Rodolfo Hoffmann 1. Palavras-chave: Distribuição da renda; Aposentadorias; Bolsa Família; Transferências de renda; Desigualdade.

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Rodolfo Hoffmann 1. Palavras-chave: Distribuição da renda; Aposentadorias; Bolsa Família; Transferências de renda; Desigualdade."

Transcrição

1 Desigualdade da renda e das despesas per capita no Brasil, em e , e avaliação do grau de progressividade ou regressividade de parcelas da renda familiar Rodolfo Hoffmann 1 Resumo Utilizando os dados da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) de , são analisadas as principais características da distribuição da renda familiar per capita (RFPC) no Brasil e em seis regiões, comparando com resultados obtidos da POF de Também é analisada a distribuição da despesa total per capita. Finalmente, verifica-se como várias parcelas da renda familiar contribuem para aumentar ou reduzir a desigualdade no país em Constata-se que as aposentadorias e pensões de funcionários públicos são uma parcela fortemente regressiva. Por outro lado, as transferências de programas sociais federais são fortemente progressivas, com destaque para o Bolsa Família. Palavras-cave: Distribuição da renda; Aposentadorias; Bolsa Família; Transferências de renda; Desigualdade. Abstract Income and spending inequality in Brazil in and and an evaluation of te degree of progressivity or regressivity of components of family income Using data from te Brazilian Family Budgets Survey, tis paper analyzes te main caracteristics of te per capita family income distribution in Brazil and its regions, compared to results obtained from te Survey. Te distribution of total spending per capita is also analyzed. Finally, te way in wic te components of family income contributed to te increase or decrease in te country s income distribution in is examined. It is sown tat pensions of public servants are a strongly regressive component of te per capita family income, and tat transfers from federal social programs are progressive, especially te Bolsa Família program. Key words: Income distribution; Pensions; Government income transfers; Bolsa Família; Inequality. JEL D31, D33. Introdução A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), realizada anualmente pelo IBGE, tem sido a principal base de dados para a análise da evolução da distribuição da renda no Brasil nas últimas décadas. De 2001 a 2009 observa-se um processo sistemático de redução da desigualdade, com o índice de Gini da distribuição do rendimento domiciliar per capita caindo de 0,594 para 0,539. (1) Professor do Instituto de Economia da Unicamp, com apoio do CNPq, Campinas, SP, Brasil. O autor agradece as sugestões de Marlon Gomes Ney, Régis Borges de Oliveira, Ana Lúcia Kassouf, Daniela Verzola Vaz, Eduardo Daré, Marcela Ferrario e dois pareceristas de Economia e Sociedade. roffman@eco.unicamp.br. Economia e Sociedade, Campinas, v. 19, n. 3 (40), p , dez

2 Rodolfo Hoffmann Foram publicados recentemente os dados da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) de As informações sobre rendimentos na POF são muito mais detaladas do que na PNAD. Na POF á informações sobre valor da produção para autoconsumo e sobre variação patrimonial, que não são investigados na PNAD. Na PNAD de 2009 os rendimentos recebidos na forma de produtos ou mercadorias representam menos de 0,2% do total, ao passo que na POF de os rendimentos não monetários constituem 12,8% do total. Como os rendimentos não monetários são, em geral, relativamente mais importantes para os pobres, sua omissão nos dados da PNAD leva a superestimar o grau de desigualdade. Por outro lado, como a variação patrimonial tende a ser relativamente mais importante para os ricos, sua omissão leva a subestimar a desigualdade. A POF de é a primeira pesquisa domiciliar de abrangência nacional que permite separar as aposentadorias e pensões de funcionários públicos das aposentadorias e pensões do Regime Geral de Previdência Social, que são pagas pelo INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), e permite, também, destacar as transferências feitas pelo programa Bolsa Família dos demais itens da renda das famílias. Nesta nota, os dados da POF serão utilizados para analisar como várias parcelas da renda familiar, particularmente a renda não monetária, a variação patrimonial, aposentadorias e pensões de funcionários públicos e as transferências de programas sociais federais, contribuem para determinar a desigualdade da distribuição da renda familiar per capita (RFPC) no Brasil. Outro objetivo é apresentar, logo na próxima seção, as principais características da distribuição da RFPC no Brasil e em seis regiões, analisando, inclusive, até que ponto a queda na desigualdade de renda apontada pelos dados da PNAD também pode ser observada quando se comparam os dados da POF com os da POF Na segunda seção é analisada a distribuição da despesa total per capita e a terceira seção é dedicada à análise da decomposição da desigualdade conforme parcelas da renda familiar. Finalmente são destacadas as principais conclusões do trabalo. 1 Distribuição da renda familiar per capita A amostra da POF é formada por domicílios, incluindo famílias ou unidades de consumo. Considerando os fatores de expansão, essa amostra representa uma população de famílias, com pessoas (IBGE, 2010a). O número médio de pessoas por família é 3,30, substancialmente menor do que o número 3,62 observado na POF A RFPC foi calculada, para cada família, dividindo o valor do seu rendimento total e variação patrimonial pelo número de pessoas da família. Cabe esclarecer que o rendimento total e variação patrimonial na POF é equivalente ao que é denominado simplesmente rendimento total ou rendimento monetário e não-monetário na POF (2) Agradeço a Edilson Nascimento da Silva, do IBGE, por me esclarecer essa questão. 648 Economia e Sociedade, Campinas, v. 19, n. 3 (40), p , dez

3 Desigualdade da renda e das despesas per capita no Brasil, em e A Tabela 1 mostra as principais características da distribuição da RFPC no Brasil e nas suas áreas urbanas e rurais de acordo com os dados da POF e da POF Conforme a classificação oficial, por ocasião das duas pesquisas, apenas 17% da população estava nas áreas rurais. Na POF de os valores dos rendimentos estão em reais de janeiro de 2009, quando o salário mínimo era igual a R$ 415,00. Uma vez que o conceito de RFPC utilizado é equivalente, podemos comparar os rendimentos nas duas pesquisas, levando em consideração a inflação entre os meses de referência de ambas, isto é, entre janeiro de 2003 e janeiro de Adotando o INPC como deflator, os valores correntes da POF devem ser multiplicados por 1, para expressá-los em reais de janeiro de Ressalte-se que todos os valores monetários apresentados na Tabela 1 estão expressos em reais de janeiro de Tabela 1 Principais características da distribuição da renda familiar per capita (1) no Brasil e nas suas áreas urbanas e rurais, conforme dados da POF e da POF Estatística Brasil POF POF urbanas rurais Brasil urbanas rurais N o de famílias (mil) N o de pessoas (mil) Pessoas/família 3,62 3,55 4,05 3,30 3,24 3,60 Renda média (R$) 696,6 777,7 302,2 838,6 926,3 411,5 Percentil ,1 204,6 95,2 237,0 273,9 134, ,9 397,4 177,6 457,3 518,2 247, ,2 820,4 332,5 903, ,3 470, ,9 986,3 388, , ,2 543, , ,4 586, , ,0 807, , ,3 851, , , , , , , , , ,6 % da renda dos 50% mais pobres 12,9 13,5 16,1 14,5 15,1 16,4 10% mais ricos 47,1 46,0 42,3 44,4 43,5 40,7 5% mais ricos 33,7 32,6 30,7 31,5 30,6 29,0 1% mais rico 14,0 13,5 14,0 12,8 12,4 12,9 Índice de Gini 0,591 0,579 0,534 0,561 0,550 0,522 T de Teil 0,715 0,680 0,606 0,635 0,608 0,561 L de Teil (2) 0,655 0,624 0,510 0,578 0,549 0,491 (1) Valor per capita do rendimento total na POF e seu equivalente (rendimento total e variação patrimonial) na POF , sempre em reais de janeiro de (2) Considerando somente as rendas positivas. Fonte: Resultados obtidos com base nos microdados da POF e da POF Verifica-se que a média da RFPC cresceu de R$ 696,60 para R$ 838,60, um aumento de 20,4%. O aumento da RFPC média foi proporcionalmente maior na área rural (+36,2%) do que na área urbana (+19,1%). Isso é devido, pelo menos em parte, à Economia e Sociedade, Campinas, v. 19, n. 3 (40), p , dez

4 Rodolfo Hoffmann urbanização de algumas áreas rurais. Uma vez que o IBGE muda a delimitação das áreas rurais apenas quando é realizado um censo demográfico, essa delimitação é a mesma nessas duas POFs. Mas é claro que nesse período de 6 anos continuou ocorrendo o processo de urbanização, que se manifesta tanto no êxodo rural como no crescimento das áreas urbanizadas. É provável, portanto, que tena ocorrido um processo de urbanização em áreas que continuam sendo classificadas como rurais. Note-se, também, que a renda média urbana é mais do que o dobro da rural. O crescimento da renda média rural também pode ser associado ao bom desempeno da produção agropecuária no período, mas é importante não confundir o domicílio rural com atividade agrícola (agropecuária). Na POF não á registro do setor de atividade das pessoas, mas na PNAD de 2009 verifica-se que 31,8% das pessoas ocupadas residentes na área rural têm atividade principal não agrícola e 30,0% das pessoas ocupadas no setor agrícola residem em área urbana. A RFPC mediana cresceu de R$ 348,90 para R$ 457,30. Uma vez que ouve redução da desigualdade e a assimetria da distribuição tende a variar no mesmo sentido, o crescimento percentual da mediana (+31,1%) foi maior do que o da média (+20,4%). O índice de Gini caiu de 0,591 em para 0,561 em Todas as outras medidas de desigualdade apresentadas na Tabela 1 são substancialmente mais baixas em do que em Esses resultados são coerentes com a redução da desigualdade observada nos dados da PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios). O índice de Gini da distribuição do rendimento domiciliar per capita cai de 0,587 na PNAD de 2002 para 0,543 na PNAD de 2008 e para 0,539 na PNAD de 2009 (excluindo, nos três anos, a área rural da antiga região Norte). Observa-se, na Tabela 1, que tanto em como em , o índice de Gini e as duas medidas de desigualdade de Teil são menores na área rural do que na área urbana, mas a porcentagem da renda apropriada pelo centésimo mais rico é maior na área rural. Verifica-se que o tamano médio das famílias é substancialmente maior na área rural (3,60 pessoas por família) do que na urbana (3,24). Utilizando os dados das PNADs de 2008 e de 2009 para todo o território nacional, verifica-se que as médias do rendimento domiciliar per capita são iguais a, respectivamente, R$ 599,10 e R$ 615,30, em reais de janeiro de Como a PNAD não capta o valor da produção para autoconsumo nem a variação patrimonial, cabe comparar essa média com o valor per capita médio do rendimento monetário, exclusive variação patrimonial, da POF , que é R$ 694,60. Ainda assim, a POF leva a um rendimento médio substancialmente maior do que o da PNAD. Uma das razões para isso é que pagamentos não rotineiros, como o 13 o salário e a participação de empregados nos lucros da empresa, são explicitamente excluídos na PNAD, 4 mas são incluídos no (3) De acordo com o INPC, o valor nominal obtido da PNAD de 2008 foi multiplicado por 1,015682, levando em consideração a inflação entre setembro-outubro de 2008 e janeiro de 2009, e o valor nominal obtido da PNAD de 2009 foi multiplicado por 0,973706, levando em consideração a inflação entre janeiro e setembrooutubro de (4) Ver IBGE (2010c, p. 32). 650 Economia e Sociedade, Campinas, v. 19, n. 3 (40), p , dez

