Relatório de Gestão de Riscos

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Relatório de Gestão de Riscos"

Transcrição

1 Relatório de Gestão de Riscos 1 Trimestre de 2014

2 Sumário INTRODUÇÃO ESTRUTURA E GOVERNANÇA DE GESTÃO DE RISCOS RISCO DE CRÉDITO Estrutura Objetivo Política Estratégia Processos Sistemas Comunicação Informações relativas à Exposição a Risco de Crédito Informações relativas a Instrumentos Mitigadores do Risco de Crédito Informações relativas ao Risco de Crédito de Contraparte RISCO DE MERCADO E LIQUIDEZ Estrutura Objetivo Políticas Estratégias Processos Sistemas Comunicação Informações relativas à Carteira de Negociação Informações relativas aos Instrumentos Financeiros Derivativos RISCO OPERACIONAL Estrutura Objetivo Política Estratégia Processos Sistemas Comunicação GERENCIAMENTO DE CAPITAL Informações relativas ao Patrimônio de Referência (PR) Informações relativas aos Ativos Ponderados pelo Risco (RWA) Requerimentos Mínimos de Capital

3 INTRODUÇÃO Um adequado gerenciamento de riscos é essencial para que o BNDES possa cumprir com sua missão de promover o desenvolvimento sustentável e competitivo da economia brasileira, com geração de emprego e redução das desigualdades sociais e regionais, sem prejuízo à saúde financeira da Instituição. Por ser uma instituição financeira, o BNDES é submetido à supervisão e regulação do Banco Central do Brasil BACEN e da Comissão de Valores Mobiliários CVM (em função da subsidiária BNDESPAR). Por ser uma empresa pública, o Banco presta contas à Controladoria Geral da União, ao Tribunal de Contas da União, além dos órgãos de Auditoria Interna e Externa. A gestão de riscos do BNDES tem por objetivos subsidiar a Alta Administração nas suas decisões, através do monitoramento das perdas financeiras potenciais decorrentes dos riscos de crédito, mercado, liquidez e operacional; e propor controles condizentes com a relevância dos riscos identificados. Faz parte da atividade de gestão de riscos apurar as necessidades de capital regulatório e verificar a conformidade das práticas de gestão com os normativos internos e externos à Instituição. A Alta Administração do BNDES define as estratégias do gerenciamento de riscos através da imposição de limites para risco de crédito e de mercado. No que se refere ao risco operacional, não existem limites gerais pré-definidos, mas sim a seleção de processos chaves a serem monitorados individual e permanentemente. Periodicamente, o Comitê de Gestão de Riscos aprecia os limites de risco de crédito e de mercado e a situação dos riscos operacionais, além de deliberar e emanar recomendações, que são encaminhadas aos gestores dos processos, para que procedam às ações e controles devidos ao tratamento dos riscos identificados. O controle gerencial dos riscos do BNDES está em sintonia com as melhores práticas de gestão e segue as normas estabelecidas pelo BACEN, comuns ao Sistema Financeiro Nacional. O presente relatório foi elaborado com base nas informações consolidadas referentes aos exercícios findos em março de 2014, dezembro de 2013 e março de 2013, do BNDES e suas subsidiárias integrais FINAME, BNDESPAR e BNDES PLC. O documento possui o objetivo de atender às exigências de divulgação de informações referentes à gestão de riscos, aos Ativos Ponderados pelo Risco (RWA) e à adequação do Patrimônio de Referência (PR), conforme disposto na citada Circular BACEN nº 3.477/09, em vigor até 30 de junho de 2014 quando será revogada pela Circular BACEN nº 3.678/13, e às exigências de divulgação em sítio da Internet da estrutura de gestão de risco, conforme disposto nos artigos 4º da Resolução CMN nº 3.380/06, 6º da Resolução CMN nº 3.464/07, e 7º da Resolução CMN nº 3.721/09. Em linha com os referidos normativos, a estrutura de gerenciamento do risco de crédito, de mercado e operacional, divulgada neste relatório, foi aprovada pelo Conselho de Administração do BNDES. 3

4 O relatório está estruturado da seguinte forma: No capítulo 1, é descrita a estrutura de gerenciamento de riscos do BNDES. Os capítulos 2, 3 e 4 apresentam e detalham a estrutura e os processos de cada um dos três principais riscos a que a Instituição está sujeita: risco de crédito, mercado e operacional. No último capítulo, que trata do gerenciamento de capital, encontram-se as informações relativas ao Patrimônio de Referência (PR), aos Ativos Ponderados pelo Risco (RWA), e ao cálculo dos Requerimentos Mínimos de Capital da Instituição. Os normativos do BACEN utilizados para a produção deste relatório encontramse disponíveis para consulta no sítio do regulador ( 4

5 1. ESTRUTURA E GOVERNANÇA DE GESTÃO DE RISCOS A estrutura de gerenciamento de risco e de controles internos do BNDES é composta pelo Conselho de Administração; Diretoria; Comitê de Auditoria; Comitê de Gestão de Riscos; Subcomitês de Gestão de Risco de Mercado, de Risco de Crédito e de Risco Operacional e Controles Internos; unidades dedicadas ao gerenciamento de riscos; e Secretaria de Validação. O Conselho de Administração e a Diretoria são os colegiados responsáveis pela aprovação das Políticas Corporativas de Gestão de Riscos, que formalizam o processo de gestão dos riscos de crédito, mercado, liquidez e operacional no BNDES e em suas subsidiárias. Entre as Políticas Corporativas relacionadas ao Processo de Gerenciamento de Riscos no BNDES pode-se destacar: Gestão de Risco de Crédito; Gestão de Risco de Mercado; Gestão de Risco de Liquidez; Gestão de Risco Operacional; Controles Internos; Gestão de Continuidade nos Negócios; Classificação de Operações na Carteira de Negociações; Prevenção e Combate à Lavagem de Dinheiro e Financiamento ao Terrorismo; Divulgação de Informações de Gestão de Riscos. O objetivo de cada uma dessas políticas é estabelecer responsabilidades, princípios, diretrizes, processo e procedimentos necessários à identificação, avaliação, mensuração, mitigação e monitoramento de cada um dos riscos mencionados. As políticas de gestão de riscos e controles internos são revisadas anualmente e disponibilizadas para o público interno da instituição por meio do sítio da intranet denominado Portal de Normas. A Diretoria atende às deliberações do Conselho de Administração relativas ao gerenciamento de riscos; acompanha a evolução das parcelas de capital econômico e regulatório; garante a efetiva implantação da estrutura de gerenciamento de riscos e que as políticas aprovadas sejam comunicadas e observadas em todo o BNDES. Cabe ao Diretor de Gestão de Riscos, responsável pelas atividades pertinentes ao gerenciamento dos riscos de crédito, mercado, liquidez e operacional, manter o 5

6 Conselho de Administração e a Diretoria permanentemente informados sobre a gestão de riscos praticada pelo BNDES, atender às deliberações destes colegiados relativas ao tema e responder pela implantação da estrutura de gerenciamento de riscos adequada ao cumprimento de suas finalidades. O Comitê de Auditoria se reporta ao Conselho de Administração e tem sua atuação apoiada pela Auditoria Interna. Suas atribuições, estabelecidas no Estatuto do BNDES, compreendem, entre outras: revisão das demonstrações contábeis; avaliação da efetividade das auditorias interna e externa e do cumprimento às recomendações dessas Unidades; estabelecimento e divulgação dos procedimentos para recepção e tratamento de informações acerca do descumprimento de dispositivos legais, podendo recomendar à Diretoria a correção ou aprimoramento de políticas, práticas e procedimentos. A estrutura dos Comitês de Gestão de Riscos, aprovado pela Resolução BNDES n 2.561/13 é composta pelo Comitê de Gestão de Riscos (CGR) e por três subcomitês: Gestão de Risco de Mercado, Gestão de Risco de Crédito e Gestão de Risco Operacional e Controles Internos. O CGR é responsável, dentre outras atribuições, por: acompanhar o ambiente regulatório no qual se insere o BNDES relativo à gestão de riscos e controles internos; avaliar o ambiente de riscos do BNDES; avaliar e aprovar metodologias e estratégias para gestão de controles internos e dos diversos tipos de riscos a que o BNDES pode estar exposto e encaminhar, quando for pertinente, para deliberação da Diretoria; analisar e encaminhar para deliberação da Diretoria as Políticas de Gestão de Riscos, de Gestão de Continuidade e de Controles Internos; acompanhar o cumprimento das Políticas de Gestão de Riscos, de Gestão de Continuidade de Negócios e de Controles Internos vigentes; e apreciar e encaminhar para deliberação da Diretoria o Relatório do Processo Interno de Avaliação de Adequação de Capital (ICAAP). O CGR é composto, com direito a voto, pelo Presidente, o Vice-Presidente e os Diretores do BNDES e, sem direito a voto, pelo Chefe do Gabinete da Presidência e o Superintendente da Área de Gestão de Riscos. O Diretor responsável pela gestão de riscos do BNDES é o coordenador do CGR. Cada Subcomitê, por sua vez, é constituído por um conjunto pré-estabelecido de superintendentes e são convidados a participar das reuniões os superintendentes de todas as Áreas que tiverem relação com os assuntos na pauta de cada reunião. Os Subcomitês têm por principal objetivo avaliar metodologias e estratégias para gestão de riscos e controles internos. Os Subcomitês possuem as seguintes atribuições: a) analisar os trabalhos relativos à gestão de riscos e controles internos, com vistas a ratificar, aprovar ou recomendar ações de mitigação e/ou aprimoramento dos controles, e acompanhar sua implementação pelas Unidades envolvidas; b) monitorar exposição a riscos e a alocação de capital; c) analisar e encaminhar ao CGR as Políticas de Gestão de Riscos, de Gestão de Continuidade de Negócios e de Controles Internos; d) colaborar para a disseminação da cultura de gestão de riscos e de controles internos; e e) informar ao Comitê Gerencial, quando for pertinente, os assuntos a serem encaminhados para deliberação do CGR. As políticas corporativas de gestão de riscos e de controles internos também são apreciadas nos Subcomitês de Gestão de 6

7 Riscos e encaminhadas ao Comitê Gerencial, a fim de difundir conceitos de riscos no fórum composto por todos os Superintendentes do BNDES. Posteriormente, as políticas seguem para aprovação da Diretoria e do Conselho de Administração. A Área de Gestão de Riscos (AGR) é responsável pelas atividades de gestão de riscos e de controles internos, sendo composta por cinco departamentos: Controles Internos (DECOI), Gestão de Risco de Crédito (DERIC), Gestão de Risco de Mercado (DERIM), Gestão de Risco Operacional (DEROP) e a Gerência Executiva Jurídica (JUAGR). A Área realiza as atividades de monitoramento das perdas financeiras potenciais face aos riscos de crédito, mercado, liquidez e operacional, bem como a proposição de controles condizentes com a relevância dos riscos identificados, além da apuração das necessidades de capital regulatório requeridas em função dos potenciais riscos e da aderência às normas vigentes. A Área também é responsável por disseminar a cultura de gestão de riscos e atuar de forma decisiva junto aos principais gestores das diversas áreas do BNDES, avaliando os processos e propondo medidas para o aprimoramento da gestão de riscos e dos controles internos. A AGR subsidia a Alta Administração por meio de: relatórios e informes relevantes para a gestão de riscos; proposição de diretrizes gerais de gestão de riscos para o BNDES, consolidadas nas políticas corporativas de gestão de riscos; monitoramento dos limites de exposição regulamentares internos e externos; e emissão de parecer técnico quanto a propostas que contemplem alterações de processos, regras e parâmetros que denotem mudança dos níveis de riscos vigentes. No caso de identificação de tendências de materialização dos riscos que comprometam os níveis de capital ou os resultados estimados, a Área produz estudos detalhados a serem encaminhados ao Diretor de Gestão de Riscos acompanhados, quando necessário, de propostas de ações. A Secretaria de Validação (SEVAL) é a unidade do Banco responsável pelo processo de validação de sistemas, modelos e procedimentos internos utilizados para o gerenciamento dos riscos de crédito, mercado, liquidez e operacional. Cabe à SEVAL analisar criticamente os modelos e procedimentos que afetam o Patrimônio de Referência e os cálculos dos requerimentos mínimos de capital estabelecidos pelo órgão regulador, além de verificar a adequação dos modelos existentes ao perfil de risco da instituição. As análises realizadas pela SEVAL são consolidadas em relatórios e pareceres submetidos ao CGR. Vale ressaltar que, com o intuito de atender à Resolução CMN nº 3.988/11, que dispõe sobre a implementação de estruturas de gestão de capital para assegurar que as instituições mantenham nível de capital suficientemente prudente, desenvolvam e utilizem melhores técnicas nos processos de monitoramento e gerenciamento de seus riscos, bem como planejem de forma consistente suas necessidades futuras de capital, o BNDES definiu, em 2012, sua estrutura organizacional de gerenciamento de capital. Esta estrutura engloba: a Área Financeira (AF), responsável por elaborar o Plano de Capital do BNDES; a Área de Gestão de Riscos (AGR), responsável pela elaboração e encaminhamento ao CGR do relatório ICAAP (Internal Capital Adequacy Assessment Process), que contém o cálculo de necessidade de capital para cobertura dos riscos aos quais o BNDES está exposto, bem como simulações de eventos severos e de condições 7

8 extremas de mercado ( teste de estresse ) e o Plano de Capital; a Área de Planejamento (AP), responsável por elaborar proposta de orçamento plurianual do BNDES; a SEVAL, responsável pela elaboração do relatório de validação independente do ICAAP, que também é apreciado no CGR; e a Área de Auditoria Interna, que deve avaliar periodicamente o processo de gerenciamento de capital do Banco. 8

9 2. RISCO DE CRÉDITO De acordo com a Resolução CMN nº 3.721/09, o risco de crédito é definido como a possibilidade de ocorrência de perdas associadas ao não cumprimento pelo tomador ou contraparte de suas respectivas obrigações financeiras nos termos pactuados, à desvalorização de contrato de crédito decorrente da deterioração na classificação de risco do tomador, à redução de ganhos ou remunerações, às vantagens concedidas na renegociação e aos custos de recuperação Estrutura A Estrutura de Gestão de Risco de Crédito do BNDES está centrada basicamente na Área de Crédito (AC), para as avaliações individuais de empresas, entidades do setor público e agentes financeiros; na Área de Gestão de Riscos (AGR), por meio do Departamento de Gestão de Risco de Crédito, para análises, controles e modelos de dimensão agregada da carteira; no Comitê de Enquadramento, Crédito e Mercado de Capitais (CEC); no Comitê de Gestão de Riscos (CGR); e no Subcomitê de Gestão de Risco de Crédito (SCGRC). A construção e o aperfeiçoamento do ambiente de gestão de risco de crédito requer a participação, o comprometimento e o envolvimento da Instituição como um todo. No que segue, em complemento à descrição apresentada no primeiro capítulo, é realizado um resumo das principais atribuições do CEC, da AC e do Departamento de Gestão de Risco de Crédito da AGR. O CEC aprecia os pedidos de colaboração financeira constantes das Consultas submetidas ao Sistema BNDES e decide sobre seu enquadramento nas Políticas Operacionais, com comunicação à Diretoria e recomendação às Áreas do Banco sobre as condições para a estruturação das operações. Entre as responsabilidades do CEC estão: aprovar a classificação de risco de empresas, instituições financeiras, Estados, Distrito Federal, Municípios e outras entidades, atuais ou potenciais clientes; e apreciar e submeter à decisão da Diretoria as propostas de estabelecimento de limites de crédito para empresas e grupos econômicos, para agentes financeiros e demais instituições financeiras no País e no exterior que atuem como garantidores do retorno de direitos creditórios do Sistema BNDES. A AC possui como principais atribuições analisar e acompanhar o perfil dos ativos de risco próprio do Sistema BNDES, administrar e controlar a exposição de risco do Sistema BNDES junto a empresas e instituições financeiras. Para elaborar e gerenciar as classificações de risco das empresas, instituições financeiras, Estados, Municípios e outros, e para gerenciar os limites de crédito das empresas, instituições financeiras e grupos econômicos, a AC avalia e acompanha o desempenho econômicofinanceiro e as atividades dos beneficiários, as informações cadastrais de pessoas físicas e jurídicas vinculadas às operações do Sistema BNDES, assim como os bens oferecidos em garantia das operações a contratar e contratadas. No caso de operações de curso problemático, a AC analisa, acompanha e, caso necessário, repactua estas operações. 9

