Palavras-chave: comunidade rural; influências; circularidades culturais.

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1 Agosto 2013 MUDANÇAS E PERMANÊNCIAS NAS SOCIEDADES RURAIS AMAZÔNICAS: UMA REFLEXÃO SOBRE A CIRCULARIDADE CULTURAL NA COMUNIDADE DE BOM SOCORRO DO ZÉ AÇU NO MUNICÍPIO DE PARINTINS, AM-BRASIL Luís Fernando Belém da Costa-UEA Charlene Maria Muniz da Silva-UEA Francisco Alcicley Vasconcelos Andrade-UFAM RESUMO A presente pesquisa teve como objetivo principal compreender o processo de circularidade da cultura entre a Comunidade de Bom Socorro do Zé Açu com a cidade de Parintins assim como com as demais comunidades rurais adjacentes que compõe a localidade do Zé Açu. A Comunidade de Bom Socorro do Zé Açu onde a pesquisa foi realizada localiza-se na margem direita do rio Amazonas e do Paraná do Ramos, em uma área de terra firme, localizada no município de Parintins-AM; distante a 14 km da sede municipal, e o meio de transporte para se chegar nessa Comunidade é por via fluvial, tem uma população atual que está em torno de 1200 habitantes, sendo que esta dividida em 230 famílias. Utilizou-se uma pesquisa de cunho qualitativa, tendo como base fundante o método indutivo; para a execução deste trabalho empregou-se os seguintes procedimentos metodológicos: a observação direta e participativa, aplicação de formulários com questões abertas e fechadas sobre, hábitus, circularidade da cultura, assim como, entrevistas com os comunitários utilizando gravador para registrar os depoimentos. Constatou-se que a relação da Comunidade de Bom Socorro com a cidade de Parintins e com as demais Comunidades rurais adjacentes é intensa, uma relação que se materializa através da ida e vinda de pessoas de um lugar para o outro, pelas festas religiosas, torneios de futebol, quadrilhas, festival folclórico do boi bumbá, compra de mercadorias, entre outros fatores; e nessa lógica as relações também condicionam as trocas de influências, ideias, informações, enfim, complementaridades culturais. Portanto, essa pesquisa foi importante pelo fato de ter-se buscado empreender as novas

2 configurações socioculturais que se estabelecem nas áreas rurais da Amazônia, em um tempo em que a lógica da globalização tende a se impor de forma mais intensa nessas áreas, contudo, sem destruir completamente os hábitus e costumes dos povos tradicionais dessa região. Palavras-chave: comunidade rural; influências; circularidades culturais. ABSTRACT This research aimed to understand the process of cultural circularity between the Community of Good Help Ze Acu Parintins with the city as well as other adjacent rural communities that make up the town of Zé Acu. The Community of Good Help Ze Acu where the research was conducted is located on the right bank of the Amazon River and the Paraná do Ramos, in an area of land located in the municipality of Parintins-AM, distant 14 km from the municipal seat and means of transport to reach this community is by boat, which has a current population is around 1200 inhabitants, and is divided into 230 families. We used a qualitative research slant, based on founding the inductive method, for the execution of this work we used the following methodology: direct observation and participatory application forms with open and closed questions, habitus, the circularity culture, as well as interviews with the community using recorder to record the interviews. It was found that the ratio of the Community of Good Help Parintins with the city and the surrounding rural communities is too intense, a relationship that materializes through the coming and going of people from one place to another, the religious festivals, tournaments football, gangs, folk festival ox bumbá, purchase of goods, among other factors, and that logic relations also affect the exchange of influences, ideas, information, finally, cultural complementarities. Therefore, this study was important because it has been sought to undertake the new socio-cultural settings that are established in rural areas of the Amazon, at a time when the logic of globalization tends to impose more intensely in these areas, however, without habitus and completely destroy the traditional customs of the people of this region. Keywords: rural community; influences; cultural roundness.

3 INTRODUÇÃO Pensar a Amazônia do ponto de vista da ciência é negar os próprios conceitos que são difundidos empiricamente no conjunto da sociedade nacional e internacional. Fauna e flora, eis a concepção cotidiana de Amazônia que é repassada principalmente pela mídia, tanto nacional como internacional, visão essa que precisa ser rompida segundo o antropólogo Alfredo Wagner Berno de Almeida (2010), para que então se possa conhecer de fato os povos dessa região, que no caso, são tratados com invisibilidade, não somente pela visão biologizante imposta pela mídia, mas também por órgão governamentais, até mesmo pelo fato de que essa região é vista ainda por muitos como um vazio demográfico a ser ocupado, porém, é preciso entender que existe uma multiplicidade de povos e territorialidades específicas dentro desse contexto, temos que nos deter no entendimento dessa questão, e reconhecer os diferentes povos que constituem essa biodiversidade; indígenas, quilombolas, ribeirinhos, pescadores artesanais, quebradeiras de coco babaçu, castanheiros, dentre outros grupos citados por Almeida (2010). Nesta pesquisa o local de estudo é a Comunidade ribeirinha de Bom Socorro do Zé Açu no município de Parintins-AM, por se entender que a mesma passa por um processo de mudanças socioculturais nos últimos anos, principalmente a partir da relação com a cultura urbana. No entanto, a relação com a cidade não se dá somente por uma imposição urbana, acontece também num sentido de influências recíprocas, da ida e vinda de pessoas, mercadorias, informações, idéias, tanto dos moradores de Bom Socorro que vão para a cidade de Parintins, bem como dos moradores da cidade que vão para Bom Socorro. Mas a reflexão neste trabalho também abarca a relação da Comunidade de Bom Socorro com as comunidades rurais adjacentes que compõe a localidade o Zé Açu, principalmente dando ênfase para a relação com as comunidades de Boa Esperança (na parte terrestre), Nossa Senhora de Nazaré, Nossa Senhora das Graças e Paraíso (nas margens da micro - bacia do Zé Açu). Este trabalho tem como foco principal compreender o processo de circularidade da cultura na comunidade de Bom Socorro a partir de sua relação com a cidade de Parintins e com as demais Comunidades rurais adjacentes da localidade do Zé Açu, para tal os principais pressupostos teóricos utilizados foram os conceitos de circularidade da cultura propostos por Fraxe (2004) e Ginzburg (1987), onde

4 ambos trabalham esse processo como algo que envolve trocas materiais e imateriais, influências recíprocas e complementaridades culturais a partir de encontros de culturas diferentes. A pesquisa teve como objetivo geral compreender o processo de circularidade da cultura entre a Comunidade de Bom Socorro do Zé Açu e a cidade de Parintins, assim como, as demais comunidades rurais adjacentes. Tendo como específicos: levantar os principais fluxos de circulação de informações, pessoas e serviços existentes na comunidade de Bom Socorro, caracterizar como ocorre o processo de centralidade da Comunidade de Bom Socorro em relação às outras comunidades e como as mesmas se relacionam, e apontar as principais características do processo de circulação da cultura na Comunidade de Bom Socorro do Zé Açu. Para alcançar tais objetivos propostos nesse trabalho foram feitas, principalmente, entrevistas com os moradores da comunidade de Bom Socorro, além da aplicação de formulários com perguntas abertas e fechadas, de caráter sociocultural, (sobre festas, quadrilhas, boi bumbá, relação com a cidade de Parintins, relação com as outras comunidades da localidade do Zé Açu, etc.), onde se utilizou o método da amostra aleatória simples, com 10% da população referente ao número de famílias, o que representou 23 formulários aplicados, assim como entrevistas e observação direta. Este trabalho está organizado da seguinte forma: Comunidades rurais amazônicas: Modos de vida e cultura cabocla-ribeirinha, se discute as relações sociais e culturais que envolve o modo de vida nas Comunidades rurais amazônicas, assim como se discute o tema cultura no tocante as mudanças e das permanências que ocorrem ao longo da mesma, além de se fazer uma análise da relação complementar entre campo e cidade (rural e urbano). E As características do processo de centralidade da comunidade de Bom Socorro em relação às demais comunidades adjacentes da região do Zé Açu, no qual se discute especificamente sobre o processo da circularidade da cultura na comunidade de Bom Socorro, através da sua relação com a cidade de Parintins e com as demais comunidades rurais adjacentes da região do Zé Açu.

