A DIMENSÃO DO FINANCIAMENTO
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- Bárbara Barbosa Azevedo
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1 A DIMENSÃO DO FINANCIAMENTO O financiamento do custeio representa o fator central na crise hospitalar e ambulatorial do SUS, uma vez que influencia, diretamente o resultado final. O problema está em que a atenção ambulatorial e hospitalar do SUS está construída sobre uma grande falácia, a de que se pode remunerar os prestadores de serviços abaixo de seus custos. A tabela SUS tem uma estrutura interna que apresenta problemas graves nos valores relativos. Sua lógica é a de sub-remunerar fortemente os procedimentos de tecnologia dura, especialmente procedimentos de alta complexidade
2 Financiamento da Saúde Nenhum governo, desde 1990, aloca mais recursos para a saúde além do mínimo minimorum. CPMF foi uma contribuição substitutiva e não aditiva. Recursos oriundos da contribuição sobre Folha de Pagamento, criada com o fim especifico de custear a saúde do previdenciário foi retirada e nada se fez pelo seu retorno, embora o trabalhador seja usuário do SUS. Emenda Constitucional 29, definiu o minimo de recursos a serem alocados para a saúde, anualmente. O MINIMO VIROU MÁXIMO. Novos serviços são criados sem previsão orçamentária, onerando os já existentes.
3 A REALIDADE ATUAL Repasses Federais quase totalmente fatiados em vínculos ( carimbos ) a programas, projetos e prioridades pontuais, decididos pelo gestor federal. Oferta de serviços fragmentada pelos vínculos dos repasses, pela seleção na tabela de pagamentos, daqueles melhor contemplados nos valores, com concentração nos procedimentos especializados..
4 OS PORQUES DOS BAIXOS VALORES Escassez de recursos financeiros, materiais e humanos, insuficientes para manter os serviços de saúde operando com eficácia e eficiência; Inconstância no repasse dos pagamentos do Ministério da Saúde para os pagamento dos serviços conveniados; Baixíssimos valores pagos pelo SUS aos diversos procedimentos médicos, ambulatoriais e hospitalares;
5 REAJUSTES INÓCUOS Está claro, há muito tempo, que o valor das consultas e procedimentos pagos pelo SUS estavam e estão em valor irrisório. Em janeiro de 1994 o valor era de R$ 0,90 reais e sofreu reajustes da ordem de 128% chegando aos R$2, 04, corrigido posteriormente à época, em 1996, para R$2,55. A correção de 2,55 para 7,55 (apensas para consultas especializadas) representou um incremento de 196%, um pouco mais que a inflação setorial do período ( ) e 800% a menos que o menor valor atribuível à consulta paga por planos de saúde. O valor, após 11 anos, ainda é o mesmo.
6 Exemplos Tabela SIA/SUS Bioquimica I. Código em 07/ R$1,85 Código em 09/ R$1,85 VALORES EM 03/2013 TABELA UNIFICADA Glicose, Uréia, Creatinina,..etc...,...R$ 1,85 INPC ,27% VALOR ATUALIZADO...R$ 6,035
7 VALOR 1994 REAJUST E 1994/2013 VALOR 2013 INPC IBGE VALOR CORRIGID O REAJUSTE NECESSÁR IO Parto Normal 114,00 389% 443,00 326% 371,64 0 Pneumonia 197,00 256% 504,00 326% 642,22 27% Apedicectomia 190,00 218% 414,00 326% 619,40 50% Cir. Prostata 462,00 217% 1.001,00 326% 1.506,12 50% Cir. Vesicula 303,00 229% 695,00 326% 987,78 42% Insuficiencia Cardiaca 386,00 181% 699,00 326% 1.258,36 80% Insuficiencia Renal 156,00 288% 449,00 326% 508,56 13%
8 A LEI QUE JAMAIS FOI CUMPRIDA LEI 8.080/90 Art. 26. Os critérios e valores para a remuneração de serviços e os parâmetros de cobertura assistencial serão estabelecida pela direção nacional do Sistema Único de Saúde-SUS, aprovados no Conselho Nacional de Saúde. 1º Na fixação dos critérios, valores, formas de reajuste e de pagamento da remuneração, aludida neste artigo, a direção nacional do Sistema Único de Saúde-SUS, deverá fundamentar seu ato em demonstrativo econômico-financeiro que garanta a efetiva qualidade dos serviços contratados. 2º Os serviços contratados submeter-se-ão às normas técnicas e administrativas e aos princípios e diretrizes do Sistema Único de Saúde-SUS, mantido o equilíbrio econômico e financeiro do contrato.
9 O QUE FAZER A discussão de critérios, formas de reajuste, alterações de valores etc., tem um caráter importantíssimo: ouvir o contraditório, é essencial nas ações governamentais. A necessidade de ouvir e ter a aprovação se aplica a todos os fóruns possíveis, como o Conselho Nacional de Saúde, os Conselhos Nacional de Secretários Municipais e Estaduais de Saúde e, por bom alvitre, as entidades da sociedade diretamente envolvidas.
10 Necessidade de Recursos Adicionais Infinitos Projetos e regulamentação voltadas para o aumento de custos 1. PL /200 5,4 bilhões/ano 2. PL /2009 e demais projetos do Deputados Mauro Nazif - 45 bilhões/ano 3. PLS - 126/2012 Acreditação de Hospitais Obrigatória - 4. Projetos de lei com fixação da carga horária de Fisioterapeutas, Fonoaudiólogos, Farmacêuticos etc. etc. em 30 horas semanais. 5. PL 22/07 Código Nacional dos Direitos dos Usuários de Serviços de Saúde. 6. Farmacêutico em todos serviços de saúde, Odontólogo em UTI e hospitais de médio e grande porte. 7. Lei Atendimento de Urgência sem qualquer protocolo, registro, identificação e sem definir como o serviço se ressarcir das despesas. 8. Normalização da ANVISA com exigências de primeiro mundo, sem correlação com os recursos disponíveis no SUS para custea-las. 9. Câmara de monitoramento em UTI - Onde fica a privacidade???
11 Quanto custo o PL 4924 SITUAÇÃO ATUAL COM DADOS DO COFEN 2012 ENFERMEIRO AUXILIAR DE ENFERMAGEM TÉCNICO DE ENFERMAGEM Total No. Atual Trabalhadore s CNES , ,00 Gasto corrente Mensal , , , ,00 Gasto Anual Corrente , , , ,00
12 Quanto Custa o PL 4924 ENFERMEIRO SITUAÇÃO COM A APROVAÇÃO DO PL 4924/2009 A PARTIR DOS VALORES APOTADOS NO PROJETO EM 2009 AUXILIAR DE ENFERMAGEM TÉCNICO DE ENFERMAGEM - No. Atual Trabalhadore s CNES , ,00 GASTO MENSAL , , , ,00 GASTO ANUAL , , , ,00
13 Quanto Custa o PL 4924 ENFERMEIRO SITUAÇÃO COM A APROVAÇÃO DO PL 4924/2009 VALORES EM ATUALIZAÇÃO PELO INPC IBGE = 30,27% AUXILIAR DE ENFERMAGEM TÉCNICO DE ENFERMAGEM No. Atual Trabalhad ores CNES , ,00 GASTO MENSAL , , , ,62 GASTO ANUAL IMPACTO ANUAL HOJE
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