Novas plataformas revertem queda de produção de petróleo

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1 Brasil Econom ico INDICADORES Ações da Embraer ON (em R$) 19,20 18,81 18,85 18,89 26/12 27/12 30/12 18, /12 02/01 PUBLISHER RAMIRO ALVES. CHEFE DE REDAÇÃO OCTÁVIO COSTA. EDITORA CHEFE SONIA SOARES. EDITORA CHEFE (SP) ADRIANA TEIXEIRA. SEXTA-FEIRA E FIM DE SEMANA, 3, 4 E 5 DE JANEIRO DE ANO 5. Nº R$ 3,00 Novas plataformas revertem queda de produção de petróleo Márcio Mercante Em queda desde 2011, o volume de petróleo extraído no país volta a crescer este ano, com o início de operações de uma série de embarcações da Petrobras. A estatal prevê adicionar, até o mês de junho, uma capacidade de 500 mil barris por dia, o equivalente a 25% da produção atual. A alteração da curva deve trazer alívio à balança comercial. P6 EUA Fôlego da indústria se mantém Investimento das empresas continuou a subir em dezembro, com aumento nas contratações de pessoal e nas compras de bens de capital. O índice de novas encomendas atingiu o maior nível desde abril de P24e25 LUXO Renda mais alta aquece o mercado Sob o peso da tributação, o setor de artigos de luxo apresentava desempenho aquém do esperado. Mas agora, segundo especialistas, será beneficiado pelo crescimento da faixa de renda média anual acima de US$ 150 mil. P16 AÇÕES Apimec prevê Bolsa em alta com a economia voltada para o investimento. P20 ESTILO S/A Designer Yara Figueiredo terá suas jóias exibidas em horário nobre de TV. P17 Cisco aposta na demanda tecnológica Rodrigo Dienstmann, presidente da empresa no Brasil, vê oportunidade principalmente nas operadores de telefonia, que precisam reduzir custos sem perder a qualidade. P10e11 AUTOMANIA Na onda dos utilitários, grandes montadoras lançam novos modelos. P13

2 2 Brasil Econômico Sexta-feira e fim de semana, 3, 4 e 5 de Janeiro de 2014 MOSAICO POLÍTICO SÔNIA FILGUEIRAS (interina) soniafilgueiras@brasileconomico.com.br EX-TUCANOS DIFICULTAM O JOGO Com a possibilidade de o ex-governador paulista José Serra não ser candidato na eleição deste ano, cresce a lista de antigos aliados dos tucanos que podem se tornar rivais. Walter Feldman sonha em ser candidato do PSB e trabalha contra o apoio do partido ao governador Geraldo Alckmin. O vereador paulistano Gilberto Natalini (PV), também ex-tucano, é outro que pretende disputar o Palácio dos Bandeirantes. O PV cogita, ainda, ter o ex-deputado Eduardo Jorge, que foi secretário de Serra e Gilberto Kassab na Prefeitura paulista, como presidenciável. Os três se juntam ao próprio Kassab, antigo aliado e hoje pré-candidato do PSD. Muitos deles são próximos de Serra, mas não do tucanato em geral. Além de representarem um problema para Alckmin, elevam o cacife de Serra, avaliam alguns. É muito mais nefasto o juiz não decidir do que decidir mal O PSD está animado com a possibilidade de o PSB não se aliar ao PS- DB em São Paulo. O partido quer uma aliança com os socialistas na disputa ao Palácio dos Bandeirantes. Somos uma alternativa caso eles decidam não se aliar nem ao PT nem ao PSDB. PSD e PSB formaram um bloco na Câmara Municipal durante dois anos, na gestão Kassab, comenta o vereador José Police Neto. Caso o PSB resolva ter candidato próprio, além de Feldman, a deputada Luiza Erundina é outra possibilidade considerada. Em caso de uma composição, o PSD trabalha com um segundo nome que pode ser lançado ao governo paulista ou ao Senado: o expresidente do Banco Central Henrique Meirelles. Outro partido animado com a possibilidade de o PSB buscar uma terceira via é o PDT. O deputado Major Olímpio quer disputar a sucessão de Alckmin e iniciou conversas. Zanone Fraissat/Folha Imagem Daniela Smania/TJSP Pecuária se destaca em lista suja Uma discórdia ainda muito distante do fim José Renato Nalini Presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo Os pecuaristas são um destaque na atualização da lista suja do trabalho escravo divulgada pelo Ministério do Trabalho. O setor liderou as inclusões, com 45 de um total de 110 novos casos. João Bertin Filho, da família que foi proprietária do frigorífico que leva seu sobrenome, é um dos novos integrantes. Donos do frigorífico Frisam/Agropam, José Lopes e seu filho, José Lopes Filho, entram na lista em função de dois flagrantes diferentes em suas propriedades. Wilson Dias/ABr Congresso a reboque do governo O Congresso até esperneou, mas, na ponta do lápis, o Executivo encerrou 2013 mantendo sua decisiva influência na pauta de votações: dos 183 projetos aprovados no ano, 102 foram enviados pelo governo, contra 65 originários do parlamento. Também mostrou-se eficiente o uso, pelo governo, do pedido de urgência (que dá a um projeto prioridade sobre os demais na fila de votação) como expediente para barrar propostas que não lhe interessavam. Na Câmara, 41,94% das sessões deliberativas de 2013 ficaram trancadas (91 de 217 realizadas) por projetos apontados como urgentes, mas sem consenso, levando ao bloqueio de outros temas. Ideli pode ir para os Direitos Humanos A ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, deverá ser mesmo acomodada na Secretaria de Direitos Humanos, caso desista de sair candidata a um cargo eletivo em Seria uma retribuição a sua lealdade no cargo. Uma entrevista-bomba do governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, deixou no Planalto a certeza de que a formação do palanque de Dilma no estado ainda exigirá muita negociação. Tasso avisou que, se Dilma optar por um palanque duplo (incorporando o PMDB) no Rio Grande do Sul, desistiria da reeleição. Seria o mesmo que entregar o governo à oposição. Com Leonardo Fuhrmann CARTAS Cartas para a redação: Rua dos Inválidos, 198, 1º andar, CEP , Lapa, Rio de Janeiro (RJ). redacao@brasileconomico.com.br As mensagens devem conter nome completo, endereço, telefone e assinatura. Em razão de espaço ou clareza, Brasil Econômico reserva-se o direito de editar as cartas recebidas. Mais cartas em Economia deve acertar o rumo com exportações Em primeiro lugar: educação, saúde e cidadania Copa do Mundo não é prioridade para a maioria do povo INDICADORES Ontem foi um novo dia de alta do dólar e do euro frente ao real, e de queda das bolsas, tanto aqui quanto nos Estados Unidos e Europa, repercutindo dados de desaceleração da atividade industrial na China. O país necessita corrigir urgente os rumos da economia sim, criando ambiente para a indústria exportar mais, apostar no carro-chefe deste setor, o agronegócio. O governo deve gastar menos e manter o consumo, a única coisa que segura o crescimento do nosso Produto Interno Bruto (PIB) nos últimos anos. Luiz Roberto Jacques Via Facebook O Brasil não deveria sediar uma Copa do Mundo ou Jogos Olímpicos antes dos próximos 100 anos. Se todos os recursos mal empregados na realização desses eventos fossem usados na educação, teríamos a melhor estrutura de ensino para mostrar ao mundo. Esta Copa feita a toque de caixa, pensando só em estádios, vai ser um fracasso. Luiz Cavalcante São Paulo, SP Acredito que no Brasil mais de 90% da população têm problemas financeiros de solução demorada, não têm assistência justa, não têm casa própria e condições ideais de moradia e não creem em quem votaram. Estes mais de 90% que não serão beneficiados com a Copa não dão a mínima para esse megaevento acontecer no país. Alexandre Rio de Janeiro, RJ TAXAS DE CÂMBIO COMPRA VENDA Dólar comercial (R$ / US$) 2,3890 2,3910 Euro (R$ / E) 3,2703 3,2721 JUROS META EFETIVA Selic (ao ano) 10% 9,9% BOLSAS VAR. % ÍNDICES Bovespa - São Paulo 2, ,25 Dow Jones - Nova York 0, ,86 FTSE Londres 0, ,91