5 Comunidades rurais Amazônicas: Modos de vida e cultura cabocla-ribeirinha Os povos tradicionais da Amazônia, termo bastante difundido no meio cientifico, tem um modo de vida próprio, que mesmo em transformação por uma série de fatores, ainda conseguem manter muito de suas características socioculturais nesses tempos em que a globalização tende a se impor sobre os lugares. Neste trabalho o termo usado é a concepção de caboclo- ribeirinho, o qual é usado por autores da região com grande experiência nessa área, como Therezinha de Jesus Pinto Fraxe (2004, p. 23), que sobre este termo ressalta o seguinte não se trata, assim, de definir os caboclos-ribeirinhos como uma classe, uma essência ou substancia, mas como pessoas inseridas em uma dinâmica social, com características especificas. Tal concepção se encaixa no contexto analisado, posto que se busca nesta pesquisa compreender os aspectos socioculturais referente a vida dos ribeirinhos moradores da Comunidade de Bom Socorro do Zé Açu. Para se analisar os aspectos socioculturais dos povos Amazônicos é necessário entender primeiramente o contexto histórico que os mesmos passaram, e nessa questão Benchimol (1999, p. 13) chama atenção para o fato de que: O conhecer, o saber, o viver e o fazer na Amazônia equatorial e tropical inicialmente foi um processo predominantemente indígena. A esses valores e culturas foram sendo incorporados, por vias de adaptação, assimilação, competição e difusão, novas instituições, instrumentos, técnicas, incentivos e motivações transplantados pelos colonizadores e povoados. Este autor compreende que para se analisar a questão social e cultural dos povos amazônicos é preciso entender esse processo do ponto de vista da miscigenação, do encontro de culturas diferentes, da vinda do europeu, e depois a própria miscigenação do ponto de vista regional, dando destaque para a migração nordestina na época áurea da borracha. Mas é a cultura indígena que ainda funciona fundamentalmente como uma espécie de regulação dos modos de vida desses povos. Esse contexto é observado principalmente na cultura cabocla-ribeirinha, tanto partindo da questão da alimentação, tendo como elemento regional indenitário o peixe, a farinha, em suma, produtos regionais, como modos de produzir, e viver nesses beiradões dos rios da Amazônia, onde existe uma forma específica de apropriação do ambiente.

6 É comum a ideia de atraso sobre os ribeirinhos da Amazônia, atraso tanto econômico, como de inovações tecnológicas, principalmente a partir de uma visão desenvolvimentista capitalista. Porém, essa visão de atraso das populações que vivem nesses interiores da região amazônica e que despreza o lado cultural, está principalmente condicionada pela lógica da racionalidade capitalista, que desconsidera ou não atribui importância a esses povos. De acordo com esse contexto o autor Harris (2006, p. 81) chama atenção para a questão dos caboclos versus a modernidade quando expõe que: Propomos o argumento de que os caboclos são modernos em sua renovação constante do passado no presente; uma estratégia que provou ser um sucesso reprodutivo e que foi decisiva para a adaptação dos camponeses as condições econômicas e politicas da Amazônia. As características essenciais dos camponeses que vivem as margens dos rios (ribeirinhos, caboclos) são sua flexibilidade e resiliência, aspectos que requerem uma explanação histórica. Então este autor deixa claro que os caboclos pelas suas próprias renovações diante das imposições das mudanças politicas e econômicas já seriam modernos por excelência, posto que sobrevivem e se reproduzem sempre se adaptando as condições as quais são expostos, renovando suas atitudes, em alguns momentos, e mantendo outras. Então essa visão do atraso que tem se reproduzido principalmente por entidades políticas e ordens econômicas tem que serem revistas, e a ciência como um meio para mudar essas concepções deve se deter cada vez mais nessas reflexões. Pensar o processo sociocultural desses povos é também necessário analisar do ponto de vista da formação das Comunidades rurais da Amazônia (de várzea e terra firme), posto que refletir sobre o modo de vida desses povos historicamente construídos (ribeirinhos, quilombolas, indígenas, entre outros) é pensar a organização dos mesmos, o modo como foram se agrupando e formando suas Comunidades. Nessa questão Fraxe (2011) argumenta que a igreja católica teve e ainda tem um papel muito importante, visto que a mesma está presente como intuição politica, social e cultural na vida destes povos. Basta pensar a configuração socioespacial de uma Comunidade, onde geralmente a igreja é a referência localizada sempre na frente da Comunidade, tendo do lado o Barracão comunitário,

7 e as festas de santo também a partir da relação com a igreja católica, é o momento em que os comunitários reafirmam sua cultura. (Fraxe, 2011). Fraxe (2011) ressalta que o processo de formação das Comunidades amazônicas foi se configurando principalmente com o envolvimento da igreja católica, e por isso mesmo não se pode desconsiderar o papel que a mesma tem e teve na formação social e cultural dessas Comunidades. Porém, é preciso deixar claro que mesmo antes da chegada da igreja católica, muitas populações rurais já mantinham relações de Comunidade, (festejos, relações de parentesco, ajuda mútua, organização social, etc.) então, a igreja em muitos casos apenas se introduziu na organização politica, social e cultural das mesmas, Silva (2009) deixa isso claro quando analisa a formação das Comunidades rurais de Parintins, porém, a questão é que a igreja deu para esses povos o sentido de ser Comunidade, quando, por exemplo, contribui para a escolha do nome e organização politica das mesmas. Fraxe (2011) também chama atenção para o fato de que apesar dessas Comunidades amazônicas possuírem uma serie de peculiaridades por terem passado por um processo histórico semelhante nas suas constituições, ainda sim não se pode afirmar que as mesmas são homogêneas, pois toda comunidade possui certas características próprias. E por isso mesmo concepções generalistas sobre os modos de vida nessas localidades tendem a ser refutados diante do conhecimento local. Porém, ainda que as comunidades não sejam homogêneas Fraxe (2011, p.105) destaca que: A vida comunitária no interior do amazonas não varia muito de comunidade para comunidade, pois as pessoas foram se organizando de forma que facilitasse suas vidas e assegurasse suas condições mínimas de sobrevivências. Essa organização deu-se em todos os segmentos da vida social, religiosa e política. Isso pode ser observado a partir do centro dessas comunidades, no qual estão sempre interligadas a igreja, a sede, a escola e a casa do líder. Os dizeres da autora remetem a lógica da condição das semelhanças que se é possível encontrar na realidade social, politica, econômica e cultural dessas comunidades amazônicas, semelhanças essas que são inúmeras, assim como as próprias diferenças, basta comparar uma comunidade de várzea com uma de terra firme, que então será possível estabelecer inúmeras diferenças, seja na forma de