5 Desigualdade da renda e das despesas per capita no Brasil, em e rendimento do trabalo na POF. Além disso, o grau de subdeclaração dos rendimentos deve ser menor na POF, por utilizar um questionário muito mais pormenorizado sobre rendimentos e despesas. A seguir são analisados os dados para seis regiões do Brasil, destacando-se o estado de São Paulo da região Sudeste. As Tabelas 2 e 3 mostram as principais características da distribuição da RFPC nas seis regiões, em e , respectivamente. Cabe ressaltar que os valores monetários da Tabela 2 estão expressos em reais de janeiro de 2009, para facilitar a comparação com os valores correspondentes apresentados na Tabela 3. Tabela 2 Principais características da distribuição da renda familiar per capita (1) em seis regiões do Brasil, em Estatística Norte Nordeste MG+ES+RJ SP Sul C.-Oeste N o de famílias (mil) N o de pessoas (mil) Pessoas/família 4,34 4,01 3,41 3,44 3,33 3,50 Renda média (R$) 406,7 380,8 836,9 979,9 821,4 714,7 Percentil ,9 101,9 225,6 321,3 258,9 189,4 % da renda dos ,3 188,7 406,9 578,8 459,9 337, ,8 373,6 816, ,3 855,8 674, ,6 446,3 994, , ,0 815, ,4 766, , , , , , , , , , , , , , , , ,7 50% mais pobres 14,5 13,5 13,4 16,4 15,8 13,4 10% mais ricos 46,3 48,7 48,1 40,1 44,0 49,9 5% mais ricos 33,2 36,1 34,3 27,4 31,9 36,9 1% mais rico 14,0 16,0 13,3 10,9 13,6 16,5 Índice de Gini 0,569 0,591 0,590 0,520 0,545 0,598 T de Teil 0,683 0,771 0,706 0,524 0,624 0,787 L de Teil 0,579 0,632 0,639 0,488 0,529 0,647 (1) Valor per capita do rendimento total na POF (equivalente a rendimento total e variação patrimonial na POF ), expresso em reais de janeiro de Fonte: Hoffmann (2007, p. 466), utilizando os microdados da POF de O tamano médio das famílias diminui em todas as regiões, permanecendo mais alto na região Norte (3,90 pessoas por família) e mais baixo nas regiões Sudeste (3,14) e Sul (3,10). Entre e , o valor real da RFPC média cresce mais de 30% nas duas regiões mais pobres (Norte e Nordeste) e cresce menos de 20% nas três regiões mais ricas (o conjunto MG+ES+RJ, SP e o Sul). No Centro-Oeste esse crescimento foi de 25%. Economia e Sociedade, Campinas, v. 19, n. 3 (40), p , dez

6 Rodolfo Hoffmann Tabela 3 Principais características da distribuição da renda familiar per capita (1) em seis regiões do Brasil, em Estatística Norte Nordeste MG+ES+RJ SP Sul C.-Oeste N o de famílias (mil) N o de pessoas (mil) Pessoas/família 3,90 3,55 3,14 3,14 3,10 3,16 Renda média (R$) 536,8 496,6 971, ,2 982,8 893,2 Percentil ,5 148,3 289,7 409,9 346,8 269,6 % da renda dos ,3 266,6 507,4 729,9 617,0 488, ,7 496,8 953, , ,0 921, ,2 586, , , , , ,2 978, , , , , , , , , , , , , , , , ,9 50% mais pobres 15,5 14,9 14,9 17,9 17,8 15,4 10% mais ricos 43,6 46,4 47,3 38,5 39,6 44,8 5% mais ricos 31,2 33,8 34,7 26,1 27,7 32,0 1% mais rico 12,6 13,6 15,1 10,2 10,4 12,9 Índice de Gini 0,546 0,564 0,568 0,497 0,503 0,553 T de Teil 0,604 0,665 0,701 0,476 0,498 0,627 L de Teil (2) 0,528 0,571 0,577 0,438 0,450 0,545 (1) Valor per capita do rendimento total e variação patrimonial, em reais de janeiro de (2) Considerando somente as rendas positivas. Fonte: Resultados obtidos com base nos microdados da POF de Verifica-se, na Tabela 3, que a desigualdade é maior no Nordeste e no conjunto dos estados de Minas Gerais, Espírito Santo e Rio de Janeiro, com índice de Gini acima de 0,56 e os 10% mais ricos se apropriando de mais de 46% da renda total. O estado de São Paulo e o Sul são as regiões com menor desigualdade, com índice de Gini abaixo de 0,51 e os 10% mais ricos se apropriando de menos de 40% da renda total. Entre e á redução da desigualdade em todas as seis regiões analisadas. Um resultado curioso é que, conforme os dados da POF, a desigualdade em MG+ES+RJ é semelante à do Nordeste, enquanto os dados da PNAD indicam uma desigualdade substancialmente mais baixa nesse conjunto de três estados. 2 Distribuição da despesa total per capita Tendo em vista que a despesa das famílias pode ser considerada uma medida da sua renda permanente, é interessante analisar a evolução, de a , das principais características da distribuição da despesa total per capita. A despesa total inclui as despesas correntes, o aumento do ativo e a diminuição do passivo. As despesas correntes, por sua vez, são constituídas pelas despesas de consumo e outras despesas correntes (impostos, contribuições trabalistas, serviços bancários, pensões, doações, etc.). 652 Economia e Sociedade, Campinas, v. 19, n. 3 (40), p , dez

7 Desigualdade da renda e das despesas per capita no Brasil, em e De acordo com a POF , o valor médio da despesa total per capita (R$ 797,00) é apenas um pouco mais baixo do que a média da RFPC (R$ 838,60). Classificando as pessoas conforme sua RFPC, verifica-se que no décimo mais pobre a despesa total supera em 67% a renda familiar (incluindo rendimento total e variação patrimonial). No décimo seguinte essa diferença cai para 26%, mas até o sexto décimo a despesa total supera a renda total. No décimo mais rico a despesa total corresponde a 84,6% da renda. A Tabela 4 mostra, para a distribuição da despesa total per capita, os mesmos indicadores que foram apresentados na Tabela 1 para a distribuição da RFPC. Verifica-se que as medidas de desigualdade da despesa per capita são sempre menores do que os valores correspondentes para a RFPC. O crescimento da despesa per capita média entre e é de 16,8% no Brasil, 15,7% nas áreas urbanas e 30,3% nas áreas rurais. Aplicam-se, aqui, os comentários feitos a respeito do crescimento mais intenso da RFPC nas áreas rurais, em comparação com as urbanas. Note-se que todas as medidas apresentadas na Tabela 4 indicam que a distribuição da despesa total per capita é menos desigual nas áreas rurais do que nas urbanas. Tabela 4 Principais características da distribuição da despesa total per capita (1) no Brasil e nas suas áreas urbanas e rurais, conforme dados da POF e da POF Estatística Brasil POF POF urbanas rurais Brasil urbanas rurais Média (R$) 682,5 761,6 297,7 797,0 880,9 388,0 Percentil ,8 223,4 106,8 230,0 269,4 127,8 % da renda dos ,9 421,3 188,5 439,1 494,4 234, ,5 848,7 345,5 865,3 967,4 447, , ,8 406, , ,4 518, , ,9 611, , ,5 784, , ,5 864, , , , , , , , , ,5 50% mais pobres 14,3 15,0 17,9 14,8 15,4 16,8 10% mais ricos 43,7 42,5 37,7 43,4 42,4 39,7 5% mais ricos 30,1 29,1 25,7 30,4 29,6 27,8 1% mais rico 11,4 10,8 10,0 12,1 11,7 11,5 Índice de Gini 0,559 0,546 0,492 0,553 0,542 0,514 T de Teil 0,606 0,575 0,466 0,606 0,578 0,524 L de Teil 0,571 0,540 0,426 0,558 0,527 0,474 (1) Todos os valores monetários estão em reais de janeiro de Fonte: Resultados obtidos com base nos microdados da POF e da POF Economia e Sociedade, Campinas, v. 19, n. 3 (40), p , dez

8 Rodolfo Hoffmann Comparando a desigualdade da distribuição da despesa per capita em e , observa-se que o índice de Gini diminui quando se considera todo o país ou apenas as áreas urbanas, mas aumenta nas áreas rurais. O T de Teil, que é uma medida de desigualdade relativamente mais sensível a modificações na cauda direita da distribuição, permanece o mesmo para o Brasil todo, cresce ligeiramente nas áreas urbanas e cresce substancialmente nas áreas rurais. Para as áreas rurais, todos os indicadores mostram aumento na desigualdade da distribuição da despesa per capita. Esse aumento de desigualdade é acompanado por aumento da assimetria, com o valor mediano crescendo (+24,3%) menos do que o médio (+30,3%). No país todo, as indicações de redução na desigualdade são mais fortes no caso da distribuição da RFPC do que na distribuição da despesa total per capita. A análise da distribuição da despesa de consumo per capita mostra resultados semelantes 5. A desigualdade é um pouco mais baixa, com índice de Gini igual a 0,524 em e 0,515 em Nas áreas rurais o índice de Gini cresce de 0,468 para 0,489. O valor real do consumo per capita médio cresce 15,1% (de R$ 562,70 para R$ 647,80) no Brasil todo, 14,1% nas áreas urbanas e 26,7% nas áreas rurais. 3 Decomposição da desigualdade conforme parcelas do rendimento familiar Nesta seção analisa-se como diferentes parcelas da renda familiar contribuem para formar o índice de Gini da distribuição da RFPC no Brasil, de acordo com os dados da POF Preliminarmente, apresenta-se a metodologia de decomposição do índice de Gini quando a renda é dividida em parcelas. Seja x i a renda da i-ésima pessoa em uma população com n pessoas. Admite-se que as rendas estão ordenadas de maneira que x x 1 2 K x n (1) A renda média é 1 n µ = x (2) n i= 1 i Sabe-se que a curva de Lorenz mostra como a proporção acumulada da renda varia em função da proporção acumulada da população, com as rendas ordenadas conforme (1). Sendo α a área compreendida entre o bissetor do primeiro quadrante e a ( 5 ) Pode-se argumentar que a despesa de consumo seria a variável apropriada para analisar a desigualdade, pois ela está mais diretamente associada ao nível de bem-estar das famílias. Mas isso é discutível. Um rico sovina deve ser considerado relativamente pobre em comparação com um rico perdulário com renda igual? 654 Economia e Sociedade, Campinas, v. 19, n. 3 (40), p , dez

