UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHAO CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE DEPARTAMENTO DE MEDICINA I CURSO DE MEDICINA

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHAO CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE DEPARTAMENTO DE MEDICINA I CURSO DE MEDICINA"

Transcrição

1 UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHAO CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE DEPARTAMENTO DE MEDICINA I CURSO DE MEDICINA ALVARO BRUNO BOTENTUIT SERRA DE CASTRO ESTRABISMO COMO PRIMEIRA MANIFESTAÇÃO DA SÍNDROME DE ARNOLD-CHIARI: RELATO DE CASO São Luís

2 ALVARO BRUNO BOTENTUIT SERRA DE CASTRO ESTRABISMO COMO PRIMEIRA MANIFESTAÇÃO DA SÍNDROME DE ARNOLD-CHIARI: RELATO DE CASO Trabalho de Conclusão de curso apresentado ao curso de Medicina da Universidade Federal do Maranhão, como requisito para obtenção do título de Médico. Orientador: Prof. Dr. Jorge Antônio Meireles Teixeira São Luís

3 ALVARO BRUNO BOTENTUIT SERRA DE CASTRO ESTRABISMO COMO PRIMEIRA MANIFESTAÇÃO DA SÍNDROME DE ARNOLD-CHIARI: RELATO DE CASO Trabalho de conclusão de curso apresentado ao curso de Medicina da Universidade Federal do Maranhão, como requisito para obtenção do título de Médico. Orientador: Prof. Dr. Jorge Antônio Meireles Teixeira Aprovada em: / / Prof.º Dr. Jorge Antônio Meireles Teixeira (Orientador) Doutor em Medicina (Oftalmologia) pela Universidade Federal de São Paulo Coordenador do Curso de Medicina da Universidade Federal do Maranhão Prof.ª Msc. Adriana Leite Xavier Bertrand Professora da Disciplina de Oftalmologia da Universidade Federal do Maranhão Profº. Dr. Élcio Francisco Cosseti Chefe do serviço de Oftalmologia do Hospital Universitário Presidente Dutra Prof.º Esp. José Anselmo dos Reis Freitas Filho Professor da Disciplina de Oftalmologista da Universidade Federal do Maranhão São Luís

4 RESUMO Introdução: A Síndrome de Arnold-Chiari (SAC) é uma condição congênita caracterizada por um defeito anatômico da base do crânio, em que o cerebelo e o tronco encefálico herniam através do forame magno para o interior do canal vertebral. O inicio dos sintomas geralmente ocorre entre a terceira e quarta década de vida, variando entre períodos de exacerbação e remissão. O estrabismo isolado na SAC é um sinal raro. Métodos: Trata-se de um estudo observacional, retrospectivo, do tipo descritivo, relato de caso de estrabismo vertical na Síndrome de Arnold-Chiari. A coleta de dados do prontuário de paciente, emitidos pelo Serviço de Oftalmologia no prontuário do paciente, localizado no Serviço de Arquivo Médico (SAME) do HUPD. Paciente foi informado sobre os detalhes da pesquisa e devida assinatura do Termo de Consentimento Livre e esclarecido. Relato do caso: Paciente apresentando estrabismo há um ano, com piora do quadro oftalmológico nos últimos dois meses. Após investigação do caso, o diagnóstico de SAC foi estabelecido através técnicas de neuroimagem e a descompressão cirúrgica do forame magno foi realizada, com resolução completa do quadro clinico. Conclusão: Devido aos poucos casos na literatura, não é possível concluir qual a fisiopatologia que melhor define o estrabismo na SAC tipo 1, apresentação pouco comum nessa síndrome. O tratamento de escolha para o Estrabismo no SAC I, consiste de neurocirurgia descompressiva. A cirurgia de estrabismo e uso de toxina botulínica são opcões terapêuticas úteis para casos de estrabismo refratários à neurocirurgia. A limitação deste trabalho consiste no fato de ser um relato de caso, porem incita a curiosidade cientifica para a realizacao de mais estudos, em um maior número de pacientes a respeito deste tema. Descritores: Síndrome de Arnold-Chiari; Estrabismo; Ressonância Nuclear Magnética; Descompressão cirúrgica; Cirurgia de Estrabismo 4

5 ABSTRACT Introduction: Arnold-Chiari syndrome (SAC) is a congenital condition characterized by an anatomic defect of the base of the skull, in which the cerebellum and brain stem herniated through the foramen magnum into the cervical spinal canal. The onset of Chiari syndrome symptoms usually occurs in the third or fourth decade. Symptoms may vary between periods of exacerbation and remission. Strabismus isolated in SAC is an uncommon sign. Methods: This was an observational, retrospective, descriptive, case report of vertical strabismus in Arnold-Chiari syndrome. The collection of data from patient records, issued by the Department of Ophthalmology in the patient file, located in the Service of Medical Files of HUPD. The patient was informed about the details of the research and due signing the Free and Informed Consent. Case Report: Patient presenting with strabismus for one year with worsening of ophthalmologic signs in the last 2 months. After investigation of the case, the diagnosis was established with neuroimaging techniques and surgical decompression of the foramen magnum was performed, with complete resolution of the case. Conclusion: Due to the few cases in the literature, it is not possible to conclude that the pathophysiology that best defines the SAC strabismus in type 1, an unusual presentation of this syndrome. The treatment of choice for Strabismus in SAC I, consists of neurosurgical decompression. The strabismus surgery and use of botulinum toxin are useful therapeutic options for refractory cases of strabismus neurosurgery. The limitation of this study is the fact that it is a case report, but encourages scientific curiosity for the conduct of further studies in a larger number of patients on this subject.. Keywords: Arnold-Chiari Syndrome; Strabismus; Nuclear Magnetic Resonance; Surgery decompression; Strabismus surgery 5

6 1. INTRODUÇÃO A Síndrome de Arnold-Chiari (SAC) é uma anomalia congênita da transição crânio-vertebral caracterizada por um deslocamento de uma ou ambas as tonsilas cerebelares para o canal vertebral, através do forame magno, com ou sem porções do tronco cerebral (TARRICO M, 2008). Em 1891 Hans Van Chiari descreveu esse grupo de malformações que envolvem vários graus tipos I a III, sendo o tipo IV descrito mais tarde. Esses quatro tipos são baseados em quão longe as amígdalas cerebelares são hérniadas e da quantidade de hidrocefalia presente. Os tipos II, III, IV podem ser identificados antes ou ao nascimento e podem ser letais (SPEER MC, 2003). O padrão de hereditariedade é complexo. Parece existir uma contribuição genética para um considerável número de casos, provavelmente por subdesenvolvimento do osso occipital e da fossa posterior - segmento mesoblástico da mesoderma para-axial defeito neuroectodérmico, o que é corroborado pela sua coexistência com doenças mendelianas - anomalias ósseas. Os casos adquiridos resultam de trauma, tumores crâniocervicais ou outras lesões cerebrais e medulares. (PENNEY DJ, 2001) O quadro clínico tem inicio geralmente na terceira ou quarta década de vida sendo caracteristicamente multiforme, variando conforme a disfunção da medula espinhal cervical, compressão primária do tronco cerebral ou cerebelo. Os sintomas relatados pela maioria dos pacientes com SAC tipo 1 são tipicamente inespecíficos, como dor na região da nuca, tontura, pressão retro-orbitária, visão turva, fotofobia intermitente, desequilíbrio, disfagia, rouquidão, hipo ou hiperacusia e vertigem. Achados neurológicos comuns podem incluir ataxia, disartria, nistagmo e outros déficits de nervos cranianos (HAERER AF, 1992). O diagnóstico da SAC é realizado através de técnicas de neuro-imagem com preferência para Ressonância Nuclear Magnética (RNM) (VENTUREYRA EC, 2003). Opções terapêuticas incluem tratamento clínico sintomático com fisioterapia ou intervenção cirúrgica. Pacientes assintomáticos podem ser acompanhados clinicamente, principalmente através de ressonância magnética. Sintomas significativos ou progressivos requerem tratamento cirúrgico, que consiste na descompressão da fossa posterior, objetivando o restabelecimento do fluxo liquórico, cabendo ao neurocirurgião avaliar a necessidade de eletrocoagulação, ressecção de tonsilas ou retração das tonsilas através de pontos ancorados na dura-máter (OAKES WJ, 1994). 6

7 O estrabismo é caracterizado por um distúrbio no alinhamento ocular o qual pode ocorrer em um ou ambos os olhos, de modo congênito ou adquirido, dependendo da posição do olhar e de outros fatores associados. Pode ser classificado de acordo com a direção do desvio em horizontais esotropia e exotropia e desvios verticais como hiper ou hipotropia. Não obstante, o estrabismo adquirido como primeira manifestação de apresentação da SAC tipo 1 é relativamente raro, o tratamento neurocirúrgico nesses casos pode curar o distúrbio oftalmológico comprovando uma relação de causa-efeito (BIOUSSE V., 2000). Há poucos relatos na literatura sobre essa associação, o que torna interessante a descrição do nosso caso. 7