3 BRASIL Editor: Paulo Henrique de Noronha Valter Campanato/ABr Sexta-feira e fim de semana, 3, 4 e 5 de Janeiro de 2014 Brasil Econômico 3 CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA Dobra número de processos contra juízes Um balanço das atividades do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) mostra que, em 2013, o número de processos abertos para investigar magistrados dobrou em relação a Segundo o CNJ, 24 processos foram instaurados no ano passado, resultando no afastamento de 13 magistrados. No ano anterior, 11 ações investigaram a conduta funcional de juízes. ABr ENTREVISTA EDUARDO CUNHA Deputado federal (RJ) e Líder do PMDB na Câmara de Deputados NÃO PODEMOS FICAR DE CÓCORAS PARA O JUDICIÁRIO O líder do PMDB na Câmara, Eduardo Cunha (RJ), marcou posição em 2013, tornando-se um calo no pé do governo. A orientação da bancada é sempre mais importante do que a orientação do governo, até porque eu sou líder da bancada, disse ao Brasil Econômico, para justificar suas posições contundentes. Para 2014, promete esquentar ainda mais o debate, anunciando uma revolta da Câmara contra o Judiciário, na questão do financiamento de campanhas eleitorais: Nós não podemos aceitar ficar de cócoras. AlanMarques/Folhapress Edla Lula elula@brasileconomico.com.br Mariana Mainenti mariana.mainenti@brasileconomico.com.br O senhor ficou com a fama de uma pessoa mais combativa, que foi contra a orientação dogoverno várias vezes... A orientação da bancada é sempre mais importante do que a orientação do governo, até porque sou líder da bancada. Nenhuma das decisões que eu tomei saiu exclusivamente da minha cabeça. Todas as decisões e embates foram por decisões da bancada, o que me legitima na minha posição. A posição da bancada pode eventualmente divergir da do governo, o que não significa que ela está fora da base. Significa apenas que há modos de ver diferentes sobre alguns temas. Houve situações em que o governo precisou da bancada e nós precisamos convencer a bancada a atender aos apelos. Mas não quer dizer que a bancada se curvou ao governo. O senhor pretende se candidatar à Presidência da casa? Uma das razões pela qual eu me elegi e venci o embate difícil para líder do PMDB na Câmara foi exatamente o fato de eu não pretender usar o cargo da liderança para nenhum outro objetivo, nem para candidatura, nem para cargo futuro. Não quero ser ministro, não quero ser presidente da Câmara. Não dependo disso para conquistar o meu eleitorado, que é evangélico, formador de opinião. Um dos temas polêmicos que ficaram para 2014 foi o projeto do MarcoCivildaInternet,queosenhor combateu. O que há de errado no projeto? A bancada do PMDB se manifestou contrária à obrigatoriedade da implantação de datacenters no Brasil. Em relação à neutralidade, a bancada é a favor, desde que não tenha aumento de custo para o usuário. A bancada é a favor da liberdade de modelos comerciais para que se mantenha a neutralidade de conteúdo, mas que não se utilize com a desculpa de fazer uma comunização da internet, de modo que tenha o mesmo serviço e tamanho para todo mundo e, consequentemente, preços altos para todo mundo também. Emqueo relatordoprojeto, Alessandro Molon (PT-RJ) deveria mexer? Orelatortemumgraveproblema que é a falta de conhecimento técnico do assunto. Ele tenta justificar tecnicamente sua posição de forma equivocada. Eu tenho conhecimento técnico do assunto porque implantei o telefone celular no Brasil e também Se o PMDB não figurar como cabeça de chapa na eleição para ogovernodoriode Janeiro, dificilmente o PMDB do Rio estará no apoio à chapa nacional do PT implantei a internet quando era presidente da Telerj. Tenho segurança absoluta daquilo que falo. O relator não, consequentemente ele diz que a nossa posição é de ferir a neutralidade, o que não é verdade. Que lições o senhor tira da votação da Lei dos Portos? Faltou diálogo. O embate dos portos foi emblemático do ponto de vista parlamentar. O governo mudou a sua maneira de lidar com a base a partir desse embate, e não a partir das manifestações. O embate só aconteceu por causa da postura de articulação política equivocada e arrogante que o governo estava adotando. Hoje, há muito mais conversas e a gente evita aquele tipo de discussão. O governo tratava a base muito mal. Em 2014, voltará com força a questão do financiamento de campanha. Como o senhor vê o julgamento em curso no STF? Estou propondo uma PEC (Proposta de Emenda Constitucional) para que o Poder Judiciário julgue as causas segundo a ordem cronológica da sua chegada. O que a Suprema Corte está fazendo é uma agressão com o Poder Legislativo. Primeiro, pinçou uma ação fora da ordem cronológica e simplesmente levou para um período em que nós (o Parlamento) não podemos legislar sobre eleições. Nós só podemos legislar sobre eleições até um ano antes de sua realização. O Supremo puxou a ação para julgamento num período em que nós não podemos legislar, isso é quase um golpe. A reação do Legislativo tem que ser dura e contundente. Nós não podemos aceitar ficar de cócoras para o Judiciário. Na sucessão do Rio, como ficará a aliança entre o PT e o PMDB? O PMDB do Rio está no governo há sete anos com o apoio do PT. O ideal é manter esta aliança, mas ela não tem sentido a não ser com o PMDB como cabeça de chapa. Não acredito nessa desculpa de que há um desgaste do governador Sérgio Cabral, porque há um desgaste no Distrito Federal também e nós continuamos apoiando o PT com um vice-governador. Se o PMDB não figurar como cabeça de chapa na eleição para o governo do Rio de Janeiro, dificilmente o PMDB do Rio estará no apoio à chapa nacional do PT.

4 4 Brasil Econômico Sexta-feira e fim de semana, 3, 4 e 5 de Janeiro de 2014 BRASIL Em busca de economia na conta, 38 consumidores decidiram se tornar microgeradores de energia. Custo da infraestrutura é ainda principal obstáculo para aumento da adesão luz Eles têm própria Aline Salgado aline.salgado@brasileocnomico.com.br O Brasil está engatinhando num mercado que já conta com milhões de adeptos em países como Alemanha e Japão. De acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), apenas 38 brasileiros, de nove estados, estão gerando e vendendo, para as distribuidoras do setor, sua própria energia captada a partir de painéis que absorvem e armazenam a energia do sol. Em contraste, a Alemanha, líder no mercado global de geração de energia solar em 2012, conta com cerca de 1,5 milhão de produtores indivduais de energia, a partirde sistemas de painéis solares fotovoltaicos. No pico, esses consumidores chegam a fornecer 60% da energia consumida no país. Apesar de contar com uma das maiores radiações solares, só recentemente o Brasil começou a dar os primeiros passos rumo à geração doméstica de energia. Autorizada pela Aneel em abril de 2012 e posta em prática em março deste ano, o Sistema de Compensação de Energia permite ao consumidor brasileiro instalar pequenos geradores fotovoltaicos em sua casa ou empresa e trocar energia com a distribuidora local. Um panorama da nova modalidade de geração energética, elaborado em agosto pela Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee), apontava que 101 consumidores aguardam respostas de pedidos de ligação pelas concessionárias, tinham os projetos em estudo pelas empresas, ou, ainda, precisavam dar algum retorno à distribuidora sobre detalhes do aparelho gerador. Na estatística da Abradee, a energia solar, produzida por meio de painéis fotovoltaicos, é a preferida dos novos e potenciais produtores, compreendendo 81% das ligações e pedidos. O consumidor doméstico também lidera o ranking de interessados, são 59% de pedidos ou ligações, frente aos 37% de clientes comerciais e 4% de industriais. Mas, apesar dessa adesão crescente, o número de interessados poderia ser maior, se não fosse o alto custo de equipamento e instalação. Mesmo com o retorno garantido em dez anos e uma economia na conta mensal de luz que varia de 60% a 90%, é preciso desembolsar em torno de R$ 15 mil para o investimento inicial. Pioneiro no país na microgeração de energia, o empresário de Uberlândia (MG) Vitor Moura precisou investir o equivalente a R$ 90 mil para gerar energia na sede da empresa que abriu com o pai ainda em novembro de 2011, antes mesmo de a Aneel autorizar o Sistema de Compensação de Energia. Conheci a tecnologia em viagens ao exterior, mas só pude instalar aqui depois que um empresário brasileiro, que tinha morado na Bélgica, trouxe o sistema. Comprei a ideia, mas precisei trazer as placas dos EUA e o inversor da Noruega, relembra o empresário, que salienta que a ligação do sistema só foi possível por meio de um regime especial concedido pela concessionária, a Cemig. Apesar de termos ficado assustados com o valor do investimento, não nos arrependemos. Gastávamos em média R$ 700 por mês num prédio de pequeno porte e hoje a conta de luz varia entre R$ 150 Não nos arrependemos. Gastávamos em média R$ 700 por mês num prédio de pequeno porte e hoje a conta de luz varia entre R$ 200 a R$ 150. Em dois anos, o custo com o sistema já caiu 25% Vitor Moura Primeiro microgerador de energia a R$ 200, conta Vitor, destacando que, em dois anos, o custo com a tecnologia teve uma queda de mais de 25%. Alemão de nascimento e carioca há dez anos, Hans Rauschmayer se tornou consultor de geradores domésticos de energia desde que, em agosto, decidiu instalar painéis fotovoltaicos no telhado de sua casa, em Santa Teresa, no Centro do Rio, onde mora com a esposa e duas filhas. Hoje, sua economia na conta de energia, graças a seu equipamento doméstico, já chega a 63%. Na época, precisei investir R$ 20 mil. Hoje produzo 60% do que consumo e a minha conta,que era de R$ 159, foi para R$ 59, uma economia de R$ 0,49 por quilowatthora (KWh), explica Hans. Segundo ele, a burocracia da instalação não é a causa da baixa adesão. Esse é um investimento que dá pouco retorno financeiramente. O mercado é ainda muito pequeno e a construção é cara. Mas, com as tarifas de energia subindo a cada ano, acredito que o sistema vá trazer ótimos retornos para quem apostou nesse investimento, avalia. Carlo Wrede Depois do microgerador de energia, Hans passou a economizar 63% com a conta

5 Paulo Fridman/Bloomberg COMÉRCIO EXTERNO Balança tem pior resultado desde 2000 A balança comercial brasileira registrou em 2013 o pior desempenho anual desde 2000, quando foi deficitária em US$ 731 milhões, de acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic) divulgados ontem. O Brasil registrou em 2013 superávit comercial de US$ 2,561 bilhões, bem abaixo do saldo positivo de US$ 19,4 bilhões em Reuters Sexta-feira e fim de semana, 3, 4 e 5 de Janeiro de 2014 Brasil Econômico 5 Editoria de Arte Com incentivo fiscal, Minas é pioneiro na microgeração Puxando o ranking dos clientes microgeradores (que geram até 100 KW de potência) e minigeradores (de 100 KW a 1 MW) de energia, com 10 produtores domésticos, segundo a Aneel, Minas Gerais conta, desde agosto, com um importante estímulo para a geração própria de luz. Por meio da Lei nº , os pequenos geradores passaram a pagar ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) sobre a conta de luz apenas no saldo da energia que consomem isto é, o que se produz e é injetado a mais no sistema para a concessionária não é tributado. A medida é válida por cinco anos e visa compensar os altos investimentos com o equipamento. Depois do incentivo fiscal, aumentou o interesse da população pela microgeração de energia. O que o governo tem feito é atrair fábricas de painéis solares com a intenção de reduzir o custo da instalação para micro e minigeração de energia e, até, oferecer estruturas completas de financiamento para a instalação dessas indústrias aqui, afirma o superintendente de Política Energética da Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais, Guilherme Duarte, que diz ainda que, para as grandes empresas, o estado vem concedendo isenção total de ICMS por dez anos às companhias que construírem parques de energia. No Rio de Janeiro, as Secretarias de Desenvolvimento Econômico e da Fazenda do Governo do Estado estão avaliando, em conjunto, a possibilidade de conceder isenção de ICMS aos geradores domésticos de energia. O Estado também prevê elaborar um estudo para avaliar o potencial de energia fotovoltaica na capital e em Niterói, Região Metropolitana do Rio. O projeto está em uma fase prévia de obtenção de imagens de satélite das duas cidades nas quais o levantamento será realizado, por meio do Instituto Pereira Passos e da concessionária Ampla. Diretor da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), André Pepitone esclarece que, a partir do momento que o consumidor faz a solicitação à concessionária de energia para ser incluído no Sistema de Compensação, a distribuidora tem prazo de 82 dias para responder ao pedido. O diretor alerta que, mesmo produzindo energia, o consumidor terá de pagar a conta de luz, já que os custos com a rede de transmissão e distribuição são divididos entre todos os clientes. O cidadão também deve saber que o custo da compra do painel fotovoltaico é dele, mas a ligação é feita pela concessionária. Toda a energia produzida, e não consumida, é injetada na rede e se transforma em créditos que poderão ser usados por um período de 36 meses, diz.

