Fronteiras da Sublimação: Notas sobre a Elaboração do Conceito* Frontiers of Sublimation: Notes on the Development of the Concept

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1 Fronteiras da Sublimação: Notas sobre a Elaboração do Conceito* Frontiers of Sublimation: Notes on the Development of the Concept Maria Vilela Pinto Nakasu I Resumo Conceito extenso é a sublimação, prenhe de sentidos, fronteiriço, que transita entre a teoria da sexualidade, a teoria do ego e suas defesas, a teoria pulsional, a teoria da cultura e da formação de caráter. Este trabalho se propõe a demonstrar que as bases do conceito de sublimação foram consolidadas já em 1905, com a elaboração da teoria sexual infantil, e ampliada com o desenvolvimento da teoria das pulsões. Sugerimos, primeiro, que a sublimação, aos poucos, torna-se um conceito de inúmeras defi nições. Segundo, que a referência à cultura é crucial no processo de elaboração da sublimação na medida em que a atividade sublimatória é relevante à satisfação pulsional do indivíduo e à saúde psíquica do homem civilizado. Palavras-chave: Freud; sublimação; cultura. Abstract The concept of sublimation is extensive, full of meaning, cutting edge, moving between the theory of sexuality, the theory of the ego and its defenses, drive theory, the theory of culture and character formation. This work aims to demonstrate that the basis of the concept of sublimation had been consolidated in 1905 with the development of childhood sexual theory, and expanded with the development of the theory of drives. We suggest, first, that sublimation gradually becomes a concept of many defi nitions. Second, the references to culture are crucial in the development process of sublimation: it is relevant to the individual drive satisfaction and psychological health of civilized man. Keywords: Freud; sublimation; culture. I Universidade de São Paulo. Certamente o conceito de sublimação não teve um tratamento especial como outros conceitos metapsicológicos, tais como a repressão, o narcisismo, o inconsciente ou o superego. Não se trata, aqui, de especular sobre as razões pelas quais Freud não concedeu à sublimação um lugar de destaque na construção do seu edifício teórico; mesmo porque, se é verdade que um dos trabalhos metapsicológicos perdidos foi dedicado à sublimação, talvez esse empenho tenha sido feito. De qualquer modo, são numerosas as passagens na obra freudiana nas quais a sublimação aparece. Mas é certo e consensual entre os comentadores que seu sentido vem sempre acompanhado de um caráter ambíguo e confuso. Ao longo da obra, Freud oscila entre definila como uma operação essencial ao equilíbrio energético pulsional do aparelho e em circunscrevêla num âmbito mais restrito, designando as atividades humanas artística e intelectual. Tal oscilação, acrescida às confusões na articulação da sublimação a outras noções psicanalíticas devido à dificuldade de se definir objetivamente o conceito, já que possui um forte componente normativo, colaboram para o estatuto ambíguo que o conceito assume na teoria freudiana. 1 Respeitaremos os movimentos da cronologia, sem eliminá-los por meio de antecipações, e pretende-se acompanhar o surgimento do conceito de sublimação em O Caso Dora (1989b/1905), acompanhando sua elaboração até a redação da 22 a Conferência de Introdução à Psicanálise ( b). Deste modo, o exame do conceito restringe-se sobretudo ao campo da clínica e da metapsicologia. A Sublimação como um Destino da Pulsão: A Teoria Sexual Infantil É no caso Dora (1989b/1905) que a concepção de sublimação é introduzida. 2 Sua primeira aparição reúne ideias subjacentes a sua definição que se 1 Anzieu (1992) acrescenta a ideia de que o uso do termo sublimação, feito por uma crítica psicanalítica aplicada às obras literárias e artísticas, é abusivo e simplificador. 2 Em 2 de maio de 1897, Freud empregou o termo na correspondência com Fliess. Nakasu, M. V. P. 50

2 conservarão até o final da obra. Em linhas gerais, são estas as ideias que permanecem no horizonte de Freud: a) A sublimação é um mecanismo de defesa contra as pulsões; b) A sublimação deforma e modifica um conteúdo desagradável; c) Implica uma mudança de meta das pulsões sexuais em direção a metas elevadas; d) Proporciona a força motriz de muitas conquistas culturais. e) Favorecendo um destino para as pulsões sexuais diferente da repressão, a sublimação modifica sua meta retirando o componente sexual, a finalidade sexual ou o modo de satisfação sexual, substituindo-o por outro modo de satisfação mais elevado. A transposição de uma meta sexual por uma meta assexual implica, necessariamente, uma dessexualização da meta. Observa-se implícita, desde já, a tese que enfoca a sublimação como a operação de dessexualização das pulsões, introduzida somente em O ego e o id (1989/1923), e, além disso, a concepção segundo a qual a nova meta é mais elevada que a anterior, dentro de uma escala de valor. Gonçalves (2004) sintetiza quatro usos do termo sublimação utilizados até o caso Dora: sublimação enquanto processo psíquico; sublimação enquanto resultado ou efeito do processo psíquico; sublimação enquanto capacidade ou potencialidade pulsional; e sublimação considerada a partir daquilo que é sublimado: as pulsões ou as representações (p. 69). 