8 2. METODOS Trata-se de um estudo observacional, retrospectivo, do tipo descritivo, relato de caso de estrabismo vertical na Síndrome de Arnold-Chiari. O presente estudo foi inicialmente avaliado e aprovado pelo comitê de ética do Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão (HUUFMA) em São Luís-MA, Brasil. Após aprovação foi realizada coleta dos dados emitidos pelo serviço de Oftalmologia através de consultas aos registros presentes no prontuário do paciente, localizado no serviço de arquivo médico (SAME). O paciente foi informado sobre os detalhes da pesquisa e após assinatura do termo de consentimento livre e esclarecido. 8

9 3. RELATO DE CASO MVCB, masculino, 44 anos, pardo, casado, natural e residente em São Luís-MA, ensino médio completo, bancário e católico. Queixa principal de visão borrada há um ano. Paciente refere que há mais ou menos um ano iniciou quadro de diplopia vertical intermitente, com piora progressiva nos últimos dois meses. Associado ao quadro relatou episódios de cefaléia de localização nucal, precordialgia e dispneia aos médios esforços nos últimos dois anos. Realizou avaliação cardiológica, a qual não evidenciou quaisquer alterações. Nega uso de medicações. Sem demais queixas clínicas. De antecedentes pessoais relatou quadro dispéptico e nefrolitíase. Nega hipertensão arterial, acidente vascular encefálico, tumores cerebrais, aneurismas, traumatismos cranianos, diabetes mellitus (DM), intervenções cirúrgicas realizadas. De antecedentes familiares, o paciente nega casos de DM, tumores ou malformações cerebrais e estrabismo na família. Quanto aos antecedentes fisiológicos nasceu de parto normal, a termo, sem complicações durante o parto.no Exame Neurológico não apresentou alterações. Ao exame oftalmológico apresentou acuidade visual com correção (AVcc): 1,0 / 1,0 (J1), refração dinâmica (Rx): plano / -0,50 à 90⁰, Adição(Ad): 150, pressão intraocular (PIO): 11/10, Fundo de olho à oftalmoscopia indireta(foi): normal em ambos os olhos (AO). Ao exame da musculatura ocular extrínseca pelo método de Prima e Cover (P&C) para longe e com correção (l, cc): D / E 2, comitante - Fusão à medida objetiva do desvio, Versões: normais, Nistagmo sacádico nas lateroversões (fisiológico). Foram estabelecidas algumas hipóteses diagnosticas, Diabetes Mellitus, Doença de Basedow-Graves, Tumor do Sistema Nervoso Central, Miastenia Gravis, Síndrome Miastênica de Eaton-Lambert, Esclerose Múltipla e Síndrome de Arnold-chiari. O diagnóstico foi estabelecido através de Ressonância Nuclear Magnética de crânio, na qual foi observada herniação do tronco encefálico para o interior da medula espinhal. O paciente foi submetido à descompressão cirúrgica e evoluiu com resolução do quadro oftalmológico. 9

10 4. DISCUSSÃO A SAC tipo 1 é caracterizada por uma deformidade da fossa cerebral posterior e uma protrusão das tonsilas cerebelares de pelo menos 3 a 5 mm através do forame magno. Estas estruturas podem exercer graus variáveis de pressão sobre o tronco encefálico e medula espinhal, provocando alterações na dinâmica liquórica. Este aumento pressórico pode afetar a função do sexto par craniano, sendo o principal mecanismo desencadeador do quadro de estrabismo(curtis R, 2009) na SAC tipo 1. Entretanto, no caso relatado o paciente apresentou desvio vertical, incompatível com o diagnostico de paresia do sexto par. A síndrome afeta todas as raças e ambos os gêneros, embora seja predominante no sexo feminino. Diferente do presente caso, em que o individuo é do sexo masculino. Sua prevalência é de difícil definição, uma vez que a maioria dos casos é assintomática, o que torna escassa a informação epidemiológica (FERNANDEZ AA,2009). A média de início da apresentação clínica encontra-se por volta da terceira e quarta década de vida (PILLAY PK, 1991) assim como no presente caso. Embora os sintomas possam começar em qualquer idade, do primeiro ano de vida até além dos 60 anos, sendo raros acima de 65 anos de idade (AITKEN LA, 2009; GREENLEE JD,2002). O quadro clínico é geralmente inespecífico e oscila entre períodos de exacerbação e remissão (HAERER AF, 1992), apresentando-se na maioria dos casos com uma cefaléia suboccipital de natureza opressiva acentuada com a manobra de Valsalva, tontura, vertigem, alterações auditivas e da função respiratória, disfagia, e fasciculações da língua (FERNANDEZ AA, 1999). No presente estudo o paciente apresentou cefaleia nucal esporádica, e dispneia aos pequenos e médios esforços, porém não foram relatados vertigem ou alterações auditivas. Achados objetivos como nistagmo, sinais cerebelares e acometimento de pares cranianos ocorrem em uma minoria de pacientes. Outros sintomas descritos são os oculares, sendo mais comum dor retro-orbital, diplopia, visão borrada e fotofobia.( TARRICO M, 2008) Um quadro de diplopia vertical intermitente associado a nistagmo fisiológico foi encontrado de maneira semelhante neste caso. Embora o estrabismo seja uma manifestação pouco comum, neste estudo foi encontrado como primeira manisfetação da SAC tipo 1, com exacerbação do quadro oftalmológico nos últimos 2 meses. 10

11 O Estrabismo é um achado objetivo que pode ser observado em pacientes com SAC tipo I. Na maioria dos casos descritos este vem acompanhado de outras manifestações típicas, como nistagmo patológico, síndrome cerebelar e papiledema indicando hidrocefalia (LEWIS AR, 1996). Estrabismo como manifestação isolada de SAC tipo I é raro e poucos casos foram descritos na literatura. Na verdade, estrabismo de instalação aguda é incomum em qualquer indivíduo (SIMON AL, 1997). Trata-se de um achado tão raro que alguns autores tem defendido a realização de estudo de neuroimagem somente quando outros sinais neuro-oftalmológicos estejam presentes (VALERIE BIOUSSE, MD, 2000). Franzco et AL, 2006, em uma busca por casos descritos na literatura, relacionou uma serie de 25 casos de estrabismo associado a SAC tipo I, comparando as principais características apresentadas por esses pacientes. 72% era do sexo feminino, 60% tinham menos que 20 anos, com de idade variando entre 5 e 54 anos. Aproximadamente 88% dos pacientes apresentaram outras manifestações neurológicas associadas, como nistagmo e sinais cerebelares. O principal sintoma associado foi cefaleia, presente em todos os pacientes desse estudo (FRANZCO CLAUDIA MD, 2006). Estrabismo na SAC tipo I foi inicialmente atribuído à existência de hidrocefalia. No entanto, a maioria dos pacientes sintomáticos com SAC tipo I não apresentam hidrocefalia (BIGLAND AW, 1990), em concordância com o paciente do presente estudo, o qual não apresentava sinais de hipertensão intracraniana. É provável que nem todo caso de estrabismo na SAC tipo I esteja relacionado primariamente à disfunção do nervo abducente ou a uma pressão intracraniana elevada (MILHORAT TH, 1999), o que de fato observamos no presente caso, cujo desvio ocular era do tipo vertical. Milhorat et AL, 1999, sugeriram que alguns sinais e sintomas da SAC tipo I podem estar relacionados à alterações do fluxo de líquor levando à compressão do tronco encefálico. De fato, em uma série de 364 pacientes sintomáticos com SAC tipo I, Milhorat et AL observaram que 9% dos indivíduos apresentaram uma herniação de menos que 5mm. Eles sugeriram que o principal mecanismo da SAC tipo I não é o deslocamento tonsilar, mas uma fossa craniana posterior volumetricamente pequena que não consegue acomodar ponte, bulbo e o cerebelo de forma satisfatória, levando a alterações na dinâmica do líquor como já comprovado por ressonância magnética de fluxo. O diagnóstico da SAC em pacientes sintomáticos ou assintomáticos é estabelecido com técnicas de neuro-imagem, de preferência com RNM, a qual é útil 11