6 6 Brasil Econômico Sexta-feira e fim de semana, 3, 4 e 5 de Janeiro de 2014 BRASIL DadoGaldieri/Bloomberg IMPOSTO DE RENDA Isenção de IR sobre PLR tem novo teto A isenção de Imposto de Renda (IR) incidente sobre participação dos trabalhadores nos lucros ou resultados de empresas (PLR) subiu de R$ 6 mil para R$ A informação está na Instrução Normativa nº da Receita Federal, publicada ontem (2) no Diário Oficial, que especifica ainda outras faixas de cobrança progressiva do IR, de 7,5% para até 27,5% (para lucros acima de R$ ). ABr Produção de petróleo volta a crescer no país em 2014 Com sete novas plataformas em operação, Petrobras quer reverter três anos de queda Ag. Petrobras Nicola Pamplona nicola.pamplona@brasileconomico.com.br Com o início das operações de sete plataformas ao longo de 2014, a Petrobras espera reverter a curva de queda na produção nacional de petróleo, que perdura há três anos. Apenas no primeiro semestre, a expectativa da estatal é adicionar uma capacidade de 500 mil barris por dia, por meio de três novas unidades. No apagar das luzes de 2013, a companhia iniciou as atividades da P-55, no campo de Roncador, que também contribuirá com o incremento da produção ao longo de Para analistas, o Brasil deve fechar o ano com alta no volume de petróleo produzido pela primeira vez desde O setor teve peso significativo no resultado da balança comercial em 2013, contribuindo com um déficit de R$ 20,27 bilhões no ano, segundo dados divulgados ontem pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic). O número é quatro vezes maior do que o déficit registrado pelo setor um ano antes e é explicado pela combinação de crescimento do consumo com a queda na produção provocada pelo atraso no início das operações de novas plataformas e por paradas para manutenção em unidades existentes. O ano de 2014 pode ser um ponto de inflexão. Se, por um lado, as paradas vão continuar, por outro, há a perspectiva de entrada de novas unidades. O saldo líquido deve ser positivo, diz o analista-chefe da Ativa Corretora, Marcelo Torto. A Petrobras não informou quanto espera produzir este ano, mas o Plano de Negócios e Gestão , divulgado no ano passado, aponta para algo em torno dos 2,3 milhões de barris por dia. Em novembro de 2013, último dado disponível, a empresa atingiu a marca de 1,957 milhão de barris por dia produzidos em suas operações no Brasil. O Plano de Negócios e Gestão fala em fechar 2013 com um volume em torno dos 2 milhões de barris por dia, equivalente ao registrado no ano anterior. O volume final ainda não foi divulgado. O primeiro reforço para a produção deste ano começou a operar no último dia de Com capacidade para produzir 180 mil barris por dia, a plataforma P-55 já está extraindo petróleo do campo de Roncador, hoje o maior produtor nacional. A unidade ainda está sendo interligada aos poços produtores e terá sua curva de produção ampliada nos próximos meses. Nos últimos dias, deixaram os estaleiros Brasfels e Atlântico Sul, rumo aos campos de Papa Terra e Roncador, as plataformas P-61 e P-62. A primeira vai operar em conjunto com a P-63 em um sistema capaz de produzir 140 mil barris por dia, com início de operações previsto para o segundo trimestre. Com capacidade de 180 mil barris por dia, a P-62 deve começar a produzir também no segundo trimestre. Antes, no primeiro trimestre, a estatal inicia as operações da P-58, na província conhecida como Parque das Baleias, no Espírito Santo, que tem reservas do pré-sal. Para o final do ano, duas novas unidades serão instaladas no pré-sal, desta vez na Bacia de Santos: Cidade de Ilhabela e Cidade de Mangaratiba, nos campos de Sapinhoá Norte e Iracema Plataforma P-55 deixa o Estaleiro Rio Grande: contribuição de 180 mil barris de petróleo por dia Sul. Nos dois casos, o primeiro óleo está previsto para o quarto trimestre de Três das unidades previstas para este ano deveriam ter iniciado as operações em 2013, segundo o Plano de Negócios e Gestão, mas sofreram atrasos. Dificuldades na conclusão das obras em plataformas têm sido uma das causas para o mau desempenho da produção nacional de petróleo, que chegou a superar o consumo em 2006, batendo a casa dos 2,1 milhões de barris por dia em 2011, mas vem caindo desde então, segundo dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). A Petrobras é responsável por 91% do volume extraído no Brasil, incluindo os campos onde tem parceria com empresas privadas. De acordo com as projeções da estatal, sua produção de petróleo começará a crescer em ritmo mais acelerado a partir de 2016, quando está prevista a entrada de sete plataformas do pré-sal da Bacia de Santos. A companhia espera chegar a 2020 com um volume de 4,2 milhões de barris por dia, dobrando a produção no período. A dificuldade em ampliar a produção no curto prazo, aliada à defasagem nos preços internos dos combustíveis, é apontada por analistas como uma das principais razões para o mau desempenho da empresa em bolsa de valores nos últimos anos. Em 2013, foram poucas as vezes que as ações da Petrobras ultrapassaram a barreira dos R$ 20. No ano, os papéis acumularam queda de 9,68%. Esforço para frear declínio do maior produtor Maior produtor nacional de petróleo, com uma média de 289 mil barris por dia em outubro, o campo de Roncador, na Bacia de Campos, vai garantir a manutenção dos níveis de produção nacional enquanto o pré-sal não deslancha. A área recebe este ano duas novas plataformas uma delas já instalada e outra a caminho, com capacidade de 180 mil barris por dia, cada. Descoberto em 1996 e com início de operações em fase de piloto em 2001, Roncador substituiu o campo de Marlim, na mesma bacia, como principal supridor de petróleo do país. O campo já vem apresentando declínio em 2010, chegou a produzir 360 mil barris por dia mas deve recuperar maiores volumes com as duas novas unidades que serão instaladas este ano.

7 Sexta-feira e fim de semana, 3, 4 e 5 de Janeiro de 2014 Brasil Econômico 7 RELATÓRIO D.C. ROGERIO STUDART rogerio.studart@brasileconomico.com.br PANORAMA PARTE 3 Como discutimos nos últimos dois artigos desta coluna, vivemos uma crise que resultou no desmonte de um padrão de crescimento em torno da relação comercial e financeiro entre algumas economias da OCDE (especialmente a norte-americana) e um grupo de economias asiáticas extremamente dinâmicas (especialmente a China). As respostas nacionais, na forma de politicas anticíclicas, têm tido resultados ambíguos nas economias avançadas: somente em algumas elas geraram certa recuperação da produção e serviços, mesmo assim incapazes de reduzir substancialmente a taxa de desemprego estrutural. Editoria de Arte Nosso tripé macroeconômico, que foi extremamente útil em gerar estabilidade nos últimos anos, tem se mostrado pouco flexível para ajustar-se à nova realidade da economia mundial Essas politicas, e especialmente a politica monetária expansionista norte-americana, têm impactado os fluxos de capital, gerando desequilíbrios diversos em economias com algum tipo de flutuação cambial. Pior ainda: teme-se uma reversão abrupta dessas politicas, que possivelmente geraria uma igualmente rápida desvalorização. Perante essa crise, muitas das economias do G-20 vêm se utilizando das políticas anticíclicas para introduzir medidas bastante ativas que estão produzindo mudanças em perfis de demanda agregada, estruturas produtivas, tecnologias, infraestruturas, logísticas e cadeias de produção. Quais desafios e oportunidades se colocam ao Brasil frente a esse quadro? Comecemos pelos desafios. Primeiramente nosso tripé macroeconômico (meta de inflação, responsabilidade fiscal e câmbio flutuante), que foi extremamente útil em gerar estabilidade nos últimos anos, tem se mostrado pouco flexível para ajustar-seà nova realidade da economia mundial. Isso tem nos levado a outra situação paradoxal: dada a óbvia centralidade de manter a estabilidade econômica, temos de manter patamares de câmbio e juros que não são compatíveis com o crescimento econômico ou com a expansão dos investimentos privados seja em infraestrutura, seja na ampliação e atualização dos setores produtivos. Em segundo lugar, o Brasil tem passado por um processo acelerado mas ainda inconcluso de inclusão econômica e social, e, portanto, de ampliação do consumo doméstico. Esse processo não é incompatível com o crescimento do investimento e tampouco não gerou os déficits econômicos e sociais (por exemplo, na infraestrutura, na educação e na oferta e qualidade dos serviços públicos) que tanto afetam a competitividade e a condição de vida da nossa sociedade mas sem dúvida tornam seu enfretamento mais urgente. Esses déficits se somam ao problema do câmbio sobrevalorizado e do alto custo do capital para gerar um hiato competitivo, especialmente na medida em que outros países estão investindo fortemente em melhorias de fatores-chave para a competitividade (que demandam investimento de longo prazo). Por fim, há uma crescente resistência interna a utilizar o pouco espaço e institucionalidade públicos que temos para navegar essa transição. Isto se observa, por exemplo, na agressiva resistência que têm tido alguns setores da nossa sociedade a uma maior utilização dos bancos públicos para incentivar o investimento privado. Também se reflete na indevida associação entre políticas públicas ativas e um suposto crescimento do estatismo, que estaria levando à asfixia das economias de mercado. (Como tentei mostrar nos primeiros dois artigos desta série, essa tese simplesmente ignora o fato de que em momentos de grandes desafios e incertezas, mesmo em nações com sistemas econômicos e políticos mais liberais, o Estado desempenha um papel fundamental na promoção de inovações e de investimentos que abriram caminho para uma nova trajetória de desenvolvimento e crescimento do setor privado). Apesar dessas dificuldades, há oportunidades para um promissor Primeiramente, apesar de a deterioração do balanço de pagamentos poder ser revertida tendo em vista a recuperação de alguns dos nossos parceiros comerciais e a desvalorização recente do Real é possível manter um nível alto de reservas estrangeiras, ou mesmo ampliá-lo, o que permitiria maiores graus de liberdade para a continuidade do crescimento, da base fiscal e para as politicas públicas. Em segundo lugar, o mercado está crescentemente convencido do compromisso do governo federal em manter a solidez fiscal, o que pode abrir de novo espaço para reduções dos juros reais. Essa redução, se gradativa, também permitiria que o câmbio deslizasse para uma posição mais competitiva reduzindo ou revertendo a deterioração da nossa conta corrente. Ou seja, é possível que em 2014 observemos um retorno a variáveis macroeconômicas chave a níveis mais compatíveis com ocrescimento e a expansão do investimento. O mercado está crescentemente convencido do compromisso do governo federal em manter a solidez fiscal, o que pode abrir espaço para reduções dos juros reais Em terceiro lugar, parece haver um crescente consenso sobre a necessidade de reformas visando melhorar o ambiente de negócios inclusive reduzindo os encargos tributários e a burocracia. Por fim, as grandes empresas nacionais se encontram com níveis elevados de caixa, o que permite imaginar maiores níveis de investimento privado no futuro próximo especialmente se o governo continuar com uma política pragmática de atração de investidores, nacionais e estrangeiros, em amplos projetos de investimento em infraestrutura, logística e energia. Assim como em qualquer outro lugar, aproveitar essas potenciais oportunidades só poderá ocorrer se o embate de ideias não levar ao fechamento do diálogo necessário para tocar projetos de interesse nacional especialmente entre governo, setor privado e sociedade civil. Talvez esse seja o maior desafio que o Brasil enfrentará este ano. Um Feliz 2014, para todos nós. Coluna publicada às terças-feiras *Rogerio Studart, Professor da UFRJ e Diretor Executivo Adjunto pelo Brasil no Banco Mundial. As opiniões aqui expressas são pessoais.

