56%), seguindo-se a informação recolhida através da internet/websites (46%). Mais de metade dos europeus organizaram as suas férias, em 2012, utilizando a internet (53%). 1 Relatório Attitudes of Europeans Towards Tourism. Inquérito nos 27 países membro da UE mais sete: Croácia, Turquia, Macedónia, Noruega, Islândia, Sérvia e Israel. 2 Estadia de pelo menos quatro noites consecutivas. Fontes: Comissão Europeia, ES Research -. Eurobarometro 1 : principais motivos dos europeus para ir de férias, top 5, 2012 (Percentagens) Sol e praia Visitar familiares e/ou amigos Natureza Cultura City trips Eurobarometro 1 : principais fontes de informação dos europeus para planear as férias, top 5, 2012 (Percentagens) Recomendações dos familiares e/ou amigos Internet/ Websites Experiência pessoal Agências de viagens/postos de turismo Catálogos/brochuras Eurobarometro 1 : principal motivação dos europeus para regressar ao mesmo destino, top 5, 2012 (Percentagens) Beleza natural e clima Qualidade do alojamento Atrações culturais e históricas Preço Hospitalidade Eurobarometro 1 : como os europeus organizaram as suas férias, top 5, 2012 (Percentagens) Pela Internet Através de alguém conhecido Numa agência de viagens Por telefone Através de site do local de destino

23 . 1. Sumário executivo Evolução recente 2.1 Turismo mundial Turismo em Portugal Portugal e Espanha: comparativo Perspetivas 3.1 Turismo mundial Turismo em Portugal Eixos de oportunidade Regiões

24 2.2. Evolução recente turismo em Portugal (I). Em Julho 2012 existiam em Portugal estabelecimentos hoteleiros. Nos últimos três anos, a oferta hoteleira nacional cresceu 2.9%: 58 estabelecimentos. Os hotéis, que representam quase metade da oferta, foram os principais responsáveis pela evolução verificada, assumindo um crescimento superior a 45% (mais 311). Os hotéis de 4 e 5 estrelas representam quase 40% da oferta hoteleira nacional e assumiram cerca de 30% das novas aberturas neste período (mais 92). Estabelecimentos hoteleiros em Portugal, 2007-Julho 2012 P (Número) Estabelecimentos hoteleiros em Portugal segundo a tipologia, Julho 2009 versus Julho 2012 P (Número) Estabelecimentos hoteleiros em Portugal segundo a tipologia, Julho 2009 versus Julho 2012 P (Número) Jul e 2 * 3* 4* 5* Julho 2009 Julho 2012 Fontes: INE, Turismo de Portugal, ES Research -. P Provisório. 23

25 2.2. Evolução recente turismo em Portugal (II). Em Julho 2012, a capacidade de alojamento nacional ascendia a quase 300 mil camas. Entre 2007 e 2012, o crescimento da oferta nacional fez-se a uma taxa média anual de 2.4%, tendo-se acelerado nos últimos três anos crescimento superior a 9%, quase 25 mil camas. Os hotéis, mais de 55% da oferta, foram os principais responsáveis pela evolução verificada, assumindo um crescimento idêntico ao nacional, em termos absolutos. Os hotéis de 4 e 5 estrelas representam mais de 60% da capacidade nacional e assumiram mais de 57% da capacidade acrescida no período (mais 14.3 mil camas). Capacidade de alojamento em Portugal, 2007-Julho 2012 P (Milhares de camas) 2.4% TCMA % TCMA Capacidade de alojamento em Portugal segundo a tipologia, Julho 2009 versus Julho 2012 P (Milhares de camas) Capacidade de alojamento em Portugal segundo a tipologia, Julho 2009 versus Julho 2012 P (Milhares de camas) Jul e 2 * 3* 4* 5* Julho 2009 Julho 2012 Fontes: INE, Turismo de Portugal, ES Research -. P Provisório. 24

26 2.2. Evolução recente turismo em Portugal (III). Entre 2007 e 2012, as taxas de ocupação (quarto) e o RevPar, em Portugal, apresentaram decréscimos (7.5 pp e EUR 5, respetivamente), situando-se, no último ano, nos 51.5% e EUR 32, respetivamente. Nos três últimos anos aqueles valores permaneceram sem grandes oscilações. Taxas de ocupação (quarto) em Portugal 2, P (Percentagens) RevPar em Portugal 2, P (Euros) pp Variação EUR Variação Rendimento por quarto disponível: medido através da relação entre os proveitos de aposento e o número de quartos disponíveis. 2 Inclui hotéis, hotéis-apartamento, pousadas e outros. Fontes: INE, Turismo de Portugal, ES Research -. P Provisório. 25

27 2.2. Evolução recente turismo em Portugal (IV). Depois da recuperação verificada em 2010, Portugal atingiu, em 2011, os 14 milhões de hóspedes, impulsionado pela evolução dos estrangeiros, que continuou em 2012, superando os 7.7 milhões, valor mais elevado da última década e que permitiu manter o número de hóspedes sensivelmente ao mesmo nível do ano anterior, perante a queda verificada nos residentes. Reino Unido, Espanha, Alemanha e França continuam a ser os principais mercados emissores para Portugal, representando um share superior a 52%, assinalando-se a troca de posição entre os dois primeiros dada a queda verificada no mercado espanhol em 2012 (-11.5%, -160 mil hóspedes). França e Alemanha foram os mercados que mais contribuíram para o crescimento verificado em 2012, ao assumirem cerca de metade do crescimento dos países do top 10 1, em termos absolutos, com mais cerca de 155 mil hóspedes face a Reino Unido e Brasil foram os mercados que se lhe seguiram mais 92 mil hóspedes. Nos últimos três anos os hóspedes estrangeiros cresceram a uma taxa média anual de quase 6%. Hóspedes em Portugal, (Milhões) 2.4% 0.8% TCMA TCMA Hóspedes não residentes em Portugal, top 10, 2012 (Milhares) % Share % TCMA Residentes Não residentes Fontes: INE, ES Research -. 1 Não considerando os países com evolução negativa (Espanha e Itália). 26

28 2.2. Evolução recente - turismo em Portugal (V). Em 2012, as dormidas nos estabelecimentos hoteleiros nacionais atingiram os 39.8 milhões, valor mais elevado de sempre. As dormidas de estrangeiros, que representam mais de dois terços do total, foram responsáveis pela evolução verificada face ao ano anterior, registando um crescimento de 5% (18% nos últimos três anos, mais 4.1 milhões). Reino Unido (quase um quarto das dormidas de estrangeiros), Alemanha, Espanha, França, Holanda e Brasil representam mais de dois terços das dormidas de não residentes. Alemanha e França, com mais 615 mil dormidas, e a Holanda e o Reino Unido, com mais 302 mil, assumiram os maiores contributos para a evolução verificada. O mercado espanhol registou uma queda superior a 360 mil dormidas, perdendo a 2ª posição que ocupava em Nos últimos três anos as dormidas de não residentes cresceram a uma taxa média anual superior a 5%. Dormidas em Portugal, (Milhões) 2.9% 0.02% TCMA TCMA Dormidas de não residentes em Portugal, top 10, 2012 (Milhões) % Share % TCMA Residentes Não residentes Fontes: INE, ES Research -. 27

29 2.2. Evolução recente - turismo em Portugal (VI). Não descurando os seus mercados emissores tradicionais, Portugal tem vindo a focar-se também noutros de elevado potencial de crescimento e que constituem uma oportunidade de diversificação. Brasil, Rússia, Polónia e China são disso exemplo, registando crescimentos significativos. Nos três últimos anos, o mercado russo assumiu o maior crescimento entre estes mercados, com variações superiores a 140% quer nos hóspedes quer nas dormidas, passando a representar o 11º mercado para Portugal. A China, apesar de ainda apresentar valores baixos tem tido evolução considerável. No seu conjunto, estes quatro mercados aumentaram as suas dormidas em quase mais um milhão, nos últimos três anos. Hóspedes em Portugal, mercados selecionados, 2009 e 2012 (Milhares) Dormidas em Portugal, mercados selecionados, 2009 e 2012 (Milhares) % Crescimento % Crescimento % Crescimento 34% Crescimento % Crescimento % Crescimento % Crescimento % Crescimento 74.9 Brasil Rússia Polónia China 1 Brasil Rússia Polónia China 1 Fontes: INE, ES Research -. 1 Dados de 2009 e 2011 por indisponibilidade de dados de

30 2.2. Evolução recente turismo em Portugal (VII). O Brasil tem sido um dos mercados emissores atrás referidos, cuja evolução merece particular destaque e relevância para Portugal. Entre 2007 e 2012, os turistas brasileiros no país registaram um crescimento médio anual superior a 14%. Nos últimos três anos, o seu incremento foi superior a 80%, colocando o Brasil como 5º maior mercado emissor para Portugal, logo a seguir aos seus quatro mercados tradicionais em 2007, era o oitavo. O crescimento dos fluxos turísticos brasileiros para Portugal tem sido superior ao verificado para o resto do Mundo França e Portugal são os principais destinos dos brasileiros na Europa e os 3º e 4º destinos mundiais (a seguir aos EUA e Argentina). Turistas brasileiros em Portugal, (Milhares) 81% Var Turistas brasileiros em Portugal e no Mundo, crescimento, (Percentagens) Fontes: INE, ES Research -, Euromonitor International. 29

31 2.2. Evolução recente turismo em Portugal (VIII). Em 2012, o turismo português alcançou o seu melhor resultado de sempre em termos de receitas, EUR 8.6 mil milhões, um crescimento de mais de 5% face ao ano anterior (24.6% nos três últimos anos), cerca de 5.2% do PIB, valor mais elevado dos últimos doze anos. O setor mais exportador do país representou, em 2012, mais de 13% das exportações totais e mais de 45% das exportações de serviços. Receitas turísticas em Portugal, P (EUR mil milhões, percentagens) Receitas turísticas nas receitas externas em Portugal, 2000, 2005 e 2012 P (EUR milhões) 24.6% EUR 1.7 mil milhões Var % Share Viagens e Turismo Minérios e Minerais e Metais Comuns Peso das receitas turísticas no PIB (percentagem) Químicos, Plásticos e Borracha Agro-alimentares Fontes: Banco de Portugal, ES Research -. P Dados provisórios. Máquinas e Aparelhos Vestuário, Calçado e Matérias Textéis Material de Transporte 30

32 2.2. Evolução recente turismo em Portugal (IX). Os tradicionais mercados emissores de turistas deram o principal contributo para as receitas turísticas de Portugal, em 2012, com quase 58% destas concentradas na França, no Reino Unido, na Espanha e na Alemanha que, contudo apresentaram evoluções diferentes relativamente ao ano anterior a França e a Alemanha registaram crescimentos superiores a 6% e 7%, respetivamente, enquanto a Espanha e o Reino Unido registaram quebras de 1.6% e 1.1%. França passou, assim, a ser o principal mercado para Portugal em termos de receitas, ultrapassando o Reino Unido. Os EUA e a Bélgica e o Luxemburgo registaram também crescimentos de dois dígitos face a Receitas turísticas por mercados emissores, top 10, 2009 e 2012 P (EUR milhões) % Share % Var % Var Fontes: Banco de Portugal, ES Research -. P Dados provisórios. 31

33 2.2. Evolução recente turismo em Portugal (X). Os chamados mercados emergentes têm vindo a demonstrar também a sua importância para Portugal, ao nível das receitas turísticas. Em 2012, Angola passou a ser o quinto mercado mais importante para o país, em termos de receitas (em 2009 era o 10º), logo a seguir aos quatro tradicionais, tendo o seu valor crescido mais de 160% nos três últimos anos. Brasil, Rússia e China registaram também variações significativas. Dados recentes 1 (Agosto 2012) revelam que os turistas chineses, apesar de representarem apenas 3% das vendas tax free em Portugal, são os que mais gastam por compra (EUR 560; a nível mundial o seu valor é de EUR 876) e que maior crescimento registaram face ao ano anterior (10%). Os angolanos e os brasileiros representam mais de 70% das vendas % Variação Receitas turísticas, mercados selecionados, 2009 e 2012 P (EUR milhões) 90.6% Variação % Share 560 Gasto médio por compra 1 dos turistas em Portugal, top 4 em 2011 (EUR) 44% Share 28% 350 Share % Variação % Variação 11.4 Angola Brasil Rússia China Chineses Angolanos Russos Brasileiros Fontes: Banco de Portugal, Global Blue, ES Research -. P Dados provisórios. 1 Produtos exportados transportados pelos turistas na sua bagagem. Estudo da Global Blue. 32

34 2.2. Evolução recente turismo em Portugal (XI). Nos últimos três anos, o turismo em Portugal registou um superior desempenho face ao verificado a nível mundial, na Europa do Sul/Mediterrâneo e em alguns dos destinos seus concorrentes. Chegadas internacionais de turistas, variação (Percentagens) Mundo = 16.9 Europa do Sul/Mediterrâneo = Portugal Espanha Turquia Itália Grécia França Fontes: World Tourism Organization, Frontur, Bank of Greece, ISTAT, Turkstat, Atout France, ES Research -. 33

35 . 1. Sumário executivo Evolução recente 2.1 Turismo mundial Turismo em Portugal Portugal e Espanha: comparativo Perspetivas 3.1 Turismo mundial Turismo em Portugal Eixos de oportunidade Regiões

36 2.3. Portugal e Espanha: comparativo (I). Hóspedes não residentes (Var11-12) Dormidas de não residentes (Var11-12) Taxa de ocupação RevPar Passageiros desembarcados nos aeroportos (2012) (Var11-12) (2012) (Var11-12) (Var11-12) Passageiros de cruzeiros (Var11-12) Receitas turísticas (Var11-12) (%) (%) (%) (pp) (EUR) (%) (%) (%) (%) Portugal Espanha Lisboa Madrid Catalunha Norte Galiza Centro Castela e Leão Algarve Andaluzia Alentejo Extremadura Madeira Açores Canárias Baleares Vigo + A Corunha. 2 Málaga + Cádis. 3 Las Palmas + Santa Cruz de Tenerife. Fontes: Hosteltur, AENA, Puertos del Estado, Frontur, INE Espanha, Banco de Espanha, IET, Turismo de Portugal, INE, Banco de Portugal, ES Research -. 35

37 2.3. Portugal e Espanha: comparativo (II). + Positivo - Positivo A dinâmica de Portugal, face a Espanha, em todas as variáveis, com exceção do RevPar O superior desempenho de Lisboa face à capital espanhola O superior desempenho do Algarve perante a Andaluzia O desempenho mais favorável do Alentejo face à Extremadura e do Norte face à Galiza A dinâmica da Madeira face às Canárias na captação de turistas e nos cruzeiros O desempenho inferior, de Portugal, no RevPar As taxas de ocupação e RevPar dos arquipélagos portugueses face aos espanhóis Fonte: ES Research -. 36

38 . 1. Sumário executivo Evolução recente 2.1 Turismo mundial Turismo em Portugal Portugal e Espanha: comparativo Perspetivas 3.1 Turismo mundial Turismo em Portugal Eixos de oportunidade Regiões

39 3.1. Perspetivas turismo mundial (I). Após a recuperação a nível global, em 2010 e de um crescimento de 4.7% em 2011 e 3.8% em 2012, a WTO prevê que nas próximas duas décadas o setor do turismo tenha um crescimento sustentado, que permitirá alcançar, em 2030, mais de 1.8 mil milhões de chegadas internacionais de turistas praticamente duplicando o valor alcançado em O share das economias emergentes ultrapassará o das economias avançadas e muitos dos líderes desta evolução serão destinos da Ásia, da América Latina, da Europa de Leste e Central, de África e do Médio Oriente. Chegadas internacionais de turistas, 2000, 2005, 2010, 2020 P e 2030 P (Milhões) Chegadas internacionais de turistas economias avançadas versus economias emergentes (share), 2000, 2005, 2010, 2020 P e 2030 P (Percentagens) Mundo Europa Ásia e Pacífico Américas Médio Oriente África Economias avançadas Economias emergentes Fontes: World Tourism Organization, ES Research -. P Previsões. 38

40 3.1. Perspetivas turismo mundial (II). As previsões da WTO apontam para um crescimento médio anual de 3.3% para as chegadas internacionais de turistas, a nível global, no período um incremento de 43 milhões/ano, que compara com 28 milhões/ano no período e equivale às chegadas internacionais de turistas do quinto maior destino turístico mundial (Itália). O crescimento das economias emergentes será o dobro do verificado nas economias avançadas (4.4% face a 2.2%), adicionando mais 30 milhões de chegadas internacionais de turistas/ano a nível global face a 14 milhões das economias avançadas. Chegadas internacionais de turistas crescimento nas economias avançadas e nas economias emergentes, versus P (Milhões) Chegadas internacionais de turistas crescimento 1 nas economias avançadas e nas economias emergentes, versus P (Percentagens) P Economias avançadas Economias emergentes Mundo Economias avançadas Economias emergentes Mundo Fontes: World Tourism Organization, ES Research -. P Previsões. 1 Taxa de Crescimento Médio Anual (TCMA). 39

41 3.1. Perspetivas turismo mundial (III). As previsões apontam para que, a partir de 2015, as economias emergentes passem a receber mais turistas que as economias avançadas e que, em 2030, aqueles ultrapassem os mil milhões. Se, em 1980, cerca de 70% das chegadas internacionais de turistas se concentravam nos tradicionais destinos das economias avançadas da América do Norte, da Europa e da Ásia Pacífico, em 2030, cerca de 58% daquelas deverão estar concentradas em economias emergentes da Ásia, da América Latina, da Europa de Leste e Central, da Europa Mediterrânea de Leste, do Médio Oriente e de África. Entre 2010 e 2030, a Ásia Pacífico deverá receber mais 330 milhões de turistas, passando a deter um share de 30% do mercado global. Chegadas internacionais de turistas por regiões, share, 1980 (Percentagens) Chegadas internacionais de turistas por regiões, share, 2030 P (Percentagens) Américas 22.0 Médio Oriente 3.0 África 3.0 Américas 14.0 Médio Oriente 8.0 África 7.0 Europa 41.0 Ásia e Pacífico 8.0 Europa 64.0 Ásia e Pacífico 30.0 Fontes: World Tourism Organization, ES Research -. P Previsões. 40

