SEGURANÇA DOS MEDICAMENTOS BIOLÓGICOS OFTÁLMICOS: REVISÃO SISTEMÁTICA SAFETY OF OPHTHALMIC BIOLOGICS: A SYSTEMATIC REVIEW

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "SEGURANÇA DOS MEDICAMENTOS BIOLÓGICOS OFTÁLMICOS: REVISÃO SISTEMÁTICA SAFETY OF OPHTHALMIC BIOLOGICS: A SYSTEMATIC REVIEW"

Transcrição

1 SEGURANÇA DOS MEDICAMENTOS BIOLÓGICOS OFTÁLMICOS: REVISÃO SISTEMÁTICA SAFETY OF OPHTHALMIC BIOLOGICS: A SYSTEMATIC REVIEW Ana Penedones MSc, Unidade de Farmacovigilância do Centro (UFC) do Centro de Avaliação de Tecnologias em Saúde e Investigação do Medicamento (CHAD) da AIBILI (Associação para a Investigação biomédica e Inovação em Luz e Imagem), Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra (FFUC) Diogo Mendes PharmD, MSc, Unidade de Farmacovigilância do Centro (UFC) do Centro de Avaliação de Tecnologias em Saúde e Investigação do Medicamento (CHAD) da AIBILI (Associação para a Investigação biomédica e Inovação em Luz e Imagem), Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra (FFUC) Carlos Alves PharmD, Unidade de Farmacovigilância do Centro (UFC) do Centro de Avaliação de Tecnologias em Saúde e Investigação do Medicamento (CHAD) da AIBILI (Associação para a Investigação biomédica e Inovação em Luz e Imagem), Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra (FFUC). Centro de Investigação em Ciências da Saúde (CICS), Universidade da Beira Interior Francisco Batel Marques PharmD, PhD, Unidade de Farmacovigilância do Centro (UFC) do Centro de Avaliação de Tecnologias em Saúde e Investigação do Medicamento (CHAD) da AIBILI (Associação para a Investigação biomédica e Inovação em Luz e Imagem), Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra (FFUC) 28 Resumo Objetivos: Este estudo tem como objetivo avaliar a segurança dos medicamentos biológicos oftálmicos. Métodos: Os medicamentos biológicos oftálmicos foram identificados a partir do sítio Internet da Agência Europeia do Medicamento. Foi realizada uma pesquisa sistemática nas bases de dados MEDLINE, Cochrane Library e ClinicalTrials.gov, até outubro de O estudo foi dividido em dois períodos: pré e pós-comercialização. Foram incluídos ensaios clínicos aleatorizados e controlados de fase III e fase IV e os respetivos estudos de extensão, ou follow-up. A qualidade metodológica foi avaliada utilizando a ferramenta da Cochrane Collaboration. Foram avaliados os eventos adversos: oculares (relacionados e não relacionados com o procedimento de injeção) e os não oculares (relacionados e não relacionados com a inibição sistémica do fator de crescimento do endotélio vascular (VEGF)). Para cada evento adverso foi analisada a incidência. Resultados: Identificaram-se três medicamentos biológicos com aprovações em oftalmologia: pegaptanib, ranibizumab e aflibercept. Vinte e dois estudos foram incluídos: 14 referentes ao período de pré-comercialização e oito ao período de pós-comercialização. Os eventos adversos oculares e não oculares mais frequentes foram comuns aos medicamentos avaliados. Os eventos adversos relacionados com o procedimento de injeção foram raros ( 1%). A incidência dos eventos adversos relacionados com a inibição sistémica do VEGF foi superior no período de pós-comercialização, comparativamente ao período de pré-comercialização (1,0-1,3 por cento vs. 0,7-1,1 por cento). Conclusões: O perfil de segurança dos medicamentos biológicos é favorável. No entanto, este estudo permitiu identificar eventos adversos, tais como os eventos tromboembólicos, que necessitam de continuar a ser investigados. Palavras-chave: Medicamentos biológicos, oftalmologia, VEGF, segurança, revisão sistemática. Abstract Objectives: The present study evaluates the safety of ophthalmic biologics. Methods: The website of European Medicines Agency was searched in order to identify the biologics with approved therapeutic indications in ophthalmology. MEDLINE, Cochrane Library and ClinicalTrials.gov databases were searched systematically, up to October The study was divided in two settings: preand postmarketing. Phase III and phase IV randomized controlled trials and their extension and follow-up studies were included. Cochrane collaboration risk of bias evaluation tool was used to assess methodological

2 quality. Adverse events were classified as ocular (related and non-related with injection procedure) and non-ocular (related and non-related with systemic inhibition of vascular endothelial growth factor). Incidences of all adverse events were estimated. Results: Three biologics with therapeutic indications approved in ophthalmology were identified: pegaptanib, ranibizumab and aflibercept. Twenty-two studies were included, of which 14 considered the pre-marketing setting and 8 refer to the post-marketing setting. The most frequent ocular and non-ocular adverse events were common to all biologics studied. Ocular adverse events related with injection procedure were rare ( 1%). The incidence of non-ocular adverse events related with systemic inhibition of VEGF was superior in post-marketing compared to pre-marketing setting (1,0%-1,3% vs. 0,7-1,1%). Conclusions: Ophthalmic biologics safety profile was favorable. However, this study identified some adverse events, such as thromboembolic events, that deserve further research. Keywords: Biological products, ophthalmology, VEGF, safety, systematic review. Introdução O fator de crescimento do endotélio vascular (VEGF) tem um papel fisiológico importante na promoção de angiogénese, vasodilatação e aumento da permeabilidade vascular, entre outras funções 1,2. No entanto, o VEGF tem também um papel fisiopatológico quando é expressado em níveis superiores aos normais 1,2. Em 1994, pela primeira vez, foram reportados níveis elevados de VEGF no fluido ocular de vários doentes com doença neovascular 3. Desde então, vários estudos têm demonstrado o papel patológico do VEGF em doenças oftalmológicas, tais como degenerescência macular relacionada com a idade (DMI) neovascular, edema macular diabético (DME), oclusão da veia retiniana e miopia patológica (MP), as quais são caracterizadas por neovascularização, angiogénese, permeabilidade aumentada e/ou formação de edema 1,2. Inicialmente, o tratamento destas doenças consistia principalmente em fotocoagulação a laser e fototerapia com verteporfina, que permitiam travar a progressão da doença 4-7. Recentemente, três medicamentos biológicos foram aprovados para o tratamento de uma ou mais das doenças referidas: pegaptanib (Macugen ), ranibizumab (Lucentis ) e aflibercept (Eylea ) Estes medicamentos são administrados por via intravítrea e inibem o VEGF, diminuindo a angiogénese fisiopatológica e o edema macular Assim, os medicamentos biológicos oftálmicos acrescentam valor terapêutico, levando à regressão da doença e à consequente melhoria da acuidade visual Os medicamentos biológicos apresentam características distintas dos fármacos sintetizados quimicamente, diferindo não só no seu processo de produção, mas também na dimensão molecular, estrutura, mecanismo de ação, estabilidade e potencial imunogénico 14. Estas especificidades têm impacto no perfil de segurança dos medicamentos e deverão ser consideradas no tratamento com estes medicamentos, bem como na avaliação da relação benefício/risco 14,15. Por exemplo, a administração de infliximab, um inibidor do fator necrosante tumoral alfa (TNF-α), como modificador da evolução da doença reumatismal, tem sido associada ao aparecimento ou reativação de tuberculose, uma reação decorrente de exacerbação farmacológica 14. Deste modo, torna-se imperativo identificar e documentar a iatrogenia associada à utilização dos medicamentos biológicos. Este estudo tem como objetivo caracterizar o perfil de segurança dos medicamentos biológicos aprovados para o tratamento de doenças oftalmológicas. Material e Métodos Este estudo é uma revisão sistemática e segue as recomendações da PRISMA («Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-analysis»). A PRISMA é uma guideline que tem como objetivo garantir que são cumpridas todas as regras de uma revisão sistemática, assegurando a transparência e a descrição completa dos resultados 16. Este estudo incluiu todos os medicamentos biológicos aprovados para o tratamento de doenças oftalmológicas, como descrito nos respetivos resumos das características dos medicamentos (RCM). Um medicamento biológico foi definido como «um medicamento cuja substância ativa é produzida a partir de um organismo vivo» 17. O pegaptanib, apesar de ser produzido através de componentes sintetizadas quimicamente, foi incluído, já que é um oligonucleótido modificado, e os ácidos nucleicos provêm de organismos vivos. Os medicamentos biológicos oftálmicos foram identificados a partir do sítio Internet da Agência Europeia do Medicamento (EMA). O estudo foi dividido em dois períodos: antes e depois da obtenção de autorização de introdução no mercado (AIM), correspondendo às fases de pré e pós-comercialização. 29

3 30 Pesquisa na Literatura Foi efetuada uma pesquisa sistemática da literatura nas bases de dados MEDLINE, Cochrane Library e ClinicalTrials.gov, até dia 21 de outubro de A pesquisa compreendeu o nome de cada medicamento (substância ativa e nome comercial) e a(s) respetiva(s) indicação(ões) terapêutica(s) aprovadas. A estratégia de pesquisa está disponível na Tabela 1 do Suplemento. Identificação de Estudos Dois revisores independentes efetuaram a seleção dos estudos, através da leitura do título e do resumo. Os estudos selecionados foram lidos integralmente por ambos os revisores e incluídos de forma independente. Nos casos em que os revisores não estavam de acordo, a inclusão ou exclusão dos estudos foi resolvida através da discussão e consenso com um terceiro investigador. Critérios de Inclusão Foram incluídos estudos de acordo com os seguintes critérios: (1) período pré-comercialização ensaios clínicos aleatorizados e controlados (RCT) de fase III; (2) período pós-comercialização RCT de fase III ou de fase IV, estudos de extensão ou de follow-up dos RCT selecionados. Apenas estudos que avaliassem a segurança dos medicamentos como medicamento experimental, nas indicações terapêuticas aprovadas, foram incluídos. Análise da Qualidade dos Estudos A qualidade metodológica dos estudos incluídos foi avaliada de acordo com os critérios da ferramenta da Cochrane Collaboration para avaliação do risco de viés 18. Quando mais de uma referência estava disponível para um estudo, a avaliação da qualidade metodológica teve em conta o total da informação. Variáveis Analisadas Em cada estudo foi extraída informação sobre: eventos adversos oculares; eventos adversos oculares relacionados com o procedimento de injeção, que incluem «endoftalmite», «descolamento da retina» e «catarata traumática»; eventos adversos não oculares; e eventos adversos não oculares relacionados com a inibição sistémica do VEGF, que incluem «hipertensão», «hemorragia não ocular», eventos tromboembólicos e «morte». Os eventos adversos encontram-se descritos por termo PT (termo preferido) e por grupo SOC (grupo sistémico), de acordo com a terminologia internacional médica do dicionário MedDRA (Medical Dictionary for Regulatory Activities), versão Os eventos tromboembólicos foram classificados de acordo com a terminologia APTC ATE (antiplatelet trialists collaboration arterial thromboembolic events), que define os eventos tromboembólicos em «enfarte do miocárdio não fatal», «acidente vascular cerebral (AVC) não fatal» e «morte por causa vascular» (inclui todas as mortes atribuídas a causas cardíacas, cerebrais, hemorrágicas, embólicas ou vasculares) ou «morte por causa desconhecida» 19. Análise Estatística Os dados foram analisados através de estatística descritiva. Para estimar a incidência dos eventos adversos por doente, o número de eventos adversos reportado foi dividido pelo total de doentes expostos. Resultados Foram identificados três medicamentos biológicos que estão indicados no tratamento de doenças oftalmológicas: pegaptanib, ranibizumab e aflibercept Os três medicamentos biológicos aprovados são inibidores do VEGF. O VEGF é produzido por vários tipos de células, incluindo células na retina, tais como células do epitélio pigmentado da retina (EPR) e células do endotélio vascular 1,2. O VEGF assume um papel fisiopatológico importante em algumas doenças oculares, nomeadamente na formação de novos vasos no desenvolvimento de tumores, causando destruição de tecidos, e na neovascularização ou na mediação do processo inflamatório, ao aumentar a permeabilidade vascular 1,2. Os medicamentos biológicos identificados atuam na migração do VEGF para o seu local de ação, ao se ligarem aos recetores do VEGF (VEGFR). Deste modo, impedem a ligação deste fator de crescimento aos seus recetores, resultando na inibição da sua ação fisiopatológica. O pegaptanib foi o primeiro destes medicamentos biológicos a ser aprovado, em 2006, para o tratamento da DMI neovascular. O pegaptanib é um aptâmero oligonucleótido que foi produzido e selecionado através de técnicas específicas (tais como a técnica SELEX selective evolution of ligands by exponential enrichment), o que permitiu identificá-lo como o aptâmero com maior grau de especificidade e seletividade para o alvo terapêutico, a isoforma 165 do VEGF extracelular 8,11,20. O ranibizumab foi aprovado em 2007 para o tratamento da DMI neovascular e, mais tarde, obteve expansão da indicação terapêutica de forma a incluir o tratamento da veia retiniana e da neovascularização coroideia secundária a MP. O ranibizumab é um fragmento de anticorpo monoclonal recombinante humanizado produzido atra-