8 apropriação dos recursos naturais, como consequentemente no próprio modo de vida. Os modos de vida desses povos estão justamente vinculados à relação com o meio, no caso do Caboclo-Ribeirinho da Amazônia, o modo de vida ainda se fundamenta intimamente na relação com o rio e a floresta, pois são meios de subsistência, transporte e símbolo cultural. Fraxe (2004, p. 20) fundamenta essa concepção ao dizer que: Uma cultura de profundas relações com a natureza, que perdura, consolida e fecunda o imaginário desse conjunto social, isto é, no âmbito de uma cultura hibrida com relação aos cânones urbanos, o caboclo busca desvendar os segredos de seu mundo, reconhecendo a mitos, lendas, plantas medicinais, rezadeiras, assim como o trabalho, ao labor e ao lazer; onde o homem viveu e ainda vive, em algumas áreas de forma tradicional, alimentando-se de pratos típicos, celebrando a vida nas festividades e danças originais, banhando-se prazerosamente nas aguas dos rios e das chuvas, curando-se de suas doenças com as plantas e ervas das florestas. Essa lógica está relacionada ao modo de vida ribeirinho no processo de sua identidade do lugar, o ribeirinho tem uma relação muito forte com seu local, e seus hábitos, crenças, e cultura enfim estão relacionados ao lugar, pois segundo Fraxe (2011, p. 123) a construção de um lugar revela-se com a construção de uma identidade. E a identidade sendo gerada por um processo de pertencimento ao lugar, é a marca especifica de um ribeirinho, que tem na relação com o local vivido um mundo simbólico, dotado de significados próprios, e este apesar da invisibilidade que é tradado pelos órgãos governamentais, ainda permanece construindo sua historia com certa autonomia. As culturas historicamente construídas: entre a mudança e a permanência A forma como as mudanças sociais, culturais, politicas e econômicas acontecem no seio da sociedade global se dá de forma diferenciada em cada país, região, território ou lugar, é nesse sentido que Giddens (1991) afirma que a história da humanidade se dá de forma descontinuísta. Nesse período que Santos (2006) classifica como técnico-científicoinformacional, o mundo parece cada vez mais interligado, principalmente via informação, onde o global está cada vez mais presente no local, mesmo na Amazônia, onde a informação se propaga via tecnologia para cada vez mais locais distantes dos grandes centros urbanos, levando a ideia de modernidade através de

9 inovações tecnológicas, gerando uma relação de circulação ainda maior entre culturas diferentes, entre modo de vida urbano e rural. O autor Milton Santos (2006) propõe uma categoria conhecida como horizontalidades e verticalidades, a qual se encaixa nesse tipo de analise. Por horizontalidades se entende o espaço do lugar, onde a vida acontece, onde existem relações comuns do viver, no qual as pessoas constroem seu cotidiano, sua cultura, seu modo de vida, tudo baseado em condições locais. Diferentemente da verticalidade que é uma imposição externa sobre o lugar, redefinindo-o, lhe impondo uma nova configuração material e imaterial. Como exemplo poderia se encaixar nessa questão uma imposição do modo de vida urbano em áreas rurais, posto que nesse caso as ruralidades sofrem alterações condicionadas por algo externo de fora, ocasionando mudanças de ordem sociocultural, principalmente. Com a propagação da informação mediante ao imperialismo da globalização no período técnico cientifico informacional o urbano atinge o rural, difundindo-os, integrando culturas diferentes, sem, contudo, extingui-las, permanecendo dessa forma particularidades locais. Nesse contexto Giddens (1991) afirma também que a globalização pode assim ser definida como a intensificação das relações sociais em escala mundial, que ligam localidades distantes de tal maneira que acontecimentos locais são modelados por eventos ocorrendo a muitas milhas de distância e vice-versa. Porém, Stuart Hall (1997) chama atenção para a visão de que o processo da globalização como algo inteiramente homogeneizador, que solapa de forma completa as culturas, é errônea, pois dessa forma como é colocada, é uma visão simplista, exagerado e unilateral segundo este autor. E Assim, ao invés de pensar no global como substituindo o local seria mais acurado pensar numa nova articulação entre o global e o local. (HALL, 1997, p. 84). Este autor ainda acrescenta que as culturas nesse processo acabam por se tonarem menos fechadas, ate mesmo pelo fato de que nos dias atuais a identidade cultural se tornou algo móvel, então pensar a identidade como algo pronto é ao mesmo tempo estatiza-la, é uma fantasia enganosa. É um erro analítico. Dessa forma, constitui-se um erro considerar culturas locais como estática, mas sim como flexíveis e que estão em constantes transformações. Antônio Candido (1979) ao estudar a vida caipira na área rural do estado de São Paulo (nos municípios de Piracicaba, Tiete, Porto Feliz, Conchas, Anhembi,

10 Bocatu e Bofete), argumenta que a incorporação dos povos tradicionais na economia moderna capitalista funciona como ajuste social, econômico, ecológico, cultural e psíquico. A economia caipira no inicio tinha uma organização social, cultural e econômica bem fechada e centrada nas relações locais, porém, com o tempo veio sendo alterada em todos esses quesitos devido a incorporação a economia capitalista e a própria racionalidade urbana ocasionando uma crise social e cultural. Esses povos ficaram entre a mudança e a resistência. E esta condição dar-se pela: 1) aceitação total, 2) rejeição total, 3) aceitação parcial dos traços introduzidos pela nova situação, sendo esta ultima hipótese mais comum e normal nos que permanecem no campo. A questão da cultura também envolve trocas materiais e imateriais. Por isso a autora Maio (2007) considera interessante o conceito de híbrido, pois ela permite movimento à cultura, ela permite trocas, ela exclui a necessidade de uma pureza da cultura. Portanto, as trocas culturais se dão de diversas formas e motivos e esse processo gera mudanças, gera hibridização segundo a mesma. Ainda nessa linha de análise podemos citar as concepções do autor Carlos Ginsburg (1987), que propõe o termo circularidade da cultura, para fundamentar essa concepção o mesmo trabalha essa ideia a partir da história de um personagem, um moleiro chamado Menochio; a história relata as perseguições sofridas por este personagem pela inquisição, dando ênfase para seu extraordinário modo de assimilação de culturas diferentes, um homem que se nutriu da cultura diferentes lugares, e isso lhe deu diferentes argumentos e pontos de vista ao ponto de questionar as imposições religiosas da igreja numa época em que isso era algo imperdoável, sendo punido até com a morte, como ocorreu como aqueles que tinham ideias diferentes da Igreja. Ginzburg (1987, p. 21) confirma que portanto, temos, por um lado, dicotomia cultural, mas, por outro lado, circularidade, influxo recíproco entre culturas subalterna e cultura hegemônica. A ideia deste autor é mostrar que a cultura é algo dinâmico, que as pessoas podem se apropriar de diferentes culturas, sem que com isso tenham que perder de forma plena sua cultura de origem. Para autores como Fraxe (2011) se tratando da cultura dos povos ribeirinhos da Amazônia, a mesma afirma que as populações ribeirinhas apresentam uma complexa rede cultural, caracterizadas pelo encontro de culturas, seja de populações locais, ameríndias, do colonialismo europeu no passado ou mesmo da