42 3.1. Perspetivas turismo mundial (IV). Embora em termos relativos a Ásia do Sul seja a subregião que deverá registar o maior crescimento médio anual na chegada de turistas (6.0%) nas próximas duas décadas, a Ásia Oriental Norte deverá passar a ser a subregião mais visitada em 2030, com 293 milhões de turistas (refletindo um incremento médio anual absoluto de 9 milhões de turistas), ultrapassando a Europa do Sul/Mediterrâneo e a Europa Ocidental. Com cada vez mais destinos a investir no desenvolvimento do setor, a tradicional concentração de turistas num, relativamente, pequeno número de destinos será cada vez mais reduzida. Chegadas internacionais de turistas por subregiões, 2010 versus 2030 P (Milhões) P Fontes: World Tourism Organization, ES Research -. P Previsões. 41

43 3.1. Perspetivas turismo mundial (V). A Ásia Pacífico assumirá também o maior protagonismo enquanto região emissora, originando, em média, anualmente, mais 17 milhões de turistas, no período , seguindo-se-lhe a Europa com mais 16 milhões. África, contudo, será a região com o maior crescimento médio anual previsto para o referido período, em termos relativos 5.7% (5% para a Ásia Pacífico). Em 2030, a Europa deverá gerar mais de 830 milhões de turistas (45% do mercado global) e a Ásia Pacífico mais de 580 milhões (31%). Regiões emissoras de turistas, crescimento, versus P (Milhões) Regiões emissoras de turistas, crescimento 1, versus P (Percentagens) P Ásia e Pacífico Europa Américas África Médio Oriente África Ásia e Pacífico Médio Oriente Américas Europa Fontes: World Tourism Organization, ES Research -. P Previsões. 1 Taxa de Crescimento Médio Anual (TCMA). 42

44 3.1. Perspetivas turismo mundial (VI). Os BRIC S têm sido, e continuarão a ser, nos próximos anos, os principais impulsionadores do crescimento do turismo mundial. A Rússia é um importante mercado emissor para a Europa, onde tem vindo a assumir-se como top performer: em 2012, a maioria dos países membros da European Travel Commission (ETC), apresentaram crescimentos consideráveis nas chegadas de turistas russos. É especialmente relevante para a Europa do Sul, segundo destino preferido dos russos na Europa, que deverá concentrar o maior crescimento daquele mercado, neste continente, até mais 730 mil chegadas. A China e a Índia, embora últimas em volume de turistas, apresentam a previsão de crescimento relativo claramente superior até 2017 (49% e 55%, respetivamente). A Europa do Sul é o segundo destino dos brasileiros na Europa, que representa mais de metade das suas viagens para fora da América do Sul. BRIC S, viagens ao estrangeiro e gastos, crescimento anual (Percentagens) BRIC S, chegadas à Europa do Sul, crescimento (Milhares) China Rússia Índia China Rússia Índia Brasil Brasil Viagens ao estrangeiro Gastos Fontes: Euromonitor International, ETC, ES Research -. 43

45 3.1. Perspetivas turismo mundial (VII). Apesar dos desafios a nível global, apenas 39% dos inquiridos para o World Travel Monitor dizem que a crise financeira afetará os seus planos de viagens internacionais para Cerca de 41% planeiam viajar como habitualmente e 28% planeiam mesmo viajar mais (face a 23% no ano anterior). Na Europa, o outlook para as viagens outbound é, apesar de tudo, positivo, com o mercado russo a assumir-se novamente como forte performer (crescimento previsto de 9%), a Alemanha a ser novamente um mercado em crescimento (3% ) para a maioria dos destinos europeus e a Holanda também um mercado sólido. O mercado britânico (5%) deverá ser mais seletivo no crescimento em termos de destinos. A Europa deverá também beneficiar dos turistas vindos de outros continentes, nomeadamente americanos, chineses e brasileiros. Viagens outbound, intenções para 2013 (Percentagens) Viagens outbound dos europeus, intenções para 2013 (Percentagens) Planeia viajar o habitual 41 Crise financeira afeta os seus planos de viagem 36 Planeia viajar mais 28 Planeiam viajar mais 28 Planeia viajar menos 21 Não planeia viajar 10 Planeiam viajar menos 21 Fontes: ITB, IPK International, ES Research -. 44

46 3.1. Perspetivas turismo mundial (VIII). No futuro próximo, espera-se que os turistas procurem mais experiências individuais e autênticas e que utilizem, mais do que nunca, a tecnologia, para organizar e gozar as suas viagens. No curto prazo, os fatores influenciadores das viagens e turismo serão similares aos dos últimos tempos: no geral, o focus estará na situação financeira pessoal, nos preços e no value for money oferecido, com a imagem e estabilidade dos destinos a terem também um forte impacto. A tecnologia verá a sua influência alargada, com os consumidores a tirarem o máximo de vantagem da tecnologia moderna para obter informação e comprar produtos e serviços antes e durante as suas viagens. No médio prazo crê-se que importantes alterações possam surgir, quer do lado da procura, quer da oferta, como a procura de mais e novas experiências autênticas, mais experiências físicas em destinos autênticos e com mais interação com as comunidades locais. A preferência por férias/experiências ecológicas, sustentáveis e socialmente responsáveis 1 é crescente, tornando-se elemento fundamental na oferta turística 2. A tendência demográfica esperada para os próximos anos e os milhões de pessoas por todo o mundo que querem viajar, têm dinheiro e tempo para o fazer, mas não podem por terem algum tipo de incapacidade 3, dão importância e desenvolvimento crescente ao turismo acessível, nos anos e décadas mais próximos. Os bloggers e social media tornam-se influenciadores principais do comportamento dos viajantes 4, através de opiniões, factos e fotos. Turismo sustentável: ecologia e responsabilidade social, preferência dos turistas alemães, 2013 (Percentagens) Totalmente de acordo Nada de acordo Ecologia Responsabilidade social Aquelas em que os empregados do setor beneficiam de condições justas no desempenho das suas funções e existe respeito pelas populações locais. 2 O turismo de natureza é, por isso, um dos segmentos que mais cresce (17%, desde 2009), dada a procura por novas e diversas experiências, protegendo, ao mesmo tempo, as comunidades locais e o ambiente, de forma responsável e sustentável. 3 Só na Europa haverá cerca de 80 milhões de pessoas com alguma incapacidade. 4 Segundo um inquérito da Google, em 2011, cerca de 40% dos viajantes revelaram que os comentários nas nets sociais influenciaram os seus planos de viagem e 50% basearam os seus planos de viagem em experiências e avaliações de outras pessoas. Fontes: ITB, IPK International, Reise Analyse, Google, ES Research -. 45

47 3.1. Perspetivas turismo mundial (IX). Depois do ano 2012 ter representado dois marcos importantes para a indústria turística mundial: a sua contribuição direta para o PIB mundial de mais de USD mil milhões e de mais de 100 milhões de empregos diretos, as previsões do WTTC apontam para um crescimento do setor de 3.1%, em As regiões da Ásia do Sul e Nordeste deverão registar os maiores crescimentos, impulsionadas pelo desempenho de países como a China e a Índia e a recuperação do Japão, enquanto o Norte de África mostra sinais de recuperação, depois dos acontecimentos difíceis em alguns países, em As previsões para a Europa são suportadas sobretudo em países como a Polónia e a Rússia, dado que as previsões para a União Europeia são baixas. Setor do turismo na economia mundial, crescimento em 2013 P (Percentagens) 4.2 Setor do turismo na economia mundial, regiões, crescimento em 2013 P (Percentagens) PIB Emprego Exportações Investimento Norte de África Ásia do Sul Médio Oriente América do Norte Europa União Europeia Ásia Nordeste América Latina Fontes: World Travel & Tourism Council, Oxford Economics, ES Research -. P Previsões. 46

48 3.1. Perspetivas turismo mundial (X). Na próxima década, o setor do turismo deverá crescer cerca de 4.4% ao ano, passando a representar cerca de 10% do PIB mundial (USD mil milhões), 9.9% do emprego total (mais de 337 milhões de pessoas), 4.8% das exportações totais (USD mil milhões) e 4.9% do investimento (USD mil milhões). Peso do setor do turismo na economia mundial, 2023 P (Percentagens) Mundo PIB: 10.0 Emprego: 9.9 Exportações: 4.8 Investimento: 4.9 América do Norte PIB: 8.8 Emprego: 11.5 Exportações: 5.3 Investimento: 6.0 Caraíbas PIB: 13.9 Emprego: 12.9 Exportações: 14.1 Investimento: 11.8 América Latina PIB: 9.7 Emprego: 8.9 Exportações: 6.1 Investimento: 6.6 UE-27 PIB: 8.8 Emprego: 10.0 Exportações: 5.1 Investimento: 5.1 Norte de África PIB: 12.6 Emprego: 12.6 Exportações: 11.7 Investimento: 7.0 Europa PIB: 8.4 Emprego: 8.6 Exportações: 4.9 Investimento: 4.8 Médio Oriente PIB: 8.5 Emprego: 7.2 Exportações: 5.4 Investimento: 7.4 Ásia (Nordeste) PIB: 9.7 Emprego: 10.8 Exportações: 3.3 Investimento: 3.5 Oceânia PIB: 10.8 Emprego: 12.4 Exportações: 9.1 Investimento: 5.9 Fontes: World Travel & Tourism Council, Oxford Economics, ES Research -. P Previsões. 47

49 . 1. Sumário executivo Evolução recente 2.1 Turismo mundial Turismo em Portugal Portugal e Espanha: comparativo Perspetivas 3.1 Turismo mundial Turismo em Portugal Eixos de oportunidade Regiões

50 3.2. Perspetivas turismo em Portugal (I). O turismo tem um papel fundamental na economia portuguesa, dado que representa mais de 9% do seu PIB, mais de 8% do emprego e é o seu setor mais exportador. Em 2010, Portugal era o segundo país da OCDE em que o turismo mais pesava no seu PIB (só ultrapassado pela Espanha) e o terceiro da Zona Euro em que o setor turístico mais pesava nas suas exportações. Peso do turismo no PIB nos países da OCDE, top 10, 2010 (Percentagens) Peso do turismo nas exportações nos países da Zona Euro, top 10, 2010 (Percentagens) Fontes: Eurostat, OCDE, ES Research -. 49

51 3.2. Perspetivas turismo em Portugal (II). Portugal é o terceiro destino mais competitivo na Bacia do Mediterrâneo, segundo o Índice de Competitividade Viagens & Turismo do World Economic Forum, só sendo suplantado pela Espanha e pela França (maior destino turístico mundial). Em termos mundiais, situa-se no top 20, num ranking de 140 países. Portugal foi considerado o sétimo país que melhor acolhe os turistas. Portugal no Índice de Competitividade Viagens & Turismo, 2012 Países Rankingno Mundo Competitividade Viagens & Turismo Rankingna Europa Rankingna Bacia do Mediterrâneo Pontuação Quadro Regulatório Ambiente Empresarial e Infraestruturas Recursos humanos, culturais e naturais Suíça Alemanha Áustria Espanha Reino Unido EUA França Canadá Suécia Singapura Portugal Fontes: World Economic Forum, ES Research -. 50

52 3.2. Perspetivas turismo em Portugal (III). Portugal integra o top 25 do Bloom Consulting Country Brand Ranking Tourism (num conjunto de 161 países), que posiciona os países segundo a eficácia, e impacto, da sua marca turística, na economia (PIB), utilizando variáveis de performance económica, de adequação da estratégia e da aceitação do mercado. O rating atribuído a cada país tem em conta a singularidade da marca e a sua adequação à procura quanto mais uma marca seja original/singular e mais alinhada com a procura (pesquisas dos turistas) melhor será o seu rating, demonstrando o nível de adequação da oferta no destino face aos requisitos da procura. A Portugal foi atribuído um rating A (terceiro melhor da escala). Bloom Consulting Country Brand Ranking Tourism 2012, Top 25 Ranking Rating Ranking Rating Ranking Rating 1 EUA AA 9 Reino Unido BBB 17 Suíça A 2 Espanha AAA 10 Austrália BBB 18 Canadá BBB 3 França AA 11 Áustria AA 19 Croácia AAA 4 China A 12 Itália BB 20 Rússia A 5 Turquia AAA 13 Hong Kong A 21 Portugal A 6 Tailândia AAA 14 Malásia A 22 Singapura A 7 Alemanha BBB 15 Holanda BBB 23 Índia A 8 Macau AAA 16 México AAA 24 Grécia BBB 25 Coreia do Sul BBB Fonte: Bloom Consulting. AAA Muito forte AA Forte A Ligeiramente forte BBB Muito bom BB Bom B Ligeiramente bom CCC Ligeiramente fraco CC - Fraco C Muito fraco D - Pobre 51

53 3.2. Perspetivas turismo em Portugal (IV). Segundo o Barómetro The Image of Portuguese Tourism, desenvolvido pelo IPDT em Outubro 2012, a crise económica que Portugal enfrenta não está a afetar a imagem do país enquanto destino turístico opinião revelada por 55% dos especialistas internacionais do setor inquiridos. Mais de dois terços considera Portugal um destino turístico atrativo, 70% dos que nos visitam já são repetentes e mais de 70% ficaram satisfeitos com a experiência. O país surge associado, sobretudo, às praias e ao clima, mas também à cultura e ao golfe, que surgem à frente do vinho e da gastronomia. Segundo os referidos especialistas, a cultura e o value for money deveriam ser as ideias chave a enfatizar nas campanhas promocionais de Portugal no estrangeiro. Barómetro The Image of Portuguese Tourism, Outubro 2012 (Percentagens) A crise económica que Portugal enfrenta não afecta a sua imagem turística 55 Satisfeitos com a experiência 1 72 Portugal - destino turístico atractivo 1 66 Já não é a primeira vez que passam férias em Portugal 70 Fonte: IPDT (Instituto de Planeamento e Desenvolvimento do Turismo). 1 Respostas com nota igual ou superior a 8 numa escala de 0 a

54 3.2. Perspetivas turismo em Portugal (V). Um estudo realizado online, entre 29 de Outubro e 14 de Novembro de 2012, pela Win Gallup, junto de residentes de 17 cidades europeias, posicionou Portugal no top 10 (6ª posição) dos destinos preferidos para fazer férias, à frente de países como o Reino Unido, Japão, Áustria e Suíça. Para os residentes na capital da Holanda, Portugal é mesmo a segunda escolha, a seguir a Espanha, com mais de 40% das preferências, valor também registado na capital da Irlanda, para quem Portugal é a quarta escolha. A Globespots.com 1 coloca Portugal no primeiro lugar do top 10 de destinos a visitar em 2013 e a Condé Nast Traveler atribuiu o prémio Melhor País 2013 a Portugal, em Abril Destinos preferenciais para férias, top 10, Novembro 2012 (Percentagens) EUA Itália Espanha Grécia França Portugal Reino Unido Japão Áustria Suiça Fontes: Win Gallup, Marktest, Globespots.com, Turismo de Portugal, ES Research. 1 Site que reune informação e opiniões de viajantes. 53

55 3.2. Perspetivas turismo em Portugal (VI). Graças à sua combinação única a nível climático, histórico, cultural e de recursos naturais, bem como à sua proximidade com muitos dos maiores mercados emissores, o Mediterrâneo é o maior destino turístico mundial, quer em termos de turismo internacional, quer doméstico. Em 2011, mais de 300 milhões de turistas internacionais (81% dos quais originários de mercados europeus) chegaram à região, atribuindo-lhe um share de 31% nas chegadas internacionais, a que correspondem mais de um quarto das receitas turísticas mundiais. As previsões apontam para mais 200 milhões de turistas nas próximas duas décadas. Em 2011, Portugal era o nono destino turístico do Mediterrâneo e o sexto com maiores receitas turísticas. Mediterrâneo, chegadas internacionais e receitas turísticas, 1995, 2000, 2005, 2011 e 2030 P (Milhões, EUR mil milhões) Portugal no Mediterrâneo, chegadas internacionais e receitas turísticas, 2011 (Milhões, USD mil milhões) Portugal: % Share % Share 500 Marrocos Egipto Croácia França Grécia Turquia 29.3 Itália Espanha Portugal: 11.3 Grécia 14.6 Turquia Espanha Chegadas internacionais de turistas Receitas turísticas Itália França Fontes: World Tourism Organization, ES Research -. P Previsões. 54

56 3.1. Perspetivas turismo em Portugal (VII). Alguns países do Mediterrâneo têm vivido situações económicas e políticas difíceis que têm impactado negativamente na sua procura turística por parte dos principais mercados emissores europeus (e.g. Alemanha 1 ), beneficiando, por outro lado, outros destinos. Grécia, Egito e Tunísia são exemplos da primeira situação, e Espanha e Turquia da segunda. Portugal mantém-se no top 5 dos destinos preferidos para os próximos três anos. Interesse dos turistas alemães nos destinos do Mediterrâneo para os próximos três anos (Percentagens) Espanha 42.0 Turquia 29.0 Grécia 19.0 Portugal Egito Tunisia Janeiro 2013 Janeiro 2010 Fontes: Reise Analyse, ES Research -. 1 Cerca de um terço das viagens de férias dos turistas alemães têm como destino países do Mediterrâneo. 55

57 3.2. Perspetivas turismo em Portugal (VIII). O Brasil tem vindo a assumir um lugar de destaque no tráfego aéreo nacional, sendo já o quinto mercado estrangeiro em termos de tráfego de passageiros nos aeroportos ANA, a seguir aos tradicionais Reino Unido, Espanha, França e Alemanha. Cerca de 74 frequências semanais fazem a ligação de dez cidades brasileiras a Portugal, tornando aquele mercado a segunda fonte de receitas de vendas de passagens aéreas da TAP 1, logo a seguir a Portugal, com um diferencial de apenas 3.1 pp em termos de share e o que regista melhores taxas de ocupação (83%). O facto de mais de metade dos brasileiros transportados pela companhia apenas realizarem, na capital portuguesa, ligações para outras cidades europeias é um desafio e também uma oportunidade para o nosso país na captação destes turistas. TAP, rotas Brasil, 2000 versus 2011 ANA, tráfego de passageiros por mercados, 2011 Portugal 18.0% Reino Unido 17.8% Espanha 10.9% França 10.7% Alemanha 8.9% Brasil 5.2% Fortaleza Natal Recife Salvador Rio de Janeiro S. Paulo TAP, receitas de vendas de passagens aéreas, 2011 Portugal 26.8% Brasil 23.7% Fortaleza Natal Recife Salvador Rio de Janeiro S. Paulo Brasília Belo Horizonte Campinas Porto Alegre Fontes: ANA, TAP, World Travel Awards, ES Research -. 1 Nos últimos anos a companhia nacional foi eleita World Leading Airline to South America. 56