10 O Departamento de Gestão de Risco de Crédito da AGR possui como principais atividades: monitorar as perdas financeiras potenciais decorrentes dos riscos de crédito em relação aos níveis de exposição aprovados pela Diretoria e pelo Conselho de Administração; monitorar a evolução das exposições frente aos limites regulamentares externos e internos e das provisões para devedores duvidosos, considerando seus impactos no resultado do Sistema BNDES; propor metodologia e acompanhar o consumo de capital regulatório sensibilizado pelo potencial risco de crédito e os requerimentos futuros de capital de acordo com o perfil de risco projetado no plano estratégico. Adicionalmente, são produzidos cálculos gerenciais dos componentes de risco de crédito. Por fim, cabe ao departamento avaliar o sistema de gestão de risco de crédito e propor ações de melhoria nas políticas, regras e parâmetros de crédito e provisão sempre que forem identificadas oportunidades ou desvios em relação aos níveis aceitáveis de risco Objetivo O objetivo primordial do processo de gerenciamento de risco de crédito é o de garantir que as diferentes exposições a risco de crédito estejam alinhadas às metas definidas pela Diretoria e pelo Conselho de Administração, bem como estejam em consonância com os requisitos prudenciais estabelecidos pelo Conselho Monetário Nacional. Atualmente, foram definidos limites de exposição e metas de concentração, rentabilidade, inadimplemento, entre outros. A identificação, avaliação e monitoramento das exposições a risco de crédito são realizados tanto individualmente, para cada subsidiária do Sistema BNDES, como também em termos consolidados. O processo busca assegurar que a comunicação acerca de eventuais exceções às políticas, procedimentos e limites sejam comunicados tempestivamente à Alta Administração, de modo a possibilitar a implementação das ações mitigadoras ou corretivas apropriadas a cada caso Política A Política Corporativa de Gestão de Risco de Crédito, alinhada aos princípios da Resolução CMN nº 3.721/09, formaliza o processo de gestão de risco de crédito do BNDES e de suas subsidiárias, estabelecendo responsabilidades, princípios, diretrizes, processos e procedimentos relacionados à gestão dos riscos de crédito aos quais o BNDES está exposto. São diretrizes que orientam o processo de gestão de risco de crédito: O estabelecimento de um processo de concessão de crédito e de um ambiente de gestão de risco de crédito adequados; A manutenção de um processo apropriado de identificação, mensuração, monitoramento, controle e mitigação do risco de crédito; e A existência de um conjunto de controles sobre o risco de crédito. 10

11 2.4. Estratégia A estratégia da instituição associada à gestão de risco de crédito estabelece os critérios e parâmetros que determinam limites de financiamento aos investidores e limites de concentração. Para os limites de financiamento, o principal critério está relacionado ao rating do beneficiário e os parâmetros incluem o ativo total da empresa ou do grupo econômico, no caso do setor privado, e a receita corrente líquida, para entidades do setor público. Os limites de concentração são estabelecidos em função das maiores exposições do Banco Processos A gestão de risco de crédito no BNDES permeia todo o processo de concessão, monitoramento, cobrança e recuperação de crédito associado a cada um dos projetos de financiamento. A seguir será apresentada uma breve descrição das principais etapas do fluxo de tramitação dos projetos de financiamento e serão descritas as principais atividades do processo de gerenciamento de risco de crédito Processo de Financiamento Enquadramento Na etapa de enquadramento é feita uma pré-avaliação da capacidade da empresa para executar o projeto e de aporte de contrapartida de recursos próprios. A pré-avaliação inclui, entre outros aspectos, capacitação gerencial, inserção no mercado e atendimento às normas ambientais, classificação de risco de crédito da empresa ou do grupo econômico e classificação cadastral. 11

12 Análise do Projeto e Aprovação Após o enquadramento da operação, na modalidade direta, a postulante prepara as informações e a documentação necessárias para a análise da operação. No caso de operação indireta, a instituição financeira credenciada deve apresentar o projeto. Concluída a análise da operação, o Relatório de Análise do Projeto é encaminhado à apreciação da Diretoria, em reuniões que ocorrem semanalmente Contração, Desembolso e Acompanhamento Aprovada a operação pela Diretoria do BNDES, a empresa ou a instituição financeira credenciada, conforme o caso, são comunicadas das exigências para contração da operação. Recebida a documentação necessária e atendidas todas as condições aprovadas, o instrumento contratual é elaborado. Após serem efetuados os registros necessários, ocorre a primeira liberação de recursos. Posteriormente, realiza-se o acompanhamento da implantação do projeto e das liberações, bem como a comprovação de sua adequada aplicação e cumprimento das obrigações contratuais. Além disso, é realizado o acompanhamento da situação econômico-financeira da empresa e do grupo econômico Gestão de Risco de Crédito Os principais processos associados ao gerenciamento do risco de crédito, detalhados nas seções seguintes, são: classificação de risco, que dispõe de metodologia desenvolvida internamente; análise cadastral; provisões para créditos de liquidação duvidosa, em acordo com os critérios definidos pela Resolução CMN nº 2.682/99; acompanhamento da carteira e monitoramento de limites de exposição; gestão das garantias, que compreende, entre outros aspectos, a seleção e constituição de garantias, a avaliação, o controle do seguro de bens dados em garantia, registro das garantias em sistemas e avaliação de liberação; recuperação de créditos (inadimplemento e operações em curso problemático); e apuração do capital regulatório parcela RWA cpad, enviada ao BACEN, mensalmente, através do Demonstrativo de Limites Operacionais (DLO) Classificação de Risco As classificações de risco de empresas, grupos econômicos, instituições financeiras, Estados, Distrito Federal e Municípios, além de operações específicas, incluindo operações de project finance, são realizadas pelo BNDES, que dispõe de metodologia desenvolvida internamente para realizar as classificações de riscos de seus atuais e potenciais clientes. A classificação de risco do Sistema BNDES possui a seguinte correspondência com a classificação de risco definida na Resolução CMN nº 2.682/99: 12

13 Classificação BNDES AAA AA+ AA AA- A+ A A- BBB+ BBB BBB- BB+ BB BB- B+ B B- CCC+ CCC CCC CC C D E F Análise Cadastral Classificação Resolução Grau de Investimento Grau de Especulação As análises cadastrais são realizadas pela Gerência de Cadastramento do Departamento de Risco de Crédito. O relatório cadastral é composto de: Ficha Cadastral (de pessoa jurídica e de pessoa física), Relatório da Pesquisa Cadastral e Conceito Cadastral. O conceito cadastral será emitido a partir da análise e confronto das informações colhidas pela unidade responsável pelo cadastro e daquelas prestadas pelo(s) interessado(s), sendo indicado se o interessado poderá operar com o BNDES com ou sem restrições. AA Provisões para Créditos de Liquidação Duvidosa O Sistema BNDES constitui as suas provisões para créditos de liquidação duvidosa de acordo com as regras estabelecidas pela já mencionada Resolução CMN nº 2.682/99. A B C D E F G H 13

14 A supramencionada Resolução determina que as instituições financeiras devem classificar as operações de crédito, em ordem crescente de risco, nos seguintes níveis: AA, A, B, C, D, E, F, G e H. A provisão deve ser constituída em montantes suficientes para fazer face a perdas prováveis na realização dos créditos conforme aplicação dos percentuais a seguir: Classificação AA A B C D E F G H Provisão (%) 0 0,5 1,0 3,0 10,0 30,0 50,0 70,0 100,0 Dias de Atraso >180 A classificação das operações de crédito de um mesmo cliente ou grupo econômico é definida considerando aquela que apresentar maior risco, admitindo-se, excepcionalmente, classificação diversa para determinadas operações. A classificação da operação nos níveis de risco é revista, no mínimo: (i) mensalmente, em função de atraso verificado no pagamento de parcela de principal ou de encargos; (ii) a cada seis meses, para operações de um mesmo cliente ou grupo econômico cujo montante seja superior a 5% do patrimônio líquido ajustado 1 ; (iii) uma vez a cada 12 meses, em todas as situações Acompanhamento da Carteira e Monitoramento de Limites de Exposição Mensalmente, a Área de Gestão de Riscos monitora os limites de exposição conforme parâmetros estabelecidos em normativos internos e em resoluções do Conselho Monetário Nacional. Estes normativos encontram-se listados abaixo: Exposição ao Setor Público Resolução CMN nº 2.827/01: Limita o montante das operações de crédito de cada instituição financeira com órgãos e entidades do setor público a 45% do Patrimônio de Referência. Esta resolução não se aplica às subsidiárias e controladas da Petróleo Brasileiro S.A. e empresas do grupo Eletrobrás, conforme Resoluções CMN nº 3.647/08 e nº 3.940/10, respectivamente. Resolução BNDES nº 2.256/12: Define parâmetros para estabelecer limites de crédito com o Setor Público. Exposição por Cliente ou Grupo Econômico Resolução CMN nº 2.844/01: Dispõe sobre limites de exposição por cliente. Resoluções CMN nº 3.963/11 e nº 4.089/12: Dispõem sobre a apuração do limite de exposição por cliente, de que trata a Resolução CMN nº 2.844/01, pelo BNDES especificamente. 1 De acordo com a Resolução CMN 4.192/13, artigo 30º, qualquer menção a Patrimônio Líquido Ajustado (PLA) em normativos divulgados pelo Banco Central do Brasil, referente a limites operacionais, permanece dizendo respeito à definição de Patrimônio de Referência (PR) estabelecida na mesma Resolução. 14

15 Resolução BNDES nº 2.453/13: Aprova os parâmetros para estabelecer a Exposição Máxima a risco de crédito com setores de atividades econômicas, empresas e grupos não financeiros, inclusive operações do tipo Project Finance, bem como os critérios para cálculo do Limite de Exposição da margem de exposição ao risco de crédito. A Área de Gestão de Riscos também monitora mensalmente o risco de crédito através da apuração de indicadores que se encontram listados abaixo: Indicadores de Concentração da Carteira - Índice Herfindahl-Hirchman (HHI) para exposições por grupo econômico e exposições por setor; e taxas de concentração da carteira concentração individual e setorial, e Índice de Gini; Indicadores de Inadimplência; e Mitigadores de Risco Gestão de Garantias Os tipos de garantias e colaterais exigidos pelo BNDES em suas operações de colaboração financeira estão definidos no Regulamento Geral de Operações (RGO). De acordo com o artigo 21 do RGO, as garantias são constituídas, cumulativa ou alternativamente, por: Hipoteca; Penhor; Alienação e Propriedade Fiduciária; Fiança; Aval; Vinculação em garantia ou cessão sob a forma de Reserva de Meio de Pagamento de receitas auferidas pelo Beneficiário, inclusive oriundas de transferências federais, produto de cobrança de impostos, taxas e sobretaxas, incentivos fiscais, rendas ou contribuições de qualquer espécie; e seguro de crédito à exportação. As garantias de operações com entidades sob controle de capital privado deverão consistir, cumulativamente, em: Reais: fundada em direito dessa natureza, que autorize a execução da garantia, judicial ou extrajudicialmente, podendo ser oferecida pelo cliente ou terceiros; e Pessoais: aval ou fiança, prestada esta por terceiro na qualidade de devedor solidário e principal pagador de todas as obrigações decorrentes do contrato, com renúncia expressa aos benefícios dos artigos 366, 827, e 838 do Código Civil, oferecidas pelas pessoas físicas ou jurídicas detentoras do controle direto ou indireto do Beneficiário, ou outras pessoas jurídicas integrantes do mesmo grupo. O índice de garantia real deve corresponder a, no mínimo, 130% do valor da operação de financiamento. Entretanto, tal índice poderá ser reduzido para até 100%, quando a empresa postulante da colaboração financeira atender a determinadas condições. 15

16 Recuperação de Créditos O processo de recuperação de créditos está definido pelas Normas Gerais sobre Inadimplemento e Operações em Curso Problemático do BNDES. O inadimplemento financeiro das operações é monitorado pelo Sistema de Controle de Inadimplência (SCI), que verifica diariamente os recebimentos dos contratos. Identificado o inadimplemento, cabe à unidade responsável, em até 120 dias: (i) equacionar a situação de inadimplemento ou encaminhar ao órgão decisório competente proposta de equacionamento; (ii) declarar a operação em Curso Problemático, encaminhando-a à Área de Crédito para renegociação; (iii) declarar a operação em Curso Problemático, encaminhando-a ao Departamento de Contencioso Operacional caso seja identificada a inviabilidade de renegociação extrajudicial. Recebida a operação inadimplente, cabe à Área de Crédito iniciar as negociações com a devedora e garantidores, definir as perspectivas de renegociação da operação e submeter proposta de equacionamento ao órgão decisório competente, ou, caso inexista perspectiva negocial de recuperação de créditos, propor o encaminhamento da mesma para o Departamento de Contencioso Operacional, que em até 30 dias do recebimento do demonstrativo de débitos da operação deverá iniciar a cobrança judicial da dívida Apuração do Capital Regulatório (Parcela RWA cpad ) e estimativas do Capital Econômico O RWA CPAD, parcela referente às exposições ao risco de crédito calculada mediante abordagem padronizada, é apurado mensalmente pelo Departamento de Gestão de Risco de Crédito, que tem a responsabilidade de calcular e acompanhar a evolução dessa parcela, cujo valor compõe o cálculo do Ativos Ponderados pelo Risco (RWA) do BNDES. Todos os parâmetros de cálculo do RWA cpad são feitos de acordo com critérios estabelecidos pelo órgão regulador na Circular BACEN nº 3.644/13. O demonstrativo utilizado para a apuração do RWA cpad é disponibilizado pelo BACEN e possui critérios específicos de apuração, divulgados no documento Instruções de Preenchimento das Informações do Demonstrativo de Limites Operacionais (DLO). Maiores informações sobre a parcela RWA cpad estão na seção 5, denominada Gerenciamento de Capital, deste documento. Além do cálculo do capital regulamentar, são elaboradas estimativas do capital econômico a partir da modelagem estatística dos dados históricos da carteira de crédito com o objetivo de apurar os indicadores de Basileia II (Expected Loss - EL, Unexpected Loss - UL, Economic Capital - EC, Regulatory Capital - RC, Exposure at Default - EAD). São estimadas matrizes de migração de estados e as potenciais perdas financeiras não esperadas do Banco (Valor em Risco - VaR) decorrente das variações comportamentais de pagamento dos diferentes ativos que compõem o portfólio da 16