12 para estudo do volume da fossa posterior e da dinâmica do fluxo de líquor (VENTUREYRA EC, 2003). Análise de casos anteriores sugerem que as características neurológicas ou progressão do desvio ocular são indícios para investigação com RNM. Outros autores têm recomendado que o estrabismo sem outras características neurológicas, não justifica mais investigações iniciais embora quando houver um alto índice de suspeição médica o exame de neuroimagem seja aconselhável (SIMON AL, 1997). O paciente do caso relatado foi diagnosticado por meio de RNM de acordo com a maioria dos estudos da literatura. (FIGURA 1) A SAC tipo I tem sido tratada cirurgicamente por um número variado de métodos. O tratamento primário é descompressão da fossa posterior. Este procedimento pode fornecer mais espaço em torno da porção inferior do tronco cerebral e melhorar o funcionamento neurológico devido a remoção de parte do osso occipital. Procedimento neurocirúrgico semelhante foi realizado com o paciente descrito nesse caso, com resolução completa do quadro de estrabismo. Os pacientes podem também se beneficiar de formas adequadas de fisioterapia e terapia ocupacional com alívio considerável de alguns sintomas (VALERIE BIOUSSE, MD, 2000). A decisão-chave para o manejo do paciente é saber proceder inicialmente com o estrabismo ou neurocirurgia para a malformação. Em uma revisão da literatura, Weeks e Hamed concluíram que a seqüência apropriada de tratamento deve ser primeiro descompressão suboccipital, seguida pela cirurgia de estrabismo caso o realinhamento ocular espontâneo não ocorra, e sugeriram aguardar 3 a 6 meses antes de prosseguir com a cirurgia de estrabismo. Defoort-Dhellemmes et al recomendaram um aguardo de 12 meses para definir uma resposta tardia à neurocirurgia. Neste estudo foram analisados relatos de casos anteriores em que a neurocirurgia foi a opção de tratamento inicial em 9 pacientes, com efetiva correção do estrabismo em 6 (67%) destes. Por outro lado, o tratamento inicial do estrabismo seja conservador ou cirúrgico foi empregado em 12 casos, onde se revelaram eficazes em 6 deles. No total, metade do grupo que realizou tratamento inicial do estrabismo necessitou posteriormente neurocirurgia. Dada a relativa simplicidade e menor morbidade cirurgia de estrabismo, em comparação com a descompressão neurocirúrgica, alguns podem defender cirurgia de estrabismo em primeiro lugar, reservando a neurocirurgia para os casos que apresentarem recorrência. No entanto, o procedimento neurocirúrgico de descompressão suboccipital é supostamente seguro, o risco de grave morbidade irreversível é estimada 12

13 em menos de 2%. Além disso, o atraso no tratamento definitivo da SAC pode causar lesões neurológicas irreversíveis. (CAI C, OAKES WJ, 1997) A toxina botulínica tem sido utilizada com sucesso como opção terapêutica para alguns casos de estrabismo associado à SAC tipo 1, refratários à neurocirurgia. Nestes pacientes tem-se obtido resolução do quadro oftalmológico na grande maioria dos casos (ALISON YR, 2006). Entretanto, mais estudos são necessários para determinar a eficácia e possíveis efeitos adversos dessa substância no contexto da SAC tipo I. 13

14 5. CONCLUSÃO Com tão poucos casos na literatura, não é possível concluir qual a fisiopatologia melhor define o estrabismo na SAC tipo I. Nem sempre o estrabismo na SAC I é causado por disfunção do sexto par craniano ou hidrocefalia, podendo existir uma provável alteração no núcleo do terceiro par, levando a um quadro de estrabismo vertical, como o apresentado no relato de caso. Na SAC I, o principal sintoma é a cefaleia, sendo raro o estrabismo como primeira manifestacao da sindrome. O diagnóstico é realizado por meio de RNM com devida avaliação da dinâmica do fluxo. O tratamento para o Estrabismo no SAC I, consiste de neurocirurgia descompressiva, porém, não podemos afirmar que essa conduta irá sempre produzir resultados igualmente favoráveis como o desfecho apresentado neste relato de caso, no qual o paciente após o procedimento evoluiu com resolução completa do quadro clínico com regressão absoluta dos sintomas. A cirurgia de estrabismo e uso de toxina botulínica são opcões terapêuticas úteis para casos de estrabismo refratários à neurocirurgia. A limitação deste trabalho consiste no fato de ser um relato de caso e, portanto, analisar um único caso de estrabismo vertical na SAC tipo I, entretanto este estudo de caso incita a curiosidade cientifica para a realizacao de mais estudos, em um maior número de pacientes a respeito deste tema. 14

15 6. REFERÊNCIAS ALISON YR, JOHN P. Botulinum toxin for the treatmentof acute-onset concomitant esotropia in Chiari I malformation Biophtalmo, doi: /bjo AITKEN LA, LINDAN CE, SIDNEY S, GUPTA N, BARKOVICH AJ, SOREL M, WU YW: Chiari type I malformation in a pediatric population. Pediatric Neurologic 2009, 40(6): BIOUSSE V., NEWMAN N., PETERMANN S.,LAMBERT S. Isolated comitant esotropia and Chiari malformation. Am J Ophthalmol 2000;130: CAI C, OAKES WJ. Hindbrain herniation syndromes: the Chiari malformations (I and II). Semin Pediatr Neurol 1997;4: CURTIS R. BAXSTROM, O.D. Nonsurgical treatment for esotropia secondary to Arnold-Chiari I malformation: A case report. Optometry 2009;80: DEFOOR-DHELLEMMES S, DENION E, ARNDT CF, BOUVET-DRUMARE I, Resolution of acute acquired comitant esotropia after suboccipital decompression for Chiari I malformation. Am J Ophthalmol 2002;133: FERNANDEZ AA, GURRERO AI, VAZQUEZ ME et al. Malformations of the craniocervical junction (chiari type I and syringomyelia: classification, diagnosis and treatment). BMC Musculoskeletal Disorders 2009, 10(Suppl 1):S1 doi: / s1-s1 FRANZCO C, YAHALOM MD. Chiari 1 malformation presenting as strabismus: a case series of patients and review of the literature. Binocul Vis Strabismus. 2006; 21(1):18-26 GREENLEE JD, DONOVAN KA, HASAN DM, MENEZES AH: Chiari I malformation in the very young child: the spectrum of presentations and experience in 31 children under age 6 years. Pediatrics 2002, 110(6): HAERER AF. COORDINATION. IN HAERER AF. DeJong.s the neurologic examination. 5.Ed., Philadelphia: Lippincott Company, 1992: LEWIS AR, KLINE LB, SHARP JA. Acquired esotropia due to Arnold Chiari I malformation. J Neuro-ophthalmol 1996;16:49 54.OPHTHALMOLOGY 2000, VOL. 130, NO. 2 MILHORAT TH, CHOU MW, TRINIDAD EM, KULA RW, MANDELL M, WOLPERT C, SPEER MC: Chiari I malformation redefined: clinical and radiographic findings for 364 symptomatic patients. Neurosurgery 1999, 44(5): OAKES WJ. Chiari malformations and syringohidromyelia. In Rengachary SS,Wilkins RH (eds). Principles of neurosurgery.hong Kong: Mosby-Wolfe, 1994;9:

16 PENNEY DJ, SMALLMAN JMB, Arnold-Chiari Malformation and Pregnancy, Int J Obstet Anesth 2001;10: PILLAY PK, AWAD IA, LITTLE JR, HAHN JF: Symptomatic Chiari malformation in adults: a new classification based on MRI with clinical and prognostic significance. Neurosurgery 1991, 28: SIMON AL, BORCHERT M. Etiology and prognosis of acute, late-onset esotropia. Ophthalmology 1997;104: SPEER MC, ENTERLINE DS, MEHLTRETTER L, Chiari Type I Malformation with or without Syringomyelia: Prevalence and genetics, Journal of Genetic Counseling 2003; 12(4): ; TARRICO M, MELO L. Retrospective study of patients with Chiari Malformation submitted to surgical treatment. Arquivo de neuropsiquiatria 2008; 66(2-A): VENTUREYRA EC, AZÍZ HA, VASSILYADI M: The role of cine flow MRI in children with Chiari I malformation. Childs Nerv Syst 2003, 19: WEEKS C., HAMED L. Treatment of acute comitant esotropia in Chiari 1 malformation. Ophthalmology 1999;106:

17 ANEXO FIGURA 1. RNM em corte sagital, mostrando hérnia tonsilar abaixo do forame magno com diminuição do espaço do líquor ao redor do forame sugestivo de tecido nervoso. 17

Imagem da Semana: Tomografia de órbita

Imagem da Semana: Tomografia de órbita Imagem da Semana: Tomografia de órbita Figura: Tomografia computadorizada contrastada de crânio. Enunciado Criança do sexo masculino, 2 anos, natural de Parauapebas (PA), apresentava reflexo branco em

Leia mais

Exotropia consecutiva a cirurgia de endotropia

Exotropia consecutiva a cirurgia de endotropia Oftalmologia - Vol. 38: pp.7- Artigo Original Exotropia consecutiva a cirurgia de endotropia Mónica Franco, Cristina Pereira, Luisa Colaço, Raquel Seldon 2, Ana Vide Escada 2, Gabriela Varandas 3, Maria

Leia mais

ABORDAGEM E DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DE PROBLEMAS NA COLUNA VERTEBRAL E MEDULA ESPINHAL

ABORDAGEM E DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DE PROBLEMAS NA COLUNA VERTEBRAL E MEDULA ESPINHAL ABORDAGEM E DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DE PROBLEMAS NA COLUNA VERTEBRAL E MEDULA ESPINHAL Ronaldo Casimiro da Costa, MV, MSc, PhD Diplomado ACVIM Neurologia College of Veterinary Medicine The Ohio State University,

Leia mais

RESIDÊNCIA MÉDICA 2014 PROVA OBJETIVA

RESIDÊNCIA MÉDICA 2014 PROVA OBJETIVA RESIDÊNCIA MÉDICA 2014 1 Questão 1 A confecção de acessos vasculares definitivos para hemodiálise (FAV) tornou-se um dos principais procedimentos realizados pelos cirurgiões vasculares em todo o mundo.