4 vés de tecnologia de ADN recombinante, que inibe três isoformas do VEGF: VEGF 110, VEGF 121 e VEGF 165. O mecanismo de ação do ranibizumab difere do do pegaptanib, ao inibir todas as isoformas humanas de VEGF, num processo designado por inibição pan-vegf 9,12. Mais recentemente, em 2012, o aflibercept foi aprovado para o tratamento da DMI neovascular e tratamento de edema macular secundário à oclusão da veia central da retina (OVCR) e EMD. O aflibercept é uma proteína terapêutica produzida por tecnologia de ADN recombinante, constituída por porções dos domínios extracelulares dos recetores 1 e 2 do VEGF humano, fundidas com a porção Fc da IgG1 humana. O aflibercept liga-se a todas as isoformas do VEGF e ao fator de crescimento placentar (PlGF) 10,13. A pesquisa bibliográfica identificou 2550 referências potencialmente relevantes. Após exclusão de duplicados, foram revistos 2400 títulos e resumos. De acordo com os critérios de inclusão, 246 referências foram selecionadas para avaliação do seu texto completo. Uma amostra final de 59 referências foi considerada elegível para inclusão no estudo. No total, foram incluídos 22 estudos, dos quais 14 referentes ao período de pré-comercialização e 8 ao período de pós-comercialização (Figura 1). Pré-Comercialização Dois ensaios clínicos, designados VISION, avaliaram o pegaptanib no tratamento da DMI neovascular O ranibizumab foi avaliado em três estudos no tratamento da DMI neovascular (MARINA 25,26, ANCHOR e PIER 30,32 ), em três estudos para o tratamento do EMD (RESTORE 33,34, RISE/RIDE e REVEAL 39 ), em dois estudos para o tratamento de OVCR e oclusão do ramo da veia central da retina (ORVCR) (BRAVO e CRUISE ) e num estudo para o tratamento de MP (RADIANCE 46,47 ). Dois ensaios clínicos, denominados VIEW 1 e VIEW 2, avaliaram o aflibercept no tratamento da DMI neovascular O aflibercept foi avaliado em dois estudos (GALILEO e COPERNICUS ) no tratamento de OVCR e noutros dois estudos para o tratamento de EMD (VIVID e VISTA ). Todos os estudos foram avaliados como tendo qualidade metodológica elevada. As características dos estudos e o resultado da avaliação da sua qualidade metodológica encontram-se descritos na Tabela 1, bem como na Tabela 2 do Suplemento. Eventos adversos oculares Os eventos adversos oculares que ocorreram em mais de 5 por cento da população em estudo estão descritos na Tabela 2. Os eventos adversos oculares mais comuns a todos os medicamentos foram os seguintes: «hemorragia da conjuntiva» (9,3, 28,3 e 23,0 por cento para o pegaptanib, ranibizumab e aflibercept, respetivamente); «moscas volantes» (28,2, 8,3 e 70 por cento); «dor ocular» (29,4, 4,5 e 8,9 por cento); e «pressão intra-ocular aumentada» (20,5, 8,1 e 3,4 por cento) Os eventos adversos oculares mais frequentemente reportados para o pegaptanib foram «queratite pontuada» (28,9 por cento) e «moscas volantes» (28,2 por cento) O ranibizumab foi mais frequentemente associado a «exsudados retinianos» (17,0 por cento) e «prurido do olho» (13,6 por cento) 25,47. O evento adverso ocular que ocorreu com maior frequência após as administrações intravítreas de aflibercept foi «agravamento do edema macular» (34,6 por cento) Eventos adversos oculares relacionados com o procedimento de injeção Os eventos adversos relacionados com a administração dos medicamentos biológicos oftálmicos, tais como «endoftalmite», «descolamento da retina» e «catarata traumática», foram raros (<1 por cento). A incidência desses eventos adversos foi superior no primeiro ano de tratamento com pegaptanib 21. Os resultados dos anos seguintes demonstraram uma incidência inferior a 1 por cento A mesma incidência foi observada para todos os RCT que avaliaram o tratamento com ranibizumab ou aflibercept Eventos adversos não oculares A incidência de eventos adversos não oculares foi semelhante entre os vários medicamentos biológicos oftálmicos Os eventos adversos não oculares que ocorreram com maior frequência foram os seguintes: «nasofaringite» (5,7, 8,5 e 8,3 por cento para pegaptanib, ranibizumab e aflibercept, respetivamente); «hipertensão» (7,1, 6,1 e 6,5 por cento); «cefaleia» (6,4, 5,1 e 4,0 por cento); e algumas «infeções e infestações», tais como «bronquite», «infeções das vias respiratórias superiores», «infeção do trato urinário», «sinusite» e «gripe» (3,8-3,0 por cento) A «hipersensibilidade» (5,4 por cento) ocorreu com grande frequência durante o tratamento com ranibizumab (Tabela 2) Eventos adversos não oculares relacionados com a inibição sistémica do VEGF A «hipertensão» (6,6 por cento) e a «hemorragia não ocular» (1,6 por cento) foram os eventos adversos não oculares relacionados com a inibição sistémica do VEGF mais frequentemente reportados Outros eventos adversos, tais como os eventos tromboembólicos, ocorreram com frequência baixa (0,7-1,1 por cento)

5 Figura 1 Fluxograma da pesquisa sistemática 32 Inclusão Eligibilidade Revisão Identificação 1174 referências identificadas através de pesquisa na base de dados MEDLINE 336 referências identificadas através de pesquisa na base de dados Cochrane Library 2400 referências após exclusão de duplicados 246 referências completas avaliadas 59 referências incluídas na síntese qualitativa 22 estudos 440 referências identificadas através de pesquisa na base de dados ClinicalTrials.gov 2154 referências excluídas após revisão de títulos e resumos 187 referências excluídas: Eficácia: 78 Outro tipo de estudos: 84 Outra indicação terapêutica: 9 Comparador: 8 Combinação: 8 14 estudos no período de pré-comercialização 8 estudos no período pós-comercialização Pós-Comercialização Oito estudos avaliaram o ranibizumab após a sua entrada no mercado. Três RCT de fase III (EXCITE 63,64, HARBOR e COMRADE-B 68 ) avaliaram o ranibizumab em diferentes regimes posológicos. Os restantes cinco estudos avaliaram a segurança e a eficácia do ranibizumab em longo tempo de latência, sendo estudos de extensão ou follow-up (SECURE 69,70, HORIZON 71-73, SAILOR 74,75, RESTORE extensão 76,77 e RETAIN 78,79 ) de alguns RCT descritos anteriormente. Dois estudos (HARBOR e COMRADE-B 68 ) foram avaliados com qualidade metodológica elevada, enquanto os restantes seis estudos foram avaliados com qualidade metodológica média (Tabela 1). Eventos adversos oculares Os eventos adversos oculares mais frequentes foram «maculopatia» (37,5 por cento), «degenerescência macular» (16,0 por cento), «hemorragia da conjuntiva» (15,5 por cento) e «dor ocular» (9,8 por cento) (Tabela 3) Eventos adversos oculares relacionados com o procedimento de injeção A incidência de eventos adversos oculares relacionados com o procedimento de injeção foi baixa (0,1-0,4 por cento) Eventos adversos não oculares Os eventos adversos não oculares mais frequentes foram «nasofaringite» (8,4 por cento), «cefaleia» (5,6 por cento), «hipertensão» (5,4 por cento) e «infeção das vias respiratórias superiores» (5,1 por cento)

6 Tabela 1 Características dos estudos selecionados e resultado da sua avaliação da qualidade metodológica Estudo [referência] Delineamento do estudo Tipo de estudo Fase Duração Aleatorização Ocultação Intervenção terapêutica População Indicação terapêutica Qualidade metodológica VISION RCT III 48 meses Sim Não Duplamente oculto Ocultação simples Pegaptanib 890* DMI Elevada MARINA 25,26 RCT III 24 meses Sim Duplamente oculto Ranibizumab 477 DMI Elevada ANCHOR RCT III 24 meses Sim Duplamente oculto Ranibizumab 277 DMI Elevada PIER RCT IIIb 24 meses Sim Duplamente oculto Ranibizumab 120 DMI Elevada RESTORE 33,34 RCT III 12 meses Sim Duplamente oculto Ranibizumab 235 EMD Elevada RISE/RIDE RCT III 36 meses Sim Duplamente oculto Ranibizumab 500 EMD Elevada REVEAL 39 RCT III 12 meses Sim Duplamente oculto Ranibizumab 265 EMD Elevada BRAVO RCT III 12 meses Sim Duplamente oculto Ranibizumab 379 ORVCR Elevada CRUISE RCT III 12 meses Sim Duplamente oculto Ranibizumab 371 OVCR Elevada RADIANCE 46,47 RCT III 12 meses Sim Duplamente oculto Ranibizumab 262 MP Elevada VIEW1/VIEW RCT III 24 meses Sim Duplamente oculto Aflibercept 1824 DMI Elevada COPERNICUS RCT III 24 meses Sim Duplamente oculto Aflibercept 114 OVCR Elevada GALILEO RCT III 18 meses Sim Duplamente oculto Aflibercept 104 OVCR Elevada 33 VIVID/VISTA RCT III 12 meses Sim Duplamente oculto Aflibercept 578 EMD Elevada Extensão IIIb 24 meses Não Ocultação simples Ranibizumab 790 DMI Média HORIZON de MARINA, ANCHOR e FOCUS SAILOR 74,75 RCT IIIb 12 meses Sim Duplamente oculto 2378 DMI Média Ranibizumab EC** Não Ocultação simples 1922 EXCITE 63,64 RCT IIIb 12 meses Sim Duplamente oculto Ranibizumab 353 DMI Média SECURE 69,70 Extensão de EXCITE e SUSTAIN IV 24 meses Não Ocultação simples Ranibizumab 234 DMI Média HARBOR RCT III 24 meses Sim Duplamente oculto Ranibizumab 1095 DMI Elevada COMRADE-B 68 RCT III 6 meses Sim Duplamente oculto Ranibizumab 126 DMI Elevada RESTORE extensão 76,77 RETAIN 78,79 Extensão de RESTORE Follow-up de HORIZON IIIb 24 meses Não Ocultação simples Ranibizumab 83 EMD Média III 24 meses Não Ocultação simples Ranibizumab 66 OVCR/ORVCR Média Abreviaturas: DMI degenerescência macular relacionada com a idade; EC ensaio clínico; EMD edema macular diabético; MP miopia patológica; ORVCR oclusão do ramo da veia central da retina; OVCR oclusão da veia central da retina; RCT ensaio clínico aleatorizado e controlado. * Número de doentes por ano de estudo. ** O estudo SAILOR foi constituído por duas coortes: uma coorte correspondendo a um ensaio clínico aleatorizado e controlado e outra a um ensaio clínico.

7 Tabela 2 Eventos adversos oculares e não oculares descritos nos RCT do período de pré-comercialização Intervenção terapêutica Pegaptanib Ranibizumab Aflibercept Total Eventos adversos EA Doentes % EA Doentes % EA Doentes % EA Doentes % Eventos adversos oculares Agravamento do edema macular ,6% ,6% Hemorragia da conjuntiva ,3% ,% ,0% ,7% Opacidades do vítreo ,7% ,7% Queratite pontuada ,9% ,1% ,6% ,3% Moscas volantes* ,2% ,3% ,0% ,2% Inflamação da câmara anterior do olho ,5% ,5% Dor ocular ,4% ,5% ,9% ,1% Alteração da visão NE ,1% ,1% Prurido do olho ,0% ,6% ,7% Edema da mácula ,4% ,9% ,3% Edema da córnea ,3% ,3% 34 Exsudados retinianos ,0% ,5% ,7% Pressão intra-ocular aumentada ,5% ,1% ,4% ,7% Sensação anormal no olho ,6% ,6% Acuidade visual diminuída ,7% ,5% ,6% ,6% Cataratas ,3% ,2% ,9% ,2% Inflamação ocular ,2% ,2% Catarata subcapsular ,2% ,2% Descolamento do vítreo ,3% ,9% ,1% Maculopatia ,4% ,9% ,1% Visão turva ,9% ,7% ,8% Hipersecreção lacrimal ,3% ,0% ,1% ,7% Hemorragia retiniana ,7% ,2% ,0% ,7% Descolamento do EPR ,2% ,4% ,6% Hiperemia ocular ,0% ,5% ,1% Vermelhidão ocular ,7% ,7% ,1% Eventos adversos não oculares Doenças do sangue e do sistema linfático Anemia ,3% ,0% ,9% ,2% Cardiopatias Bloqueio auriculoventricular do I grau ,4% ,7% ,4%

8 Intervenção terapêutica Pegaptanib Ranibizumab Aflibercept Total Eventos adversos EA Doentes % EA Doentes % EA Doentes % EA Doentes % Eventos adversos não oculares Doenças gastrointestinais Náuseas ,0% ,2% ,2% ,1% Diarreia ,2% ,0% ,1% Obstipação ,6% ,5% ,0% Perturbações gerais e alterações no local de administração Pirexia ,5% ,1% ,5% Infeções e infestações Bronquite ,7% ,9% ,8% Infeção das vias respiratórias superiores ,0% ,2% ,2% ,3% Infeção do trato urinário ,5% ,9% ,3% ,2% Sinusite ,6% ,2% ,0% Gripe ,2% ,9% ,1% ,0% Doenças do sistema imunitário Hipersensibilidade ,3% ,3% Alergias próprias das estações do ano ,3% ,6% ,3% 35 Complicações de intervenções relacionadas com lesões e intoxicações Queda ,5% ,4% ,0% Exames complementares de diagnóstico Presença de proteína na urina ,3% ,6% ,6% Glicemia aumentada ,2% ,5% ,1% Razão de proteína/creatinina na urina aumentada ,0% ,3% ,0% Afeções musculosqueléticas e dos tecidos conjuntivos Dorsalgia ,5% ,3% ,0% ,1% Artralgia ,0% ,4% ,5% ,8% Neoplasias benignas, malignas e não especificadas (incl. quistos e pólipos) Basalioma ,3% ,2% ,0% Doenças do sistema nervoso Cefaleia ,4% ,1% ,0% ,3% Doenças respiratórias, torácicas e do mediastino Nasofaringite ,7% ,5% ,3% ,7% Bronquite ,4% ,4% Tosse ,0% ,7% ,0% Vasculopatias Hipertensão ,1% ,1% ,5% ,4%