11 recente chegada dos nordestinos no período econômico da borracha. Ou seja, uma cultura formada pelo encontro de outras culturas, mas uma forma de perceber que as complexidades apenas se intensificam a medidas que as analises sobre esse termo se acentuam. Campo e cidade no processo dialético: Reflexões sobre a circularidade da cultura entre o campo e a cidade, rural e urbano Trabalhar a discussão campo/cidade-rural/urbano é uma complexidade analítica sem tamanho, uma discussão em que as visões teóricas são tantas e ao mesmo tempo divergentes. O propósito aqui neste trabalho é trabalhar a relação campo e cidade (rural e urbano) no sentido da circularidade da cultura, no contexto das trocas materiais (objetos, mercadorias, pessoas, etc.) e imateriais (sistemas de informações, troca de ideias, culturas, etc.), de forma que permita o não congelamento dos conceitos, assim como se leve em consideração a metamorfose destes. Para tal os autores escolhidos não partem de definições rigorosas, mas de analises que permitem a compreensão desses conceitos no sentido móvel. E nessa linha de raciocínio concorda-se com as concepções de Saquet (2006, p. 160) quando o mesmo afirma o seguinte: Um aspecto importante, é a não definição do rural somente pela agricultura e do urbano somente pela indústria. Ambos relacionam-se reciprocamente e contém uma miríade de aspectos específicos inerentes a formas de vida distintas. Há complexidade e heterogeneidade nos espaços rural e urbano. Elas são territoriais, com temporalidades e territorialidades. O que varia, são os arranjos, as intensidades, formas e conteúdos, as velocidades. Um só pode ser compreendido em suas relações com o outro, pois um está no outro, só vem a ser pelo outro, numa relação complementar, dialeticamente definida. É importante notar que Saquet (2006) nos leva a entender essa relação não apenas como conceitos de realidades opostas, mas como conceitos que se articulam, que se interagem, que se transformam nas suas relações. Ou seja, assim como existe as diferenças entre rural e urbano, também há as complementaridades. Num lugar ambos podem estar presentes, trabalhando conjuntamente, porém, sem

12 perder muito de suas essenciais, até por que se os colocarmos como a mesma coisa estaríamos caindo na visão homogeneizante da imaterialidade de cada lugar. Nesse sentido, a relação campo e cidade se torna algo inevitável, ou seja, é impossível falar de urbano ou rural sem levar em consideração as suas relações de trocas, suas complementaridades. Priscila Blagi (2006, p. 96) confirma essa ideia quando expõe que: As mercadorias transformadas e produzidas na cidade (eletrodomésticos, automóveis, vestimentas etc.) invadem o campo, assim como os produtos gerados no campo (alimentos em geral, matérias-primas) invadem a cidade. Essa relação entre campo e cidade se intensifica, porque a divisão territorial do trabalho, estabelecida pelo desenvolvimento do modo de produção, coloca funções especiais para cada espaço, de modo que eles se interrelacionam e se complementem. Ambos se transformam, se adequando ás mudanças ou a elas resistindo. A partir desse pressuposto rural e urbano não se tornam dicotômicos na analise, e sim complementares. O autor Biazzo (2008) sustenta que as primeiras interpretações sobre o tema eram dualistas, colocavam urbano e rural como áreas contrapostas, espaços com características próprias e isoladas, sem considerar como foco principal suas complementaridades, sendo essa uma forma de analise cada vez menos cabível nas analises cientificas na atualidade. Este autor comunga da ideia de que há a cidade e campo são formas no espaço, enquanto rural e urbano especificam o conteúdo social destas formas. Este autor propõe uma nova categoria para o trato dessa questão, ao invés de rural e urbano, o mesmo entende que o termo correto para o entendimento desse conteúdo seria as ruralidades e urbanidades. Então, o que são, afinal, o rural e o urbano? Nada mais do que construções simbólicas, manifestações ou criações culturais concebidas, sim, a partir de hábitos, costumes. Ao contrário do campo e da cidade, ou melhor, de espaços campestres e citadinos, urbano e rural não podem ser mensurados ou delimitados, sequer analisados, porque não são substantivos. O uso das expressões ruralidades e urbanidades parece mais adequado do que rural e urbano, pois expressam maior dinamismo através de identidades sociais que se reconstroem. As manifestações associadas a imagens rurais e urbanas podem ser identificadas, na medida em que os indícios de sua existência estão nas práticas sociais e nas identidades constituídas/atribuídas por cada indivíduo, instituição ou agente social. (BIAZZO, 2008, p. 145).

13 Este autor ainda ressalta que em paisagens do campo e das cidades (formas, conjuntos de objetos) existem urbanidades e ruralidades (conteúdos - heranças, origens, hábitos, relações, conjuntos de ações) que se combinam, gerando novas territorialidades, admitindo-se que cada local ou região pode abrigar diferentes territorialidades superpostas, relativas a diferentes agentes sociais. Para reforçar essa busca por uma nova visão, sustenta-se que não há espaços rurais ou espaços urbanos. Há urbanidades e ruralidades que, combinadas, ensejam as territorialidades particulares de cada localidade, município ou recorte regional. Tratase de não encarar rural e urbano como substantivos, pois desta forma nada especificam e seu significado se esvazia (BIAZZO, 2008). Outro autor que trabalha a relação rural e urbano é Rua (2007) que chama atenção para o termo urbanidades no rural, que na visão deste autor se refere a todas as formas de representação do urbano em áreas rurais, tanto no sentido da paisagem típica da cidade como no próprio modo de vida, porém esse autor concebe urbano e rural a partir de uma relação dialética entre ambos, na medida em que não há por exemplo o fim do rural a partir dessa relação, mas sim ressignificação, em que o rural como modo de vida se adequa as imposições da mudança. Um estudo que norteia bem aquilo que se busca mostrar neste trabalho foi à pesquisa realizada pela autora Terezinha Fraxe (2004), no qual a mesma estudou o processo de circularidade da cultura entre a Comunidade ribeirinha de São Francisco localizada no município do Careiro da várzea em relação à cidade de Manaus. A mesma identificou toda a questão do fluxo que ocorre entre esses locais (urbano e rural), destacando a ida e vinda de pessoas de um lugar para o outro; dos moradores dessas comunidades que vem até Manaus vender seus produtos na feira Manaus Moderna localizada no centro da cidade de Manaus, assim como comprar mercadorias na cidade, e que acabam levando e vivenciando o modo de vida urbano e mais tarde colocando as informações que tiveram da cidade em contato com a comunidade, o que caracteriza e intensifica a circulação da cultura. A autora deu destaque principalmente para os jovens das comunidades que tende ir para Manaus por causa dos estudos ou trabalho, e com isso fazem parte de uma troca cultural ainda mais intensa, ate mesmo pelo fato de que muitos estudavam durante os dias da semana (segunda a sexta) na cidade e finais de semana (sábado e domingo) já encontram-se em suas respectivas comunidades,