8 8 Brasil Econômico Sexta-feira e fim de semana, 3, 4 e 5 de Janeiro de 2014 BRASIL em números Uma visão geral dos principais índices num ano marcado pelo pessimismo, que gerou grande expectativa, mês a mês, pela divulgação dos números da economia Após um desempenho muito abaixo do esperado do Produto Interno Bruto (PIB) em 2012 e de um início de ano em 2013 com os preços ao consumidor subindo e acendendo sinais de alerta para o risco da volta da inflação a rotina de olhar e analisar, mês a mês, os principais indicadores tornou-se tensa nos últimos 12 meses. Analistas financeiros, técnicos governamentais, políticos no Congresso, bancos, agências de risco, investidores internacionais, profissionais de todos os ramos da atividade econômica e até mesmo o cidadão comum começaram a dar mais e mais atenção a cada novo anúncio dos indicadores. O temor de que a economia brasileira voltasse a ter um mau desempenho acabou gerando a cultura do pessimismo, que, agora, o governo Dilma Rousseff está empenhado em erradicar a qualquer custo. Nos institutos de estudos econômicos, 2013 ainda não acabou falta fechar alguns números de novembro e dezembro mas já dá para visualizar o comportamento da economia brasileira nos índices do ano que passou.

9 Sexta-feira e fim de semana, 3, 4 e 5 de Janeiro de 2014 Brasil Econômico 9

10 10 Brasil Econômico Sexta-feira e fim de semana, 3, 4 e 5 de Janeiro de 2014 EMPRESAS Editora: Flavia Galembeck flaviag@brasileconomico.com.br ENTREVISTA RODRIGO DIENSTMANN Presidente da Cisco Brasil Rodrigo Carro rodrigo.carro@brasileconomico.com.br Quais as perspectivas para o mercado brasileiro em 2014? A gente tem alguns capítulos dessa projeção. Um deles tem a ver com o mercado das operadoras que, por um lado, têm um desafio muito grande de rentabilizar seus negócios. Esta rentabilização passa por investir mais em tecnologia que viabilize a criação de novos produtos o cloud computing seria um exemplo; melhorar aqualidade percebida pelos clientes; e aomesmo tempo reduzir custos e investimentos. A Cisco nesses três pontos, que são a criação de novos produtos, a melhoria na percepção do cliente e racionalização dos investimentos está bem posicionada no mercado. Vemos uma demanda muito grande das operadoras neste ano, vinda da expansão dos seus backbones (infraestruturas principais de redes de telecomunicações), principalmente devido à explosão da banda larga móvel e da fixa, por conta do aumento no consumo de vídeo. E, também, demandas específicas em mobilidade. Vemos todas as operadoras, não importa o tamanho ou a região, revisando seus planos e voltando a investir com mais inteligência e menos força bruta. E outros segmentos? A CISCO ESTARÁ A TODO VAPOR NA FABRICAÇÃO LOCAL, EM 2014 A maioria dos brasileiros pode não perceber, mas novidades tecnológicas como o big data já estão integradas ao cotidiano, garante o presidente da Cisco no país, Rodrigo Dienstmann. Para 2014, ele vê oportunidades principalmente nas operadoras de telefonia, que precisam reduzir custos e investimentos sem perder qualidade. Mas ganhos de eficiência e as possibilidades de inovação não devem ficar restritos a este setor: Dienstmann enxerga no aumento da produtividade um dos motores do crescimento econômico brasileiro nos próximos anos. Podemos dizer que infraestrutura e educação são importantes, mas uma das chaves principais é a tecnologia. As empresas buscam a tecnologia para aumentar a produtividade As empresas estão buscando, como sempre, um aumento de produtividade. O crescimento do Brasil no futuro está menos ligado ao consumo, à migração para as grandes capitais e ao crescimento populacional, e mais ligado ao aumento de produtividade. Hoje, o trabalhador brasileiro é, por exemplo, cerca de cinco vezes menos produtivo que o americano. Podemos dizer que infraestrutura e educação são importantes, mas uma das chaves principais é o emprego da tecnologia. Vemos as empresas buscando empregar a tecnologia para aumentar a produtividade, sejam elas companhias de varejo, bancos ou de serviços. Estamos trabalhando muito de perto com grandes e médias empresas na aplicação de novas tecnologias para aumento de produtividade. Nesse sentido, 2014 é um bom ano, porque estamos mudando o nosso modelo de crescimento. Entre as pequenas e médias empresas, vemos um impulso bastante importante vindo na esteira da fabricação local: 2014 vai ser um ano em que a Cisco estará a todo vapor na fabricação aqui no país. E um dos motivadores para a fabricação local é ampliar nossa competitividade para as pequenas e médias empresas. O setor governamental, em seus váriosníveis, éumgrandeconsumidordetecnologia.quaisaspossibilidades desse setor neste ano? Nós vemos os investimentos em infraestrutura saindo do papel, decolando. Os aeroportos, o présal, as privatizações de rodovias e ferrovias dão um novo impulso a investimentos ligados a setores de infraestrutura e isto traz investimento em tecnologia. Hoje o aeroporto não é mais o lugar onde o avião pousa e decola. Além disso, é um shopping center, um centro de serviço e um complexo tecnológico. A mesma coisa pode se aplicar a um porto. Dentro do segmento governamental, quais as áreas mais promissoras? Educação talvez sejaa maior. Saúde anda perto, é uma oportunidade tão grande quanto. Principalmentepelacarênciadeconhecimento e a dispersão geográfica do Brasil. Nós temos uma iniciativa no hospital do bairro de M Boi Mirim,em São Paulo, com o Einstein, na qual a gente leva virtualmente o doutor para o hospital de M Boi Mirim. Ele faz consultas usando o que a gente chama de HealthPresence, que é a telepresença para a saúde. Temos muitos projetos ligados a cidades inteligentes, mobilidade urbana, segurança pública, tecnologia de resposta a emergências em colaboração com o Corpo de Bombeiros, a Defesa Civil, a polícia. Vemos uma demanda muito forte, além das tradicionais do cliente governamental como cliente corporativo: as redes dos escritórios, das repartições, dos fóruns de atendimento ao cliente do governo. Cada vez usando mais tecnologia, mais wi-fi, conectividade. A conexão à web de objetos que usamosnonossocotidiano ainternetdascoisas temsidoapontada como uma tendência pelas empresas de tecnologia. Em que medidaobrasilestáinseridonestanova onda tecnológica? Eu diria até que o Brasil está mais inserido, na proporção, do que a média. Hoje, a Cisco estima que, até 2020, há um valor a ser desenterrado, como se fosse um tesouro, de US$ 14,4 trilhões, globalmente. De onde vêm esses recursos? Vêm, em primeiro lugar, de eliminar ineficiências em cadeias de produção, aumentar a eficiência das cadeias. Segundo, da criação de novos produtos, inovação, geração de novas fontes de receita emodelosdenegócio,edoaumentodautilizaçãodosativos. Empresasquetêmativosaumentamautilização e, por isto, economizam. Euousodizerqueaproporçãodesse tesouro enterrado no Brasil é muito maior que a proporção do Produto InternoBruto(PIB) brasileiro na economia global. Por quê? Porque a gente é menos produtivo e menos eficiente. Os gargalos de infraestrutura têm um papel nisso, mas o próprio emprego da tecnologia pelo trabalhador, estudante e profissional brasileiro são menores do que a proporção. Isso faz com que esse valor no Brasil seja proporcionalmente menor. E a internet de todas as coisas já está no dia a dia do brasileiro sem que ele perceba. Pode dar exemplos? Eu sempre uso um exemplo que daqui a pouco vai ficar velho, que aconteceu no mercado tradicionalíssimo de táxis. A indústria do táxi foi rompida por tecnologia e, mais especificamente, pela internet de todas as coisas, que conecta basicamente pessoas, coisas, processos e dados. O táxi funciona assim: tem duas pessoas, uma querendo pegar um táxi e outra, prestar serviço. O processo de você chamar um táxi de um lugar para outro foi rompido pelos aplicativos dos smartphones. Hoje, para chamar um táxi,

