A perspectiva de inserção da mulher refugiada no Brasil 1

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1 A perspectiva de inserção da mulher refugiada no Brasil 1 Daianne Rafael Vieira 2 (UFPE) Resumo: Com o avanço de acordos políticos, jurídicos e sociais, ainda que recente, a busca por refúgio no Brasil passa a ser uma realidade crescente. Através de programas de assistência ligados à ONU ou apoiados por ela, o refugiado tem revelado empenho e esforço para se adaptar ao tipo de sociedade e, mais ainda, às ofertas oferecidas por esta na tentativa de possibilitar outro espaço de aceitação, morada e de vínculo. Com o estudo do atual processo de adaptação do refugiado somado à análise de suas experiências no meio social brasileiro, o artigo pretende apontar o arranjo das políticas públicas desenvolvidas para as mulheres refugiadas no Brasil, levando em consideração a história do processo de pertencimento a esse grupo, bem como as perspectivas existentes. O trabalho pretende analisar a inserção das mulheres refugiadas no Brasil através de alguns marcadores sociais que possam traduzir a realidade vivenciada em suas culturas sobre a sociedade brasileira, mas que também revelam questões relacionadas à desigualdade e necessidades de direitos e políticas públicas. Para tanto, o trabalho se apoia numa revisão bibliográfica sobre o tema e na análise de entrevistas concedidas por mulheres refugiadas no Brasil à ACNUR (Alto Comissariado das Nações Unidas sobre Refugiados). A mulher refugiada revela-se particular, uma vez que está inserida em outros marcadores sociais para além de etnia e identidade nacional. Palavras-chave: mulher refugiada, identidade, políticas públicas Introdução Ao longo da história, a questão do refúgio costumou suscitar grandes intervenções e negociações a favor não somente de um único indivíduo, mas em muitos casos de dezenas ou até milhares deles. O que se buscava oferecer ao refugiado era um lugar de recolhimento, embora que temporário, no qual estivesse amparado, sob proteção e segurança. A partir da Primeira Guerra Mundial, no entanto, o refúgio torna-se um 1 Trabalho apresentado na 29ª Reunião Brasileira de Antropologia, realizada entre os dias 03 e 06 de agosto de 2014, Natal/RN. 2 Pós-graduanda do programa de Mestrado em Antropologia da UFPE. 1

2 problema de caráter jurídico, pois em meio aos avanços dos exércitos inimigos, grandes quantidades de pessoas eram enviadas para além de suas fronteiras nacionais (européias). Assim, grandes somas de esforços foram articuladas e alguns órgãos foram criados, visando conter a elevação do problema. A esse exemplo, a LdN (Liga das Nações), a partir de 1921, embora que sem apoio jurídico, foi a primeira organização a se responsabilizar pelos refugiados no mundo e a lutar pela proteção de seus direitos. No entanto, diante da expansão do problema, do crescimento da migração em esfera global, e da necessidade de articulações política, econômica e social, naturalmente também foi fomentada a criação de outros órgãos, apoiados juridicamente. Além disso, o trabalho das ONGs espalhadas pelo mundo que se dedicam à temática, revelou-se um forte aparato na articulação de ações e, mais ainda, na própria implementação de missões. Junto a isso, encontra-se também a sociedade civil, que cada vez mais tem revelado sensibilidade com a temática dos refugiados e oferecido apoio (Pacífico, 2010). O Brasil, por sua vez, é um país que tem revelado grande interesse a favor da causa dos refugiados, embora ainda seja um país em desenvolvimento. O que é um dado questionante por si só. Como explicar que num país de profunda desigualdade social, com disparidade econômica e social, com problemas de desemprego, fome, miséria e segurança pública, além de políticas públicas, é possível encontrar um amparo legal, econômico, político, jurídico e social para o refugiado (estrangeiro)? O fato é que o Brasil tem uma das legislações mais modernas sobre o tema 3. E atualmente oferece assistência a um número crescente de refugiados 4. Nesse meio, a mulher refugiada revela-se singular, uma vez que está inserida em outros marcadores sociais para além de etnia e identidade nacional. Sua trajetória soma-se ao peso do gênero, da raça e da classe. E o percurso para as mulheres que tentam o caminho do acolhimento em uma nova pátria segura, segundo publicações, depoimentos e pesquisas, como poderemos comprovar, tem sido bem mais longo e violento que aquele realizado por homens. 3 Lei 9.474/97 que desenvolve mecanismos para a implementação do Estatuto dos Refugiados de Disponível em: 4 Segundo o CONARE (Comitê Nacional para os Refugiados), entre os anos de 2010 e 2013, o número de solicitações de refúgio saltou de 566 para 5256, respectivamente. De modo que, entre os anos de 2012 e 2013, o número de solicitações mais que dobrou. 2