14 trazendo todo um arcabouço da cultura urbana para seus locais de origem. Esse é o processo de circularidade da cultura, que gera uma condição de trocas recíprocas, sem que as especificidades de cada cultura se percam de forma plena, ocorre então acréscimos, apropriações, e relações complementares de culturas diferentes. As características do processo de centralidade da Comunidade de Bom Socorro em relação às demais Comunidades adjacentes da localidade do Zé Açu A Comunidade de Bom Socorro segundo informações do presidente da mesma, o Sr. João Gabriel, possui atualmente aproximadamente 230 famílias e 1200 moradores. Tem certa infraestrutura semelhante com a de uma pequena cidade, possuindo 07 ruas e duas travessas, as mesmas são asfaltadas (calçadão) e todas já possuem nomes, essa comunidade possui sistema público de abastecimento de água encanada e energia elétrica. Tendo nos aspectos da saúde, educação e economia um ponto de referência na localidade do Zé Açu, que por esse motivo torna essa comunidade uma centralidade nesses quesitos em relação às demais comunidades adjacentes 1 que utilizam esses serviços. Figura 1: A comunidade de Bom Socorro do Zé Açu. Fonte: trabalho de campo, 2013 (foto de Hapolo Ferreira). 1 Demais Comunidades adjacentes da localidade do Zé Açu: Nossa Senhora das Graças, Nossa Senhora de Nazaré, Paraíso, Santa Fé, Boa Esperança, Nova Esperança, Brasil Roça e Vista Alegre.

15 Figura 02: mapa de localização das comunidades que matem um maior fluxo de relações FONTE: Charlene Muniz, O mapa acima mostra as Comunidades de Boa Esperança (na parte terrestre), Nossa Senhora de Nazaré, Paraíso e Bom Socorro (nas margens da micro - bacia do Zé Açu). O destaque maior é para a Comunidade de Bom Socorro, pelo fato de a mesma funcionar na região do Zé Açu como uma centralidade através principalmente dos serviços de saúde, educação e da influencia econômica, serviços estes que atraem as outras comunidades que não dispõe desses mesmos serviços, ou simplesmente por que não os possuem com a mesma qualidade que existe na comunidade de Bom Socorro. Entre essas comunidades destacadas acima no Mapa o processo de circularidade da cultura ocorre de forma mais intensa, devido principalmente ao fator da proximidade entre as mesmas. Através das festas de Santo, das quadrilhas, do boi bumbá, dos campeonatos de futebol, das relações de parentesco, dos encontros religiosos, das influencias reciprocas de ideias, informações, enfim, é desse ir e vir é que se concretiza o processo de circularidade da cultura entre essas Comunidades no sentido proposto por Fraxe (2004) e Ginzburg (1987). E é principalmente pela

16 influencia da comunidade de Bom Socorro quanto às outras Comunidades é que esse processo de trocas que envolve a circularidade da cultura se materializa. Recentemente Bom Socorro passa por um processo de expansão da área urbana, e a maioria das pessoas que estão indo morar na mesma são de outras comunidades próximas, principalmente da comunidade do Paraiso destacado no mapa, que fica nas margens do lago do Zé Açu também cerca de 20 minutos de canoa a remo de Bom Socorro. Nas entrevistas ao serem perguntados sobre os principais motivos para estarem vindo morar para Bom Socorro, a resposta mais frequente foi de que vieram principalmente pelos serviços que podem encontrar em Bom Socorro, principalmente a questão da água encana, do centro de saúde e da escola, serviços estes que geralmente não existem nas suas respectivas comunidades de origem. Em entrevista uma moradora (D. S. S, 45 anos) ressaltou que antes, quando morava na Comunidade do Paraíso enfrentava muitas dificuldades, posto que um dos problemas é o fato de não ter água encanada, sendo que a mesma tinha que utilizava a água direta do lago, e no tempo da vazante (julho a novembro) a água do lago ficava muito suja e imprópria para consumo, acarretando principalmente problemas de doenças como vômito e diarreia segundo a mesma. Outra dificuldade era no campo da educação, visto que seus filhos estudavam em Bom Socorro, e todos os dias tinham que ir remando de casco (embarcação típica dos ribeirinhos da Amazônia), para o colégio. Então por essas e outras dificuldades é que muitos moradores das outras Comunidades adjacentes estão migrando para Bom Socorro, pois essa Comunidade oferece serviços que nas outras ou não existem, ou existem de forma precária ainda. Neste capitulo será dada ênfase para os três elementos principais que constituem a base do processo de centralidade da comunidade de Bom Socorro do Zé Açu, são estes: o Centro de saúde comunitário Maria do Carmo, a escola municipal professor João Lauro, e os comércios em gerais da comunidade. Sendo que escolhemos esses três como elementos de referencia para atração de outras comunidades da região do Zé Açu para Bom Socorro. O Centro de saúde Maria do Carmo na comunidade (figura 03) possui atendimento diário, programas básicos de saúde, atendimento odontológico, onde o médico atende três vezes por semana (segunda, quarta e sexta), conta com três agentes de saúde comunitários, possui ainda uma enfermeira e um fisioterapeuta,

17 além de possuir todos os programas básicos de saúde da cidade de Parintins. Na pesquisa anterior em Costa (2012) constatou-se que no caso do tratamento de doenças ou outra situação que exige o serviço de saúde, 61,9% dos entrevistados declaram que usam os serviços do posto de saúde da comunidade, e apenas 23,8% disseram usar os hospitais da cidade de Parintins, sendo que as doenças mais frequentes na comunidade são principalmente a gripe, diarreias, micoses, casos de vômitos, hipertensão e diabetes. Funciona de segunda a sexta, das 07h às 11h e de 13h às 17 horas. Figura 03: Centro de saúde comunitário. Fonte: trabalho de campo, 2011 (foto de Luís Costa). Em entrevista a enfermeira do posto comunitário relatou que as principais dificuldades enfrentadas pelos profissionais se referem à falta de material humano, pois falta um médico fixo no local e também,segundo a mesma falta um entendimento por falta dos comunitários quanto à questão da prevenção, pelo fato de que muitos apenas procuram o posto em casos de doença, ou seja, não tem a cultura de prevenirem-se, ir constantemente ao centro de saúde, e fazer os diagnósticos necessários para prevenir certas doenças. Para a profissional, seria necessário um investimento da prefeitura municipal em campanhas de prevenção de certas doenças, nas áreas rurais, visto que essas campanhas sempre ocorrem mais na cidade. Sobre a importância do centro de saúde para as comunidades da localidade do Zé Açu a mesma fez o seguinte comentário. Bom então, todo mundo precisa, tanta comunidade aí que precisa, ao invés de ir pra cidade, e como a aqui é uma região bem populosa, aqui mesmo o Bom Socorro é bem populosa, então é um avanço muito grande ter o posto [...] e para as outras comunidades também, mesmo tendo a dificuldade, por