11 Divulgação REORGANIZAÇÃO Bradesco Saúde assume Odontoprev A Odontoprev concluiu sua reorganização societária, com a Bradesco Saúde assumindo o controle. Em outubro, a Bradesco Saúde, que detinha 43,5% da Odontoprev, adquiriu outros 6,5% do então presidente-executivo da companhia, Randal Luiz Zanetti, que passou a deter 1% do capital e tornou-se vice-presidente do Conselho. Mauro Figueiredo, ex-grupo Fleury, assume a gestão da operadora. Reuters Sexta-feira e fim de semana, 3, 4 e 5 de Janeiro de 2014 Brasil Econômico 11 MárcioMercante você ativa um aplicativo no smartphone e consegue conferir o carro que está mais perto, e por isto vem mais rápido; o mais limpo, porque os clientes fazem o rating; os motoristas mais educados, o carro mais novo. Para o taxista, ele aumentou a utilização do ativo. Os taxistas estão tendo mais receita. É um microcosmo desses US$ 14,4 trilhões. Taxistas ganhando mais dinheiro. Eu economizando meu tempo, já que pego táximais rápido, melhorando a qualidade do serviço. E toda essa massa de taxistas está gerando um big data que pode servir para a prefeitura planejar o fluxo de tráfego. Isso é a internet de todas as coisas. Da mesma forma, podemos citar exemplos em varejo, que está usando o wi-fi para tirar estatísticas de quantas pessoas frequentam o supermercado, por onde andam, quanto tempo ficam em cada setor. Então, a internet de todas as coisas é uma realidade no Brasil e o país tem um benefício proporcionalmente maior do que o resto das economias. Eu diria até que o Brasil está mais inserido na internet das Coisas, na proporção, do que a média. Estimamos que, até 2020, há um valor a ser desenterrado, como um tesouro, de US$ 14,4 trilhões no mundo Na computação em nuvem, quais as oportunidades para a Cisco? Acomputaçãoem nuvemvai acabar virando o padrão. Hoje, ainda não é, mas está se tornando o padrão. E a computação em nuvem nada mais é do que você integrar, colocar na mesma abstração, rede e poder computacional. Atualmente, quando você usa o serviço de , não o empresarial, mas provavelmente um serviço público de , seja o Gmail ou ohotmail, você já está utilizando a nuvem. Quando assiste onetflix, você está usando bibliotecas em nuvem. E, dentro das empresas, cada vez mais os aplicativos estão em nuvem. A Cisco participa desse mercado, primeiro provendo a infraestrutura básica: servidores, conectividade, orquestração, todo o ecossistema que permite a você levar esse poder computacional até o usuário final. Temos, também, uma linha deserviçosquepodeir desdeacolaboração, como os serviços em quevocê podeter centenas depessoas em vários lugares do mundo se enxergando via conferência, compartilhando um documento, falando entre si, fazendo reuniões, cursos e consultas virtuais. É como um PABX. Então, as pequenas empresas já não precisam comprar um PABX e ter telefones. Elas podem simplesmente comprar serviços de voz em nuvem. O big data está se popularizando de fato no país? Já está acontecendo hoje. O big data é um conceito muito amplo que inclui não só dados estruturados, mas também os desestruturados. Big data é um termo genérico para a massa de dados. O grande valor que o big data te dá é você extrair inteligência e ação da massa de dados desestruturados. Nós temos operadoras móveis hoje que extraem big data da massa de clientes que estão utilizando o celular numa determinada estação rádio-base, ou em múltiplas estações. Baseadas nesses dados, elas fazem modificações na rede para que a rede reaja ao que está acontecendo no entorno. Se, por exemplo, eu tiver um engarrafamento agora na Avenida Presidente Vargas, a rede sente que aumentou o número de conexões e a demanda por dados, porque as pessoas presas no trânsito vão passar a navegar e tentar descobrir o que está acontecendo. A operadora rearranja a rede para que jogue mais potência aqui e tire potência de outros bairros que vão estar mais vazios. Esse é um exemplo prático do que está acontecendo hoje. A Cisco tem essa tecnologia em duas operadoras brasileiras. E o vídeo em ultra-alta definição (4K) é uma prioridade para a Cisco no Brasil? Enxergamos uma demanda muito forte. Hoje, você já vê aparelhos de 4K sendo vendidos em qualquer grande loja. Já está vendendo bastante e acreditamos que, conforme as redes de banda larga e as tecnologiasde compressão vão se aprimorando, essa vai ser uma demanda irrefutável.

12 12 Brasil Econômico Sexta-feira e fim de semana, 3, 4 e 5 de Janeiro de 2014 EMPRESAS Custos e inovação são os desafios de TI para 2014 Para resolver essa equação, companhias investem em mobilidade, computação em nuvem e sistemas de colaboração Moacir Drska mdrska@brasileconomico.com.br São Paulo Um ano para reforçar um velho dilema: equilibrar as restrições de orçamento com a necessidade de investir em projetos que permitam reduzir custos e, ao mesmo tempo, ganhar eficiência e produtividade. Esse será o mantra dos gestores de tecnologia da informação (TI) em O Brasil Econômico ouviu quatro empresas que atuam no país. Segundo essas companhias, o orçamento de TI desse ano ficará no mesmo patamar ou será ligeiramente superior ao montante reservado em Nesse cenário, uma das alternativas encontradas pela Braskem é a adoção da plataforma de gestão de recursos humanos no modelo de computação em nuvem da SAP. Essa é a nossa primeira grande iniciativa na nuvem. Por meio desse projeto, vamos avaliar se esse modelo tem realmente um custo mais competitivo, diz Marcos Milani, diretor de TI da Braskem. Com plantas no Brasil, Estados Unidos e Alemanha, e um complexo em construção no México, a petroquímicatambémestápadronizando seusistema de gestãoem todasessas operações, que hoje compreendem 13 mil usuários. A companhia está aprimorando ainda suas ferramentasdecolaboração- queincluemvideoconferênciaemensagensinstantâneas, entreoutrosrecursos einvestindo em projetos pilotos de mobilidade,comaadoçãodetabletspara profissionais em campo. Oferecer acesso a aplicações para profissionais fora do escritório é uma das prioridades da Ambev. Todos os nossos 4 mil vendedores usam smartphones na sua rotina diária e todos nossos funcionários utilizam desktops virtuais que podem ser acessados de qualquer parte do mundo via web, diz Sergio Vezza, diretor de TI da Ambev. A empresa planeja ainda reforçar os investimentos em sistemas analíticos para aprimorar o relacionamento com seus clientes. Nós investimos muito em ferramentas de produtividade e mobilidade. É um caminho sem volta. Agora, a prioridade é capacitar nossa equipe para ter o retorno desse investimento Edson Badan Diretor de TI da Ford A mobilidade também é um dos focos da Ford para A montadora está investindo no programa Digital Worker, que envolve a capacitação de seus funcionários na utilização de aplicações móveis. Queremos escalar o uso dessas ferramentas, pois elas, de fato, aumentam a produtividade, afirma Edson Badan, diretor de TI da Ford para a América do Sul. A companhia avalia ainda estender o uso de sistemas de colaboração, como a rede social corporativa Yammer, da Microsoft. Para acompanhar esse aumento do volume de aplicações em seu parque de mais de 10 mil servidores, desktops e notebooks, a Ford planeja renovar um terço dessas máquinas, seguindo a média de trocas dos últimos três anos. A renovação da infraestrutura de TI é a primeira prioridade Fani Loss apontada na prévia de uma pesquisa que está sendo conduzida pelo Instituto sem Fronteiras (ISF). Até o momento, o estudo entrevistou pouco mais de mil gestores de TI de empresas de grande e médio portes no país. As empresas seguraram os investimentos em hardware e software nos últimos dois anos, mas essa abordagem chegou ao limite, diz Ivair Rodrigues, diretor de pesquisas do ISF. Segundo o estudo, os investimentos em TI no Brasil vão chegar a R$ 71,2 bilhões, alta de 6%. O índice é o mesmo percentual dos dois últimos anos, mas está abaixo da média histórica do setor, de 10%. Ao mesmo tempo, 46% dos participantes afirmaram que o orçamento de TI está abaixo do desejado, contra um índice de 36%, há um ano. O déficit de profissionais, o consequente encarecimento da mão de obra especializada e a alta do dólar estão restringindo a capacidade de investimento das empresas em TI, diz Rodrigues. A escassez de mão de obra de boa qualidade é a nossa maior dificuldade, afirma Sergio Rosa, gerente sênior de TI da Goodyear para a América Latina. Muitas vezes, você acaba sendo absorvido por aspectos básicos da operação e fica sem espaço para inovar. Depois de reduzir os custos de telefonia em 25% com a migração de celulares da Nokia e da Black- Berry para o iphone, a Goodyear está adotando aplicativos de colaboração e produtividade da Microsoft, que incluem o Office 365 e a rede social Yammer. O projeto será finalizado em março, no Brasil. Para a América Latina a previsão é concluir a adoção em junho.

13 Sexta-feira e fim de semana, 3, 4 e 5 de Janeiro de 2014 Brasil Econômico 13 AUTOMANIA MARCELLUS LEITÃO marcellus.leitao@brasileconomico.com.br TODO MUNDO QUER UM SUV Eas montadoras vão na onda. A preferência mundial por esta carroceria nasce no conceito do carro apto a várias aventuras, versátil para a cidade e viagens rápidas ao interior. Já foram enormes, quase caminhões sobre chassis e hoje têm o refinamento dos automóveis. Se dividem como células e há nichos para pequenos, médios, grandes, enormes e os minis, que são as versões do momento. Entre estes, a VW promete o destaque do Taigun, sobre o up! A Fiat chega no vácuo. No universo dos pequenos, a Honda vem com o Vezel e a Audi com o Q1. O alto luxo tem sua vez com as apostas da Bentley, com o mais rápido e luxuoso do mundo, em 2015, a esportividade da Maserati Kubang e do Lamborghini Urus. A Ferrari não seria surpresa. A Porsche, literalmente salva pelo Cayenne, vem agora com o irmão menor Macan. Os utilitários-esportivos estão em todas. As mulheres gostam pela altura e segurança, os homens pelo status e capacidades. O sucesso permeia projetos em todas as marcas, de alemães a chineses. Claro, com todos os preços, e promete se transformar na carroceria preferida do planeta neste século, ultrapassando a dos sedãs. Com a chegada dos modelos autônomos, elétricos e híbridos eles poderão ser as versões definitivas em volumes de vendas. BMW M4 quer ofuscar Detroit A bela máquina esportiva amarela chega da Bavária para o Salão de Detroit, agora em janeiro, como estreia da Série 4. Forte, bem definida na performance, a M4 tem carroceria cupê, motor 6 cilindros turbo com potência, ainda estimada, de 430 cv. Com ela chega a conhecida M3, disposição em carroceria sedã. Teste para o sucesso Adquirido por público conservador, o novo Mercedes-Benz Classe C, nacional em 2016, aparece no Salão de Detroit como atração principal da marca da estrela. O campeão de vendas mudou, ficou mais esportivo e oferece duas opções de logo, sobre o capô ou na grade. PONTO-A-PONTO E akombi?alvocentraldarecente polêmicasobreoadiamentodalei deairbagseabs,ojurássico utilitáriodavwtransformou-seem personanongrata nafábricalocal, porcontadasaiajustacoma propostadesindicalistas.fontes de São Bernardo do Campo informaram à coluna que há três meses a linha da Kombi está sendo desmontada, fornecedores dispensados e funcionários treinados para outros carros ou aposentados. Não é assim que as coisas acontecem, da noite para o dia. Existe ainda o recado claro do chefão da marca, Martin Winterkorn, que discursou sobre o crescimento qualitativo da VW. Tristeza na Itália. A carrozziere Bertone está em processo de falência. Anos de desempenho fraco em projetos que não chegaram às linhas de produção e má administração levaram a empresa a ser dividida, e uma partedela foi absorvida pela Fiat. Bertone assinou projetos como a Alfa Romeo Giulietta e o Lamborghini Countach, entre muitos. Na foto, o Birusa. A Porsche se prepara para retornar ao grupo deelite dele Mans, que provavelmente terá, ano quevem, a participação do Bentley Continental GT. O interesse das marcas esportivaspela corrida maistradicional do mundo deve-se ao sucesso crescente da Audi, com seu turbo diesel híbrido, que tem vencidotodas porlá. Luca de Montezemolo, da Ferrari, dá uma dica ao declararque também gosto da ideia de competir em Le Mans nacategoria maior. Quem sabe, pode serque um dia possamos voltar a LeMans e buscar a vitória. Talvez devêssemos levar esta questão em séria consideração." Feliz Volvo novo para os americanos O XC Coupé é uma versão crossover que a marca sueca vai apresentar no North American Internacional Auto Show (NAIAS). É um segundo concept car projetado sobre a nova plataforma Scalabre Product Architecture (SPA). Inspirado nos versáteis Cross Country e XC, tem no design escandinavo e na procura por SUVs seus pontos fortes. Coluna publicada às quartas-feiras