58 3.2. Perspetivas turismo em Portugal (IX). O crescimento da classe média, o aumento da riqueza e do poder de compra e de um segmento de consumidores de luxo, verificados nos últimos anos, levaram os brasileiros a viajar cada vez mais e a ganhar relevo enquanto turistas e consumidores. Nos últimos sete anos os gastos dos brasileiros no exterior quase quintuplicaram (de USD 4.7 mil milhões em 2005 para USD 22.2 mil milhões em 2012), colocando-os no 12º lugar do ranking mundial. Em Portugal, a despesa média dos turistas brasileiros é de EUR 192 face a EUR 98 dos turistas em geral. Os turistas brasileiros são os não comunitários que mais gastam no outlet Freeport, em Alcochete, onde realizam cerca de um terço das transações que efetuam na Grande Lisboa. Os brasileiros Nº 1 em compras em Miami Nº 1 em compra de imóveis de luxo em Miami Nº 1 mundial em consumo de perfumes Turistas que mais gastam em Nova Iorque Nº 3 em consumo de luxo em Nova Iorque Nº 3 consumo perfumes e cosméticos no mundo Expressivo no consumo de imóveis em Paris 13% do total de compras nas Galerias Laffayette Amante de marcas Alto nível de sofisticação Valorizam excessivamente o serviço Fontes: MCF Consultoria, Euromonitor International, IPDT, Freeport, ES Research -. 57

59 3.2. Perspetivas turismo em Portugal (X). Nos últimos sete anos, os passageiros internacionais desembarcados no país cresceram a uma taxa média anual superior a 5%, destacando-se o desempenho das companhias low cost, com uma taxa de crescimento médio anual superior a 16% e mais 3 milhões de passageiros. Embora a entrada das companhias low cost nos aeroportos nacionais remonte ao ano de , é o ano de 2003 que marca verdadeiramente o princípio da era low cost no mercado nacional, não só pelo início das operações da EasyJet mas também pela duplicação do número de companhias a operar em Portugal passando de 5 para 10. Os anos de 2004 e 2005 marcaram o crescimento exponencial do negócio destas companhias no país, com a entrada de dez novas operadoras, tendo a sua quota de mercado passado de 6% em 2003 para 22% em 2006, em termos de passageiros transportados. Embora tendo iniciado a sua atividade em Portugal no segmento não regular, foi no segmento regular que as referidas companhias apostaram estrategicamente, representando, em 2011, 94% das rotas operadas. Em 2011, estas companhias responderam por 36% do total de passageiros transportados em Portugal. Passageiros internacionais desembarcados em Portugal, (Milhões) Taxas de crescimento dos passageiros no segmento regular, low cost versus total, (Percentagens) TCMA = 5.7% % Share Total 16.4 Low Cost % Share Companhias tradicionais Charters Low Cost Fontes: ANA, ANAM, Turismo de Portugal, INAC, ES Research -. 1 Com as operações da Air Berlin e da Ryanair. 58

60 3.2. Perspetivas turismo em Portugal (XI). Em 2011, a Ryanair, dominou o ranking das rotas com melhor performance (5 em 10) e, conjuntamente com a EasyJet, assumiu um share superior a 26% do tráfego de passageiros em Portugal, registando crescimentos de 26.7% e 7.5%, respetivamente face ao ano anterior. A criação das bases aéreas da Ryanair (Porto e Faro, em 2009 e 2010, respetivamente) e a da EasyJet (em Lisboa, a funcionar desde Abril 2012) trouxeram perspetivas positivas para o turismo português. Esta última prevê lançar 15 rotas nos próximos 5 anos, com um impacto previsto na economia de EUR 594 milhões, um crescimento para 2013, nos aeroportos nacionais, na ordem dos 3%. Tráfego de passageiros em Portugal, companhias low cost, 2010 e 2011 (Milhares) % Share % Share Ryanair EasyJet Airlines Monarch Airlines Transavia Airlines Fontes: ANA, ANAM, Turismo de Portugal, INAC, ES Research -. 59

61 3.2. Perspetivas turismo em Portugal (XII). Assumida a relevância das ligações a Portugal no quadro dos fluxos turísticos, foi lançado, em Abril de 2007, o programa Initiative.pt que pretende conquistar e fidelizar passageiros e turistas, promovendo o crescimento sustentado de novas rotas aéreas. Aperfeiçoado em Janeiro de 2009, o programa apoiou, até final de 2011, 50 rotas (45 das quais novas), num investimento superior a EUR 13 milhões que permitiu mais 1.63 milhões de passageiros desembarcados nos aeroportos nacionais. Em Março de 2012, o programa foi novamente ajustado passando a contemplar novas rotas, reforço de rotas e a estar aberto também às companhias charter. O Initiative.pt 2.0 passou, assim, a ter uma visão orientada para o crescimento não só através de novas operações mas também do reforço das já existentes (alargamento sazonal e de frequência semanal) e de substituição de algumas entretanto interrompidas. O investimento previsto é de EUR 15 milhões (50% ANA e 50% Turismo de Portugal e regiões de turismo), num protocolo com contratação a 3 anos e acompanhamento de rotas até 2018, cujos objetivos passam por 50 operações aéreas (50% das quais novas) e mais 1.5 milhões de passageiros desembarcados nos aeroportos portugueses. CRESCER Novas operações Operação em nova rota para o aeroporto Operação em rota já operada para o aeroporto Novas rotas, regulares ou de voos fretados, englobando os vários aeroportos abrangidos pela área de influência de uma cidade Operação de substituição Entrada de 2º operador em rotas já servidas com voos regulares ou fretados Entrada de 3º operador em rotas já servidas com voos regulares ou fretados, caso o segmento proposto ainda não esteja a ser oferecido na rota OBJETIVOS REFORÇAR Operações existentes Reforço das operações para aumento da capacidade Reforço das operações para melhoria dos níveis de ocupação Cobertura anual de rotas com operação sazonal Aumento do número de frequências semanais das rotas em operação, até ao voo diário Situação não abrangida pelo programa PRIORIDADES 1ª redução da SAZONALIDADE 2ª aumento das FREQUÊNCIAS 3ª lançamento de NOVAS OPERAÇÕES Fontes: ANA, Turismo de Portugal, ES Research -. 60

62 3.2. Perspetivas turismo em Portugal (XIII). O novo Plano Estratégico Nacional do Turismo (PENT), decorrente da Resolução do Conselho de Ministros nº 24/2013 de 27 de Março de 2013, tem como eixo central a sustentabilidade de Portugal enquanto destino turístico, a par da qualidade de serviço, da competitividade da oferta e da criação de conteúdos autênticos e experiências genuínas de acordo com as tendências identificadas na procura, reforçando as ideias chave associadas à proposta de valor do Destino Portugal: clima e luz, história, cultura e tradição, hospitalidade e diversidade. As metas quantitativas fixam um crescimento médio anual, até 2015, de 3.1% para as dormidas, alavancadas no crescimento das dormidas de estrangeiros (3.7%) e de 6.3% para as receitas turísticas. O Plano tem oito programas de desenvolvimento, que se desdobram em 40 projetos de implementação. PENT, crescimento médio anual (Percentagens) Dormidas globais Dormidas de estrangeiros Receitas turísticas 8 programas 40 projetos de implementação Fontes: Presidência do Conselho de Ministros, Turismo de Portugal, ES Research. 61

63 3.2. Perspetivas turismo em Portugal (XIV). Programa de Promoção e Venda Afirmar Portugal como destino turístico de eleição Ancorar a comunicação nas pessoas e no propósito do Destino Portugal Alinhar a estratégia de comunicação do turismo nacional com as novas tendências Lançar um novo modelo de intervenção nos mercados alvo Implementar um programa de marketing dirigido aos agentes que organizam e distribuem o produto no mercado Diversificar a carteira de mercados turísticos para Portugal Programa de Conteúdos e Experiências Inovar na forma como o cliente interage com o produto Desenvolver conteúdos e estratégias de comunicação Incentivar a criação de experiências inovadoras e o empreendedorismo Programa de Produtos Estratégicos Criar e desenvolver produtos que atraiam e respondam à procura dos clientes Sol e Mar qualificação do produto e enriquecimento da proposta de valor Circuitos turísticos religiosos e culturais reforçar o desenvolvimento de experiências turísticas que destaquem a diversidade do património religioso e cultural Estadias de curta duração em cidade melhorar as centralidades turísticas e enriquecer a oferta Turismo de negócios promover a oferta de serviços e infraestruturas Golfe incentivar a promoção de Portugal como destino de golfe de classe mundial Turismo de natureza qualificar os recursos e os agentes em segmentos com potencial de diferenciação Turismo náutico desenvolver a oferta de atividades náuticas Turismo residencial promover a oferta existente e facilitar o acesso à informação por cidadãos estrangeiros Turismo de saúde tornar Portugal num destino de excelência internacional para o produto Gastronomia e vinhos enriquecer a experiência turística por via da gastronomia e vinhos nacionais Programa de Destinos Turísticos Desenvolver destinos turísticos acessíveis e sustentáveis Desenvolver rotas aéreas de interesse turístico initiative.pt 2.0 Desenvolver o turismo marítimo e implementar um projeto para captação de cruzeiros (Cruise Portugal) Implementar um projeto para a captação de estágios desportivos Desenvolver o turismo militar Desenvolver o turismo científico Reforçar a competitividade do destino Algarve Desenvolver destinos turísticos sustentáveis Promover a implementação de sistemas de qualidade no setor do turismo Tornar Portugal num destino acessível para todos Promover a simplificação de processos e a redução de custos de contexto Fontes: Presidência do Conselho de Ministros, Turismo de Portugal, ES Research. 62

64 3.2. Perspetivas turismo em Portugal (XV). Programa de Capacitação Financeira e Modernização Capacitar e modernizar as empresas para o exercício da atividade turística Consolidar a estrutura financeira das empresas Qualificar as empresas por via da modernização Valorizar a oferta turística Programa de Qualificação e Emprego Qualificar os profissionais de turismo para a excelência do serviço e da gestão Organizar a educação e a formação para o setor do turismo Desenvolver as profissões estratégicas para o turismo Proporcionar uma base de formação comum e transversal para os profissionais do turismo Qualificar outros profissionais para o turismo e a interação com o turista Promover o emprego jovem no setor do turismo Disseminar o conhecimento sobre as novas tendências e a inovação no setor Programa de Plataformas e Canais de Distribuição Novas formas de apresentar o produto, contactar e dialogar com o cliente Criar referencial para representação das empresas na internet Preparar as empresas para as redes digitais Programa de Inteligência de Mercado e I&DT Procurar novos clientes ou necessidades não servidas e novos parceiros Aprofundar o conhecimento de mercado Dinamizar projetos de I&DT com incidência no turismo Fontes: Presidência do Conselho de Ministros, Turismo de Portugal, ES Research. 63

65 3.2. Perspetivas turismo em Portugal (XVI). Os dez produtos estratégicos do anterior PENT mantêm-se válidos, dada a importância da estabilidade da oferta na perceção externa do destino, introduzindo-se, contudo, maior segmentação no turismo de natureza, náutico e de saúde, assim como nos circuitos turísticos religiosos e culturais, passando o turismo religioso a assumir um papel estratégico, assumindo-se como prioritário o escoamento das unidades existentes no domínio do turismo residencial e valorizando-se os recursos naturais, paisagísticos e culturais no sentido do enriquecimento do produto e da promoção das respetivas atividades. A estratégia de desenvolvimento de produto tem por objeto os mercados externos, a necessidade de concentração de esforços e evitar a dispersão de ações de reduzido impacto, desenvolvendo-se segundo a matriz produtos/destinos abaixo reproduzida. C C spa/talassoterapia D turismo médico C C spa/talassoterapia D P D náutica de recreio D observ. Aves Algarve P D C P D surfing C passeios D náutica de recreio P inclui touring D turismo equestre Lisboa (região) D D surfing religioso C D observ. Aves P peregrinações C E turismo médico Lisboa (cidade) P P Short breaks C C spa/talassoterapia E Gastronomia e vinhos C Turismo de saúde Turismo residencial D náutica de recreio P passeios Madeira C P D E surfing Estadias de Turismo de Circuitos turísticos, Turismo náutico Turismo de natureza Golfe curta duração Sol e mar negócios religiosos e culturais em cidade P termas E náutica de recreio D passeios C spa/talassoterapia E surfing D turismo equestre Norte (região) C P inclui touring religioso C E turismo médico Porto (cidade) D D Short breaks C P termas E turismo médico C spa/talassoterapia C E D surfing C E surfing D passeios Centro P C D náutica de recreio E surfing PENT matriz produtos/destinos D turismo equestre D observ. aves P passeios D observ. aves Alentejo P C Açores E Produto emergente: requer estruturação para atuação no médio prazo C Produto complementar: valoriza e enriquece a oferta e corresponde à satisfação de uma motivação secundária de viagem D Produto em desenvolvimento: oferta em estruturação, procura primária e objeto de promoção externa P Produto consolidado: oferta organizada, procura primária e objeto de promoção externa D Fontes: Presidência do Conselho de Ministros, Turismo de Portugal, ES Research. 64

66 3.2. Perspetivas turismo em Portugal (XVII). Em termos de mercados, devem ser prioritários os que têm um maior rácio receita por turista, os que têm segmentos ainda não explorados, os que são representativos em termos de diáspora e outros mercados emergentes, posicionando-os de acordo com a sua atual penetração e crescimento perspetivado. Os objetivos são: (i) Dinamizar os mercados de crescimento (alto crescimento) globalmente para os mercados de baixa penetração e junto dos segmentos mais dinâmicos nos mercados com elevada penetração (Grupos I e II); (ii) Revitalizar os mercados de consolidação (alta penetração e baixo crescimento) para manter a quota de mercado (Grupos IV e V) e (iii) Desenvolver abordagens seletivas nos mercados de diversificação (baixa penetração) em função das oportunidades, nomeadamente ao nível do lançamento de novas acessibilidades (Grupo III). Portugal e Espanha devem ser alvo de abordagem particular: o primeiro por ser importante para uma base estável de ocupação, em termos sazonais e de geração de receitas, e o segundo pela proximidade e elasticidade de resposta. O segmento das Comunidades Portuguesas merece também uma referência particular dada a sua dimensão. PENT matriz de mercados Baixa PENETRAÇÃO Alta CRESCIMENTO Lento Rápido I Polónia Rússia III Escandinávia Itália Irlanda EUA Outros Novos mercados EAU, Ásia, América Norte e Latina II França Brasil IV Reino Unido Alemanha Holanda V Portugal e Espanha I Mercados de crescimento: reforço global da quota de mercado II Mercados de crescimento: reforço da quota de mercado e alargamento/diversificação da abordagem a novos segmentos III Mercados de diversificação: prospeção e aproveitamento pontual de oportunidades em função do lançamento de novas acessibilidades I V Mercados de consolidação: revitalização dos mercados com aposta nos segmentos mais dinâmicos e em segmentos pouco explorados V Mercados de consolidação: desenvolvimento dos mercados com recurso a programas de fidelização e promoções especiais Fontes: Presidência do Conselho de Ministros, Turismo de Portugal, ES Research. 65

67 3.2. Perspetivas turismo em Portugal (XVIII). A organização do planeamento turístico de Portugal continental foi alterada 1 passando a ser feita segundo um modelo assente em cinco áreas regionais, correspondentes às NUTS II (Norte, Centro, Alentejo, Algarve e Lisboa), extinguindo-se os anteriores seis Polos de Desenvolvimento Turístico 2. As Entidades Regionais de Turismo deverão organizar-se em três áreas direção, desenvolvimento do destino e marketing e vendas e podem, sempre que se justifique, celebrar com as entidades intermunicipais contratos programa para o desenvolvimento do turismo regional ou sub-regional. O Turismo de Portugal, em estreita concertação com o setor privado, continuará a ser o responsável pela promoção de Portugal enquanto destino turístico, que assenta em três pilares fundamentais: (i) Desenvolvimento da promoção e distribuição na internet, reforçando a funcionalidade dos portais, nomeadamente da sua vertente transacional, potenciando as redes sociais e as plataformas móveis; (ii) Redistribuição do investimento em promoção por mercado e produto, adequando recursos ao potencial de crescimento identificado e ao retorno do investimento promocional; (iii) Adequação da variedade de instrumentos de promoção à capacidade de conhecimento dos critérios de decisão do consumidor e ao conhecimento sistematizado das diversas tipologias de segmentação. 1 Lei nº 33/2013 de 16 de Maio. 2 Douro, Serra da Estrela, Oeste, Leiria-Fátima, Alentejo Litoral e Alqueva. Fontes: Presidência do Conselho de Ministros, Turismo de Portugal, ES Research. 66

68 3.2. Perspetivas turismo em Portugal (XIX). Dada a transversalidade do setor, o Governo criou, ainda no âmbito da Resolução do Conselho de Ministros nº 24/2013 de 27 de Março de 2013, a Comissão de Orientação Estratégica para o Turismo (COET), presidida pelo Primeiro Ministro e composta, a título permanente, pelo membro do Governo responsável pela área do turismo e pelos membros do Governo cujas competências setoriais têm influência direta ou indireta na área do turismo, sendo também ouvidos os Governos das Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira 1. Podem ainda participar nas reuniões da COET, por indicação do Primeiro Ministro, representantes de outras entidades ou personalidades de reconhecido mérito do setor. A COET reunirá periodicamente e deverá assegurar a relevância estratégica do setor do turismo, garantindo que as várias políticas públicas que com ele interferem se coordenam numa estratégia que potencie essa mesma relevância. Cabe ao Primeiro Ministro a convocação das reuniões do COET, a coordenação das matérias a submeter à sua apreciação e a elaboração da agenda das respetivas reuniões, sob proposta do Ministro da Economia e do Emprego que, nas ausências daquele o substitui. 1 Integram a COET: Primeiro Ministro, Ministro de Estado e das Finanças, Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Ministro da Administração Interna, Ministro da Economia e do Emprego, Ministra da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território, Ministro da Saúde, Ministro da Educação e Ciência, membros dos Governos Regionais dos Açores e da Madeira responsáveis pelo turismo. Fontes: Presidência do Conselho de Ministros, Turismo de Portugal, ES Research. 67