17 Instituição. Os resultados destes testes são consolidados em relatórios mensais com o objetivo de verificar a aderência dos processos de estimação dos parâmetros de risco Sistemas A gestão do risco de crédito faz uso de diversos provedores de informações internas, destacando-se os sistemas contábil, financeiro, controle de garantias e operacional. Um sistema específico para a gestão de risco de crédito entrou em fase de operação assistida, auxiliando no cálculo e monitoramento das principais informações gerenciais e regulamentares relativas ao risco de crédito Comunicação Mensalmente, é encaminhado ao CGR o Informe de Gestão de Risco de Crédito, que contém informações sobre a qualidade da carteira, além de indicadores de concentração, inadimplência, exposição ao setor público e por cliente, limite de exposição setorial e parcela do capital regulamentar de risco de crédito. A AGR confecciona também o Relatório de Exposição por Grupo Econômico, que contém informações dos saldos e exposições segregadas por grupo econômico. Ambas as divulgações são disponibilizadas ao público interno através da intranet. O CGR recebe ainda o Relatório Semestral de Gestão de Risco de Crédito, com informações detalhadas sobre todas as operações de crédito do Banco, tais como: classificações de risco de empresas e grupos econômicos, situação de adimplência, recuperação de crédito e contencioso, estimativas das componentes de risco de crédito, indicadores de concentração e apuração do capital regulamentar. Sempre que solicitado, o BNDES disponibiliza estas informações para o órgão regulador e demais órgãos de controle externo Informações relativas à Exposição a Risco de Crédito Nesta seção são apresentadas as seguintes informações relativas às exposições a risco de crédito: valor da carteira de crédito e valor da carteira de crédito média no trimestre segregado por fator de ponderação de risco (FPR), por países e regiões geográficas e por macro setor econômico; percentual das exposições dos dez maiores clientes; montante das operações em atraso segregado por faixas de atraso; fluxo de operações baixadas para prejuízo no trimestre; e montante de provisões para perdas. As informações expostas referem-se ao Consolidado Econômico-Financeiro e ao Conglomerado Financeiro. No caso deste último que engloba apenas a empresa BNDES, as controladas FINAME e BNDESPAR são consideradas na carteira de crédito. Estas controladas representaram R$ mil em 31/03/ Carteira de Crédito segregada por Fator de Ponderação de Risco (FPR) Para segregar a carteira de crédito por FPR foram considerados os critérios definidos na Circular BACEN nº 3.644/13, que estabelece os procedimentos para cálculo da parcela referente às exposições ponderadas por fator de risco (RWA cpad ). Os 17

18 percentuais de FPR divulgados abaixo apresentam o saldo devedor segregado da seguinte forma: FPR de 0% - Operações com garantia do Tesouro Nacional; FPR de 50% - Operações com Intermediários Financeiros; e FPR de 100% - Demais Operações. Conglomerado Financeiro R$ mil Fator de Ponderação de Risco MAR/14 DEZ/13 MAR/13 Saldo médio do 1º trimestre/2014 Saldo médio do 4º trimestre/2013 Saldo médio do 1º trimestre/2013 0% % % Total * A parcela da carteira de crédito associada às empresas FINAME e BNDESPAR está classificada como FPR 50%. Consolidado Econômico-Financeiro R$ mil Fator de Ponderação de Risco MAR/14 DEZ/13 MAR/13 Saldo médio do 1º trimestre/2014 Saldo médio do 4º trimestre/2013 Saldo médio do 1º trimestre/2013 0% % % Total Carteira de Crédito segregada por Países e Regiões Geográficas A tabela abaixo apresenta o saldo da carteira de crédito segregada por país e região geográfica. Vale destacar que as operações de Repasse Interfinanceiro estão classificadas de acordo com a localização da sede do Agente Financeiro repassador dos recursos. Conglomerado Financeiro R$ mil Países e regiões geográficas MAR/14 DEZ/13 MAR/13 Saldo médio do 1º trimestre/2014 Saldo médio do 4º trimestre/2013 Saldo médio do 1º trimestre/2013 Brasil Centro-oeste Nordeste Norte Sudeste Sul Exterior Total * A parcela da carteira de crédito associada às empresas FINAME e BNDESPAR está classificada como região Sudeste. Consolidado Econômico-Financeiro R$ mil Países e regiões geográficas MAR/14 DEZ/13 MAR/13 Saldo médio do 1º trimestre/2014 Saldo médio do 4º trimestre/2013 Saldo médio do 1º trimestre/2013 Brasil Centro-oeste Nordeste Norte Sudeste Sul Exterior Total

19 Carteira de Crédito segregada por Macro Setor Econômico O próximo quadro apresenta a carteira de crédito segregada por macro setor. Entre os dois últimos trimestres do consolidado econômico-financeiro, destaca-se o aumento de R$ 8,4 bilhões no macro setor financeiro. A elevada participação do macro setor financeiro em relação ao total da carteira de crédito se justifica pela realização de operações indiretas pelo BNDES, nas quais o Banco repassa os recursos aos agentes financeiros credenciados. Conglomerado Financeiro R$ mil Macro setor MAR/14 DEZ/13 MAR/13 Saldo médio do 1º trimestre/2014 Saldo médio do 4º trimestre/2013 Saldo médio do 1º trimestre/2013 Setor público Governo Federal Governo Estadual/Municipal Setor privado Agropecuária Bens de Capital Comércio e Serviços Construção Consumo Básico Consumo Cíclico Externo Financeiro e Outros Fontes de Energia Infraestrutura Insumos Básicos Outros Pessoa Física Serviços Sociais Básicos Transporte Total * A parcela da carteira de crédito associada às empresas FINAME e BNDESPAR está classificada como Financeiro e Outros. 19

20 Consolidado Econômico-Financeiro R$ mil Macro setor MAR/14 DEZ/13 MAR/13 Saldo médio do 1º trimestre/2014 Saldo médio do 4º trimestre/2013 Saldo médio do 1º trimestre/2013 Setor público Governo Federal Governo Estadual/Municipal Setor privado Agropecuária Bens de Capital Comércio e Serviços Construção Consumo Básico Consumo Cíclico Externo Financeiro e Outros Fontes de Energia Infraestrutura Insumos Básicos Outros Pessoa Física Serviços Sociais Básicos Transporte Total Exposição aos maiores clientes em relação à carteira total Em virtude do elevado peso do macro setor financeiro no total da carteira de crédito do consolidado econômico-financeiro, conforme mencionado na seção anterior, a exposição dos 10, 50 e 100 maiores clientes em relação ao total da carteira está sendo apresentada considerando duas visões: a primeira delas considera toda a carteira, e a segunda considera a carteira sem as operações de Repasse Interfinanceiro. Exposição aos maiores clientes (inclui macro setor financeiro) R$ mil Conglomerado Financeiro Concentração da carteira MAR/14 Carteira total (%) DEZ/13 Carteira total (%) MAR/13 Carteira total (%) 10 maiores clientes % % % 50 maiores clientes % % % 100 maiores clientes % % % Consolidado Econômico-Financeiro Concentração da carteira MAR/14 Carteira total (%) DEZ/13 Carteira total (%) MAR/13 Carteira total (%) 10 maiores clientes % % % 50 maiores clientes % % % 100 maiores clientes % % % 20

21 A tabela acima mostra que em março de 2014 os 10 maiores clientes do Consolidado Econômico-Financeiro representaram 42% do total das exposições. Ao excluir o macro setor financeiro da análise, esse resultado é reduzido para 14%, conforme apresentado na tabela a seguir. Exposição aos maiores clientes (exclui macro setor financeiro)* R$ mil Conglomerado Financeiro Concentração da carteira MAR/14 Carteira total (%) DEZ/13 Carteira total (%) MAR/13 Carteira total (%) 10 maiores clientes % % % 50 maiores clientes % % % 100 maiores clientes % % % Consolidado Econômico-Financeiro Concentração da carteira MAR/14 Carteira total (%) DEZ/13 Carteira total (%) MAR/13 Carteira total (%) 10 maiores clientes % % % 50 maiores clientes % % % 100 maiores clientes % % % * Apenas a exposição descosidera o Setor Financeiro. O total da carteira inclui todos os setores Operações em atraso Historicamente, a carteira de créditos do BNDES apresenta um índice de inadimplência inferior à média do Sistema Financeiro Nacional. O montante das operações em atraso do consolidado econômico-financeiro em relação ao total de exposição aumentou para 0,03% em dezembro de Conglomerado Financeiro Montante das operações em atraso Consolidado Econômico-Financeiro R$ mil MAR/14 DEZ/13 MAR/13 MAR/14 DEZ/13 MAR/13 Até 60 dias a 90 dias a 180 dias Acima de 180 dias Total em atraso % em relação ao total de exposições 0,01% 0,01% 0,04% 0,03% 0,01% 0,04% Operações baixadas para prejuízo A tabela abaixo apresenta o fluxo de operações baixadas para prejuízo no trimestre para o conglomerado financeiro e o consolidado econômico-financeiro, bem como o total de créditos recuperados. 21

22 R$ mil Conglomerado Financeiro Consolidado Econômico-Financeiro 1º Trim º Trim º Trim º Trim º Trim º Trim 2013 Perdas baixadas para prejuízo Créditos recuperados Provisões para perdas A carteira de créditos ativos do BNDES é composta de operações de crédito, repasses interfinanceiros, debêntures, venda a prazo de títulos e valores mobiliários e outros créditos. A tabela a seguir apresenta o total de provisões para perdas associadas à referida carteira. R$ mil Conglomerado Financeiro Consolidado Econômico-Financeiro MAR/14 DEZ/13 MAR/13 MAR/14 DEZ/13 MAR/13 Provisões Informações relativas a Instrumentos Mitigadores do Risco de Crédito Embora diversos instrumentos garantidores sejam aceitos pelo BNDES, apenas quatro são utilizados como mitigadores de risco de crédito para o cálculo do capital regulatório. A Circular BACEN nº 3.644/13, permite às Instituições Financeiras a utilização desses instrumentos mitigadores. A mensuração destes instrumentos é realizada por meio de ferramenta específica, a partir da extração de dados do Sistema de Garantias do BNDES e a correspondente aplicação aos saldos devedores e compromissos de crédito a que se referem. Os instrumentos mitigadores são apurados priorizando-se a utilização daqueles que possuem maior capacidade de redução de exposição a risco. Desta forma, busca-se aproveitar ao máximo o efeito mitigador do risco de crédito para cada contrato ou compromisso de crédito. Cada mitigador recebe a aplicação de um Fator de Ponderação de Risco (FPR) específico à parcela da exposição coberta pelo respectivo instrumento. A tabela abaixo apresenta os mitigadores utilizados pelo BNDES em sua carteira de crédito e a posição mitigada correspondente. Vale ressaltar que a partir de Dez/2013, o regulador permitiu a utilização dos Fundos de Participação dos Estados e Municípios - FPE e FPM, como mitigadores de risco de crédito, sendo integralmente abatido do saldo devedor das operações a que se vinculam. 22

23 Descrição FPR do Mitigador R$ mil Posição Mitigada Conglomerado Financeiro Consolidado Econômico-Financeiro MAR/14 DEZ/13 MAR/13 MAR/14 DEZ/13 MAR/13 Garantia prestada pelo Tesouro Nacional ou pelo Banco Central do Brasil Garantia prestada pelo Fundo de Garantia a Exportação - FGE Garantia constituída por recursos do Fundo de Participação dos Estados (FPE) ou do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) Garantias das Instituições financeiras ou demais Instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil 0% % % % Total Informações relativas ao Risco de Crédito de Contraparte Entende-se como risco de crédito da contraparte a possibilidade de não cumprimento, por determinada contraparte, de obrigações relativas à liquidação de operações que envolvam a negociação de ativos financeiros, incluindo aquelas relativas à liquidação de instrumentos financeiros. O tabela abaixo apresenta o valor nocional dos contratos sujeitos a risco de crédito da contraparte, a serem liquidados em sistemas de liquidação e câmaras de compensação, nos quais a câmara atue como contraparte central. Tipo de contratos sujeitos ao risco de crédito da contraparte R$ mil Valores a serem liquidados em Câmaras de Compensação e Liquidação Consolidado Econômico-Financeiro* MAR/14 DEZ/13 MAR/13 Swap - Valor nocional Swap - Valor positivo bruto Operações compromissadas Total * Os contratos sujeitos a risco de crédito da contraparte não apresentam variação entre o consolidado econômico-financeiro e o conglomerado financeiro. O BNDES não possui operações a liquidar ou empréstimos de ativos entre empresas. Também não possui acordos para a compensação e liquidação de obrigações no âmbito do Sistema Financeiro Nacional (SFN), conforme regulamentado pela Resolução CMN nº 3.263/05. Em 28 de dezembro de 2012, ao amparo do art. 7º da Medida Provisória n.º 600, da mesma data, convertida na Lei n.º /2013, o BNDES adquiriu créditos detidos pela União contra a Itaipu Binacional, ao preço de R$ mil. Os referidos créditos, de valor econômico equivalente e correspondente a um fluxo de pagamentos em moeda nacional descrito no pertinente contrato, são garantidos, quanto à sua existência e liquidação, pela União. 23

24 Em 7 de junho de 2013, ao amparo da mesma medida provisória, o BNDES adquiriu créditos detidos pela União contra a Itaipu Binacional, ao preço de R$ mil. Os referidos créditos, de valor econômico equivalente e correspondente a um fluxo de pagamentos em dólares descrito no contrato, são garantidos, quanto à sua existência e liquidação, pela União. Em março de 2014, a posição dos referidos contratos se apresentava conforme quadro abaixo: R$ mil Consolidado Econômico-Financeiro MAR/14 DEZ/13 MAR/13 Créditos em Reais Créditos em Dólares Total

25 3. RISCO DE MERCADO E LIQUIDEZ O risco de mercado é a possibilidade de ocorrência de perdas financeiras resultantes da alteração nos valores de mercado de posições ativas e passivas detidas pela instituição, dentre as quais se incluem os riscos das operações sujeitas à variação da cotação de moeda estrangeira, das taxas de juros, dos preços das ações e dos preços de mercadorias (commodities). Por sua vez, o risco de liquidez corresponde à possibilidade de a instituição não ser capaz de honrar eficientemente suas obrigações esperadas e inesperadas, correntes e futuras, inclusive as decorrentes de vinculação de garantias, sem afetar suas operações diárias e sem incorrer em perdas significativas; e não conseguir negociar ativos a preço de mercado, devido ao tamanho elevado de suas posições em relação ao volume normalmente transacionado ou em razão de alguma descontinuidade no mercado Estrutura No BNDES, as atividades de mensuração, monitoramento e controle de exposição a risco de mercado e liquidez são realizados na Área de Gestão de Riscos (AGR), por meio do Departamento de Gestão de Risco de Mercado. Os temas relacionados à gestão de risco de mercado e liquidez são debatidos no Subcomitê de Gestão de Risco de Mercado (SCGRM) e apreciados pelo Comitê de Gestão de Riscos (CGR). A estrutura de gestão de risco de mercado e liquidez conta ainda com a participação das Áreas Financeira, de Mercado de Capitais e de Capital Empreendedor. A unidade responsável pela gestão de risco de mercado tem como principais atividades: (i) identificar, avaliar e monitorar o risco de mercado do Sistema BNDES; (ii) cumprir com os requisitos definidos pelo Banco Central do Brasil e demais órgãos reguladores e de fiscalização; (iii) construir e aprimorar modelos gerenciais de risco de mercado; (iv) analisar o risco de mercado de novos instrumentos financeiros a serem negociados pelo Sistema BNDES; (v) elaborar relatórios periódicos contendo informações relativas aos riscos de mercado e de liquidez destinadas à Alta Administração; e (vi) fornecer informações referentes aos riscos de mercado e de liquidez para notas explicativas de balanço do Sistema BNDES e suas subsidiárias e (vii) contribuir para o fortalecimento da cultura de gestão de riscos no BNDES Objetivo A gestão de riscos de mercado é a atividade por meio da qual a instituição administra os riscos resultantes de variações nas cotações de mercado decorrentes de variação das cotações de moeda estrangeira, das taxas de juros, dos preços das ações e dos preços de mercadorias (commodities) com o objetivo de manter os níveis de exposição a risco de mercado dentro dos limites aprovados pela Diretoria do BNDES e em acordo com as exigências normativas externas. 25