1 Cabe antecipar que a sublimação não consiste somente em uma passagem a um nível mais elevado da hierarquia de valores, mas igualmente na mudança de um modo de funcionamento psíquico a outro, radicalmente heterogêneo. A sublimação é, por assim dizer, [...] um processo fecundo de transformação da economia psíquica (Anzieu, 1992, p. 63). Por essa razão, baseando-se na pré-história do termo sublimação, Anzieu (1992) remonta sua origem à noção de purificação espiritual: 1 Esta dissertação de mestrado investiga se a sublimação, tal como proposta por Freud ao longo dos seus trabalhos publicados até 1915, pode ser considerada, enquanto destino pulsional, como o elemento essencial da cura psicanalítica, tanto na especificidade do trabalho clínico, quanto na abordagem ética da oposição suposta entre as pulsões e a civilização. Este termo encontra-se, por uma derivação metafórica muito anterior à psicanálise, transposto para o domínio da purificação moral. A pulsão sexual se livra de seus componentes biológicos ligados à reprodução da espécie por visar alvos elevados na ordem estética, intelectual, religiosa, ou seja, alvos habitualmente qualificados de sublimes (p. 23). Ao transformar a bestialidade em virtude, a sublimação livraria e desembaraçaria a pulsão de substâncias que as tornam depreciadas. Nesse sentido, ela purificaria as pulsões associais tornando-as virtudes socialmente valorizadas. As teses anunciadas no caso Dora são desenvolvidas nos Três ensaios da teoria sexual (1989a/1905) e as razões que tornam esse texto bastante interessante a nossos propósitos são numerosas. O texto situa as pulsões que serão alvo da sublimação nas fases do desenvolvimento sexual; explica o que a sublimação faz, exatamente, com as pulsões; justifica o motivo que a tornou um mecanismo de defesa contra as pulsões, uma faculdade psíquica diferente da formação reativa e uma alternativa à repressão. Trata-se do primeiro trabalho de Freud a associar sublimação e atividade artística, situando a primeira como um vértice importante na formação do caráter. Do mesmo modo, esclarece o caminho percorrido pela meta sexual em direção a uma meta não sexual mediante a aplicação de uma proposição teórica baseada na influência das funções sexuais sobre os processos corporais. Enfim, Três ensaios... é o primeiro trabalho freudiano que circunscreve o conceito de sublimação. Vamos a ele. As pulsões parciais originam-se, segundo Freud, de partes do corpo ou zonas erógenas variadas. As fases oral, anal/sádica e fálica comporiam as fases pré-genitais, nas quais as pulsões se satisfazem independentemente umas das outras. No caso Dora, a sublimação designa a volta da meta sexual para uma meta não sexual. Nos Três ensaios... ela se torna uma operação de desvio, da meta primeira da pulsão sexual à meta originária em direção a um alvo não sexual. Tais metas são antigas metas sexuais abandonadas: como a pulsão de ver, sem uso no período de latência e que pode ser reativada pela sublimação. 2 Esta se 2 A pulsão de saber é, para Freud, elementar e não se subordina exclusivamente à sexualidade. Ela se origina na pulsão de ver. Fronteiras da sublimação: notas sobre a elaboração do conceito 51

3 encarregaria de dirigir a curiosidade originariamente sexual para metas artísticas mais elevadas. O olhar sexualizado e o olhar voltado para produções artísticas estariam, por assim dizer, intimamente relacionados. A origem da sublimação é remontada ao período de latência, no qual a energia sexual é empregada para outros fins, distintos dos sexuais. Ao lado da repressão e da formação reativa, a sublimação é caracterizada como um mecanismo de reação ou contra-força voltado para a eliminação de sensações de desprazer. Porém, não confundamos sublimação com repressão e formação reativa, são operações distintas. A par de terem em comum o fato de serem formas de reação ao sentimento de desprazer produzido pela satisfação das moções perversas, e nesse sentido são consideradas mecanismos de defesa, diferem em outros aspectos. A tarefa da sublimação é drenar as excitações hiperintensas que se originam das diversas fontes da sexualidade e empregá-las em outros campos, tornando a disposição em si perigosa em um incremento da capacidade de rendimento psíquico. É nisso que reside seu aspecto profilático. Ao canalizar os componentes sexuais do período de latência em sentimentos qualificados como sociais, ela evita que desta energia sejam produzidos formações repetitivas e neuróticas. Notemos que as pulsões parciais de maneira geral, entre elas a pulsão de ver, compõem a matériaprima da operação sublimatória. A proporção de capacidade de rendimento psíquico, de perversão e neurose variaria de pessoa para pessoa. A energia sexual liberada pela sublimação para o rendimento psíquico é considerada uma das fontes da atividade artística, restrita a pessoas altamente dotadas. A sublimação, como mencionamos, participa da formação de caráter, pois este é construído em boa parte com o material das pulsões associais e perversas. 3 Como se daria o desvio da meta sexual em direção a uma meta não sexual? Tal é a resposta de Freud (1989a/1905, p. 187): Boa parte da sintomatologia neurótica, que derivo de perturbações dos processos 3 Em uma passagem de um artigo de 1913, intitulado O interesse pela psicanálise (1989/1913), a mesma ideia é encontrada: A psicanálise pode ensinar quão valiosas contribuições à formação do caráter prestam as pulsões associais e perversas da criança quando não são submetidas à repressão, mas afastadas de suas metas originárias e dirigidas a metas mais valiosas, em virtude do processo da chamada sublimação (Freud, 1989/1913, p. 191). sexuais, se exterioriza em perturbações de outras funções, não sexuais, no corpo. No estado de saúde, esses mesmos caminhos por onde as perturbações sexuais influenciam as outras funções do corpo não sexuais servem a outras conquistas. Por eles se consumaria a atração das forças pulsionais sexuais em direção a outras metas, não sexuais; ou seja, a sublimação da sexualidade. Não podemos menos que concluir confessando que é muito pouco o que sabemos destas vias, sem dúvida existentes e provavelmente transitáveis nas duas direções. Freud pressupõe a existência de caminhos por onde processos sexuais influenciam funções não sexuais. Por eles a sexualidade seria sublimada, ou seja, as forças pulsionais sexuais seriam atraídas em direção a metas não sexuais. A sublimação nos Três ensaios... é assim resumida por Gonçalves (2004, p. 71): [...] processo cujo início se dá no período de latência sexual da infância, é o desvio da totalidade ou da maior parte de uma força pulsional sexual de suas metas sexuais não-aceitáveis, por sua orientação, na saúde, para novas metas nãosexuais irrepreensíveis e/ou valorizáveis psicológica e culturalmente sendo esta uma das fontes da atividade artística. Ao colocar lado a lado sublimação, a formação reativa e a repressão, Freud dá a entender, nos Três ensaios da teoria sexual, que a sublimação é um mecanismo importante para o equilíbrio pulsional exigido pelo aparelho psíquico. O texto não esclarece o grau de importância dessa operação, isto fica a cargo de Caráter e erotismo anal (1989b/1908), baseado, em grande medida, nas teses dos Três ensaios.... Nele, Freud brinda o leitor com um bom exemplo de troca da meta sexual para uma meta não sexual ao apresentar o erotismo anal como um dos componentes da pulsão que se torna inaplicável devido à educação cultural. Uma pulsão que inicialmente se satisfaz em uma zona erógena, no caso, o ânus é desviada de sua meta e irá influenciar a mania de organização da pessoa, de economia e a obstinação, todas consideradas qualidades de caráter. Nakasu, M. V. P. 52