69 3.2. Perspetivas turismo em Portugal (XX). Apesar do enquadramento económico e financeiro que o país tem atravessado e das dificuldades que atingiram alguns intervenientes do setor 1, em 2012, o investimento na hotelaria nacional continuou ativo, passando a oferta a contar com mais 22 novas unidades 2, correspondentes a mais de quartos, 13 das quais da categoria de quatro estrelas e seis de cinco estrelas. Quatro regiões acolheram as referidas unidades, com Lisboa a destacar-se, com um share de mais de 43% dos novos quartos. Para 2013, prevê-se a continuidade do investimento no setor hoteleiro português, que deverá registar um acréscimo de oferta superior a quartos 2, com a abertura de 27 novas unidades, das quais catorze de quatro estrelas e nove de cinco estrelas. A região de Lisboa destaca-se, uma vez mais, com a abertura de 11 unidades hoteleiras a que correspondem quase mais quartos. Abertura de unidades hoteleiras em Portugal por regiões 2, 2012 Previsão de abertura de unidades hoteleiras em Portugal por regiões 2, 2013 Região Nº unidades Quartos Share Região Nº unidades Quartos Share Lisboa % Norte % Centro % Algarve % Lisboa % Algarve % Centro % Norte % Alentejo % Madeira % 1 Levando ao seu encerramento e/ou integração em fundos de capital de risco como o FLIP (Fundo Lazer, Imobiliário e Turismo), da ECS Capital (com participação da CGD, BCP, BANIF e BES) caso dos hotéis Penina, Dona Filipa e CS, no Algarve, e/ou o Colombus Resort, na Madeira, entre outros ou o Discovery, da Explorer Investments (com participação da CGD, BCP e BES) que, entre outros, passou a deter o Campo Real, Torres Vedras. 2 Segundo estudo da Worx. Fontes: Worx, ES Research -. 68

70 3.2. Perspetivas turismo em Portugal (XXI). Em 2013, segundo as previsões do World Travel & Tourism Council (WTTC), o turismo português deverá crescer cerca de 0.4%, valor em linha com o que deverá registar a região do Mediterrâneo (onde pontuam destinos emergentes com taxas de crescimento significativas) e superior ao que está previsto para alguns dos destinos seus concorrentes na região. Crescimento do setor do turismo em países selecionados, 2013 P (Percentagens) 3.8 Mundo = Espanha Itália 0.7 Mediterrâneo = 0.4 Portugal Turquia Grécia França Fontes: WTTC, ES Research -. P Previsão. 69

71 . 1. Sumário executivo Evolução recente 2.1 Turismo mundial Turismo em Portugal Portugal e Espanha: comparativo Perspetivas 3.1 Turismo mundial Turismo em Portugal Eixos de oportunidade Regiões

72 Perspetivas turismo em Portugal eixos de oportunidade: cruzeiros (I). O setor dos cruzeiros tem evoluído consideravelmente nos últimos anos, impactando de forma relevante e imediata nas economias de destinos e regiões do Mundo, e da Europa, e desempenhando um papel importante na recuperação, e relançamento, de algumas das mais afetadas no atual clima económico, dada a previsibilidade de crescimento para os próximos anos. Nos últimos oito anos, o número de europeus que realizaram cruzeiros duplicou, ascendendo a mais de 6.2 milhões em 2012, um share de 30% a nível global que, no espaço de uma década, dado o ritmo de crescimento esperado, poderá vir a ultrapassar o share maioritário agora assumido pela América do Norte. Quatro em cada cinco europeus fez cruzeiros na sua própria região, com mais de 70% destes a eleger o Mediterrâneo como destino favorito. O impacto económico do setor na economia europeia praticamente duplicou, no espaço de sete anos, ascendendo, em 2012, a mais de EUR 37 mil milhões, valor superior ao que o setor tem na economia dos EUA. Mais de 326 mil empregos foram criados pelo setor. América do Norte Europa Outros Passageiros de cruzeiros segundo os mercados de origem, (Milhões) % Variação % Variação % Variação Impacto económico do setor dos cruzeiros na Europa, 2005, 2008 e (EUR mil milhões, milhares de pessoas) Emprego total Emprego direto Impacto económico % Variação % Variação 98.4% Variação Fontes: European Cruise Council, Cruise Lines International Association Europe, ES Research. 71

73 Perspetivas turismo em Portugal eixos de oportunidade: cruzeiros (II). Em 2012, Portugal foi o sexto destino na Europa mais visitado pelos passageiros de cruzeiros, com mais de 1.3 milhões daqueles a passar pelos portos portugueses, um share de 4.4% do total. Esta indústria é também relevante ao nível da criação de emprego no país, cujo impacto, em 2012, superior a 8.6 mil empregos, coloca Portugal também no top 10 de destinos (8ª posição) em que esta indústria tem mais impacto na criação de emprego. Cruzeiros, top 10 europeu de países de destino, 2012 (Milhares passageiros) Cruzeiros, impacto no emprego por país de destino, top 10 europeu, 2012 (Milhares empregos) Itália Itália 99.6 Espanha Reino Unido 66.1 Grécia Alemanha 45.6 Noruega Espanha 26.4 França França 14.2 Portugal Noruega 13.6 Reino Unido 723 Grécia 11.6 Malta 542 Portugal 8.6 Dinamarca 525 Holanda 5.8 Suécia 516 Finlândia 3.9 Fontes: European Cruise Council, Cruise Lines International Association Europe, ES Research. 72

74 Perspetivas turismo em Portugal eixos de oportunidade: cruzeiros (III). Nos últimos cinco anos, os passageiros de cruzeiros em Portugal cresceram a uma taxa média anual de quase 14%. Em 2012, mais de 1.3 milhões de passageiros de cruzeiros passaram pelo país, mais 627 mil que em 2007, num total de 887 escalas de navios de cruzeiros nos portos portugueses, mais 227 que em Madeira e Lisboa assumem um share de 85% dos passageiros que passaram pelo país em 2012, tendo captado, nos últimos três anos, mais 267 mil passageiros. Nesse período, o Norte (que regista a maior taxa de crescimento médio anual: 67.8%) e os Açores registaram um acréscimo de 60 mil passageiros cada enquanto o Algarve, pelo contrário, apresenta um decréscimo de 6 mil passageiros. O PENT prevê a implementação de um projeto para captação de cruzeiros (Cruise Portugal) dada a disponibilidade no país de diversos portos com condições para a receção de navios de cruzeiro ao longo de todo o ano, a sua localização, que permite integrar circuitos do Atlântico e do Mediterrâneo, e o nível de investimentos em infraestruturas e equipamento que a maioria dos portos nacionais fizeram nos últimos anos. Passageiros de cruzeiros em Portugal, (Milhares) 13.9% TCMA mil Variação mil Variação Madeira Lisboa Açores Norte Algarve Fontes: Turismo de Portugal, APL, PENT, ES Research. 73

75 Perspetivas turismo em Portugal eixos de oportunidade: surf. Com uma forte ligação histórica e cultural ao mar, Portugal, com os seus mais de km de costa e 620 km de bacias interiores, dispõe de condições climatéricas, de navegabilidade, paisagísticas e biológicas que permitem atrair muitos turistas náuticos e dinamizar um conjunto de atividades com impactos económicos e sociais relevantes quer a nível nacional, quer a nível regional, ao longo de todo o ano. Ericeira enquanto 2ª reserva mundial de surf, Peniche como palco de um dos maiores eventos mundiais do surf, Nazaré com record mundial de ondas grandes e Figueira da Foz com a onda (direita) mais comprida da Europa são alguns dos fatores de atratividade e projeção internacional de Portugal enquanto destino turístico associado a atividades sustentáveis, de valorização do ambiente e da cultura e património local. EUR 8 milhões Impacto económico Fontes: PENT, Save the Waves, Value of Waves and Ocean Culture, Rip Curl Pro, Nazaré Qualifica, Câmara Municipal de Peniche, IPL, ES Research. 74

76 Perspetivas turismo em Portugal eixos de oportunidade: vela. O projeto de desenvolvimento do turismo náutico definido no PENT, passa pela oferta de atividades náuticas onde, para além do surf, se refere também a vela, dada a existência no país de alguns dos melhores campos de regata do mundo (e.g. Baía de Cascais e de Lagos), onde já se realizam algumas provas de relevo. Fontes: PENT, Câmara Municipal de Cascais, Diário Económico, ES Research. 75

77 Perspetivas turismo em Portugal eixos de oportunidade: golfe (I). Em 2011, a indústria do golfe contribuiu com mais de EUR 15 mil milhões para a economia europeia e foi responsável por mais de 180 mil empregos, para além de outros benefícios sociais. Se considerado o valor por jogador (EUR 1 925), ele é similar ao registado nos EUA (EUR 2 010), mercado com mais de 26 milhões de jogadores, onde a contribuição desta indústria é superior a EUR 52 mil milhões. A indústria é um contribuinte relevante para o turismo de algumas economias europeias, particularmente para mercados chave como Espanha e Portugal. A IAGTO 1 estima que os gastos dos turistas de golfe sejam 120% superiores aos dos restantes turistas. Impacto económico da indústria do golfe na Europa, 2011 EUR Valor por jogador Investimento em campos de golfe (EUR milhões) Indústrias core Fornecedores (EUR milhões) 7.9 milhões Jogadores 4.4 milhões Praticantes 2 Média, torneios e eventos (EUR 359 milhões) CLUSTER DO GOLFE (EUR milhões) Gestão operacional (EUR milhões) Campos Imobiliário (EUR 95 milhões) Indústrias associadas Turismo (EUR milhões) Fontes: Sports Marketing Surveys Inc., PriceWaterhouseCoopers, ES Research. 1 International Association of Golf Tour Operators. 2 Registados. 76

78 Perspetivas turismo em Portugal eixos de oportunidade: golfe (II). Segundo a IAGTO, as vendas globais de férias de golfe cresceram mais de 9%, em 2012, e os resultados do Golf Travel Insights Survey da KPMG revelam que, para 57% dos inquiridos, a procura aumentou, sendo que em 21% destes de forma significativa. Cerca de 80% dos inquiridos esperam crescimento nos próximos anos. O mesmo estudo indica que Portugal e Espanha continuam a ser os destinos preferidos pelos golfistas. Portugal foi considerado Europe s Leading Golf Destination 2012 nos World Travel Awards e Short Haul Destination of the Year for Golf Holidays nos Travel Agents Choice Awards. Seis campos de golfe portugueses estão no top 50 da Europa Continental. O Algarve foi considerado Best Value Golf Destination in Continental Europe nos Today s Golf Travel Award, nos dois últimos anos. Hot spots para turismo de golfe, 2013 Procura modesta Procura forte Espanha Portugal Escócia Turquia Irlanda Dubai/Abu Dhabi África do Sul EUA Inglaterra França Fontes: KPMG, World Travel Awards, Travel Agents Choice Awards, ES Research. 77

79 Perspetivas turismo em Portugal eixos de oportunidade: golfe (III). Um estudo 1 elaborado pela Sports Marketing Surveys Inc. e apresentado no International Golf Travel Market, em Vilamoura, em Novembro 2012, revelou que os golfistas vindos dos quatro maiores mercados europeus de golfe (Reino Unido, França, Alemanha e Escandinávia) gastaram EUR 316 milhões em viagens exclusivas de golfe para Portugal. De acordo com o mesmo estudo, o gasto médio diário dos referidos golfistas em Portugal é superior à média de gastos que fazem no conjunto dos quatro países analisados. Os golfistas franceses são os que mais gastam no nosso país (EUR 251) e os alemães os que permanecem mais tempo (7.64 dias, em média). Portugal é o 2º destino preferido para os golfistas britânicos, a seguir a Espanha. Os que mais 216 gastam Golfistas estrangeiros em Portugal, gasto médio diário em Portugal versus a nível global (EUR) Os que permanecem mais tempo PORTUGAL 2º destino preferido Franceses Escandinavos Alemães Britânicos Fontes: International Golf Travel Market (IGTM), Sports Marketing Surveys Inc., ES Research. 1 Inquérito a mais de 9.5 mil golfistas regulares (que jogam golfe pelo menos 10 vezes por ano). 78

80 Perspetivas turismo em Portugal eixos de oportunidade: turismo residencial (I). O Turismo Residencial é um fator de desenvolvimento de um destino: Assumindo um efeito multiplicador na economia (atração de investimento estrangeiro aumento do consumo criação de emprego impostos); Promovendo o ordenamento do território e a preservação do ambiente (os investidores assumem, hoje, estes fatores como críticos na sua decisão); Atraindo, tendencialmente, consumidores com maior poder de compra, aumentando a receita média por turista/residente; Originando fluxos de procura ao longo de todo o ano, permitindo a sustentação de rotas das companhias aéreas que operam para os aeroportos de destino e a redução do nível de sazonalidade; Aumentando a divulgação do país, da sua história e da sua cultura com aumento de awareness global (o proprietário é um promotor do país); Oferecendo a envolvência que vai de encontro à procura da chamada geração dos babyboomers, que se encontra, atualmente, a atingir a idade de reforma, permitindo, assim, captar investimento estrangeiro. Fonte: ES Research. 79

81 Perspetivas turismo em Portugal eixos de oportunidade: turismo residencial (II). O impacto económico do Turismo Residencial (capacidade de gerar riqueza e de emprego) é significativo, incorporando um elevado valor acrescentado nacional, não sendo deslocalizável e tendo um considerável efeito temporal na economia. Ao nível do desenvolvimento Ao nível da operação Ao nível do desenvolvimento Ao nível da operação PRODUTO Alocação de terra Masterplan Construção Equipamento/Mobiliár io Paisagismo,... PRODUTO Distribuição/ comercialização Gestão Operação Serviços de suporte à estadia SERVIÇO SERVIÇO 2 anos de desenvolvimento, alavancando indústria 50 anos de operação, alavancando serviços Fonte: Neoturis. 80

82 Perspetivas turismo em Portugal eixos de oportunidade: turismo residencial (III). O Turismo Residencial é um dos segmentos com maior potencial exportador. Numa altura em que as exportações são nucleares para a economia portuguesa, assumir o Turismo Residencial como parte integrante da política de aumento das exportações nacionais pode ser uma das chaves para a recuperação da economia nacional. Impactos do desenvolvimento, construção, venda e exploração de unidades de alojamento turístico-residencial num horizonte temporal de 10 anos 1 Ano 1 Ano 6 Ano 10 Ano 11 Total Produção (Unid/ano) Exploração (Unid/Acum) Investimento (EUR milhões) Vendas (EUR milhões/ano) Internacionais Exploração (EUR milhões/ano) Internacionais Emprego construção (Nº/ano) Emprego exploração (Nº/ano) Emprego exploração acumulado (Nº) Fonte: Neoturis. 1 Segundo estudo elaborado pela Neoturis em Julho de 2012, considerando a sua inventariação de stock atual (cerca de 6 mil unidades) e futuro ( unidades). 81

83 Perspetivas turismo em Portugal eixos de oportunidade: turismo residencial (IV). Portugal dispõe de um conjunto de atributos propícios ao desenvolvimento do Turismo Residencial: O clima; A segurança; A estabilidade política e social; As acessibilidades (proximidade com os principais países europeus); A diversidade territorial, paisagística e cultural; A hospitalidade da população e a sua riqueza gastronómica; A imagem enquanto destino turístico maduro; A oferta de produtos e serviços turísticos diversificada; A existência de campos de golfe de qualidade reconhecida internacionalmente; A oferta de alojamento propício ao desenvolvimento do Turismo Residencial, com associação a cadeias hoteleiras internacionais de renome. E ainda um conjunto de outros atrativos que marcam a diferença num mercado global como é o atual: A baixa densidade de construção, a qualidade dos projetos desenvolvidos ou em desenvolvimento e a sua sustentabilidade, a criação de valor para as comunidades locais e a história, tradição e modernidade. Fontes: Neoturis, ES Research. 82

84 Perspetivas turismo em Portugal eixos de oportunidade: turismo residencial (V). Na última década, o mercado de segundas residências na Europa do Sul registou um crescimento de mais de 2.4 milhões unidades, com mais de um milhão (42%) a serem propriedade de estrangeiros e Espanha a assumir um share de 81% das mesmas. Os estrangeiros contribuíram, assim, com receitas (exportações) superiores a EUR 9.75 mil milhões/ano, para os países desta região, no referido período. Espanha recebeu o maior contributo, com mais de EUR 6 mil milhões/ano (81 mil unidades vendidas/ano) cerca de 63% do total - enquanto Portugal, com cerca de 5 mil unidades vendidas/ano recebeu apenas EUR 750 milhões/ano. Uma projeção elaborada pela APR (Associação Portuguesa de Resorts), indica que na próxima década poderão ser vendidas a estrangeiros cerca de 100 mil unidades/ano na região, das quais Portugal poderá assumir cerca de 10%, gerando uma receita média/ano superior a EUR 1.5 mil milhões (o dobro do verificado na década anterior). Venda de segundas residências a estrangeiros na Europa do Sul, receitas médias anuais no período (EUR milhões) Venda de segundas residências a estrangeiros na Europa do Sul, receitas médias anuais projetadas para o período (EUR milhões) Unidades a vender Unidades vendidas Espanha França Itália Portugal Outros 1 1 Espanha França Itália Portugal Outros Fontes: Associação Portuguesa de Resorts (APR), ES Research. 1 Grécia, Croácia, Chipre e Malta. 83