14 14 Brasil Econômico Sexta-feira e fim de semana, 3, 4 e 5 de Janeiro de 2014 EMPRESAS Trump Towers deve manter demanda de construtoras Obras do projeto de R$ 5 bi em área portuária do Rio começam já no segundo semestre A Trump Towers Rio, projeto de escritórios orçado em R$ 5 bilhões no centro do Rio de Janeiro, oferecerá trabalho às construtoras brasileiras depois que as obras para os Jogos Olímpicos de 2016 no Rio diminuírem. A Even Construtora Incorporadora SA, que é sócia acionária no projeto, terá direitos de preferência e opção para três das cinco torres, disse Stefan Ivanov, presidente do projeto. A construção das primeiras duas torres começará no segundo semestre deste ano e deve ser concluída em As torres fazem parte dos esforços do Rio para converter a área portuária, no centro da cidade, em um pólo comercial e residencial uma nova rodoviária e um sistema de ferrovias ligeiras, próximo aos dois aeroportos da cidade. O governo local prevê investimentos de R$ 8 bilhões, boa parte deste montante antes dos Jogos, para a renovação da área de 5 quilômetros quadrados onde serão construídas as Trump Towers. Ocomplexo ajudará a satisfazer a crescente demanda por escritórios no Rio. A escassez de espaços de altaqualidade desencorajou muitas companhias estrangeiras a instalarem suas operações ali, disse Ivanov. O empreendimento é uma joint venture entre a MRP International, sediada em Sofia, Bulgária, que construiu desenvolvimentos urbanos de Londres à Malásia, o Salamanca Groupe a Even. Os sóciosautorizaram o uso da marca Trump Towers para o projeto, mas Donald Trump não fornecerá financiamento. Entre os possíveis construtores está a Odebrecht SA, disse Ivanov. Cada torre valerá cerca de R$ 1 bilhão depois que o espaço dosprédiosfor alugado, de acordo com Ivanov, que não quis dar estimativas dos custos de construção. Do outro lado da rua, a Solace, um consórcio de empresas brasileirasde construçãoe engenharia, está construindo uma torre residencial de unidades para abrigar a mídia nos Jogosequedepoisdoeventoserá vendida. Bloomberg

15 Divulgação AÉREA Lufthansa enfrenta greve em Paris Sindicatos convocaram os trabalhadores da Lufthansa no aeroporto Charles de Gaulle, em Paris, a entrar em greve de hoje até domingo à noite. Na semana passada, a compahia foi forçada a cancelar quatro voos, após os funcionários em Paris alegarem motivos de saúde para não irem trabalhar, em protesto contra a terceirização. A companhia alemã opera 17 voos diários a partir de Paris. Reuters Sexta-feira e fim de semana, 3, 4 e 5 de Janeiro de 2014 Brasil Econômico 15 Cresce a busca pela publicidade na internet Receita com a web já supera a de jornais e revistas e a de televisão por assinatura O investimento em publicidade na internet e nas redes sociais cresce a cada ano. Segundo o Ibope, nos seis primeiros meses de 2013, as empresas investiram R$ 3,8 bilhões, um incremento de cerca de 50% na comparaçãocomomesmoperíodode Em valores, a receita com a internet supera a de jornais e revistas, que passou de R$ 8 bilhões no primeiro semestre de 2012 para R$ 8,7 bilhões o mesmo período em 2013, e a de TV por assinatura, que aumentou de R$ 3,4 bilhões para RS 3,5 bilhões. Somente a alta da receita da TV aberta foi maior: de R$ 24 bilhões para R$ 27,5 bilhões. Segundo o presidente da Boo-box, Luís Artur Bernardes, há um potencial grande no setor. O interesse do público cresce. São 100 milhões de internautas no Brasil e a audiência está cada vez maior, diz ele, que vê a rede como a mídia mais democrática, com espaço para pequenas e médias. Para o diretor geral de criaçãoe presidente daagênciaafrica, Sérgio Godilho, o investimento publicitário acompanha o crescimento do acesso à internet. Mas para essa publicidade funcionar, afirma ele, é necessário usar ainda mais a criatividade, pois a rede oferece mais opções de saída. A televisão só tem uma tela, enquanto que na web, você pode pular o anúncio. A publicidade tem que ser de entretenimento. O digital não é um anúncio, é conversa. Segundo a IAB Brasil, principal associação de sites do país, os consumidores preferem os anúncios online às demais mídias. De acordo com a consulta, 50% achamosanúncios maisinformativos, se incomodam menos com eles (32%) e acham as peças mais criativas (49%). Para o diretor de mídias digitais da Almap BBDO, Kauê Cury, apesar da audiência de uma novela ou jogo causar impacto, o mesmo pode ser alcançado na internet. Em um dia você tem no Facebook e no Google um número similar, mas a estratégia para impactálas é diferente. A complementaridade dos meios pode ser a chave. Por Douglas Nunes

16 16 Brasil Econômico Sexta-feira e fim de semana, 3, 4 e 5 de Janeiro de 2014 EMPRESAS Expansão da camada de maior renda aquece mercado de luxo Ainda concentradas no Rio, em São Paulo e Brasília grifes têm ainda grande potencial de crescimento no Brasil Rodrigo Carro rodrigo.carro@brasileconomico.com.br O consumo de artigos de luxo no Brasil tende a decolar nos próximos anos não só por conta da ascensão da nova classe média mas, principalmente, devido à expansão da camada de maior renda na população. Até 2020, o segmento da população brasileira com renda bruta anual acima de US$ 150 mil vai crescer 46,3%, alcançando 1,4 milhão de pessoas, segundo estimativa da empresa de pesquisa de mercado Euromonitor International. Considerando o tamanho da economia brasileira, o mercado de produtos de luxo no país tem apresentado uma performance abaixo do esperado, avalia Fflur Roberts, chefe de pesquisa para a Indústria do Luxo, na Euromonitor. As grandes marcas ainda não estenderam a sua presença para além das três cidades principais: Rio de Janeiro, Brasília e São Paulo. Outros municípios continuam em grande parte inexplorados. Apesar de o processo ser recente, as grifes de luxo começam a ultrapassar os limites estabelecidos anteriormente. Estamos ainda numa fase de desenvolvimento e iniciando, pela primeira vez, a expansão para mercados fora de São Paulo. Ou seja: há muito ainda a ser feito, constata Carlos Ferreirinha, presidente da MCF Consultoria. A expectativa dele é de que o mercado de luxo no Brasil estimado atualmente em R$ 22 bilhões cresça nos próximos anos a taxas entre 16% e 22%. Presidente e CEO do Comité Colbert, associação integrada por 78 fabricantes franceses de produtos de luxo, Elisabeth Ponsolle des Portes informa que os consumidores brasileiros representam até 15% da clientela de algumas das empresas afiliadas. Mas as altas barreiras tarifárias e não tarifárias no Brasil diminuem o desenvolvimento das nossas companhias no país e muitos consumidores brasileiros compram no exterior, em Paris, Miami ou Nova York, destaca. As compras dos brasileiros no exterior atrapalham as operações no Brasil de marcas internacionais, reconhece Carlos Ferreirinha. Mas, ao mesmo tempo, são excelentes para o resultado global, acrescenta o presidente da NÚMERO MCF Consultoria, para quem os brasileiros assumiram nos últimos cinco anos um papel de destaque no consumo global de luxo. No cenário mundial, o crescimento das vendas de produtos de luxo vêm sendo puxado pelos países emergentes, especialmente China, Índia, Indonésia e Malásia. Fflur, da Euromonitor, atribui a voracidade dos emergentes ao Divulgação Para Ferreirinha, o mercado de luxo local deve crescer a taxas entre 16% e 22% nos próximos anos 46,3% Crescimento projetado até 2020 da parcela da população brasileira com renda bruta anual acima de US$ 150 mil. avanço da urbanização, ao desenvolvimento econômico e ao amor geral pelo luxo compartilhado pelos consumidores dessas nações. Entre os emergentes, o destaque absoluto vai para a segunda maior economia do planeta. Depois de ultrapassar França e Itália, a China se transformou no terceiro maior mercado consumidor de marcas de luxo, pelo ranking da As altas barreiras tarifárias e não tarifárias diminuem o desenvolvimento das nossas companhias no país e muitos brasileiros compram no exterior, em Paris, Miami ou Nova York Elisabeth Ponsolle des Portes Presidente e CEO do Comité Colbert Euromonitor. E deve ultrapassar o segundo colocado o Japão até o fim de 2018, caso se confirme o aumento de 72% nas vendas de artigos de luxo projetado pela empresa de pesquisa de mercado para os próximos cincos anos. Os fabricantes franceses de artigos de luxo têm se beneficiado do crescimento impressionante dos mercados emergentes, mas outros países continuam a desempenhar um papel importante no nosso setor, diz Elisabeth Ponsolle, do Comité Colbert, que reúne marcas como Louis Vuitton, Lacoste e Chanel. Por exemplo, a China responde, na média, por 12% do volume de negócios das nossas empresas e os Estados Unidos, 20%. Em termos regionais, os países da Ásia e do Pacífico devem apresentar um aumento de 35% nos gastos com artigos de luxo ao longo dos próximos cinco anos. Ao mesmo tempo, o valor do mercado de luxo na América Latina disparou nos últimos cinco anos, graças à crescente classe média, à forte confiança do consumidor, ao acesso mais amplo do consumidor ao crédito e a um surto de modernização no varejo, diz Fflur.