18 que as comunidades são muito distantes, e a referencias delas é aqui o posto, então se acontece as vezes alguma coisa elas correm pra cá, então só o fato de elas terem pra onde vim, já é um grande avanço. (I. G. S, 29 anos, trabalho de campo, 2013). Então no comentário da mesma é possível constatar a importância que o centro de saúde têm, não só para a comunidade de Bom Socorro, como para outras da região, no caso, ao todas são 09 comunidades, sendo 04 localizadas nas margens do rio e 05 localizadas na beira das estradas. Essa questão fundamenta a ideia de centralidade da comunidade de Bom Socorro do Zé Açu na região através do setor da saúde. Na área da educação está presente a escola Municipal Prof. João Lauro (figura 04), que tem como gestor na atualidade o Sr. Antônio Gonçalves Filho. Essa escola possui 08 salas; atende do maternal ao 9º ano e possui o ensino tecnológico a noite, atendendo cerca de 622 alunos e possui 20 professores (a maioria possui ensino superior). O ensino maternal possui 21 alunos pela manha e 24 à tarde. A escola se destaca também por ter uma sala de informática com dez computadores, além de desenvolver um projeto de educação inclusiva, pois conta com uma sala AEE- Atendimento Educacional Especial- atendendo 12 alunos com necessidades especiais (COSTA, 2012). Figura 04: Escola municipal Prof. João Lauro Fonte: trabalho de campo, 2011 (foto de Luís Costa). Essa escola atende principalmente os alunos das Comunidades adjacentes, atende alunos de 10 Comunidades (nome das Comunidades adjacentes em anexo) segundo o gestor da mesma, totalizando, levando em consideração os três turnos (matutino, vespertino e noturno) um total de 149 alunos que são provenientes de

19 outras Comunidades, que chegam à escola de Bom Socorro tanto por via fluvial (barcos) como por via terrestre (ônibus), como demonstram as figuras abaixo. A foto 05 mostra os alunos das Comunidades adjacentes chegando de barco na Comunidade de Bom Socorro para estudar, nesse caso no período noturno. A foto 06 mostra os alunos das Comunidades adjacentes já voltando de ônibus para suas respectivas Comunidades, nesse caso no período matutino. Figura 05: Os alunos chegando por via fluvial em Bom Socorro FONTE: trabalho de campo, 2013 (foto de Hapolo Ferreira) Figura06: Os alunos voltando de Bom Socorro para suas respectivas Comunidades FONTE: trabalho de campo, 2013 (foto de Hapolo Ferreira) Então a Comunidade de Bom Socorro através da área educacional consegue estabelecer uma relação de centralidade sobre as outras Comunidades adjacentes

20 do Zé Açu, e o depoimento a seguir do diretor da escola dessa Comunidade confirma ainda mais esse processo de influência. Eu vejo que ela se torna importante é que quando muitas das vezes tivemos essa situação, casos de pais não querer matricular seus filhos nas suas comunidades, que está próximo da sua casa, pra matricular aqui, por que dizem não, aqui meu filho vai aprender e lá não, então eu vejo que aqui é centro, e tem essa referencia de suma importância, justamente por essa questão, compromisso dos colegas, e o compromisso vai desde la da cozinha até a gestão da escola [...] mas ela se tornou importante por que todo mundo abraçou a causa, e por isso é uma escola bem vista, de referencia. (A. G. F, 44anos, trabalho de campo, 2013). Nessa questão foi perguntada ao diretor da escola a forma como o mesmo analisava a importância da escola de Bom Socorro para as demais Comunidades adjacentes da localidade do Zé Açu. A resposta do entrevistado fundamenta a importância da escola local no papel da educação, visto que como o mesmo disse, tem pais que preferem matricular seus filhos na escola da Comunidade de Bom Socorro do que nas suas respectivas Comunidades, ate mesmo pela estrutura diferenciada que tem essa escola como já comentado, boa estrutura essa que certamente não existe nas escolas das outras Comunidades; e essa questão mostra a influência exercida por Bom Socorro quanto às outras Comunidades adjacentes, nesse ponto através da educação. Quanto aos comércios, estes estão presentes na Comunidade (figura 07), geralmente são de moradores, que transformam um cômodo de sua casa em comércio, existe uma significativa variedade no numero de mercearias, açougues, pequenos comércios, lanche, e bar como se pode observar no Quadro abaixo. Segundo informações de alguns comunitários os comércios da comunidade de Bom Socorro abastecem não apenas o consumo local, mas também das demais comunidades adjacentes, o que torna visível mais uma vez a importância dessa comunidade como centralidade econômica da região. Puderam-se verificar também alguns casos da venda de apenas alguns produtos nas casas, geralmente a venda de cervejas. (COSTA, 2012).

21 Figura 07: estabelecimentos comerciais presentes na comunidade FONTE: trabalho de campo, 2011 (foto de Luís Costa) Estabelecimentos comerciais presentes na comunidade Quantidade Açougue 2 Mercearias 3 Pequenos comércios 6 Lanches 2 Bar 2 Quadro 01: estabelecimentos comerciais presentes na comunidade. FONTE: Luís Fernando Belém da Costa, Segundo alguns comerciantes entrevistados os principais produtos vendidos se referem a elementos alimentícios em geral, (frango, calabresa, salsicha, conserva, ovos, arroz, macarrão, e entre outros) sendo que suas mercadorias provem principalmente da cidade de Parintins, e a época que se vende mais é sempre no inicio e fim dos meses. Talvez tenha haver com a época em que os comunitários recebem seus benefícios sociais (aposentadoria, Bolsa Família, etc.). Outra informação importante é que segundo os mesmos vem muitas pessoas de

22 outras Comunidades fazerem compras em seus comércios, o que evidencia mais uma vez a importância dos comércios locais como referencia econômica da Comunidade de Bom Socorro, pois fica mais em conta comprar alguns produtos na mesma do que ir até a cidade. Quando foi perguntado para um dos comerciantes entrevistados sobre a importância do seu comércio para a Comunidade de Bom Socorro, assim como para as demais Comunidades adjacentes da localidade do Zé Açu, o mesmo respondeu da seguinte forma: Assim, ajuda né, as pessoas ai que vem, eles vem sempre fazer compras aqui com a gente, e as vezes o dinheiro deles não dá, ai a gente já ver a dificuldades deles ne, ai a gente já faz aquele preço que deia pra eles pagarem, ai já é uma boa coisa pra eles né, e pra gente também, por que fazem compra no nosso comercio, então a gente se ajuda, eles ajuda a gente e nos ajuda eles, e é assim que acontece. (M. S. S, 47 anos, trabalho de campo, 2013).. Para o comerciante então a uma relação de ajuda mútua, ao mesmo tempo em que o mesmo proporciona para seus clientes de Bom Socorro e das outras Comunidades adjacentes condições para que estes comprem em seu comércio, os consumidores também ajudam a desenvolver a economia local. A figura a seguir mostra as mercadorias vindas da cidade de Parintins para a Comunidade de Bom Socorro. Figura 08: a chegada das mercadorias provindas da cidade de Parintins FONTE: trabalho de campo, 2013 (foto de Hapolo Ferreira). Em Costa (2012) constatou-se que durante os dias em que vivenciamos observação participante na Comunidade foi possível constatar que os barcos