4 Para nossos propósitos interessa a opinião de que a sublimação daria conta de parte da magnitude de excitação que não favorece diretamente a vida sexual. Ouçamos novamente Freud (1989b/1908, p. 183): As magnitudes de excitação que chegam desses lugares - zonas erógenas - não experimentam o mesmo destino todas elas [...] Em termos gerais, só uma parte desta magnitude de excitação favorece a vida sexual; outra é desviada das metas sexuais e voltada a outras metas (metas diversas), processo esse que merece o nome de sublimação. A sublimação é situada, por assim dizer, como um mecanismo fundamental do psiquismo e nada acessório na medida em que se encarrega de direcionar parte da pulsão sexual. A Sublimação após 1908 A moral sexual civilizada e o nervosismo moderno (1989/1908a) discute as consequências da renúncia sexual exigida pela sociedade: a neurose, a perversão, a homossexualidade, a infidelidade conjugal, a prática da masturbação, o nervosismo; todos formando o leque do ônus pago pelas pessoas por se submeterem ao que Freud denomina moral sexual cultural, isto é, preceitos morais baseados na abstinência sexual até o matrimônio, na relação sexual pra fins de reprodução e na severa educação moral. Após introduzir a tese segundo a qual a cultura repousa sobre a coerção das pulsões sexuais, a pulsão sexual é considerada a fonte da energia empregada no trabalho cultural. 4 Ele explica: [...] e isso sem dúvida se deve à peculiaridade, que ela apresenta com particular relevo, de poder deslocar sua meta sem sofrer uma mudança em sua intensidade. A esta faculdade de trocar a meta sexual por outra, não sexual, mas psíquicamente semelhante a ela, se chama a faculdade para a sublimação (Freud, 1989a/1908, p. 168). 4 Em A perturbação psicógena da visão (1989/1910), Freud reafirma a tese que diz que a cultura se estrutura à custa da repressão das pulsões sexuais, acrescentando o aspecto parcial das pulsões sexuais. A principal novidade do texto ao problema da sublimação é o acento no registro quantitativo. Ao serem desviadas de suas metas, as pulsões sexuais são disponibilizadas para o trabalho cultural portando a mesma intensidade que antes. A pulsão sublimada conservaria a força original das pulsões sexuais e, nesse sentido, o deslocamento da meta não implicaria a mudança de intensidade. 5 É a deslocabilidade da meta que a torna valorizável, ou seja, que permite a uma pulsão sexual não valorizável obter valor. Essa deslocabilidade pressupõe um traço particular da pulsão fortemente sublinhado em Pulsões e destinos da pulsão (1989/1915), a saber, sua plasticidade. Quanto mais plástica e móvel é a pulsão, quanto menos ela se fi xar com particular tenacidade sobre os objetos, mais disponível estará para ser deslocada em direção a alvos não sexuais. As pulsões com pouca mobilidade de deslocamento produzem o que Freud denomina anormalidades. A sublimação é, assim, situada como um indicador de um estado mental saudável. Dentre as propriedades das pulsões sexuais alguns termos aparecem sempre associados a ela ao longo da obra freudiana: plasticidade, deslocamento e valoração. Além disso, fixação, rigidez e metas desvalorizadas. A noção de valoração social colabora para o conceito de sublimação adquirir um forte componente normativo. Anzieu (1992) assinala que para efetuar a passagem direta da pulsão, do que ela possui de universal, de trivial, de animal, à elevação espiritual, à originalidade singular das obras de arte ou da cultura e à fascinação particular que exercem sobre a espécie humana, Freud apoia-se sobre a ideia de alvos elevados na ordem estética, intelectual, religiosa, ou seja, alvos habitualmente qualificados de sublimes. A pulsão sexual se livrará de seus componentes biológicos ligados à reprodução da espécie por visar à elevação estética comum a todos os homens, sobretudo aos artistas e cientistas. Vinculada às práticas humanas distantes da visada sexual, a noção de valoração social aparece sempre acompanhada da ideia de grandeza e elevação. O valor tem o seu contraponto, a saber, as práticas desvalorizadas pela sociedade, as quais Freud não hesita em defini-las no âmbito das moções perversas. 5 Nos termos de Freud (1989a/1908, p. 162), [...] as pulsões sexuais põem à disposição do trabalho cultural volumes enormes de força, e isso sem dúvida alguma se deve à peculiaridade que ela apresenta com particular relevo de poder deslocar sua meta sem sofrer uma diminuição de intensidade. A esta faculdade de trocar a meta sexual originária por outra, não sexual, mas psíquicamente semelhante a ela, chama-se faculdade para a sublimação. Fronteiras da sublimação: notas sobre a elaboração do conceito 53