17 Sexta-feira e fim de semana, 3, 4 e 5 de Janeiro de 2014 Brasil Econômico 17 ESTILO S/A MARCIA DISITZER mdisitzer@brasileconomico.com.br A ENERGIA QUE VEM DAS JOIAS Adesigner de joias Yara Figueiredo começa o ano brilhando: a protagonista da próxima novela das nove, Em Família, que se chamará Helena e será vivida por Julia Lemmertz, vai usar as suas criações no horário nobre. A escolha veio naturalmente, da maneira que Yara gosta. A personagem Helena será uma leiloeira, uma mulher diferente, singular. Por isso, eles gostaram do meu universo, conta ela, traduzindo a sua maneira de criar. As pedras me dizem o que elas querem, sou apenas uma condutora. E não empurro joia para ninguém. Quero que a pessoa saia da minha loja feliz da vida, explica Yara, que, no ano passado, instalou-se em um ateliê em Ipanema, que reflete a sua personalidade especial. Fico no ateliê das 10h às 18h, crio lá. E faço questão de receber os clientes como se eles estivessem na minha casa, diz a designer. E quem for ao local (Rua Visconde de Pirajá 414, lj. 225, Ipanema, RJ), vai encontrar joias de energia poderosa. Atualmente, estou criando peças de ouro negro, osso, conchas, madrepérola, madeira e pedras, muitas pedras, lapidadas e brutas, que são sempre únicas. Faço brincos, por exemplo, em que o par é formado por pedras desiguais, para refletir os diferentes estados de espírito de uma mulher, comenta Yara, que está num ashram em Fortaleza. Só volto dia 13. Até lá, o ateliê ficará fechado, avisa a designer. Fotos de divulgação Maiô homenageia a Cidade Maravilhosa A temporada de biquínis e maiôs já está aberta: o modelo da Jo de Mer que homenageia a Cidade Maravilhosa tem passe livre em qualquer praia do planeta. R$ 360. Rua Oscar Freire 329/A, Jardins, SP. Lenços que alegram o visual de verão Os lenços de seda da grife italiana Salvatore Ferragamo dão mais charme a qualquer produção de verão. Por R$ cada. Tel.: Camisetas de espírito navy Camisetas para os rapazes brincarem de marinheiro no calor da estação: o modelo listrado da marca Escudero ( ) sai por R$ 98; já o da Richard s ( ) custa R$ 119. PONTO A PONTO Para filmar o esporte preferido da estação Muito legal a campanha de verão da Zapälla ( ). Este lookao lado é perfeito para os homens que querem atravessar a estação com estilo. Apartirdodia10,o InstitutoRioModa ( ) promoveumasériede workshops,batizados de StudiodeVerãoRio Moda.Adriana Bechara, diretorade modadarevista Glamour, eeduardo Reproduçãode internet Varela,HeadofDesign dogrupoosklen, sãoalgunsdos palestrantes. Maisinformações: institutoriomoda.com.br. A Ophicina do Cabelo ( ) criou a restauração de caviar, para quem deseja ficar com a pele lisinha no verão. FabianoNiederauer, da3r Studio, lança a segunda edição da Revista Inesquecível Casamento Búzios. Atéodia 2 de fevereiro, quem foratrancoso, nabahia, vaipoderrenovar oestoquede biquínis: a marcade moda praiaáguade Coco porlianathomaz montou umasummer store nolocal. Nas araras, atépeçasque foram desfiladasnasãopaulofashionweek. Brinquedinho para as férias: o iclam transforma seu smartphone em câmera de ação. O kit é formado por acessórios que podem ser fixados em bicicletas e até em pranchas de surfe. R$ 399. icenter Coluna publicada às sextas-feiras

18 18 Brasil Econômico Sexta-feira e fim de semana, 3, 4 e 5 de Janeiro de 2014 FINANÇAS Editora: Eliane Velloso eliane.velloso@brasileconomico.com.br FLUXO CAMBIAL Saldo do ano está negativo em US$ 10 bi A saída de dólares do país superou a entrada em dezembro, até o dia 27, gerando saldo negativo de R$ 7,064 bilhões no fluxo cambial, segundo dados divulgados ontem pelo Banco Central. De janeiro a 27 de dezembro, o fluxo cambial está negativo em US$ 10,545 bilhões. Nesse período, o segmento financeiro registrou déficit de US$ 21,668 bilhões, enquanto o comercial ficou positivo em US$ 11,124 bilhões. ABr Entre a Copa e as eleições, dólar deve continuar em alta Cenário de incertezas e volatilidade recomenda cautela aos investidores em 2014; Bolsa pode se recuperar, depois do tombo de 15,5% em 2013 e de 2,26% ontem - mas oportunidades precisarão ser garimpadas Léa De Luca lluca@brasileconomico.com.br São Paulo Mais do mesmo, volátil, desafiador. Essas são as definições mais usadas por economistas, analistas e estrategistas quando o assunto são as perspectivas para a economia, o mercado financeiro e os investimentos no Brasil em O dólar deve continuar em alta depois de subir mais de 15% em 2013, ontem avançou 1,35%, para R$ 2,3913 na venda, nível mais alto desde 22 de agosto. E a bolsa, que caiu 15,5% no ano passado e 2,26% ontem (leia mais na página 21), acena com chances de recuperação mas as ações precisarão ser garimpadas. De um lado, o corte de US$ 10 bilhões no programa de estímulos nos Estados Unidos (que vinha despejando mensalmente US$ 85 bilhões na economia) pode reduzir o fluxo de investimentos para os emergentes, pressionando o dólar e a perspectiva de rebaixamento do rating do país também atua nesse sentido. Mas se o desinteresse nos emergentes diminui com a recuperação da economia americana e o advento da alta dos juros por lá, por outro lado a Bolsa brasileira está muito mais barata dos que suas concorrentes, o que pode ser um chamariz. A consequência de tudo isso é um elevado grau de incerteza quanto ao comportamento da economia brasileira para 2014, diz Ricardo Tadeu Martins, analistachefe da Planner. As eleições são o principal entrave a mudanças na política econômica.a palavra de ordem para o investidor é esperar para o horizonte clarear, o que deve acontecer só em 2015 Paulo Sandroni Professor da FGV Após mais um ano de crescimento abaixo do potencial, o governo se vê em um dilema estrutural para 2014: ou continua estimulando a economia, colocando em jogo a redução do risco soberano, ou entrega maior austeridade fiscal, disseram ontem em relatório Carlos Nunes e Luiz Giordani, estrategista e analista do HSBC. O governo deve manter a política fiscal expansionista, por conta das eleições, o que resultará em crescimento próximo de 2013 durante esse ano, porém, com maior risco de redução do rating e consequente aumento no câmbio. Para o professor da FGV Paulo Sandroni, as eleições representam o principal entrave a mudanças significativas na política econômica. A palavra de ordem para o investidor é esperar para o horizonte clarear. Isso deve acontecer somente em 2015, disse. Mas, como sempre, onde há riscos não faltam oportunidades. Atrelar parte dos rendimentos à variação do dólar, aplicando em fundos cambiais, por exemplo, é uma boa estratégia de diversificação; mas garimpar papéis na Bolsa e manter uma parte alocada em juros - de preferência em títulos públicos atrelados a índices de preços também é recomendado, segundo o administrador de investimentos Fabio Colombo. A Planner tem uma visão conservadora para o desempenho da Bovespa em 2014, mas ao mesmo tempo acredita na valorização de alguns setores e empresas: Projetamos uma alta potencial de 15,5% para o para o Ibovespa para o final de 2014, a pontos, o que significa uma variação de 4,5% acima do crescimento projetado para a Selic de 10,50%. O estrategista do BB Investimentos Hamilton Moreira cita outro ponto que pode beneficiar a bolsa. Até abril, a metodologia do seu principal índice, o Ibovespa, irá mudar e as empresas com maior valor de mercado e que entregarem resultados positivos terão mais peso. Isso pode trazer muito mais segurança e alavancar o índice. No entanto, este bom humor dependerá dos momentos favoráveis da economia brasileira e do cenário externo. Uma conjuntura macroeconômica menos favorável para 2014 Flavio R. Guarnieri Projetamos uma alta potencial de 15,5% para o para o Ibovespa para o final de 2014, a pontos, o que significa uma variação de 4,5% acima do crescimento projetado para a Selic de 10,50% Ricardo Tadeu Martins Analista-chefe da Planner deve desacelerar as vendas no varejo e afetar o comportamento das principais empresas do setor listadas no Bovespa. Depois da expansão de 8,4% em 2012, a previsão é que as vendas no varejo finalizem este ano com alta de 3,4%. Para 2014, a estimativa é de crescimento ainda mais fraco, de 2,9%, de acordo com o economista Silvio Campos, da Tendências Consultoria. Entre os principais fatores para o menor fôlego do varejo, Campos lista a continuidade do crescimento menor da renda, o crédito moderado e a alta dos juros, que diminuem o poder de compra de consumidor. Na China, tanto os indicadores quanto o discurso do governo não são 100% confiáveis, o que torna o cenário nebuloso. O mercado aposta no que é divulgado, mas pode haver mudanças, afirma o operador Luiz Roberto Monteiro, da corretora Renascença. Desta maneira, a Vale (mineradora que tem a China como seu maior cliente de minério de ferro) e as siderúrgicas poderão oscilar a cada nova divulgação de indicadores. Os analistas da Geração Futuro, por sua vez, lembram que o fim do IOF sobre a conversão de ADRs favorece operações de arbitragem com as bolsas internacionais. Em relatório, disseram ainda que o anúncio da estratégia de desmonte do programa de estímulos americanos ajudou. Acreditamos que sem este risco para 2014, o caminho para um melhor desempenho do mercado de ações brasileiro fica mais facilitado. Com Priscilla Arroyo, Niviane Magalhães e Reuters