23 sempre chegam com muitas mercadorias para abastecer os comércios locais, tratava-se principalmente de alimentos em gerais. Segundo relatos de alguns comerciantes, até pouco tempo, poucos eram os comércios de destaque, porém atualmente vários são os que têm surgido, como ficou evidente no quadro acima em que foi mostrado essa variedade de pequenos e médios comércios. A questão sociocultural na Comunidade de Bom socorro do Zé Açu: entre a mudança e a permanência A comunidade de Bom Socorro do Zé Açu passa por uma série de mudanças de cunho socioculturais nos últimos anos, em Costa (2012) foi trabalhada um pouco a lógica desse processo de transformações, dando ênfase para a mudança principalmente a partir de uma imposição urbana, analise hoje entendida como simplista demais, talvez até estruturalista, primeiramente por que o processo de mudanças partindo do ponto de vista social e cultural se dá de forma descontinuista, e não de forma mecânica. Quanto aos processos de mudanças socioculturais os culpados são tantos quanto complexos são os arranjos em que a metamorfose ocorre, depende do espaço, do grupo social, e mesmo num grupo social as mudanças terão intensidades diferentes em cada membro, sendo esta idéia concebida em Cândido (1979). Posto que este autor ao estudar um grupo social caipira (termo adotado pelo autor) da área rural do estado de São Paulo afirma que esses povos ficaram entre a mudança e a resistência. E esta condição de mudança sociocultural dar-se da seguinte maneira segundo este autor: 1) aceitação total, 2) rejeição total, 3) aceitação parcial dos traços introduzidos pela nova situação, sendo esta ultima hipótese mais comum e normal nos que permanecem no campo. Analisando tal proposta exposta por Candido (1979) entende-se aqui que no caso especifico dos moradores da comunidade de Bom Socorro do Zé Açu a situação que mais se encaixa é a 3) aceitação parcial dos traços introduzidos pela nova situação, porém, essa lógica não se dá de forma mecânica no objeto de pesquisa, posto que percebe-se no local que alguns assimilam mais as imposições urbanas e capitalistas, enquanto outras, principalmente os moradores antigos tendem a manter uma resistência maior frente as imposições da mudança. Muitos

24 ainda tentam na medida do possível reproduzir suas tradições, sua cultura, como fica claro no depoimento a seguir. No Zé Açu graças a Deus ainda temos uma identidade cultural muito forte, ate por que a gente tem preservado, tanto no lado religioso, as festas tradicionais são realizadas todos os anos, e muitas das noites da festa da padroeira ainda tem aquele momento cultural, ou seja, ainda há o sentido da preservação, assim é na festa religiosa, a escola também trabalha muito a questão da quadrilha, do boizinho, dessa cultura mesmo nossa, entendeu? além do esporte. (C. M. N, 39 anos, trabalho de campo, 2013). Nota-se no depoimento do comunitário uma preocupação com a preservação de uma cultura local, na manutenção e condição da reprodução das tradições comunitárias. Cabe nesse contexto colocar que a tradição implica num processo de reprodução, porém, não é algo estático, pois uma condição de mudança se dá de forma descontinuista, e, portanto, nem todos se adequam da mesma forma as condições da mudança. Outra questão é que a própria cultura é dinâmica e está sempre permeada por uma lógica que cria e recria hábitos, costumes, crenças, e identidades. Por isso mesmo o autor Harris (2006, p. 83) se referindo a essa questão chama a atenção para o fato de que: Portanto, quero afirmar que não há uma cultura cabocla, como se essa cultura tivesse uma realidade ontológica enquanto rede de crenças e procedimentos com um legado imóvel. De modo similar, não pode haver uma identidade cabocla, no sentido de uma fronteira étnica, separando o modo de vida caboclo de outro modo. Esses dizeres do autor exemplifica bem a importância de não tratar a cultura como algo fechado, imóvel, fixo; é necessário entender que esse termo abstrato deve ser entendido no seu processo de metamorfose, principalmente pelo fato de que uma cultura sempre mantém relações com outras culturas, e isso gera perdas e ganhos, ou ressignificação, por isso mesmo a autora Marconi (2001) afirma que o significado deste conceito vai variar no espaço e no tempo. E entender essa lógica nas análises científicas é fundamental, principalmente se tratando de Amazônia, onde existe uma grande variedade étnica cultural resultante de um processo histórico que significa intensa miscigenação. Nos estudos sobre Comunidades rurais se tratando de Amazônia é comum ao se entrevistar os moradores mais antigos e perceber que a forma geralmente como

25 estes analisam as condições da mudança sempre é comparando com o passado. É comum se ouvir as frases no meu tempo não era assim, antigamente isso não acontecia, é preciso ter atenção para esse tipo de análise, posto que implica perceber a mudança pelo depoimento de quem tem mais propriedade para falar empiricamente desse processo, pois foram protagonistas de um tempo em que as relações sociais e culturais eram diferentes e ao mesmo tempo vivenciam o tempo presente e suas mudanças. Estes tem a capacidade de comparar tempos distintos a partir de suas vivências. Esta pesquisa se fundamentou principalmente nas entrevistas, dando ênfase para o depoimento dos moradores mais antigos, para perceber a forma como os mesmos compreendem a mudança sociocultural que passa a Comunidade pesquisada. Um dos entrevistados quando perguntado se gostava de morar na comunidade e posteriormente se achava que antigamente era melhor de se viver na mesma, respondeu então da seguinte forma: Pelo menos ate hoje eu sou um cara que vive tranquilo aqui, não perturbo ninguém e ninguém também me perturbou ate hoje aqui, eu vivo a 45 anos aqui na comunidade, desde a década de 70 né, então pra mim é bom de viver aqui por isso, [...] já tive terreno na cidade, mas nunca quis morar lá. (T. M. C, 67 anos, trabalho de campo, 2013). Bom eu acho que a 15 anos atrás era melhor aqui, agora já tem muita perturbação, tem final de semana ai que a gente vive ai preocupado, antigamente não, podia dormir ate de porta aberta que não tinha problema não, se alguém ia entrar e mexer alguma coisa, agora não, aqui agora já igual uma cidade, aqui ta em ritmo de cidade já. (T. M. C, 67 anos, trabalho de campo, 2013). Outro entrevistado quando também perguntado se gostava de morar na comunidade de Bom Socorro, o mesmo respondeu assim: Pra mim como diz o ditado nosso, sempre aonde a gente nasce, sempre é paragem que a gente dar mais valor, a gente não vai trocar a paragem aonde a gente nasceu por outro ne, e eu to muito bem aqui, [...] eu vou ai na nossa cidadezinha ai pertinho, mas é so fazer uma compra, mas pra dizer que eu vou pra morar, ai não, eu ate tenho uma irma que ela tem casa la, eu vou passo dois, três dias la já bem agoniado.(b. B. M. 80 anos, trabalho de campo, 2013). Percebe-se a relação indentitária que os entrevistados têm com o lugar onde vivem, uma relação de pertencimento, e é esse sentimento que cria a identidade com espaço vivido. Nas entrevistas com os moradores antigos sempre foi possível