85 Perspetivas turismo em Portugal eixos de oportunidade: turismo residencial (VI). As designadas residências de qualidade 1 merecem destaque no conjunto das vendas de segundas residências a estrangeiros, sendo cruciais para Portugal, dado o focus, neste mercado de nicho, da maioria dos seus projetos em desenvolvimento e/ou futuros. Numa projeção de venda de mais de 18.5 mil unidades/ano neste segmento, na região da Europa do Sul, assume-se que Portugal pode assumir mais de 2.3 mil unidades/ano, o que permitiria vender o stock dos resorts existentes, abriria espaço para o desenvolvimento de outros que estão presentemente no papel e daria relevância ao país enquanto player no mercado mundial de resorts. Venda de segundas residências de qualidade 1 a estrangeiros na Europa do Sul, projeções para o período (Unidades/ano) % Share das vendas da Europa do Sul Espanha França Itália Portugal Outros Fontes: Associação Portuguesa de Resorts (APR), ES Research. 1 De valor superior a EUR 500 mil. 84

86 Perspetivas turismo em Portugal eixos de oportunidade: turismo residencial (VII). Ao longo dos últimos anos, o mercado imobiliário português tem-se apresentado mais estável que o dos seus mais diretos comparáveis, continuando a apresentar-se como um bom investimento. No mercado residencial de luxo, onde os compradores são movidos pelo lifestyle mas também pelo potencial de valorização da sua propriedade, Portugal é visto como um mercado consolidado, com oportunidades de investimento seguras e de bom potencial e com uma posição forte comparado com outros destinos. O Algarve aparece no top de alguns destinos selecionados e alguns dos seus resorts posicionam-se nas melhores performances. Preço médio por m 2 e rendimento anual bruto potencial 1, destinos selecionados, Média (EUR/m 2 ) Rendimento Anual Bruto (%) Fontes: HomeAway.co.uk.survey, Savills International Research, ES Research. 1 Média para um apartamento tipologia T2. 85

87 Perspetivas turismo em Portugal eixos de oportunidade: turismo residencial (VIII). Tradicionalmente visto como um país seguro, com estabilidade política e social, nível de vida competitivo, bom clima e praias, gastronomia rica, campos de golfe de qualidade internacionalmente reconhecida, diversidade territorial, paisagística e cultural, resorts de excelente qualidade e design e pela hospitalidade do seu povo, Portugal tem sido, sobretudo, procurado por compradores lifestyle e/ou pelos que compram casa para passar a sua reforma (total ou parcialmente) no nosso país. Os britânicos, principais compradores europeus de segunda residência no estrangeiro, colocam Portugal no top 3 dos seus destinos preferidos para investir e continuam a mostrar o seu interesse no país. Portugal is re-emerging as a popular destination for Britons looking to invest in overseas property. It ranks as a key buyer market. The Algarve has remained a stable, bullet-proof market, much like London has, despite pressure on prices. Worldwide Property Group August 2011 International Search Index reveals that the number of people house hunting on PrimeLocation.com site increased overall by 14% during the 3 rd quarter of 2011, by 17% for the top ten most popular destinations and by 23% for Portugal. Q3 ranking Country Increase in searches Q2 to Q3 1 France 16% 2 Spain 19% 3 United States 31% 4 Italy 18% 5 Portugal 23% PrimeLocation.com November 2011 Knight Frank s Global Search website shows interest in the Algarve has risen 11% in % in the UK site. Fontes: Worlwide Property Group, PrimeLocation.com, Knight Frank, A Place in the Sun, ES Research. 86

88 Perspetivas turismo em Portugal eixos de oportunidade: turismo residencial (IX). Reconhecendo o potencial do Turismo Residencial, o Governo, para além de o considerar um dos dez produtos estratégicos do PENT, lançou, no início de 2013, um Plano de Ação denominado Living in Portugal que visa incentivar a compra de segunda residência, por parte de estrangeiros, em território nacional, que irá vigorar nos próximos dois anos, representando um investimento superior a EUR 800 mil. O Plano contempla um portal de informação disponível em seis línguas e ações de apoio à venda nos mercados prioritários para Portugal, em parceria com a Associação Portuguesa de Resorts. Já recentemente 1, a APR viu aprovado um financiamento através do QREN, no valor de um milhão de euros, que será alocado também a este projeto. Fontes: Ministério da Economia e do Emprego, APR, Turismo de Portugal, ES Research. 1 Início de Maio de

89 Perspetivas turismo em Portugal eixos de oportunidade: turismo residencial (X). A simplificação e clarificação dos incentivos fiscais já existentes para os residentes não habituais (Dec-lei nº 249/2009 de 23 de Setembro e Portaria nº 12/2010 de 7 de Janeiro) e os chamados Golden Visa, relativos à concessão de autorização de residência em Portugal, e consequente livre circulação no Espaço Schengen, a estrangeiros residentes fora da União Europeia que façam investimentos imobiliários superiores ou iguais a EUR 500 mil (Lei nº 29/2012 de 9 de Agosto) abrem novas portas a potenciais investidores, quer de mercados já consolidados, quer de mercados emergentes, nomeadamente os BRIC S. Segundo o Ministério dos Negócios Estrangeiros, até Abril, terão sido concedidos 13 dos referidos vistos (10 dos quais a brasileiros), num total de EUR 10 milhões de investimento, estando cerca de 60 em análise. Fontes: Ministério dos Negócios Estrangeiros, Ministério da Economia e do Emprego, Turismo de Portugal, APR, Público, Jornal de Negócios, Expresso, ES Research. 88

90 Perspetivas turismo em Portugal eixos de oportunidade: turismo de saúde (I). O turismo de saúde e bem estar tem registado uma evolução considerável nos últimos anos a nível global e na Europa. Em 2011, os europeus realizaram mais de 9 milhões de viagens ao estrangeiro relacionadas com esse motivo, mais que triplicando o valor registado em Os fatores demográficos e as novas tendências/procuras atribuem ao segmento perspetivas de continuidade de crescimento considerável nos próximos anos (a Euromonitor prevê que o turismo médico cresça mais de 8% ao ano nos próximos cinco anos). Portugal apresenta fatores de competitividade para o segmento, quer na vertente médica, quer no termalismo, spa e talassoterapia: Posicionando-se no 12º lugar do ranking mundial da qualidade de saúde; Dotando-se de profissionais com experiência e reconhecimento internacional e facilidade de comunicação nos idiomas dos potenciais mercados emissores; Pela existência de unidades hospitalares (públicas e privadas) reconhecidas e acreditadas internacionalmente; Pelos abundantes recursos termais e de grande riqueza hidrogeológica; Pela extensa linha de costa, cujas águas são das mais ricas para a prática de talassoterapia; Pelos spa s associados a marcas internacionalmente reconhecidas; Pelas condições climáticas que favorecem a convalescença. Fontes: ITB, PENT, Euromonitor International, Jornal de Negócios, ES Research. 89

91 Perspetivas turismo em Portugal eixos de oportunidade: turismo de saúde (II). Nos últimos anos, um conjunto relevante de investimentos públicos e privados permitiu a remodelação de uma parte considerável das infraestruturas termais do país, revitalizando o setor e fazendo emergir modernos polos turísticos, com capacidade para proporcionar uma oferta distintiva de saúde e bem estar, mais apelativa e motivante para as novas procuras. Também os spa s, integrados em resorts ou em espaços de grande envolvente natural e/ou integrados em hotelaria de qualidade superior e associados a marcas mundialmente reconhecidas foram alvo de investimentos públicos e privados, bem como de adaptação da oferta e níveis de serviço a padrões de qualidade de nível superior, acrescentando capacidade competitiva ao país Share % Share 18.1% Procura termal em Portugal, (Milhares de termalistas) 15.1% TCMA Bem Estar e Lazer Termalismo clássico Fontes: Turismo de Portugal, Associação das Termas de Portugal, ES Research. 90

92 Perspetivas turismo em Portugal eixos de oportunidade: turismo de saúde (III). A AEP (Associação Empresarial de Portugal) e o Health Cluster Portugal lançaram no início de 2012 o projeto Healthy n Portugal Expansão do Mercado dos Cuidados Médicos e Turismo de Saúde em Portugal, uma iniciativa cofinanciada pelo Programa Compete, ao abrigo do Sistema de Apoio a Ações Coletivas, a concretizar em dois anos e que pretende associar os setores da saúde e do turismo. O objetivo deste projeto é agregar vários agentes económicos ligados aos setores do turismo, saúde, termalismo e serviços de bem estar, numa parceria para a valorização do turismo de saúde em Portugal por forma a competir no mercado internacional como um destino reputado, competitivo e atrativo. Sendo um dos dez produtos estratégicos do PENT e com o objetivo de tornar o país um destino de excelência internacional para o produto, no início de Dezembro 2012, o Governo formalizou a constituição de um grupo de trabalho para a estruturação do turismo de saúde em Portugal, que terá como responsabilidade elaborar um plano de ação que defina os mercados alvo, identifique valências e serviços médicos que contribuam para a internacionalização da cadeia de valor da saúde e simultaneamente potencie a utilização de serviços turísticos, estruturando uma oferta que seja diferenciadora e competitiva face a destinos concorrentes. Será também da responsabilidade deste grupo de trabalho propor a adequação do quadro legal nacional face aos parâmetros e requisitos internacionais, identificar agentes relevantes na distribuição e comercialização, elaborar uma proposta de promoção, identificar parcerias internas e externas, públicas e privadas, que promovam e potenciem a afirmação de Portugal como destino de turismo de saúde. O grupo é constituído por representantes do Ministério da Saúde, do Ministério da Economia e do Emprego, da Confederação do Turismo Português, do Health Cluster Portugal e da Medical Tourism Association - Portugal. Fontes: Health Cluster Portugal, AEP, Compete, PENT, ES Research. 91

93 . 1. Sumário executivo Evolução recente 2.1 Turismo mundial Turismo em Portugal Portugal e Espanha: comparativo Perspetivas 3.1 Turismo mundial Turismo em Portugal Eixos de oportunidade Regiões

94 Perspetivas - turismo em Portugal regiões: Lisboa (I). A capacidade de alojamento na região de Lisboa cresceu, na última década, a uma taxa média anual de 2.8%, atingindo, em 2012 (Julho), mais de 56 mil camas, mais 13.5 mil que em Com 323 estabelecimentos hoteleiros, dos quais mais de 59% são hotéis, e mais de 53% pertencem à tipologia de 4 e 5 estrelas, a região dispõe da segunda maior capacidade de alojamento a nível nacional a seguir ao Algarve. Nos últimos três anos, abriram 46 novos hotéis na região, mais de metade na tipologia de 4 e 5 estrelas. Capacidade de alojamento na região de Lisboa, 2002, 2005 e Julho 2012 (Milhares de camas) Hotéis na região de Lisboa segundo a tipologia, 2009 e Julho 2012 (Unidades) 2.8% TCMA Julho Jul e 2* 3* 4* 5* Fontes: INE, ES Research. 93

95 Perspetivas - turismo em Portugal regiões: Lisboa (II). Em 2012, as dormidas na região de Lisboa chegaram quase aos 9.5 milhões, das quais mais de 73% foram realizadas por não residentes, quase 7 milhões, valor mais elevado de sempre e que representa um crescimento médio anual superior a 4%, na última década, e um crescimento superior a 26% nos três últimos anos. Os turistas espanhóis, brasileiros, franceses, alemães e britânicos são os que mais pernoitam na região, assumindo mais de metade do total de dormidas de estrangeiros. Destaca-se a ascensão do Brasil a segundo mercado mais importante da região registando, só nos três últimos anos, um crescimento superior a 350 mil dormidas. Em sentido contrário, regista-se a evolução do mercado espanhol, que só em 2012, registou uma quebra superior a 120 mil dormidas. Dormidas na região de Lisboa, 2002, 2005 e 2012 (Milhares) 4.2% TCMA dos não residentes Dormidas de não residentes na região de Lisboa, top 5 de mercados, 2012 (Milhares) mil Var mil Var mil Var mil Var Residentes Não residentes Espanha Brasil França Alemanha Reino Unido Fontes: INE, ES Research. 94

96 Perspetivas - turismo em Portugal regiões: Lisboa (III). Apesar da recuperação verificada em 2010 e 2011, a taxa de ocupação (quarto) na região de Lisboa, em 2012, voltou a cair, situando-se nos 61%, valor que representa uma queda de 7 pp face aos valores pré-crise. Situação idêntica se verifica ao nível do RevPar, com este a situar-se nos EUR 46, em 2012, face aos EUR 52 de Taxa de ocupação 1 (quarto) na região de Lisboa, (Percentagens) REVPAR 1 na região de Lisboa, (EUR) pp Variação EUR 6 Variação Fontes: Turismo de Portugal, ES Research. 1 Inclui hotéis, hotéis apartamento, pousadas e outros. 95

97 Perspetivas - turismo em Portugal regiões: Lisboa (IV). Em 2012, a região de Lisboa passou a contar com mais sete unidades hoteleiras, num total de 748 quartos, mais de 43% do total a nível nacional. Dois terços destes (quase 500) concentraram-se na cidade de Lisboa. Para 2013 está prevista a abertura de mais onze unidades, quase quartos, 45% do previsto para o país. Lisboa assume mais de mil desses quartos, mais de 87% do total da região. Abertura de unidades hoteleiras na região de Lisboa 1, 2012 Previsão de abertura de unidades hoteleiras na região de Lisboa 1, 2013 Categoria Nome Concelho Quartos Categoria Nome Concelho Quartos 5* Myriad Lisboa 186 5* Mercy Hotel Lisboa 47 5* Pousada da Cidadela de Cascais Cascais 126 4* Hotel 3K Europa Lisboa 140 4* Lisboa Carmo Hotel Lisboa 45 4* Neya Hotel Lisboa 76 3* Holiday Inn Express Alfragide Oeiras 128 5* Vila Galé Palácio dos Arcos Oeiras 76 5* Epic Sana Lisboa Hotel Lisboa 311 4* Evidência Belverde Atitude Hotel Seixal 71 4* Olissipo Saldanha Lisboa 49 4* Lux Lisboa Park Lisboa 97 4* Sana Evolution Saldanha Lisboa 144 4* Hotel Santa Justa Lisboa 54 4* Memmo Alfama Lisboa 42 4* Hotel Portugal (remodelação) Lisboa 54 4* Hotel Tryp Lisboa Aeroporto Lisboa 170 2* Hotel Ibis Expo Lisboa 113 Fontes: Worx, ES Research. 1 Segundo estudo da Worx. 96

98 Perspetivas - turismo em Portugal regiões: Lisboa (V). Nos últimos sete anos, os passageiros (voos internacionais) desembarcados na região de Lisboa cresceram a uma taxa média anual de quase 6%, atingindo, em 2012, mais de 6.6 milhões, mais 2.2 milhões que em 2005 e um share de 53% a nível nacional. As low cost assumiram o maior crescimento relativo (mais de 20% ao ano, em média) e as tradicionais o maior valor absoluto (mais 1.6 milhões de passageiros). A TAP assume mais de 57% do tráfego de passageiros no Aeroporto de Lisboa e a EasyJet, que aí abriu uma base operacional em Abril de 2012, cerca de 9%, esperando um crescimento de 6% dos passageiros para Passageiros desembarcados (voos internacionais) na região de Lisboa, (Milhões) % Share 6.4% TCMA Tradicionais Low cost Charters Fontes: Turismo de Portugal, ES Research milhões passageiros Variação

99 Perspetivas - turismo em Portugal regiões: Lisboa (VI). Entre 2007 e 2012, o movimento de passageiros de cruzeiros na região de Lisboa cresceu a uma taxa média anual superior a 11%, superando, neste último ano, os 522 mil. As previsões apontam para que, em 2013, se ultrapassem os 560 mil passageiros, o que representaria um crescimento de 8% face ao ano anterior. No dia 17 de Abril de 2013, pela segunda vez na sua história, o Porto de Lisboa registou um recorde de sete navios de cruzeiros em simultâneo. No início de 2012, foi criado o Lisbon Cruise Club, que reune entidades públicas e privadas, que visa a afirmação do Porto de Lisboa como porto de referência nacional e da cidade enquanto destino de cruzeiros de excelência. Em 2012, o Porto de Lisboa liderava o top 5 dos portos da Europa do Norte. Passageiros de cruzeiros na região de Lisboa, (Milhares) Passageiros de cruzeiros, Europa do Norte, top 5, 2012 (Milhares) 11.4% TCMA Lisboa Estocolmo Bergen Talim S. Petersburgo Fontes: Turismo de Portugal, APL, Cruise Line International Association Europe, ES Research. 98

100 Perspetivas - turismo em Portugal regiões: Lisboa (VII). Nos últimos anos, a performance do porto da capital tem sido reconhecida através de várias nomeações e prémios internacionais. Os resultados do Inquérito a Passageiros Internacionais de Cruzeiros realizado em 2012, no Porto de Lisboa, colocam a cidade entre os dez destinos preferidos dos cruzeiristas. O grau de satisfação médio com a visita a Lisboa é de 8.3, numa escala de 1 a 10, com 55% dos inquiridos a verem as suas expectativas superadas. Mais de 59% revelaram intenção de voltar em cruzeiro e mais de 86% de voltar fora do ambiente cruzeiro. Mais de 42% dos inquiridos eram britânicos. Porto de Lisboa - Inquérito a Passageiros Internacionais de Cruzeiros, 2012 (Percentagens) 86.3 Porto de Lisboa prémios e nomeações, Prémios 2009 Melhor destino de cruzeiros da Europa: World Travel Awards 2011 Melhor Porto Internacional de Cruzeiros: Excellence Cruise Awards Atlantic & North Europe Edition Intenção de voltar em cruzeiro Provável 35.5 Intenção de voltar fora do ambiente de cruzeiro Muito provável Fontes: Turismo de Portugal, Turismo de Lisboa, APL, ES Research. Nomeações 2009 Melhor destino de cruzeiros do Mundo e melhor porto de cruzeiros do Mundo 2010 e 2011 Melhor destino de cruzeiros do Mundo e melhor porto de cruzeiros do Mundo; melhor destino de cruzeiros da Europa e melhor porto de cruzeiros da Europa 2012 Melhor destino de cruzeiros da Europa e melhor porto de cruzeiros da Europa; melhor destino de cruzeiros do Mundo e melhor porto de cruzeiros do Mundo 99