5 Detenhamo-nos um momento sobre outra alusão de A moral sexual civilizada e o nervosismo moderno (1989a/1908) à questão das quantidades, agora relacionada às variáveis em jogo na capacidade de sublimação de cada um. Tal capacidade não é a mesma, assim como a magnitude da intensidade originária da pulsão sexual. 6 Pela primeira vez, Freud explicita que apenas uma minoria das pessoas consegue sublimar suas pulsões, isto é, dominar as pulsões sexuais por um caminho que não seja a satisfação direta, e desviá-las para metas culturais elevadas. Os demais se tornariam neuróticos ou teriam outro dano. 7 É assim, por exemplo, que em A propósito de um caso de neurose obsessiva (1989/1909), discorrendo sobre a constituição sexual e as exigências da cultura, Freud afirma que uma constituição sexual desfavorável ou um desenvolvimento perturbado podem gerar neuroses, inibições e formações substitutivas, impossibilitando a sublimação da sexualidade. Haveria casos nos quais as pessoas adoeceriam pela tentativa de sublimar suas pulsões, rebaixando a medida que sua organização lhes consentia. Em Conselhos aos médicos para o tratamento psicanalítico (1989/1912), o autor sublinha que, em alguns casos, a sublimação ocorre espontaneamente nas pessoas aptas a ela. Em outros a análise pode favorecer esse processo mediante a renúncia da satisfação libidinosa, de maneira que a libido estancada possa ser aplicada à conquistas de metas não mais eróticas. 8 Voltemos a A moral sexual civilizada e o nervosismo moderno (1989a/1908) no qual Freud assinala que não somente entre um indivíduo e outro variaria a proporção entre sublimação possível e satisfação sexual direta, mas igualmente nas diversas profissões. A seu ver, a abstinência sexual não interfere na capacidade de sublimar, sendo perfeitamente possível haver homens de ação autônoma, pensadores originais, ousados libertadores e reformadores que não sejam abstinentes. Além disso, as crianças estariam aptas a sublimarem suas pulsões; como atesta o caso do Pequeno Hans (1989/1909), que desde o início do seu estado de angústia [...] mostrou maior interesse por música e desenvolveu 6 Os homossexuais estariam mais aptos a sublimar devido à intensidade de suas pulsões parciais, cuja finalidade não é a reprodução. 7 Na 23 a conferência de introdução à psicanálise, Os caminhos da formação dos sintomas, Freud (1989c/ , p. 342), explicita a relação quantitativa entre neurose e sublimação: É decisivo o fator quantitativo para a capacidade de resistência a contrair a neurose. Interessa a quantidade de libido não aplicada que uma pessoa pode conservar flutuante e a quantia da fração de sua libido que é capaz de desviar do sexual para as metas da sublimação. 8 O texto em que se encontra esta última ideia é Sobre os tipos de contração da neurose (1989/1912). seus dotes musicais hereditários (Freud, 1989/1909, p. 111). É a organização congênita e, em menor grau, as influências da vida e a influência intelectual do aparelho psíquico que decidirão o quanto da pulsão sexual resultará sublimável e valorizável no indivíduo. 9 Ainda que a referência à influência intelectual apareça de forma confusa, mais adiante compreenderemos que a sublimação estará intimamente relacionada ao trabalho psíquico voltado a operações de meta inibida. Tem-se a impressão de que a teorização da sublimação segue um roteiro mais ou menos assim: seus principais pilares são definidos em torno de 1905, no período que marca o início da psicanálise. No entanto, conforme alguns conceitos vão sendo mais bem delineados, esses pilares vão ganhando novos contornos. As mudanças proporcionadas pelo desenvolvimento da teoria sexual infantil, pela introdução do conceito de narcisismo, a elaboração do conceito de ego, a construção de algumas teses a respeito da cultura, contribuem para a teorização da sublimação na medida em que lhe agregam elementos. As Cinco conferências sobre a psicanálise (1989/ ), por exemplo, esclarecem traços das metas originárias da pulsão sexual e sua metamorfose em meta não sexual, além de precisar o sentido da noção de valorização social. Esse trabalho retoma a teoria da sexualidade infantil e elucida as fases de desenvolvimento das pulsões sexuais, detalhando-as o autoerotismo, o amor de objeto, etc. -, fornecendonos um esboço dos diferentes graus de distanciamento que pode obter a meta sexual. Há metas originárias e metas distantes, sem visada sexual. As metas ativas e passivas, das quais participam as pulsões sádicas, masoquistas, o prazer de ver e de ser visto são consideradas metas originariamente sexuais. A pulsão de saber ou apetite de saber se incluem entre as metas secundárias, ou seja, não sexuais. Em suma, a sublimação agiria sobre as pulsões parciais distanciando a meta da obtenção de prazer sexual. No caso da pulsão de ver, ela a transformaria em uma pulsão valorizada socialmente e responsável, por exemplo, pelo prazer do artista e do ator em se exibirem. Tal é, na verdade, a tese subentendida desde o caso Dora: todas as pulsões aceitas socialmente 9 Freud (1989/1908a, p. 169) faz questão de reafi rmar que [...] uma certa medida de satisfação sexual direta parece indispensável para a imensa maioria das organizações, e a denegação desta medida individualmente variável se castiga com fenômenos que devemos incluir entre os patológicos devido ao seu caráter nocivo no funcional e desprazeroso no subjetivo. Nakasu, M. V. P. 54

6 com exceção das pulsões de autoconservação foram um dia originariamente sexuais; tese negada por Jung e Adler, que se recusaram em sexualizar a ética e a religião por considerarem formações mais elevadas. 10 A sublimação aparece como uma operação que não bloqueia o desejo, que o guia até uma meta superior, nos termos de Freud, isenta de objeção. Configura-se como um processo que não retém a energia pulsional, que veicula a sexualidade para uma direção na qual ela fica livre, não retesada como na formação dos sintomas. Uma meta isenta de objeção é uma meta aceita e considerada elevada pela sociedade, que veicula as moções de desejo úteis à cultura, úteis porque se tornam parte do patrimônio cultural. Tais moções são, nas palavras de Freud (1989/1913, p. 180), [...] importantíssimas contribuições à realização social e artística da humanidade. O chamado homem normal é considerado o produto do desenvolvimento da sexualidade infantil, da formação reativa e dos mecanismos repressivo e sublimatório. A educação contribuiria para formar esse homem dito normal, que, todavia, pagaria um preço alto para conviver com seus semelhantes. A severidade da educação, a qual o autor denomina inoportuna, favoreceria a produção de doenças nervosas e a perda da capacidade de produzir e de gozar. É