9 Intervenção terapêutica Pegaptanib Ranibizumab Aflibercept Total Eventos adversos EA Doentes % EA Doentes % EA Doentes % EA Doentes % Eventos adversos de interesse Eventos adversos oculares relacionados com o procedimento de injeção Descolamento da retina ,8% ,2% ,1% ,3% Endoftalmite ,0% ,4% ,2% ,4% Catarata ,3% ,1% ,3% ,6% Eventos adversos não oculares relacionados com a inibição sistémica do VEGF Hipertensão ,0% ,4% ,9% ,6% Eventos tromboembólicos (APTC) Enfarte do miocárdio não fatal ,3% ,7% ,1% AVC não fatal ,0% ,8% ,4% ,6% Morte Causa vascular ,7% ,0% ,6% ,8% Causa desconhecida ,7% ,7% Hemorragia não ocular ,5% ,9% ,5% ,6% 36 Abreviaturas: EA evento adverso; APTC antiplatelet trialists collaboration; AVC acidente vascular cerebral; EPR epitélio pigmentado da retina; NE não especificada. Eventos adversos oculares reportados em 5 por cento dos doentes; eventos adversos não oculares reportados em 2 por cento dos doentes. * Flocos vítreos. Eventos adversos não oculares relacionados com a inibição sistémica do VEGF A «hipertensão» (5,5 por cento) e a «hemorragia não ocular» (2,1 por cento) foram os eventos adversos não oculares relacionados com a inibição sistémica do VEGF mais frequentes Os eventos tromboembólicos ocorreram com baixa frequência (1,0-1,3 por cento) No estudo SAILOR, contudo, «morte por causa desconhecida», «AVC não fatal» e «hemorragia não ocular» foram numericamente superiores na dose 0,5 mg de ranibizumab 74,75. Discussão Este estudo foi conduzido com o objetivo de rever, de forma sistemática, o perfil de segurança dos medicamentos biológicos oftálmicos, considerando dados de segurança dos períodos de pré e pós-comercialização. Dos medicamentos avaliados, o ranibizumab foi aquele para o qual existia mais informação 25-47, O pegaptanib e o ranibizumab foram os primeiros medicamentos biológicos a ser aprovados para o tratamento de doenças oftalmológicas 8,9. Apesar da ausência de estudos que comparem diretamente estes dois medicamentos, o tratamento com ranibizumab foi associado a um tratamento com maior benefício terapêutico Adicionalmente, o ranibizumab está indicado no tratamento de várias doenças oftalmológicas 12. O aflibercept foi aprovado seis anos após o ranibizumab 10. Assim, visto que o ranibizumab apresenta valor terapêutico acrescentado face ao pegaptanib, e dado que se encontra disponível no mercado há mais tempo do que o aflibercept, existe um racional para que o ranibizumab apresente mais estudos e dados de segurança. Em ambos os períodos de comercialização, os eventos adversos oculares foram mais frequentes do que os eventos adversos não oculares. O olho é um órgão pequeno, separado da circulação sanguínea sistémica através das barreiras hemato-oculares (barreira hemato-aquosa e barreira hemato-retiniana) que tornam o olho num órgão contido, protegido das variações que ocorrem na circulação sanguínea, prevenindo a passagem de substâncias da circulação sanguínea para o olho e vice-versa, mantendo desta forma a homeostasia ocular. Considerando as características do olho, isto é, do local de administração, é expectável que a iatrogenia ocular seja superior à iatrogenia não ocular 80,81. No entanto, em determinadas patologias oftalmológicas, tais como as provocadas por alterações na vasculatura do endotélio ocular, a barreira hemato-retiniana encontra-se lesada, aumentando a sua permeabilidade, podendo permitir a passagem de substâncias, tais como a passagem de fármaco do olho para a circulação sistémica 80.

10 Tabela 3 Eventos adversos oculares e não oculares descritos nos RCT do período de pós-comercialização Intervenção terapêutica Pegaptanib Ranibizumab Aflibercept Total Eventos adversos EA Doentes % EA Doentes % EA Doentes % EA Doentes % Eventos adversos oculares Maculopatia ,5% ,5% Degenerescência macular ,0% ,0% Hemorragia da conjuntiva ,5% ,5% Dor ocular ,8% ,8% Neovascularização da coroideia ,5% ,5% Hiperemia ocular ,1% ,1% Hemorragia retiniana ,5% ,5% Pressão intra-ocular aumentada ,8% ,8% Eventos adversos não oculares Cardiopatias Doença da artéria coronária ,4% ,4% Doenças gastrointestinais Náuseas ,8% ,8% 37 Dor abdominal alta ,0% ,0% Diarreia ,6% ,6% Infeções e infestações Infeção das vias respiratórias superiores ,1% ,1% Gripe ,9% ,9% Infeção do trato urinário ,7% ,7% Cistite ,2% ,2% Pneumonia ,0% ,0% Bronquite ,5% ,5% Infeção das vias respiratórias inferiores ,4% ,4% Complicações de intervenções relacionadas com lesões e intoxicações Queda ,1% ,1% Afecções músculo-esqueléticas e dos tecidos conjuntivos Dores nas extremidades ,0% ,0% Dorsalgia ,2% ,2% Artralgia ,1% ,1% Osteoporose ,0% ,0% Dor músculo-esquelética ,1% ,1%

11 Intervenção terapêutica Pegaptanib Ranibizumab Aflibercept Total Eventos adversos EA Doentes % EA Doentes % EA Doentes % EA Doentes % Eventos adversos não oculares Doenças do sistema nervoso Cefaleia ,6% ,6% Hemorragia subaracnoide ,6% ,6% Tonturas ,4% ,4% Síncope ,0% ,0% Perturbações do foro psiquiátrico Depressão ,4% ,4% Ansiedade ,6% ,6% Insónia ,1% ,1% Doenças respiratórias, torácicas e do mediastino Nasofaringite ,4% ,4% Dor orofaríngea ,8% ,8% Tosse ,4% ,4% 38 Asma ,1% ,1% Vasculopatias Hipertensão ,4% ,4% Derivação vascular ,2% ,2% Eventos adversos de interesse Eventos adversos oculares relacionados com o procedimento de injeção Descolamento da retina ,1% ,1% Endoftalmite ,3% ,3% Catarata ,4% ,4% Eventos adversos não oculares relacionados com a inibição sistémica do VEGF Hipertensão ,6% ,3% ,5% Eventos tromboembólicos (APTC) Enfarte do miocárdio não fatal ,2% ,2% AVC não fatal ,0% ,0% Morte Causa vascular ,3% ,3% Causa desconhecida ,2% ,2% Hemorragia não ocular ,1% ,1% Abreviaturas: EA evento adverso; APTC antiplatelet trialists collaboration; AVC acidente vascular cerebral. Eventos adversos oculares reportados em 5 por cento dos doentes; eventos adversos não oculares reportados em 2 por cento dos doentes.

12 Os eventos adversos oculares que ocorreram com maior frequência foram comuns aos medicamentos biológicos oftálmicos, e foram «hemorragia da conjuntiva» e «dor ocular» Estes eventos foram também descritos com grande incidência no período de pós-comercialização 82-84, confirmando-se como eventos adversos «muito frequentes» ( 1/10) A incidência dos eventos adversos oculares relacionados com o procedimento foi baixa. Uma taxa semelhante (0,3-0,7 por cento) foi observada em alguns estudos observacionais que avaliaram especificamente estes eventos adversos No estudo VISION foi observada uma diminuição na frequência destes eventos com a melhoria da técnica de injeção descrita no protocolo de estudo, do primeiro para o segundo ano de tratamento (0,6-1,3 por cento vs. 0,0-0,7 por cento, respetivamente) 21,22. Os eventos adversos não oculares que ocorreram com maior frequência, comuns a todos os medicamentos biológicos, foram «nasofaringite», «hipertensão», «cefaleia» e várias «infeções e infestações», para ambos os períodos de comercialização avaliados Uma análise das notificações espontâneas de suspeita de reação adversa reportadas e transmitidas à EudraVigilance (base de dados europeia de notificações espontâneas de suspeita de reação adversa) permitiu identificar os grupos SOC mais reportados para os três medicamentos biológicos «Infeções e infestações» (6,8-15,4 por cento), tais como «nasofaringite», «pneumonia» e «infeção do trato urinário», «perturbações gerais e alterações no local de administração» (7,3-15,9 por cento), tais como «morte» e outras relacionadas com o procedimento de injeção, e «sistema nervoso central» (10,0-15,4 por cento), tais como «acidente vascular cerebral» e «cefaleia», foram os grupos SOC mais reportados, confirmando assim o desenvolvimento de alguns dos eventos adversos observados nos RCT Considerando a via de administração e o potencial efeito imunomodulador a que os medicamentos biológicos estão associados, é expectável que os SOC mais reportados sejam «perturbações gerais e alterações no local de administração» e «infeções e infestações», comparativamente aos fármacos de síntese química, para os quais os SOC mais identificados na prática clínica são «afeções hepatobiliares» e «cardiopatias» 14. A frequência dos eventos adversos não oculares relacionados com a inibição sistémica do VEGF foi avaliada como baixa Contudo, os mesmos resultados não foram observados na prática clínica, principalmente para «acidente vascular cerebral» e «morte» (por causa vascular ou desconhecida), que ocorreram com maior frequência do que durante o desenvolvimento clínico Quatro estudos observacionais avaliaram a incidência de eventos tromboembólicos (0,8-5 por cento) e de morte (2,8-4,0 por cento), confirmando uma incidência superior na ocorrência destes eventos Como discutido anteriormente, há a possibilidade de determinadas substâncias, tais como fármacos, passarem a barreira hemato-ocular, especialmente quando esta se encontra lesada 80. Adicionalmente, devem ser ponderadas as características da doença e dos doentes. Sendo estas doenças oftalmológicas caracterizadas por alterações na vasculatura, deve-se ter em conta os fatores de risco que levaram ao desenvolvimento desse desequilíbrio. Como exemplo, foi demonstrado que os doentes com hipertensão arterial têm um risco mais elevado de sofrer alterações microvasculares a nível ocular e, consequentemente, um risco acrescido de desenvolver DMI neovascular ou EMD 92,93. Assim, existindo uma relação entre estas disfunções, há uma possibilidade de serem reportados eventos como, por exemplo, a hipertensão. A idade avançada da população em estudo é outro fator de risco de grande importância. Em indivíduos de idade avançada, a prevalência de doenças, incluindo patologias cardio e cerebrovasculares, é superior comparativamente a indivíduos de outras faixas etárias, e o mesmo sucede com o número de medicamentos administrados Assim, para lá das características específicas desta população, também a morbimortalidade associada ao maior número de doenças e a incidência de reações adversas medicamentosas serão maiores 97. Outro fator que deve ser tido em conta é o mecanismo de ação destes medicamentos. Tratando-se de medicamentos biológicos, o seu mecanismo de ação está bem caracterizado: neste caso, a inibição do VEGF. Assim, e dado que existe a possibilidade do fármaco passar para a circulação sistémica, não é de excluir a possibilidade do fármaco atuar a nível sistémico, com consequente inibição das ações fisiológicas do VEGF e resultante potencial iatrogenia Este estudo apresenta limitações. De modo a expor resultados que apresentassem elevado nível de evidência, analisaram-se os resultados dos RCT de fase III. Uma grande parte dos estudos analisados foi avaliada com qualidade metodológica elevada. Porém, apesar da evidente vantagem apresentada pelos RCT, principalmente no que diz respeito à comparabilidade entre grupos e à definição e caracterização dos eventos adversos, este tipo de estudo pode não ser o melhor método para avaliar a segurança O seu baixo poder estatístico, não permite detetar eventos ad- 39