3 Ao mesmo tempo, a sociedade brasileira jamais esteve tão acolhedora à participação feminina nos contextos sociais. Segundo o Ipea Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, a participação das mulheres na renda familiar vem aumentando e representa, na média, metade da renda familiar (45%). Tal conquista se deve não só ao aumento da inserção da mulher no mercado de trabalho, mas também aos novos tipos de arranjos familiares (Ipea, 2011, p.35). Logo, pretendemos analisar a inserção das mulheres refugiadas no Brasil através de alguns marcadores sociais que possam traduzir a realidade vivenciada em suas culturas sobre a sociedade brasileira, mas que também revelam questões relacionadas à desigualdade e necessidades de direitos e políticas públicas. Brasil como uma opção de refúgio para a mulher Como revela a ACNUR (Alto Comissariado das Nações Unidas sobre Refugiados), de acordo com o Comitê Nacional para os Refugiados (CONARE), o Brasil, até 2012, recebeu refugiados (afora os casos pendentes de refúgio) 5. Sendo estes de 79 nacionalidades diferentes. Desse número global, 36% são mulheres. Entre os países que se destacam com o maior número de grupos refugiados estão Angola, Colômbia, República Democrática do Congo e Iraque (ACNUR, 2013) 6. Desde o início, a principal missão da agência de refugiados da ONU foi a proteção a estes, com o objetivo de oferecer a oportunidade de retorno aos refugiados que esperavam rever seu país de origem desde o final da II Guerra Mundial. Assim, a partir da Convenção de Refugiados de 1951, que estabeleceu a ACNUR, alterada pelo Protocolo adicional de 1967, em seu artigo 1, define legalmente refugiado como: Qualquer pessoa que possua temor bem fundado de perseguição por motivos de raça, religião, nacionalidade, grupo social ou opiniões políticas e se encontra fora 5 Esses dados não incluem os haitianos, que chegaram ao Brasil em massa a partir de 2010, após o terremoto. Segundo a ACNUR: Apesar de solicitarem o reconhecimento da condição de refugiado ao entrarem no território nacional, seus pedidos foram encaminhados ao Conselho Nacional de Imigração (CNIg), que emitiu vistos de residência permanente por razões humanitárias. No total, quase haitianos já receberam esse tipo de visto (ACNUR, 2013). Disponível em: oes/2013/protegendo_refugiados_no_brasil_e_no_mundo_ É preciso apontar, no entanto, que esses números publicados pela ACNUR são aproximados e, por isso mesmo, contestáveis, visto que não incluem os refugiados não recensiáveis; ou seja, os não declarados como tal, considerados apenas estrangeiros (Agier, 2011). 3

4 do país de sua nacionalidade e, no caso de apátrida, fora do país onde possuía residência habitual, e que não pode ou, em virtude desse temor, não quer se valer de proteção desse país (Pacífico, 2010, p.32/33). Entretanto, a Convenção de 1951 junto com o Protocolo de 1967, ao remover o fim da cláusula que limitava o direito de ser refugiado apenas àqueles que fugiram de seus países no período da Grande Guerra de , define os indivíduos que ficam sob sua proteção jurídica da seguinte forma: "um refugiado deve ter ultrapassado as fronteiras de seu país de origem ou de residência habitual, legal ou ilegalmente (diferente do deslocado interno, que não ultrapassou as fronteiras); ser um civil, nunca ser um migrante econômico ou um criminoso fugindo da pena; pode possuir mais de uma nacionalidade; deve sempre ser protegido da refoulement 7 ; pode ter esta condição aplicada individual ou coletivamente" (Pacífico, 2010, p.43). Dessa forma, o Brasil tornou-se um país visado no contexto das Américas como opção de refúgio entre os solicitantes de proteção a partir da Declaração de Cartagena de 1984, a qual incluiu entre os refugiados aqueles indivíduos vítimas da guerra, da violação massiva de direitos humanos ou de casos semelhantes, capazes de ameaçar a ordem pública. Logo, a partir desta declaração, afirma Milesi, a América Latina permitiu uma nova conceituação de refugiados, vítimas muitas vezes da violência generalizada, da invasão estrangeira e de conflitos internos (Milesi in Pacheco, 2010, p.44). 8 Nesse contexto, as mulheres se inserem como refugiadas dentro de uma realidade de fuga aos preceitos religiosos e culturais que imputa muitas vezes a anulação do ser mulher, a violência sexual e física, a negação do direito à liberdade sexual, bem como o direito à vivência em família. E de acordo com a cultura étnica à qual pertencem, também é imputado a estas uma série de costumes, como casamentos arranjados, rituais com fragilização do corpo, e perseguições a crianças 9 ou parentes. Desse modo, mesmo após deixarem seu país de origem em busca de refúgio, parte dessas refugiadas continuam a sofrer perseguições, visto que elas permanecem dentro de um contexto que inclui não só as mulheres mas os homens refugiados. Pensando nas fragilidades e segurança dessas mulheres, a ACNUR, em 2001, após uma consulta, 7 Lei que proíbe o Estado acolhedor de devolver o refugiado ao Estado de perseguição. 8 Esse é caso da Síria, país que vive em guerra e tem promovido o deslocamento forçado de sua população. 9 Segundo o Relatório Tendências Globais 2012, publicado pela ACNUR, no mesmo ano da publicação, um número recorde de solicitações de refúgio foi apresentado por crianças desacompanhadas ou separadas de seus pais. Disponível em: 4

