Maria Luísa Magalhães Nogueira

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1 Maria Luísa Magalhães Nogueira MOBILIDADE PSICOSSOCIAL: A HISTÓRIA DE NIL NA CIDADE VIVIDA Universidade Federal de Minas Gerais Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas Departamento de Psicologia Fevereiro de 2004 Maria Luísa Magalhães Nogueira

2 MOBILIDADE PSICOSSOCIAL: A HISTÓRIA DE NIL NA CIDADE VIVIDA Dissertação de Mestrado apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Federal de Minas Gerais, sob orientação da professora-doutora Vanessa Andrade de Barros, como requisito parcial para a obtenção do título de mestre em Psicologia Social. Universidade Federal de Minas Gerais Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas Departamento de Psicologia Fevereiro de

3 RESUMO Um mundo de olhares cerca as favelas brasileiras. As imagens que daí são construídas insistem em alimentar uma relação de estigmatização, instrumentalização e desigualdade. No desenho de nossa cidade podemos perceber que o morador de favela torna-se o outro, o reverso e oposição da cidade civilizada, a quem é, muitas vezes, atribuída a causa da violência e a manutenção de sua miséria. Nesse mesmo cenário coincidem diferentes vetores (preconceito, trabalho dominado, educação precária, assistencialismo e desconhecimento) que terminam por reforçar um processo que compreendemos como de inclusão perversa. Essas marcas colocam-se visíveis e ocultas no espaço, são reais e simbólicas, atravessam a esfera sócio-econômica e atingem a subjetividade, gerando sofrimento e desgaste vivenciados cotidianamente na realidade heterogênea de nossas favelas. O trabalho está no centro de tal processo, como sabemos. O mundo do trabalho vem apresentando inúmeras transformações mas, em essência, a atividade sensível humana se mantém como fundamento de nossa organização social. Nesse estudo buscamos compreender como se efetiva o desafio de, mesmo sob um cenário de vulnerabilidade e estigmatização social, realizar a experiência de autoconstituição que se dá pela via da atividade sensível como se dá, para o morador de favela, o que convencionamos chamar de mobilidade psicossocial, que, como veremos, se dá intimamente ligada ao trabalho. Esse é um estudo sobre as favelas, sobretudo sobre as pessoas que nela vivem. Lança-se sobre a vida categoria por excelência da ciência e pensa o trabalho, fundamento vital de nossa sociedade. Trata-se de, lançando mão do instrumental oferecido pela Psicologia, dar voz àqueles que não encontram espaço no discurso dominante (como trabalhou Oscar Lewis), e dar ouvidos, numa dimensão ética de reciprocidade e transformação. E, partindo do interior (da história de vida) conhecer a realidade em que são atores e autores tantas vezes desconsiderada e desconhecida. Pensando na escassez de estudos que representem o universo das favelas em Belo Horizonte e na importância de ser este universo compreendido e ouvido, lançando um olhar para a cidade vivida, e em particular buscando compreender sua relação com o mundo do trabalho e seus desdobramentos, é que nosso estudo se apresenta. 2

4 Aos moradores do Aglomerado Santa Lúcia, com quem muito tenho aprendido. À minha mãe que me ensinou muito do que sei e sou. 3