Leia mais

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA REABILITAÇÃO PROCESSO SELETIVO 2013 Nome: PARTE 1 BIOESTATÍSTICA, BIOÉTICA E METODOLOGIA

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA REABILITAÇÃO PROCESSO SELETIVO 2013 Nome: PARTE 1 BIOESTATÍSTICA, BIOÉTICA E METODOLOGIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA REABILITAÇÃO PROCESSO SELETIVO 2013 Nome: PARTE 1 BIOESTATÍSTICA, BIOÉTICA E METODOLOGIA 1) Um histograma construído a partir de informações amostrais de uma variável

Leia mais

Tipos de tumores cerebrais

Tipos de tumores cerebrais Tumores Cerebrais: entenda mais sobre os sintomas e tratamentos Os doutores Calil Darzé Neto e Rodrigo Adry explicam sobre os tipos de tumores cerebrais. CONTEÚDO HOMOLOGADO "Os tumores cerebrais, originados

Leia mais

Data: 23/12/2013. NTRR 261/2013 Solicitante: Drª. Juliana Mendes Pedrosa Juiza de Direito - Itambacuri Numeração: 0327.13.002932-2.

Data: 23/12/2013. NTRR 261/2013 Solicitante: Drª. Juliana Mendes Pedrosa Juiza de Direito - Itambacuri Numeração: 0327.13.002932-2. NTRR 261/2013 Solicitante: Drª. Juliana Mendes Pedrosa Juiza de Direito - Itambacuri Numeração: 0327.13.002932-2. Data: 23/12/2013 Medicamento Material Procedimento x Cobertura TEMA: Artrodese de coluna

Leia mais

Data: 07/04/2014 NTRR 67/2014. Medicamento x Material Procedimento Cobertura

Data: 07/04/2014 NTRR 67/2014. Medicamento x Material Procedimento Cobertura NTRR 67/2014 Solicitante: Juiz Alex Matoso Silva Município de Itaúna - MG Número do processo: 0338.14.003128-1 Data: 07/04/2014 Medicamento x Material Procedimento Cobertura TEMA: Pegvisomanto para acromegalia

Leia mais

TRATAMENTO CONSERVATIVO E CIRÚRGICO DE HÉRNIA DE DISCO (TIPO I) TORACOLOMBAR GRAU V EM CÃO RELATO DE CASO

TRATAMENTO CONSERVATIVO E CIRÚRGICO DE HÉRNIA DE DISCO (TIPO I) TORACOLOMBAR GRAU V EM CÃO RELATO DE CASO 1 TRATAMENTO CONSERVATIVO E CIRÚRGICO DE HÉRNIA DE DISCO (TIPO I) TORACOLOMBAR GRAU V EM CÃO RELATO DE CASO LYS DE BARROS FOGAGNOLI 1, MILTON MIKIO MORISHIN FILHO 2. 1- Graduanda Medicina Veterinária Universidade

Leia mais

CEREBELO PROFª. RESPONSÁVEL: NORMA M. S. FRANCO ORGANIZADOR: ANDRÉ R MENDONÇA

CEREBELO PROFª. RESPONSÁVEL: NORMA M. S. FRANCO ORGANIZADOR: ANDRÉ R MENDONÇA CEREBELO PROFª. RESPONSÁVEL: NORMA M. S. FRANCO ORGANIZADOR: ANDRÉ R MENDONÇA FUNÇÃO DO CEREBELO. É a parte do encéfalo responsável pelo controle dos movimentos voluntários, aprendizagem motora, controle

Leia mais

6. Pronunciamento Técnico CPC 23 Políticas Contábeis, Mudança de Estimativa e Retificação de Erro

6. Pronunciamento Técnico CPC 23 Políticas Contábeis, Mudança de Estimativa e Retificação de Erro TÍTULO : PLANO CONTÁBIL DAS INSTITUIÇÕES DO SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL - COSIF 1 6. Pronunciamento Técnico CPC 23 Políticas Contábeis, Mudança de Estimativa e Retificação de Erro 1. Aplicação 1- As instituições

Leia mais

12º Imagem da Semana: Ressonância Magnética de Coluna

12º Imagem da Semana: Ressonância Magnética de Coluna 12º Imagem da Semana: Ressonância Magnética de Coluna Enunciado Paciente do sexo feminino, 34 anos, G1P1A0, hígida, está no terceiro mês pós-parto vaginal sob analgesia peridural, que transcorreu sem intercorrências.

Leia mais

TESTES RÁPIDOS: CONSIDERAÇÕES GERAIS PARA SEU USO COM ÊNFASE NA INDICAÇÃO DE TERAPIA ANTI-RETROVIRAL EM SITUAÇÕES DE EMERGÊNCIA

TESTES RÁPIDOS: CONSIDERAÇÕES GERAIS PARA SEU USO COM ÊNFASE NA INDICAÇÃO DE TERAPIA ANTI-RETROVIRAL EM SITUAÇÕES DE EMERGÊNCIA TESTES RÁPIDOS: CONSIDERAÇÕES GERAIS PARA SEU USO COM ÊNFASE NA INDICAÇÃO DE TERAPIA ANTI-RETROVIRAL EM SITUAÇÕES DE EMERGÊNCIA Unidade de Assistência, Unidade de Laboratório e Rede de Direitos Humanos

Leia mais

Vera Lúcia Castro Jaguariúna, novembro 2005.

Vera Lúcia Castro Jaguariúna, novembro 2005. HORIZONTES DA AVALIAÇÃO NEUROTOXICOLÓGICA DE AGROQUÍMICOS Vera Lúcia Castro Jaguariúna, novembro 2005. Uma vez que a neurotoxicidade contribui para vários distúrbios mentais e neurológicos é cada vez mais

Leia mais

PORTARIA Nº 177, DE 14 DE SETEMBRO DE 2009 DODF de 17.09.2009

PORTARIA Nº 177, DE 14 DE SETEMBRO DE 2009 DODF de 17.09.2009 PORTARIA Nº 177, DE 14 DE SETEMBRO DE 2009 DODF de 17.09.2009 O SECRETÁRIO DE ESTADO DE SAÚDE DO DISTRITO FEDERAL, no uso das atribuições que lhe confere o inciso X do artigo 204 do Regimento Interno,

Leia mais

Pesquisa sobre Segurança do Paciente em Hospitais (HSOPSC)

Pesquisa sobre Segurança do Paciente em Hospitais (HSOPSC) Pesquisa sobre Segurança do Paciente em Hospitais (HSOPSC) Instruções Esta pesquisa solicita sua opinião sobre segurança do, erros associados ao cuidado de saúde e notificação de eventos em seu hospital

Leia mais

SAÍDA DO MERCADO DE TRABALHO: QUAL É A IDADE?

SAÍDA DO MERCADO DE TRABALHO: QUAL É A IDADE? SAÍDA DO MERCADO DE TRABALHO: QUAL É A IDADE? Ana Amélia Camarano* Solange Kanso** Daniele Fernandes** 1 INTRODUÇÃO Assume-se que idade avançada e invalidez resultam em perda da capacidade laboral, o que

Leia mais

CONSULTA EM OFTALMOLOGIA GERAL CÓDIGO SIA/SUS: 03.01.01.007-2

CONSULTA EM OFTALMOLOGIA GERAL CÓDIGO SIA/SUS: 03.01.01.007-2 CONSULTA EM OFTALMOLOGIA GERAL CÓDIGO SIA/SUS: 03.01.01.007-2 Motivos para o encaminhamento: 1. Déficit Visual; 2. Cefaléia acompanhada de baixa acuidade visual 3. Retinopatia Diabética 4. Inflamação Ocular;

Leia mais

A Meta-Analytic Review of Psychosocial Interventions for Substance Use Disorders

A Meta-Analytic Review of Psychosocial Interventions for Substance Use Disorders A Meta-Analytic Review of Psychosocial Interventions for Substance Use Disorders REVISÃO META-ANALÍTICA DO USO DE INTERVENÇÕES PSICOSSOCIAIS NO TRATAMENTO DE DEPENDÊNCIA QUÍMICA Publicado: Am J Psychiattry

Leia mais

Data: 27/03/2014. NTRR 54/2014 a. Medicamento x Material Procedimento Cobertura

Data: 27/03/2014. NTRR 54/2014 a. Medicamento x Material Procedimento Cobertura NTRR 54/2014 a Solicitante: Secretaria da segunda vara da comarca de Caeté Número do processo: 0004453-75.2014 Data: 27/03/2014 Medicamento x Material Procedimento Cobertura Réu: Comarca de Caeté e Estado