26 O risco de liquidez, por sua vez, é gerenciado por meio de metodologias e modelos que visam garantir a capacidade de pagamento da instituição, considerando o planejamento financeiro, os limites de risco e a otimização dos recursos disponíveis Políticas As Políticas Corporativas de Gestão de Risco de Mercado e de Gestão de Risco de Liquidez definem o conjunto de princípios, diretrizes, metodologias, limites e responsabilidades aplicáveis no controle permanente dos processos internos do BNDES, a fim de garantir o adequado gerenciamento dos riscos de mercado e liquidez, conforme a complexidade dos negócios do BNDES. A Política Corporativa de Gestão de Risco de Mercado encontra-se em consonância com a Resolução CMN nº 3.464/07, e com os normativos internos do BNDES que definem critérios para a classificação dos instrumentos financeiros na carteira de negociação, limites de descasamentos, entre outros. A Política Corporativa de Gestão de Risco de Liquidez, por sua vez, encontra-se em consonância com a Resolução CMN nº 4.090/12. Fazem parte das diretrizes que orientam o processo de gestão de riscos de mercado e liquidez: A definição de estrutura de gerenciamento e de modelos para avaliação do risco de mercado e de liquidez, adaptados à realidade específica do BNDES, que analisem as fontes de risco através de mensuração e proposição de medidas de minimização do risco; A utilização de tecnologia da informação avançada, com a automatização e documentação dos processos, com finalidade de adquirir confiabilidade e capacidade de resposta adequada; e O monitoramento permanente de possíveis descasamentos entre posições ativas e passivas, das parcelas regulamentares e dos indicadores gerenciais de risco de mercado e de liquidez Estratégias O BNDES possui baixa propensão ao risco de mercado. Esta se manifesta através do estabelecimento de limites e de práticas de gestão que minimizam a existência de descasamentos persistentes entre ativos e passivos. As decisões estratégicas da instituição associadas à gestão de risco de mercado e de liquidez estão relacionadas à definição e gerenciamento de limites operacionais de exposição ao risco, realização de simulações de condições extremas de mercado (testes de estresse) e proposição de alocação de capital para cobertura de riscos e de ações para mitigação de perdas. A gestão da carteira de tesouraria do BNDES visa: i) assegurar a liquidez necessária para honrar os compromissos assumidos; ii) administrar a exposição das 26

27 aplicações do caixa aos riscos de mercado e crédito; e iii) buscar rentabilidade compatível com as metas de spread traçadas pela instituição Processos Gestão de Risco de Mercado O controle do risco de mercado é feito com base na segregação, por fator de risco, das posições em instrumentos financeiros. As técnicas de gerenciamento de riscos variam conforme a classificação dos instrumentos financeiros em carteira de negociação ou de não negociação. Os critérios de classificação das carteiras, bem como os instrumentos para controle de risco de mercado são apresentados a seguir: Carteira de Negociação: Consiste em todas as operações com instrumentos financeiros, inclusive derivativos, detidas com a intenção de negociação ativa e frequente ou destinadas a hedge de outros elementos da carteira de negociação, e que não estejam sujeitas à limitação da sua negociabilidade. As operações detidas com intenção de negociação são aquelas destinadas à (i) revenda; (ii) obtenção de benefício dos movimentos de preços, efetivos ou esperados; ou (iii) realização de arbitragem. Carteira de Não Negociação: Consiste em todas as operações com instrumentos financeiros não classificados na Carteira de Negociação. O Departamento de Gestão de Risco de Mercado da AGR apura e monitora regularmente as parcelas de risco cambial (RWA CAM ), de commodities (RWA COM ), de ações (RWA ACS ) e de taxas de juros em operações classificadas na carteira de negociação (RWA JUR ) 2 que compõem o Patrimônio de Referência Exigido que passou a ser denominado Risk Weighted Assets (RWA). Os resultados são reportados diariamente ao BACEN, através do Demonstrativo Diário de Acompanhamento das Parcelas de Requerimento de Capital (DDR). Como métrica de mensuração desses riscos, utilizam-se os modelos padronizados, definidos pelo BACEN (VaR regulamentar 3, Escada de Maturidade 4, dentre outras). Através do Demonstrativo de Risco de Mercado (DRM) toda a carteira do BNDES é marcada a mercado e as informações são enviadas ao BACEN, em bases mensais. 2 Definimos RWA JUR como o somatório das parcelas RWA JUR1, RWA JUR2, RWA JUR3 e RWA JUR4, definidas na Resolução CMN 4.193/ Valor em Risco ( Value at Risk ): é uma estimativa baseada em estatística de perdas que podem ser ocasionadas à carteira por mudanças nas condições do mercado. Ele expressa o valor máximo que o Banco pode perder, levandose em conta um determinado nível de confiança. Logo, é possível que as perdas reais sejam maiores do que a estimativa baseada em VaR. Este modelo pressupõe um período de manutenção das posições (holding period), além da manutenção da distribuição de retornos por fator de risco, calculada com base em histórico recente. O VaR é, em geral, utilizado para a mensuração de risco das operações financeiras da carteira de negociação. No Brasil, o BACEN adota um VaR regulatório para mensurar a parcela de capital necessária para fazer frente ao risco de taxas de juros prefixadas. 4 Escada de Maturidade (Maturity Ladder): é uma métrica de mensuração de risco que consiste em dividir os prazos dos fluxos financeiros em uma série de vértices, agrupados em zonas de maturidade. Esses vértices e zonas são assim selecionados para que sejam apuradas diferenças de sensibilidade e volatilidade das taxas perante as diferentes maturidades. A Maturity Ladder no Brasil é utilizada para mensurar o risco de mercado das operações financeiras da carteira de negociação sujeitas à variação das taxas dos cupons de moedas estrangeiras, cupons de índices de preços e cupons de taxas de juros. 27

28 Maiores informações sobre as parcelas RWA CAM, RWA JUR, RWA COM e RWA ACS estão na seção 5, denominada Gerenciamento de Capital, deste documento. Adicionalmente, são desenvolvidas metodologias internas para controle gerencial, como o VaR paramétrico Ewma (Exponentially Weighted Moving Averages), com intervalo de confiança de 99% e holding period de 10 dias úteis, para a apuração do risco de mercado da carteira que compõe o cálculo do capital regulamentar. Através de backtesting, o BNDES monitora mensalmente a aderência do modelo utilizado. A AGR também calcula um VaR histórico com intervalo de confiança de 99%, considerando as perdas diárias verificadas nos últimos cinco anos e extrapolando-as para 21 dias úteis, para toda a sua carteira. Isto lhe permite ter uma visão agregada (e por fator de risco) de todas as suas posições. Adicionalmente, monitoram-se os indicadores de VaR estabelecidos pelos gestores da carteira de negociação (geridos por terceiros). No intuito de medir o nível de estresse do mercado financeiro, em relação a seu nível histórico, a AGR afere o valor da uma carteira teórica com posição fixa para dólar, ações e renda-fixa (título prefixado em reais com vencimento em três anos), através de uma métrica VaR. Os resultados de todos os modelos gerenciais são reportados mensalmente à Diretoria do Banco. A AGR monitora os descasamentos por moeda/fatores de risco, sendo o acompanhamento dos limites realizado por meio de Relatório específico, que apresenta as posições líquidas do Sistema BNDES e suas subsidiárias nas diversas moedas utilizadas nas operações ativas e passivas. As perdas ou ganhos, decorrentes dos descasamentos, também são acompanhadas mensalmente, de forma que situações não desejadas no comportamento do retorno da Instituição são facilmente identificadas quanto a sua origem. A operacionalização dos hedges nas operações de renda fixa necessários para manter o risco de mercado nos padrões definidos pela Alta Administração é realizada pela Área Financeira e aprovada pela Diretoria do Banco. No que tange à carteira de renda variável, sua operacionalização é realizada pela Área de Mercado de Capitais (AMC) e a Área de Capital Empreendedor (ACE), que também são responsáveis pelo gerenciamento de debêntures que tenham algum componente de renda variável e fundos da empresa BNDESPAR. Adicionalmente, são definidas, através de normativos internos, as debêntures passíveis de negociação no mercado secundário pela Área Financeira, bem como os parâmetros de preços, limites para negociação e procedimentos operacionais. A AGR monitora os riscos de mercado desses instrumentos financeiros de forma segregada e para o Consolidado Financeiro. Por meio de representantes do Departamento de Gestão de Risco de Mercado, a AGR participa de diversos fóruns de discussão relacionados a temas que envolvem os riscos de mercado e liquidez do BNDES, como, por exemplo, o Comitê de Assuntos Financeiros e o Grupo de Trabalho para precificação de instrumentos financeiros. 28

29 Risco de taxa de juros da Carteira de Não Negociação As operações não classificadas na carteira de negociação (carteira bancária) correspondem, basicamente, às operações de financiamento realizadas pelo BNDES, suas captações, títulos públicos e títulos privados. A mensuração do risco de juros da carteira bancária (RBAN) é realizada por metodologia denominada Net Interest Income (NII), com período de reprecificação dentro do horizonte de 1 ano. A NII consiste na apuração da possibilidade de perdas na receita líquida de juros da instituição. Para tanto, constrói-se uma análise de GAP para a carteira bancária do BNDES, em que se mensura a exposição a risco de taxa de juros da carteira bancária calculando a diferença entre as posições ativas e passivas por fator de risco (incluindo as posições compradas e vendidas constantes em contas de compensação) e aplicando um choque diferenciado a cada um dos GAPs. O choque considera a variação não esperada de cada indexador. O resultado agregado representa a perda não esperada para o Banco com o risco de juros. Adicionalmente, são realizados testes de estresse regulamentares enviados mensalmente ao BACEN por meio do Documento de Limites Operacionais (DLO), junto com as demais parcelas regulamentares para risco de mercado. No que se refere às premissas utilizadas para o tratamento de liquidação antecipada de empréstimos e de depósitos que não possuam vencimento definido, o BNDES se reserva o direito de recusar a liquidação antecipada de contratos, salvo exceções legais de recebimento obrigatório. Caso o BNDES venha a aceitar a antecipação do pagamento, esta deverá ser imputada proporcionalmente às prestações vincendas de principal, mantidas as respectivas datas de vencimento. Além disso, as obrigações contratuais devem ser mantidas no que se refere às execuções e fiscalizações dos projetos até as datas finais previstas contratualmente. Risco de ações da Carteira de Não Negociação Tendo em vista que o foco de atuação do BNDES é o fomento ao mercado de capitais, atualmente o BNDES não possui ações classificadas na carteira de negociação. Dessa forma, do ponto de vista regulatório, a parcela de risco de ações classificadas na carteira de negociação (RWA ACS ) não é impactada pelas participações societárias detidas pelo Banco. A necessidade de capital referente à carteira de ações classificadas na carteira de não negociação está incorporada na (RWA CPAD ), referente ao risco de crédito, conforme definido pelo BACEN. A AGR monitora para fins gerenciais os números relativos às participações classificadas como disponíveis para venda, apurando mensalmente o risco pelo indicador de VaR de Simulação Histórica com intervalo de confiança de 99% e holding period de 21 dias úteis. Cabe ainda mencionar que, em fevereiro de 2014, foi aprovada no Conselho de Administração do BNDES a Política de Monitoramento de Risco para a Carteira de Participações Acionárias em Companhias Não Coligadas do Sistema BNDES (PMRA). Essa política tem o objetivo de estabelecer objetivos, princípio, atividades e papéis 29

30 relativos à definição e acompanhamento do limite de risco da carteira de participações acionárias em companhias não coligadas e derivativos que têm como objetivo o hedge dessas aplicações. Com a aprovação da referida política, a unidade de gestão de risco de mercado passou, a partir de março de 2014, a elaborar e emitir relatórios mensais sobre o enquadramento do risco da carteira de ações em relação ao seu limite definido pela Diretoria do Sistema BNDES Gestão de Risco de Liquidez O gerenciamento da liquidez é realizado por meio do monitoramento do volume de caixa mínimo, que deve ser superior à soma das despesas de capital, administrativas e tributárias do mês subsequente. No cômputo do caixa mínimo devem ser considerados os saldos das contas correntes e das aplicações financeiras de curto prazo das empresas do Sistema BNDES, bem como o limite disponível para a contratação e/ou rolagem de operações compromissadas. Nenhuma liberação poderá ser autorizada quando o volume mínimo tiver sido atingido. Adicionalmente, o BNDES possui metodologia de constituição e manutenção da reserva de estabilização dos desembolsos, composta pelos seguintes ativos: i) títulos públicos federais utilizados e passíveis de utilização como lastro de operações compromissadas; e ii) disponibilidades financeiras das empresas do Sistema BNDES, abrangendo os valores mantidos no País, em contas correntes e na conta de reserva bancária do BNDES no Banco Central, bem como aplicações financeiras de curto prazo. O monitoramento do fluxo de caixa do Sistema BNDES (até 90 dias) é realizado por meio do Demonstrativo de Risco de Liquidez (DRL). Este apresenta uma estimativa de ativos negociáveis e passivos exigíveis no horizonte de três meses. Essa estimativa reflete o quanto a instituição é capaz de levantar de recursos neste horizonte de tempo, de maneira a não deixar de honrar com seus compromissos. Adicionalmente, para fins gerenciais, o BNDES monitora um índice de liquidez de curto prazo e um de longo prazo, disponibilizados à Alta Administração nos Informes Mensais. O primeiro índice é apurado à semelhança do indicador Liquidity Coverage Ratio (LCR), definido pelo Comitê de Basileia, no âmbito das recomendações oriundas de Basileia III, destinado a garantir que os bancos mantenham um nível adequado de ativos livres que possam ser convertidos em espécie, de forma a arcar com as necessidades de liquidez no horizonte de até 30 dias corridos, sob um cenário severo de estresse definido pelos reguladores locais 5. O segundo é calculado de forma semelhante ao Net Stable Funding Ratio (NSFR): índice de liquidez de longo prazo, igualmente definido pelo Comitê da Basileia. Esta métrica estabelece um montante mínimo aceitável de financiamento estável, baseado nas características de liquidez dos ativos e das atividades da instituição, em 5 O LCR do BNDES, em consonância com as orientações internacionais, foi definido como a razão entre o valor do estoque de ativos de alta liquidez em condições de estresse e o total de saídas líquidas de caixa, isto é, a diferença entre o total de saídas de caixa esperado e o total das entradas de caixa esperado (de forma conservadora, tais entradas estão limitadas a, no máximo, 75% das saídas), no cenário de estresse especificado para os 30 dias subsequentes. 30

31 um horizonte de um ano. Seu valor corresponde à razão entre os passivos estáveis e os ativos ilíquidos Sistemas O BNDES dispõe de um sistema integrado de gestão de risco de mercado e liquidez, capaz de medir, monitorar, controlar a exposição ao risco de mercado, tanto para as operações incluídas na carteira de negociação quanto para as demais posições, assim como gerar relatórios tempestivos para a Diretoria da Instituição. Adicionalmente, o BNDES monitora seus riscos por meio de diversos sistemas corporativos Comunicação Objetivando a disseminação da cultura de gerenciamento de riscos e da transparência de suas atividades, a AGR disponibilizou na intranet do BNDES: notas técnicas detalhando processos e aspectos metodológicos relativos às atividades do Departamento de Gestão de Risco de Mercado, relatórios mensais de acompanhamento da evolução do risco de mercado, planilhas com as estatísticas calculadas e o relatório anual de risco de mercado. Os indicadores produzidos são analisados e inseridos no Informe de Gestão de Risco de Mercado e de Liquidez que contém informações sobre risco de juros, risco de liquidez, acompanhamento dos limites e descasamento de moedas, indicadores gerenciais de risco, indicadores regulatórios (Modelo Interno), cálculo da necessidade de capital regulamentar para risco de mercado e Índice de Basileia. Este Informe é enviado mensalmente ao CGR. O Relatório Anual, por sua vez, também levado ao CGR, analisa a evolução dos principais indicadores de risco de mercado e liquidez do BNDES com visão crítica em relação a tendências não desejadas para as variáveis de risco acompanhadas pelo Departamento Informações relativas à Carteira de Negociação A carteira de negociação é formada pelas posições proprietárias realizadas com intenção de negociação ou destinados a hedge da carteira. As tabelas seguintes apresentam o valor total da carteira de negociação por fator de risco de mercado relevante, segmentado entre posições compradas e vendidas. 6 O NSFR do BNDES, conforme as diretrizes de Basileia III, resulta da razão entre o montante de captações estáveis disponíveis (passivos estáveis) e o montante de captações estáveis necessárias (ativos ilíquidos). Os passivos estáveis correspondem aos instrumentos de financiamento via capital próprio e capital de terceiros que são considerados fontes de recursos confiáveis, em um horizonte de um ano, sob condições de estresse prolongado (inclui o capital de nível I e II do PR). Os ativos ilíquidos, por sua vez, são uma função das características de liquidez dos diversos tipos de ativos mantidos e das exposições contingentes fora do balanço. Sobre as citadas variáveis são aplicados fatores entre 0 e 1, que são utilizados para ajustar o valor dos ativos que devem ser financiados por funding estável. 31