5 AGRADECIMENTOS A escrita dessa Dissertação não acaba aqui (como eu sempre imaginei). Porém, mais do que dizer que é interminável (como eu dizia...) é descobrir caminhos muitos a serem percorridos e transformados. É fato que o que está aqui escrito, está inscrito em mim. Hoje carrego um pedaço de cada um que encontrei, a isso nunca conseguirei agradecer. Espero que estejam em meu olhar e busco fazer sejam em minhas mãos. A todos que ouvi e aos que me ouviram, mil vezes obrigada. Agradeço especialmente a Vanessa, sobretudo amiga. Rigorosa e sensível na árdua, complexa e intrincada (...) tarefa de não permitir que eu me perdesse. Eu não saberia aqui sim encontrar adjetivos, ou gestos, adequados para fazer jus à minha gratidão. A Nil, agradeço por ter me confiado sua memória e sua amizade. Ambas possibilitaram a construção desse estudo na forma de conhecimento e aprendizagem. Seu desejo de transformação transborda os sonhos e colore a realidade. A minha mamãe mais linda, desde sempre perto de mim, a cada passo. Nas coisas boas que eu dei conta de realizar, tem sempre você! Confesso (sem correr riscos, mas com a certeza de ser piegas): sua existência já me faz melhor... A meu querido Tony, cúmplice em tantos caminhos ainda que por trilhas diferentes, vamos aprendendo juntos a construir. Seu amor, carinho e amizade faz o meu dia mais vivido. Nandino e Cássia, agradeço por se fazerem amigos também fora do tempo e da necessidade, tornando impossível qualquer solidão. A Matilde agradeço muito pela disponibilidade e pelo carinho ao compartilhar desafios e trabalhos. Vamos construindo mais que conhecimento: amizade. A meu pai e a Tia Gá por muito... sobretudo pela imensidão de seus corações. A meus irmãos (amigos) nunca soube dizer tamanha importância! Carolina e Fernando, mais do que pelo óbvio, vocês são muito especiais para mim. A meus amigos (irmãos) agradeço as sementes que plantamos e cultivamos a cada dia (especialmente a Ana Paula e ao Antônio agradeço pela sincera disponibilidade de consertar meus erros... ). A colegas de Mestrado (Lílian, Ju, Fabiana e Marleide): remédio sempre disponível para crises de Dissertatite. Agradeço a Lena por apontar caminhos que se mostraram fundamentais e por se fazer presente ao longo desse percurso. A Louis que compreendeu e contribuiu com o estudo em seu caráter metodológico e, principalmente, humano. Agradeço ao professor José Newton por contribuir ao aceitar fazer parte dessa banca de Mestrado. E a Vanessa (!), de novo e para sempre. 4

6 ÍNDICE 1. Apresentação Objetivos...14 Objetivo Geral...14 Objetivos Específicos Metodologia...15 O Método de História de Vida...16 A Análise dos Dados...22 Dificuldades Encontradas A História de Nil César...27 Sempre do trabalho...28 O teatro me salvou...32 Já falei demais do meu pai...35 Eu faço para não repetir...39 Uns dias chove...42 Ás vezes eu acho que eu sempre fui muito corajoso...46 A cidade como desafio...50 Beco dos Milagres...55 Vamos começar lavando os pratos...56 Casa do Beco Desse Lugar...62 Cidade e Vida: cidade vivida...68 Do Princípio de Cidadania: iguais e diferentes...74 Sobre a Exclusão e a Inclusão Perversa...75 Exclusão e Trabalho...77 As Favelas na Cidade...80 Favela: o que é?...84 O que é Comunidade?...91 Belo Horizonte...94 Belo Horizonte: Aglomerado Santa Lúcia Preconceito e Estigmatização Trabalho Doméstico e Sofrimento Pobreza e Transformação Trabalho Escola Vínculos Familiares e Solidariedade Transformação Observações Finais Bibliografia

7 Eu sempre sonho que uma coisa gera Nunca nada está morto O que não parece vivo: aduba; O que parece estático: espera. Adélia Prado 6