5 elencou cinco compromissos 10 para garantir a proteção das mulheres e meninas refugiadas. Segundo a agência, passados dez anos, alguns resultados foram alcançados. Sendo estes: a representação das mulheres em 1/3 dos comitês de gestão nos campos, o alcance de notificação de 97% dos casos de violência sexual ocorridos em zona urbana e representação feminina na distribuição alimentícia ao menos em metade do número de representantes (ACNUR, 2011). Tais resultados asseveram o compromisso da agência com a política de proteção às mulheres. No entanto, como não há números detalhados sobre os resultados alcançados, é impossível mensurar exatamente essas conquistas sobre as sociedades que abrigam refugiadas, como é caso do Brasil. Ademais, cada sociedade pode se valer de práticas distintas no que se refere à representatividade feminina e, sendo assim, esses dados certamente sofrem variações. Nesse sentido, sugere Wolf, o conceito de sociedade não é uma verdade eterna, podendo sofrer alterações. Desse modo, é possível pensarmos a sociedade em termos de relações construídas, de interseções e sobreposições, em que os indivíduos são reais justamente por partirem de necessidades reais e com vivências culturais distintas daquelas que conhecemos. Nessa lógica, a reivindicação de representação feminina pode ser diferente em sociedades diversas, de acordo com as relações suscetíveis à construção e sobreposição entre o ser homem e ser mulher, tal qual no Brasil ou em Mali. A antropologia, por sua vez, pode contribuir quando propõe entender como é possível a uma sociedade, ainda em busca de desenvolvimento, ofertar refúgio, incluindo aí a compreensão do que os seres humanos fazem e concebem econômica, política e socialmente (Wolf, 2003). Embora o Brasil seja internacionalmente reconhecido como um país acolhedor, também oferece dificuldades ao refugiado na tentativa de integrar-se à sociedade brasileira. Além das primeiras adversidades, suscetíveis a qualquer estrangeiro de passagem pelo país, como a língua e a cultura, há outros problemas que refletem mais os 10 1.Promover a participação ativa de mulheres refugiadas em funções representativas nos campos de refugiados, alcançando uma taxa de 50%; 2.Oferecer registro e documentação individual adequada para todas as mulheres e homens refugiados; 3.Desenvolver estratégias integrais que combatam a violência sexual e de gênero; 4. Assegurar a participação de mulheres refugiadas a distribuição e gestão de produtos alimentícios e não alimentícios; 5.Fornecer assistência sanitária para todas as mulheres e meninas refugiadas. Disponível em: 5