32 R$ mil Conglomerado Financeiro Fatores de Risco MAR/14 DEZ/13 MAR/13 Comprada Vendida Comprada Vendida Comprada Vendida Prefixado Moedas Estrangeiras Cupom cambial IPCA Outros* Total Final do trimestre * Selic e CDI de Operações Compromissadas e Títulos Públicos R$ mil Consolidado Econômico-Financeiro Fatores de Risco MAR/14 DEZ/13 MAR/13 Comprada Vendida Comprada Vendida Comprada Vendida Prefixado Moedas Estrangeiras Cupom cambial IPCA Preço de Ações Outros* Total Final do trimestre * Selic e CDI de Operações Compromissadas e Títulos Públicos 3.9. Informações relativas aos Instrumentos Financeiros Derivativos A Política de Derivativos do Sistema BNDES, aprovada pela Resolução BNDES nº 1.964/10, estabelece o conjunto de princípios, ações, papéis e responsabilidades necessário à execução, acompanhamento, controle, classificação e registro das operações com instrumentos financeiros derivativos. O uso de instrumentos financeiros derivativos por parte do BNDES restringe-se ao objetivo de proteção (hedge). O montante adquirido pelo Banco em mercado é, portanto, função dos descasamentos por moedas das demais operações. Os instrumentos derivativos previstos na política de derivativos do BNDES são: (i) no ambiente BM&F: contratos de dólar futuro, swap cambial e DI futuro; e (ii) em mercado de balcão organizado, na CETIP: swaps e opções cambiais, contratos de swap pré-di e swap de juros em dólar. As tabelas seguintes apresentam o total da exposição a instrumentos financeiros derivativos por categoria de fator de risco de mercado 7, segmentadas entre posições compradas e vendidas. 7 Conforme Circular BACEN n 3.477/09, artigo 12, inciso II, parágrafo 2. 32

33 R$ mil Fatores de Risco Taxa de Juros Taxa de Câmbio Preço de Ações Preços de Mercadorias (Commodities ) Demais fatores de risco Conglomerado Financeiro Mercado MAR/14 DEZ/13 MAR/13 Comprada Vendida Comprada Vendida Comprada Vendida Bolsa Balcão Bolsa Balcão Bolsa Balcão Bolsa Balcão Bolsa Balcão R$ mil Fatores de Risco Taxa de Juros Taxa de Câmbio Preço de Ações Preços de Mercadorias (Commodities ) Demais fatores de risco Consolidado Econômico-Financeiro Mercado MAR/14 DEZ/13 MAR/13 Comprada Vendida Comprada Vendida Comprada Vendida Bolsa Balcão Bolsa Balcão Bolsa Balcão Bolsa Balcão Bolsa Balcão

34 4. RISCO OPERACIONAL De acordo com a Resolução CMN nº 3380/06, o risco operacional é definido como a possibilidade de ocorrência de perdas resultantes de falha, deficiência ou inadequação de processos internos, pessoas e sistemas, ou de eventos externos. Esta definição inclui o risco legal associado à inadequação ou deficiência em contratos firmados pela instituição, bem como a sanções em razão de descumprimento de dispositivos legais e a indenizações por danos a terceiros decorrentes das atividades desenvolvidas pela Instituição Estrutura A Estrutura de Gestão de Risco Operacional no BNDES se baseia no compartilhamento de responsabilidades entre a Alta Administração da instituição, o Subcomitê de Gestão de Risco Operacional e Controles Internos (SCGROCI), as unidades fundamentais e a unidade de gestão de risco operacional. Tendo em vista a presença do risco operacional em qualquer atividade do Banco, cabe aos gestores dos processos da instituição a responsabilidade de identificar, avaliar e gerir esse risco. Compete à unidade de gestão de risco operacional gerenciar a estrutura de gestão de risco operacional, por meio do exercício das atividades de identificação e avaliação de riscos nos processos críticos e em novos produtos, de gestão da continuidade de negócios, de monitoramento das perdas e cálculo do capital regulamentar e do processo contínuo de comunicação Objetivo As atividades de identificação e avaliação de riscos operacionais em processos críticos e em novos produtos, assim como o monitoramento das perdas da Instituição, têm como objetivo minimizar a ocorrência de perdas devido à falha, deficiência ou inadequação de processos internos, pessoas e sistemas, ou de eventos externos. O Sistema de Gestão de Continuidade de Negócios (SGCN), em fase de implementação, tem como objetivo conferir maior resiliência à Instituição frente a problemas e adversidades que representem ameaças à continuidade das suas operações Política As Políticas de Gestão de Riscos Operacionais e de Gestão da Continuidade de Negócios, alinhadas aos fundamentos estabelecidos na Resolução CMN nº 3.380/06, formam a base da estrutura e orientam a execução das atividades de gestão de risco operacional nas suas interações com as demais áreas do Banco. 34

35 A Política de Gestão de Riscos Operacionais estabelece o conjunto de princípios, ações, papéis e responsabilidades necessários à identificação, avaliação, tratamento e controle dos riscos operacionais aos quais o BNDES está exposto. A Política de Gestão da Continuidade de Negócios, por sua vez, estabelece o conjunto de princípios, diretrizes, papéis e responsabilidades necessários à Gestão da Continuidade de Negócios no BNDES, de maneira a prevenir e gerenciar interrupções, bem como assegurar o retorno das atividades à normalidade. Fazem parte das diretrizes que orientam o processo de gestão de risco operacional: O registro das informações relativas aos eventos de riscos operacionais, para que possam viabilizar as ações de identificação, análise, avaliação, tratamento e monitoramento desses riscos; e A avaliação dos riscos para determinação da modalidade de tratamento a ser aplicada, a priorização das ações, bem como a definição de indicadores para o seu monitoramento Estratégia As decisões estratégicas da instituição associadas à gestão de risco operacional estão relacionadas à seleção de processos críticos a serem avaliados e à modalidade de tratamento a ser conferida aos riscos operacionais identificados: Aceitar: decisão consciente de assumir um risco, seja pela sua baixa probabilidade de ocorrência e baixo impacto ou por situações em que a implantação de mais controles implique custo maior do que as eventuais perdas; Transferir: distribuição acordada do risco com outras partes, de forma total ou parcial; Mitigar: adoção de medidas que minimizem a probabilidade e/ou o impacto de ocorrência de um evento de risco operacional; e Eliminar: adoção de medidas que impliquem a exclusão de determinado risco, podendo envolver a mudança, suspensão ou término de uma atividade Processos Identificação e Avaliação de Riscos nos Processos Compete ao Departamento de Gestão de Risco Operacional o papel de auxiliar os gestores de processos, provendo o ferramental necessário para a avaliação e gestão dos riscos pelos mesmos. A atividade consiste na captura dos riscos em conjunto com os gestores, por meio de utilização de metodologia que conta com reuniões de brainstorming para identificação dos riscos, análise considerando a medição de 35

36 probabilidade e impacto do risco e proposição de tratamento mais apropriado. Novos produtos e serviços também contam com a avaliação de riscos operacionais, realizada com base em reuniões com os agentes envolvidos com o novo produto/serviço. A identificação e avaliação de riscos operacionais podem ser realizadas por iniciativa da Área de Gestão de Riscos, por demanda de gestor de processo, por indicação da Alta Administração do BNDES, ou a partir da identificação de perda operacional Gestão da Continuidade de Negócios O BNDES vem concentrando esforços na implementação de um Sistema de Gestão de Continuidade de Negócios (SGCN) na Instituição, baseando-se nas melhores práticas de mercado e na norma ABNT NBR O SGCN deve ser capaz de identificar quais são os processos críticos do BNDES e seus requerimentos de negócio por meio da análise de impacto nos negócios e, para esses processos, deve construir planos de continuidade de negócios. Adicionalmente, serão desenvolvidos os planos de gerenciamento de incidentes e de recuperação de negócios. Todos os planos serão objeto de testes periódicos, bem como sofrerão atualizações, de modo a permitir sua aplicabilidade no caso de contingência real Monitoramento das Perdas e Capital Regulamentar O BNDES concluiu o processo de estruturação da base de dados de perdas internas, que é atualizada mensalmente. Esta base será fundamental para apuração do risco operacional de suas atividades de forma mais precisa; e para atuação mais eficaz em estratégias de mitigação ou eliminação de risco. O cálculo da parcela do capital regulamentar relativa ao risco operacional (RWAopad) é atualmente realizado com base no método do indicador básico, previsto na Circular BACEN nº 3.640/13 que entrou em vigor em outubro de Cabe destacar que o atual normativo estabeleceu novos procedimentos para cálculo referente à parcela de risco operacional modificando a fórmula das abordagens padronizada e excluindo a fórmula adicional para consolidados econômico-financeiros. Maiores informações sobre a parcela RWA opad estão na seção 5, denominada Gerenciamento de Capital, deste documento. Paralelamente, o BNDES tem realizado esforços para desenvolver modelo interno para cômputo de risco operacional (Abordagem de Mensuração Avançada AMA) Sistemas Encontram-se em fase de implementação, no âmbito do projeto AGIR (Projeto Ação para Gestão Integrada de Recursos), as ferramentas que apoiarão as atividades da unidade de gestão de risco operacional. A atividade de identificação e avaliação de riscos já conta com a ferramenta Risk Manager, da SAP, implementada em janeiro de 36

37 2013. As atividades relativas ao sistema de gestão de continuidade de negócios e a realização dos cálculos estatísticos do modelo interno de risco operacional deverão contar com suas respectivas ferramentas ainda em Comunicação A atividade de comunicação compreende a geração de informações para os públicos externo e interno. Além do atendimento a demandas externas, provenientes do regulador e dos demais órgãos de controle externo, os resultados das avaliações e as propostas para o tratamento dos riscos identificados são encaminhados à consideração do Subcomitê de Gestão de Riscos Operacionais e de Controles Internos. As recomendações do Subcomitê quanto ao tratamento dos riscos são, posteriormente, direcionadas às unidades responsáveis, e o seu cumprimento é monitorado pelo Departamento de Gestão de Risco Operacional. Adicionalmente, são realizadas diversas iniciativas de fomento à cultura interna de gestão de riscos operacionais. Na intranet do BNDES, disponível ao público interno, existe um portal onde estão consolidadas informações referentes à Gestão de Riscos. Também está disponível um endereço eletrônico para relato de eventos e quaisquer outras formas de interação com a unidade de gestão de risco operacional. Ademais, consta do programa de capacitação de novos funcionários módulo específico sobre o tema, que vem sendo regularmente ministrado aos novos empregados. 37

38 5. GERENCIAMENTO DE CAPITAL A partir de outubro de 2013, iniciou-se o processo de implantação no Brasil das novas recomendações do Comitê de Supervisão Bancária de Basileia, conhecidas como Basileia III. Os novos normativos emanados pelo regulador brasileiro trouxeram diversas mudanças, entre as quais se destacam: Alteração na metodologia de apuração do Patrimônio de Referência (PR), que passou a incluir, entre outras mudanças, uma nova categorização, desmembrando o capital de Nível I em Capital Principal e Capital Complementar, nos termos da Resolução CMN n 4.192/2013, que revogou a Resolução CMN n 3.444/07; Mudanças na forma de cálculo do Patrimônio de Referência Exigido (PRE) agora denominado de Risk Weighted Assets (RWA), nos termos da Resolução CMN n 4.193/13 o que inclui alterações na parcela de risco de crédito e a mudança de escala (divisão por fator igual a 0,11) nas parcelas de risco de mercado e operacional para alinhamento com o padrão internacional. O quadro abaixo mostra o comparativo entre os conceitos de Basileia II (PRE) e Basileia III (RWA): Para a parcela de risco de crédito, o Banco Central introduziu a Circular 3.644/13, que revogou a Circular 3.360/07. O novo normativo não contempla a aplicação do Fator F de 11%, vedou a utilização de mitigadores de risco de crédito que possuem prazo e moeda descasados das operações a que se vinculam, incluiu a possibilidade de utilização de um novo tipo de mitigador (FPE e FPM Fundo de Participação dos Estados/Distrito Federal e Municípios, respectivamente), limitou a janela de utilização dos saldos a liberar para os próximos 360 dias e incluiu o cálculo do CVA (Credit Valuation Adjustment); Estabelecimento dos chamados requerimentos mínimos de capital, nos termos da Resolução CMN n 4.193/13, que correspondem a percentuais mínimos de capital que cada instituição deve manter em relação ao RWA: (i) 38

39 Requerimento Mínimo de PR; (ii) Requerimento Mínimo de Capital Principal; (iii) Requerimento Mínimo de Capital de Nível I; e (iv) Adicional de Capital Principal, conforme artigo 8 da Resolução CMN n 4.193/13, que elevará o valor das parcelas citadas anteriormente em patamar dentro de um intervalo estabelecido pelo Banco Central do Brasil. Tais requerimentos mínimos variam ao longo do tempo, conforme exposto na tabela abaixo: Requerimentos de Capital (mínimo + adicional) Capital Principal (mínimo + adicional) 4,50% 4,50% 4,50% 5,125% a 5,75% 5,75% a 7,0% 6,375% a 8,25% 7,0% a 9,5% Nível 1 (mínimo + adicional) 5,50% 5,50% 6,00% 6,625% a 7,25% 7,25% a 8,5% 7,875% a 9,75% 8,5% a 11,00% PR (Índice de Basileia) (mínimo + adicional) 11,00% 11,00% 11,00% 10,5% a 11,125% 10,5% a 11,75% 10,5% a 12,375% 10,5% a 13,0% 5.1. Informações relativas ao Patrimônio de Referência (PR) Segundo a Resolução CMN nº 4.192/13, que revogou a Resolução CMN nº 3.444/07, o PR consiste no somatório dos Capitais de Nível I e Nível II. O quadro abaixo contém um resumo das formas de apuração do PR conforme os normativos de Basileia II e Basileia III: Resolução CMN nº 3.444/07 Resolução CMN nº 4.192/13 Capital de Nível I Capital de Nível I + + Capital Principal Capital Complementar Patrimônio de Referência (PR) Capital de Nível II - Capital Nível II Deduções O Capital de Nível I é formado pelo somatório do Capital Principal e do Capital Complementar. De acordo com o artigo 4º da Resolução CMN nº 4.192/13, o Capital Principal é apurado mediante o somatório e/ou deduções dos seguintes valores: 39

40 (+) capital social; (+) reservas de capital, de reavaliação e de lucros; (+/-) ganhos/perdas não realizados decorrentes dos ajustes de avaliação patrimonial; (+/-) lucros/prejuízos acumulados; (+) contas de resultado credoras; (-) contas de resultado devedoras; (+) depósito em conta vinculada para suprir deficiência de capital; (+/-) saldo do ajuste positivo/negativo ao valor de mercado dos instrumentos financeiros derivativos utilizados para hedge de fluxo de caixa; e (-) ações ou quaisquer outros instrumentos de emissão própria, autorizados a compor o Capital Principal; e (-) ajustes prudenciais. No BNDES, o Capital Complementar é composto dos Instrumentos Híbridos de Capital e Dívida autorizados a integrar o Capital de Nível I. E o Capital de Nível II é composto da Dívida Subordinada da Instituição, conforme definido no artigo 7º da Resolução CMN nº 4.192/13. As mudanças introduzidas pelos novos normativos relacionados à implantação de Basileia III no Brasil dificultam a comparação das informações entre as posições de 31/03/2014, 31/12/2013 e 31/03/2013, principalmente às referentes ao Patrimônio de Referência (PR). Dessa forma, optou-se por divulgar as informações dessas datas-bases separadamente: Conglomerado Financeiro R$ mil Consolidado Econômico-Financeiro MAR/13 MAR/13 PATRIMÔNIO DE REFERÊNCIA PATRIMÔNIO DE REFERÊNCIA NÍVEL I Patrimônio Líquido Instrumentos Híbridos de Capital e Dívida Habilitados a Integrar o Nível I do PR (-) Créditos Tributários Excluídos do Nível I do PR (-)Ativo Permanente Diferido - - (-) Ajuste ao Valor de Mercado - TVM e Instrumentos Financeiros Derivativos Elementos patrimoniais que podem integrar o Nível I do PR - - mediante autorização do Banco Central PATRIMÔNIO DE REFERÊNCIA NÍVEL II Instrumentos Híbridos de Capital e Dívida Habilitados a Integrar o Nível II do PR Instrumentos de Dívida Subordinada Ajuste ao Valor de Mercado - TVM e Instrumentos Financeiros Derivativos (-) DEDUÇÕES DO PR (-) Ações Emitidas por Instituições Financeiras e Demais Instituições Autorizadas a Funcionar pelo Banco Central do Brasil

