s er humano. Os benef íc ios da am ament ação e da relação af etiva

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2 O aleitamento mat erno faz parte do conhecim ent o nat ural do s er humano. Os benef íc ios da am ament ação e da relação af etiva que est e pr omove à mãe-filho, bem com o os inúm eros outros benef íc ios advindos desta relação. Podemos af irmar inclusive, que o mom ent o da mam ada é únic o e mer ece uma prepar ação toda especial. Existem algumas técnic as que aj udam a mam ãe a achar a posição correta par a acom odar o bebê e facilit ar à pega. O aleit ament o m aterno enf atiza de f orma especial os aspectos f ís ic os, nutric ionais, imunológicos e psic ológicos da cr iança. Todos de f undam ent al importância, sem s ombr a de dúvida. Mas não podemos esquecer outro item muito importante que é o at o ou o trabalho mecânico realizado durante a ordenha no peit o da mãe. Toda equipe de s aúde deve ter consciência dos benef íc ios que este trabalho traz para o s ist ema estom atognático e os órgãos f onoartic ulatór ios da cr iança - lembrando que a s ucção é a pr im eira fase da mast igação - e ainda trabalhar de f orma ativa na promoção do aleit amento mat erno.

3 Recomenda-se que até o s ext o m ês de vida, o bebê seja alim ent ado exclusivamente de leite mat erno. Após est e per íodo, a am amentação dever á ser complementada por outros alimentos. A amam ent ação traz muitos benef íc ios não s ó para o bebê c omo t ambém para a m ãe. O s pr incipais benef íc ios para a mãe s ão: Redução mais rápida de peso após o parto; Melhor recuperação do tamanho normal do úter o; Dim inuiç ão do risco de hem orrag ia e anem ia após o parto; Redução do r is co de doenças c omo o diabet es e o câncer de mam a. Amamentar é um gest o de amor e c ar inho que dará à cr iança s egurança af etiva, base do desenvolviment o de s ua personalidade. Não é o f ator det erminant e do c arát er e da educação da cr iança, mas é o pr incipio e é f undamental. Além da s egurança e tranqüilidade que são passadas ao bebê, os r egistros dest a f ase que f icam em sua m emór ia m ostram que: 1 1. Crianças que mamam ao s eio se c ontentam e se s at isf azem em f unção da qualidade ( poucos brinquedos, at enção e am or autênt icos) Crianças que mam am leites industrializados se c ont ent am e se s at isf azem em f unção da quantidade (muit os brinquedos e atenção o tempo todo). 1

4 3. Crianças que m amam ao seio per cebem que devem se esf orçar para conseguir o que pr ecisam e q ue são c apazes de consegui- lo de f orma leg ítima e m erecida, pois na sucção do leit e mat erno elas exercit am sua paciência e perseverança, já que a ej eção do leite, algum as vezes demor a alguns segundos. 1 O ato de s ugar nasce com o bebê e é um r ef lexo de alim ent ação, pois visa à ingest ão do leit e mater no, ideal par a o r ecém-nascido. Além dis so, durante a s ucção, todas as suas estrut uras or ais, lábio, líng ua, bochechas, ossos e músculos da f ace se desenvolvem e se fortalecem. Oralidade - O estág io mais pr im it ivo do desenvolvimento da personalidade do indivíduo e baseia- se no f ato do int eresse e prazer inf ant is concentrarem-se na boca. A boca é o lugar das primeiras necessidades f isiológ ic as do bebê e de suas pr imeir as grat if ic ações emocionais. 2 Al t er ações na fala - Es se per íodo é ideal par a f ortalecer os m úsculos e prevenir alt erações f utur as na f ala, lig adas à c olocação incorreta da língua dentro da boca, o que desencadear ia dif iculdades par a pronunciar determinados tipos de fonem as. Funções do apar elho est omat ognático - A sucção, mast igação, deg lut iç ão, respir ação e a f onoarticulação, s ão f unções do aparelho estom atognát ico. A s ucção é a prim eira fase da mast igação. Dinâmica muscular da ordenha e seus benefícios - No aleitam ento nat ural, t oda a m usculatur a da língua é trabalhada a f im de gar ant ir uma boa extração, recepção e deglut ição do leit e. 3, 4, 5