6 dilemas comuns do brasileiro, como a conquista de emprego, o acesso à educação e aos serviços públicos básicos de saúde e moradia, por exemplo. Por outro lado, é em meio aos desafios das crises que a sociedade costuma provar sua visibilidade, através da capacidade de propor mecanismos, rearranjos, e soluções (Wolf, 2003). Não obstante, a decisão de onde e como reconhecer grupos de identidade ser mulher, ser refugiada ou de quando ignorá-los, se expande aos espaços econômicos e políticos (Scott, 2005). Nesse sentido, abrir mão de algo, como as práticas de compromisso com a mulher refugiada mencionadas anteriormente, coloca a mulher refugiada em condição de inferioridade. Segundo Scott, a igualdade, conforme a posição política posta em prática pela ACNUR, sobre a proteção das mulheres e meninas, não elimina a diferença, muito menos a faz desaparecer. É o reconhecimento da diferença, e no caso aqui em discussão é a decisão de levá-la em consideração, quando se elencam cinco compromissos de proteção às mulheres refugiadas, que confirma a igualdade destas juntas aos homens refugiados. De mais a mais, é inegável que as oportunidades e experiências oferecidas às mulheres são diferenciadas de acordo com o nível social reservado a elas na sociedade 11 (Stolcke, 2006, p. 33). Este é um ponto que não tem mudado na evolução da história. Destaca-se também que a mulher foi construída como o segundo sexo, a servir numa ordenação hierárquica dentro de uma lógica patriarcal e legitimar a autoridade masculina. Essa lógica racional patriarcal pela desigualdade leva à convicção contemporânea de que a agressão é de natureza masculina e a passividade feminina. E sendo assim, de algum modo, a conformação à passividade feminina versus a natureza violenta do homem se justifica em diferentes culturas na contemporaneidade. Contudo, uma vez que as possibilidades de oportunidades e experiências evoluem, novos arranjos e progressos sociais são oferecidos e assim alcançados Segundo Rubin, autora que se apóia no sistema sexo/gênero para construir uma descrição da vida social: No vale do Amazonas e nos altiplanos da Nova Guiné, as mulheres são frequentemente mantidas nos seus lugares por meio de estupro coletivo, quando os mecanismos ordinários de intimidação masculina se demonstram insuficientes (Rubin, 1993, p.04). 12 Esse é o caso de Lilia, líder comunitária desde os 14 anos em Bogotá, que, com o apoio da família, se envolveu com a luta agrária e a questão dos direitos humanos. Após ser eleita líder nacional da reforma agrária, passou a receber ameaças. Assim: Com o apoio de amigos, decidiu deixar a Colômbia, inicialmente apenas com os dois filhos mais novos. Viveu em várias cidades brasileiras, até encontrar seu lugar em uma cidade próxima à capital federal. Com uma enorme capacidade e vontade de começar de novo, Lilia abriu, por um tempo, um salão de beleza no qual trabalhava com suas filhas e depois de um 6

7 A dependência, por sua vez, que pode haver na relação entre os sexos, por vezes legitima a violência sexual e de gênero que acometem as mulheres refugiadas. Segundo relatos da ACNUR, a partir de informações do governo colombiano, mais de um milhão e meio de mulheres optaram por fugir de suas casas durante a última década de violência no país. No geral, elas fogem da violência sexual praticada pelos grupos armados da região. No entanto, após o deslocamento, quase metade delas se transformam em chefes de família, pois por mais que seus maridos as acompanhem no refúgio quando não fogem dos lares elas são as primeiras a conseguir emprego (ACNUR, 2013). Assim, a visão indiferenciada da identidade e subordinação das mulheres vem sendo rompida ao longo do século XXI. Nesse sentido, os mecanismos políticos e ideológicos podem contribuir para aprofundar as experiências das mulheres, ainda que de modo diferenciado não só pelo fato de ser mulher, mas também pela sua condição de classe e raça à qual está ligada. E estas desigualdades sociais advêm da dinamicidade interseccional entre gênero, raça e classe contida nas estruturas de dominação histórica. Ao mesmo tempo, é na articulação de perspectivas e mundos distintos que as realidades locais e universais podem se convergir, se definindo umas as outras (Comaroff, Jean e Comaroff, John, 2010). O problema da migração (e da identidade) O fenômeno da diáspora originalmente está relacionado à dispersão dos judeus após o exílio da Babilônia. No entanto, o termo guarda nos dias atuais uma relação global de dispersão de qualquer povo, por razões políticas e/ou religiosas, que compartilham crenças em comum e possuem a mesma origem. As diásporas, na verdade, proporcionam a migração de diferentes povos e a criação de novas comunidades em lugares distintos da origem do sujeito/indivíduos. É através dessa atividade de dispersão que muitas famílias oferecem uma nova realidade aos seus familiares e iniciam um novo começo de vida, a fim de sobreviver às experiências dolorosas, capazes de ameaçar seu direito à vida. Em alguns casos, no entanto, tal atividade gera um forte impacto político, social e cultural no país que os acolhem. Segundo a teoria pós-colonialista de Avtar Brah, a condição diaspórica está baseada na construção de vida em um outro espaço através do processo de ruptura, de tempo abriu uma empresa de materiais elétricos (ACNUR, 2013). Disponível em: 7