41 Após a implementação dos novos normativos, o Patrimônio de Referência passou a ser calculado da seguinte forma: No período compreendido entre 31 de março de 2013 e 31 de março de 2014, o Patrimônio de Referência do Consolidado Econômico-Financeiro aumentou em R$ 13,3 bilhões. Essa variação foi ocasionada, principalmente, pela entrada de Instrumentos Elegíveis ao Capital Principal de R$ 15,0 bilhões, e pela modificação ocorrida na metodologia de cálculo. A seguir são apresentadas algumas informações adicionais a respeito dos Instrumentos Híbridos de Capital e Dívida e dos Instrumentos de Dívida Subordinada, que representam respectivamente o Capital Complementar e o Capital de Nível II (NII) do PR Instrumentos Elegíveis ao Capital Principal Para que um instrumento seja elegível ao Capital Principal, este deve atender aos requisitos determinados no art. 16 da Resolução CMN 4.192/13, dentre os quais destacam-se os seguintes: (i) ter a sua liquidação subordinada ao pagamento dos demais passivos, na hipótese de dissolução da instituição emissora; (ii) prever a perpetuidade do principal, a ser liquidado apenas em situações de dissolução da instituição emissora ou de recompras autorizadas pelo Banco Central do Brasil; (iii) não apresentar cláusulas contratuais que conduzam à expectativa de recompra, resgate ou cancelamento; (iv) não prever a obrigatoriedade de remuneração; (v) estabelecer sua imediata utilização na compensação de prejuízos apurados pela instituição emissora quando esgotados os lucros acumulados, as reservas de lucros e as reservas de capital. Além disso, devem: (vii) ser integralizados em espécie; (vii) prever o resgate ou recompra apenas pelo emissor, condicionado à autorização do Banco Central do Brasil; e (viii) ser adquiridos pela União. 41

RELATÓRIO DE GERENCIAMENTO DE RISCOS CONGLOMERADO FINANCEIRO PETRA 1º Tri 2014 gr

RELATÓRIO DE GERENCIAMENTO DE RISCOS CONGLOMERADO FINANCEIRO PETRA 1º Tri 2014 gr 1. Introdução 2. Áreas de Atuação 3. Estrutura de Gerenciamento de Riscos 4. Apetite ao Risco 5. Informações Qualitativas 5.1 Risco de Crédito 5.2 Risco de Mercado 5.3 Risco de Liquidez 5.4 Risco Operacional

Leia mais

4º Trimestre 2013 1 / 15

4º Trimestre 2013 1 / 15 Divulgação das informações de Gestão de Riscos, Patrimônio de Referência Exigido e Adequação do Patrimônio de Referência. (Circular BACEN nº 3.477/2009) 4º Trimestre 2013 Relatório aprovado na reunião

Leia mais

Relatório de Gerenciamento de Riscos

Relatório de Gerenciamento de Riscos Relatório de Gerenciamento de Riscos Estrutura de Gerenciamento de Capital Informações Adicionais e Dados Quantitativos Banco Mizuho do Brasil SA. 29/05/2014 1 Estrutura de Gerenciamento de Capital 1.

Leia mais

Relatório da Estrutura de Gerenciamento Centralizado de Riscos e de Capital do Sistema de Cooperativas de Crédito do Brasil (Sicoob) Ano 2013

Relatório da Estrutura de Gerenciamento Centralizado de Riscos e de Capital do Sistema de Cooperativas de Crédito do Brasil (Sicoob) Ano 2013 1/9 Relatório da Estrutura de Gerenciamento Centralizado de Riscos e de Capital do Sistema de Cooperativas de Crédito do Brasil (Sicoob) Ano 2013 I Apresentação 1. Aprimorando a harmonização, a integração

Leia mais

ESTRUTURA E GERENCIAMENTO DE RISCOS NO BRDE

ESTRUTURA E GERENCIAMENTO DE RISCOS NO BRDE ESTRUTURA E GERENCIAMENTO DE RISCOS NO BRDE JULHO/2014 1. Objetivos O gerenciamento de riscos no BRDE tem como objetivo mapear os eventos de riscos, sejam de natureza interna ou externa, que possam afetar

Leia mais

Relatório de Gerenciamento de Riscos

Relatório de Gerenciamento de Riscos Relatório de Gerenciamento de Riscos Estrutura de Gerenciamento de Capital Informações Adicionais e Dados Quantitativos Agosto/2013 1 Estrutura de Gerenciamento de Capital 1. Comitê de Gestão do Capital

Leia mais

Relatório da Estrutura de Gerenciamento Centralizado de Riscos e de Capital do Sistema de Cooperativas de Crédito do Brasil (Sicoob) Ano 2015

Relatório da Estrutura de Gerenciamento Centralizado de Riscos e de Capital do Sistema de Cooperativas de Crédito do Brasil (Sicoob) Ano 2015 1/9 Relatório da Estrutura de Gerenciamento Centralizado de Riscos e de Capital do Sistema de Cooperativas de Crédito do Brasil (Sicoob) Ano 2015 I Apresentação 1. Aprimorando a harmonização, a integração

Leia mais

Gerenciamento de Riscos Pilar 3

Gerenciamento de Riscos Pilar 3 Gerenciamento de Riscos Pilar 3 4º Trimestre de 2014 ÍNDICE I - INTRODUÇÃO 3 II OBJETIVO 3 III PERFIL CORPORATIVO 3 IV GOVERNANÇA CORPORATIVA 4 V RISCO DE CRÉDITO 4 VI RISCO DE MERCADO 5 VII RISCO DE LIQUIDEZ

Leia mais

GESTÃO DE RISCOS DAS EMPRESAS FINANCEIRAS SCHAHIN

GESTÃO DE RISCOS DAS EMPRESAS FINANCEIRAS SCHAHIN GESTÃO DE RISCOS DAS EMPRESAS FINANCEIRAS SCHAHIN 1. Gerenciamento de Riscos Gerenciamento de Riscos no Banco Schahin S.A. é o processo onde: - São identificados os riscos existentes e potenciais de uma

Leia mais

Relatório de Gestão de Riscos

Relatório de Gestão de Riscos Relatório de Gestão de Riscos 3 Trimestre de 2014 Sumário INTRODUÇÃO... 3 1. ESTRUTURA E GOVERNANÇA DE GESTÃO DE RISCOS... 5 2. RISCO DE CRÉDITO... 9 2.1. Estrutura... 9 2.2. Objetivo... 10 2.3. Política...

Leia mais

Relatório de Gerenciamento de Riscos (Pilar lll)

Relatório de Gerenciamento de Riscos (Pilar lll) Relatório de Gerenciamento de Riscos (Pilar lll) Índice Introdução... 3 Estrutura de Gerenciamento de Riscos... 3 Informações Qualitativas... 4 Risco de Crédito... 4 Risco de Mercado... 5 Risco de Liquidez...

Leia mais

Gerenciamento de Riscos e Gestão do Capital

Gerenciamento de Riscos e Gestão do Capital RISKS Gerenciamento de Riscos e Gestão do Capital 1º Trimestre 2014 Documento de uso interno RISKS Sumário Introdução... 3 1. Sobre o Gerenciamento de Riscos... 4 2. Patrimônio de Referência... 7 3. Ativos

Leia mais

Gerenciamento de Riscos Pilar 3

Gerenciamento de Riscos Pilar 3 Gerenciamento de Riscos Pilar 3 3º Trimestre de 2014 ÍNDICE I - INTRODUÇÃO 3 II OBJETIVO 3 III PERFIL CORPORATIVO 3 IV GOVERNANÇA CORPORATIVA 4 V RISCO DE CRÉDITO 4 VI RISCO DE MERCADO 5 VII RISCO DE LIQUIDEZ

Leia mais

RELATÓRIO DE GERENCIAMENTO

RELATÓRIO DE GERENCIAMENTO RELATÓRIO DE GERENCIAMENTO DE RISCOS E DE CAPITAL Pilar 3 Basileia DATA-BASE: 31/03/2015 (1T2015) Sumário Introdução... 3 Principais Categorias de Risco... 3 Estrutura de Gerenciamento de Riscos e de Capital...

Leia mais

POLÍTICA DE GESTÃO DE RISCOS DOS FUNDOS DE INVESTIMENTO Vigência: 30/06/2016

POLÍTICA DE GESTÃO DE RISCOS DOS FUNDOS DE INVESTIMENTO Vigência: 30/06/2016 POLÍTICA DE GESTÃO DE RISCOS DOS FUNDOS DE INVESTIMENTO Vigência: 30/06/2016 Propriedade de Banco do Nordeste do Brasil S.A. Proibida a reprodução total ou parcial sem prévia autorização. I. ESCOPO 1.

Leia mais

GESTÃO DE RISCO 1 TRIMESTRE 2014

GESTÃO DE RISCO 1 TRIMESTRE 2014 Relatório de Risco - 2011 GESTÃO DE RISCO 1 TRIMESTRE 2014 Parte 2: Tabelas com as exposições a risco de crédito, mercado, liquidez e operacional em atendimento à circular n o 3477 do Banco Central do

Leia mais

Banco Volvo (Brasil) S.A. Relatório de Gerenciamento de Risco

Banco Volvo (Brasil) S.A. Relatório de Gerenciamento de Risco Banco Volvo (Brasil) S.A. Relatório de Gerenciamento de Risco Data-base: 30.06.2015 Relatório de Gerenciamento de Riscos 1 Objetivo... 3 2 Gerenciamento de Riscos... 3 2.1 Política de Riscos... 3 2.2 Processo

Leia mais

Objetivo. Introdução. Gestão de Riscos

Objetivo. Introdução. Gestão de Riscos Objetivo As instituições financeiras estão expostas a riscos inerentes ao desenvolvimento de seus negócios e operações. A gestão e o controle de tais riscos constituem aspectos centrais da administração

Leia mais

3. ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DE GERENCIAMENTO DE CAPITAL...7

3. ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DE GERENCIAMENTO DE CAPITAL...7 GERENCIAMENTO DE CAPITAL 2 ÍNDICE: 1. INTRODUÇÃO...3 1.1. BANCO BM&F...3 1.2. BASILÉIA...4 2. ESTRUTURA DE...5 3. ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DE...7 3.1. ORGANOGRAMA...7 3.2. RESPONSABILIDADES...8 3.2.1....8

Leia mais

ESTRUTURA DE GERENCIAMENTO DO RISCO OPERACIONAL PAPÉIS E RESPONSABILIDADES

ESTRUTURA DE GERENCIAMENTO DO RISCO OPERACIONAL PAPÉIS E RESPONSABILIDADES ESTRUTURA DE GERENCIAMENTO DO RISCO OPERACIONAL O Conglomerado Prudencial Safra SAFRA, de acordo com as melhores práticas de mercado e integral atendimento à regulamentação, implementou a sua Estrutura

Leia mais

RELATÓRIO DE COMPLIANCE E GERENCIAMENTO DE RISCO

RELATÓRIO DE COMPLIANCE E GERENCIAMENTO DE RISCO RELATÓRIO DE COMPLIANCE E GERENCIAMENTO DE RISCO DEZEMBRO/2011 Contexto Operacional A Agiplan Financeira S.A. Crédito, Financiamento e Investimento ( Agiplan ) é uma instituição financeira privada, com

Leia mais

Gestão de Riscos Circular 3.477/2009

Gestão de Riscos Circular 3.477/2009 Gestão de Riscos Circular 3.477/2009 1 Trimestre de 2012 ÍNDICE 1 INTRODUÇÃO... 3 2 PERFIL DO BANCO... 3 3 RESUMO DA ESTRUTURA DE GESTÃO DE RISCOS... 3 4 RISCO DE CRÉDITO... 3 5 RISCO DE MERCADO... 8 6

Leia mais

Descrição da Estrutura de Gerenciamento 2015. - Risco de Crédito -

Descrição da Estrutura de Gerenciamento 2015. - Risco de Crédito - Descrição da Estrutura de Gerenciamento 2015 - Risco de Crédito - Sumário: 1. Introdução:... 3 2. Abrangência:... 3 3. Sistemas, Rotinas e Procedimentos:... 4 4. Estrutura de Gerenciamento do Risco de

Leia mais

Política de Gerenciamento de Risco de Crédito, Mercado e Operacional

Política de Gerenciamento de Risco de Crédito, Mercado e Operacional Crédito, Mercado e em: 30/12/2015 Política de Gerenciamento de Risco de Processos Página 2 de 9 SUMÁRIO 1- Definição... 3 2- Projeções de Perdas... 4 3- Classificação e Mitigação do Risco... 5 4- Estrutura...

Leia mais

Relatório de Gerenciamento de Riscos. Banco Rodobens. 2º Trimestre 2015

Relatório de Gerenciamento de Riscos. Banco Rodobens. 2º Trimestre 2015 Relatório de Gerenciamento de Riscos Banco Rodobens 2º Trimestre 2015 INTRODUÇÃO O presente Relatório tem por objetivo apresentar as informações do Banco Rodobens para atendimento aos requerimentos do

Leia mais

Relatório de Gerenciamento de Riscos. Banco Rodobens. 1º Trimestre 2015

Relatório de Gerenciamento de Riscos. Banco Rodobens. 1º Trimestre 2015 Relatório de Gerenciamento de Riscos Banco Rodobens 1º Trimestre 2015 INTRODUÇÃO O presente Relatório tem por objetivo apresentar as informações do Banco Rodobens para atendimento aos requerimentos do

Leia mais

DIVULGAÇÃO DAS INFORMAÇÕES DE GESTÃO DE RISCO E PATRIMÔNIO EXIGIDO CIRCULAR 3.477

DIVULGAÇÃO DAS INFORMAÇÕES DE GESTÃO DE RISCO E PATRIMÔNIO EXIGIDO CIRCULAR 3.477 DIVULGAÇÃO DAS INFORMAÇÕES DE GESTÃO DE RISCO E PATRIMÔNIO EXIGIDO CIRCULAR 3.477 Banco John Deere S.A Data de Referência: Março/2012 1/14 Sumário 1. Gestão de Riscos Aspectos Qualitativos... 3 1.1. Estrutura

Leia mais

Relatório de Gestão de Riscos - Circular 3477/2009 Dez/12. Aspectos Qualitativos

Relatório de Gestão de Riscos - Circular 3477/2009 Dez/12. Aspectos Qualitativos 1 Relatório de Gestão de Riscos - Circular 3477/2009 Dez/12 Aspectos Qualitativos I - Introdução O objetivo deste relatório é divulgar informações referentes à gestão de risco, ao Patrimônio de Referência

Leia mais

RELATÓRIO DE GESTÃO DE RISCOS E PATRIMÔNIO DE REFERÊNCIA

RELATÓRIO DE GESTÃO DE RISCOS E PATRIMÔNIO DE REFERÊNCIA DENOMINAÇÃO Gestão de Riscos e de Patrimônio de Referência Circular 3.477/99 ÁREA EMITENTE Data Base Gestão de Riscos 30/09/01 RELATÓRIO DE GESTÃO DE RISCOS E PATRIMÔNIO DE REFERÊNCIA 1. Introdução Em

Leia mais

ESTRUTURA DE GERENCIAMENTO DE RISCO DE LIQUIDEZ. 1 ) Introdução

ESTRUTURA DE GERENCIAMENTO DE RISCO DE LIQUIDEZ. 1 ) Introdução 1 ESTRUTURA DE GERENCIAMENTO DE RISCO DE LIQUIDEZ 1 ) Introdução A Diretoria Executiva da Grazziotin Financeira, em atendimento à Resolução CMN 4.090 de maio/2012 implementou sua estrutura de Gerenciamento

Leia mais

Política de Gestão de Risco Financeiro

Política de Gestão de Risco Financeiro Política de Gestão de Risco Financeiro Índice Introdução... 2 Objetivos... 2 Atribuições... 3 Descrição dos riscos financeiros... 4 Exposição às flutuações das taxas de juros... 4 Exposição às variações

Leia mais

O Banco Central do Brasil em 29/06/2006 editou a Resolução 3380, com vista a implementação da Estrutura de Gerenciamento do Risco Operacional.