9 Desigualdade da renda e das despesas per capita no Brasil, em e curva de Lorenz (denominada área de desigualdade), o índice de Gini pode ser definido como G = 2α (3) verificando-se que 0 G < 1. Indicando por β a área entre a curva de Lorenz e o eixo das abscissas, tem-se que α = 0, 5 β e, consequentemente, G =1 2β (4) Considere-se, em seguida, que a renda k =1 i x i é formada por k parcelas: x i = x (5) A média da -ésima parcela é 1 n µ = x (6) n i= 1 i Analogamente à definição da curva de Lorenz, denomina-se curva de concentração da -ésima parcela a curva que mostra como a proporção acumulada dessa parcela da renda varia em função da proporção acumulada da população, mantendo a ordenação definida em (1). Sendo β a área entre a curva de concentração e o eixo das abscissas, a razão de concentração da -ésima parcela, analogamente a (4), é dada por C = 1 2β (7) como Seja ϕ a participação da -ésima parcela na renda total, que pode ser calculada µ ϕ = (8) µ Pode-se demonstrar que o índice de Gini da distribuição dos média ponderada das razões de concentração de suas parcelas: k G = ϕ C (9) =1 Como ϕ = 1, segue-se que k ϕ ( G) = 0 (10) = 1 C x i é a seguinte Excluindo a situação em que todas as parcelas têm a mesma razão de concentração, averá termos positivos e termos negativos na soma (10). Com ϕ > 0, os termos negativos (com C < G ) correspondem às parcelas progressivas, isto é, às parcelas que contribuem para reduzir a desigualdade. Os termos positivos na soma (10) (com Economia e Sociedade, Campinas, v. 19, n. 3 (40), p , dez

10 Rodolfo Hoffmann C > G ) correspondem às parcelas regressivas, isto é, às parcelas que contribuem para aumentar a desigualdade. O grau de progressividade de cada parcela (admitindo ϕ > 0 ) pode ser medido pelo valor de π = G C (11) A Tabela 5 mostra os resultados obtidos decompondo a RFPC em 15 parcelas. Note-se que o total inclui tanto os rendimentos monetários como os não monetários, e também a variação patrimonial. Utilizando a terminologia usual do IBGE, denomina-se rendimento do trabalo aquele obtido em decorrência de atividade exercida pela pessoa, inclusive como empregador. É claro que parte do rendimento do trabalo de um empregador e proprietário de uma fazenda, por exemplo, pode ser constituída por lucro e renda da terra. No caso das aposentadorias e pensões, distinguem-se as do Regime Geral de Previdência Social (RGPS), que são pagas pelo INSS, as decorrentes de emprego público com Regime Próprio de Previdência Social (RPPS), e as da previdência privada. Nas transferências provenientes de programas sociais federais são consideradas três parcelas: o Bolsa Família, o BPC (Benefício de Prestação Continuada) e demais programas (incluindo o Peti Programa de Erradicação do Trabalo Infantil). É obviamente muito difícil, em uma pesquisa domiciliar dessa natureza, captar todos os rendimentos. Certamente muitos são omitidos e/ou subdeclarados. Considere-se, por exemplo, o Bolsa Família. Em 2008, conforme registros do MDS (Ministério do Desenvolvimento Social), o Programa Bolsa Família beneficiou 11,3 milões de famílias, com transferências totalizando R$ 10,6 bilões, representando 0,37% do PIB (Soares e Sátyro, 2009, p. 12). Na POF verifica-se que á 7,64 milões de famílias 6 com rendimento do Bolsa Família, com um total mensal de benefícios igual a R$ 640 milões, o que corresponde a um total anual de menos de R$ 7,7 bilões. Verifica-se, na Tabela 5, que o rendimento do trabalo é ligeiramente regressivo, com uma razão de concentração igual a 0,5662. Como essa parcela corresponde a mais de 61% do rendimento total, a sua contribuição para a desigualdade representa quase 62% do índice de Gini. Tanto o rendimento de empregados como o rendimento dos trabaladores por conta própria são progressivos. O que torna o total de rendimento do trabalo ligeiramente regressivo é o caráter fortemente regressivo do rendimento dos empregadores, cuja razão de concentração supera 0,82. Entre as parcelas analisadas, á cinco que se destacam pelo caráter regressivo, com índice de progressividade negativo e valor absoluto maior do que 0,25: rendimento de empregadores, aposentadorias e pensões de funcionários públicos, rendimento da previdência privada, rendimento de aluguel e a variação patrimonial. A maior regressividade de rendimentos associados ao lucro e à propriedade de riqueza é esperada. (6) Nas famílias que recebem essa transferência, o número médio de pessoas por família é 4,65, bem maior do que a média geral de 3,30 pessoas por família. 656 Economia e Sociedade, Campinas, v. 19, n. 3 (40), p , dez

11 Desigualdade da renda e das despesas per capita no Brasil, em e Inesperado, talvez, seja o fato de aposentadorias e pensões de funcionários públicos fazerem parte desse grupo de parcelas altamente regressivas. Tabela 5 Parcelas do rendimento familiar e respectiva decomposição do índice de Gini da distribuição da RFPC no Brasil, conforme dados da POF Parcela do rendimento Rendimento do trabalo Participação ( ϕ ) Razão de concentração ( C ) ϕ C Parcela de G Progressividade ( G ) 0,6108 0,5662 0, ,69 0,0056 Empregado 0,4317 0,5525 0, ,54 0,0081 Empregador 0,0557 0,8287 0,0461 8,23 0,2681 Conta própria 0,1235 0,4959 0, ,92 0,0647 Aposentad. e pensões 0,1562 0,6028 0, ,80 0,0422 RGPS (INSS) 0,1020 0,4800 0,0490 8,73 0,0806 RPPS (Func. públ.) 0,0471 0,8215 0,0387 6,91 0,2609 Prev. Privada 0,0071 0,9152 0,0065 1,16 0,3546 Progr. sociais federais 0,0071 0,3644 0,0026 0,46 0,9251 Bolsa família 0,0040 0,5624 0,0023 0,40 1,1230 BPC 0,0030 0,1042 0,0003 0,06 0,6649 Peti e outros 0,0001 0,1348 0,0000 0,00 0,6954 Pensão alim., mesada ou doação 0,0147 0,5017 0,0074 1,32 0,0590 Outras transferências 0,0070 0,3729 0,0026 0,46 0,1877 Rendimento de aluguel 0,0168 0,8191 0,0138 2,46 0,2585 Outras rendas 0,0156 0,7733 0,0121 2,15 0,2127 Rendim. não monetário 0,1277 0,3975 0,0508 9,05 0,1631 Variação patrimonial 0,0441 0,8291 0,0366 6,52 0,2685 Total 1,0000 0,5606 0, ,00 % C Tendo em vista que os pagamentos feitos pelo INSS são progressivos e a participação da previdência privada é muito pequena, é a forte regressividade das aposentadorias e pensões de funcionários públicos que torna o total de rendimentos previdenciários ligeiramente regressivo. Agregando apenas os valores pagos pelo INSS com as aposentadorias e pensões de funcionários públicos, a razão de concentração dos rendimentos da previdência oficial é igual a 0,5879, com índice de progressividade igual a 0,0273, um resultado coerente com a natureza regressiva das aposentadorias e pensões oficiais constatada com base nos dados da PNAD a partir de 1999 (ver Hoffmann, 2009 e Hoffmann, 2010). 7 (7) Em recente Comunicado do Ipea conclui-se que as transferências monetárias (incluindo pagamentos previdenciários) contribuem para reduzir a desigualdade da distribuição da renda domiciliar per capita. A análise peca por considerar um agregado muito eterogêneo, incluindo a previdência de funcionários públicos, os pagamentos do INSS e as transferências de programas de assistência social. Além disso, usa-se, erroneamente, o fato de o índice de Gini calculado sem as transferências ser maior para concluir que elas contribuem para reduzir a desigualdade (ver Ipea, 2010, e Hoffmann, 2009). Economia e Sociedade, Campinas, v. 19, n. 3 (40), p , dez

12 Rodolfo Hoffmann A Tabela 6 mostra como varia, ao longo da distribuição da RFPC, a participação de algumas parcelas na renda total. A distribuição é dividida em dez estratos, conforme valores crescentes da RFPC, cada um com 10% da população (pessoas). A participação do rendimento do trabalo é um pouco menor nos três primeiros décimos, o que determina a natureza ligeiramente regressiva da parcela. A participação, em cada estrato, das aposentadorias e pensões de funcionários públicos é claramente crescente, passando de 0,3% no décimo mais pobre para 7,7% no décimo mais rico, como ilustra a Figura 1. A natureza claramente regressiva dessa parcela faz com que o agregado dos pagamentos do INSS e da previdência do setor público também seja regressivo, com participação acima de 15% apenas na metade mais rica da distribuição. Tabela 6 Participação do rendimento do trabalo, dos rendimentos pagos pelo INSS (RGPS), das aposentadorias e pensões de funcionários públicos (RPPS) e da soma dessas duas parcelas no total do rendimento familiar, dentro de cada décimo da distribuição da RFPC, conforme dados da POF Décimos, conforme valor crescente da RFPC do trabalo Participação percentual do rendimento do RGPS (INSS) (a) do RPPS (func. públ.) (b) (a) + (b) 1 o 47,1 6,2 0,3 6,5 2 o 54,9 9,7 0,6 10,3 3 o 58,7 11,1 0,7 11,8 4 o 59,5 12,6 1,3 14,0 5 o 61,7 12,5 1,1 13,6 6 o 60,6 15,6 1,3 16,9 7 o 62,5 13,1 1,9 15,1 8 o 62,8 12,7 2,6 15,4 9 o 63,3 11,7 3,9 15,6 10 o 60,5 7,4 7,7 15,1 Total 61,1 10,2 4,7 14,9 Figura 1 Participação de aposentadorias e pensões de funcionários públicos (RPPS) na renda familiar, conforme décimos da distribuição da RFPC no Brasil (POF ) % Ap. + Pens Décimo 658 Economia e Sociedade, Campinas, v. 19, n. 3 (40), p , dez