13 40 versos raros, devido a fatores como população homogénea, dimensão da amostra e duração do ensaio Por exemplo, a segurança cardiovascular não foi constituída como indicador de segurança nestes estudos. Assim, a ausência de evidência não constitui evidência de ausência de risco. No entanto, os RCT são um bom método para detetar os eventos adversos mais frequentes e gerar hipóteses de investigação Esta revisão sistemática reuniu dados de segurança dos medicamentos biológicos oftálmicos aprovados, permitindo caracterizar os seus perfis de segurança, através da identificação dos eventos adversos mais frequentes, da geração de hipóteses de investigação e da identificação de estudos em falta, tais como estudos sobre os eventos adversos mais raros e graves, em longo tempo de latência e em populações especiais. Esta informação revela-se de grande importância, nomeadamente no processo de decisão terapêutica e monitorização do tratamento. Conclusão O tratamento com os medicamentos biológicos oftálmicos acrescentou valor à farmacoterapia disponível para o tratamento de doenças oftalmológicas. Os resultados deste estudo sugerem que os medicamentos biológicos têm um perfil de segurança favorável. No entanto, é de notar o facto dos estudos observacionais terem identificado uma frequência de eventos adversos não oculares, designadamente eventos tromboembólicos, superior àquela identificada nos estudos experimentais. Assim, existe a necessidade de se continuar a estudar a segurança da utilização dos medicamentos biológicos oftálmicos na prática clínica. Referências Bibliográficas 1. Stewart MW. The Expanding Role of Vascular Endothelial Growth Factor Inhibitors in Ophthalmology. Mayo Clin Proc. 2012;87(1): Zampros I, Praidou A, Brazitikos P, Ekonomidis P, Androudi S. Antivascular Endothelial Growth Factor Agents for Neovascular Age-Related Macular Degeneration. J Ophthalmol. 2012;2012: Aiello LP, Avery RL, Arrigg PG, et al. Vascular Endothelial Growth Factor in Ocular Fluid of Patients with Diabetic Retinopathy and Other Retinal Disorders. N Engl J Med. 1994;331(22): Chakravarthy U, Evans J, Rosenfeld PJ. Age related macular degeneration. BMJ. 2010;340:c Bhagat N, Grigorian RA, Tutela A, Zarbin MA. Diabetic Macular Edema: Pathogenesis and Treatment. Surv Ophthalmol. 2009:54(1): Aref AA, Scott IU. Management of Macular Edema Secondary to Branch Retinal Vein Occlusion: an Evidence-Based Update. Adv Ther. 2011;28(1): Aref AA, Scott IU. Management of Macular Edema Secondary to Central Retinal Vein Occlusion: an Evidence-Based Update. Adv Ther. 2011;28(1): Agência Europeia do Medicamento. Detalhes de autorização do Macugen (pegaptanib). Disponível em ema/index.jsp?curl=pages/medicines/human/medicines/000620/ human_med_ jsp&mid=wc0b01ac058001d124 [acedido em 27/10/2014]. 9. Agência Europeia do Medicamento. Detalhes de autorização do Lucentis (ranibizumab). Disponivel em ema/index.jsp?curl=pages/medicines/human/medicines/000715/ human_med_ jsp&mid=wc0b01ac058001d124 [acedido em 27/10/2014]. 10. Agência Europeia do Medicamento. Destalhes de autorização do Eylea (aflibercept). Disponível em ema/index.jsp?curl=pages/medicines/human/medicines/002392/ human_med_ jsp&mid=wc0b01ac058001d124 [acedido em 27/10/2014]. 11. Agência Europeia do Medicamento. Resumo das Características do Medicamento Macugen (pegaptanib); 2014 Out 20. Disponível em EPAR_-_Product_Information/human/000620/WC pdf [acedido em 27/10/2014]. 12. Agência Europeia do Medicamento. Resumo das Características do Medicamento Lucentis (ranibizumab); 2014 Abr 24. Disponível em EPAR_-_Product_Information/human/000715/WC pdf [acedido em 27/10/2014]. 13. Agência Europeia do Medicamento. Resumo das Características do Medicamento Eylea (aflibercept); 2014 Set 15. Disponível em EPAR_-_Product_Information/human/002392/WC pdf [acedido em 27/10/2014]. 14. Giezen TJ, Mantel-Teeuwisse AK, Leufkens HG. Pharmacovigilance of biopharmaceuticals: challenges remain. Drug Saf. 2009;32(10): Ebbers HC, Mantel-Teewisse AK, Moors EH, et al. A cohort study exploring determinants of safety-related regulatory actions for biopharmaceuticals. Drug Saf. 2012;35(5): Moher D, Liberati A, Tetzlaff J, et al. The PRISMA Group. Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses: The PRISMA Statement. Plos Med. 2009;6(7):e Agência Europeia do Medicamento. Glossary. Disponível em [acedido em 27/10/2014]. 18. Higgins JPT, Green S (eds.). Cochrane Handbook for Systematic Reviews of Interventions. Versão [atualizada Mar 2011]. The Cochrane Collaboration, The Cochrane Collaboration s tool for assessing risk of bias. Disponível em tool_for_assessing.htm [acedido em 27/10/2014].

14 19. Antiplatelet Trialists Collaboration. Collaborative overview of randomised trials of antiplatelet therapy I: Prevention of death, myocardial infarction, and stroke by prolonged antiplatelet therapy in various categories of patients. BMJ. 1994;308(6921): Ng EW, Shima DT, Calias F. Pegaptanib, a targeted anti-vegf aptamer for ocular vascular disease. Nat Drug Rev Discov. 2006;5(2): Gragoudas ES, Adamis AP, Cunningham ET, Jr. Feinsod M. Guyer DR. VEGF Inhibition Study in Ocular Neovascularization Clinical Trial Group. Pegaptanib for Neovascular Age-Related Macular Degeneration. N Engl J Med. 2004;351(27): D Amico DJ, Masonson HN, Patel M. et al. VEGF Inhibition Study in Ocular Neovascularization (V.I.S.I.O.N.) Clinical Trial Group. Pegaptanib Sodium for Neovascular Age- Related Macular Degeneration: Two-Year Safety Results of the Two Prospective, Multicenter, Controlled Clinical Trials. Ophthalmology. 2006;113(6): Singerman LJ, Masonson H, Patel M, et al. Pegaptanib sodium for neovascular age-related macular degeneration: third-year safety results of the VEGF Inhibition Study in Ocular Neovascularisation (VISION) trial. Br J Ophthalmol. 2008;92(12): Marcus DM. Four-Year Safety of Pegaptanib Sodium in Neovascular Age-Related Macular Degeneration (AMD): Results of the V.I.S.I.O.N. Trial. IOVS ARVO E-abstract Rosenfeld PJ, Brown DM, Heier JS, et al. Ranibizumab for Neovascular Age-Related Macular Degeneration. N Engl J Med. 2006;355(14): NCT A Study to Evaluate rhufab V2 in Subjects With Minimally Classic or Occult Subfoveal Neovascular Macular Degeneration. Disponível em show/nct [acedido em 27/10/2014]. 27. Brown DM, Kaiser PK, Michels M, et al. Ranibizumab versus Verteporfin for Neovascular Age-Related Macular Degeneration. N Engl J Med. 2006;355(14): Brown DM, Michels M, Kaiser PK, et al. ANCHOR Study Group. Ranibizumab versus verteporfin photodynamic therapy for neovascular age-related macular degeneration: two-years results of the ANCHOR study. Ophthalmology. 2009;116(1): NCT A Study to Compare rhufab V2 With Verteporfin Photodynamic in Treating Subfoveal Neovascular Macular Degeneration. Disponível em show/nct [acedido em 27/10/2014]. 30. Regillo CD, Brown DM, Abraham P, et al. PIER Study Group. Randomized, Double-Masked, Sham-Controlled Trial of Ranibizumab for Neovascular Age-related Macular Degeneration: PIER Study Year 1. Am J Ophthalmol. 2008;154(2): Abraham P, Yue H, Wilson L. Randomized, Double-Masked, Sham-Controlled Trial of Ranibizumab for Neovascular Age-Related Macular Degeneration: PIER Study Year 2. Am J Ophthalmol. 2010;150(3): NCT A Study of rhufab V2 (Ranibizumab) in Subjects With Subfoveal Choroidal Neovascularization Secondary to Age-Related Macular Degeneration (AMD). Disponível em [acedido em 27/10/2014]. 33. Mitchell P, Bandello F, Schmidt-Erfurth U, et al. RESTORE Study Group. The RESTORE Study: Ranibizumab Monotherapy or Combined with Laser versus Laser Monotherapy for Diabetic Macular Edema. Ophthalmology. 2011;118(4): NCT A 12 Month Core Study to Assess the Efficacy and Safety of Ranibizumab (Intravitreal Injections) in Patients With Visual Impairment Due to Diabetic Macular Edema and a 24 Month Open-label Extension Study (RESTORE). Disponível em [acedido em 27/10/2014]. 35. Nguyen QD, Brown DM, Marcus DM, et al. RISE and RIDE Research Group. Ranibizumab for Diabetic Macular Edema: Results from 2 Phase III Randomized Trials: RISE and RIDE. Ophthalmology. 2012;119(4): Brown DM, Nguyen QD, Marcus DM, et al. RISE and RIDE Research Group. Long-term outcomes of ranibizumab therapy for diabetic macular edema: the 36-month results from two phase III trials: RISE and RIDE. Ophthalmology. 2013;120(10): NCT A Study of Ranibizumab Injection in Subjects With Clinically Significant Macular Edema (ME) With Center Involvement Secondary to Diabetes Mellitus (RISE). Disponível em [acedido em 27/10/2014]. 38. NCT A Study of Ranibizumab Injection in Subjects With Clinically Significant Macular Edema (ME) With Center Involvement Secondary to Diabetes Mellitus (RIDE). Disponível em clinicaltrials.gov/ct2/show/nct [acedido em 27/10/2014]. 39. NCT Efficacy and Safety of Ranibizumab (Intravitreal Injections) in Patients With Visual Impairment Due to Diabetic Macular Edema (REVEAL). Disponível em [acedido em 27/10/2014]. 40. Campochiaro PA, Heier JS, Feiner L, et al. BRAVO Investigators. Ranibizumab for Macular Edema following Branch Retinal Vein Occlusion: Six-Month Primary End Point Results of a Phase III Study. Ophthalmology. 2010;117(6): Brown DM, Campochiaro PA, Bhisitkul RB, et al. Sustained Benefits from Ranibizumab for Macular Edema Following Branch Retinal Vein Occlusion: 12-Month Outcomes of a Phase III Study. Ophthalmology. 2011;118(8): NCT A Study of the Efficacy and Safety of Ranibizumab Injection in Patients With Macular Edema Secondary to Branch Retinal Vein Occlusion (BRAVO). Disponível em [acedido em 27/10/2014]. 43. Brown DM, Campochiaro PA, Singh RP, et al. CRUISE Investigators. Ranibizumab for Macular Edema following Central Retinal Vein Occlusion: Six-Month Primary End Point Results of a Phase III Study. Ophthalmology. 2010;117(6): Campochiaro PA, Brown DM, Awh CC, et al. Sustained Benefits from Ranibizumab for Macular Edema following Central 41

15 42 Retinal Vein Occlusion: Twelve-Month Outcomes of a Phase III Study. Ophthalmology. 2011;118(10): NCT A Study of the Efficacy and Safety of Ranibizumab Injection in Patients With Macular Edema Secondary to Central Retinal Vein Occlusion (CRUISE). Disponível em [acedido em 27/10/2014]. 46. Wolf S, Balciuniene VJ, Laganovska G, et al. RADIANCE Study Group. RADIANCE: A Randomized Controlled Study of Ranibizumab in Patients with Choroidal Neovascularization Secondary to Pathologic Myopia. Ophthalmology. 2014;121(3): e NCT Efficacy and Safety of Ranibizumab in Patients With Visual Impairment Due to Choroidal Neovascularization Secondary to Pathologic Myopia. Disponível em [acedido em 27/10/2014]. 48. Heier JS, Brown DM, Chong V, et al. VIEW1 and VIEW2 Study Groups. Intravitreal Aflibercept (VEGF Trap-Eye) in Wet Age-related Macular Degeneration. Ophthalmology. 2012;119(12): Schmidt-Erfurth U, Kaiser PK, Korobelnik JF, et al. Intravitreal aflibercept injection for neovascular age-related macular degeneration: ninety-six-week results of the VIEW studies. Ophthalmology. 2014;121(1): NCT Vascular Endothelial Growth Factor VEGF Trap-Eye:Investigation of Efficacy and Safety in Wet Age-Related Macular Degeneration(AMD) (VIEW1). Disponível em [acedido em 27/10/2014]. 51. NCT Vascular Endothelial Growth Factor (VEGF) Trap-Eye: Investigation of Efficacy and Safety in Wet Age- Related Macular Degeneration (AMD) (VIEW 2). Disponível em [acedido em 27/10/2014]. 52. Holz FG, Roider J, Ogura Y, et al. VEGF Trap-Eye for macular oedema secondary to central retinal vein occlusion: 6-month results of the phase III GALILEO study. Br J Ophthalmol. 2013;97(3): Korobelnik JF, Holz FG, Roider J. Intravitreal Aflibercept Injection for Macular Edema Resulting from Central Retinal Vein Occlusion: One-Year Results of the Phase 3 GALILEO Study. Opthalmology. 2014;121(1): Ogura Y, Roider J, Korobelnik JF, et al; GALILEO Study Group. Intravitreal Aflibercept for Macular Edema Secondary to Central Retinal Vein Occlusion: 18-Month Results of the Phase 3 GALILEO Study. Am J Ophthalmol. 2014; pii:s (14) [epub ahead of print]. 55. NCT Vascular Endothelial Growth Factor (VEGF) Trap-Eye: Investigation of Efficacy and Safety in Central Retinal Vein Occlusion (CRVO) (GALILEO). Disponível em [acedido em 27/10/2014]. 56. Boyer D, Heier J, Brown DM. Vascular endothelial growth factor Trap-Eye for macular edema secondary to central retinal vein occlusion: six-month results of the phase 3 COPERNICUS study. Ophthalmology. 2012;119(5): Brown DM, Heier JS, Clark WL. Intravitreal aflibercept injection for macular edema secondary to central retinal vein occlusion: 1-year results from the phase 3 COPERNICUS study. Am J Ophthalmol. 2013;155(3): e Heier JS, Clark WL, Boyer DS, et al. Intravitreal aflibercept injection for macular edema due to central retinal vein occlusion: two-year results from the COPERNICUS study. Ophthalmology. 2014;121(7): e1 59. NCT Vascular Endothelial Growth Factor (VEGF) Trap-Eye: Investigation of Efficacy and Safety in Central Retinal Vein Occlusion (CRVO). Disponível em show/nct [acedido em 27/10/2014]. 60. Korobelnik JF, Do DV, Schmidt-Erfurth U, et al. Intravitreal Aflibercept for Diabetic Macular Edema. Ophthalmology. 2014;pii:S (14) [epub ahead of print]. 61. NCT Study of Intravitreal Administration of VEGF Trap-Eye (BAY ) in Patients With Diabetic Macular Edema (VISTA DME). Disponível em NCT [acedido em 27/10/2014]. 62. NCT Intravitreal Alfibercept Injection in Vision Impairment Due to DME (VIVID-DME). Disponível em [acedido em 27/10/2014]. 63. Schmidt-Erfurth U, Eldem B, Guymer R, et al. EXCITE Study Group. Efficacy and Safety of Monthly versus Quarterly Ranibizumab Treatment in Neovascular Age-related Macular Degeneration: The EXCITE Study. Ophthalmology. 2011;118(5): NCT Efficacy and Safety of Ranibizumab in Patients With Subfoveal Choroidal Neovascularization (CNV) Secondary to Age-related Macular Degeneration (AMD) (EXCITE). Disponível em [acedido em 27/10/2014]. 65. Busbee BG, Ho AC, Brown DM, et al. HARBOR Study Group. Twelve-Month Efficacy and Safety of 0,5 mg or 2,0 mg Ranibizumab in Patients with Subfoveal Neovascular Age-Related Macular Degeneration. Ophthalmology. 2013;120(5): Ho AC, Busbee BG, Regillo CD, et al. Twenty-four-Month Efficacy and Safety of 0.5 mg or 2.0 mg Ranibizumab in Patients with Subfoveal Neovascular Age-Related Macular Degeneration. Ophthalmology. 2014;pii:S (14) [epub ahead of print]. 67. NCT A Study of Ranibizumab Administered Monthly or on an As-needed Basis in Patients With Subfoveal Neovascular Age-related Macular Degeneration (HARBOR). Disponível em [acedido em 27/10/2014]. 68. NCT Efficacy and Safety of Ranibizumab Intravitreal Injections Versus Dexamethasone Intravitreal Implant in Patients With Branch Retinal Vein Occlusion (BRVO) (COMRADE-B). Disponível em NCT [acedido em 27/10/2014]. 69. Silva R, Axer-Siegel R, Eldem B, et al. SECURE Study Group. The SECURE study: long-term safety of ranibizumab 0,5 mg in neovascular age-related macular degeneration. Ophthalmology. 2013;120(1):