101 Perspetivas - turismo em Portugal regiões: Lisboa (VIII). No âmbito do programa para o desenvolvimento do turismo marítimo e implementação do projeto para captação de cruzeiros para Portugal, o PENT indica o lançamento de novas concessões para terminais de cruzeiros, enquadradas na reforma geral do setor portuário prevista no Plano Estratégico dos Transportes. Nesse sentido, e no âmbito da estratégia de desenvolvimento para o Porto de Lisboa, recentemente apresentada e que pressupõe um investimento de mais de EUR mil milhões, irá ser lançado o concurso para a construção e concessão do novo terminal de cruzeiros de Santa Apolónia, um investimento de EUR 20 milhões, que permitirá que Lisboa passe a ser ponto de partida e de chegada de passageiros e não apenas de escala. O objetivo é colocar Lisboa no top 10 dos portos europeus. Fontes: PENT, Turismo de Lisboa, APL, ES Research. 100

102 Perspetivas - turismo em Portugal regiões: Lisboa (IX). As viagens de negócios são um dos segmentos que regista maior crescimento na Europa, apontando-se para cerca de 8% em 2012, prevendo, a Global Business Travel Association que, em 2013, os gastos a nível global alcancem um crescimento de quase 6%. Lisboa é a cidade portuguesa com maior projeção internacional em termos de turismo de negócios, concentrando metade dos eventos ICCA 1 que se realizaram no país, em 2012, posicionando-se no top 15 europeu. Entre 2005 e 2012, os eventos realizados na capital tiveram um crescimento médio anual de 3%. 86 Lisboa eventos ICCA 1, 2005, 2008 e 2012 (Número) 97 3% TCMA Ranking ICCA, top 15 europeu de cidades, 2012 (Número de eventos) Viena Paris Berlim Madrid Barcelona Londres Copenhaga Istambul Amesterdão Praga Estocolmo Bruxelas Lisboa Helsinquia Budapeste International Congress and Convention Association. Consideram-se os encontros com mais de 50 participantes, regulares e que já tenham percorrido pelo menos 3 países (encontros governamentais excluídos). Fontes: Turismo de Portugal, Turismo de Lisboa, ICCA, Global Business Travel Association, ES Research. 101

103 Perspetivas - turismo em Portugal regiões: Lisboa (X). Lisboa foi considerada, em 2011, o 5º melhor destino de turismo de negócios, pela cadeia Great Hotels of the World, dado os eventos de elevado perfil que acolheu nos últimos anos, a sua localização, as infraestruturas disponibilizadas, a relação preço-qualidade e o clima ameno. Já em 2009, a revista britânica Business Destination tinha atribuído o prémio de melhor bureau europeu ao Lisboa Convention Bureau e o de melhor espaço de conferências da Europa ao Centro de Congressos de Lisboa. No Inquérito ao Congressista realizado em 2012, Lisboa foi considerada a cidade onde se realizou o melhor congresso a que os entrevistados tiveram oportunidade de assistir, tal como já se tinha verificado em 2011, ficando a capital portuguesa à frente de cidades como Paris, Londres e/ou Madrid. A avaliação global da cidade enquanto destino de congressos, situou-se quase em 9, numa escala de 1 a 10, destacando-se as avaliações à organização dos congressos, aos programas extra-congressos e à qualidade e funcionalidade dos equipamentos dos congressos. Inquérito ao congressista 2012, cidades onde se realizaram os melhores congressos, top 5 (Percentagens) Inquérito ao congressista 2012, avaliações dos congressistas, itens selecionados (Escala de 1 a 10) Lisboa Paris Londres Milão Madrid Fontes: Turismo de Lisboa, ES Research. Avaliação global da cidade como destino de congressos Avaliação global da organização do congresso Qualidade do programa extracongresso Qualidades dos equipamentos do congresso Funcionalidadedo equipamento no local do congresso 102

104 Perspetivas - turismo em Portugal regiões: Lisboa (XI). As viagens de negócios têm impacto significativo no desempenho económico da hotelaria e de outras atividades que arrasta consigo, realizando-se ao longo de todo o ano, sendo por isso importante ao nível da sazonalidade. A captação de eventos de grande dimensão é relevante e por isso, recentemente 1, foi anunciado o lançamento de um novo centro de congressos em Lisboa com capacidade para acolher grandes eventos, que deverá situar-se no Parque Eduardo VII, em terrenos municipais. Segundo dados do Turismo de Lisboa, em comparação com cidades suas concorrentes, como Barcelona, Madrid, Budapeste, Copenhaga, Istambul e/ou Viena, a capacidade média das maiores salas da capital portuguesa é metade da dimensão da verificada naquelas e só haverão, na Europa, cerca de nove cidades com capacidade para acolher congressos de grande dimensão. Tendo-se realizado na Europa, em 2011, cerca de 140 congressos de grande dimensão, uma estimativa de potencial captação de 10% destes para Lisboa, poderia aportar à cidade receitas (sem transporte) de cerca de EUR 50 milhões/ano. Inquérito ao congressista 2012, despesa média por participante Alojamento EUR 95.33/noite Restauração EUR 34.41/dia Fontes: Turismo de Lisboa, ES Research. 1 Final de Abril. 2 Sem transporte. Outros EUR 63.89/dia Estadia média de 4 dias/ 3 noites por participante 2 EUR

105 Perspetivas - turismo em Portugal regiões: Lisboa (XII). Com o turismo de cidade a registar um dos mais elevados crescimentos na Europa em 2012 (14%) e os short breaks 1 cerca de 10%, e sendo Lisboa detentora de um conjunto de atributos/ativos distintivos relevantes e internacionalmente reconhecidos, apresentam-se-lhe perspetivas positivas de crescimento e afirmação face às tendências globais do setor. Recentemente a capital portuguesa foi considerada o melhor destino europeu 2013 pela European Consumers Choice. Melhor destino europeu 2013 pela European Consumers Choice; European City of the Year 2012 pela Academy of Urbanism Awards; Cidade com melhor relação preço-qualidade no Mundo pela TripAdvisor; Cidade europeia mais amável para os turistas (2ª a nível mundial); 2ª cidade mais promissora na Europa; 7ª melhor cidade para compras na Europa; 7ª cidade mais romântica no Mundo; 29 ª cidade mais reputada no Mundo; 44 ª cidade com melhor qualidade de vida no Mundo; Uma das mega cidades da aviação mundial em Visitas com duração de uma a três noites. Fontes: Turismo de Portugal, Turismo de Lisboa, Mercer, Reputation Institute, EIU, ITB, European Consumers Choice, ES Research. 104

106 Perspetivas - turismo em Portugal regiões: Lisboa (XIII). Com a cidade a ser considerada a 7ª melhor para compras na Europa e a Av. da Liberdade a 35ª avenida mais cara do mundo e a 10ª mais luxuosa, Lisboa tem atraído, nos últimos tempos, as maiores marcas internacionais para abertura de lojas de luxo, muito frequentadas por turistas, sobretudo dos BRIC, principais global shoppers 1. A Euromonitor International prevê que os turistas chineses liderem, a nível global, as despesas em compras, nos próximos cinco anos, com um crescimento médio anual de 15%, e a Global Blue prevê que, até 2020, 100 milhões de chineses que consideram as compras parte da experiência de viajar visitem a Europa eles são já os que mais gastam por compra em Portugal (vendas tax free), apesar de representarem apenas 3% das vendas. Lisboa é o destino preferido concentra 83% das vendas tax free dado concentrar o maior número de marcas de luxo. No início do ano, a Câmara Municipal de Lisboa e a Associação de Turismo de Lisboa, lançaram o projeto Lisbon Shopping Destination que tem como objetivo, para além de revitalizar, dinamizar e promover o comércio de rua, promover a cidade como international shopping destination, aproveitando a procura internacional. 1 Aqueles para quem fazer compras é parte integrante e fundamental da sua experiência de viagem. Fontes: Turismo de Lisboa, Global Blue, Euromonitor International, ES Research. 105

107 Perspetivas - turismo em Portugal regiões: Lisboa (XIV). No últimos doze anos, abriram 66 novas unidades hoteleiras na capital portuguesa (das quais praticamente três quartos de quatro e cinco estrelas), metade dos quais nos últimos três anos. No final de 2012, existiam em Lisboa 142 unidades hoteleiras, das quais mais de 60% das duas categorias atrás referidas. A capacidade de alojamento na cidade cresceu a um ritmo superior a 4% ao ano, atingindo, em 2012, mais de 16 mil quartos, mais 6.4 mil que em Mais de um quarto do aumento verificado realizou-se no último triénio. Unidades hoteleiras na cidade de Lisboa segundo a tipologia, 2000 e 2012 (Número) Capacidade de alojamento (hotelaria) na cidade de Lisboa, 2000, 2005, 2009 e 2012 (Milhares de quartos) % TCMA * 3* 4* 5* Fontes: Turismo de Lisboa, ES Research. 106

108 Perspetivas - turismo em Portugal regiões: Lisboa (XV). Em 2012, as dormidas na cidade de Lisboa chegaram aos 6.8 milhões, das quais cerca de 78% foram realizadas por não residentes, mais de 5.2 milhões, valor mais elevado de sempre e que representa um crescimento médio anual superior a 8% nos últimos três anos. Os turistas espanhóis, brasileiros, franceses, alemães e italianos são os que mais pernoitam na capital, assumindo mais de metade do total de dormidas de estrangeiros. Destaca-se a ascensão do Brasil a segundo mercado mais importante da cidade registando, só no último ano, um crescimento superior a 80 mil dormidas. Em sentido contrário, regista-se a evolução do mercado espanhol que, em 2012, registou uma quebra de quase 80 mil dormidas. Dormidas na cidade de Lisboa, 2007, 2009 e 2012 (Milhões) 8.2% TCMA dos não residentes Dormidas de não residentes na cidade de Lisboa, top 5 de mercados, 2012 (Milhares) - 79 mil Var mil Var mil Var mil Var Residentes Não residentes Espanha Brasil França Alemanha Itália Fontes: INE, ES Research. 107

109 Perspetivas - turismo em Portugal regiões: Lisboa (XVI). Nos últimos cinco anos, Lisboa apresentou uma descida considerável nas suas taxas de ocupação e valores de RevPar. Em 2012, as taxas de ocupação situaram-se nos 65.42%, com os hotéis de cinco estrelas a apresentarem valores ligeiramente acima dos 55%, registando a maior queda face ao ano anterior (4.2%), e os três estrelas a registarem o melhor desempenho (71.45%) e única evolução positiva face a 2011 (2.7%). O RevPar situou-se nos EUR 46.94, em 2012, uma quebra de 17% face aos valores pré-crise, com os quatro e cinco estrelas a registar um decréscimo de cerca de 9% face a Taxa de ocupação (quarto) na cidade de Lisboa, (Percentagens) RevPar na cidade de Lisboa, (EUR) pp Var % Var Fontes: Turismo de Lisboa, ES Research. 108

110 Perspetivas - turismo em Portugal regiões: Lisboa (XVII). O relatório European Cities Hotel Forecast 2013 da PwC, que analisa 19 cidades europeias, indica que Lisboa, a par de Zurique e Madrid, terão assumido os decréscimos de RevPar mais gravosos em Segundo o mesmo, depois de um ano em que algumas cidades registaram crescimentos de RevPar a dois dígitos (Praga e Dublin), tal não é expectável que aconteça em 2013 dado o ambiente mais competitivo e desafiante que a indústria deverá enfrentar, antecipando-se um abrandamento do crescimento dos RevPar. Ao contrário do verificado em 2012, e apesar da nova oferta prevista e eventual decréscimo ao nível do turismo de negócios, as previsões para Lisboa apontam para um incremento marginal quer nas taxas de ocupação quer no RevPar, alicerçado na performance dos seus mercados chave (como o Brasil, a Alemanha, a França e o Reino Unido) e eventuais aberturas de novas rotas das low cost a operar na cidade. European cities hotel forecast 2013, PwC (Percentagens) Cidades Crescimento 2013 Taxa de Ocupação RevPar S. Petersburgo Moscovo Paris Frankfurt Berlim Dublin Edimburgo Praga Barcelona Milão Lisboa Viena Genebra Roma Bruxelas Zurique Amesterdão Madrid Londres Fontes: PricewaterhouseCoopers, ES Research. 109

111 Perspetivas - turismo em Portugal regiões: Lisboa (XVIII). A estratégia de desenvolvimento prevista no PENT para a região de Lisboa define a aposta nos mercados em crescimento, com destaque para o Brasil, a França e a Rússia e a revitalização dos mercados consolidados, com a fidelização da Espanha e novo impulso aos setores mais dinâmicos da Alemanha, Itália, Reino Unido e EUA. Recomenda-se a abordagem da região, articulada/integrada com a marca do destino Portugal, a mercados da Ásia e Médio Oriente. Os principais produtos para a região são as estadias de curta duração em cidade, os circuitos turísticos, religiosos e culturais e o turismo de negócios. O golfe, o turismo náutico, o turismo de natureza, residencial e de saúde carecem de maior desenvolvimento. A comunicação do destino deve relevar a multiplicidade de valores culturais e naturais da região, destacando também a sua modernidade. Produtos Sol e mar Consolidado Desenvolvimento Complementar Emergente Turismo de saúde Estadias de curta duração em cidade Circuitos turísticos, religiosos e culturais Gastronomia e vinhos Turismo de natureza Golfe Turismo náutico Turismo de negócios Turismo residencial Fontes: PENT, ES Research. 110

112 Perspetivas - turismo em Portugal regiões: Norte (I). A capacidade de alojamento na região Norte cresceu, na última década, a uma taxa média anual de 3%, atingindo, em 2012 (Julho), mais de 42 mil camas, mais 10.8 mil que em Com 466 estabelecimentos hoteleiros, dos quais mais de 53% são hotéis (dois terços dos quais pertencem às categorias de 1, 2 e 3 estrelas), a região dispõe da terceira maior capacidade de alojamento a nível nacional. Nos últimos três anos, abriram 110 novos hotéis na região, três quartos dos quais das tipologias até 3 estrelas. Capacidade de alojamento na região Norte, 2002, 2005 e Julho 2012 (Milhares de camas) Hotéis na região Norte segundo a tipologia, 2009 e Julho 2012 (Unidades) 3.0% TCMA Julho Jul e 2* 3* 4* 5* Fontes: INE, ES Research. 111

113 Perspetivas - turismo em Portugal regiões: Norte (II). Em 2012, as dormidas na região Norte superaram os 4.5 milhões, das quais 48% foram realizadas por não residentes, mais de 2.1 milhões, valor mais elevado de sempre e que representa um crescimento médio anual superior a 5% desde 2002 e um crescimento, nos três últimos anos, superior a 25%. Os turistas espanhóis, franceses, brasileiros, alemães e britânicos são os que mais pernoitam na região, assumindo mais de 62% do total de dormidas de estrangeiros. Destaca-se a ascensão do Brasil a terceiro mercado mais importante da região tendo, nos três últimos anos, duplicado o número de dormidas. França registou o maior crescimento absoluto nesse período. Em sentido contrário, encontra-se o mercado espanhol, que só em 2012, registou uma queda superior a 54 mil dormidas. Dormidas na região Norte, 2002, 2005 e 2012 (Milhares) 5.3% TCMA dos não residentes Dormidas de não residentes na região Norte, top 5 de mercados, 2012 (Milhares) - 44 mil Var mil Var mil Var Residentes Não residentes Espanha França Brasil Alemanha Reino Unido Fontes: INE, ES Research. 112

114 Perspetivas - turismo em Portugal regiões: Norte (III). As taxas de ocupação (quarto) na região Norte têm vindo a decrescer nos últimos anos, com especial relevância em 2012 (queda de 3 pp), situando-se nos 44% - no período pré-crise situava-se nos 50%. O mesmo se verifica relativamente ao RevPar, que registou, em 2012, o seu valor mais baixo (EUR 24), situando-se EUR 4 abaixo dos valores pré-crise. Taxa de ocupação 1 (quarto) na região Norte, (Percentagens) REVPAR 1 na região Norte, (EUR) pp Variação EUR 4 Variação Fontes: Turismo de Portugal, ES Research. 1 Inclui hotéis, hotéis apartamento, pousadas e outros. 113

115 Perspetivas - turismo em Portugal regiões: Norte (IV). Em 2012, a região Norte passou a contar com mais sete unidades hoteleiras, num total de 436 quartos, cerca de um quarto do total a nível nacional. Seis destas unidades pertencem às categorias de quatro e cinco estrelas. Para 2013 está prevista a abertura de mais três unidades, mais 230 quartos, cerca de 9% do previsto para o país. Dois pertencem à categoria de quatro estrelas. Abertura de unidades hoteleiras na região Norte 1, 2012 Previsão de abertura de unidades hoteleiras na região Norte 1, 2013 Categoria Nome Concelho Quartos Categoria Nome Concelho Quartos 5* Carmo's Boutique Hotel Ponte Lima 15 5* Água Hotels Douro Scala Vila Real 43 4* CH Design & Wine Hotel Caminha 23 4* Hotel Carris Porto Ribeira Porto 90 4* Eurostars Douro Hotel & Spa Castelo de Paiva 42 4* Mercure Braga Centro Braga 128 2* Ibis Budget Porto Gaia Vila Nova de Gaia 95 4* Hotel Minho (remodelação) V. Nova de Cerveira 65 4* Hotel da Música Porto 85 2* Ibis Budget Braga (reconversão) Braga 82 Fontes: Worx, ES Research. 1 Segundo estudo da Worx. 114

116 Perspetivas - turismo em Portugal regiões: Norte (V). Nos últimos sete anos, os passageiros (voos internacionais) desembarcados na região Norte cresceram a uma taxa média anual superior a 12%, atingindo, em 2012, mais de 2.5 milhões, mais 1.45 milhões que em As low cost assumiram o principal protagonismo, com um crescimento médio anual superior a 38%. Em 2011, assumiram quase metade do tráfego de passageiros no segmento regular (11.8% em 2005). A Ryanair, que em 2009 inaugurou uma base operacional no aeroporto do Porto, tem sido a principal impulsionadora desta evolução, assumindo mais de 38% do tráfego de passageiros no referido segmento (8.3% em 2005) Passageiros desembarcados (voos internacionais) na região Norte, (Milhões) % TCMA Companhias low cost, segmento regular, share de passageiros, 2005 e 2011 (Percentagens) Ryanair EasyJet Air Berlin Tradicionais Low cost Charters Fontes: Turismo de Portugal, INAC, ES Research. 115