8 modo que trata-se de uma busca que não tende a ser casual, tão pouco temporária. Nesse sentido, para entender este tipo de migração deve-se considerar a realidade do indivíduo que viaja, mas também as circunstâncias que influenciaram a necessidade de tal deslocamento. Assim, podemos perceber que a experiência diaspórica na qual se inserem os refugiados, é baseada na vivência da dor e da perda, em sua maioria traumática, levada junto com eles para qualquer outro país que ofereça refúgio (Brah in Lewis, 2006). Para Brah (1998), existe uma linha de fronteira arbitrária que é social, cultural e psíquica dentro do espaço diaspórico, o qual contém as pessoas da diáspora. Essa linha é arbitrária porque insere as experiências dos sujeitos que sofreram o deslocamento geográfico, mas também as experiências dos nativos acolhedores. De modo que o espaço diaspórico permite a constituição de dimensões culturais, políticas e psíquicas das vidas de imigrantes e de nativos. A "consciência diaspórica", então, segundo Brah (1998) advém dos movimentos transnacionais, que em verdade permite constituir um espaço relevante de questionamentos sobre os conceitos de identidade nacional em contextos de movimentos e, por isso mesmo, de encontros culturais. Para a autora, essa consciência representa "um espaço onde múltiplas posições de sujeitos são justapostas, contestadas, aclamadas ou desautorizadas" (Brah in Aparecida, 2007). De tal modo que as identidades diaspóricas são construídas nas experiências vividas das multiculturais, das reconfigurações diversas e acabam, por essa razão, revelando um jogo de posições identitárias a partir do conflito entre o que foi deixado e o que está por vir. De acordo com Stuart Hall (2003), a diáspora é fenômeno capaz de descrever a complexidade da cultura numa era de globalização crescente, visto que possibilita a imaginação da relação entre nação e identidade. Sendo assim, é a diáspora que nos possibilita imaginar a relação do indivíduo com a terra de origem, com a natureza de seu "pertencimento". Ao mesmo tempo, é na situação da diáspora que as identidades podem se tornar múltiplas, pois o elo que remete o indivíduo a um lugar específico pode estar acompanhado de outras forças (como o ser brasileiro, americano, inglês), de acordo com o local em que se encontra, além de compartilhado com qualquer outro migrante. Ainda assim, sugere Hall, as identidades também podem ser variadas devido às semelhanças com outras populações e às re-identificações simbólicas com as culturas. Pensar, assim, a perspectiva diaspórica da cultura é importante, pois ela revela uma possibilidade de "subversão aos modelos culturais tradicionais orientados para a nação". É como oferecer outros padrões de sobrevivência aos processos globalizantes do 8

9 século XX e XXI, que tendem a desterritorializar o indivíduo. Ao mesmo tempo, é prática que está em alerta diante do afastamento entre a cultura e o "lugar". Afinal, embora as culturas tenham seus locais, está cada vez mais difícil afirmar de onde elas se originam (Hall, 2003, p.36). Nesse sentido, Hall nos possibilita pensar: que tipo de comunidade esses indivíduos (refugiados) formam (Hall, 2003, p.65)? Afinal, qual o seu relacionamento com a sociedade brasileira majoritária? E o mais importante, como oferecer a plena integração destes indivíduos a essa sociedade? 13 É preciso estar atento, sugere o autor, ao sentido de identidade grupal que o termo comunidade pode oferecer, pois o relacionamento estabelecido dentro dessa realidade pode mais é firmar os laços internos de união entre eles, levados para além de qualquer fronteira. As minorias étnicas, ao seu modo, costumam manter seus costumes e práticas sociais distintas na vida cotidiana (incluindo aí a vida familiar e a vida doméstica). Na verdade, esses costumes tendem a confirmar que os sentimentos desses indivíduos com o local de origem continuam a existir. O que leva a dar muito sentido às suas vidas. No entanto, afirma Hall (2003), os movimentos migratórios vêm ocorrendo por razões ligadas às mudanças climáticas, aos desastres naturais e geográficos, às guerras e conquistas, à exploração do trabalho, colonização, escravidão, repressão política, guerra civil e subdesenvolvimento. E em meio a esse processo, os diferentes padrões de comportamento e cultura se chocam, levando naturalmente de alguma forma à desagregação dos elementos "autênticos" associados à origem. Assim, é preciso considerar um pouco dos dois lados: os valores tradicionais de um lado, e estes juntos aos valores pertencentes ao país acolhedor. Desse modo, é inegável que a diáspora é fenômeno que possibilita transformações àquele que migra, devido às mudanças em seu novo padrão de vida, sua história e seu comportamento, mas também à sociedade que o acolhe. Os indivíduos que passam a integrar a sociedade receptora tendem a ser taxados como estrangeiros, que falam outra língua e por isso mesmo ameaçam os códigos culturais vigentes. O migrante costuma ser 13 Um caso positivo nesse sentido é o da colombiana Marta, que chegou ao Brasil em dezembro de 2009, acompanhada de seu marido equatoriano e sua filha, depois de sofrer perseguição de grupos armados na Colômbia e no Equador. Ela vive no interior do Brasil e tem lutado para se integrar à sociedade brasileira. Segundo a reportagem: Devido a sua força de vontade, mesmo sem falar português, a refugiada colombiana conseguiu matricular sua filha de dois anos em uma escola do município, facilitando o processo de integração da pequena Oriana na sociedade local e ganhando tempo livre para investir em suas atividades de geração de renda (ACNUR, 2013). Disponível em: 9