desta maneira que Freud falará, ainda em A moral sexual civilizada e o nervosismo moderno (1989a/1908, p. 171) do homem normal: Assim, é feito patente, com um poder irrefutável, de todos os desenvolvimentos, repressões, sublimações e formações reativas pelos quais desde criança, de tão diversa disposição, surge o chamado homem normal, o portador e em parte a vítima da cultura trabalhosamente conquistada. Em que sentido o homem ao qual Freud se reporta seria vítima da cultura? Na medida em que não tem outra opção senão fazer as devidas renúncias pulsionais. Se a cultura é conquistada a duras penas, à custa de muito sacrifício e repressão, é porque, do ponto de vista constitucional, o homem não é apto a renunciar 10 É assim que Freud (1989b/1914, p. 60) coloca esta questão: A ética e a religião sexualizadas! [...] Para Adler e Jung não era permitido sexualizar a ética e a religião, consideravam-nas algo mais elevado. Quando as derivaram do complexo familiar e do Édipo decidiram que iriam adotar o sentido de analogia para esses complexos [...] Todas as inovações que Jung empreendeu na psicanálise emanam do propósito de eliminar o chocante nos complexos familiares a fi m de não reencontrá-lo na religião e na ética. A libido sexual foi substituída por um conceito abstrato. à satisfação de uma ampla parcela de suas pulsões. Em primeiro lugar, ele obterá prazer de parte das pulsões sexuais pela via primária, ou seja, direta. As pulsões sexuais que nunca ficam completamente dominadas podem tanto se recusar a serem empregadas na obra cultural como ameaçar a sociedade regressando a suas metas originárias, isto é, dessublimando-se. 11 Em segundo lugar, a quota a ser renunciada e sublimada dependerá da constituição pulsional e congênita da pessoa, acrescida do quão bem-sucedido foi seu desenvolvimento sexual, do grau de plasticidade da libido e, finalmente, das imprevisibilidades do destino, como apontará Freud em O mal-estar na civilização (1989/1930). Não é por acaso que no clássico texto sobre o mal-estar do homem moderno a noção de sublimação será associada às formas de obtenção de felicidade e eleita como um meio interessante de gratificação na medida em que proporciona prazer pela via das atividades artística e intelectual. 12 A introdução do conceito de narcisismo e sua diferenciação entre narcisismo primário e narcisismo secundário, ao alavancar a teoria do ego, trouxe novos ingredientes à definição da sublimação. O narcisismo põe em evidência a possibilidade de a libido reinvestir o ego desinvestindo o objeto. Modifica-se a noção de libido e Freud estabelece duas classes de libido, a libido egoica ou narcísica e a libido de objeto. No narcisismo primário, a criança escolhe a si como objeto de amor. No narcisismo secundário, há um processo de desinvestimento do objeto e de convergência da libido para o sujeito: os investimentos libidinais sobre o mundo externo são transpostos para o ego. É relevante assinalar que a libido narcísica, ao perder sua relação com os objetos e ficar à disposição do ego, será sublimada. Mas apenas em O ego e o id (1989/1923) esta ideia torna-se clara Assim Freud (1989a/ , p. 278) exprime sua ideia: A sociedade é ameaçada com a eventual emancipação das pulsões sexuais e o regresso delas a suas metas originárias. 12 Mais adiante, em Psicologia das massas e análise do ego (1989/1921), compreenderemos igualmente que a sublimação participará da construção de um pilar importante de sustentação da cultura: os laços sociais, vínculos de meta sexual inibida. 13 Introdução ao narcisismo (1989a/1914) diferencia idealização de sublimação. A formação ideal agiria em favor do recalcamento, enquanto a sublimação representaria a saída que permitiria a satisfação das exigências instintuais sem conduzir a essa solução. O ideal se encarregaria de engrandecer o objeto, a sublimação de transformar a meta sexual da pulsão e favorecer a obtenção de satisfação por meio desse mesmo objeto. Ela pode ser incitada pelo ideal, mas sua execução independe dessa incitação. O texto retoma uma tese dos Três ensaios... sobre a capacidade da sublimação de involuir, isto é, de deixar a cargo das forças pulsionais primitivas o movimento inverso, regressivo, de substituição das metas não sexuais por metas sexuais. A involução da libido estaria presente na paranoia ao lado de uma frustração da satisfação no âmbito do ideal do ego. Fronteiras da sublimação: notas sobre a elaboração do conceito 55

7 A Sublimação como uma Variedade de Defesa Se pudéssemos separar em dois grandes blocos de textos as passagens da obra freudiana nas quais a faculdade de sublimar é mencionada, diríamos que um deles a enfoca a partir das propriedades da pulsão sexual, isto é, de sua plasticidade, das fases de seu desenvolvimento, de suas fontes, objetos e metas originárias, em uma discussão metapsicológica em torno do circuito da pulsão e de suas vias de satisfação. O outro bloco a situa no contexto de uma teoria da cultura mais ampla, como uma atividade humana que canaliza as pulsões sexuais para metas valorizadas e aceitas socialmente, tais como a produção artística e intelectual. Ao lado dos Três ensaios da teoria sexual (1989a/1905) e O ego e o id (1989/1923), Pulsões e destinos da pulsão (1989/1915) figura um texto capital entre os trabalhos que teorizam as propriedades da pulsão sexual. Não é meu objetivo tratar aqui da sublimação (p. 122), declarou Freud no primeiro dos artigos metapsicológicos, após situá-la como um destino possível das pulsões sexuais ao lado da repressão, da transformação para o contrário e do retorno sobre a própria pessoa. 