5 Com as c hupetas e mam adeir as, a cr iança f az movimentos de vai e vem q ue não conf erem tônus e postura. O s bicos de mam adeiras podem desencadear maior s ensibilidade a anciã de vômito. Com a amam ent ação o leite s ai do m am ilo no ponto de deg lut iç ão, est e r ef lexo e o ponto de náusea instalams e poster iormente. O que evita o desencadeament o da anciã de vôm it o. O leite materno é o melhor alim ent o para t odos os m am íf eros. Após o nascimento, o bebê hum ano, encontra no leite mat erno prot eína ideal par a a f ase de adaptação f ora do út ero. Por ém, vale lem brar que c ada espécie extrai do leite os nutrientes adequados às s uas necessidades. Sendo assim a pr oteína e a gordura encontradas no leit e humano são adequadas par a o desenvolvim ento nat ural do bebê. O colostro é o primeir o leite que a mãe secret a e t em um papel def inido para a prot eção do recém nascido (cont ém m ais ant ic orpos e mais c élulas br ancas). É r ico em prot eína e vitam inas A, E e K além de m iner ais c omo zinco e s ódio, sendo assim c ont ém menos gor duras e carboidrat os. O leit e de transição permanece entre 7 e o 21 dia pósparto. Nesse per íodo ocorrem alterações como o aumento da gordura e da lactose, e a dim inuiç ão do t eor pr otéico e de m inerais. O leit e m aduro tem car acter ís t icas próprias com o dif er entes c oncentrações de nutrientes em uma m esm a mam ada, sendo o leit e do c omeço, r ic o em prot eína, lact ose, vit am inas, m inerais e água e o leit e do f im que cont ém mais gor dur a. Por isso t ão importante a recomendação da livr e dem anda.

6 Sendo assim, pode-se af irmar que o leite m ater no é, s em dúvida, o melhor alimento! Sob o aspecto imunológico, é tam bém c ompr ovado que o bebê não é c apaz de pr oduzir s eus próprios ant icor pos, som ente aos 03 (três) meses ele ter á seu s ist ema de def esa imunológico desenvolvido. Substâncias important es c omo IGA, lisozimas, mucinas, prolact ic ia, e f ator es de crescimento epidérmico estão present es no leit e mat erno evit ando diarréias bacter ianas e virais. Muitos est udos e exper im entos c ient íf icos comprovaram que, através da amam ent ação, mãe-filho tem maior oportunidade de envolvimento e apr of undam ent o af et ivo. Ps ic ologicament e, ocorre um a r edução do ef eit o traumát ico da s eparação pr ovoc ada pelo parto. Realizar durante a gestação um trabalho c omplem ent ar de orient ação psicológica as mães, onde terão oportunidade de obter mais inf ormações s obr e s i m esmas, s obre as dif iculdades mais c omuns e com o adm inistrá- las de f orma a possibilitar um iníc io de vida saudável para o bebê e um puer pér io o m ais tranqüilo possível. As em oções af etam a lactação através de mecanismos psic ossomát ic os específ icos. Calm a, conf iança e tranqüilidade f avor ecem um bom aleit ament o; por outro lado, m edo, depr essão, tensão, dor, f adiga e ansiedade tendem a pr ovocar o f racasso da am amentação. 6 Portant o, a amamentação não é apenas um processo f is iológico de am amentar o bebê, mas envolve um padrão m ais am plo de comunicação psic ossocial entre mãe e bebê.

7 Entretanto, par a que o ato de amamentar sej a ef et ivo e a sua r elação c om t odos os aspectos do desenvolvimento inf ant il e af et ivos, a mulher, e o ser mãe, deve est ar bem consig o e com s ua r elação de vida. Estar preparada par a estim ular hábitos s audáveis par a uma boa amam ent ação e com ist o est imular uma r elação posit iva do binôm io mãe- bebê.

8 1 - CARDOSO, J. C. V. Produção do pai nel científico par a o congr esso e adapt ação na f orma de artigo par a a int ernet. Rio de Janeiro: [s. n.], GIORDANO, Délcia V. Oralidade em odont opediatria. REVI STA BRASILEI RA DE O DONTO LOGIA UFRJ, Rio de J aneir o, Disponível em: < aborj.org.br/rbo/or alidade. odontopediatria.htm>. Acesso em: 30 de abr il CARVALHO, G. D. A amamentação sob a visão f uncional e c línica da odontolog ia. Revist a Secr etári os de Saúde, ano II, n. 10, p , out MO YERS, R. E. Ortodontia. 4. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, PLANAS, P. Leis planas de desenvolvimento do s ist ema estom atognático. In: Reabilitação neuro-oclusal. 2. ed. São Paulo: Medsi, p MALDONADO, Maria Tereza. Psicologia da gravidez parto e puerpério. 4. ed. Petrópolis: Vozes, ABREU, Kát ia Ricar di. Amamentação - aspectos psicológicos. São Paulo, Disponível em: < at iar icardi.com.br/am ament ar.htm>. Acesso em: 5 de maio de 2010.