8 1. APRESENTAÇÃO Olha, eu não sou nascido na favela, sou nascido na periferia de Belo Horizonte, mas eu mesmo não sou favelado, acho que tô me tornando um favelado. E, tem uma história real que aconteceu logo eu cheguei pra cá, eu cheguei pra cá há três anos e meio. (...) Mas assim que eu cheguei, eu lembro que me espantou que tinha uma, eu tava andando num dos becos e aí eu vi uma moça carregando um cachorro poodle branco e eu sempre fui muito cismado com esses cachorro branco eu acho ele o símbolo da ostentação assim, da, da futilidade, pra ser bem concreto. O símbolo da futilidade, da ostentação, um cachorro branco; quer dizer, manter um cachorro branco é o negoço mais difícil do mundo, não só financeiramente, mas, quer dizer, cê tem que gastar muito tempo com um cachorro branco. Aí quando eu cheguei e vi esse cachorro, né? Eu perguntei pra moça, tive essa curiosidade de perguntar onde que ela tinha, né? Como é que ela estava com aquele cachorro ali? Eu tava chegando e também, eu nunca imaginei de ver um cachorro aqui branco, um poodle branco. Aí ela me narrou que a patroa dela tinha viajado pra fora do país, pra morar fora e ela tinha sido demitida e uma das coisas é que ela ficou com o cachorro da mulher como herança, assim, o cachorro, uma cadela. E aí eu fiquei com aquela coisa na minha cabeça, e era bem vizinha agora ela não mora aqui mais mas ela era bem próxima e eu continuei observando a vida do cachorro porque eu fiquei curioso pra ver como é que ia ser um cachorro branco numa favela, né? Aí de fato, cê acredita que esse cachorro ele virou eu acompanhei por muito tempo ele acabou virando um vira-lata? Ele foi ficando bege, foi ficando marrom, foi ficando imundo, ele era, ela não tinha tempo de ficar com ele, cuidar talvez. Aí ele virou um cachorro de favela mesmo assim, e isso é real, né? Né suposição não. E eu comecei a pensar na minha própria vida se ia acontecer comigo também. Se eu também ia me deixar sujar, no sentido positivo assim, me deixar envolver tanto pela realidade da favela a ponto de me tornar um favelado mesmo, eu acho que o cachorro teve um bom resultado, acho que ele, ele ficou mais agradável aos olhos, não ficou feio não. Foi interessante ver ele dentro da realidade: ele não tinha mais o corte que tinha pelo salão de cachorro. Mas ele ficou muito semelhante à vida da favela, não sei se eu quero ficar sujo também, mas eu quero pelo menos ser mais semelhante ao povo daqui, não fisicamente simplesmente, mas eu quero me identificar mais com essa comunidade. Então isso foi muito significativo pra mim. Aí o cachorro foi embora, mais eu acho que ele se tornou um cachorro favelado. (Pde. Mauro) A passagem transcrita acima revela muito do que aqui está colocado como estudo científico, em nossa busca de subsunção à realidade a ser conhecida e descoberta. Esse é um estudo sobre as favelas, sobretudo sobre as pessoas que nela vivem. Lança-se sobre a vida 1 categoria por excelência da ciência e pensa o trabalho, fundamento vital de nossa sociedade. No cenário contemporâneo de nossa sociedade, o trabalho humano constitui tema de destaque em múltiplos espaços, tanto no âmbito da produção científica, como na mídia de forma geral. Não poderia ser diferente. O mundo do trabalho vem apresentando inúmeras transformações 1 Como veremos no capítulo destinado a discutir a metodologia, o estudo se realiza através de História de Vida. 7

9 mas, em essência, a atividade sensível humana se mantém como fundamento 2 de nossa organização social. Os desdobramentos das transformações do mundo do trabalho 3 atingem tanto os que estão incluídos quanto aqueles que não estão formalmente vinculados ao mercado, e alguns elementos presentes na dinâmica social contemporânea podem agravar ainda mais tal quadro, a saber: desqualificação social, discriminação, condição econômica desfavorável e até mesmo segregação ambiental. Deixando-se ao quase exclusivo jogo do mercado, o espaço vivido consagra desigualdades e injustiças e termina por ser, em sua maior parte, um espaço sem cidadãos. (Santos, 1987: 43) Para analisarmos tal cenário vamos ao encontro de espaços socialmente segregados como as favelas (Souza, 2000), onde encontramos com certa facilidade a recorrência dos fatores acima mencionados que, relacionados, podem levar a uma realidade que entendemos como vulnerabilidade social. Como a combinação de tais vetores age, efetivamente, na vida de uma pessoa? Como fica a relação com o trabalho, dentro de um contexto tão complexo e, podemos dizer, adverso? Buscamos compreender como se efetiva o desafio de, mesmo sob um cenário de vulnerabilidade e estigmatização social, realizar a experiência de autoconstituição que se dá pela via da atividade sensível buscamos compreender como se dá, para o morador de favela, o que convencionamos chamar de mobilidade psicossocial, que, como veremos, se dá intimamente ligada ao trabalho. A noção de mobilidade psicossocial atravessa os campos espacial, econômico, social e subjetivo. Como sabemos, o valor do homem, assim como o do capital, vai depender em larga medida de sua localização no espaço. Essa relação pode ser percebida na observação da mobilidade espacial que flui, basicamente, em função do poder aquisitivo (Souza, 2000) e é explicitada pela segregação ambiental também constituída pelo elemento econômico (Maricato, 1996). O espaço inclui, segundo Santos (1999: 257), essa conexão materialística de um homem com o outro ; exprimindo a dinâmica social pelas formas de apropriação (ou imposição): o espaço é a síntese, sempre provisória e sempre renovada, das contradições e da dialética social (Santos, 1999: 87). Desta forma, relacionam-se necessariamente os campos 2 Mesmo que encontremos discussões apontando para uma possível não centralidade do trabalho no mundo de hoje, entendemos que a categoria trabalho possui estatuto de centralidade no universo da práxis humana. Antunes (1995) aponta para uma crise no trabalho abstrato enquanto discute esta outra perspectiva, defendida por autores tais como Offe (1989) Gorz (1982 e 1990) e Habermas (1987). Castel (1999) dialoga com tal discussão e até admite que talvez nos encontremos num processo que pode culminar no fim da sociedade salarial, o que é muito diferente de dizer que o trabalho perdeu sua centralidade como elemento de autoconstituição humana. 3 Tais como: globalização, exigências de qualificação e produção, flexibilização do trabalhador, terceirização etc. 8