16 70. NCT Safety and Tolerability of Ranibizumab in Patients With Subfoveal Choroidal Neovascularization Secondary to Age-related Macular Degeneration. Disponível em clinicaltrials.gov/show/nct [acedido em 27/10/2014]. 71. Singer MA, Awh CC, Sadda S, et al. HORIZON: An Open- Label Extension Trial of Ranibizumab for Choroidal Neovascularization Secondary to Age-Related Macular Degeneration. Ophthalmology. 2012;119(6): NCT An Extension Study to Evaluate the Safety and Tolerability of Ranibizumab in Subjects With Choroidal Neovascularization Secondary to AMD or Macular Edema Secondary to RVO. Disponível em NCT [acedido em 27/10/2014]. 73. Heier JS, Campochiaro PA, Yau L, et al. Ranibizumab for Macular Edema Due to Retinal Vein Occlusions: Long-term Follow-up in the HORIZON Trial. Ophthalmology. 2012;119(4): Boyer DS, Heier JS, Brown DM, et al. A Phase IIIb Study to Evaluate the Safety of Ranibizumab in Subjects with Neovascular Age-related Macular Degeneration. Ophthalmology. 2009;116(9): NCT A Study to Evaluate Ranibizumab in Subjects With Choroidal Neovascularization (CNV) Secondary to Age- Related Macular Degeneration (AMD). Disponível em [acedido em 27/10/2014]. 76. Lang GE, Berta A, Eldem BM, et al. RESTORE Extension Study Group. Two-year Safety and Efficacy of Ranibizumab 0.5 mg in Diabetic Macular Edema: Interim Analysis of the RESTORE Extension Study. Ophthalmology. 2013;120(10): Schmidt-Erfurth U, Lang GE, Holz FG, et al. RESTORE Extension Study Group. Three-year outcomes of individualized ranibizumab treatment in patients with diabetic macular edema: the RESTORE extension study. Ophthalmology. 2014;121(5): Campochiaro PA, Sophie R, Pearlman J, et al. RETAIN Study Group. Long-term outcomes in patients with retinal vein occlusion treated with ranibizumab: the RETAIN study. Ophthalmology. 2014;121(1): NCT Extended Follow-up of Patients With Macular Edema Due to Retinal Vein Occlusion (RETAIN). Disponível em [acedido em 27/10/2014]. 80. Cunha-Vaz J. The Blood Retinal Barrier in Retinal Disease. European Ophthalmic Review. 2009;3(2): Urtti A. Challenges and obstacles of ocular pharmacokinetics and drug delivery. Adv Drug Deliv Rev. 2006;58(11): Base de Dados Europeia de Reações Adversas a Medicamentos Macugen. Disponível em SOAP/saw.dll?PortalPages&PortalPath=%2Fshared%2FDAP %2F_portal%2FDAP&Action=Navigate&P0=1&P1=eq&P2=% 22Line%20Listing%20Objects%22.%22Product%20High%20 Level%20Code%22&P3= [acedido em 27/10/2014]. 83. Base de Dados Europeia de Reações Adversas a Medicamentos Lucentis. Disponível em SOAP/saw.dll?PortalPages&PortalPath=%2Fshared%2FDAP %2F_portal%2FDAP&Action=Navigate&P0=1&P1=eq&P2=% 22Line%20Listing%20Objects%22.%22Product%20High%20 Level%20Code%22&P3= [acedido em 27/10/2014]. 84. Base de Dados Europeia de Reações Adversas a Medicamentos Eylea. Disponível em SOAP/saw.dll?PortalPages&PortalPath=%2Fshared%2FDAP %2F_portal%2FDAP&Action=Navigate&P0=1&P1=eq&P2=% 22Line%20Listing%20Objects%22.%22Product%20High%20 Level%20Code%22&P3= [acedido em 27/10/2014]. 85. Day S, Acquah K, Mruthyunjaya P, et al. Ocular complications after anti-vascular endothelial growth factor therapy in Medicare patients with age-related macular degeneration. Am J Ophthalmol. 2011;152(2): Angulo Bocco MC, Glacet-Bernard A, Zourdani A, et al. Intravitreous injection: retrospective study on 2028 injections and their side effects. J Fr Ophtalmol. 2008;31(7): Sharma S, Johnson D, Abouammoh M, et al. Rate of serious adverse effects in a series of bevacizumab and ranibizumab injections. Can J Ophthalmol. 2012;47(3): Kemp A, Preen DB, Morlet N, et al. Myocardial infarction after intravitreal vascular endothelial growth factor inhibitors: a whole population study. Retina. 2013;33(5): French DD, Margo CE. Age-related macular degeneration, anti-vascular endothelial growth factor agents, and short-term mortality: a postmarketing medication safety and surveillance study. Retina. 2011;31(6): Carneiro AM, Barthelmes D, Falcão MS, et al. Arterial thromboembolic events in patients with exudative age-related macular degeneration treated with intravitreal bevacizumab or ranibizumab. Ophthalmologica. 2011;225(4): Curtis LH, Hammill BG, Schulman KA, et al. Risks of mortality, myocardial infarction, bleeding, and stroke associated with therapies for age-related macular degeneration. Arch Ophthalmol. 2010;128(10): Enseleit F, Michels S, Ruschitzka F. Anti-VEGF Therapies and Blood Pressure: More Than Meets the Eye. Curr Hypertens Rep. 2010;12(1): Hyman L, Schachat AP, He Q, Leske MC. Hypertension, Cardiovascular Diseases, and Age-Related Macular Degeneration. Arch Ophthalmol. 2000;118(3): Ward BW, Schiller JS. Prevalence of Multiple Chronic Conditions Among US Adults: Estimates From the National Health Interview Survey, Prev Chronic Dis. 2013;10:E Go AS, Mozzaffarian D, Roger VL, et al. for the American Heart Association Statistics Committee and Stroke Statistics Subcommittee. Heart Disease and Stroke Statistics 2013 Update: A Report From the American Heart Association. Circulation. 2013;127(23):e Kaplan W, Laing R. Chapter 7.2: Cross-Cutting Issues: Elderly. In: Kaplan W, Laing R. Priority Medicines for Europe and the World: A Public Health Approach to Innovation. World Health Organization; pp

17 97. Routledge PA, O Mahony MS, Woodhouse KW. Adverse Drug Reactions in Elderly Patients. Br J Clin Pharmacol. 2004;57(2): Singh S, Loke YK. Drug safety assessment in clinical trials: methodological challenges and opportunities. Trials. 2012;13: Stricker BH, Psaty BM. Detection, verification, and quantification of adverse drug reactions. BMJ. 2004;329(7456): Strom BL. Study Designs Available for Pharmacoepidemiology Studies. In: Strom BL, Kimmel SE. Textbook of Pharmacoepidemiology. West Sussex: John Wiley & Sons, Ltd; p Suplemento Tabela 1 Equação de pesquisa Equação de pesquisa (pegaptanib OR macugen OR ranibizumab OR lucentis OR aflibercept OR eylea OR (vegf trap eye) OR (vegf trap-eye)) AND ((age-related macular degeneration) OR (diabetic macular edema) OR (retinal vein occlusion) OR (pathologic myopia)) Tabela 2 Avaliação da qualidade metodológica dos estudos selecionados Risco de viés* Estudo [referência] Aleatorização Alocação Ocultação dos doentes e dos investigadores Ocultação das variáveis de estudo Dados incompletos Viés de seleção Outro tipo de viés Qualidade do estudo VISION Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Elevada MARINA 24,25 Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Elevada ANCHOR Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Elevada PIER Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Elevada 44 EXCITE 62,63 NE Sim Sim Sim Sim Sim Sim Média SECURE 68,69 Não Não Não NE Sim Sim Sim Média HARBOR Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Elevada HORIZON Não Não Não NE Sim Sim Sim Média SAILOR 73,74 Sim** Sim** Não NE Sim Sim Sim Média COMRADE-B 67 Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Elevada RESTORE 32,33 Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Elevada RISE/RIDE Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Elevada REVEAL 38 Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Elevada RESTORE extensão 75,76 Não Não Não NE Sim Sim Sim Média BRAVO Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Elevada CRUISE Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Elevada RETAIN 77,78 Não Não Não NE Sim Sim Sim Média RADIANCE 45,46 Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Elevada VIEW 1/VIEW Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Elevada GALILEO 54 Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Elevada COPERNICUS Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Elevada VISTA/VIVID NE Sim Sim Sim Sim Sim Sim Elevada * Risco de Viés: Sim baixo risco de viés; Não alto risco de viés; NE (Não especificado) informação insuficiente que permita definir o risco de viés. Por exemplo: não descreve o método usado para a aleatorização ou ocultação. Qualidade metodológica: Elevada baixo risco de viés em todos os domínios avaliados; Média tem alguma informação em falta em um ou mais domínios; Baixa alto risco de viés em todos os domínios avaliados. O investigador que administrou o medicamento tinha conhecimento de qual era a intervenção terapêutica administrada. No entanto, o investigador que fez a avaliação das variáveis de estudo não tinha conhecimento. O estudo SAILOR foi constituído por duas coortes: uma coorte correspondendo a um ensaio clínico aleatorizado e controlado e outra coorte a um ensaio clínico.

Guia para o tratamento com Lucentis (ranibizumab)

Guia para o tratamento com Lucentis (ranibizumab) Guia para o tratamento com Lucentis (ranibizumab) Para a Degenerescência Macular relacionada com a Idade (DMI) neovascular (húmida) Informação importante para o doente Secção 1 Sobre o Lucentis Este caderno

Leia mais

Guia para o tratamento com Lucentis (ranibizumab)

Guia para o tratamento com Lucentis (ranibizumab) Guia para o tratamento com Lucentis (ranibizumab) Para a perda de visão devida a edema macular secundário a oclusão da veia retiniana (OVR) Informação importante para o doente Secção 1 Sobre o Lucentis

Leia mais

Departamento de Oftalmologia da A

Departamento de Oftalmologia da A Departamento de Oftalmologia da A CBHPM: 3.03.12.12-4 Página 51 Porte 10C, 1 aux, Porte anestésico 5 50 mil crianças cegas no mundo Se não ttar doença limiar: 50% evolui anatomica e funcionalmente mal

Leia mais

Injeção simulada Lucentis 0,5 mg (n = 240) Perda de < 15 letras na acuidade visual (%) a. Mês 12 62% 95% (Manutenção da visão)

Injeção simulada Lucentis 0,5 mg (n = 240) Perda de < 15 letras na acuidade visual (%) a. Mês 12 62% 95% (Manutenção da visão) LUCENTIS ranibizumabe APRESENTAÇÕES Solução para injeção a 10 mg/ml. Embalagem com 1 frasco-ampola contendo 2,3 mg de ranibizumabe em 0,23 ml de solução, uma agulha com filtro para retirada do conteúdo

Leia mais

Utilização off label do bevacizumabe (Avastin ) intraocular: viabilidade do fracionamento

Utilização off label do bevacizumabe (Avastin ) intraocular: viabilidade do fracionamento Utilização off label do bevacizumabe (Avastin ) intraocular: viabilidade do fracionamento STC - Setor de Suporte Técnico-científico Farmoterápica Autora: Janaina Rezende Em 2011, a Câmara Técnica de Oftalmologia

Leia mais

TEMA: Anti-angiogênico (Eylia - aflibercepte) no tratamento de edema macular na obstrução da veia central da retina

TEMA: Anti-angiogênico (Eylia - aflibercepte) no tratamento de edema macular na obstrução da veia central da retina Data: 03/03/2016 NT 07/2016 Solicitante: Juiz de Direito Sérgio Castro da Cunha Peixoto 1ª Unidade Jurisdicional Cível Juizado de Consumo da Comarca de Belo Horizonte Número do processo: 9014825.22.2016.813.0024