O Banco Central do Brasil em 29/06/2006 editou a Resolução 3380, com vista a implementação da Estrutura de Gerenciamento do Risco Operacional. 1 POLÍTICA DE GERENCIAMENTO DO RISCO OPERACIONAL 1.1 Introdução O Banco Central do Brasil em 29/06/2006 editou a Resolução 3380, com vista a implementação da Estrutura de Gerenciamento do Risco Operacional.

Leia mais

Estrutura de Gerenciamento de Risco De Crédito

Estrutura de Gerenciamento de Risco De Crédito Estrutura de Gerenciamento de Risco De Crédito 1. DEFINIÇÃO E TIPOS DE RISCO DE CRÉDITO A Resolução nº 3.721/09, do Conselho Monetário Nacional, definiu Risco de Crédito como a possibilidade de ocorrência

Leia mais

Gestão de Riscos Circular 3.477/2009

Gestão de Riscos Circular 3.477/2009 Gestão de Riscos Circular 3.477/2009 4 Trimestre de 2013 ÍNDICE 1 INTRODUÇÃO... 3 2 PERFIL DO BANCO... 3 3 RESUMO DA ESTRUTURA DE GESTÃO DE RISCOS... 3 4 RISCO DE CRÉDITO... 3 4.1 Definição... 3 4.2 Gestão

Leia mais

RELATÓRIO DE GESTÃO DE RISCOS E GERENCIAMENTO DE CAPITAL

RELATÓRIO DE GESTÃO DE RISCOS E GERENCIAMENTO DE CAPITAL RELATÓRIO DE GESTÃO DE RISCOS E GERENCIAMENTO DE CAPITAL 3º Trimestre 2015 RELATÓRIO DE GESTÃO DE RISCOS E GERENCIAMENTO DE CAPITAL 1. INTRODUÇÃO 2. ESTRUTURA DE GESTÃO DE RISCOS 3. GERENCIAMENTO DE CAPITAL

Leia mais

(iii) Ofereçam opção de resgate nos próximos 30 dias (Art. 14, 2º);

(iii) Ofereçam opção de resgate nos próximos 30 dias (Art. 14, 2º); ANEXO 1 GLOSSÁRIO: CONCEITOS E DEFINIÇÕES Captações de atacado não colateralizadas são os depósitos, as emissões próprias de instrumentos financeiros e as operações compromissadas lastreadas por títulos

Leia mais

Relatório de Gerenciamento de Riscos. Informações Adicionais e. Dados Quantitativos

Relatório de Gerenciamento de Riscos. Informações Adicionais e. Dados Quantitativos Relatório de Gerenciamento de Riscos Informações Adicionais e Dados Quantitativos Avaliação da adequação do Patrimônio de Referência (PR) face à estrutura e contexto operacional O processo de monitoramento

Leia mais

COOPERATIVA DE ECONOMIA E CRÉDITO MÚTUO ALIANÇA COOPERNITRO C.N.P.J. n.º 52.935.442/0001-23

COOPERATIVA DE ECONOMIA E CRÉDITO MÚTUO ALIANÇA COOPERNITRO C.N.P.J. n.º 52.935.442/0001-23 COOPERATIVA DE ECONOMIA E CRÉDITO MÚTUO ALIANÇA COOPERNITRO C.N.P.J. n.º 52.935.442/0001-23 ATIVO BALANÇOS PATRIMONIAIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 E 2010 (Em Milhares de Reais) CIRCULANTE 2.239 2.629 DISPONIBILIDADES

Leia mais

Gerenciamento de Riscos

Gerenciamento de Riscos Gerenciamento de Riscos 30 de dezembro 2011 Informações Referentes ao Gerenciamento de Riscos, Patrimônio de Referência e Patrimônio de Referência Exigido 1. Considerações Iniciais 1.1. Todas as condições

Leia mais

CNPJ 05.086.234/0001-17 PERIODICIDADE MÍNIMA PARA DIVULGAÇÃO DA CARTEIRA DO FUNDO

CNPJ 05.086.234/0001-17 PERIODICIDADE MÍNIMA PARA DIVULGAÇÃO DA CARTEIRA DO FUNDO BRB FUNDO DE INVESTIMENTO EM COTAS DE FUNDOS DE INVESTIMENTO EM RENDA FIXA DI LONGO PRAZO 500 FORMULÁRIO DE INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES Competência: 19/01/2016 CNPJ 05.086.234/0001-17 PERIODICIDADE MÍNIMA

Leia mais

Gestão de Riscos. Banco Rabobank International Brasil S.A.

Gestão de Riscos. Banco Rabobank International Brasil S.A. Gestão de Riscos Banco Rabobank International Brasil S.A. 2010 Conteúdo Introdução 2 Perfil do Banco 2 Princípios da Gestão de Riscos 2 Tipos de Riscos 3 Gerenciamento de Riscos 3 Risco de Crédito 4 Risco

Leia mais

Relatório de Gestão de Riscos

Relatório de Gestão de Riscos Relatório de Gestão de Riscos 1º TRIMESTRE 2015 SUMÁRIO 1. Introdução... 2 1.1. Apresentação... 2 2. Aspectos Qualitativos da Estrutura de Gestão de Riscos... 2 2.1. Gestão Integrada de Riscos... 2 2.1.1.

Leia mais

POLÍTICA DE RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL

POLÍTICA DE RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL POLÍTICA DE RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL Versão 2015.2 Editada em julho de 2015 SUMÁRIO 1. Objetivo da Política...3 2. Abrangência...3 3. Princípios...3 4. Das Diretrizes Estratégicas...4 5. Da Estrutura

Leia mais

-CAPÍTULO I ESTRUTURA DE GERENCIAMENTO DE RISCO

-CAPÍTULO I ESTRUTURA DE GERENCIAMENTO DE RISCO -CAPÍTULO I ESTRUTURA DE GERENCIAMENTO DE RISCO 1. Sistema Sicoob A Estrutura de Gerenciamento do Risco Operacional abaixo visa dar conformidade ao que dispõe a Resolução n 3.380/2006, do Conselho Monetário

Leia mais

Gestão de Riscos e PRE Banco Mercedes-Benz do Brasil S.A. Base: Set/2011 a Dez/2012

Gestão de Riscos e PRE Banco Mercedes-Benz do Brasil S.A. Base: Set/2011 a Dez/2012 Gestão de Riscos e PRE Banco Mercedes-Benz do Brasil S.A. Base: Set/2011 a Dez/2012 Índice Introdução e Perfil 3 Crédito Política de Risco de Crédito 4 Exposição, exposição média e maiores clientes 6 Distribuição

Leia mais

Política de Gerenciamento de Risco Operacional

Política de Gerenciamento de Risco Operacional Política de Gerenciamento de Risco Operacional Departamento Controles Internos e Compliance Fevereiro/2011 Versão 4.0 Conteúdo 1. Introdução... 3 2. Definição de Risco Operacional... 3 3. Estrutura de

Leia mais

PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES SEM RESSALVA

PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES SEM RESSALVA PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES SEM RESSALVA Aos administradores, conselheiros e participantes Fundo de Pensão Multipatrocinado da Ordem dos Advogados do Brasil, Seção do Paraná e da Caixa de Assistência

Leia mais

Gestão de Riscos Circular 3.477/2009. 3 Trimestre de 2013 ÍNDICE

Gestão de Riscos Circular 3.477/2009. 3 Trimestre de 2013 ÍNDICE Gestão de Riscos Circular 3.477/2009 3 Trimestre de 2013 ÍNDICE 1 INTRODUÇÃO... 3 2 PERFIL DO BANCO... 3 3 RESUMO DA ESTRUTURA DE GESTÃO DE RISCOS... 3 4 RISCO DE CRÉDITO... 3 4.1 Definição... 3 4.2 Gestão

Leia mais

Gestão de Riscos Circular 3.477/2009

Gestão de Riscos Circular 3.477/2009 Gestão de Riscos Circular 3.477/2009 1 Trimestre de 2013 ÍNDICE 1 INTRODUÇÃO... 3 2 PERFIL DO BANCO... 3 3 RESUMO DA ESTRUTURA DE GESTÃO DE RISCOS... 3 4 RISCO DE CRÉDITO... 3 4.1 Definição... 3 4.2 Gestão

Leia mais

FORMULÁRIO DE INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES

FORMULÁRIO DE INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES FORMULÁRIO DE INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES FUNDO DE INVESTIMENTO EM AÇÕES CAIXA VALE DO RIO DOCE Data de Competência: 27/01/2016 1. CNPJ 04.885.820/0001-69 2. PERIODICIDADE MÍNIMA PARA DIVULGAÇÃO DA COMPOSIÇÃO

Leia mais

Relatório de Gerenciamento de Riscos. Informações Adicionais e. Dados Quantitativos

Relatório de Gerenciamento de Riscos. Informações Adicionais e. Dados Quantitativos Relatório de Gerenciamento de Riscos Informações Adicionais e Dados Quantitativos Avaliação da adequação do Patrimônio de Referência (PR) face à estrutura e contexto operacional O processo de monitoramento

Leia mais

CONSTITUIÇÃO FEDERAL 1988

CONSTITUIÇÃO FEDERAL 1988 MINISTÉRIO DA PREVIDÊNCIA SOCIAL MPS SECRETARIA DE POLÍTICAS DE PREVIDÊNCIA SOCIAL SPPS DEPARTAMENTO DOS REGIMES DE PREVIDÊNCIA NO SERVIÇO PÚBLICO DRPSP COORDENAÇÃO-GERAL DE AUDITORIA, ATUÁRIA, CONTABILIDADE

Leia mais

POLÍTICA DE GESTÃO DE RISCOS

POLÍTICA DE GESTÃO DE RISCOS POLÍTICA DE GESTÃO DE RISCOS 1. OBJETIVO A gestão de risco para a NexFuel é uma ferramenta pela qual são analisados e monitorados os riscos estratégicos, operacionais e financeiros bem como aqueles atrelados

Leia mais

Última atualização em: 23/4/2014 Resolução Sicoob Confederação 080. 1ª edição em 14/6/2012 Resolução Sicoob Confederação 031 1/5

Última atualização em: 23/4/2014 Resolução Sicoob Confederação 080. 1ª edição em 14/6/2012 Resolução Sicoob Confederação 031 1/5 1. Esta Política Institucional de Gerenciamento de Capital: a) é elaborada por proposta da área de Controles Internos e Riscos da Confederação Nacional das Cooperativas do Sicoob Sicoob Confederação; b)

Leia mais

NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DO EXERCICIO DE 2013 (Valores expressos em R$ mil)

NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DO EXERCICIO DE 2013 (Valores expressos em R$ mil) COOPERATIVA CENTRAL DE CRÉDITO URBANO - CECRED CNPJ: 05.463.212/0001-29 Rua Frei Estanislau Schaette, 1201 - B. Água Verde - Blumenau/SC NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DO EXERCICIO DE

Leia mais

Associação Matogrossense dos Municípios

Associação Matogrossense dos Municípios RESOLUÇÃO N.º 004/2010 Dispõe sobre a produção de normas e procedimentos para realização de auditorias internas e inspeções na Associação Matogrossense dos Municípios - AMM. A Presidência da Associação

Leia mais

Relatório de Gerenciamento de Riscos. Pilar 3. Dezembro de 2014 Banco Cooperativo Sicredi

Relatório de Gerenciamento de Riscos. Pilar 3. Dezembro de 2014 Banco Cooperativo Sicredi Relatório de Gerenciamento de Riscos Pilar 3 Dezembro de 2014 Banco Cooperativo Sicredi Sumário 1. Objetivo... 3 2. Estrutura Organizacional... 3 3. Gerenciamento de Riscos... 5 4. Gerenciamento de Capital...

Leia mais

FORMULÁRIO DE INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES FUNDO DE INVESTIMENTO CAIXA BRASIL IDkA IPCA 2A TÍTULOS PÚBLICOS RENDA FIXA LONGO PRAZO

FORMULÁRIO DE INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES FUNDO DE INVESTIMENTO CAIXA BRASIL IDkA IPCA 2A TÍTULOS PÚBLICOS RENDA FIXA LONGO PRAZO FORMULÁRIO DE INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES FUNDO DE INVESTIMENTO CAIXA BRASIL IDkA IPCA 2A TÍTULOS PÚBLICOS RENDA FIXA LONGO PRAZO Data de Competência: 07/06/2016 1. CNPJ 14.386.926/0001-71 2. PERIODICIDADE

Leia mais

RELATÓRIO DE GERENCIAMENTO DE RISCOS. PILAR III Disciplina de Mercado

RELATÓRIO DE GERENCIAMENTO DE RISCOS. PILAR III Disciplina de Mercado RELATÓRIO DE GERENCIAMENTO DE RISCOS PILAR III Disciplina de Mercado 3º Trimestre - 2013 Sumário Introdução... 3 Perfil Corporativo... 3 Principais Tipos de Riscos (conceitos)... 4 Riscos Financeiros...

Leia mais

Basileia III e Gestão de Capital

Basileia III e Gestão de Capital 39º ENACON Encontro Nacional de Contadores Basileia III e Gestão de Capital Novembro/2013 Agenda 1. Resolução 3.988, de 30/6/2011 2. Circular 3.547, de 7/7/2011: Icaap 3. Carta-Circular 3.565, modelo Icaap

Leia mais

GESTÃO DE RISCO OPERACIONAL

GESTÃO DE RISCO OPERACIONAL GESTÃO DE RISCO OPERACIONAL Definição de Risco Operacional Riscos Operacionais cobrem as instâncias onde a corretora pode sofrer perdas inerentes direta ou indiretamente a processos internos falhos ou

Leia mais

RESOLUÇÃO Nº 08/03-COUN

RESOLUÇÃO Nº 08/03-COUN RESOLUÇÃO Nº 08/03-COUN Estabelece o Regimento Interno do Núcleo de Educação a Distância (NEAD) da Universidade Federal do Paraná. O CONSELHO UNIVERSITÁRIO da Universidade Federal do Paraná, no uso de

Leia mais

FGP FUNDO GARANTIDOR DE PARCERIAS PÚBLICO-PRIVADAS CNPJ: 07.676.825/0001-70 (Administrado pelo Banco do Brasil S.A.)