13 Desigualdade da renda e das despesas per capita no Brasil, em e Voltando à Tabela 5, verifica-se que, entre as parcelas do rendimento familiar analisadas, as mais progressivas são as transferências associadas a programas sociais federais, com destaque para o Bolsa Família, cuja medida de progressividade supera 1. Em uma análise pormenorizada dos dados da PNAD de 2004, Soares et al. (2007) estimaram que as razões de concentração do BPC e do Bolsa Família (incluindo outros programas de transferência de renda) eram, respectivamente, 0,063 e 0,527, valores muito coerentes com os apresentados na Tabela 5, com base na POF A Tabela 7 mostra como a participação das transferências de programas sociais federais no rendimento total das famílias decresce à medida que se passa para os décimos mais ricos da distribuição do RFPC. O Bolsa Família representa mais de 12% do rendimento total no décimo mais pobre e cai rapidamente para menos de 1% no 5 o décimo, como ilustra a Figura 2. Tabela 7 Participação do Bolsa Família, do BPC e do total de transferências dos programas sociais federais no total do rendimento familiar, dentro de cada décimo da distribuição do RFPC, conforme dados da POF Décimos, conforme valor crescente da RFPC Participação percentual das transferências de Bolsa Família BPC Programas sociais federais 1 o 12,11 1,29 13,43 2 o 4,89 1,49 6,39 3 o 2,48 1,28 3,81 4 o 1,23 1,27 2,51 5 o 0,61 0,93 1,56 6 o 0,22 0,92 1,15 7 o 0,11 0,51 0,63 8 o 0,05 0,13 0,18 9 o 0,02 0,06 0,08 10 o 0,00 0,01 0,01 Total 0,40 0,30 0,71 Como o BPC é uma transferência com valor igual ao salário mínimo, o fato de o Bolsa Família apresentar índice de progressividade claramente maior do que o BPC é um indício de que o Bolsa Família é mais efetivo do que um aumento do salário mínimo, se o objetivo for reduzir a desigualdade e a pobreza. Em análise baseada na PNAD de 2005, Barros et al. (2009) mostram que, para reduzir a desigualdade, maior gasto governamental com o Bolsa Família é mais efetivo do que aumento do salário mínimo. Economia e Sociedade, Campinas, v. 19, n. 3 (40), p , dez

14 Rodolfo Hoffmann Figura 2 Participação das transferências do programa Bolsa Família na renda familiar, conforme décimos da distribuição da RFPC no Brasil (POF ) % BF Décimo Principais conclusões a) A comparação entre a POF e a POF mostra a redução da desigualdade da distribuição do rendimento familiar per capita (RFPC), com o índice de Gini caindo de 0,591 para 0,561 e a proporção da renda apropriada pelo décimo mais rico diminuindo de 47,1% para 44,4%, confirmando um fenômeno já constatado com os dados da PNAD. A redução na desigualdade é observada em todas as seis regiões analisadas. b) A desigualdade continua elevada, com a metade mais pobre ficando com 14,5% da renda total, pouco mais do que a proporção (12,8%) apropriada pelo centésimo mais rico. c) A desigualdade é menor no Sul e no estado de São Paulo, onde, de acordo com os dados da POF , a metade mais pobre da população fica com quase 18% da renda total, o décimo mais rico se apropria de aproximadamente 40% do total e o índice de Gini está em torno de 0,50. d) Comparando a distribuição da despesa total per capita em e , constata-se que o índice de Gini diminui bem menos do que o da RFPC e aumenta ligeiramente a participação, no total de despesas, do vigésimo da população situado na cauda direita da distribuição. e) Dividindo a renda familiar em 15 parcelas, verifica-se, como é esperado, que tanto o rendimento dos empregadores como o rendimento de aluguel são parcelas altamente regressivas, isto é, são componentes da renda que contribuem para aumentar a desigualdade. Destaca-se o fato de aposentadorias e pensões de funcionários públicos apresentarem grau semelante de regressividade. 660 Economia e Sociedade, Campinas, v. 19, n. 3 (40), p , dez

15 Desigualdade da renda e das despesas per capita no Brasil, em e f) As aposentadorias e pensões do Regime Geral de Previdência Social (pagas pelo INSS) constituem parcela levemente progressiva da renda familiar. g) As parcelas mais progressivas (concentradas nos pobres) são as transferências de programas sociais federais, com destaque para o Bolsa Família que, de acordo com os dados da POF , representa 12,1% da renda dos 10% mais pobres da população. Referências bibliográficas BARROS, R.; CARVALHO, M.; FRANCO, S.; MENDONÇA, R. Markets, te state and te dynamics of inequality: Brazil s case study. Disponível em: Acessado em dez./2009. HOFFMANN, Rodolfo. Elasticidade-renda das despesas e do consumo de alimentos no Brasil em In: SILVEIRA, F. G.; SERVO, L. M. S.; MENEZES, T.; PIOLA, S. G. (Org.). Gasto e consumo das famílias brasileiras contemporâneas. Brasília: Ipea, v. 2, p Desigualdade da distribuição da renda no Brasil: a contribuição de aposentadorias e pensões e de outras parcelas do rendimento domiciliar per capita. Economia e Sociedade, Campinas, v. 18, n. 1 (35), p , abr Te evolution of income distribution in Brazil: wat promotes and wat restricts te decline in inequality. Trabalo apresentado no seminário A comparative analysis of growt and development: Argentina and Brazil. University of Illinois, Apr , IBGE. Pesquisa de Orçamentos Familiares : despesas, rendimentos e condições de vida. Rio de Janeiro: IBGE, 2010a.. Pesquisa de Orçamentos Familiares Versão 1. CD de Microdados. Rio de Janeiro: IBGE, 2010b.. Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios PNAD, v. 30, Rio de Janeiro: IBGE, 2010c. IPEA. Previdência e assistência social: efeitos no rendimento familiar e sua dimensão nos Estados. Comunicados do Ipea, n. 59, jul SOARES, Fábio Vera et al. Programas de transferência de renda no Brasil: impactos sobre a desigualdade. In: BARROS, R. P.; FOGUEL, M. N.; ULYSSEA, G. (Org.). Desigualdade de renda no Brasil: uma análise da queda recente. Brasília: Ipea, v. 2, p SOARES, Sergei; SÁTYRO, Natália. O programa Bolsa Família: deseno institucional, impactos e possibilidades futuras. Brasília: Ipea, out (Texto para Discussão, n. 1424). Economia e Sociedade, Campinas, v. 19, n. 3 (40), p , dez

DISTRIBUIÇÃO DA RENDA NO BRASIL EM 1999 1. Palavras-chaves: desigualdade, pobreza, equações de rendimento, distribuição de renda.

DISTRIBUIÇÃO DA RENDA NO BRASIL EM 1999 1. Palavras-chaves: desigualdade, pobreza, equações de rendimento, distribuição de renda. DISTRIBUIÇÃO DA RENDA NO BRASIL EM 1999 1 Rodolfo Hoffmann 2 RESUMO Este trabalho analisa a distribuição da renda no Brasil e em seis regiões do país, utilizando os dados da PNAD de 1999. É examinada a

Leia mais

As transferências não são a causa principal da redução na desigualdade

As transferências não são a causa principal da redução na desigualdade As transferências não são a causa principal da redução na desigualdade Rodolfo Hoffmann 1 De acordo com dados das últimas PNAD ( Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), diminuiu a desigualdade da

Leia mais

Transferências de renda e a redução da desigualdade no Brasil e cinco regiões entre 1997 e 2004

Transferências de renda e a redução da desigualdade no Brasil e cinco regiões entre 1997 e 2004 RODOLFO HOFFMANN 55 Transferências de renda e a redução da desigualdade no Brasil e cinco regiões entre 1997 e 2004 Rodolfo Hoffmann* Resumo Utilizando dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios

Leia mais

3 O Panorama Social Brasileiro

3 O Panorama Social Brasileiro 3 O Panorama Social Brasileiro 3.1 A Estrutura Social Brasileira O Brasil é um país caracterizado por uma distribuição desigual de renda. Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílios

Leia mais

MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL E COMBATE À FOME. Nota MDS Brasília, 02 de maio de 2011.

MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL E COMBATE À FOME. Nota MDS Brasília, 02 de maio de 2011. Nota MDS Brasília, 02 de maio de 2011. Assunto: O perfil da Extrema Pobreza no Brasil com base nos dados preliminares do universo do Censo 2010. 1. INTRODUÇÃO O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

Leia mais

Mercado de Trabalho. O idoso brasileiro no. NOTA TÉCNICA Ana Amélia Camarano* 1- Introdução

Mercado de Trabalho. O idoso brasileiro no. NOTA TÉCNICA Ana Amélia Camarano* 1- Introdução NOTA TÉCNICA Ana Amélia Camarano* O idoso brasileiro no Mercado de Trabalho 30 1- Introdução A análise da participação do idoso nas atividades econômicas tem um caráter diferente das análises tradicionais

Leia mais

Salário Mínimo e Mercado de Trabalho no Brasil no Passado Recente

Salário Mínimo e Mercado de Trabalho no Brasil no Passado Recente Salário Mínimo e Mercado de Trabalho no Brasil no Passado Recente João Saboia 1 1. Introdução A questão do salário mínimo está na ordem do dia. Há um reconhecimento generalizado de que seu valor é muito

Leia mais

As avaliações sobre a evolução e o comportamento dos valores das

As avaliações sobre a evolução e o comportamento dos valores das Comentários dos resultados As avaliações sobre a evolução e o comportamento dos valores das despesas das famílias e da distribuição dessas despesas, segundo os diversos itens adquiridos ou pagos, possibilitam