Leia mais

TEMA: USO DO RANIBIZUMABE (LUCENTIS ) NA RETINOPATIA DIABÉTICA. Sumário 1. Resumo executivo... 2. 1.1 Recomendação... 2

TEMA: USO DO RANIBIZUMABE (LUCENTIS ) NA RETINOPATIA DIABÉTICA. Sumário 1. Resumo executivo... 2. 1.1 Recomendação... 2 Nota Técnica 94/2013 Data: 15/06/2013 Medicamento X Material Procedimento Cobertura Solicitante: Dr. José Hélio da Silva 4ª Vara Cível da Comarca de PousoAlegre - MG Processo número:0103076-29.2013 TEMA:

Leia mais

TEMA: USO DO RANIBIZUMABE (LUCENTIS ) NA RETINOPATIA DIABÉTICA

TEMA: USO DO RANIBIZUMABE (LUCENTIS ) NA RETINOPATIA DIABÉTICA NOTA TÉCNICA 207/2013 Solicitante Juíza MARCILENE DA CONCEIÇÃO MIRANDA Processo número: 166.13.001954-9 (0019549-92.2013.8.13.0166) Data: 29/10/2013 Medicamento X Material Procedimento Cobertura TEMA:

Leia mais

Terapia medicamentosa

Terapia medicamentosa www.printo.it/pediatric-rheumatology/pt/intro Terapia medicamentosa Versão de 2016 13. Medicamentos biológicos Nos últimos anos foram introduzidas novas perspetivas terapêuticas com substâncias conhecidas

Leia mais

Anexo II. Conclusões científicas e fundamentos para a recusa apresentados pela Agência Europeia de Medicamentos

Anexo II. Conclusões científicas e fundamentos para a recusa apresentados pela Agência Europeia de Medicamentos Anexo II Conclusões científicas e fundamentos para a recusa apresentados pela Agência Europeia de Medicamentos 5 Conclusões científicas Resumo da avaliação científica do Etinilestradiol-Drospirenona 24+4

Leia mais

Procedimento Descrição Custo

Procedimento Descrição Custo Nome do procedimento de acordo com a terminologia da CBHPM/TUSS (se possível, informar também o nome em inglês). Descrição do que consiste o procedimento, qual sua finalidade, qual a importância da inclusão

Leia mais

www.printo.it/pediatric-rheumatology/br/intro

www.printo.it/pediatric-rheumatology/br/intro www.printo.it/pediatric-rheumatology/br/intro Doença de Behçet Versão de 2016 2. DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO 2.1 Como é diagnosticada? O diagnóstico é principalmente clínico. Pode demorar entre um a cinco

Leia mais

Rua Guadalajara, nº 175, Barra (Morro do Gato). Salvador - Bahia. CEP: 40.140-460

Rua Guadalajara, nº 175, Barra (Morro do Gato). Salvador - Bahia. CEP: 40.140-460 PARECER CREMEB 11/11 (Aprovado em Sessão da 2ª Câmara em 03/06/2011) Expediente Consulta Nº 176.964/11 Assunto: Tratamento de Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI) Relatora: Consª. Nedy Maria

Leia mais

TEMA: USO DO RANIBIZUMABE (LUCENTIS ) NA DEGENERAÇÃO MACULAR RELACIONADA À MIOPIA.

TEMA: USO DO RANIBIZUMABE (LUCENTIS ) NA DEGENERAÇÃO MACULAR RELACIONADA À MIOPIA. NOTA TÉCNICA Solicitante Juiz Rodrigo da Fonseca Caríssimo - 1ª Vara Cível de Araxá Refere-se ao Processo nº. 0140492-65.2012.8.13.0040 Data: 05/12/2012 Medicamento X Material Procedimento Cobertura TEMA:

Leia mais

Guia para o tratamento com Lucentis (ranibizumab) Para a perda de visão devida a Edema Macular Diabético (EMD) Informação importante para o doente

Guia para o tratamento com Lucentis (ranibizumab) Para a perda de visão devida a Edema Macular Diabético (EMD) Informação importante para o doente Guia para o tratamento com Lucentis (ranibizumab) Para a perda de visão devida a Edema Macular Diabético (EMD) Informação importante para o doente Secção 1 Sobre o Lucentis Este caderno de informação foi

Leia mais

BROCHURA para o DOENTE com ARTRITE IDIOPÁTICA JUVENIL POLIARTICULAR (AIJp) em TRATAMENTO com RoACTEMRA

BROCHURA para o DOENTE com ARTRITE IDIOPÁTICA JUVENIL POLIARTICULAR (AIJp) em TRATAMENTO com RoACTEMRA BROCHURA para o DOENTE com ARTRITE IDIOPÁTICA JUVENIL POLIARTICULAR (AIJp) em TRATAMENTO com RoACTEMRA Esta brochura fornece informação de segurança importante para o doente com AIJp e para os seus pais/responsáveis

Leia mais

Eylia (aflibercepte) Bayer S.A. Solução injetável 40 mg/ml

Eylia (aflibercepte) Bayer S.A. Solução injetável 40 mg/ml Eylia (aflibercepte) Bayer S.A. Solução injetável 40 mg/ml EYLIA aflibercepte APRESENTAÇÕES: Eylia (aflibercepte) apresenta-se em forma de, em frascos-ampola. Cada frasco-ampola contém um volume de enchimento

Leia mais

ramo venoso nas máculas (trombose)

ramo venoso nas máculas (trombose) NOTA TÉCNICA 160/2014 Solicitante: Dr. FERNANDO DE MORAES MOURÃO Juiz de Direito Processo número: 0042.14.003165-1 Data: 05/08/2014 Medicamento x Material Procedimento Cobertura Réus: Município de Arcos

Leia mais

Projeto de Resolução n.º 238/XIII/1.ª. Recomenda ao Governo que implemente medidas de prevenção e combate à Diabetes e à Hiperglicemia Intermédia.

Projeto de Resolução n.º 238/XIII/1.ª. Recomenda ao Governo que implemente medidas de prevenção e combate à Diabetes e à Hiperglicemia Intermédia. Projeto de Resolução n.º 238/XIII/1.ª Recomenda ao Governo que implemente medidas de prevenção e combate à Diabetes e à Hiperglicemia Intermédia. O aumento da esperança de vida, conseguido através do desenvolvimento,

Leia mais

Pela luz dos olhos teus

Pela luz dos olhos teus Pela luz dos olhos teus Pesquisa com medicamento, coordenada por farmacêutico brasileiro, traz esperança a portadores da Degeneração Macular Relacionada com a Idade (DMRI), principal responsável pela perda

Leia mais

LUCENTIS ranibizumabe

LUCENTIS ranibizumabe LUCENTIS ranibizumabe APRESENTAÇÕES Solução para injeção a 10 mg/ml. Embalagem com 1 frasco-ampola contendo 2,3 mg de ranibizumabe em 0,23 ml de solução, uma agulha com filtro para retirada do conteúdo

Leia mais

A GRIPE SAZONAL Porque deve ser vacinado

A GRIPE SAZONAL Porque deve ser vacinado A GRIPE SAZONAL Porque deve ser vacinado A Gripe. Proteja-se a si e aos outros. A GRIPE SAZONAL: PORQUE DEVE SER VACINADO É possível que, recentemente, tenha ouvido falar bastante sobre diversos tipos

Leia mais

Câmara Técnica de Medicina Baseada em Evidências. Avaliação de Tecnologias em Saúde

Câmara Técnica de Medicina Baseada em Evidências. Avaliação de Tecnologias em Saúde Câmara Técnica de Medicina Baseada em Evidências Avaliação de Tecnologias em Saúde Sumário das Evidências e Recomendações para a utilização de anticorpos anti fator de crescimento do endotélio vascular

Leia mais

Lucentis. ranibizumabe

Lucentis. ranibizumabe Lucentis ranibizumabe Forma farmacêutica, via de administração e apresentação Solução para injeção a 10 mg/ml. Embalagem com 1 frasco-ampola contendo 2,3 mg de ranibizumabe em 0,23 ml de solução, uma agulha

Leia mais

ALTERAÇÕES A INCLUIR NAS SECÇÕES RELEVANTES DO RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DOS MEDICAMENTOS QUE CONTENHAM NIMESULIDA (FORMULAÇÕES SISTÉMICAS)

ALTERAÇÕES A INCLUIR NAS SECÇÕES RELEVANTES DO RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DOS MEDICAMENTOS QUE CONTENHAM NIMESULIDA (FORMULAÇÕES SISTÉMICAS) ANEXO III 58 ALTERAÇÕES A INCLUIR NAS SECÇÕES RELEVANTES DO RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DOS MEDICAMENTOS QUE CONTENHAM NIMESULIDA (FORMULAÇÕES SISTÉMICAS) Adições aparecem em itálico e sublinhado; rasuras

Leia mais

OZURDEX ALLERGAN PRODUTOS FARMACÊUTICOS LTDA. Implante Biodegradável para Uso Oftálmico. Cada implante contém 0,7 mg de dexametasona

OZURDEX ALLERGAN PRODUTOS FARMACÊUTICOS LTDA. Implante Biodegradável para Uso Oftálmico. Cada implante contém 0,7 mg de dexametasona OZURDEX ALLERGAN PRODUTOS FARMACÊUTICOS LTDA Implante Biodegradável para Uso Oftálmico Cada implante contém 0,7 mg de dexametasona BULA PARA O PACIENTE APRESENTAÇÕES Implante biodegradável para uso oftálmico

Leia mais

LUCENTIS. ranibizumabe

LUCENTIS. ranibizumabe LUCENTIS ranibizumabe Forma farmacêutica, via de administração e apresentação Solução para injeção 10 mg/ml. Embalagem com 1 frasco-ampola contendo 2,3 mg de ranibizumabe em 0,23 ml de solução, uma agulha

Leia mais

RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO PRÉVIA DO MEDICAMENTO PARA USO HUMANO EM MEIO HOSPITALAR

RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO PRÉVIA DO MEDICAMENTO PARA USO HUMANO EM MEIO HOSPITALAR RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO PRÉVIA DO MEDICAMENTO PARA USO HUMANO EM MEIO HOSPITALAR DCI ranibizumab N.º Registo Nome Comercial Apresentação/Forma Farmacêutica/Dosagem PVH PVH com IVA Titular de AIM 5588744

Leia mais

Nota Técnica nº. 002 - CPCON/GFIMP/GGIMP/ANVISA Brasília, 02 de junho de 2010

Nota Técnica nº. 002 - CPCON/GFIMP/GGIMP/ANVISA Brasília, 02 de junho de 2010 Nota Técnica nº. 002 - CPCON/GFIMP/GGIMP/ANVISA Brasília, 02 de junho de 2010 Assunto: Inclusão da substância dapoxetina em lista da Portaria SVS/MS N.344 de 12 de maio de 1998 e de suas atualizações Solicitante:

Leia mais

FOLHETO INFORMATIVO: INFORMAÇÃO PARA O UTILIZADOR. 1. O QUE É Doxazosina Normon E PARA QUE É UTILIZADA

FOLHETO INFORMATIVO: INFORMAÇÃO PARA O UTILIZADOR. 1. O QUE É Doxazosina Normon E PARA QUE É UTILIZADA FOLHETO INFORMATIVO: INFORMAÇÃO PARA O UTILIZADOR Doxazosina Normon 2 mg comprimidos Doxazosina Normon 4 mg comprimidos Doxazosina APROVADO EM Leia atentamente este folheto antes de tomar este medicamento.

Leia mais

População pediátrica Não existe utilização relevante de ILUVIEN na população pediátrica na indicação de edema macular diabético (EMD).