Leia mais

A DISLEXIA E A ABORDAGEM INCLUSIVA EDUCACIONAL

A DISLEXIA E A ABORDAGEM INCLUSIVA EDUCACIONAL A DISLEXIA E A ABORDAGEM INCLUSIVA EDUCACIONAL Adriana de Souza Lemos dryycalemos@hotmail.com Paulo Cesar Soares de Oliveira libras.paulo@hotmail.com FACULDADE ALFREDO NASSER RESUMO: O objetivo dessa pesquisa

Leia mais

Páginas para pais: Problemas na criança e no adolescente. 3.14 A criança com Autismo e Síndrome de Asperger

Páginas para pais: Problemas na criança e no adolescente. 3.14 A criança com Autismo e Síndrome de Asperger Páginas para pais: Problemas na criança e no adolescente 3.14 A criança com Autismo e Síndrome de Asperger Introdução A maioria das crianças, desde os primeiros tempos de vida, é sociável e procura ativamente

Leia mais

Esclerose Lateral Amiotrófica ELA

Esclerose Lateral Amiotrófica ELA Esclerose Lateral Amiotrófica ELA É uma doença implacável, degenerativa e fatal que afeta ambos os neurônios motores superior e inferior; Etiologia desconhecida; Incidência de 1 a 2 : 100.000 pessoas;

Leia mais

Prova de revalidação de diplomas de graduação em Medicina obtidos no exterior 2013 Resposta aos recursos da prova teórica de Pediatria

Prova de revalidação de diplomas de graduação em Medicina obtidos no exterior 2013 Resposta aos recursos da prova teórica de Pediatria Prova de revalidação de diplomas de graduação em Medicina obtidos no exterior 2013 Resposta aos recursos da prova teórica de Pediatria Questão 80 Um escolar de 7 anos chega ao ambulatório, pois precisa

Leia mais

no Brasil de Hoje: Avanços e Dificuldades

no Brasil de Hoje: Avanços e Dificuldades Oncologia Infanto-juvenil no Brasil de Hoje: Avanços e Dificuldades Cláudio Galvão de Castro Jr Serviço o de Oncologia Pediátrica Hospital de Clínicas de Porto Alegre Instituto do Câncer Infantil do RS

Leia mais

Diretrizes e Parâmetros Mínimos para Avaliação e Acompanhamento da Audição em Trabalhadores Expostos a Níveis de Pressão Sonora Elevados

Diretrizes e Parâmetros Mínimos para Avaliação e Acompanhamento da Audição em Trabalhadores Expostos a Níveis de Pressão Sonora Elevados MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO PORTARIA 3214 - NR 7 - ANEXO I - QUADRO II Diretrizes e Parâmetros Mínimos para Avaliação e Acompanhamento da Audição em Trabalhadores Expostos a Níveis de Pressão Sonora

Leia mais

Hipotireoidismo. O que é Tireóide?

Hipotireoidismo. O que é Tireóide? Texto de apoio ao curso de Especialização Atividade física adaptada e saúde Prof. Dr. Luzimar Teixeira Hipotireoidismo O que é Tireóide? É uma glândula localizada na parte anterior do pescoço, bem abaixo

Leia mais

AUTORES: ¹ Gabriel Aguiar Carvalho, ² Luiz Fernando Rossilho de Figueiredo Filho,³ Bruno Busch Cameschi, ⁴ Lucas Boreli Bovo

AUTORES: ¹ Gabriel Aguiar Carvalho, ² Luiz Fernando Rossilho de Figueiredo Filho,³ Bruno Busch Cameschi, ⁴ Lucas Boreli Bovo NÚMERO: 21 TÍTULO: Síndrome de Horner na Infância após cirurgia de tumor no Mediastino Relato de caso / Horner s Síndrome in Childhood Neuroblastoma in post mediastinum - Case Report AUTORES: ¹ Gabriel

Leia mais

Visão dupla Suas causas e como tratar

Visão dupla Suas causas e como tratar Visão dupla Suas causas e como tratar XI Encontro de Ataxias Hereditárias Dra Marcela Bordaberry Blogg: diagnósticos em oftalmologia 28/06/2009 assunto diplopia. Definição: Diplopia, mais conhecido como

Leia mais

GLIOMA CEREBELAR E A CONTRIBUIÇÃO DA NEURORREABILITAÇÃO: RELATO DE CASO

GLIOMA CEREBELAR E A CONTRIBUIÇÃO DA NEURORREABILITAÇÃO: RELATO DE CASO NEURORREABILITAÇÃO: RELATO DE CASO ( Introdução Os tumores do sistema central (SNC) são responsáveis por 1,5% dos cânceres, e por 2,4% de suas mortes. Os tumores localizados no ângulopontocerebelar (APC)

Leia mais

INCIDÊNCIA DE TROMBOEMBOLISMO VENOSO NO PÓS-OPERATÓRIO DE PACIENTES SUBMETIDOS À CIRURGIA ORTOPÉDICA DE QUADRIL E JOELHO EM UM HOSPITAL DE GOIÂNIA.

INCIDÊNCIA DE TROMBOEMBOLISMO VENOSO NO PÓS-OPERATÓRIO DE PACIENTES SUBMETIDOS À CIRURGIA ORTOPÉDICA DE QUADRIL E JOELHO EM UM HOSPITAL DE GOIÂNIA. INCIDÊNCIA DE TROMBOEMBOLISMO VENOSO NO PÓS-OPERATÓRIO DE PACIENTES SUBMETIDOS À CIRURGIA ORTOPÉDICA DE QUADRIL E JOELHO EM UM HOSPITAL DE GOIÂNIA. ASSIS, Thaís Rocha¹; SILVA, Mara Nunes da²; SANDOVAL,

Leia mais

finasterida Merck S/A comprimidos revestidos 1 mg

finasterida Merck S/A comprimidos revestidos 1 mg finasterida Merck S/A comprimidos revestidos 1 mg finasterida Medicamento genérico Lei nº 9.787, de 1999. 1 mg APRESENTAÇÕES Comprimidos revestidos de 1 mg em embalagem com 30 ou 60 comprimidos. USO ORAL

Leia mais

Residência Saúde 2013 PROVA OBJETIVA PROVA DISCURSIVA FISIOTERAPIA ORGANIZADOR

Residência Saúde 2013 PROVA OBJETIVA PROVA DISCURSIVA FISIOTERAPIA ORGANIZADOR Residência Saúde 2013 FISIOTERAPIA 1 FISIOTERAPIA Questão 1 Pacientes com fraqueza muscular decorrente das doenças neuromusculares podem evoluir com disfunção pulmonar e insuficiência respiratória. Em

Leia mais

OUTUBRO. um mes PARA RELEMBRAR A IMPORTANCIA DA. prevencao. COMPARTILHE ESSA IDEIA.

OUTUBRO. um mes PARA RELEMBRAR A IMPORTANCIA DA. prevencao. COMPARTILHE ESSA IDEIA. OUTUBRO ROSA ^ um mes PARA RELEMBRAR A IMPORTANCIA DA ~ prevencao. COMPARTILHE ESSA IDEIA. ~ ^ O movimento popular internacionalmente conhecido como Outubro Rosa é comemorado em todo o mundo. O nome remete

Leia mais

LESÕES TRAUMÁTICAS DA COLUNA VERTEBRAL LESÃO MEDULAR (CHOQUE MEDULAR)

LESÕES TRAUMÁTICAS DA COLUNA VERTEBRAL LESÃO MEDULAR (CHOQUE MEDULAR) LESÕES TRAUMÁTICAS DA COLUNA VERTEBRAL E LESÃO MEDULAR (CHOQUE MEDULAR) Prof. Dr. Gabriel Paulo Skroch SUMÁRIO I Avaliação inicial e tratamento de emergência 1- Incidência, Etiologia e Demografia 2- Anatomia

Leia mais

cloridrato de betaxolol Medicamento Genérico, Lei nº 9.787, de 1999 Solução Oftálmica Estéril Cristália Prod. Quím. Farm. Ltda.

cloridrato de betaxolol Medicamento Genérico, Lei nº 9.787, de 1999 Solução Oftálmica Estéril Cristália Prod. Quím. Farm. Ltda. cloridrato de betaxolol Medicamento Genérico, Lei nº 9.787, de 1999 Solução Oftálmica Estéril Cristália Prod. Quím. Farm. Ltda. MODELO DE BULA PARA O PACIENTE 1 IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO cloridrato

Leia mais

Heteroforias. Desvio latente que só aparece quando há quebra da fusão; Indivíduo com uma capacidade fusional boa

Heteroforias. Desvio latente que só aparece quando há quebra da fusão; Indivíduo com uma capacidade fusional boa Texto de apoio ao curso de Especialização Atividade Física Adaptada e Saúde Prof. Dr. Luzimar Teixeira Heteroforias Definição É um desvio latente que os eixos visuais estão fixando normalmente o objeto

Leia mais

Projeto de Resolução n.º 238/XIII/1.ª. Recomenda ao Governo que implemente medidas de prevenção e combate à Diabetes e à Hiperglicemia Intermédia.