FGP FUNDO GARANTIDOR DE PARCERIAS PÚBLICO-PRIVADAS CNPJ: 07.676.825/0001-70 (Administrado pelo Banco do Brasil S.A.) FGP FUNDO GARANTIDOR DE PARCERIAS PÚBLICO-PRIVADAS CNPJ: 07.676.825/0001-70 (Administrado pelo Banco do Brasil S.A.) NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS EM 31 DE AGOSTO DE 2006 (Em milhares de

Leia mais

FORMULÁRIO DE INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES BANRISUL MERCADO FUNDO DE INVESTIMENTO RENDA FIXA LONGO PRAZO CNPJ/MF 15.283.719/0001-54

FORMULÁRIO DE INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES BANRISUL MERCADO FUNDO DE INVESTIMENTO RENDA FIXA LONGO PRAZO CNPJ/MF 15.283.719/0001-54 FORMULÁRIO DE INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES BANRISUL MERCADO FUNDO DE INVESTIMENTO RENDA FIXA LONGO PRAZO CNPJ/MF 15.283.719/0001-54 ESTE FORMULÁRIO FOI PREPARADO COM AS INFORMAÇÕES NECESSÁRIAS AO ATENDIMENTO

Leia mais

POLÍTICA DE GERENCIAMENTO DE CAPITAL

POLÍTICA DE GERENCIAMENTO DE CAPITAL Versão Fevereiro 2015 POLÍTICA DE GERENCIAMENTO DE CAPITAL (Política e procedimentos relacionados ao gerenciamento de capital da Gávea DTVM nos termos da Resolução BCB no 3.988, de 30 de junho de 2011)

Leia mais

Terceiro Trimestre de 2015

Terceiro Trimestre de 2015 Superintendência de Controles e Gerenciamento de Riscos - Sucor Gerência de Riscos Financeiros Gerif Banco do Estado do Pará S.A ÍNDICE APRESENTAÇÃO 03 1. GERENCIAMENTO DE RISCOS 03 2. ESTRUTURA DE GERENCIAMENTO

Leia mais

A T I V O P A S S I V O CIRCULANTE E REALIZÁVEL A LONGO PRAZO 1.718.300 CIRCULANTE E EXIGÍVEL A LONGO PRAZO 24.397

A T I V O P A S S I V O CIRCULANTE E REALIZÁVEL A LONGO PRAZO 1.718.300 CIRCULANTE E EXIGÍVEL A LONGO PRAZO 24.397 BANCO CENTRAL DO BRASIL FUNDO DE GARANTIA DOS DEPÓSITOS E LETRAS IMOBILIÁRIAS - FGDLI BALANÇO PATRIMONIAL DE ENCERRAMENTO - EM 29 DE ABRIL DE 2005 A T I V O P A S S I V O CIRCULANTE E REALIZÁVEL A LONGO

Leia mais

MANUAL DE GERENCIAMENTO DO RISCO DE CRÉDITO

MANUAL DE GERENCIAMENTO DO RISCO DE CRÉDITO 1 APRESENTAÇÃO As exposições sujeitas ao risco de crédito são grande parte dos ativos da COOPERFEMSA, por isso, o gerenciamento do risco dessas exposições é fundamental para que os objetivos da Cooperativa

Leia mais

CIRCULAR Nº 3.681, DE 4 DE NOVEMBRO DE 2013

CIRCULAR Nº 3.681, DE 4 DE NOVEMBRO DE 2013 CIRCULAR Nº 3.681, DE 4 DE NOVEMBRO DE 2013 Dispõe sobre o gerenciamento de riscos, os requerimentos mínimos de patrimônio, a governança de instituições de pagamento, a preservação do valor e da liquidez

Leia mais

POLÍTICA DE RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL DO SISTEMA CECRED

POLÍTICA DE RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL DO SISTEMA CECRED POLÍTICA DE RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL DO SISTEMA CECRED VERSÃO 01 MAIO DE 2015 SUMÁRIO Capítulo 1 Objetivo do documento... 3 Capítulo 2 Público - Alvo / Aplicabilidade... 5 Capitulo 3 Responsabilidades...

Leia mais

Dúvidas e Sugestões Sobre a Regulação do Capital Adicional de Risco de Crédito

Dúvidas e Sugestões Sobre a Regulação do Capital Adicional de Risco de Crédito Dúvidas e Sugestões Sobre a Regulação do Capital Adicional de Risco de Crédito Atendendo ao convite desta Autarquia, no intuito de comentar o Relatório Inicial sobre Risco de Crédito, que nos foi apresentado

Leia mais

Norma do Empréstimo Pré-fixado Plano Prece III

Norma do Empréstimo Pré-fixado Plano Prece III Norma do Empréstimo Pré-fixado Plano Prece III Sumário - Objetivo -1/6 - Conceitos Básicos -1/6 - Competências - 2/6 - Condições para o Financiamento - 2/6 - Disposições Gerais - 6/6 - Vigência - 6/6 Objetivo.

Leia mais

ITAÚ MAXI RENDA FIXA FUNDO DE INVESTIMENTO EM COTAS DE FUNDOS DE INVESTIMENTO CNPJ 04.222.433/0001-42

ITAÚ MAXI RENDA FIXA FUNDO DE INVESTIMENTO EM COTAS DE FUNDOS DE INVESTIMENTO CNPJ 04.222.433/0001-42 ITAÚ MAXI RENDA FIXA FUNDO DE INVESTIMENTO EM COTAS DE FUNDOS DE INVESTIMENTO CNPJ 04.222.433/0001-42 MENSAGEM DO ADMINISTRADOR Prezado Cotista, Este FUNDO, constituído sob a forma de condomínio aberto,

Leia mais

MINISTÉRIO DA FAZENDA CONSELHO NACIONAL DE SEGUROS PRIVADOS. RESOLUÇÃO CNSP N o 227, DE 2010.

MINISTÉRIO DA FAZENDA CONSELHO NACIONAL DE SEGUROS PRIVADOS. RESOLUÇÃO CNSP N o 227, DE 2010. MINISTÉRIO DA FAZENDA CONSELHO NACIONAL DE SEGUROS PRIVADOS RESOLUÇÃO CNSP N o 227, DE 2010. Dispõe sobre o capital mínimo requerido para autorização e funcionamento e sobre planos corretivo e de recuperação

Leia mais

Deloitte Touche Tohmatsu Auditores Independentes

Deloitte Touche Tohmatsu Auditores Independentes Safra Petrobras - Fundo de Investimento em Cotas de Fundos de (Administrado pelo Banco Safra de Investimento S.A.) Demonstrações Financeiras Referentes ao Exercício Findo em 30 de Junho de 2007 e ao Período

Leia mais

Relatório. Gestão de Riscos. Conglomerado Cruzeiro do Sul

Relatório. Gestão de Riscos. Conglomerado Cruzeiro do Sul Relatório de Gestão de Riscos Conglomerado Cruzeiro do Sul Data-Base 30/09/2011 Superintendência de Riscos Índice 1. Introdução 3 2. Perímetro 3 3. Estrutura de Gestão de Riscos 3 3.1 Risco de Crédito

Leia mais

RELATÓRIO DE GESTÃO DE RISCO, DO PATRIMÔNIO DE REFERÊNCIA EXIGIDO E DO PATRIMÔNIO DE REFERÊNCIA. Setembro de 2012

RELATÓRIO DE GESTÃO DE RISCO, DO PATRIMÔNIO DE REFERÊNCIA EXIGIDO E DO PATRIMÔNIO DE REFERÊNCIA. Setembro de 2012 RELATÓRIO DE GESTÃO DE RISCO, DO PATRIMÔNIO DE REFERÊNCIA EXIGIDO E DO PATRIMÔNIO DE REFERÊNCIA Setembro de 2012 SUMÁRIO 1 Introdução 03 1.1 O Banco do Nordeste 03 2 Gestão de Risco do BNB 05 2.1 Risco

Leia mais

RELATÓRIO DE GERENCIAMENTO DE RISCOS PILAR 3 DISCIPLINA DE MERCADO

RELATÓRIO DE GERENCIAMENTO DE RISCOS PILAR 3 DISCIPLINA DE MERCADO RELATÓRIO DE GERENCIAMENTO DE RISCOS PILAR 3 DISCIPLINA DE MERCADO 1º TRIMESTRE - 2012 1 ÍNDICE 1. INTRODUÇÃO... 3 2. INSTITUCIONAL... 3 3. GERENCIAMENTO DE RISCOS... 4 4. TIPOS DE RISCOS FINANCEIROS...

Leia mais

FORMULÁRIO DE INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES FUNDO DE INVESTIMENTO MULTIMERCADO CRÉDITO PRIVADO TRAVESSIA INVESTIMENTO NO EXTERIOR 23.352.

FORMULÁRIO DE INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES FUNDO DE INVESTIMENTO MULTIMERCADO CRÉDITO PRIVADO TRAVESSIA INVESTIMENTO NO EXTERIOR 23.352. FORMULÁRIO DE INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES FUNDO DE INVESTIMENTO MULTIMERCADO CRÉDITO PRIVADO TRAVESSIA INVESTIMENTO NO EXTERIOR 23.352.186/0001-43 Mês de Referência: Novembro de 2015 CLASSIFICAÇÃO ANBIMA:

Leia mais

ESTRUTURA DE GERENCIAMENTO DE RISCO DE CRÉDITO

ESTRUTURA DE GERENCIAMENTO DE RISCO DE CRÉDITO ESTRUTURA DE GERENCIAMENTO DE RISCO DE CRÉDITO A Um Investimentos S/A CTVM, conforme definição da Resolução nº 3.721/09, demonstra através deste relatório a sua estrutura do gerenciamento de risco de crédito.

Leia mais

Gestão de Riscos Circular 3.678/2013

Gestão de Riscos Circular 3.678/2013 Gestão de Riscos Circular 3.678/2013 3 Trimestre de 2014 ÍNDICE 1 INTRODUÇÃO... 3 2 PERFIL DO BANCO... 3 3 POSIÇÃO NO TRIMESTRE... 3 4 RESUMO DA ESTRUTURA DE GESTÃO DE RISCOS... 3 5 RISCO DE CRÉDITO...

Leia mais

RELATÓRIO DE DIVULGAÇÃO DE GERENCIAMENTO DE RISCOS. Pilar III

RELATÓRIO DE DIVULGAÇÃO DE GERENCIAMENTO DE RISCOS. Pilar III RELATÓRIO DE DIVULGAÇÃO DE GERENCIAMENTO DE RISCOS Pilar III 4º Trimestre findo em Dezembro 2013. ÍNDICE GERAL 1. Introdução... 3 2. Estrutura de Gerenciamento de Riscos... 3 3. Políticas de Gerenciamento

Leia mais

Política de Gerenciamento de Capital

Política de Gerenciamento de Capital 1 / 6 Sumário 1. OBJETIVO... 2 2. APLICAÇÃO... 2 3. ABREVIATURAS E DEFINIÇÕES GERAIS... 2 4. DESCRIÇÃO... 2 4.1. Conceito... 2 4.2. Politica... 3 4.3. Estrutura... 3 4.4. Responsabilidades... 3 5. ANEXOS...

Leia mais

RELATÓRIO DE GERENCIAMENTO DE RISCOS PILAR 3 DISCIPLINA DE MERCADO

RELATÓRIO DE GERENCIAMENTO DE RISCOS PILAR 3 DISCIPLINA DE MERCADO RELATÓRIO DE GERENCIAMENTO DE RISCOS PILAR 3 DISCIPLINA DE MERCADO 3º TRIMESTRE - 2012 1 ÍNDICE 1. INTRODUÇÃO... 3 2. INSTITUCIONAL... 3 3. GERENCIAMENTO DE RISCOS... 4 4. TIPOS DE RISCOS FINANCEIROS...

Leia mais

O PREFEITO DE GOIÂNIA, no uso de suas atribuições legais, e CAPÍTULO I DO FUNDO MUNICIPAL DE ESPORTE E LAZER

O PREFEITO DE GOIÂNIA, no uso de suas atribuições legais, e CAPÍTULO I DO FUNDO MUNICIPAL DE ESPORTE E LAZER 1 Gabinete do Prefeito DECRETO Nº 4139, DE 11 DE SETEMBRO DE 2013. Regulamenta o Fundo Municipal de Esporte e Lazer e o Incentivo ao Esporte e Lazer e dá outras providências. O PREFEITO DE GOIÂNIA, no

Leia mais

POLÍTICA DE SUSTENTABILIDADE E RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL

POLÍTICA DE SUSTENTABILIDADE E RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL DE SUSTENTABILIDADE E RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL 2/11 Sumário 1. Conceito... 3 2. Objetivo... 3 3. Áreas de aplicação... 3 4. Diretrizes... 4 4.1 Princípios... 4 4.2 Estratégia de e Responsabilidade

Leia mais

ESTRUTURA DE GERENCIAMENTO DE RISCOS E DE CAPITAL

ESTRUTURA DE GERENCIAMENTO DE RISCOS E DE CAPITAL ESTRUTURA DE GERENCIAMENTO DE RISCOS E DE CAPITAL 2015 GERENCIAMENTO DE RISCOS Objetivo Este documento tem como objetivo definir políticas para o gerenciamento de riscos da Agoracred SA SCFI conforme Resoluções

Leia mais

MELHORES PRÁTICAS DA OCDE

MELHORES PRÁTICAS DA OCDE MELHORES PRÁTICAS DA OCDE PARA A TRANSPARÊNCIA ORÇAMENTÁRIA INTRODUÇÃO A relação entre a boa governança e melhores resultados econômicos e sociais é cada vez mais reconhecida. A transparência abertura

Leia mais

Normas Operacionais. Linha de Financiamento BNDES Exim Automático

Normas Operacionais. Linha de Financiamento BNDES Exim Automático Normas Operacionais Linha de Financiamento BNDES Exim Automático Capítulo I - REGULAMENTO 1. OBJETIVO Apoiar, na fase pós-embarque, a comercialização, no exterior, de bens de fabricação nacional, observadas

Leia mais

Instrumento Normativo Mandatório Política Norma Procedimento. Impacta Matriz de Risco Não se aplica Sim (Controle de Referencia: )

Instrumento Normativo Mandatório Política Norma Procedimento. Impacta Matriz de Risco Não se aplica Sim (Controle de Referencia: ) Classificação 001 CCO Políticas da Organização Título 002 Admissão e Manutenção de Agente Autônomo de Investimento Responsáveis Diretoria Diretoria Executiva Superintendência(s) Área Autor(es) Fernanda

Leia mais

AGÊNCIA ESPECIAL DE FINANCIAMENTO INDUSTRIAL FINAME RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO 31 DE DEZEMBRO DE 2008

AGÊNCIA ESPECIAL DE FINANCIAMENTO INDUSTRIAL FINAME RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO 31 DE DEZEMBRO DE 2008 AGÊNCIA ESPECIAL DE FINANCIAMENTO INDUSTRIAL FINAME RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO 31 DE DEZEMBRO DE 2008 Senhor acionista e demais interessados: Apresentamos o Relatório da Administração e as informações

Leia mais

RN 006/2002. Programa de Estímulo à Fixação de Recursos Humanos de Interesse dos Fundos Setoriais - PROSET

RN 006/2002. Programa de Estímulo à Fixação de Recursos Humanos de Interesse dos Fundos Setoriais - PROSET Revogada Pela RN-028/07 RN 006/2002 Programa de Estímulo à Fixação de Recursos Humanos de Interesse dos Fundos Setoriais - PROSET O Presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico

Leia mais

PROJECTO DE CARTA-CIRCULAR SOBRE POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO DAS INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS

PROJECTO DE CARTA-CIRCULAR SOBRE POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO DAS INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS PROJECTO DE CARTA-CIRCULAR SOBRE POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO DAS INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS No âmbito da avaliação realizada, a nível internacional, sobre os fundamentos da crise financeira iniciada no Verão

Leia mais

POLÍTICA DE INVESTIMENTOS DA OABPREV-PR PARA O EXERCÍCIO DE 2010/2012

POLÍTICA DE INVESTIMENTOS DA OABPREV-PR PARA O EXERCÍCIO DE 2010/2012 POLÍTICA DE INVESTIMENTOS DA OABPREV-PR PARA O EXERCÍCIO DE 2010/2012 1- OBJETIVOS A Política de Investimentos dos Recursos Garantidores do Plano de Benefícios Previdenciários dos Advogados - PBPA e do

Leia mais