14 Há no texto elementos esclarecedores do processo que envolve a atividade das pulsões sexuais do qual a sublimação é parte integrante. A primeira é a ideia de que as sublimações são situadas como [...] operações muito distantes de suas ações-meta originárias (1989/1915, p. 122), e a segunda referese [...] aos objetos que satisfazem as necessidades das pulsões sexuais sublimadas (1989/1915, p. 132), aos quais a ação de amar estaria ligada. Debrucemo-nos, um instante, sobre a primeira citação, que parece nos fornecer a pista da contribuição que o texto aporta à elaboração do conceito. O que significa afirmar que a sublimação designa o desvio da meta sexual para metas distantes e não sexuais? Que fases, mais precisamente, existiriam entre as ações-meta originárias e as metas 14 Pulsões e destinos da pulsão discute dois destinos das pulsões sexuais. A repressão é o tema do segundo dos Trabalhos sobre metapsicologia (1989/1915) de mesmo nome e a sublimação possivelmente era, na opinião de Strachey, o assunto de um dos trabalhos metapsicológicos perdidos. Foram acrescentados à série dos três primeiros artigos metapsicológicos Pulsões e destinos da pulsão, A repressão e O inconsciente mais sete artigos, ficando a coleção de 12 artigos completa para agosto de No entanto, Freud nunca publicou estes sete artigos e parece provável que ele os destruiu posteriormente, já que não foram encontrados vestígios deles e, de fato, sua existência foi desconhecida e esquecida até que Jones examinou suas cartas (Strachey, 1989, p. 102). mais distantes? Este caminho que aos poucos se distancia do sexual vincula-se, como sugeriu Freud em A moral sexual civilizada e o nervosismo moderno (1989a/1908), ao desenvolvimento das pulsões sexuais. Tal processo nos interessa particularmente por esclarecer as metas originárias das pulsões sexuais e outras, ainda sexuais, porém não originárias, nos permitindo apreender alguns traços das pulsões sublimáveis. Apoiando-se nos Três ensaios da teoria sexual, Freud menciona em Pulsões e destinos da pulsão (1989/1915) que toda pulsão tem uma meta, uma fonte e um objeto. Sua meta é a satisfação obtida por meio do cancelamento do estado de estimulação na fonte da pulsão. A premissa sobre a qual seu funcionamento repousa é de natureza biológica, que diz que o sistema nervoso está preparado para se livrar dos estímulos que chegam a ele, rebaixando-os. Para dominarem os estímulos, as pulsões são reguladas de maneira automática por sensações da série prazer-desprazer (Freud, 1989/1915, p. 116). A pulsão é um conceito fronteiriço entre o psíquico e o somático e representa psiquicamente os estímulos oriundos do interior do corpo. É a medida de exigência de trabalho imposta ao psíquico em consequência de sua ligação com o corporal. Na data de elaboração desse texto vigorava a dualidade entre as pulsões sexuais e as pulsões de autoconservação. Em relação às primeiras, Freud assinala que aparecem inicialmente nas pulsões de autoconservação; parte delas continua ligada para sempre às pulsões egoicas e parte se afasta pouco a pouco destas últimas. As metas originárias da pulsão sexual são autoeróticas, advêm de múltiplas fontes orgânicas e aspiram a obtenção do prazer do órgão, isto é, o prazer restrito a um órgão específico do corpo. Só depois que alcançaram uma síntese as pulsões sexuais se colocam a serviço da função reprodutora. Se a meta última da pulsão sexual, a satisfação, permanece sempre invariável, os caminhos que conduzem a ela são diversificados. É sobre o aspecto plástico da pulsão que Freud se apoia para esclarecer seus destinos. Recapitulando: as metas originárias advêm das pulsões autoeróticas e visam à obtenção do prazer do órgão. Inicialmente, satisfazem-se nas zonas erógenas e são independentes entre si. Estas são as chamadas pulsões parciais, associais ou perversas, que, sob o primado da genitalidade, se reúnem em uma síntese e passam a visar a função sexual. Nakasu, M. V. P. 56

8 No período de latência, que sucede as organizações pré-genitais - oral, sádico/anal e fálica -, o desenvolvimento da sexualidade é interrompido, desviado para outros fins devido à atrofia das funções reprodutivas, que afasta a possibilidade da obtenção de satisfação genital na infância. Neste momento, as pulsões sexuais parciais ficam livres e aptas à sublimação. Na 22 a Conferência de Introdução à Psicanálise (1989b/ ), referindo-se à plasticidade das pulsões sexuais, Freud observa que elas se comportam entre si como uma rede de vasos comunicantes. Elas podem se substituir umas às outras, tomar sobre si a intensidade das outras, e quando a satisfação de uma é frustrada pela realidade, a satisfação da outra pode oferecer um ressarcimento pleno. São também aptas a mudar de objeto e a substituir por outros. Uma pulsão sexual tem quatro destinos possíveis: pode ser transformada no seu contrário, voltar-se para a própria pessoa, ser sublimada ou reprimida. A transformação da meta ativa para o seu contrário passivo implica um distanciamento da meta originária. Compreender o caminho que vai da meta sexual para metas mais distantes auxilia-nos a esclarecer o significado da sublimação como uma operação que desvia a meta sexual em direção a outra não sexual, mais distante e, no entanto, psiquicamente aparentada a ela. 15 O impulso à dominação é considerado uma meta ativa originária da pulsão. A pulsão sádica teria esse traço geral das pulsões, a dominação, somado ao traço específico e não originário de infligir dor. Já a meta masoquista passiva, que visa ao gozo por meio da dor, seria igualmente sexual; contudo, não originária. As pulsões sexuais que têm como meta ver e se mostrar seguiriam a mesma etapa do caso anterior. 16 Desde os Três ensaios..., a pulsão de saber é remontada à pulsão de ver. No caso de Leonardo da Vinci, tal pulsão opera na sua vida infantil e consolidase como soberana. A análise da disposição pulsional do pintor pressupõe a sublimação das pulsões parciais de ver no seu apetite de saber e de investigar. Encontramos sobre o pintor a repetição da antiga proposição que 15 Esta ideia reaparece com outros termos na 22 a conferência de introdução à psicanálise: A aspiração sexual abandona sua meta dirigida ao prazer parcial ou ao prazer da reprodução e adota outra que se relaciona geneticamente com a resignada, mas não é sexual, mas social. Damos o nome de sublimação a este processo, que de acordo com a nossa compreensão situa mais alto as metas sociais que as sexuais [...] (Freud, 1989b/ , p. 315). 