Projeto de Resolução n.º 238/XIII/1.ª. Recomenda ao Governo que implemente medidas de prevenção e combate à Diabetes e à Hiperglicemia Intermédia. Projeto de Resolução n.º 238/XIII/1.ª Recomenda ao Governo que implemente medidas de prevenção e combate à Diabetes e à Hiperglicemia Intermédia. O aumento da esperança de vida, conseguido através do desenvolvimento,

Leia mais

Câncer de Pulmão: Radioterapia Profilática de Crânio Total. Quais as evidências e os benefícios?

Câncer de Pulmão: Radioterapia Profilática de Crânio Total. Quais as evidências e os benefícios? FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS UNIVERSIDADE DE CAMPINAS Câncer de Pulmão: Radioterapia Profilática de Crânio Total. Quais as evidências e os benefícios? JUMARA MARTINS RADIOTERAPIA UNICAMP 2012 Introdução

Leia mais

TERMO DE CONSENTIMENTO INFORMADO - HERNIORRAFIA ABDOMINAL

TERMO DE CONSENTIMENTO INFORMADO - HERNIORRAFIA ABDOMINAL TERMO DE CONSENTIMENTO INFORMADO - HERNIORRAFIA ABDOMINAL PREZADO PACIENTE: O Termo de Consentimento Informado é um documento no qual sua AUTONOMIA (vontade) em CONSENTIR (autorizar) é manifestada. A intervenção

Leia mais

Curso de Exploração Funcional Vestibular

Curso de Exploração Funcional Vestibular Curso de Exploração Funcional Vestibular Referencial Pedagógico 1. Competências Globais e Específicas Esta acção de formação visa desenvolver competências gerais e específicas sobre o tema da Exploração

Leia mais

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO O (A) paciente, ou seu responsável, declara, para todos os fins legais, especialmente do disposto no artigo 39, VI, da Lei, 8.078/90 que dá plena autorização

Leia mais

Dor no Ombro. Especialista em Cirurgia do Ombro e Cotovelo. Dr. Marcello Castiglia

Dor no Ombro. Especialista em Cirurgia do Ombro e Cotovelo. Dr. Marcello Castiglia Dor no Ombro Dr. Marcello Castiglia Especialista em Cirurgia do Ombro e Cotovelo O que a maioria das pessoas chama de ombro é na verdade um conjunto de articulações que, combinadas aos tendões e músculos

Leia mais

ESCOLIOSE Lombar: Sintomas e dores nas costas

ESCOLIOSE Lombar: Sintomas e dores nas costas ESCOLIOSE Lombar: Sintomas e dores nas costas O que é escoliose? É um desvio látero-lateral que acomete acoluna vertebral. Esta, quando olhada de frente, possui aparência reta em pessoas saudáveis. Ao

Leia mais

Apnéia do Sono e Ronco Guia Rápido

Apnéia do Sono e Ronco Guia Rápido Homehealth provider Apnéia do Sono e Ronco Guia Rápido Ronco: atrás do barulho, um problema de saúde mais sério www.airliquide.com.br O que é Apnéia do Sono? Apnéia do sono é uma síndrome que pode levar

Leia mais

OFTPRED. Suspensão Oftálmica Estéril. acetato de prednisolona 10 mg/ml BULA PARA O PACIENTE LATINOFARMA INDÚSTRIAS FARMACÊUTICAS LTDA

OFTPRED. Suspensão Oftálmica Estéril. acetato de prednisolona 10 mg/ml BULA PARA O PACIENTE LATINOFARMA INDÚSTRIAS FARMACÊUTICAS LTDA OFTPRED LATINOFARMA INDÚSTRIAS FARMACÊUTICAS LTDA Suspensão Oftálmica Estéril acetato de prednisolona 10 mg/ml BULA PARA O PACIENTE COLÍRIO OFTPRED acetato de prednisolona 1,0% APRESENTAÇÕES Suspensão

Leia mais

Comorbidade entre depressão e doenças clínicas em um ambulatório de geriatria.

Comorbidade entre depressão e doenças clínicas em um ambulatório de geriatria. Artigo Técnico Saúde Total Novembro / 2007 Comorbidade entre depressão e doenças clínicas em um ambulatório de geriatria. O envelhecimento populacional fará com que os médicos e profissionais de saúde,

Leia mais

Este manual tem como objetivo fornecer informações aos pacientes e seus familiares a respeito da Anemia Hemolítica Auto-Imune.

Este manual tem como objetivo fornecer informações aos pacientes e seus familiares a respeito da Anemia Hemolítica Auto-Imune. MANUAL DO PACIENTE - ANEMIA HEMOLÍTICA AUTO-IMUNE EDIÇÃO REVISADA 02/2004 Este manual tem como objetivo fornecer informações aos pacientes e seus familiares a respeito da Anemia Hemolítica Auto-Imune.

Leia mais

COMISSÃO DE TRABALHO, DE ADMINISTRAÇÃO E SERVIÇO PÚBLICO

COMISSÃO DE TRABALHO, DE ADMINISTRAÇÃO E SERVIÇO PÚBLICO COMISSÃO DE TRABALHO, DE ADMINISTRAÇÃO E SERVIÇO PÚBLICO PROJETO DE LEI N o 1.549, DE 2003 (Apensos os Projetos de Lei nº 2.284, de 2003, e nº 2.626, de 2003) Disciplina o exercício profissional de Acupuntura

Leia mais

PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA INTERNA

PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA INTERNA 1/8 Sumário 1 Objetivo 2 Aplicação 3 Documentos complementares 4 Definições 5 Procedimento 1 Objetivo Este Procedimento tem como objetivo descrever a rotina aplicável aos procedimentos de auditoria interna

Leia mais

COMPARAÇÃO DAS ESTIMATIVAS DE CÂNCER SNC NAS REGIÕES DO BRASIL. Av. Prof. Luís Freire, 1000, Recife/PE, 50740-540, 2

COMPARAÇÃO DAS ESTIMATIVAS DE CÂNCER SNC NAS REGIÕES DO BRASIL. Av. Prof. Luís Freire, 1000, Recife/PE, 50740-540, 2 X Congreso Regional Latinoamericano IRPA de Protección y Seguridad Radiológica Radioprotección: Nuevos Desafíos para un Mundo en Evolución Buenos Aires, 12 al 17 de abril, 2015 SOCIEDAD ARGENTINA DE RADIOPROTECCIÓN

Leia mais

A finalidade dos testes de hipóteses paramétrico é avaliar afirmações sobre os valores dos parâmetros populacionais.

A finalidade dos testes de hipóteses paramétrico é avaliar afirmações sobre os valores dos parâmetros populacionais. Prof. Janete Pereira Amador Introdução Os métodos utilizados para realização de inferências a respeito dos parâmetros pertencem a duas categorias. Pode-se estimar ou prever o valor do parâmetro, através

Leia mais

Comparação da força da musculatura respiratória em pacientes acometidos por acidente vascular encefálico (AVE) com os esperados para a idade e sexo

Comparação da força da musculatura respiratória em pacientes acometidos por acidente vascular encefálico (AVE) com os esperados para a idade e sexo Comparação da força da musculatura respiratória em pacientes acometidos por acidente vascular encefálico (AVE) com os esperados para a idade e sexo Camila Viana Benzoni 1, Paulo Eduardo Gomes Ferreira

Leia mais

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE CAMPINAS CENTRO DE LINGUAGEM E COMUNICAÇÃO

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE CAMPINAS CENTRO DE LINGUAGEM E COMUNICAÇÃO PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE CAMPINAS CENTRO DE LINGUAGEM E COMUNICAÇÃO PRISCILLA DAIANNE GEREMIAS VIDAS REPAGINADAS CAMPINAS 2012 PRISCILLA DAIANNE GEREMIAS VIDAS REPAGINADAS Campinas, Conceito

Leia mais

PORTARIA N.º 19, DE 09 DE ABRIL DE 1998

PORTARIA N.º 19, DE 09 DE ABRIL DE 1998 PORTARIA N.º 19, DE 09 DE ABRIL DE 1998 O Secretário de Segurança e Saúde no Trabalho, no uso de suas atribuições legais, considerando o disposto no artigo 168 da Consolidação das Leis do Trabalho, o disposto

Leia mais

UTILIZAÇÃO DA MEIA ELÁSTICA NO TRATAMENTO DA INSUFICIÊNCIA VENOSA CRÔNICA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