10 apenas o outro, diferente ou estranho, que ao decidir cruzar a fronteira é mais facilmente definido, como sugere Sayad, um "objeto social e politicamente dominado" e não mais um sujeito (Sayad in Blay, 2000, s.p.). Essa nova realidade, entretanto, afirma Stuart Hall, é percebida no processo de integração, quando os grupos de imigrantes "declaram não uma identidade primordial, mas uma escolha de posição do grupo ao qual desejam se associar" (Hall, 2003, p. 67). Dito de outro modo, o imigrante se vê compelido a admitir uma opinião que naturalmente não partilha, mas como se está em jogo a aceitação em determinado ambiente, comunidade ou mesmo cultura, desprovida de discriminação ou rejeição, torna-se mais relevante optar pela integração incompleta. Nesse sentido, a identidade pode significar um lugar que se assume, uma costura de posição e contexto (Hall, 2004, p. 15/16), visto que o indivíduo imigrante está sujeito às disposições de local e espaço que assume, e logo de pertencimento e realidade 14. Nessa perspectiva, a mulher refugiada, que respeita as tradições da comunidade na qual se insere, pode se sentir livre para desafiar até mesmo o caráter patriarcal desta ou o abuso de poder de autoridade local (Hall, 2003, p.83). E caso ela não concorde, não queira trocar sua identidade, pode ainda recorrer ao poder público local, ao sistema judiciário, afora às agências e demais instituições que tratem do tema. Esse é o caso de mulheres que solicitam o reassentamento. Ao mesmo tempo, a identidade de grupo é um aspecto inevitável da vida social e política (Scott, 2005). E como as diferenças de grupo tornam-se mais visíveis e problemáticas em contextos políticos específicos (esse é o caso da Colômbia e da Síria no que tange o tema dos refugiados, por exemplo), as mulheres tendem a assumir funções delicadas dentro dessa nova organização social. Um novo Brasil desigualdade, direito e políticas públicas para refugiados O Brasil nunca teve um Estado de Bem-Estar como a Europa e os EUA. Nesse sentido, o cidadão brasileiro nunca foi um sujeito de direitos sociais que tem igualdade de tratamento perante as políticas públicas (Faleiros, 1991). Embora seu direito esteja assegurado por lei, a garantia a um mínimo de direito de subsistência ao povo brasileiro ainda é falha, uma vez que as políticas sociais não são de acesso universal. Mas não 14 Nesse sentido, afirma Agier, os refugiados são pessoas que não se encontram exatamente em seu lugar e onde vivem. Como se diz na Colômbia, trata-se de pessoas normais em situações anormais (Agier, 2011, p.128). 10