16 O ver seria a atividade dirigida a um objeto alheio. A etapa seguinte seria de abandono do objeto, a volta da pulsão para uma parte do próprio corpo e sua transformação na meta passiva de ser olhado. Finalmente haveria a inserção de um novo sujeito, e a pessoa se mostraria interessada em ser olhada por ele. situa a origem das pulsões distantes das metas sexuais, como as pulsões de saber, na sexualidade: [...] Após uma ocupação infantil do apetite de saber a serviço de interesses sexuais, Leonardo conseguiu sublimar a maior parte de sua libido como esforço de investigar (Freud, 1989/1910, p. 119). Mesmo caracterizada de forma fragmentária e de maneira esparsa ao longo da obra, o esforço de saber das crianças não é atribuído a uma necessidade inata de averiguar, mas associado, desde 1908, às pulsões egoístas, sem ser subordinado exclusivamente à sexualidade. A pulsão de saber é, para Freud, impulsionada pela pulsão de domínio e é alimentada pelo prazer vinculado à visão. Tal pulsão, quando proporciona sensações de prazer, configura-se como um tipo de pulsão privilegiada pela faculdade de sublimar, favorecendo a mais completa e elevada capacidade de sublimação. Na verdade, elas estão entre as pulsões de meta inibida, introduzidas em Pulsões e destinos da pulsão (1989/1915) para designar as pulsões que conduzem a um tipo de satisfação parcial devido à inibição ou o desvio no caminho da obtenção do prazer. 17 O termo meta inibida caracteriza satisfações pulsionais que não são completas ou plenas, na quais a energia sexual não se esgota ou se esvai completamente. Implícita nesta formulação há duas ideias: a sublimação proporciona uma satisfação parcial; toda formação psíquica de meta inibida pressupõe uma espécie de sublimação das metas sexuais. 18 A mudança pulsional mediante a transformação da atividade em passividade e mediante a volta sobre a própria pessoa nunca afetaria toda quantidade da moção pulsional. Ainda que o processo de transformação pulsional tenha sido extenso, a meta anterior ativa se manteria junto à mais recente passiva. O que nos sugere que o mesmo poderia se dar com as pulsões sublimadas: a direção pulsional antiga, diretamente sexual, subsistiria junto à meta não sexual. Quanto mais distante a meta estiver do sexual, menor será a obtenção da satisfação; daí a opinião freudiana sobre o escasso número de pessoas que seria capaz de alcançar níveis altos de sublimação. 17 [...] Para uma pulsão se apresentam múltiplas metas mais próximas ou intermediárias, que se combinam entre si ou se permutam. A experiência nos permite também falar de pulsões de meta inibida no caso de processos nos quais se permite avançar um caminho no sentido da satisfação pulsional, mas depois experimentam uma inibição ou um desvio. Cabe supor que também com tais processos vai associada uma satisfação parcial (Freud, 1989/1915, p.118). 18 Hipótese sistematizada em Psicologia das massas e análise do ego (1989/1921). Fronteiras da sublimação: notas sobre a elaboração do conceito 57

9 Os destinos das pulsões [...] podem ser apresentados também como variedades de defesa contra as pulsões (Freud, 1989/1915, p. 122). Em que sentido a sublimação é considerada uma variedade de defesa? Ora, na consideração de que a defesa tem como fim manter ou restabelecer a integridade e a constância do ego para evitar qualquer perturbação que subjetivamente se traduza por desprazer. A noção de mecanismo de defesa é complexa, reúne operações diferentes como a racionalização, a volta ou retorno sobre si mesmo, a repressão, etc. A defesa protege o organismo restaurando um certo equilíbrio por meio da redução ou supressão de um estado de tensão psíquica. 19 Freud assume a sublimação como uma variedade de defesa pelo fato de o desvio da meta diretamente sexual para outra não sexual implicar uma ação sobre a pulsão sexual que impede a obtenção total de satisfação, e evita, portanto, o desprazer. Mas sabemos que a satisfação plena de uma pulsão sexual pode ser prazerosa para uma instância psíquica e desprazerosa para outra, e que se não fossem as exigências do ego e das forças exteriores representadas pelo ego as pulsões só conheceriam um destino: a satisfação. O autor, embora não explicite ou talvez tenha explicitado no artigo metapsicológico perdido a maneira pela qual ocorre a obtenção da satisfação propiciada pela sublimação, e como o escoamento da pulsão sexual é realizado, ele destaca essa operação como uma variedade de defesa por sua capacidade de impedir o livre curso da meta originária da pulsão sexual. O ego se defenderia dos perigos da pulsão sentidos como uma agressão interna via sublimação. O perigo em questão parece dizer respeito à relação do indivíduo com o mundo exterior, já que, nas palavras de Freud, [...] a pulsão só é perigosa em virtude dos danos reais a que ameaçaria levar a sua satisfação (Freud, 1989/1915, p. 121). Parece ser na medida em que a sublimação torna as pulsões associais ou perversas valorizadas socialmente, evitando os danos reais produzidos pela satisfação das pulsões sexuais primitivas, que ela aparece como uma variedade de defesa contra as pulsões. Opera, assim, para maior adaptação do sujeito diante das exigências culturais. 19 Segundo Laplanche e Pontalis, em Inibição, sintoma e angústia (1926) Freud restaura o conceito de defesa como uma noção que engloba o recalcamento e outros métodos de defesa, assinalando que o ego utiliza mecanismos de defesa distintos nas diversas etapas de sua organização. Considerações Finais Conceito extenso é a sublimação, prenhe de sentidos, fronteiriço, que transita entre a teoria da sexualidade, a teoria do ego e suas defesas, a teoria pulsional, a teoria da cultura e da formação de caráter. O exame deste conceito restringiu-se, aqui, a alguns trabalhos, clínicos e metapsicológicos, de 1905 a Como se procurou demonstrar, as bases do conceito de sublimação foram consolidadas já em 1905, com a elaboração da teoria sexual infantil, e ampliada com o desenvolvimento da teoria das pulsões. De qualquer modo, parte significativa do sentido do conceito foi elaborada durante a primeira tópica e a primeira teoria das pulsões. Sugerimos que a