10 que sugerimos estarem intrincados na compreensão da mobilidade psicossocial, onde se somam ao elemento subjetivo, o qual cabe à Psicologia iluminar. Buscamos uma análise ampla (como também o fazem os autores agora citados) e que exige sejam observados aspectos que atravessam para além do caráter puramente econômico, compreendendo a materialidade da dimensão subjetiva. Pretendemos perceber e apreender tanto os aspectos concernentes às questões de caráter social quanto, ainda, às da ordem do psíquico, partindo do plano material e compreendendo-as de forma indissociável, como o são: no sujeito. A idéia de mobilidade psicossocial refere-se, para nós, aos movimentos psicossociais experimentados pelos sujeitos por meio da dimensão social (vínculos inter-pessoais, de classe, desempenho de papéis sociais, cultura, estigmas etc.), abarcando ainda o âmbito subjetivo necessariamente implícito na questão social (ou seja, as representações daí decorrentes, a construção da identidade, da auto-estima, autonomia, necessidade de reconhecimento etc.) e lançada materialmente ao plano espacial, este agindo sobre a matriz dos modos de produção. A mobilidade psicossocial é entendida, desta forma, na inter-relação do objetivo com o subjetivo (dos fatos concretos às representações e significados; da experiência de auto-construção à necessidade de subsistência), ao longo da trajetória de vida do sujeito. Buscamos compreender a dimensão subjetiva em sua materialidade, histórica e espacial. Escolhemos a favela especialmente por entendermos ser esta uma realidade que precisa ser melhor compreendida, tanto no âmbito da Academia, quanto do poder público. E, para tal, é preciso compreendê-la de fato, de dentro, nas vidas que ali transcorrem através da dinâmica urbana, levando-se em conta as questões da dimensão espacial. Trata-se de uma tarefa complexa, mas fundamental, posto que: Estudar uma favela carioca, hoje, é sobretudo combater certo censo comum que já possui longa história e um pensamento acadêmico que apenas reproduz parte das imagens, idéias e práticas correntes que lhe dizem respeito. É, até certo ponto, mapear as etapas de elaboração de uma mitologia urbana. É também tentar mostrar, por exemplo, que a favela não é o mundo da desordem, que a idéia de carência ( comunidades carentes ), de falsa, é insuficiente para entendê-la. É, sobretudo, mostrar que a favela não é periferia, nem está à margem. (Zaluar & Alvito, 1999: 21) Parte do material bibliográfico que aqui vai ser apresentado, ao qual tivemos acesso, remete-se ao cenário da cidade do Rio de Janeiro como o texto acima citado. Encontramos poucos estudos tratando das questões particulares da cidade de Belo Horizonte (e, menos ainda, referentes à comunidade específica do Aglomerado Santa Lúcia), contudo, apesar da grande 9