11 devemos deixar de reconhecer os avanços sociais conquistados até então, persistindo ou não as políticas categoriais ou clientelistas surgidas em outra época. Na verdade, a relação social e política conservadora contidas nestas práticas não revelam uma exclusividade do processo de execução de políticas públicas. Mas sim, uma realidade ligada muito mais a cultura brasileira, conforme sua história política, econômica e social (Oliveira, 2009). O conjunto de decisões e ações que resume as Políticas Públicas postas em prática resulta ao mesmo tempo de ingerências do Estado e da sociedade. Este é um detalhe que não deve deixar de ser apontado. Segundo Brah, enquanto os discursos etnicistas insistirem na imposição de noções estereotipadas de necessidade comum sobre grupos heterogêneos que revelam interesses sociais diversos, sendo impossível por essa razão abarcá-los numa mesma amplitude, a questão da diferença e das relações sociais que envolvem o poder serão postas de lado. É fato que é papel do Estado se dedicar à pluralidade de necessidades de seus cidadãos, conforme consta na Constituição Brasileira. Entretanto, Brah sugere uma atenção sobre como as necessidades são construídas e representadas nos diversos discursos (Brah, 2006, p.337). Ao mesmo tempo, também é necessário suspeitarmos de modelos propostos na construção da análise, pois devemos estar atentos às contingências históricas e culturais (Wolf, 2003, p.328). Nessa lógica, o debate que vem tomando conta das agências, órgãos de apoio e ONGs, Comitês e Institutos de pesquisa que trabalham com os refugiados, sobre a criação de políticas públicas específicas dirigidas a estes merece atenção 15. Afinal, o Brasil revela falhas de inclusão no âmbito das políticas públicas dirigidas aos cidadãos brasileiros, além da desigualdade de um país ainda em desenvolvimento que tenta alcançar o marco ideal dos princípios capitalistas e competitivos de um estado liberal. Logo, os problemas que afetam as mulheres precisam ser repensados dentro dessa realidade de desigualdade nacional, mas também internacional, que envolve questões ligadas à identidade, sexo, renda, emprego, educação, saúde e cidadania. É preciso, ainda, levarmos em consideração que o gênero pode ser apresentado de forma distinta, de acordo com as relações globais de poder (Brah, 2006). E são as ações políticas, econômicas e ideológicas que podem garantir a participação da mulher nas 15 Alguns estados como São Paulo e Rio de Janeiro têm se destacado pela criação e implantação de políticas públicas para refugiados. Criado em 2009, o Comitê Internacional Intersetorial de Políticas de Atenção aos Refugiados do Rio de Janeiro dedica-se a promover os direitos dos solicitantes de refúgio e refugiados que vivem no Estado. 11

12 relações de poder. Muito embora elas não garantam a participação dentro das relações sociais como mulheres, mas como tipos de categorias diferenciadas, afirma Brah, como mulheres sem-teto, mulheres trabalhadoras. Assim, a categoria de mulher refugiada se refere à condição social específica de ser refugiada. E uma vez que tais categorias são definidas e postas em uso, envolvendo articulações complexas, deixam-se um pouco de lado as necessidades e lacunas de muitas vidas reais 16. Dentro de uma realidade com perspectivas desfavoráveis, é evidente, conforme constatamos ao longo dos depoimentos analisados, que as mulheres refugiadas são capazes de gerar mudanças reais no seio de suas famílias. No Brasil, segundo estudo do Ipea, entre os anos de 1995 e 2009, houve um aumento no número de mulheres chefes de família nas zonas urbanas (Ipea, 2011, p.19). E por se tratar de um fenômeno urbano, embora também ocorra na zona rural, tal índice pode levar ao empoderamento das mulheres refugiadas dentro de uma realidade familiar particular, que envolve práticas culturais distintas, as quais muitas vezes não permitem o acesso ao trabalho e a renda em seu país de origem. A mobilidade social no Brasil é outro ponto favorável às mulheres refugiadas, pois permite mensurar quais as possibilidades de indivíduos de diferentes origens de classe atingirem determinados destinos sociais. Desse modo, tal indicador pode revelar o grau de abertura e fluidez da sociedade brasileira (Kerz e Muller apud Bertoncelo, 2009, p. 28). Com todas as dificuldades sociais encontradas no Brasil, os refugiados e solicitantes de refúgios ainda enxergam as condições atrativas para desejar reconstruir suas vidas aqui. No entanto, os obstáculos para encontrar trabalho e acessar serviços sociais, desfrutando dos mesmos direitos civis que os cidadãos brasileiros, podem ser encontrados em parte devido à falta de informações tantos dos refugiados que chegam ao país, em outra, em decorrência da falha dos órgãos públicos que desconhecem as especificidades e legalidade de sua condição (Plano Estadual de Políticas de Atenção aos Refugiados, Governo do Rio de Janeiro, 2012, p. 03). Daí a necessidade que o governo, sociedade civil organizada e demais agências trabalhem juntos. 16 Carine vivia em Brazaville(Congo) e estava casada com um jornalista ativista de direitos humanos que investigava a indústria de extração ilegal de diamantes na região. Depois que seu marido desapareceu, Carine tentou encontrá-lo, mas passou a receber ameaças e a promessa de que teria o mesmo fim que seu marido. Assim: Aos 24 anos e com uma filha recém-nascida, Carine entrou em um avião que a deixaria horas depois no aeroporto internacional de São Paulo, Brasil. Há quase dois anos ela vive no Brasil como refugiada e, apesar de ainda não se sentir totalmente integrada, está certa de que não quer voltar para seu país de origem (ACNUR, 2013). Disponível em: 12