População pediátrica Não existe utilização relevante de ILUVIEN na população pediátrica na indicação de edema macular diabético (EMD). 1. NOME DO MEDICAMENTO ILUVIEN 190 microgramas implante intravítreo em aplicador. 2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA Cada implante contém 190 microgramas de acetonido de fluocinolona. Lista completa

Leia mais

A Introdução dos Biológicos no Tratamento da Psoríase: experiência da Enfermagem em um Centro de Infusões

A Introdução dos Biológicos no Tratamento da Psoríase: experiência da Enfermagem em um Centro de Infusões A Introdução dos Biológicos no Tratamento da Psoríase: experiência da Enfermagem em um Centro de Infusões Enfª Resp. Téc. Ana Cristina de Almeida CIP-Centro de Infusões Pacaembú Agente Biológicos Os biológicos

Leia mais

Manual do utilizador para notificações na internet

Manual do utilizador para notificações na internet Proteção da saúde do doente O presente manual do utilizador para notificações na internet fornece informações sobre os elementos de dados, o esquema, a interpretação e as funcionalidades da notificação

Leia mais

HOSPITAL UNIVERSITÁRIO PROF. EDGARD SANTOS- UFBA - HUPES

HOSPITAL UNIVERSITÁRIO PROF. EDGARD SANTOS- UFBA - HUPES DADOS DO PROJETO DE PESQUISA Pesquisador: PARECER CONSUBSTANCIADO DO CEP Título da Pesquisa: IMPACTO DE EXERCÍCIOS BASEADOS NO PILATES SOLO VERSUS EXERCÍCIO AERÓBICO NA DOENÇA HEPÁTICA GORDUROSA NÃO ALCOÓLICA,

Leia mais

Métodos de Síntese e Evidência: Revisão Sistemática e Metanálise

Métodos de Síntese e Evidência: Revisão Sistemática e Metanálise Métodos de Síntese e Evidência: Revisão Sistemática e Metanálise Mirian Carvalho de Souza Divisão de Epidemiologia Coordenação de Pesquisa Populacional Coordenação Geral Técnico-Científica Estudos Revisão

Leia mais

FEUP - 2010 RELATÓRIO DE CONTAS BALANÇO

FEUP - 2010 RELATÓRIO DE CONTAS BALANÇO relatório de contas 2 FEUP - 2010 RELATÓRIO DE CONTAS BALANÇO FEUP - 2010 RELATÓRIO DE CONTAS 3 4 FEUP - 2010 RELATÓRIO DE CONTAS DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS POR NATUREZAS DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA

Leia mais

INFORMAÇÃO DE SEGURANÇA SOBRE O TRATAMENTO COM

INFORMAÇÃO DE SEGURANÇA SOBRE O TRATAMENTO COM INFORMAÇÃO DE SEGURANÇA SOBRE O TRATAMENTO COM GUIA DO DOENTE COM DEGENERESCÊNCIA MACULAR RELACIONADA COM A IDADE (DMI) NEOVASCULAR (HÚMIDA) Este medicamento está sujeito a monitorização adicional Versão

Leia mais

RT 05 /2015. Antiangiogênicos na retinopatia diabética

RT 05 /2015. Antiangiogênicos na retinopatia diabética 27/03/2015 RT 05 /2015 Antiangiogênicos na retinopatia diabética SOLICITANTE : Juíza Cláudia Helena Batista, da 3ª Unidade Jurisdicional do Juizado Especial de Belo Horizonte NÚMERO DO PROCESSO: 9018733.24.2015.813.0024

Leia mais

Data: 07/04/2014 NTRR 67/2014. Medicamento x Material Procedimento Cobertura

Data: 07/04/2014 NTRR 67/2014. Medicamento x Material Procedimento Cobertura NTRR 67/2014 Solicitante: Juiz Alex Matoso Silva Município de Itaúna - MG Número do processo: 0338.14.003128-1 Data: 07/04/2014 Medicamento x Material Procedimento Cobertura TEMA: Pegvisomanto para acromegalia

Leia mais

Antiangiogênicos (bevacizumbe e ranibizumabe) no tratamento do edema macular diabético

Antiangiogênicos (bevacizumbe e ranibizumabe) no tratamento do edema macular diabético Antiangiogênicos (bevacizumbe e ranibizumabe) no tratamento do edema macular diabético Outubro/2015 1 2015 Ministério da Saúde. É permitida a reprodução parcial ou total desta obra, desde que citada a

Leia mais

TEMA: Anti-VEGF ranimizumabe (Lucentis ) para tratamento da oclusão da veia central da retina

TEMA: Anti-VEGF ranimizumabe (Lucentis ) para tratamento da oclusão da veia central da retina NOTA TÉCNICA 61/2014 Solicitante: Nayara Henriques Número do processo: 0024.14.084.721-1 Data: 02/04/2014 Medicamento X Material Procedimento Cobertura Réu: Município de Belo Horizonte TEMA: Anti-VEGF

Leia mais

Anexo II. Conclusões científicas e fundamentos para a alteração dos termos das Autorizações de Introdução no Mercado

Anexo II. Conclusões científicas e fundamentos para a alteração dos termos das Autorizações de Introdução no Mercado Anexo II Conclusões científicas e fundamentos para a alteração dos termos das Autorizações de Introdução no Mercado 21 Conclusões científicas Resumo da avaliação científica do Zinnat e nomes associados

Leia mais

Neovascularização Ocular do Segmento Posterior: Tratamento (PARTE II)

Neovascularização Ocular do Segmento Posterior: Tratamento (PARTE II) Oftalmologia - Vol. 35: pp.297-309 Artigo de Revisão Neovascularização Ocular do Segmento Posterior: Tratamento (PARTE II) Ana Bastos Carvalho 1,2,3, Ana Miranda 4, Cláudia Loureiro 1, António Castanheira

Leia mais

Norma Interpretativa 2 Uso de Técnicas de Valor Presente para mensurar o Valor de Uso

Norma Interpretativa 2 Uso de Técnicas de Valor Presente para mensurar o Valor de Uso Norma Interpretativa 2 Uso de Técnicas de Valor Presente para mensurar o Valor de Uso Esta Norma Interpretativa decorre da NCRF 12 - Imparidade de Activos. Sempre que na presente norma existam remissões

Leia mais

Derrotar o cancro do útero

Derrotar o cancro do útero Portuguese translation of Beating cervical cancer The HPV vaccine questions and answers for parents of girls in Year 9 Derrotar o cancro do útero A vacina HPV perguntas e respostas para os pais de jovens

Leia mais

Avaliação da Qualidade de um Projeto de Pesquisa

Avaliação da Qualidade de um Projeto de Pesquisa Última impressão 15/08/01 08:19 Página 1 de 7 Manuscrito em Elaboração! Capítulo 16 Avaliação da Qualidade de um Projeto de Pesquisa Aldemar Araujo Castro INTRODUÇÃO O processo de avaliação da qualidade

Leia mais

TEMA: Ácido hialurônico para tratamento da cistite intersticial

TEMA: Ácido hialurônico para tratamento da cistite intersticial NTRR 124/2014 Solicitante: Juiza Mônika Alessandra Machado Gomes Alves Data: 01/07/2014 Medicamento x Material Procedimento Cobertura Número do processo: 060049781-88.2014 Réu: Estado de Minas Gerais TEMA:

Leia mais

Clínica da Universidade de Navarra (CUN):

Clínica da Universidade de Navarra (CUN): Clínica da Universidade de Navarra (CUN): Dez anos de experiência clínica com microesferas Ítrio-90 confirmam um controlo localizado do cancro do fígado em 80% dos doentes Clínica da Universidade de Navarra

Leia mais

Data: 27/03/2014. NTRR 54/2014 a. Medicamento x Material Procedimento Cobertura

Data: 27/03/2014. NTRR 54/2014 a. Medicamento x Material Procedimento Cobertura NTRR 54/2014 a Solicitante: Secretaria da segunda vara da comarca de Caeté Número do processo: 0004453-75.2014 Data: 27/03/2014 Medicamento x Material Procedimento Cobertura Réu: Comarca de Caeté e Estado

Leia mais

Anexo III. Alterações a secções relevantes do resumo das características do medicamento e folhetos informativos

Anexo III. Alterações a secções relevantes do resumo das características do medicamento e folhetos informativos Anexo III Alterações a secções relevantes do resumo das características do medicamento e folhetos informativos Nota: Este Resumo das Características do Medicamento e o folheto informativo resultam do procedimento

Leia mais

cloridrato de betaxolol Medicamento Genérico, Lei nº 9.787, de 1999 Solução Oftálmica Estéril Cristália Prod. Quím. Farm. Ltda.

cloridrato de betaxolol Medicamento Genérico, Lei nº 9.787, de 1999 Solução Oftálmica Estéril Cristália Prod. Quím. Farm. Ltda. cloridrato de betaxolol Medicamento Genérico, Lei nº 9.787, de 1999 Solução Oftálmica Estéril Cristália Prod. Quím. Farm. Ltda. MODELO DE BULA PARA O PACIENTE 1 IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO cloridrato

Leia mais

Programas de Rastreio. Olho Diabético

Programas de Rastreio. Olho Diabético Programas de Rastreio Olho Diabético Acompanhamento mais de perto e tratamento da retinopatia diabética Closer monitoring and treatment for diabetic retinopathy Informação importante sobre os cuidados

Leia mais

ANEXO I RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO

ANEXO I RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO ANEXO I RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO 1 Este medicamento está sujeito a monitorização adicional. Isto irá permitir a rápida identificação de nova informação de segurança. Pede-se aos profissionais

Leia mais

Trimeb. (maleato de trimebutina)

Trimeb. (maleato de trimebutina) Trimeb (maleato de trimebutina) Bula para paciente Cápsula mole 200 mg Página 1 Trimeb (maleato de trimebutina) Cápsula mole FORMA FARMACÊUTICA E APRESENTAÇÕES Embalagens com 20, 30 ou 60 cápsulas contendo

Leia mais

FICHA DOUTRINÁRIA. Diploma: CIVA. Artigo: alínea c) do n.º 1 do artigo 18.º. Assunto:

FICHA DOUTRINÁRIA. Diploma: CIVA. Artigo: alínea c) do n.º 1 do artigo 18.º. Assunto: FICHA DOUTRINÁRIA Diploma: Artigo: Assunto: CIVA alínea c) do n.º 1 do artigo 18.º Operações imobiliárias - Aplicação do modelo contratual de "Office Centre" Processo: nº 3778, despacho do SDG dos Impostos,

Leia mais

Portugal Prevenção e Controlo do Tabagismo em números 2013

Portugal Prevenção e Controlo do Tabagismo em números 2013 ISSN: 2183-0762 Portugal Prevenção e Controlo do Tabagismo em números 2013 Programa Nacional para a Prevenção e Controlo do Tabagismo www.dgs.pt Portugal. Direção-Geral da Saúde. Direção de Serviços de

Leia mais

Retinopatia Diabética

Retinopatia Diabética Retinopatia Diabética A diabetes mellitus é uma desordem metabólica crónica caracterizada pelo excesso de níveis de glicose no sangue. A causa da hiper glicemia (concentração de glicose igual ou superior

Leia mais

RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO PRÉVIA DO MEDICAMENTO PARA USO HUMANO EM MEIO HOSPITALAR

RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO PRÉVIA DO MEDICAMENTO PARA USO HUMANO EM MEIO HOSPITALAR RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO PRÉVIA DO MEDICAMENTO PARA USO HUMANO EM MEIO HOSPITALAR DCI ranibizumab N.º Registo Nome Comercial Apresentação/Forma Farmacêutica/Dosagem PVH PVH com IVA Titular de AIM 5588744

Leia mais

A hipertensão arterial é comum?

A hipertensão arterial é comum? Introdução A hipertensão arterial é comum? Se tem mais de 30 anos e não se lembra da última vez em que verificou a sua tensão arterial, pode pertencer aos dois milhões de pessoas neste país com hipertensão

Leia mais

RESPOSTA RÁPIDA 87/2014 VITALUX na Degeneração Macular Relacionada com a Idade (DMRI) forma atrófica

RESPOSTA RÁPIDA 87/2014 VITALUX na Degeneração Macular Relacionada com a Idade (DMRI) forma atrófica RESPOSTA RÁPIDA 87/2014 VITALUX na Degeneração Macular Relacionada com a Idade (DMRI) forma atrófica SOLICITANTE Dra. Denise Canêdo Pinto Juíza de Direito da Segunda Vara Cível da Comarca de Ponte Nova

Leia mais

Promover a saúde Pública. Ciclo de Vida dos Medicamentos

Promover a saúde Pública. Ciclo de Vida dos Medicamentos Promover a saúde Pública Ciclo de Vida dos Medicamentos O que são medicamentos? São substâncias ou composições de substâncias que devidamente manipuladas, se aplicam ao organismo com o fim de prevenir,

Leia mais

Em que situações se deve realizar um eco- doppler arterial dos membros inferiores.

Em que situações se deve realizar um eco- doppler arterial dos membros inferiores. O que é um eco- doppler? O eco- doppler, ultrassonografia vascular ou triplex- scan é um método de imagem que se baseia na emissão e reflecção de de ondas de som (ultra- sons). Através deste exame é possível

Leia mais

Tema: NIVOLUMABE EM ADENOCARCINOMA MUCINOSO DE PULMÃO ESTADIO IV

Tema: NIVOLUMABE EM ADENOCARCINOMA MUCINOSO DE PULMÃO ESTADIO IV Nota Técnica 2015 NATS HC UFMG Solicitante: Renato Martins Prates Juiz Federal da 8ª Vara Seção Judiciária de Minas Gerais Nº Processo: 41970-36.2015.4.01.3800 Data 20/08/2015 Medicamento X Material Procedimento

Leia mais

Medicamentos que contêm dextropropoxifeno com Autorização de Introdução no Mercado na União Europeia. Romidon 75mg/2ml Solução injectável

Medicamentos que contêm dextropropoxifeno com Autorização de Introdução no Mercado na União Europeia. Romidon 75mg/2ml Solução injectável ANEXO I LISTA DAS DENOMINAÇÕES FORMAS FARMACÊUTICAS, DOSAGENS, VIA DE ADMINISTRAÇÃO DOS MEDICAMENTOS, DOS TITULARES DAS AUTORIZAÇÕES DE INTRODUÇÃO NO MERCADO NOS ESTADOS-MEMBROS 1 Medicamentos que contêm

Leia mais

Anexo III. Alterações a incluir nas secções relevantes do Resumo das Características do Medicamento e do Folheto Informativo

Anexo III. Alterações a incluir nas secções relevantes do Resumo das Características do Medicamento e do Folheto Informativo Anexo III Alterações a incluir nas secções relevantes do Resumo das Características do Medicamento e do Folheto Informativo Nota: Este Resumo das Características do Medicamento, rotulagem e folheto informativo

Leia mais

RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO PRÉVIA DE MEDICAMENTO PARA USO HUMANO EM MEIO HOSPITALAR

RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO PRÉVIA DE MEDICAMENTO PARA USO HUMANO EM MEIO HOSPITALAR RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO PRÉVIA DE MEDICAMENTO PARA USO HUMANO EM MEIO HOSPITALAR DCI RALTITREXEDO Medicamento PVH PVH com IVA Titular de AIM TOMUDEX Embalagem contendo 1 frasco com pó para solução injectável