Leia mais

A desigualdade de renda inter-regional paulista: 1990-2007

A desigualdade de renda inter-regional paulista: 1990-2007 A desigualdade de renda inter-regional paulista: 1990-2007 Rosycler Cristina Santos Simão 1 Sandro Eduardo Monsueto 2 Resumo Este artigo tem por objetivo fazer uma breve descrição da distribuição de renda

Leia mais

Remuneração do funcionalismo público e a variação da desigualdade da distribuição da renda no Brasil de 1995 a 2009

Remuneração do funcionalismo público e a variação da desigualdade da distribuição da renda no Brasil de 1995 a 2009 1 Remuneração do funcionalismo público e a variação da desigualdade da distribuição da renda no Brasil de 1995 a 2009 Eduardo Freguglia Daré 1 Rodolfo Hoffmann 2 Resumo Este trabalho investiga a contribuição

Leia mais

Caracterização do território

Caracterização do território Perfil do Município de Areado, MG 29/07/2013 - Pág 1 de 14 Caracterização do território Área 282,6 km² IDHM 2010 0,727 Faixa do IDHM Alto (IDHM entre 0,700 e 0,799) (Censo 2010) 13731 hab. Densidade demográfica

Leia mais

capítulo Medindo a Progressividade das Transferências

capítulo Medindo a Progressividade das Transferências capítulo 20 Medindo a Progressividade das Transferências Rodolfo Hoffmann* 1 INTRODUÇÃO A discussão sobre a melhor forma de cobrar imposto foi um tema básico dos economistas clássicos. John Stuart Mill,

Leia mais

Caracterização do território

Caracterização do território Perfil do Município de Botelhos, MG 29/07/2013 - Pág 1 de 14 Caracterização do território Área 335,24 km² IDHM 2010 0,702 Faixa do IDHM Alto (IDHM entre 0,700 e 0,799) (Censo 2010) 14920 hab. Densidade

Leia mais

Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios - Síntese

Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios - Síntese 2014 Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios - Síntese Dieese Subseção Força Sindical 19/09/2014 PESQUISA NACIONAL POR AMOSTRA DE DOMICILIOS - PNAD 2013 Síntese dos Indicadores POPULAÇÃO A Pesquisa

Leia mais

Caracterização do território

Caracterização do território Perfil do Município de Santos, SP 30/07/2013 - Pág 1 de 14 Caracterização do território Área 281,35 km² IDHM 2010 0,840 Faixa do IDHM Muito Alto (IDHM entre 0,8 e 1) (Censo 2010) 419400 hab. Densidade

Leia mais

Caracterização do território

Caracterização do território Perfil do Município de Alto Boa Vista, MT 01/08/2013 - Pág 1 de 14 Caracterização do território Área 2248,35 km² IDHM 2010 0,651 Faixa do IDHM Médio (IDHM entre 0,6 e 0,699) (Censo 2010) 5247 hab. Densidade

Leia mais

Sumário Executivo. Redistribuição à Brasileira: Ingredientes Trabalhistas

Sumário Executivo. Redistribuição à Brasileira: Ingredientes Trabalhistas Sumário Executivo Redistribuição à Brasileira: Ingredientes Trabalhistas Seguindo a analogia culinária tradicional, o bolo dos brasileiros pobres cresceu nos últimos dez anos, apesar do crescimento ter

Leia mais

Determinantes da queda recente no grau de desigualdade de renda no Brasil

Determinantes da queda recente no grau de desigualdade de renda no Brasil Determinantes da queda recente no grau de desigualdade de renda no Brasil Ricardo Barros (IPEA) Mirela de Carvalho (IPEA) Samuel Franco (IPEA) Brasília, Abril de 2006 1. A evolução da distribuição de renda

Leia mais

VERSÃO PRELIMINAR. Notas sobre Redes de Proteção Social e Desigualdade

VERSÃO PRELIMINAR. Notas sobre Redes de Proteção Social e Desigualdade Notas sobre Redes de Proteção Social e Desigualdade 1) Nos últimos dez anos a renda media dos brasileiros que caiu a taxa de 0.6% ao ano, enquanto o dos pobres cresceu 0.7%, já descontados o crescimento

Leia mais

Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome

Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome O Brasil assume o desafio de acabar com a miséria O Brasil assume o desafio de acabar com a

Leia mais

ESCRITÓRIO TÉCNICO DE ESTUDOS ECONÔMICOS DO NORDESTE ETENE INFORME RURAL ETENE PRODUÇÃO E ÁREA COLHIDA DE CANA DE AÇÚCAR NO NORDESTE.

ESCRITÓRIO TÉCNICO DE ESTUDOS ECONÔMICOS DO NORDESTE ETENE INFORME RURAL ETENE PRODUÇÃO E ÁREA COLHIDA DE CANA DE AÇÚCAR NO NORDESTE. O nosso negócio é o desenvolvimento ESCRITÓRIO TÉCNICO DE ESTUDOS ECONÔMICOS DO NORDESTE ETENE INFORME RURAL ETENE PRODUÇÃO E ÁREA COLHIDA DE CANA DE AÇÚCAR NO NORDESTE Ano 4 200 Nº 20 O nosso negócio

Leia mais

Caracterização do território

Caracterização do território Perfil do Município de Sorriso, MT 02/08/2013 - Pág 1 de 14 Caracterização do território Área 9382,37 km² IDHM 2010 0,744 Faixa do IDHM Alto (IDHM entre 0,700 e 0,799) (Censo 2010) 66521 hab. Densidade

Leia mais

Energia Elétrica: Previsão da Carga dos Sistemas Interligados 2 a Revisão Quadrimestral de 2004

Energia Elétrica: Previsão da Carga dos Sistemas Interligados 2 a Revisão Quadrimestral de 2004 Energia Elétrica: Previsão da Carga dos Sistemas Interligados 2 a Revisão Quadrimestral de 2004 Período 2004/2008 INFORME TÉCNICO PREPARADO POR: Departamento de Estudos Energéticos e Mercado, da Eletrobrás

Leia mais

Histórico. Com o final da Segunda Guerra Mundial, tem. sofre um freio em seu crescimento global. O final da Velha Ordem Mundial entre os anos

Histórico. Com o final da Segunda Guerra Mundial, tem. sofre um freio em seu crescimento global. O final da Velha Ordem Mundial entre os anos Histórico As iniciadas no século XV, são consideradas como o marco inicial da (capitalismo comercial). O fenômeno segue crescendo com o período do Neocolonialismo europeu na Ásia e na África. Paralelamente

Leia mais

A recente queda da desigualdade de renda no Brasil: análise de dados da PNAD, do Censo Demográfico e das Contas Nacionais

A recente queda da desigualdade de renda no Brasil: análise de dados da PNAD, do Censo Demográfico e das Contas Nacionais Rodolfo Hoffmann e Marlon Gomes Ney A recente queda da desigualdade de renda no Brasil: análise de dados da PNAD, do Censo Demográfico e das Contas Nacionais Rodolfo Hoffmann * Marlon Gomes Ney ** Resumo

Leia mais

Análise das Mudanças de Pesos no Cálculo do INPC - 2007 a 2012

Análise das Mudanças de Pesos no Cálculo do INPC - 2007 a 2012 Enfoque Econômico é uma publicação do IPECE que tem por objetivo fornecer informações de forma imediata sobre políticas econômicas, estudos e pesquisas de interesse da população cearense. Por esse instrumento

Leia mais

ipea políticas sociais acompanhamento e análise 7 ago. 2003 117 GASTOS SOCIAIS: FOCALIZAR VERSUS UNIVERSALIZAR José Márcio Camargo*

ipea políticas sociais acompanhamento e análise 7 ago. 2003 117 GASTOS SOCIAIS: FOCALIZAR VERSUS UNIVERSALIZAR José Márcio Camargo* GASTOS SOCIAIS: FOCALIZAR VERSUS UNIVERSALIZAR José Márcio Camargo* Como deve ser estruturada a política social de um país? A resposta a essa pergunta independe do grau de desenvolvimento do país, da porcentagem

Leia mais

A desigualdade de renda parou de cair? (Parte I)

A desigualdade de renda parou de cair? (Parte I) www.brasil-economia-governo.org.br A desigualdade de renda parou de cair? (Parte I) Marcos Mendes 1 O governo tem comemorado, ano após ano, a redução da desigualdade de renda no país. O Índice de Gini,

Leia mais

PNAD - Segurança Alimentar 2004 2009. Insegurança alimentar diminui, mas ainda atinge 30,2% dos domicílios brasileiros

PNAD - Segurança Alimentar 2004 2009. Insegurança alimentar diminui, mas ainda atinge 30,2% dos domicílios brasileiros 1 of 5 11/26/2010 2:57 PM Comunicação Social 26 de novembro de 2010 PNAD - Segurança Alimentar 2004 2009 Insegurança alimentar diminui, mas ainda atinge 30,2% dos domicílios brasileiros O número de domicílios

Leia mais

Produtividade no Brasil: desempenho e determinantes 1

Produtividade no Brasil: desempenho e determinantes 1 Produtividade no Brasil: desempenho e determinantes 1 Fernanda De Negri Luiz Ricardo Cavalcante No período entre o início da década de 2000 e a eclosão da crise financeira internacional, em 2008, o Brasil

Leia mais

POBREZA, SEGURANÇA ALIMENTAR E SAÚDE NO BRASIL

POBREZA, SEGURANÇA ALIMENTAR E SAÚDE NO BRASIL POBREZA, SEGURANÇA ALIMENTAR E SAÚDE NO BRASIL Escrito por: Angela Kageyama Rodolfo Hoffmann Consultora: FECAMP Contrato: 206066 ÌNDICE Insegurança alimentar, educação e na PNAD de 2004... 3. Dados gerais

Leia mais

O BRASIL SEM MISÉRIA E AS MUDANÇAS NO DESENHO DO BOLSA FAMÍLIA

O BRASIL SEM MISÉRIA E AS MUDANÇAS NO DESENHO DO BOLSA FAMÍLIA O BRASIL SEM MISÉRIA E AS MUDANÇAS NO DESENHO DO BOLSA FAMÍLIA Rafael Guerreiro Osorio e Sergei S. D. Soares O Programa Bolsa Família é uma transferência de renda mensal do governo federal para famílias

Leia mais

DESIGUALDADE DE RENDA E SUA DECOMPOSIÇÃO NO BRASIL E NAS REGIÕES BRASILEIRAS

DESIGUALDADE DE RENDA E SUA DECOMPOSIÇÃO NO BRASIL E NAS REGIÕES BRASILEIRAS ISSN impressa 0100-4956 ISSN eletrônica (on line) 2357-9226 DESIGUALDADE DE RENDA E SUA DECOMPOSIÇÃO NO BRASIL E NAS REGIÕES BRASILEIRAS Income inequality and its decomposition in Brazil and in brazilian

Leia mais

Avaliação Econômica. Relação entre Desempenho Escolar e os Salários no Brasil

Avaliação Econômica. Relação entre Desempenho Escolar e os Salários no Brasil Avaliação Econômica Relação entre Desempenho Escolar e os Salários no Brasil Objetivo da avaliação: identificar o impacto do desempenho dos brasileiros na Educação Básica em sua renda futura. Dimensões

Leia mais

EVOLUÇÃO DA REMUNERAÇÃO DAS PESSOAS EMPREGADAS NA CANA- DE-AÇUCAR E EM OUTRAS LAVOURAS, NO BRASIL E EM SÃO PAULO.