117 Perspetivas - turismo em Portugal regiões: Norte (VI). Classificado pelo ACI 1, pelo sexto ano consecutivo, como um dos três melhores da Europa na sua categoria, o aeroporto do Porto tem registado uma evolução assinalável nos últimos anos, assumindo o maior crescimento médio anual de passageiros de voos internacionais desembarcados a nível nacional. Com um tráfego de menos de quatro milhões de passageiros em 2007, o Aeroporto Francisco Sá Carneiro ultrapassou o tráfego dos aeroportos da região da Galiza em 2008, para superar os cinco milhões de passageiros em 2010 e, no ano imediatamente a seguir, os seis milhões, que representam um tráfego 56% superior ao dos três aeroportos da referida região Passageiros desembarcados (voos internacionais) nos aeroportos nacionais, crescimento médio anual (Percentagens) Açores Funchal -3.9% TCMA Tráfego no aeroporto do Porto versus tráfego nos aeroportos da Galiza, (Milhares de passageiros) % TCMA Porto Lisboa Faro Aeroporto do Porto Aeroportos da Galiza Fontes: Turismo de Portugal, ANA, AENA, ES Research. 1 Airports Council International. 116

118 Perspetivas - turismo em Portugal regiões: Norte (VII). Nos últimos três anos, o movimento de passageiros de cruzeiros na região Norte apresenta um notável crescimento de mais de 372%, ultrapassando, em 2012, os 75 mil, mais cerca de 60 mil que em A região assume o maior crescimento a nível nacional, no referido período. Passageiros de cruzeiros na região Norte, (Milhares) Passageiros de cruzeiros por região, variação (Percentagens) Algarve Norte Açores Madeira Lisboa Fontes: Turismo de Portugal, APL, ES Research. 117

119 Perspetivas - turismo em Portugal regiões: Norte (VIII). Os cruzeiros no Douro operados pela Douro Azul têm registado evolução assinalável, com o consequente reflexo na atividade turística e na economia da região. Com um investimento de cerca de EUR 100 milhões, nos últimos dez anos, no crescimento da sua frota, o volume de passageiros transportados superou os 13 mil, em 2012 (4.7 mil em 2005), e as dormidas mais de 96 mil (32.7 em 2005), correspondendo a uma taxa de crescimento médio anual de 17%, nos últimos sete anos. Com a introdução de dois novos navios hotel em 2013, a previsão para 2014 aponta para dormidas superiores a 200 mil. Reino Unido, Alemanha e EUA representam quase dois terços da procura para os cruzeiros da Douro Azul, constatando-se, contudo, ao longo do tempo, um aumento do leque de nacionalidades na origem dos seus passageiros, demonstrando o interesse crescente pelo produto. Douro Azul, passageiros transportados e dormidas, P (Milhares) 23 Douro Azul, turistas segundo a nacionalidade, 2012 (Percentagens) 22 17% TCMA p 2014p Reino Unido Alemanha EUA Suiça Áustria Portugal Passageiros transportados Dormidas Fontes: Douro Azul, ES Research. 118

120 Perspetivas - turismo em Portugal regiões: Norte (IX). Entre 2009 e 2011, abriram no Porto 18 hotéis, 15 dos quais nas categorias até três estrelas que, no final de 2011, representavam quase dois terços das unidades hoteleiras da cidade. A capacidade de alojamento na hotelaria cresceu ao ritmo de 8% ao ano, no período , situando-se em mais de oito mil camas, em Nos últimos anos, a cidade registou um aumento significativo na sua oferta de alojamento local através dos Hostels e Guest Houses, que têm demonstrado uma dinâmica considerável (nos últimos cinco anos terão aberto perto de 30) e têm tido reconhecimento internacional pelas excelentes condições que oferecem, posicionando-se no top dos rankings mundiais deste tipo de unidades. A reabilitação de edifícios antigos, com aposta em decoração e mobiliário com design jovem, moderno e apelativo, algumas vezes associados a temáticas, tem sido a forma privilegiada de expansão destas unidades, que se caracterizam também pela exploração familiar e próxima dos seus hóspedes. Unidades hoteleiras no Porto segundo a tipologia, 2009 e 2011 (Número) Capacidade de alojamento nos hotéis do Porto, (Milhares de camas) % TCMA e 2* 3* 4* 5* Fontes: INE, Turismo do Porto e Norte, ES Research. 119

121 Perspetivas - turismo em Portugal regiões: Norte (X). Acompanhando o crescimento do movimento do Aeroporto Francisco Sá Carneiro, as dormidas no Porto cresceram mais de 5% ao ano entre 2007 e 2011, com as dormidas de estrangeiros a assumirem um crescimento superior a 7%. Só entre 2009 e 2011, estas cresceram mais de 36%. Eleita melhor destino europeu 2012, pela European Consumers Choice, e distinguida como um dos destinos top 2013 pelo New York Times, a cidade atrai sobretudo espanhóis, franceses, italianos, alemães e britânicos. Dormidas no Porto, 2007, 2009 e 2011 (Milhares) Dormidas de não residentes no Porto, top 5 de mercados, 2011 (Milhares) 7.2% TCMA dos não residentes mil Var mil Var mil Var Espanha França Itália Alemanha Reino Unido Residentes Não residentes Fontes: INE, ES Research. 120

122 Perspetivas - turismo em Portugal regiões: Norte (XI). A taxa de ocupação (cama) nos hotéis do Porto teve evolução positiva nos últimos anos, apresentando um crescimento de 5.3 pp entre 2009 e A desagregação segundo as várias tipologias mostra que o crescimento é comum às categorias de três, quatro e cinco estrelas, sendo na segunda que aquele é mais acentuado. Taxa de ocupação (cama) nos hotéis do Porto, (Percentagens) Taxa de ocupação (cama) nos hotéis do Porto segundo a tipologia, (Percentagens) pp Variação n.d Fontes: INE, ES Research. 3* 4* 5*

123 Perspetivas - turismo em Portugal regiões: Norte (XII). O Porto tem vindo a ganhar posições no ranking de eventos ICCA 1. Em 2012, a cidade acolheu mais treze eventos que em 2009 (uma variação de 45%), posicionando-se na 26ª posição do ranking europeu, subindo cinco lugares face ao ano anterior, ficando à frente de cidades como Milão, Hamburgo e/ou Sevilha, entre outras. Porto eventos ICCA 1, (Número) Eventos ICCA 1, ranking europeu de cidades, 2012 (Número) 45% Var Viena Paris Berlim Madrid Barcelona Londres Copenhaga Istambul Amesterdão Praga Estocolmo Bruxelas Lisboa Porto 42 26º 1 International Congress and Convention Association. Consideram-se os encontros com mais de 50 participantes, regulares e que já tenham percorrido pelo menos 3 países (encontros governamentais excluídos). Fontes: INE, ES Research. 122

124 Perspetivas - turismo em Portugal regiões: Norte (XIII). Um inquérito aos turistas que visitaram o Porto e Norte de Portugal em 2011 e 2012 revela que globalmente aqueles ficaram bastante satisfeitos com o destino e apresentam intenção de voltar e/ou de o recomendar. A beleza natural, a gastronomia e o património foram os principais motivos de escolha da região. Cerca de 70% dos turistas que visitaram a região tinham entre 19 e 40 anos, mais de metade tinham formação superior e mais de 80% auferiam rendimentos entre EUR mil e EUR 3 mil. No último trimestre de 2012, o gasto médio dos turistas que visitaram a região subiu 15% face ao período homólogo de Perfil dos turistas que visitam o Porto e Norte de Portugal, resultados selecionados, 2011 e 2012 (Percentagens) Motivos de escolha do Porto e Norte de Portugal Gastronomia Património Beleza natural Totalmente satisfeitos Vão recomendar o destino Frequência de visita à região (2 a 3 vezes por ano) Fontes: IPDT, Turismo do Porto e Norte de Portugal, ES Research. 123

125 Perspetivas - turismo em Portugal regiões: Norte (XIV). A estratégia de desenvolvimento prevista no PENT para a região Norte define a aposta nos mercados em crescimento (França, Brasil, Itália, Holanda e Bélgica), alavancando as operações aéreas de baixo custo. A consolidação dos mercados de Portugal e Espanha (neste em especial a Galiza) deve incidir nas férias de curta duração fora da época alta, tirando partido da facilidade de acessos. A região deve apostar em cinco produtos principais para desenvolver a sua oferta: circuitos turísticos, religiosos e culturais, turismo de saúde, estadias de curta duração em cidade, turismo de natureza e de negócios. Produtos Sol e mar Consolidado Desenvolvimento Complementar Emergente Turismo de saúde Estadias de curta duração em cidade Circuitos turísticos, religiosos e culturais Gastronomia e vinhos Turismo de natureza Golfe Turismo náutico Turismo de negócios Turismo residencial Fontes: PENT, ES Research. 124

126 Perspetivas - turismo em Portugal regiões: Centro (I). A capacidade de alojamento na região Centro cresceu, na última década, a uma taxa média anual de 2.9%, atingindo, em 2012 (Julho), mais de 41 mil camas, mais 10.5 mil que em Com 423 estabelecimentos hoteleiros, dos quais mais de 60% são hotéis, a região dispõe da quarta maior capacidade de alojamento a nível nacional. Nos últimos três anos, abriram 88 novos hotéis na região, mais de 70% dos quais de categorias até 3 estrelas (que concentram mais de três quartos da oferta hoteleira da região). Capacidade de alojamento na região Centro, 2002, 2005 e Julho 2012 (Milhares de camas) Hotéis na região Centro segundo a tipologia, 2009 e Julho 2012 (Unidades) 2.9% TCMA Julho Jul e 2* 3* 4* 5* Fontes: INE, ES Research. 125

127 Perspetivas - turismo em Portugal regiões: Centro (II). Em 2012, as dormidas na região Centro superaram os 3.7 milhões, das quais mais de 39% foram realizadas por não residentes, quase 1.48 milhões que representam um crescimento médio anual de 4% desde Os turistas espanhóis, franceses, italianos, alemães e brasileiros são os que mais pernoitam na região, assumindo quase dois terços das dormidas de estrangeiros. Destaca-se a ascensão do Brasil a quinto mercado mais importante da região registando, nos três últimos anos, um crescimento superior a 48 mil dormidas. Em sentido contrário, regista-se a evolução do principal mercado estrangeiro para a região (Espanha) que, só no último ano, registou uma quebra superior a 54 mil dormidas. Dormidas na região Centro, 2002, 2005 e 2012 (Milhares) 4% TCMA dos não residentes Dormidas de não residentes na região Centro, top 5 de mercados, 2012 (Milhares) - 31 mil Var mil Var mil Var Espanha França Itália Alemanha Brasil Residentes Não residentes Fontes: INE, ES Research. 126

128 Perspetivas - turismo em Portugal regiões: Centro (III). As taxas de ocupação (quarto) na região Centro têm vindo a decrescer nos últimos cinco anos situandose, em 2012, nos 36% - menos 7 pp que no período pré-crise. O RevPar tem-se mantido relativamente estável, tendo caído EUR 2 em 2012, situando-se nos EUR 17, valor EUR 4 abaixo dos valores pré-crise. Taxa de ocupação 1 (quarto) na região Centro, (Percentagens) REVPAR 1 na região Centro, (EUR) pp Variação EUR 4 Variação Fontes: INE, Turismo de Portugal, ES Research. 1 Inclui hotéis, hotéis apartamento, pousadas e outros. 127

129 Perspetivas - turismo em Portugal regiões: Centro (IV). Em 2012 a região Centro passou a contar com mais seis unidades hoteleiras, num total de 366 quartos, cerca de 21% do total a nível nacional, todas da categoria de quatro estrelas. Para 2013 está prevista a abertura de mais cinco unidades, mais 360 quartos, cerca de 14% do previsto para o país. Dois pertencem à categoria de cinco estrelas e os restantes à de quatro estrelas. Abertura de unidades hoteleiras na região Centro 1, 2012 Previsão de abertura de unidades hoteleiras na região Centro 1, 2013 Categoria Nome Concelho Quartos Categoria Nome Concelho Quartos 4* 4* Palace Hotel & Spa Termas de S. Miguel Palace Hotel & Spa Termas de S. Tiago Fornos de Algodres 146 Penamacor 99 5* Pousada da Serra da Estrela Covilhã 92 5* Hilton Bom Sucesso Óbidos 120 4* Hotel Villa Montemor Montemor-o-Velho 36 4* Hotel Magic Art Nazaré 17 4* Villa Pampilhosa Hotel Pampilhosa da Serra 52 4* HD Duecitânia Design Hotel Penela 42 4* Hotel Golden Tulip Águeda Águeda 83 4* Maçarico Beach Hotel (reconversão) Mira 30 4* Hotel Rural Quinta Madre de Água Gouveia 10 Fontes: Worx, ES Research. 1 Segundo estudo da Worx. 128

130 Perspetivas - turismo em Portugal regiões: Centro (V). A estratégia de desenvolvimento prevista no PENT para a região Centro define que a zona circunscrita a um raio de 100 km a 150 km a partir da cidade do Porto deve assumir uma estratégia de mercados alinhada com os mercados definidos para a região Norte. A estratégia de mercados para a região interior, em particular para a Serra da Estrela, deve passar pela manutenção da dinâmica de crescimento do mercado dos residentes nacionais e a diversificação a novos mercados e segmentos, sobretudo lusodescendentes de 2ª e 3ª geração. A região deve estruturar a oferta de circuitos turísticos, religiosos e culturais, de turismo de saúde e de natureza para a sua promoção internacional. Produtos Sol e mar Consolidado Desenvolvimento Complementar Emergente Turismo de saúde Estadias de curta duração em cidade Circuitos turísticos, religiosos e culturais Gastronomia e vinhos Turismo de natureza Golfe Turismo náutico Turismo de negócios Turismo residencial Fontes: PENT, ES Research. 129

131 Perspetivas - turismo em Portugal regiões: Alentejo (I). A capacidade de alojamento na região do Alentejo cresceu, na última década, a uma taxa média anual de 5%, atingindo, em 2012 (Julho), mais de 13 mil camas, mais 5.3 mil que em Com 160 estabelecimentos hoteleiros, dos quais 45% são hotéis, a região dispõe da sexta capacidade de alojamento a nível nacional. Nos últimos três anos, abriram 34 novos hotéis na região, 28 dos quais de categorias até 3 estrelas (que concentram mais de 70% da oferta hoteleira da região). Capacidade de alojamento na região do Alentejo, 2002, 2005 e Julho 2012 (Milhares de camas) Hotéis na região do Alentejo segundo a tipologia, 2009 e Julho 2012 (Unidades) 5% TCMA Julho Julho e 2* 3* 4* 5* Fontes: INE, ES Research. 130

132 Perspetivas - turismo em Portugal regiões: Alentejo (II). Em 2012, as dormidas na região do Alentejo superaram os 1.1 milhões, das quais mais de 30% foram realizadas por não residentes, cerca de 355 mil que representam um crescimento médio anual superior a 3% desde Os turistas espanhóis, britânicos, franceses, brasileiros e alemães foram os que mais pernoitaram na região, assumindo praticamente 62% das dormidas de estrangeiros. Destaca-se a ascensão do Reino Unido e do Brasil a segundo e quarto mercados mais importantes da região, respetivamente, registando, nos três últimos anos, um crescimento superior a 42 mil dormidas. Dormidas na região do Alentejo, 2002, 2005 e 2012 (Milhares) Dormidas de não residentes na região do Alentejo, top 5 de mercados, 2012 (Milhares) 3.2% TCMA dos não residentes mil Var mil Var Espanha Reino Unido França Brasil Alemanha Residentes Não residentes Fontes: INE, ES Research. 131

133 Perspetivas - turismo em Portugal regiões: Alentejo (III). As taxas de ocupação (quarto) na região do Alentejo, decresceram 3 pp, entre 2008 e 2010, tendo recuperado um pouco em 2011, mas voltando a cair em 2012, para se situar nos 40% - menos 3.4 pp que no período pré-crise. O RevPar tem vindo a decrescer, nos últimos cinco anos, com exceção do ano 2011 em que se registou uma ligeira recuperação, para se fixar nos EUR 23.2, em 2012 EUR 3.8 abaixo dos valores pré-crise. Taxa de ocupação 1 (quarto) na região do Alentejo, (Percentagens) REVPAR 1 na região do Alentejo, (EUR) pp Variação EUR 3.8 Variação Fontes: INE, Turismo de Portugal, ES Research. 1 Inclui hotéis, hotéis apartamento, pousadas e outros. 132

134 Perspetivas - turismo em Portugal regiões: Alentejo (IV). Em 2013 está prevista a abertura de cinco unidades hoteleiras na região do Alentejo, mais 228 quartos, cerca de 8.7% do previsto para o país. Dois pertencem à categoria de cinco estrelas, um à de quatro estrelas, um à de três estrelas e um à de duas estrelas. Previsão de abertura de unidades hoteleiras na região do Alentejo 1, 2013 Categoria Nome Concelho Quartos 5* Hotel Herdade Torre da Palma Monforte 19 5* Alentejo Marmoris Hotel & Spa Vila Viçosa 45 4* Monte Filipe Hotel & Spa Nisa 50 3* Hotel Villa Aljustrel Aljustrel 33 2* B&B Évora Évora 81 Fontes: Worx, ES Research. 1 Segundo estudo da Worx. 133

135 Perspetivas - turismo em Portugal regiões: Alentejo (V). A estratégia de desenvolvimento prevista no PENT para a região do Alentejo passa pelos mercados em crescimento, Portugal e Espanha. A abordagem aos outros mercados deve articular-se preferencialmente com Lisboa, principal porta de entrada na região dos mercados internacionais, com exceção de Espanha, e, em função das oportunidades, também com o Algarve e o Centro. O Alentejo deve apostar nos circuitos turísticos, religiosos e culturais como produto dinamizador do turismo na região. Produtos Sol e mar Consolidado Desenvolvimento Complementar Emergente Turismo de saúde Estadias de curta duração em cidade Circuitos turísticos, religiosos e culturais Gastronomia e vinhos Turismo de natureza Golfe Turismo náutico Turismo de negócios Turismo residencial Fontes: PENT, ES Research. 134