26 notar seu apego com o seu local e ao mesmo tempo com o seu passado. Apesar da Comunidade está passando por inúmeras mudanças como a perda da coletividade comunitária, perda das atividades econômicas, que outrora foram, principalmente, baseadas na agricultura, pesca e extrativismo, e na atualidade a realidade é outra, assim como a imposição da racionalidade urbana, que funciona como imposição de hábitos e comportamentos típicos da cidade, assim como também individualismo provocado por uma racionalidade capitalista. Mas ainda sim muitas relações guardam resistências, não apenas entre os moradores antigos, mas entre os próprios moradores mais novos, que tentam preservar na medida do possível uma reprodução cultural. Para muitos moradores de Bom Socorro as coisas mudaram de forma significativa nesses últimos anos, foi comum se ouvir de muitos a frase aqui já está no ritmo de cidade, ou seja, os próprios moradores percebem o processo de mudanças socioculturais pelo qual estão passando, mudanças nas relações sociais, nas festas, na religiosidade, nas atividades econômicas, etc. Noutra questão que se verifica as imposições da mudança são através da influência dos meios de comunicação no cotidiano (comportamento) dos moradores de Bom Socorro, principalmente dos mais jovens, como será exposto no depoimento a seguir de um professor (docente) da escola da Comunidade, onde o mesmo fala principalmente dessa influência no comportamento dos seus alunos (discente). A mídia hoje ela ensina até muito mais rápido do que a escola, se ver hoje na escola vários Neymar, varias Morenas, são personagens do esporte, das novelas, que os alunos muitas vezes aprendem muito mais rápido, então a influencia da televisão é muito forte aqui, do próprio radio mesmo, e hoje não se fala mais aquela linguagem típica dos ribeirinhos, o caboquês mesmo propriamente está sendo esquecido aqui na comunidade [..] então essa linguagem ela acaba influenciando na cultura local, na linguagem e no comportamento, pois assistem o personagem e no outro dia já querem imitar, já é muito difícil você ver uma criança ou um adolescente aqui falando o caboquês, a linguagem já é praticamente uma linguagem urbana, então a linguagem que você vê na cidade é a linguagem que você vê no Zé Açu, a não ser os mais antigos, os moradores mais idosos, alguns, não são todos, que ainda preservam esse linguajar caboquês. (C. M. N, 39 anos, trabalho de campo, 2013). Então esse processo de circularidade da cultura tende também a impor mudanças nos locais. Os meios de comunicação segundo o depoimento do professor entrevistado influênciam no comportamento e na linguagem dos seus alunos, e o mesmo também ressalta a perda da linguagem típica dos ribeirinhos, o caboquês (linguagem típica dos ribeirinhos na visão do professor). Nesse contexto

27 o entrevistado argumenta sobre a influência da cultura urbana na linguagem local ribeirinha, porém, ressaltando que nem todos aderem a essa lógica do urbano, principalmente os moradores antigos, que tendem a manter certa resistência diante das imposições da mudança. Uma questão importante é que quando perguntados se a festa do santo da Comunidade ainda continuava sendo realizada da forma como era antigamente, as respostas ficaram bastante divididas em opiniões opostas como se observa no gráfico abaixo. Muitos disseram que antigamente a festa era mais organizada, os comunitários eram mais unidos, e também a festa se prolongava mais do que na atualidade. Sendo essas algumas das principais mudanças que ocorreram na essência da festa de santo da Comunidade de Bom Socorro segundo a concepção de alguns moradores entrevistados. Gráfico 01: se as festas de santo continuam a serem realizadas como antigamente FONTE: Luís Fernando Belém da costa, As mudanças que ocorreram na festa, como nos dias de realização da mesma, que antes era de nove dias e agora fica em 04 dias, foi para ajustar a mesma a racionalidade urbana, pois dias mais longos da festa requer mais trabalho para seus organizadores, e também com apenas quatro dias, tem mais participação das pessoas da cidade e das outras Comunidades, sendo esse processo algo gerador da circularidade da cultura.

28 Figura 09: Procissão em honra a nossa senhora do perpetuo socorro. FONTE: trabalho de campo, 2011 (foto de Luís Costa). Então é notório que a vida dos moradores passa por um processo onde acontecem as mudanças socioculturais, ao mesmo tempo em que essas mudanças são enfrentadas gerando um processo de permanência frente às imposições, e o termo que bem resume essa situação é mudança e permanência. A circularidade da cultura na Comunidade de Bom Socorro do Zé Açu. A ideia do processo de circularidade da cultura neste trabalho está principalmente fundamentada nos estudos de Fraxe (2004), que analisou esse processo entre as Comunidades ribeirinhas do município do careiro da várzea e a cidade de Manaus, na qual constatou toda uma relação de fluxos, trocas, entre mercadorias, informações, ideias, culturas, através da ida e vinda de pessoas de um lugar para o outro. E Ginzburg (1987) que mostra que entre culturas diferentes as relações se dão num processo recíproco de influências. E a Comunidade de Bom Socorro está intimamente condicionada por esse processo de circularidade da cultura, principalmente através da relação com a cidade de Parintins, assim como com as demais Comunidades adjacentes como fica claro no depoimento abaixo de um morador da Comunidade de Bom Socorro. Eu já fui ali pelo quebra, mato grosso 2, tudo por ai eu já andei, agora que eu já não tenho andado mais, mas tenho saudade de ir, mas to sem condição [...] ate ontem ainda teve gente aqui dai da banda do Quebra, sempre eles tão vindo aqui, por que aqui é o centro né, e as outras comunidades sempre fazem visita aqui.(b. B. M. 80 anos, trabalho de campo, 2013). 2 Comunidades pertencentes ao Projeto de Assentamento da Gleba de Vila Amazônia.

29 A questão principal a se analisar no depoimento do entrevistado é perceber sua relação com as outras Comunidades, e também fundamentar a ideia da Comunidade aqui estudada como centralidade, e sua relação com as outras Comunidades, que se dá intimamente num processo de trocas, principalmente através das festas religiosas, como de eventos culturais como do boi-bumbá e das quadrilhas (figura 10). Figura 10: as quadrilhas na comunidade de Bom Socorro FONTE: (Arquivo pessoal da Escola Municipal Profº João Lauro). Nos finais de semana, principalmente no mês de junho, é comum a presença de pessoas, principalmente jovens das outras Comunidades adjacentes em Bom Socorro, que vem justamente ensaiar quadrilhas como retrata a figura acima, ou participar de torneios que são muito frequentes nessa Comunidade, e que acabam atraindo muitas pessoas de outras Comunidades, não apenas da localidade do Zé Açu, mas de outras áreas do município de Parintins, assim como pessoas da própria sede municipal, e essa condição acaba gerando a ideia de circularidade da cultura, posto que todas essas relações estão condicionadas por um processo de trocas. A relação dos moradores da comunidade com a cidade de Parintins é muito intensa, devido até mesmo a proximidade (cerca de 14km via fluvial), e a ida e vinda de pessoas é algo que chama a atenção como confirma o gráfico 02 abaixo, posto que mostra a frequência com que os moradores de Bom Socorro vão na cidade, assim como mostra os principais motivos pelos quais vão (gráfico 03).

30 Gráfico 02: a frequência que os moradores vão à cidade de Parintins. FONTE: Luís Fernando Belém da Costa, Gráfico 03: as principais motivações que levam os moradores a ir à cidade. FONTE: Luís Fernando Belém da Costa, Percebe-se o fluxo dos comunitários com a cidade de Parintins, posto que como mostra o gráfico 02 acima, 70% dos entrevistados estão semanalmente na cidade, o que mostra mais uma vez a influência que exerce a sede municipal na vida dos mesmos. Sendo que 75% dos entrevistados afirmaram que o meio de transporte utilizado para ir ate a cidade é barco de linha, 20% disseram que vão de motor de poupa rabeta, enquanto apenas 5% responderam que utilizam a voadeira (motor de poupa) para ir até a sede. Os motivos para ir à cidade como mostra o gráfico 03 acima são principalmente para ir comprar mercadorias e insumos em gerais,

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