EVOLUÇÃO DA REMUNERAÇÃO DAS PESSOAS EMPREGADAS NA CANA- DE-AÇUCAR E EM OUTRAS LAVOURAS, NO BRASIL E EM SÃO PAULO. EVOLUÇÃO DA REMUNERAÇÃO DAS PESSOAS EMPREGADAS NA CANA- DE-AÇUCAR E EM OUTRAS LAVOURAS, NO BRASIL E EM SÃO PAULO. Resumo Rodolfo Hoffmann 1 Fabíola C. R. de Oliveira 2 Este artigo analisa a evolução, no

Leia mais

Desigualdade Entre Escolas Públicas no Brasil: Um Olhar Inicial

Desigualdade Entre Escolas Públicas no Brasil: Um Olhar Inicial 29 Desigualdade Entre Escolas Públicas no Brasil: Um Olhar Inicial Gabriel Barreto Correa (*) Isabel Opice (**) 1 Introdução Não é novidade que o Brasil apresenta, além de índices educacionais muito baixos

Leia mais

ipea A EFETIVIDADE DO SALÁRIO MÍNIMO COMO UM INSTRUMENTO PARA REDUZIR A POBREZA NO BRASIL 1 INTRODUÇÃO 2 METODOLOGIA 2.1 Natureza das simulações

ipea A EFETIVIDADE DO SALÁRIO MÍNIMO COMO UM INSTRUMENTO PARA REDUZIR A POBREZA NO BRASIL 1 INTRODUÇÃO 2 METODOLOGIA 2.1 Natureza das simulações A EFETIVIDADE DO SALÁRIO MÍNIMO COMO UM INSTRUMENTO PARA REDUZIR A POBREZA NO BRASIL Ricardo Paes de Barros Mirela de Carvalho Samuel Franco 1 INTRODUÇÃO O objetivo desta nota é apresentar uma avaliação

Leia mais

Sumário Executivo. Amanda Reis. Luiz Augusto Carneiro Superintendente Executivo

Sumário Executivo. Amanda Reis. Luiz Augusto Carneiro Superintendente Executivo Comparativo entre o rendimento médio dos beneficiários de planos de saúde individuais e da população não coberta por planos de saúde regional e por faixa etária Amanda Reis Luiz Augusto Carneiro Superintendente

Leia mais

Mudanças demográficas e saúde no Brasil Dados disponíveis em 2008

Mudanças demográficas e saúde no Brasil Dados disponíveis em 2008 Mudanças demográficas e saúde no Brasil Dados disponíveis em 2008 José Cechin Superintendente Executivo Carina Martins Francine Leite Nos últimos meses, vários relatórios publicados por diferentes instituições

Leia mais

Entre 1998 e 2001, a freqüência escolar aumentou bastante no Brasil. Em 1998, 97% das

Entre 1998 e 2001, a freqüência escolar aumentou bastante no Brasil. Em 1998, 97% das INFORME-SE BNDES ÁREA PARA ASSUNTOS FISCAIS E DE EMPREGO AFE Nº 48 NOVEMBRO DE 2002 EDUCAÇÃO Desempenho educacional no Brasil: O que nos diz a PNAD-2001 Entre 1998 e 2001, a freqüência escolar aumentou

Leia mais

Docente: Willen Ferreira Lobato willenlobato@yahoo.com.br

Docente: Willen Ferreira Lobato willenlobato@yahoo.com.br Docente: Willen Ferreira Lobato willenlobato@yahoo.com.br Natal 29/02/2012 1 Considerações Gerais; Principais conceitos demográficos; Gráficos de indicadores sociais; Estrutura das populações mundiais:

Leia mais

RESULTADOS DO ENEM 2014

RESULTADOS DO ENEM 2014 RESULTADOS DO ENEM 2014 Boletim IDados da Educação nº 2015-02 Dezembro 2015 RESULTADOS DO ENEM 2014 Boletim IDados da Educação Dezembro 2015 APRESENTAÇÃO O Boletim IDados da Educação é uma publicação do

Leia mais

erradicar a pobreza extrema e a fome

erradicar a pobreza extrema e a fome objetivo 1. erradicar a pobreza extrema e a fome Para a Declaração dos Direitos Humanos toda pessoa tem direito a um padrão de vida capaz de assegurar a si e a sua família saúde e bem-estar, inclusive

Leia mais

CAPÍTULO 2 FUNÇÕES 1. INTRODUÇÃO. y = 0,80.x. 2. DEFINIÇÃO DE FUNÇÃO DE A EM B ( f: A B) 4. GRÁFICO DE UMA FUNÇÃO

CAPÍTULO 2 FUNÇÕES 1. INTRODUÇÃO. y = 0,80.x. 2. DEFINIÇÃO DE FUNÇÃO DE A EM B ( f: A B) 4. GRÁFICO DE UMA FUNÇÃO CAPÍTULO 2 FUNÇÕES 1. INTRODUÇÃO Muitas grandezas com as quais lidamos no nosso cotidiano dependem uma da outra, isto é, a variação de uma delas tem como conseqüência a variação da outra. Exemplo 1: Tio

Leia mais

DECOMPOSIÇÃO DA QUEDA NA DESIGUALDADE DE RENDA NO BRASIL: UMA ANÁLISE VIA MATRIZ DE CONTABILIDADE SOCIAL PARA OS ANOS DE 2004 E 2009

DECOMPOSIÇÃO DA QUEDA NA DESIGUALDADE DE RENDA NO BRASIL: UMA ANÁLISE VIA MATRIZ DE CONTABILIDADE SOCIAL PARA OS ANOS DE 2004 E 2009 DECOMPOSIÇÃO DA QUEDA NA DESIGUALDADE DE RENDA NO BRASIL: UMA ANÁLISE VIA MATRIZ DE CONTABILIDADE SOCIAL PARA OS ANOS DE 2004 E 2009 Rafael Perez Marcos Carlos Roberto Azzoni Joaquim José Martins Guilhoto

Leia mais

Produto Vendas Custo da matéria-prima

Produto Vendas Custo da matéria-prima Conceitos básicos de economia A economia pode ser subdividida em dois grandes segmentos: - Macroeconomia: trata da evolução da economia como um todo, analisando a determinação, comportamento e relações

Leia mais

SAÍDA DO MERCADO DE TRABALHO: QUAL É A IDADE?

SAÍDA DO MERCADO DE TRABALHO: QUAL É A IDADE? SAÍDA DO MERCADO DE TRABALHO: QUAL É A IDADE? Ana Amélia Camarano* Solange Kanso** Daniele Fernandes** 1 INTRODUÇÃO Assume-se que idade avançada e invalidez resultam em perda da capacidade laboral, o que

Leia mais

Os Números da Obesidade no Brasil: VIGITEL 2009 e POF 2008-2009

Os Números da Obesidade no Brasil: VIGITEL 2009 e POF 2008-2009 Os Números da Obesidade no Brasil: VIGITEL 2009 e POF 2008-2009 Maria Edna de Melo A Organização Mundial da Saúde (OMS) projetou que em 2005 o mundo teria 1,6 bilhões de pessoas acima de 15 anos de idade

Leia mais

PED ABC Novembro 2015

PED ABC Novembro 2015 PESQUISA DE EMPREGO E DESEMPREGO NA REGIÃO DO ABC 1 Novembro 2015 OS NEGROS NO MERCADO DE TRABALHO DA REGIÃO DO ABC Diferenciais de inserção de negros e não negros no mercado de trabalho em 2013-2014 Dia

Leia mais

na região metropolitana do Rio de Janeiro

na região metropolitana do Rio de Janeiro O PERFIL DOS JOVENS EMPREENDEDORES na região metropolitana do Rio de Janeiro NOTA CONJUNTURAL MARÇO DE 2013 Nº21 PANORAMA GERAL Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD/IBGE) de 2011,

Leia mais

ANO 4 NÚMERO 25 MARÇO DE 2014 PROFESSORES RESPONSÁVEIS: FLÁVIO RIANI & RICARDO RABELO

ANO 4 NÚMERO 25 MARÇO DE 2014 PROFESSORES RESPONSÁVEIS: FLÁVIO RIANI & RICARDO RABELO ANO 4 NÚMERO 25 MARÇO DE 2014 PROFESSORES RESPONSÁVEIS: FLÁVIO RIANI & RICARDO RABELO 1 - CONSIDERAÇÕES INICIAIS Em geral as estatísticas sobre a economia brasileira nesse início de ano não têm sido animadoras

Leia mais

Empreendedorismo do Rio de Janeiro: Conjuntura e Análise n.5 Marolinha carioca - Crise financeira praticamente não chegou ao Rio

Empreendedorismo do Rio de Janeiro: Conjuntura e Análise n.5 Marolinha carioca - Crise financeira praticamente não chegou ao Rio Empreendedorismo do Rio de Janeiro: Conjuntura e Análise n.5 Marolinha carioca - Crise financeira praticamente não chegou ao Rio Equipe: André Urani (editor responsável) Adriana Fontes Luísa Azevedo Sandro

Leia mais

Workshop: Como usar o software estatístico DAD?