136 Perspetivas - turismo em Portugal regiões: Algarve (I). A capacidade de alojamento na região do Algarve cresceu, na última década, a uma taxa média anual de 1.4%, atingindo, em 2012 (Julho), mais de 107 mil camas, mais 13.8 mil que em Com 433 estabelecimentos hoteleiros, a região dispõe da maior capacidade de alojamento a nível nacional, distribuída de forma praticamente similar entre apartamentos, hotéis e hotéis apartamento. Nos últimos três anos, abriram 24 hotéis na região, um terço dos quais da categoria de quatro e cinco estrelas. Os hotéis de três e quatro estrelas representam mais de dois terços da oferta hoteleira da região. Capacidade de alojamento na região do Algarve, 2002, 2005 e Julho 2012 (Milhares de camas) Hotéis na região do Algarve segundo a tipologia, 2009 e Julho 2012 (Unidades) 1.4% TCMA Julho Jul e 2* 3* 4* 5* Fontes: INE, ES Research. 135

137 Perspetivas - turismo em Portugal regiões: Algarve (II). Em 2012, as dormidas na região do Algarve quase alcançaram os 14.4 milhões, das quais três quartos foram realizadas por não residentes, mais de 10.8 milhões, valor que se aproxima do registado em 2006 e que representa um decréscimo médio anual de 0.5% desde Nos últimos três anos, a região recuperou mais de 1.5 milhões de dormidas de estrangeiros. Os turistas britânicos, holandeses, alemães, irlandeses e espanhóis são os que mais pernoitam na região, assumindo 82% do total de dormidas de estrangeiros. Nos três últimos anos, os mercados britânico, holandês e irlandês assumiram um crescimento assinalável, com este último a reganhar a quarta posição, suplantando o mercado espanhol que, só no último ano registou menos quase 150 mil dormidas na região. Dormidas na região do Algarve, 2002, 2005, 2009 e 2012 (Milhares) Dormidas de não residentes na região do Algarve, top 5 de mercados, 2012 (Milhares) -0.5% TCMA dos não residentes mil Var mil Var mil Var Reino Unido Holanda Alemanha Irlanda Espanha Residentes Não residentes Fontes: INE, ES Research. 136

138 Perspetivas - turismo em Portugal regiões: Algarve (III). A taxa de ocupação (quarto) na região do Algarve decresceu consideravelmente em 2009 face aos dois anos anteriores, tendo vindo a recuperar ligeiramente nos últimos dois anos, situando-se, em 2012, nos 56%, valor ainda 7 pp inferior aos valores registados no período pré-crise. O RevPar desceu EUR 4 em 2009, tendo-se mantido estável desde então, recuperando EUR 1 em 2012, para se fixar nos EUR 38, ainda abaixo dos valores pré-crise (EUR 41). Taxa de ocupação 1 (quarto) na região do Algarve, (Percentagens) REVPAR 1 na região do Algarve, (EUR) pp Variação EUR 3 Variação Fontes: INE, ES Research. 1 Inclui hotéis, hotéis apartamento, pousadas e outros. 137

139 Perspetivas - turismo em Portugal regiões: Algarve (IV). Em 2012, o Algarve passou a contar com mais duas unidades hoteleiras, num total de 177 quartos, cerca de 10% do total a nível nacional, uma da categoria de três estrelas e outra de cinco. Para 2013 está prevista a abertura de duas unidades, mais 480 quartos, cerca de 18% do previsto para o país. As duas pertencem à categoria de cinco estrelas e ao concelho de Albufeira. Abertura de unidades hoteleiras na região do Algarve 1, 2012 Previsão de abertura de unidades hoteleiras na região do Algarve 1, 2013 Categoria Nome Concelho Quartos Categoria Nome Concelho Quartos 5* Conrad Algarve Loulé 154 3* HR Albufeira Lounge Albufeira 23 5* Vidamar Resorts Algarve Albufeira 250 5* Epic Sana Algarve Hotel Albufeira 229 Fontes: Worx, ES Research. 1 Segundo estudo da Worx. 138

140 Perspetivas - turismo em Portugal regiões: Algarve (V). Nos últimos sete anos, os passageiros (voos internacionais) desembarcados na região do Algarve cresceram a uma taxa média anual de 2.5%, atingindo, em 2012, cerca de 2.65 milhões, mais 420 mil que em As low cost assumiram o maior crescimento (mais de 8% ao ano, em média), assumindo, em 2011, 87% do tráfego de passageiros no segmento regular (57% em 2005). Sendo a primeira infraestrutura nacional a registar voos operados por companhias low cost (em 1995, com a Air Berlim em rotas com destino ao mercado alemão), é no aeroporto de Faro que aquelas registam a maior quota de mercado. A Ryanair, que abriu uma base operacional no Aeroporto de Faro em 2010, passou, a partir desse ano, a assumir a liderança no tráfego de passageiros, em detrimento da EasyJet. Passageiros desembarcados (voos internacionais) na região do Algarve, (Milhões) Companhias low cost, segmento regular, share de passageiros, 2005 e 2011 (Percentagens) % TCMA Ryanair EasyJet Monarch Tradicionais Low cost Charters Fontes: Turismo de Portugal, INAC, ES Research. 139

141 Perspetivas - turismo em Portugal regiões: Algarve (VI). Depois de quase ter duplicado o movimento de passageiros de cruzeiros entre 2009 e 2011, alcançando quase 45 mil, o Algarve registou, em 2012, uma queda de mais de 26 mil passageiros de cruzeiros (60%) face ao ano anterior, sendo a única região a assumir uma evolução negativa, passando a ser a região com menos movimento de passageiros de cruzeiros. Passageiros de cruzeiros na região do Algarve, (Milhares) Passageiros de cruzeiros por região, variação (Percentagens) mil Var Algarve Norte Açores Madeira Lisboa Fontes: Turismo de Portugal, ES Research

142 Perspetivas - turismo em Portugal regiões: Algarve (VII). Principal destino de golfe do país, concentrando mais de metade dos campos existentes, o Algarve tem sido reconhecido pela qualidade e reputação dos seus campos, alguns dos quais figuram em lugares de destaque nos principais rankings da Europa Continental e a região já foi várias vezes premiada como destino de golfe, nomeadamente nos dois últimos anos. Em 2011 e 2012, o número de voltas na região situou-se no milhão, com um share do mercado britânico acima dos 70% Algarve, voltas de golfe, (Milhares) Fontes: Associação de Turismo do Algarve, Today s Golfer, ES Research. 141

143 Perspetivas - turismo em Portugal regiões: Algarve (VIII). Com infraestruturas de qualidade, reconhecidas e premiadas, e propriedades com localização única, o Algarve tem sido um dos destinos preferidos dos britânicos 1 para compra de uma segunda residência no estrangeiro, tendo-se mantido nos radares daqueles compradores nos últimos anos, ao contrário de outros destinos tradicionais cuja confiança foi afetada (e.g. Espanha). Aquisição de propriedades prime no Algarve segundo a origem do investidor, 2011 (Percentagens) Reino Unido Resto da Europa Portugal Resto do Mundo Ásia Pacifíco Rússia e CIS Espanha EUA Procura nos websites da Knight Frank, aumento de interesse pelo Algarve, 2011 (Percentagens) Website global Website do Reino Unido 100% 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% Localização das segundas residências dos britânicos no estrangeiro, versus (Percentagens) 0% 2000/ /2011 França Espanha EUA+Canadá Portugal Chipre Itália Caraíbas Outros (Europa) Outros (fora Europa) Fontes: WTA, A Place in the Sun, Knight Frank, Savills International Research, ES Research. 1 Principais compradores europeus de segundas residências no estrangeiro. 142

144 Perspetivas - turismo em Portugal regiões: Algarve (IX). No mercado residencial de luxo, onde os compradores investem, sobretudo, motivados pelo lifestyle, embora também conscientes do potencial de valorização da sua propriedade, o Algarve tem-se mantido no top dos destinos favoritos e alguns dos seus resorts apresentam das melhores performances. Preços médios na Quinta do Lago 1, (EUR m 2 ) Preços mais elevados em destinos de férias seleccionados, 2011 (EUR milhares m 2 ) Marrocos Marraqueche PORTUGAL Lagos Ilhas Virgens Britãnicas ESPANHA Maiorca PORTUGAL Qta do Lago ITÁLIA Chianti EUA Sarasota GRÉCIA Corfu ITÁLIA Veneza EUA Miami ITÁLIA Porto Cervo SUIÇA Verbier FRANÇA St. Tropez FRANÇA Cap Ferrat MONACO Fontes: Savills International Research, ES Research. 1 Baseado numa vivenda de m

145 Perspetivas - turismo em Portugal regiões: Algarve (X). Cerca de 70% dos participantes na pesquisa para o Algarve Residential Tourism Market 2012 relataram um aumento de confiança do mercado consumidor, ofertas e transações. O perfil dos compradores assenta na exigência, focada na qualidade e no valor, com o motivo de compra focado principalmente na residência permanente e/ou reforma. Os produtos de topo de mercado, nas principais áreas costeiras e de evolução reconhecida apresentam a menor variação de preços de oferta (face ao ano anterior), com as visitas a moradias de luxo e/ou isoladas a representar 50% e as transações acima de EUR um milhão 27%. Os britânicos continuam a representar quase metade das transações. 70 Algarve Residential Tourism Market 2012, resultados selecionados (Percentagens) Participantes que relataram aumento de confiança do mercado consumidor, ofertas e transações Operações de valor entre EUR 250 mil e EUR 500 mil Operações de valor acima de EUR um milhão Aumento (face a Visitas relacionadas 2011) nas transações com moradias de luxo entre EUR 100 mil e e/ou isoladas EUR 500 mil Motivo de compra relacionado com residência permanente e/ou reforma Motivo de compra relacionado com férias Share dos britânicos nas transações Fontes: ILM Group, Property Lynx, ES Research. 144

146 Perspetivas - turismo em Portugal regiões: Algarve (XI). A estratégia de desenvolvimento prevista no PENT para o Algarve passa pela aposta nos mercados em crescimento, com destaque para a França, Polónia e Rússia, e na revitalização dos consolidados, com a fidelização de Portugal e Reino Unido/Irlanda e novo impulso aos setores mais dinâmicos da Holanda e Alemanha. Para além do tradicional sol e mar e do golfe, a região deve apostar em mais cinco produtos para atenuar a sazonalidade e completar a oferta: turismo de saúde, de natureza, náutico, de negócios e residencial. Produtos Sol e mar Consolidado Desenvolvimento Complementar Emergente Turismo de saúde Estadias de curta duração em cidade Circuitos turísticos, religiosos e culturais Gastronomia e vinhos Turismo de natureza Golfe Turismo náutico Turismo de negócios Turismo residencial Fontes: PENT, ES Research. 145

147 Perspetivas - turismo em Portugal regiões: Algarve (XII). Numa iniciativa do Turismo do Algarve, lançada em colaboração com diversas entidades e personalidades do setor, com o objetivo de promover o crescimento sustentado da região, foi lançado, recentemente, o Memorando Turístico do Algarve Propostas para uma Região Sustentável, onde são identificados cinco pilares de atuação para o desenvolvimento futuro do turismo no Algarve, consubstanciados em cerca de 30 ideias. ACESSIBILIDADES AÉREAS Reduzir as taxas aeroportuárias Assegurar os interesses regionais perante a nova gestão da ANA Diversificar a rede de transportes que cobre o aeroporto Angariar novas rotas e reforçar as existentes Maximizar a operação das low cost PROMOÇÃO TURÍSTICA Auscultar os operadores turísticos e apoiar a sua atividade Apostar em mercados emissores que atenuem a sazonalidade Aprofundar o social media marketing Beneficiar das oportunidades do online Garantir a visibilidade da região em feiras de turismo Estreitar o relacionamento com o Turismo do Alentejo Incluir a região no pacote Portugal Melhorar a imagem e a notoriedade do destino nos media COMPETITIVIDADE FISCAL Reduzir a taxa de IVA no golfe e na restauração Equacionar a isenção do imposto sobre veículos Terminar com a cobrança de portagens na Via do Infante PRODUTOS TURÍSTICOS Consolidar os produtos prioritários para a região especificados no PENT Atender a segmentos alternativos de oferta Fontes: Turismo do Algarve, ES Research. MODERNIZAÇÃO E EFICÁCIA DO DESTINO Rejuvenescer o produto e a marca Algarve Reforçar a imagem de destino seguro Simplificar a burocracia Aperfeiçoar a informação turística Estabelecer parcerias públicas e privadas Rever o Plano de Ordenamento da Orla Costeira Fomentar a formação profissional Requalificar a EN 125 Dinamizar uma agenda de eventos nas épocas média e baixa Melhorar a rede de transportes públicos Criar grupos de trabalho entre players Dar continuidade ao memorando 146

148 Perspetivas - turismo em Portugal regiões: Açores (I). A capacidade de alojamento na Região Autónoma dos Açores cresceu, na última década, a uma taxa média anual de quase 5%, atingindo, em 2012 (Julho), cerca de 8.6 mil camas, mais 3.2 mil que em Com 79 estabelecimentos hoteleiros, dos quais mais de 55% são hotéis, a região dispõe da capacidade de alojamento mais baixa a nível nacional. Nos últimos três anos, abriram 6 novos hotéis na região, 4 na categoria de 1 e 2 estrelas e 2 na categoria de 4 estrelas (que concentra quase metade da oferta hoteleira). Capacidade de alojamento na Região Autónoma dos Açores, 2002, 2005 e Julho2012 (Milhares de camas) Hotéis na Região Autónoma dos Açores segundo a tipologia, 2009 e Julho 2012 (Unidades) 4.8% TCMA Julho Julho e 2* 3* 4* Fontes: INE, ES Research. 147

149 Perspetivas - turismo em Portugal regiões: Açores (II). Em 2012, as dormidas na Região Autónoma dos Açores ultrapassaram as 956 mil, das quais mais de 57% foram realizadas por não residentes, cerca de 550 mil, que representam um crescimento médio anual de 5% desde 2002, mas um decréscimo de mais de 100 mil dormidas face aos valores recorde no período Os mercados nórdicos, tradicionais principais mercados de turistas estrangeiros para a região, têm vindo a perder peso nas dormidas do arquipélago, em detrimento de mercados como o alemão e o espanhol que, só nos últimos três anos, assumiram um crescimento de 80 mil dormidas. Dormidas na Região Autónoma dos Açores, 2002, 2005 e 2012 (Milhares) 5% TCMA dos não residentes Dormidas de não residentes na Região Autónoma dos Açores, top 5 de mercados, 2012 (Milhares) + 39 mil Var mil Var mil Var mil Var Residentes Não residentes Alemanha Espanha Holanda Suécia Dinamarca Fontes: INE, SREA, ES Research. 148

150 Perspetivas - turismo em Portugal regiões: Açores (III). A taxa de ocupação (quarto) na Região Autónoma dos Açores decresceu 6 pp em 2009, face aos dois anos anteriores, tendo-se mantido nos 43% até 2011, para voltar a cair em 2012, situando-se nos 41.6%, valor 6.4 pp inferior aos valores registados no período pré-crise. O RevPar tem vindo a decrescer desde 2007, fixando-se nos EUR 21.5 em 2012, valor EUR 7.5 inferior aos verificados nos anos pré-crise. Taxa de ocupação 1 (quarto) na Região Autónoma dos Açores, (Percentagens) REVPAR 1 na Região Autónoma dos Açores, (EUR) pp Variação EUR 7.5 Variação Fontes: INE, ES Research. 1 Inclui hotéis, hotéis apartamento, pousadas e outros. 149

151 Perspetivas - turismo em Portugal regiões: Açores (IV). Em 2012, cerca de 91 mil passageiros (voos internacionais) desembarcaram nos aeroportos da Região Autónoma dos Açores, valor que faz com que a região seja a única a assumir um crescimento médio anual negativo, nos últimos sete anos. A repartição destes por tipologia de voo alterou-se significativamente, com as companhias tradicionais a assumirem, nos últimos quatro anos, o share que antes pertencia às charters. Passageiros desembarcados (voos internacionais) na Região Autónoma dos Açores, (Milhões) Passageiros desembarcados (voos internacionais) nos aeroportos nacionais, crescimento médio anual (Percentagens) Açores Tradicionais Low cost Charters Porto Lisboa Faro Madeira -1.5 Fontes: Turismo de Portugal, ES Research. 150

152 Perspetivas - turismo em Portugal regiões: Açores (V). Nos últimos três anos, o movimento de passageiros de cruzeiros na Região Autónoma dos Açores registou um crescimento superior a 140%, segundo maior a nível nacional, superando, em 2012, os 102 mil. Para revitalizar o turismo e tornar a região e o arquipélago um ponto de referência, em pleno Oceano Atlântico, das principais rotas internacionais, o Governo Regional requalificou o Porto de Ponta Delgada e construiu o Terminal Marítimo para Cruzeiros e Ferries. O projeto Portas do Mar, inaugurado em Julho de 2008, foi premiado pelo Turismo de Portugal em 2009, depois de já ter sido finalista do Port of The Year 2008, organizado pela SeaTrade Insider Cruise Awards, em Veneza. Passageiros de cruzeiros na Região Autónoma dos Açores, (Milhares) Passageiros de cruzeiros por região, variação (Percentagens) + 60 mil Variação Algarve Norte Açores Madeira Lisboa Fontes: Turismo de Portugal, Administração dos Portos das Ilhas de S. Miguel e Santa Maria, Portas do Mar, ES Research. 151

153 Perspetivas - turismo em Portugal regiões: Açores (VI). A estratégia de desenvolvimento prevista no PENT para a Região Autónoma dos Açores passa por dinamizar os mercados de crescimento (Alemanha e Holanda) e por revitalizar os mercados de consolidação (Escandinávia e Portugal). Os mercados de diversificação deverão ser objeto de desenvolvimento em função das oportunidades. Classificada, pelo segundo ano consecutivo, como melhor destino turístico verde da Europa 1, a região deve enfocar os esforços de desenvolvimento nos produtos turismo de natureza, nas suas várias vertentes, e nos circuitos turísticos, religiosos e culturais. Produtos Sol e mar Turismo de saúde Consolidado Desenvolvimento Complementar Emergente Estadias de curta duração em cidade Circuitos turísticos, religiosos e culturais Gastronomia e vinhos Turismo de natureza Golfe Turismo náutico Turismo de negócios Turismo residencial Fontes: PENT, EUCC, ES Research. 1 Nos prémios anuais QualityCoast da European Coastal & Marine Union (EUCC). 152

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