13 Considerações finais Ao analisarmos as necessidades e perspectivas das mulheres refugiadas no Brasil, não podemos esquecer que elas correspondem ao universo de vítima da violência - advinda da discriminação, do autoritarismo, das decisões políticas, econômicas e sociais tomadas, a exemplo que acontecem dentro de seus próprios países. Ademais, somamse às vítimas de guerras propriamente ditas as vítimas da guerra pelo desenvolvimento e das estratégias militares de preservação das fronteiras. A contemporaneidade junto com seus ideais é o melhor momento da história para mostrar a possibilidade das interseções entre os indivíduos, sejam estes homens, mas principalmente mulheres. Critérios de gênero, raça, identidade e classe social, continuam presentes como possibilidades de identificação e discriminação social, mas também como argumentos de superação e reivindicação de novas categorias e direitos. É o enfrentamento da complexidade das novas relações que possibilita o debate e a oferta de novos arranjos sociais e políticos. Nesse sentido, a antropologia tem o papel importante de mostrar como as identidades são construídas e apresentam um teor cultural particular que remetem ao indivíduo e suas vivências reais. Referências bibliográficas ACNUR. Protegendo Refugiados no Brasil e no mundo. In: gues/publicacoes/2013/protegendo_refugiados_no_brasil_e_no_mundo_2013 Acesso em: 3 jul Os 5 compromissos do ACNUR com mulheres refugiadas. In: Acesso em: 3 jul Histórias de mulheres refugiadas. In: Acesso em: 3 jul Novo relatório do ACNUR revela que deslocamento forçado no mundo é o maior em 18 anos. In: Acesso em: 3 jul Número de análise de casos de refúgio no ano passado é seis vezes maior que em In: Acesso em: 15 mai

14 . Refúgio no Brasil: uma análise estatística ( ). In: gues/estatisticas/refugio_no_brasil_-_uma_analise_estatistica_ Acesso em: 3 jul AGIER, Michel. Antropologia da cidade: lugares, situações, movimentos. São Paulo: Editora Terceiro Nome, p , APARECIDA, Denise. Redesenhando fronteiras: identidades diaspóricas na escrita nuyorican de Judith Ortiz Cofer, In: repositorio/file/mestletras/dissertacoes_2/redesenhando.pdf BARRETO, Luiz Paulo; ZERBINI, Renato. O Brasil e o espírito da Declaração de Cartagena. In: Revista ForcedMigration, edição 35, julho de BERTONCELO, Edison Ricardo Emiliano. As Classes na Teoria Sociológica Contemporânea, BIB, São Paulo, nº 67, 1º semestre, pp , BRAH, Avtar. Diferença, diversidade, diferenciação. Cadernos Pagu [online], n.26, pp , ISSN BLAY, Eva Alterman. Revista de Antropologia, São Paulo, USP, v.43 n 1, COMAROFF, Jean e COMAROFF, John. Etnografia e imaginação histórica. Revista Proa, n 02, vol. 01, FALEIROS, Vicente. O que é Política Social? 4º Ed., Brasiliense: Coleção primeiros passos, HALL, Stuart. Pensando a diáspora: reflexões sobre a terra no exterior. In: Da diáspora: identidade e mediações culturais. Belo Horizonte: Editora UFMG; Brasília: Representação da UNESCO no Brasil, A identidade cultural na pós-modernidade. Rio de Janeiro: DP&A, IPEA. Retratos das Desigualdades de Gênero e Raça, 4ª Ed, Ipea, ONU, SPM e SEPPIR/ Brasília, Pesquisa do Ipea, ACNUR e CONARE, com o apoio da UCB, traçará o perfil dos refugiados, In: Acesso em: 4 jul JUBILUT, Liliana Lyra. Melhorando a integração dos refugiados: novas iniciativas no Brasil.In: Revista ForcedMigration, edição 35, julho, LEWIS, Liana. Diáspora e negociações de família, gênero e geração. In: Revista ANTHROPOLÓGICAS, ano 10, volume 17 (2): 43-64, MILESI, Rosita. Refugiados: realidade e perspectivas. Brasília: CSEM/IMDH; Edições Loyola, OLIVEIRA, Íris Maria de. Cultura política, direitos e política social. In: Política Social no capitalismo: tendências contemporâneas, 2ª ed. São Paulo, PACÍFICO, Andrea Maria Calazans Pacheco. O capital social dos refugiados: bagagem cultural e políticas públicas. Maceió: EDUFAL,

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