Workshop: Como usar o software estatístico DAD? Workshop: Como usar o software estatístico DAD? Medidas de Pobreza e Desigualdade: algumas aplicações teóricas Prof. Caio Piza CCSA - Depto de Economia/NPQV Medidas de Pobreza e Desigualdade O que é DAD

Leia mais

Correção 9)As operações de mercado aberto envolvem variações nos encaixes compulsórios que os bancos. Conceito de Déficit e Dívida Pública

Correção 9)As operações de mercado aberto envolvem variações nos encaixes compulsórios que os bancos. Conceito de Déficit e Dívida Pública Conceito de Déficit e Dívida Pública Correção 9)As operações de mercado aberto envolvem variações nos encaixes compulsórios que os bancos comerciais detêm junto ao Banco Central e, por essa razão, afetam

Leia mais

Análise Econômica do Mercado de Resseguro no Brasil

Análise Econômica do Mercado de Resseguro no Brasil Análise Econômica do Mercado de Resseguro no Brasil Estudo encomendado a Rating de Seguros Consultoria pela Terra Brasis Resseguros Autor: Francisco Galiza Sumário 1. Introdução... 3 2. Descrição do Setor...

Leia mais

Diagnóstico da escolarização de crianças e adolescentes no Brasil

Diagnóstico da escolarização de crianças e adolescentes no Brasil Diagnóstico da escolarização de crianças e adolescentes no Brasil Alceu R. Ferraro(1) Objetivo e metodologia. O presente texto sintetiza os resultados do diagnóstico da escolarização de crianças e adolescentes

Leia mais

A DISTRIBUIÇÃO DA POSSE DA TERRA E A RECENTE QUEDA DA DESIGUALDADE DE RENDA NO BRASIL marlongomes@hotmail.com

A DISTRIBUIÇÃO DA POSSE DA TERRA E A RECENTE QUEDA DA DESIGUALDADE DE RENDA NO BRASIL marlongomes@hotmail.com A DISTRIBUIÇÃO DA POSSE DA TERRA E A RECENTE QUEDA DA DESIGUALDADE DE RENDA NO BRASIL marlongomes@hotmail.com Apresentação Oral-Desenvolvimento Rural, Territorial e regional MARLON GOMES NEY 1 ; RODOLFO

Leia mais

Curso de Políticas Públicas e Desenvolvimento Econômico

Curso de Políticas Públicas e Desenvolvimento Econômico Escola Nacional de Administração Pública - ENAP Curso: Políticas Públicas e Desenvolvimento Econômico Professor: José Luiz Pagnussat Período: 11 a 13 de novembro de 2013 Curso de Políticas Públicas e Desenvolvimento

Leia mais

MINAS, IDEB E PROVA BRASIL

MINAS, IDEB E PROVA BRASIL MINAS, IDEB E PROVA BRASIL Vanessa Guimarães 1 João Filocre 2 I I. SOBRE O 5º ANO DO EF 1. O IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) foi criado há um ano pelo MEC e adotado como indicador da

Leia mais

Curitiba, 25 de agosto de 2010. SUBSÍDIOS À CAMPANHA SALARIAL COPEL 2010 DATA BASE OUTUBRO 2010

Curitiba, 25 de agosto de 2010. SUBSÍDIOS À CAMPANHA SALARIAL COPEL 2010 DATA BASE OUTUBRO 2010 Curitiba, 25 de agosto de 2010. SUBSÍDIOS À CAMPANHA SALARIAL COPEL 2010 DATA BASE OUTUBRO 2010 1) Conjuntura Econômica Em função dos impactos da crise econômica financeira mundial, inciada no setor imobiliário

Leia mais

O EMPREGO DOMÉSTICO. Boletim especial sobre o mercado de trabalho feminino na Região Metropolitana de São Paulo. Abril 2007

O EMPREGO DOMÉSTICO. Boletim especial sobre o mercado de trabalho feminino na Região Metropolitana de São Paulo. Abril 2007 O EMPREGO DOMÉSTICO Boletim especial sobre o mercado de trabalho feminino na Abril 2007 Perfil de um emprego que responde por 17,7% do total da ocupação feminina e tem 95,9% de seus postos de trabalho

Leia mais

Brasil avança em duas áreas da Matemática

Brasil avança em duas áreas da Matemática PISA 2003 - BRASIL O Brasil mostrou alguns avanços na segunda edição do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa). Foi o que mais cresceu em duas das áreas avaliadas da Matemática, melhorou

Leia mais

ECONOMIA www.abras.com.br A informação que fala direto ao seu bolso 22 de Dezembro de 2015

ECONOMIA www.abras.com.br A informação que fala direto ao seu bolso 22 de Dezembro de 2015 Associação Brasileira de Supermercados Nº59 ECONOMIA www.abras.com.br A informação que fala direto ao seu bolso 22 de Dezembro de 2015 Supermercados mostram queda de -1,61% até novembro Desemprego e renda

Leia mais

INDICADORES DEMOGRÁFICOS E NORDESTE

INDICADORES DEMOGRÁFICOS E NORDESTE INDICADORES DEMOGRÁFICOS E SOCIAIS E ECONÔMICOS DO NORDESTE Verônica Maria Miranda Brasileiro Consultora Legislativa da Área XI Meio Ambiente e Direito Ambiental, Organização Territorial, Desenvolvimento

Leia mais

GOVERNO DO ESTADO DO CEARÁ SECRETARIA DO PLANEJAMENTO E COORDENAÇÃO (SEPLAN) Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (IPECE)

GOVERNO DO ESTADO DO CEARÁ SECRETARIA DO PLANEJAMENTO E COORDENAÇÃO (SEPLAN) Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (IPECE) GOVERNO DO ESTADO DO CEARÁ SECRETARIA DO PLANEJAMENTO E COORDENAÇÃO (SEPLAN) Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (IPECE) NOTA TÉCNICA Nº 17 UMA COMPARAÇÃO DA COBERTURA PREVIDENCIÁRIA

Leia mais

ANÁLISE E APLICAÇÃO DOS ÍNDICES DE LIQUIDEZ APLICADOS AS EMPRESAS EM GERAL COM BASE EM SEUS EMONSTRATIVOS CONTÁBEIS

ANÁLISE E APLICAÇÃO DOS ÍNDICES DE LIQUIDEZ APLICADOS AS EMPRESAS EM GERAL COM BASE EM SEUS EMONSTRATIVOS CONTÁBEIS ANÁLISE E APLICAÇÃO DOS ÍNDICES DE LIQUIDEZ APLICADOS AS EMPRESAS EM GERAL COM BASE EM SEUS EMONSTRATIVOS CONTÁBEIS PAULO NAZARENO CARDOSO DA SILVA GRADUANDO DO CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS UNIVERSIDADE

Leia mais

Desigualdade e Pobreza nos Domicílios Rurais e Urbanos no Brasil, 1981-2005

Desigualdade e Pobreza nos Domicílios Rurais e Urbanos no Brasil, 1981-2005 DOCUMENTOS TÉCNICO-CIENTÍFICOS Desigualdade e Pobreza nos Domicílios Rurais e Urbanos no Brasil, 1981-2005 RESUMO Tem como objetivo analisar a evolução da desigualdade e da pobreza no Brasil, ressaltando

Leia mais

Núcleo de Pesquisa. Federação do Comércio do Estado de Santa Catarina

Núcleo de Pesquisa. Federação do Comércio do Estado de Santa Catarina Federação do Comércio do Estado de Santa Catarina Pesquisa de Endividamento e Inadimplência dos Consumidores de outubro de 2014 Endividamento das famílias catarinenses mantém-se praticamente estável em

Leia mais

DIEESE e SEBRAE lançam Anuário do Trabalho na Micro e Pequena Empresa

DIEESE e SEBRAE lançam Anuário do Trabalho na Micro e Pequena Empresa São Paulo, 05 de dezembro de 2011 NOTA À IMPRENSA DIEESE e SEBRAE lançam Anuário do Trabalho na Micro e Pequena Empresa O aumento no número de estabelecimentos de micro e pequenas empresas no Brasil, bem

Leia mais

B R A S I L EMERGENTE E X P E C T A T I V A D E V I D A E C O N S U M O E M 2 0 1 5

B R A S I L EMERGENTE E X P E C T A T I V A D E V I D A E C O N S U M O E M 2 0 1 5 B R A S I L EMERGENTE E X P E C T A T I V A D E V I D A E C O N S U M O E M 2 0 1 5 O I N V E S T I M E N T O P E L A L Ó G I C A D A D E M A N D A R E N A T O M E I R E L L E S r e n a t o @ d a t a p

Leia mais

O Ensino Superior Brasileiro na Década de 90

O Ensino Superior Brasileiro na Década de 90 O Ensino Superior Brasileiro na Década de 90 Paulo Corbucci* O presente texto aborda alguns aspectos do desenvolvimento do ensino superior brasileiro na década de 90, tendo, como eixos de análise, a oferta,

Leia mais

ÍNDICE DE BEM-ESTAR URBANO DA REGIÃO METROPOLITANA DE FLORIANÓPOLIS

ÍNDICE DE BEM-ESTAR URBANO DA REGIÃO METROPOLITANA DE FLORIANÓPOLIS ÍNDICE DE BEM-ESTAR URBANO DA REGIÃO METROPOLITANA DE FLORIANÓPOLIS Gustavo Henrique P. Costa INTRODUÇÃO Recentemente o INCT Observatório das Metrópoles divulgou o livro e também e-book intitulado Índice

Leia mais

Redução da desigualdade de renda no Brasil: determinantes e consequências

Redução da desigualdade de renda no Brasil: determinantes e consequências TEMA 1 Qualidade do Gasto Público MENÇÃO HONROSA Artur Henrique da Silva Santos Redução da desigualdade de renda no Brasil: determinantes e consequências Resumo O propósito deste estudo é realizar uma

Leia mais

Apresentação de Dados em Tabelas e Gráficos

Apresentação de Dados em Tabelas e Gráficos Apresentação de Dados em Tabelas e Gráficos Os dados devem ser apresentados em tabelas construídas de acordo com as normas técnicas ditadas pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

Leia mais

RETRATOS DA SOCIEDADE BRASILEIRA

RETRATOS DA SOCIEDADE BRASILEIRA Indicadores CNI RETRATOS DA SOCIEDADE BRASILEIRA Previdência 20 Maioria dos brasileiros apoia mudanças na previdência Sete em cada dez brasileiros reconhecem que o sistema previdenciário brasileiro apresenta

Leia mais

PRODUTIVIDADE E A PESQUISA ANUAL DE SERVIÇOS NA HOTELARIA E GASTRONOMIA BRASILEIRA

PRODUTIVIDADE E A PESQUISA ANUAL DE SERVIÇOS NA HOTELARIA E GASTRONOMIA BRASILEIRA PRODUTIVIDADE E A PESQUISA ANUAL DE SERVIÇOS NA HOTELARIA E GASTRONOMIA BRASILEIRA SUBSÍDIOS ESPECIAIS PARA FERTHORESP / FERTHOTEL FEVEREIRO 2012 - ALOISIO LEÃO DA COSTA...o IBGE realiza anualmente a Pesquisa