UTILIZAÇÃO DA MEIA ELÁSTICA NO TRATAMENTO DA INSUFICIÊNCIA VENOSA CRÔNICA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA 13. CONEX Apresentação Oral Resumo Expandido 1 ISSN 2238-9113 ÁREA TEMÁTICA: (marque uma das opções) ( ) COMUNICAÇÃO ( ) CULTURA ( ) DIREITOS HUMANOS E JUSTIÇA ( ) EDUCAÇÃO ( ) MEIO AMBIENTE ( X ) SAÚDE

Leia mais

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO O(A) paciente, ou seu responsável, declara, para todos os fins legais, especialmente do disposto no artigo 39, VI, da Lei, 8.078/90 que dá plena autorização ao

Leia mais

Redação Dr. Maurício de Freitas Lima. Edição ACS - Assessoria de Comunicação Social Maria Isabel Marques - MTB 16.996

Redação Dr. Maurício de Freitas Lima. Edição ACS - Assessoria de Comunicação Social Maria Isabel Marques - MTB 16.996 2 Redação Dr. Maurício de Freitas Lima Edição ACS - Assessoria de Comunicação Social Maria Isabel Marques - MTB 16.996 Produção e Projeto Gráfico Designer Gráfico: Patricia Lopes da Silva Edição - Outubro/2012

Leia mais

Áudio. GUIA DO PROFESSOR Síndrome de Down - Parte I

Áudio. GUIA DO PROFESSOR Síndrome de Down - Parte I Síndrome de Down - Parte I Conteúdos: Tempo: Síndrome de Down 5 minutos Objetivos: Auxiliar o aluno na compreensão do que é síndrome de Down Descrição: Produções Relacionadas: Neste programa de Biologia

Leia mais

Disfagia: Diagnóstico Diferencial

Disfagia: Diagnóstico Diferencial Disfagia: Diagnóstico Diferencial M.Sc. Prof.ª Viviane Marques Fonoaudióloga, Neurofisiologista e Mestre em Fonoaudiologia Coordenadora da Pós-graduação em Fonoaudiologia Hospitalar Chefe da Equipe de

Leia mais

POLÍTICAS DE SAÚDE EM QUEIMADOS

POLÍTICAS DE SAÚDE EM QUEIMADOS MINISTÉRIO DA SAÚDE SECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE DEPARTAMENTO DE ATENÇÃO ESPECIALIZADA POLÍTICAS DE SAÚDE EM QUEIMADOS JUNHO - 2009 Diretrizes Tomando por base a necessidade de organizar à assistência

Leia mais

ISSN 2238-9113 ÁREA TEMÁTICA: (marque uma das opções)

ISSN 2238-9113 ÁREA TEMÁTICA: (marque uma das opções) 13. CONEX Apresentação Oral Resumo Expandido 1 ISSN 2238-9113 ÁREA TEMÁTICA: (marque uma das opções) ( ) COMUNICAÇÃO ( ) CULTURA ( ) DIREITOS HUMANOS E JUSTIÇA ( ) EDUCAÇÃO ( ) MEIO AMBIENTE ( X ) SAÚDE

Leia mais

HOSPITAL UNIVERSITÁRIO PROF. EDGARD SANTOS- UFBA - HUPES

HOSPITAL UNIVERSITÁRIO PROF. EDGARD SANTOS- UFBA - HUPES DADOS DO PROJETO DE PESQUISA Pesquisador: PARECER CONSUBSTANCIADO DO CEP Título da Pesquisa: IMPACTO DE EXERCÍCIOS BASEADOS NO PILATES SOLO VERSUS EXERCÍCIO AERÓBICO NA DOENÇA HEPÁTICA GORDUROSA NÃO ALCOÓLICA,

Leia mais

SAÚDE NORMAS DE PUBLICAÇÃO DA REVISTA BRASILEIRA DE CIÊNCIAS DA SAÚDE NORMAS

SAÚDE NORMAS DE PUBLICAÇÃO DA REVISTA BRASILEIRA DE CIÊNCIAS DA SAÚDE NORMAS NORMAS DE PUBLICAÇÃO DA REVISTA BRASILEIRA DE CIÊNCIAS DA 1. INFORMAÇÕES GERAIS A submissão dos manuscritos deverá ser efetuada pelo envio do material para o e-mail revista.saude@uscs.edu.br, sob a responsabilidade

Leia mais

Escoliose Idiopática no Adolescente: Instrumentação Posterior

Escoliose Idiopática no Adolescente: Instrumentação Posterior Escoliose Idiopática no Adolescente: Instrumentação Posterior Autoria: Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia Sociedade Brasileira de Reumatologia Elaboração Final: 23 de janeiro de 2008 Participantes:

Leia mais

Evolução da população do Rio Grande do Sul. Maria de Lourdes Teixeira Jardim Fundação de Economia e Estatística. 1 - Introdução

Evolução da população do Rio Grande do Sul. Maria de Lourdes Teixeira Jardim Fundação de Economia e Estatística. 1 - Introdução Evolução da população do Rio Grande do Sul. Maria de Lourdes Teixeira Jardim Fundação de Economia e Estatística Área Temática: Emprego e Mercado de Trabalho, Demografia Econômica. 1 - Introdução Este texto

Leia mais

18º Imagem da Semana: Tomografia Computadorizada de Crânio

18º Imagem da Semana: Tomografia Computadorizada de Crânio 18º Imagem da Semana: Tomografia Computadorizada de Crânio Enunciado Paciente masculino, 78 anos, hipertenso, com fibrilação atrial, admitido no PA com queixa de dificuldade para deambular e confusão mental

Leia mais

SISTEMA VESTIBULAR E MANUTENÇÃO DO EQUILÍBRIO

SISTEMA VESTIBULAR E MANUTENÇÃO DO EQUILÍBRIO SISTEMA VESTIBULAR E MANUTENÇÃO DO EQUILÍBRIO Prof. Hélder Mauad APARELHO VESTIBULAR Órgão sensorial que detecta as sensações de equilíbrio. Constituído por labirinto ósseo e por dentro dele há o labirinto

Leia mais

Gerenciamento da Integração (PMBoK 5ª ed.)

Gerenciamento da Integração (PMBoK 5ª ed.) Gerenciamento da Integração (PMBoK 5ª ed.) O PMBoK diz que: O gerenciamento da integração do projeto inclui os processos e as atividades necessárias para identificar, definir, combinar, unificar e coordenar

Leia mais

Qual o melhor tratamento? A favor da radioterapia Eduardo Weltman Hospital Israelita Albert Einstein Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo Radioterapia Meningiomas do seio cavernoso Possibilidades

Leia mais

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO O(A) paciente, ou seu responsável, declara, para todos os fins legais, especialmente do disposto no artigo 39, VI, da Lei, 8.078/90 que dá plena autorização ao

Leia mais

www.printo.it/pediatric-rheumatology/br/intro

www.printo.it/pediatric-rheumatology/br/intro www.printo.it/pediatric-rheumatology/br/intro Doença de Behçet Versão de 2016 2. DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO 2.1 Como é diagnosticada? O diagnóstico é principalmente clínico. Pode demorar entre um a cinco

Leia mais

Tema: NIVOLUMABE EM ADENOCARCINOMA MUCINOSO DE PULMÃO ESTADIO IV

Tema: NIVOLUMABE EM ADENOCARCINOMA MUCINOSO DE PULMÃO ESTADIO IV Nota Técnica 2015 NATS HC UFMG Solicitante: Renato Martins Prates Juiz Federal da 8ª Vara Seção Judiciária de Minas Gerais Nº Processo: 41970-36.2015.4.01.3800 Data 20/08/2015 Medicamento X Material Procedimento

Leia mais

INTERVENÇÃO FONOAUDIOLÓGICA NO SERVIÇO DE CONTROLE DA DOR OROFACIAL E DEFORMIDADES DENTOFACIAIS DO HULW/UFPB

INTERVENÇÃO FONOAUDIOLÓGICA NO SERVIÇO DE CONTROLE DA DOR OROFACIAL E DEFORMIDADES DENTOFACIAIS DO HULW/UFPB INTERVENÇÃO FONOAUDIOLÓGICA NO SERVIÇO DE CONTROLE DA DOR OROFACIAL E DEFORMIDADES DENTOFACIAIS DO HULW/UFPB ALVES, Giorvan Ânderson dos santos Alves LOPES SOBRINHO, Paulo Naati LUNA, Anibal Henrique Barbosa

Leia mais

O que é câncer? Grupo de doenças que têm em comum a proliferação descontrolada de células anormais e que pode ocorrer em qualquer local do organismo.