sublimação, aos poucos, tornase um conceito de inúmeras definições: ela é situada, por assim dizer, como um mecanismo fundamental do psiquismo e nada acessório, na medida em que se encarrega de direcionar parte da pulsão sexual, sendo, por isso mesmo, um mecanismo de defesa contra as pulsões. Além disso, a sublimação é considerada uma faculdade psíquica diferente da formação reativa e uma alternativa à repressão, pois drena as excitações hiperintensas que se originam das diversas fontes da sexualidade e as emprega em outros campos, tornando a disposição em si perigosa em um incremento da capacidade de rendimento psíquico. Condição para a construção do patrimônio cultural, a sublimação assume, após A moral civilizada e o nervosismo moderno (1989a/1908), o estatuto cultural, social. É a operação que permite o deslocamento da meta da pulsão sexual, sem perda de intensidade, para ser empregada na construção do trabalho cultural. Nesse sentido, ela participa a formação do homem normal e, após 1915, com Pulsão e destinos da pulsão, passa a operar para uma maior adaptação do sujeito diante das exigências culturais. A sublimação aos poucos tem seu sentido ampliado, e permite a Freud explicar as vantagens para o ego e para o equilíbrio do psiquismo como um todo de uma pulsão cuja meta é desviada; na medida em que a sublimação age sobre a pulsão sexual impedindo a obtenção total de satisfação, ela evita a elevação do nível de desprazer do aparelho psíquico. Parece haver um movimento oscilatório na concepção freudiana de sublimação entre considerála essencial à sobrevivência do psiquismo e considerála uma aptidão para poucos. Como vimos, é também Nakasu, M. V. P. 58

10 como operação civilizatória que a sublimação será delineada ao longo da obra de Freud: faculdade humana universal presente em todos os indivíduos. Tal faculdade, porém, alcança níveis maiores ou menores dependendo de algumas variáveis, como a constituição psíquica da pessoa. A sublimação transforma as pulsões associais em pulsões sociais, permuta metas originariamente desvalorizadas por metas valorizadas socialmente. Em princípio, todos são capazes de sublimar, segundo Freud. Mas, como ele afirma na 22 a Conferência de Introdução à Psicanálise (1989b/ ), há os mais e os menos aptos. Os artistas incluem-se entre os mais aptos por sua grande capacidade de extrair prazer das fontes da fantasia. Os neuróticos estão entre os menos aptos. Ambos, no entanto, portam excitações insatisfeitas superintensas, tendem a se afastar da realidade e a transferir seu interesse e libido para as formações de desejo de suas vidas fantasiadas. Por sua constituição psíquica incluir uma vigorosa faculdade para a sublimação e um afrouxamento das repressões, o artista não tende a adoecer. O fato de a sublimação consistir em um processo psíquico que desvia metas sexuais em direção a metas distantes da visada sexual e valorizadas socialmente irá aproximá-la de Eros na construção do patrimônio cultural. Por essa razão, a sublimação contribui para potencializar sentimentos de identificação necessários à manutenção do setor civilizado, favorecendo o equilíbrio energético pulsional da vida em sociedade. Arriscaríamos, por fi m, dizer que é na medida em que a atividade sublimatória é relevante à satisfação pulsional do indivíduo e à saúde psíquica do homem civilizado que a referência à cultura se faz necessária à sua definição. Referências Anzieu, D. (1992). La sublimation: les sentiers de la création. Les grandes découvertes de la psychanalyse. Paris: Tchou. Freud, S. (1989a). Tres ensayos de teoría sexual. In S. Freud, Obras completas (Vol. 7, pp. 2-53). Buenos Aires: Amorrortu. (Trabajo original publicado en 1905). Freud, S. (1989b). Fragmento de análisis de un caso de Histeria. Caso Dora. In S. Freud, Obras completas (Vol. 7, pp ). Buenos Aires: Amorrortu. (Trabajo original publicado en 1905). Freud, S. (1989a). La moral sexual cultural y la nervosidad moderna. Obras completas (Vol. 9, pp ). Buenos Aires: Amorrortu. (Trabajo original publicado en 1908). Freud, S. (1989b). Carácter y erotismo anal. In S. Freud, Obras completas (Vol. 9, pp ). Buenos Aires: Amorrortu. (Trabajo original publicado en 1908). Freud, S. (1989). Análisis de la fobia de un niño de cinco años. In S. Freud, Obras completas (Vol. 10, pp ). Buenos Aires: Amorrortu. (Trabajo original publicado en 1909). Freud, S. (1989). Cinco conferencias sobre psicoanálisis. In S. Freud, Obras completas (Vol. 11, pp ). Buenos Aires: Amorrortu. (Trabajo original publicado en ). Freud, S. (1989). Un recuerdo infantil de Leonardo da Vinci. In S. Freud, Obras completas (Vol. 11, pp ). Buenos Aires: Amorrortu. (Trabajo original publicado en 1910). Freud, S. (1989). Sobre los tipos de contracción de neurosis. In S. Freud, Obras completas (Vol. 13, pp ). Buenos Aires: Amorrortu. (Trabajo original publicado en 1912). Freud, S. (1989). El interés por el psicoanálisis. In S. Freud, Obras completas (Vol. 13, pp ). Buenos Aires: Amorrortu. (Trabajo original publicado en 1913). Freud, S. (1989a). Introducción al narcisismo. In S. Freud, Obras completas (Vol. 14, pp ). Buenos Aires: Amorrortu. (Trabajo original publicado en 1914). Freud, S. (1989b). Contribución a la historia del movimiento psicoanalítico. In S. Freud, Obras completas (Vol. 14, pp. 1-64). Buenos Aires: Amorrortu. (Trabajo original publicado en 1914). Freud, S. (1989). Las pulsiones y destinos de pulsión. In S. Freud, Obras completas (Vol. 14, pp ). Buenos Aires: Amorrortu. (Trabajo original publicado en 1915). Freud, S. (1989a). 20 a Conferencias de introducción al psicoanálises. La vida sexual de los seres humanos. In S. Freud, Obras completas (Vol. 15, pp ). Buenos Aires: Amorrortu. (Trabajo original publicado en a). Freud, S. (1989b). 22 a Conferencias de introducción al psicoanálises. Algunas perspectivas sobre el desarrollo y la regresión. In S. Freud, Obras completas (Vol. 15, pp ). Buenos Aires: Amorrortu. (Trabajo original publicado en ). Fronteiras da sublimação: notas sobre a elaboração do conceito 59

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