Leia mais

Contabilidade Decifrada AFRFB 2009 II Benefícios a Empregados e Passivo Atuarial

Contabilidade Decifrada AFRFB 2009 II Benefícios a Empregados e Passivo Atuarial 1 INTRODUÇÃO... 1 2 CONCEITOS INICIAIS E DEFINIÇÕES... 1 3 TRATAMENTO DADO A BENEFÍCIOS DE CURTO PRAZO... 2 4 BENEFÍCIOS PÓS-EMPREGO... 2 5 CÁLCULO E CONTABILIZAÇÃO DE PASSIVO ATUARIAL EM PLANO DE BENEFÍCIO

Leia mais

Analfabetismo no Brasil

Analfabetismo no Brasil Analfabetismo no Brasil Ricardo Paes de Barros (IPEA) Mirela de Carvalho (IETS) Samuel Franco (IETS) Parte 1: Magnitude e evolução do analfabetismo no Brasil Magnitude Segundo estimativas obtidas com base

Leia mais

INCT Observatório das Metrópoles. Acesso às tecnologias digitais no Brasil Metropolitano Documento preliminar

INCT Observatório das Metrópoles. Acesso às tecnologias digitais no Brasil Metropolitano Documento preliminar INCT Observatório das Metrópoles Acesso às tecnologias digitais no Brasil Metropolitano Documento preliminar As mudanças desencadeadas pelo avanço da tecnologia digital hoje, no Brasil, não tem precedentes.

Leia mais

ECONOMIA www.abras.com.br A informação que fala direto ao seu bolso 30 de Novembro de 2015

ECONOMIA www.abras.com.br A informação que fala direto ao seu bolso 30 de Novembro de 2015 Associação Brasileira de Supermercados Nº58 ECONOMIA www.abras.com.br A informação que fala direto ao seu bolso 30 de Novembro de 2015 Índice de Vendas acumula queda de -1,02% até outubro Vendas do setor

Leia mais

13º salário deve injetar R$ 158 bilhões na economia

13º salário deve injetar R$ 158 bilhões na economia 1 São Paulo, 04 de novembro de 2014 13º salário deve injetar R$ 158 bilhões na economia NOTA À IMPRENSA Até dezembro de 2014, estima-se que deverão ser injetados na economia brasileira cerca de R$ 158

Leia mais

São Paulo, 14 de julho de 2004. COMÉRCIO VAREJISTA DE MATERIAL DE CONSTRUÇÃO

São Paulo, 14 de julho de 2004. COMÉRCIO VAREJISTA DE MATERIAL DE CONSTRUÇÃO São Paulo, 14 de julho de 2004. COMÉRCIO VAREJISTA DE MATERIAL DE CONSTRUÇÃO E OS TRABALHADORES Pulverizado, com uma grande concentração de empresas de pequeno porte - mais de 60% dos trabalhadores estão

Leia mais

Boletim. Contabilidade Internacional. Manual de Procedimentos

Boletim. Contabilidade Internacional. Manual de Procedimentos Boletim Manual de Procedimentos Contabilidade Internacional Custos de transação e prêmios na emissão de títulos e valores mobiliários - Tratamento em face do Pronunciamento Técnico CPC 08 - Exemplos SUMÁRIO

Leia mais

PED-RMPA INFORME ESPECIAL IDOSOS

PED-RMPA INFORME ESPECIAL IDOSOS A POPULAÇÃO IDOSA NO MERCADO DE TRABALHO DA REGIÃO METROPOLITANA DE PORTO ALEGRE SETEMBRO - 2008 PESQUISA DE EMPREGO E DESEMPREGO NA REGIÃO METROPOLITANA DE PORTO ALEGRE PED-RMPA INFORME ESPECIAL IDOSOS

Leia mais

é de queda do juro real. Paulatinamente, vamos passar a algo parecido com o que outros países gastam.

é de queda do juro real. Paulatinamente, vamos passar a algo parecido com o que outros países gastam. Conjuntura Econômica Brasileira Palestrante: José Márcio Camargo Professor e Doutor em Economia Presidente de Mesa: José Antonio Teixeira presidente da FENEP Tentarei dividir minha palestra em duas partes:

Leia mais

1 INTRODUÇÃO. Ana Luiza Neves de Holanda Barbosa** Carlos Henrique L. Corseuil***

1 INTRODUÇÃO. Ana Luiza Neves de Holanda Barbosa** Carlos Henrique L. Corseuil*** BOLSA FAMÍLIA, ESCOLHA OCUPACIONAL E INFORMALIDADE NO BRASIL* Ana Luiza Neves de Holanda Barbosa** Carlos Henrique L. Corseuil*** 1 INTRODUÇÃO O Bolsa Família (BF) é um programa assistencialista que visa

Leia mais

Caracterização do território

Caracterização do território Perfil do Município de Cabo Verde, MG 29/07/2013 - Pág 1 de 14 Caracterização do território Área 368,15 km² IDHM 2010 0,674 Faixa do IDHM Médio (IDHM entre 0,6 e 0,699) (Censo 2010) 13823 hab. Densidade

Leia mais

Conjuntura Dezembro. Boletim de

Conjuntura Dezembro. Boletim de Dezembro de 2014 PIB de serviços avança em 2014, mas crise industrial derruba taxa de crescimento econômico Mais um ano de crescimento fraco O crescimento do PIB brasileiro nos primeiros nove meses do

Leia mais

Energia Elétrica como Proxy do Desenvolvimento. Econômico do Estado de Goiás. PIBIC/2010-2011

Energia Elétrica como Proxy do Desenvolvimento. Econômico do Estado de Goiás. PIBIC/2010-2011 como Proxy do Desenvolvimento Econômico do Estado de Goiás. PIBIC/2010-2011 Leonardo Ribeiro Gonçalves, Ana Cláudia Marques do Valle Universidade Federal de Goiás, GO, Brazil Escola de Engenharia Elétrica

Leia mais

Relatório brasileiro sobre desenvolvimento social

Relatório brasileiro sobre desenvolvimento social Relatório brasileiro sobre desenvolvimento social LUIZ FELIPE LAMPREIA OPRESENTE RELATÓRIO sobre desenvolvimento social foi elaborado pelo Governo Brasileiro no âmbito do processo preparatório da Cúpula

Leia mais

Desigualdade Económica em Portugal

Desigualdade Económica em Portugal Desigualdade Económica em Portugal Principais resultados 1 A publicação anual pelo Eurostat e pelo INE de indicadores de desigualdade na distribuição pessoal do rendimento em Portugal, e a sua comparação

Leia mais

Tabela 1.1 - Expectativa de vida dos indivíduos menores de 1 ano de idade segundo Brasil, Pará e Regiões de Integração 2006-2010

Tabela 1.1 - Expectativa de vida dos indivíduos menores de 1 ano de idade segundo Brasil, Pará e Regiões de Integração 2006-2010 Apresentação O Mapa de Exclusão Social do Pará elaborado pelo Instituto do Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Pará IDESP e pela Secretaria de Estado de Planejamento, Orçamento e Finanças

Leia mais

DESIGUALDADE DE RENDA E CLASSES SOCIAIS

DESIGUALDADE DE RENDA E CLASSES SOCIAIS GOVERNO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO SECRETARIA DE ESTADO DE ECONOMIA E PLANEJAMENTO SEP INSTITUTO JONES DOS SANTOS NEVES IJSN N O TA T É C N I C A 17 DESIGUALDADE DE RENDA E CLASSES SOCIAIS Economia do

Leia mais

A necessidade de elevar a incidência da contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS sobre cigarros

A necessidade de elevar a incidência da contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS sobre cigarros A necessidade de elevar a incidência da contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS sobre cigarros Estudo de Roberto Iglesias, economista, consultor da ACT Maio de 2009 O Poder Executivo, através da Medida

Leia mais

Como está a desigualdade de gênero entre os estados brasileiros?

Como está a desigualdade de gênero entre os estados brasileiros? Como está a desigualdade de gênero entre os estados brasileiros? Luísa Cardoso 1 Medir de forma multidimensional o quão desigual é a situação das mulheres em relação aos homens é uma iniciativa empreendida

Leia mais

Universidade de Brasília

Universidade de Brasília Universidade de Brasília IE - Departamento de Estatística Avaliando o Impacto do Programa Bolsa Família no Trabalho Infantil e Frequência Escolar Infantil: Uma Abordagem de Regressão Descontínua Ana Paula

Leia mais

Perfil Municipal - Queimada Nova (PI)

Perfil Municipal - Queimada Nova (PI) Caracterização do Território Área: 1.438,4 km² Densidade Demográfica: 5,8 hab/km² Altitude da Sede: 410 m Ano de Instalação: 1.993 Distância à Capital: 416,7 km Microrregião: Alto Médio Canindé Mesorregião:

Leia mais

Serviço social. Indicadores das Graduações em Saúde Estação de Trabalho IMS/UERJ do ObservaRH

Serviço social. Indicadores das Graduações em Saúde Estação de Trabalho IMS/UERJ do ObservaRH Indicadores das Graduações em Saúde Estação de Trabalho IMS/UERJ do ObservaRH Serviço social Os cursos de graduação presenciais de Serviço Social no Brasil surgem na segunda metade dos anos 30, em um contexto

Leia mais

A QUESTÃO DA EDUCAÇÃO ENTRE OS BENEFICIÁRIOS DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA NO NORDESTE DO BRASIL

A QUESTÃO DA EDUCAÇÃO ENTRE OS BENEFICIÁRIOS DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA NO NORDESTE DO BRASIL A QUESTÃO DA EDUCAÇÃO ENTRE OS BENEFICIÁRIOS DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA NO NORDESTE DO BRASIL Anderson Paulino da Silva 1 André Augusto P. Brandão 2 Salete da Dalt 3 Resumo: Este trabalho examina a relação

Leia mais

Pesquisa de Orçamentos Familiares

Pesquisa de Orçamentos Familiares Pesquisa de Orçamentos Familiares IBGE (parte 1) Daniel Lourenço Silva, Lélio Lima Prado e Lívia Duarte Universidade Federal de Juiz de Fora Abril 2012 UFJF (Institute) ECONS - Laboratório de Economia

Leia mais