Leia mais

Metadados. 1. Introdução. 2. O que são Metadados? 3. O Valor dos Metadados

Metadados. 1. Introdução. 2. O que são Metadados? 3. O Valor dos Metadados 1. Introdução O governo é um dos maiores detentores de recursos da informação. Consequentemente, tem sido o responsável por assegurar que tais recursos estejam agregando valor para os cidadãos, as empresas,

Leia mais

TASULIL. Geolab Indústria Farmacêutica S/A Cápsula 0,4mg

TASULIL. Geolab Indústria Farmacêutica S/A Cápsula 0,4mg TASULIL Geolab Indústria Farmacêutica S/A Cápsula 0,4mg MODELO DE BULA PARA O PACIENTE Esta bula é continuamente atualizada. Favor proceder a sua leitura antes de utilizar o medicamento. Tasulil cloridrato

Leia mais

Retina Central ou Pólo Posterior (5 6mm)

Retina Central ou Pólo Posterior (5 6mm) OFTALMOLOGIA ANATOMIA Topografia Retina Central ou Pólo Posterior (5 6mm) - Localizada entre arcadas vasculares temporais - Disco Óptico: saem fibras nervosas, entram artéria e veia central da retina

Leia mais

FICHAS DE PROCEDIMENTO PREVENÇÃO DE RISCOS 1 TAREFA ASSISTÊNCIA À CONTAGEM EM PT S E SISTEMAS DE ALIMENTAÇÃO E COMANDO IP (ILUMINAÇÃO PÚBLICA)

FICHAS DE PROCEDIMENTO PREVENÇÃO DE RISCOS 1 TAREFA ASSISTÊNCIA À CONTAGEM EM PT S E SISTEMAS DE ALIMENTAÇÃO E COMANDO IP (ILUMINAÇÃO PÚBLICA) PP. 1/9 FICHAS DE PROCEDIMENTO PREVENÇÃO DE RISCOS 1 TAREFA ASSISTÊNCIA À CONTAGEM EM PT S E SISTEMAS DE ALIMENTAÇÃO E COMANDO IP (ILUMINAÇÃO PÚBLICA) 2 DESCRIÇÃO Trabalhos diversos relacionados com a

Leia mais

Mensal. Saúde. Nacional TENHO O COLESTEROL ALTO OS MEUS FILHOS VÃO HERDÁ LO

Mensal. Saúde. Nacional TENHO O COLESTEROL ALTO OS MEUS FILHOS VÃO HERDÁ LO TENHO O COLESTEROL ALTO OS MEUS FILHOS VÃO HERDÁ LO A hipercolesterolemia familiar é uma doença genética que se manifesta desde a nascença e que está associada a um maior risco cardiovascular Em Portugal

Leia mais

Tendo em conta o Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia, nomeadamente o artigo 127. o, n. o artigo 132. o,

Tendo em conta o Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia, nomeadamente o artigo 127. o, n. o artigo 132. o, L 314/66 1.12.2015 DECISÃO (UE) 2015/2218 DO BANCO CENTRAL EUROPEU de 20 de novembro de 2015 relativa ao procedimento para excluir membros do pessoal da aplicação da presunção de que as suas atividades

Leia mais

Agenda de Investigação em Cuidados Continuados Integrados

Agenda de Investigação em Cuidados Continuados Integrados Agenda de Investigação em Cuidados Continuados Integrados Autores: Manuel José Lopes Universidade de Évora Felismina Rosa Parreira Mendes Universidade de Évora Os Cuidados Continuados Integrados (CCI)

Leia mais

Transporte nos animais

Transporte nos animais Transporte nos animais Tal como nas plantas, nem todos os animais possuem sistema de transporte, apesar de todos necessitarem de estabelecer trocas com o meio externo. As hidras têm somente duas camadas

Leia mais

FICHA TÉCNICA AUTORIA DESIGN IMPRESSÃO TIRAGEM ISBN DEPÓSITO LEGAL EDIÇÃO. Relatório Síntese. Rita Espanha, Patrícia Ávila, Rita Veloso Mendes

FICHA TÉCNICA AUTORIA DESIGN IMPRESSÃO TIRAGEM ISBN DEPÓSITO LEGAL EDIÇÃO. Relatório Síntese. Rita Espanha, Patrícia Ávila, Rita Veloso Mendes Relatório Síntese FICHA TÉCNICA AUTORIA Rita Espanha, Patrícia Ávila, Rita Veloso Mendes DESIGN IP design gráfico, Lda. IMPRESSÃO Jorge Fernandes, Lda. TIRAGEM 200 exemplares ISBN 978-989-8807-27-4 DEPÓSITO

Leia mais

Anexo II. Conclusões científicas e fundamentos para o parecer positivo apresentados pela Agência Europeia de Medicamentos

Anexo II. Conclusões científicas e fundamentos para o parecer positivo apresentados pela Agência Europeia de Medicamentos Anexo II Conclusões científicas e fundamentos para o parecer positivo apresentados pela Agência Europeia de Medicamentos 4 Conclusões científicas Resumo da avaliação científica de Dexamed (ver Anexo I)

Leia mais

Guia para o tratamento com Lucentis (ranibizumab)

Guia para o tratamento com Lucentis (ranibizumab) Guia para o tratamento com Lucentis (ranibizumab) Para a perda de visão devida a neovascularização coroideia (NVC) secundária a miopia patológica Informação importante para o doente Secção 1 Sobre o Lucentis

Leia mais

Mulheres grávidas ou a amamentar*

Mulheres grávidas ou a amamentar* Doença pelo novo vírus da gripe A(H1N1) Fase Pandémica 6 OMS Mulheres grávidas ou a amamentar* Destaques: A análise dos casos ocorridos, a nível global, confirma que as grávidas constituem um grupo de

Leia mais

6 A coleta de dados: métodos e técnicas utilizadas na pesquisa

6 A coleta de dados: métodos e técnicas utilizadas na pesquisa A coleta de dados: métodos e técnicas utilizadas na pesquisa 110 6 A coleta de dados: métodos e técnicas utilizadas na pesquisa 6.1. Introdução Neste capítulo pretende-se apresentar os métodos e as técnicas

Leia mais

O QUE SABE SOBRE A DIABETES?

O QUE SABE SOBRE A DIABETES? O QUE SABE SOBRE A DIABETES? 11 A 26 DE NOVEMBRO DE 2008 EXPOSIÇÃO PROMOVIDA PELO SERVIÇO DE MEDICINA INTERNA DO HOSPITAL DE NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO, EPE DIABETES MELLITUS É uma doença grave? Estou em

Leia mais

NCE/14/01231 Relatório final da CAE - Novo ciclo de estudos

NCE/14/01231 Relatório final da CAE - Novo ciclo de estudos NCE/14/01231 Relatório final da CAE - Novo ciclo de estudos Caracterização do pedido Perguntas A.1 a A.10 A.1. Instituição de Ensino Superior / Entidade Instituidora: Instituto Politécnico Do Porto A.1.a.

Leia mais

FOLHETO INFORMATIVO: INFORMAÇÃO PARA O UTILIZADOR

FOLHETO INFORMATIVO: INFORMAÇÃO PARA O UTILIZADOR FOLHETO INFORMATIVO: INFORMAÇÃO PARA O UTILIZADOR Omacor 1000 mg cápsulas moles Ésteres etílicos 90 do ácido ómega-3 Leia atentamente este folheto antes de tomar este medicamento. - Conserve este folheto.

Leia mais

Análise jurídica para a ratificação da Convenção 102 da OIT

Análise jurídica para a ratificação da Convenção 102 da OIT Análise jurídica para a ratificação da Convenção 102 da OIT A análise do quadro jurídico para a ratificação da Convenção 102 da OIT por Cabo Verde, inscreve-se no quadro geral da cooperação técnica prestada

Leia mais

DOBEVEN. dobesilato de cálcio. APRESENTAÇÕES Cápsula gelatinosa dura contendo 500 mg de dobesilato de cálcio: Caixas com 5 e 30 cápsulas.

DOBEVEN. dobesilato de cálcio. APRESENTAÇÕES Cápsula gelatinosa dura contendo 500 mg de dobesilato de cálcio: Caixas com 5 e 30 cápsulas. DOBEVEN dobesilato de cálcio APSEN FORMA FARMACÊUTICA Cápsula gelatinosa dura APRESENTAÇÕES Cápsula gelatinosa dura contendo 500 mg de dobesilato de cálcio: Caixas com 5 e 30 cápsulas. USO ORAL USO ADULTO

Leia mais

Check-list Procedimentos de Segurança

Check-list Procedimentos de Segurança 1. CULTURA DE SEGURANÇA 1.1 1.2 1.3 1.4 A organização possui um elemento responsável pelas questões da segurança do doente A organização promove o trabalho em equipa multidisciplinar na implementação de

Leia mais

Abordagem simples aos modos de falha com recurso a um software de organização e gestão da manutenção

Abordagem simples aos modos de falha com recurso a um software de organização e gestão da manutenção Abordagem simples aos modos de falha com recurso a um software de organização e gestão da manutenção Marcelo Batista (1), José Fernandes (1) e Alexandre Veríssimo (1) mbatista@manwinwin.com; jcasimiro@navaltik.com;

Leia mais

Apresentação do Manual de Gestão de IDI

Apresentação do Manual de Gestão de IDI Seminário Final do Projeto IDI&DNP Coimbra 31 de março Miguel Carnide - SPI Conteúdos. 1. O CONCEITO DE IDI (INVESTIGAÇÃO, DESENVOLVIMENTO E INOVAÇÃO) 2. OVERVIEW DO MANUAL 3. A NORMA NP 4457:2007 4. A

Leia mais

Avastin em ROP: BEAT-ROP e a possibilidade de recidiva tardia da neovascularização. João Borges Fortes Filho

Avastin em ROP: BEAT-ROP e a possibilidade de recidiva tardia da neovascularização. João Borges Fortes Filho FACULDADE DE MEDICINA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL HOSPITAL DE CLÍNICAS DE PORTO ALEGRE Avastin em ROP: BEAT-ROP e a possibilidade de recidiva tardia da neovascularização João Borges Fortes

Leia mais

TV CABO PORTUGAL, S.A.

TV CABO PORTUGAL, S.A. Alteração da decisão de 14 de maio de 2014 relativa à transmissão para a Optimus Comunicações S.A. dos direitos de utilização de números detidos pela ZON TV CABO PORTUGAL, S.A. 1. Enquadramento Em 14 de

Leia mais

Os Rins. Algumas funções dos Rins?

Os Rins. Algumas funções dos Rins? Os Rins Os Rins Algumas funções dos Rins? Elimina água e produtos resultantes do metabolismo como a ureia e a creatinina que, em excesso são tóxicas para o organismo; Permite o equilíbrio corporal de líquidos

Leia mais

Troca de profissional médico - Procedimento de injeção intravítrea

Troca de profissional médico - Procedimento de injeção intravítrea NT 03/2015 Troca de profissional médico - Procedimento de injeção intravítrea Change of physician - Intravitreal injection procedure Cambio de professional médico - Procedimiento de inyección intravítrea

Leia mais

Estudo PARTNER. Foi convidado a participar neste estudo porque tem uma relação em que é o parceiro VIH positivo.

Estudo PARTNER. Foi convidado a participar neste estudo porque tem uma relação em que é o parceiro VIH positivo. Informação ao participante e consentimento informado para o parceiro VIH positivo Estudo PARTNER O estudo PARTNER é um estudo levado a cabo com casais em que: (i) um parceiro é VIH positivo e o outro é

Leia mais

Folheto informativo: Informação para o utilizador. Acarbose Linacal 50 mg Comprimidos Acarbose Linacal 100 mg Comprimidos

Folheto informativo: Informação para o utilizador. Acarbose Linacal 50 mg Comprimidos Acarbose Linacal 100 mg Comprimidos Folheto informativo: Informação para o utilizador Acarbose Linacal 50 mg Comprimidos Acarbose Linacal 100 mg Comprimidos Leia com atenção todo este folheto antes de começar a tomar este medicamento pois

Leia mais

INFORMAÇÕES ESSENCIAIS COMPATÍVEIS COM O RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO

INFORMAÇÕES ESSENCIAIS COMPATÍVEIS COM O RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO INFORMAÇÕES ESSENCIAIS COMPATÍVEIS COM O RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO i) DENOMINAÇÃO DO MEDICAMENTO Sevoflurano Baxter 100%, líquido para inalação por vaporização. ii) COMPOSIÇÃO QUALITATIVA

Leia mais

DIGEDRAT. (maleato de trimebutina)

DIGEDRAT. (maleato de trimebutina) DIGEDRAT (maleato de trimebutina) Cosmed Indústria de Cosméticos e Medicamentos S.A. Cápsula mole 200mg I - IDENTIFICAÇÃO DO DIGEDRAT maleato de trimebutina APRESENTAÇÕES Cápsula mole Embalagens contendo

Leia mais

Tipos de tumores cerebrais

Tipos de tumores cerebrais Tumores Cerebrais: entenda mais sobre os sintomas e tratamentos Os doutores Calil Darzé Neto e Rodrigo Adry explicam sobre os tipos de tumores cerebrais. CONTEÚDO HOMOLOGADO "Os tumores cerebrais, originados

Leia mais

INFLAÇÃO DE NOTAS E O SEU IMPACTO NO ACESSO AO ENSINO SUPERIOR

INFLAÇÃO DE NOTAS E O SEU IMPACTO NO ACESSO AO ENSINO SUPERIOR INFLAÇÃO DE NOTAS E O SEU IMPACTO NO ACESSO AO ENSINO SUPERIOR Gil Nata (gil.nata@gmail.com) Universidade Portucalense/CIIE-UP Tiago Neves* (tiago@fpce.up.pt) Universidade do Porto/CIIE-UP Centro de Investigação

Leia mais