O que é câncer? Grupo de doenças que têm em comum a proliferação descontrolada de células anormais e que pode ocorrer em qualquer local do organismo. CÂNCER EM CRIANÇAS O que é câncer? Grupo de doenças que têm em comum a proliferação descontrolada de células anormais e que pode ocorrer em qualquer local do organismo. O câncer é comum em crianças? Nos

Leia mais

Betadine. Aché Laboratórios Farmacêuticos comprimido 16 mg e 24 mg

Betadine. Aché Laboratórios Farmacêuticos comprimido 16 mg e 24 mg Betadine Aché Laboratórios Farmacêuticos comprimido 16 mg e 24 mg MODELO DE BULA PARA O PACIENTE I) IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO BETADINE dicloridrato de betaistina FORMA FARMACÊUTICA E APRESENTAÇÕES BETADINE

Leia mais

APOSTILA AULA 2 ENTENDENDO OS SINTOMAS DO DIABETES

APOSTILA AULA 2 ENTENDENDO OS SINTOMAS DO DIABETES APOSTILA AULA 2 ENTENDENDO OS SINTOMAS DO DIABETES 1 Copyright 2014 por Publicado por: Diabetes & Você Autora: Primeira edição: Maio de 2014 Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta apostila pode

Leia mais

PERDA AUDITIVA INDUZIA POR RUIDO - PAIR CENTRO ESTADUAL DE REFERÊNCIA EM SAÚDE DO TRABALHADOR GVSAST/SUVISA/SES/GO 1

PERDA AUDITIVA INDUZIA POR RUIDO - PAIR CENTRO ESTADUAL DE REFERÊNCIA EM SAÚDE DO TRABALHADOR GVSAST/SUVISA/SES/GO 1 PERDA AUDITIVA INDUZIA POR RUIDO - PAIR CENTRO ESTADUAL DE REFERÊNCIA EM SAÚDE DO TRABALHADOR GVSAST/SUVISA/SES/GO 1 Apesar dos diversos benefícios trazidos pelo progresso, os impactos ambientais decorrentes

Leia mais

REDE SOCIAL L DO CONCELHO DE BRAGANÇA Parte III.7: Protecção Social e Acção Sociall

REDE SOCIAL L DO CONCELHO DE BRAGANÇA Parte III.7: Protecção Social e Acção Sociall REDE SOCIAL DO CONCELHO DE BRAGANÇA Parte III.7: Protecção Social e Acção Social Parte 3.7 protecção social E Acção social O artigo 63º da Constituição da República Portuguesa estabelece que ( ) incumbe

Leia mais

AULA 6 Esquemas Elétricos Básicos das Subestações Elétricas

AULA 6 Esquemas Elétricos Básicos das Subestações Elétricas CONSIDERAÇÕES INICIAIS AULA 6 Esquemas Elétricos Básicos das Subestações Elétricas Quando planejamos construir uma subestação, o aspecto de maior importância está na escolha (e, conseqüentemente, da definição)

Leia mais

PARECER NP 677/93 CÂMARA ou COMISSÃO APROVADO EM: 10/11/93

PARECER NP 677/93 CÂMARA ou COMISSÃO APROVADO EM: 10/11/93 M I N I S TÉ R I O DA EDUCAÇÃO CONSELHO F E D E R A L DE EDUCAÇÃO INTERESSADO/MANTENEDORA UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARA UF CE ASSUNTO: Recredenciamento do corso de pós-graduação em Química, com área de

Leia mais

Paralisia Facial M.Sc. Prof.ª Viviane Marques

Paralisia Facial M.Sc. Prof.ª Viviane Marques Paralisia Facial M.Sc. Prof.ª Viviane Marques Fonoaudióloga, Neurofisiologista e Mestre em Fonoaudiologia Coordenadora da Pós-graduação em Fonoaudiologia Hospitalar Chefe da Equipe de Fonoaudiologia do

Leia mais

finasterida Comprimido revestido 1mg

finasterida Comprimido revestido 1mg finasterida Comprimido revestido 1mg MODELO DMODELO DE BULA COM INFORMAÇÕES AO PACIENTE finasterida Medicamento genérico Lei nº 9.787, de 1999. APRESENTAÇÕES Comprimido revestido 1mg Embalagens contendo

Leia mais

NCRF 8 Activos não correntes detidos para venda e unidades operacionais descontinuadas

NCRF 8 Activos não correntes detidos para venda e unidades operacionais descontinuadas NCRF 8 Activos não correntes detidos para venda e unidades operacionais descontinuadas Esta Norma Contabilística e de Relato Financeiro tem por base a Norma Internacional de Relato Financeiro IFRS 5 -

Leia mais

Avaliação Econômica. Relação entre Desempenho Escolar e os Salários no Brasil

Avaliação Econômica. Relação entre Desempenho Escolar e os Salários no Brasil Avaliação Econômica Relação entre Desempenho Escolar e os Salários no Brasil Objetivo da avaliação: identificar o impacto do desempenho dos brasileiros na Educação Básica em sua renda futura. Dimensões

Leia mais

Análise da Prevalência e Epidemiologia da Catarata na População Atendida no Centro de Referência em Oftalmologia da Universidade Federal De Goiás

Análise da Prevalência e Epidemiologia da Catarata na População Atendida no Centro de Referência em Oftalmologia da Universidade Federal De Goiás Análise da Prevalência e Epidemiologia da Catarata na População Atendida no Centro de Referência em Oftalmologia da Universidade Federal De Goiás Lais Leão Oliveira 1, Marcos Pereira de Ávila 2, David

Leia mais

1 O que é o pectus? Fotografia de paciente portador de pectus carinatum. Fotografia de paciente portador de pectus excavatum.

1 O que é o pectus? Fotografia de paciente portador de pectus carinatum. Fotografia de paciente portador de pectus excavatum. Texto de apoio ao curso de Especialização Atividade física adaptada e saúde Prof. Dr. Luzimar Teixeira 1 O que é o pectus? Os pectus são deformidades da parede do tórax e ocorrem devido a um crescimento

Leia mais

NOVEMBRO DOURADO VIVA ESTA IDEIA! VENHA PARTICIPAR!

NOVEMBRO DOURADO VIVA ESTA IDEIA! VENHA PARTICIPAR! NOVEMBRO DOURADO VIVA ESTA IDEIA! VENHA PARTICIPAR! Serviço de OncoHematologia do HIJG DIA NACIONAL DE COMBATE AO CÂNCER NA CRIANÇA E NO ADOLESCENTE O Dia Nacional de Combate ao Câncer Infantojuvenil (lei

Leia mais

Filosofia de trabalho e missões

Filosofia de trabalho e missões Filosofia de trabalho e missões As atividades de ensino e assistência na UTI Neonatal do Hospital São Paulo, Hospital Universitário da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (HPS-EPM/Unifesp),

Leia mais

Tema: Boceprevir para tratamento da hepatite viral crônica C associada a cirrose hepática

Tema: Boceprevir para tratamento da hepatite viral crônica C associada a cirrose hepática Data: 15/10/2012 Nota Técnica 02/2012 Solicitante: Dr. José Augusto Lourenço dos Santos Juiz de Direito da 2.ª Vara Cível de Timóteo/MG Medicamento x Material Procedimento Cobertura Tema: Boceprevir para

Leia mais

PORTARIA N 9, DE 6 DE JANEIRO DE 2014

PORTARIA N 9, DE 6 DE JANEIRO DE 2014 PORTARIA N 9, DE 6 DE JANEIRO DE 2014 Inclui na Tabela de Procedimentos, Medicamentos, Órteses, Próteses e Materiais Especiais do Sistema Único de Saúde (SUS) procedimento Sequencial em Neurocirurgia.

Leia mais

Imagem da Semana: Radiografia de tórax

Imagem da Semana: Radiografia de tórax Imagem da Semana: Radiografia de tórax Figura: Radiografia de tórax em PA. Enunciado Paciente masculino, 30 anos, natural e procedente de Belo Horizonte, foi internado no Pronto Atendimento do HC-UFMG

Leia mais

O IMPACTO DA DOR CRÔNICA NA VIDA DAS PESSOAS QUE ENVELHECEM

O IMPACTO DA DOR CRÔNICA NA VIDA DAS PESSOAS QUE ENVELHECEM O IMPACTO DA DOR CRÔNICA NA VIDA DAS PESSOAS QUE ENVELHECEM Eliane de Sousa Leite. Universidade Federal de Campina Grande/UFCG. Email: elianeleitesousa@yahoo.com.br. Jéssica Barreto Pereira. Universidade

Leia mais

SAÚDE CONNECT 03.010 AUTORIZAÇÃO

SAÚDE CONNECT 03.010 AUTORIZAÇÃO SAÚDE CONNECT 03.010 AUTORIZAÇÃO AUTORIZAÇÃO... 2 1. INFORMAÇÕES COMUNS DAS GUIAS AUTORIZAÇÃO.... 2 2. GUIA DE CONSULTA... 7 3. GUIA DE SP/SADT... 9 4. PRÉ-AUTORIZAÇÃO DE SP/SADT... 13 5. ANEXO SOLICITAÇÃO

Leia mais

Neo Fresh. (carmelose sódica)

Neo Fresh. (carmelose sódica) Neo Fresh (carmelose sódica) Brainfarma Indústria Química e Farmacêutica S.A. Solução oftálmica estéril 5mg/mL (0,5%) I - IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO: NEO FRESH carmelose sódica 0,5% APRESENTAÇÃO Solução

Leia mais