19 Sexta-feira e fim de semana, 3, 4 e 5 de Janeiro de 2014 Brasil Econômico 19 O MERCADO COMO ELE É... LUIZ SÉRGIO GUIMARÃES luiz.sergio@brasileconomico.com.br DÓLAR VOLTA À ERA PRÉ-SWAP Os mercados iniciaram ontem o novo ano com um misto de azedume e inquietação. Os primeiros indicadores de 2014 sugerem movimentos opostos para as duas maiores economias do mundo: enquanto os EUA mostram vigor acima do esperado, a China desacelera mais do que o desejado. As tendências podem ser antagônicas, mas o efeito, sobretudo para as economias emergentes, é o mesmo: um deslocamento maior de capitais globais para os EUA, não só por causa da retomada inesperada da primeira potência, mas porque os emergentes, tradicionais exportadores de commodities para a segunda, perderão receita também em dólar. O impacto desse quadro sobre o mercado de câmbio brasileiro foi expressivo: o dólar fechou em alta de 1,43%, vendido a R$ 2,3913, maior cotação desde 22 de agosto, dia em que o Banco Central anunciou seu programa de intervenções cambiais por meio de leilões de swaps e linhas de crédito. Editoria de Arte Para atender à demanda das empresas estrangeiras por dólares físicos, os bancos nacionais ampliaram suas posições vendidas à vista para US$ 16,64 bilhões O ano foi inaugurado nos EUA com dados auspiciosos sobre a indústria, o emprego e a construção civil, todos melhores que as expectativas. Índice de atividade industrial, o ISM de dezembro retrocedeu menos do que previam os analistas. Baixou de 57,3 pontos em novembro para 57 no mês passado, quando as instituições esperavam uma desaceleração maior, para 56,8 pontos. E o número de novas solicitações de seguro-desemprego caiu para 339 mil na semana passada, número inferior aos 345 mil projetados pelos especialistas. Do setor de construção, veio informação oficial de que os gastos cresceram 1% em novembro, o ritmo mais intenso desde março de 2009, atingindo um valor anual de US$ 934 bilhões. Os dados de ontem se somaram aos divulgados depois da reunião do dia 18 do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, em inglês) em que o Federal Reserve surpreendeu o mundo ao anunciar a redução em US$ 10 bilhões do volume de compras de títulos que fará neste mês de janeiro relatando uma recuperação econômica sólida a ponto de sustentar intensificação do ritmo do ajuste monetário. E os rendimentos dos títulos do Tesouro americano iniciaram processo de afunilamento mais drástico da liquidez. A taxa do papel de 10 anos subiu de 2,88% após a reunião do dia 18 para 3% perto da virada do ano e ontem chegou à máxima de 3,06%. Da China, as notícias não foram boas no primeiro pregão do ano. O PMI (Índice dos Gerentes de Compras) industrial caiu tanto pelo cálculo do HSBC quanto do governo. O primeiro cedeu a 50,5 pontos em dezembro, ante 50,8 pontos em novembro. O oficial recuou de 51,4 para 51 pontos, enquantoanalistas torciam por queda mais suave, para 51,2. O que os analistas mais temem é que as autoridades chinesas não consigam controlar o procedimento de descida. A intenção é acomodar a economia por meio de reformas ambiciosas e restrições à alavancagem (o nível de endividamento) produtiva. Se tudo der certo, este ano a China crescerá, de forma mais saudável, entre 7,3% e 7,4%, ante 7,6% e 7,7% em Mas, para muitos especialistas, o soft landing é um sonho improvável. O dólar chegou de manhã a ser cotado acima de R$ 2,41. Na máxima do dia, bateu em R$ 2,4105, em alta de 2,25% em relação ao fechamento do ano passado, R$ 2,3575. Além do avanço das treasuries, os players contavam com impulsos de alta vindos de três outras frentes: o início dos ajustes feitos pelo BC em seu programa de intervenções cambiais, dados sobre o fluxo cambial da semana passada e os números sobre o desempenho da balança comercial de Nenhuma delas desapontou, desarmando as puxadas mais especulativas, favorecidas pelo diminuto volume de negócios. A redução no volume diário de venda de swaps cambiais de 10 mil para 4 mil contratos não aumentou a procura por hedge nem no mercado futuro, nem no à vista. Apesar de o comércio exterior ter mostrado o menor superávit (US$ 2,56 bilhões) desde 2001, ainda veio acima da projeção de cem instituições pesquisadas pelo Boletim Focus do BC, de saldo positivo de US$ 1,2 bilhão. E o fluxo cambial fechou no azul na semana passada. Faltando contabilizar apenas a entrada e a saída de capitais ocorridas no dia 30, a balança cambial de 2013 mostra déficit de US$ 10,55 bilhões. É a primeira vez desde a crise de 2008 que o fluxo apresenta um comportamento anual negativo. Em 2012, a balança exibiu um saldo positivo de US$ 16,75 bilhões. A perda do ano passado aconteceu na conta financeira, cujo déficit de US$ 21,67 bilhões engoliu completamente o superávit de US$ 11,124 bilhões registrado pela contratação de câmbio de exportadores e importadores. O saldo de US$ 671 milhões verificado na semana passada reduziu apenas ligeiramente o déficit contabilizado em dezembro. Estava, até o dia 27, em US$ 7,06 bilhões. Remessas de lucros e dividendos feitas por multinacionais foram as maiores responsáveis pela perda do mês. Muito pouco das saídas líquidas pode ser atribuído ao anúncio, no dia 18, pelo Federal Reserve (Fed), do tapering da política monetária americana. Para atender à demanda das empresas estrangeiras por dólares físicos, os bancos nacionais tiveram de ampliar suas posições vendidas à vista. São dólares tomados pelos bancos no mercado de crédito internacional e também no Banco Central. Essas posições se elevaram de US$ 9,58 bilhões no fim de novembro para US$ 16,64 bilhões na última sexta-feira, aproximando-se do recorde recente de US$ 16,78 bilhões de O mercado futuro de juros da BM&F traçou trajetória similar à do dólar: forte alta matinal e esmorecimento à tarde. O contrato para a virada do ano avançou até 10,65%, mas fechou estável em 10,58%. A taxa para janeiro de 2017 ainda encerrou (12,35%) em alta frente ao dia 30 (12,28%), mas distante da máxima de 12,42%.

20 20 Brasil Econômico Sexta-feira e fim de semana, 3, 4 e 5 de Janeiro de 2014 FINANÇAS Para Apimec, investimentos em infraestrutura anima bolsa Presidente da instituição acredita que as obrigações dos leilões podem movimentar mercado de capitais este ano Marcelo Loureiro marcelo.loureiro@brasileconomico.com.br A mudança do modelo de desenvolvimento, do consumo para a infraestrutura, é a esperança de um ano melhor para a economia e para a bolsa. É nisso o que acredita Reginaldo Ferreira Alexandre, o presidente nacional da Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais (Apimec). Um fato alentador para este ano é a possível participação maior do investimento na composição do crescimento. Precisamos investir mais. Eventualmente, por essa nova força motriz, poderemos crescer mais do que 2%, a previsão atual do mercado, diz Alexandre, ressaltando que o patamar está abaixo do potencial do país. Os compromissos de investimento firmados com os vencedores dos leilões dão a garantia de que os projetos vão realmente andar. Pode ser o início de uma etapa nova na economia, um novo ciclo. Passamos daquela fase da dúvida sobre os leilões e vamos começar 2014 com as obrigações de investimento, com as empresas se financiando no mercado de capitais. Caminha para ser algo positivo, embora o cenário internacional ainda influecie muito a bolsa brasileira. Para Alexandre, há em curso um deslocamentodeinteressesgeneralizado porparte dosinvestidores estrangeiros. O mercado dos Estados Unidos está em nívelrecorde, o Japão implantou uma política monetária que fez a bolsa crescer junto com a economia ealguns países da Europa já se recuperaram. Outrosemergentesperformam melhordo queagente. Issotiraatratatividade dobrasil e vaicontinuarafetando a nossa bolsa em O desconforto com a situação da economia brasileira em 2013 é resumida por Alexandre com a capa da revista The Economist, onde se via o Cristo Redentor em uma viagem desgovernada. Em alguns aspectos, a economia brasileira andou na contra-mão de alguns outros países e isso se refletiu nas ações e nos recibos negociados nos Estados Unidos. Mas quando o mercado cria paradigmas, é bom o investidor ficar atento para separar o joio do trigo. Nessas horas surgem boas oportunidades de investimentos. Entre as ações da Apimec para melhorar o ambiente do mercado de capitais brasileiro, Alexandre destaca a participação da instituição no Grupo de Trabalho Interagentes. Além da Apimec, a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), a BM&FBovespa e outras 8 instituições têm proposto uma agenda positiva para o mercado de capitais brasileiro. Um dos pontos trata do estímulo às ofertas menores. Vemos a possibilidade de desenvolver um segmento importante do mercado. Há milhares de empresas nessa faixa de faturamento com grande potencial de crescimento e com projetos importantes para o país que não encontram meios de se apresentarem aos investidores do mercado de ações, especificamente. Tem propostas muito interessantes de empresas que podem dar bons retornos aos acionistas. Então, faz todo o sentido prestarmos atenção nas Pequenas e Médias Empresas. Divulgação Um fato alentador para 2014 é a possível participação maior do investimento na composição do crescimento. Por essa nova força motriz, poderemos crescer mais do que 2% Reginaldo Ferreira Alexandre Presidente da Apimec Do ponto de vista da alocação da poupança interna, segue Alexandre, criar alternativas é muito saudável. O tícket médio de uma oferta no Brasil é muito alto, em geral acima de R$ 500 milhões. As instituições que participam do Grupo se perguntam o porquê de uma empresa com um projeto interessante de R$ 20 milhões, R$ 30 milhões não poder acessar essa poupança. É possível que o projeto dela seja mais interessante do que aquele da empresa que é capaz de levantar 20 vezes mais em uma oferta. Experiências internacionais são destacadas pelo presidente da Apimec como exemplos a serem seguidos. Há mercados de acesso ativos em vários lugares do mundo, destaca. Na Inglaterra, o exemplo é o AIM onde, apenas em dezembro, houve dez ofertas que levantaram 227 milhões, o equivalente a R$ 875 milhões. No ano, mais de companhias captaram recursos ali. E não só nas grandes economias há segmentos assim. Na Europa tem experiências fantásticas. Além da Inglaterra, há segmentos de acesso na Holanda, na Polônia. Na Ásia também há exemplos interessantes. Um país como o nosso, com nossa dimensão, nosso desenvolvimento e nosso mercado de capitais não pode ficar de fora disso. Sobre a possibilidade de uma nova bolsa no Brasil, Alexandre é mais comedido. Pode ser saudável, mas é difícil saber. Temos uma bolsa já consolidada. Não sabemos o que é um ambiente com mais de uma bolsa há muito tempo. É preciso observar a experiência internacional. Nos Estados Unidos, há duas bolsas representativas. Mas na Europa muitos mercados têm, na prática, uma instituição só prestando esse serviço sem que isso afete o bom funcionamento do mercado.

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