11 diferença entre os universos heterogêneos de favelas das duas cidades, usamos tais textos somente quando compreendemos a existência de uma proximidade entre as questões colocadas pelos estudiosos cariocas e a realidade que pretendemos analisar, o que justifica a recorrência a semelhantes estudos ao longo de nosso trabalho. Em Belo Horizonte, ou no Rio, a vida na favela vem sendo conformada a uma imagem e representação às avessas, como território de estigmatização como o contrário da cidade, de forma que iremos apresentar à frente. Apesar de ser muito discutida, trata-se de uma realidade desconhecida. Elieth Amélia de Souza (1997) elabora uma cuidadosa investigação do conjunto de estudos desenvolvidos sobre a questão das favelas, ao longo das últimas cinco décadas, e conclui que Apesar de numerosos, não se pode afirmar que as favelas como objeto de estudo tenham consolidado uma linha teórica consistente. Assim, as favelas parecem não ter recebido a atenção científica necessária 4 e encontram-se hoje revestidas de uma série de preconceitos e ideologizações que servem para tornar nosso entendimento ainda mais distante de suas realidades. Buscando trazer uma contribuição a estes estudos, na perspectiva da Psicologia do Trabalho, conhecendo e tentando compreender esses sujeitos trabalhadores inseridos no universo das vilas e favelas 5, é que entendemos ser importante o desenvolvimento de pesquisas como a que aqui se propõe. (...) é preciso realizar pesquisas com aqueles que estão sendo instituídos sujeito desqualificado socialmente (deixando-se ser ou resistindo), isto é com aqueles que estão incluídos socialmente pela exclusão dos direitos humanos, para ouvir e compreender os seus brados de sofrimento (Sawaia, 2001: 109) Trata-se de, lançando mão do instrumental oferecido pela Psicologia, dar voz àqueles que não encontram espaço no discurso dominante (como trabalhou Oscar Lewis), e dar ouvidos, numa dimensão ética de reciprocidade e transformação, como veremos na questão da escolha metodológica. E, partindo do interior (da própria vida dos sujeitos) conhecer a realidade de que são vítimas e autores tantas vezes desconsiderada e desconhecida. É importante fundamentar nosso conhecimento sobre o universo das favelas, inclusive para que possamos conhecer os desdobramentos de sua realidade para a saúde psíquica dos sujeitos que 4 Vale, ainda, acrescentar que tal cena se torna ainda mais delicada em se tratando da cidade de Belo Horizonte, onde encontramos um número ainda mais restrito de estudos. 5 Iremos, ao longo de nosso texto, discutir a nomeação feita a essas localidades, no momento cabe apenas ressaltar que em Belo Horizonte tornou-se politicamente correto referir-se às localidades de favela como vilas e favelas. Optaremos, contudo, pela denominação corrente de favela nomeação usada, juntamente com o termo comunidade por nossos interlocutores. 10

12 nela estão inseridos: efeitos positivos (de construção, realização, identidade etc.) ou nocivos (de estigmatização, violência e isolamento). A produção de conhecimento é, assim, uma forma de ampliar possibilidades e aprofundar reflexões sobre algo realmente relevante social e cientificamente. Imprescindível para nortear a compreensão que elaboramos da sociedade, e suas respectivas ações falar de forma próxima e consistente de nossa realidade porque as várias iniciativas privadas ou públicas (essas em especial já que obrigatórias), que visam atender às populações urbanas, precisam ser pautadas na realidade, ser esvaziadas do discurso higienista, de ações paternalistas e quantitativistas (é sabido que muitas políticas públicas se limitam a produção de relatórios, mais interessadas nos números, e na mídia que eles podem oferecer, que nas pessoas e seus problemas reais). Pensando na escassez de estudos que representem o universo das vilas e favelas em Belo Horizonte, e na importância de ser este universo visto e ouvido, lançando um olhar para a cidade vivida como um todo, e em particular buscando compreender sua relação com o mundo do trabalho e seus desdobramentos, é que nosso estudo se apresenta e se justifica. Além disso, fazse necessário confessar que nossa relação com as questões relativas ao universo da favela vêm de uma experiência anterior (fomentadora das reflexões aqui propostas), durante a qual nos foram oferecidas possibilidades e caminhos consistentes de descoberta da Psicologia, aos quais sentimos necessidade de responder e contribuir. A partir de 1997, através do Programa de Criança 6, tivemos a oportunidade de acompanhar 27 famílias, durante um período de 1 ano e 9 meses, no Aglomerado Santa Lúcia, através de visitas domiciliares (semanais, em sua maioria) e reuniões sócio-educativas. O objetivo desse acompanhamento era compreender a realidade da família, de forma a promover encaminhamentos e ações pautados na realidade da comunidade. Esse contato cotidiano facilitava a compreensão realista do contexto social e subjetivo (dos valores, objetivos e significados que envolviam aquela família) e possibilitou a observação da vivência do trabalho 6 O Programa de Criança: Brincar e Estudar, realizado pela Associação Municipal de Assistência Social (AMAS), entre 1996 e 1998, contou com o apoio do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e da Prefeitura de Belo Horizonte. Tratava-se de um programa piloto de combate à exploração do trabalho infantil que buscava a re-inserção da criança na escola, através de um recurso mensal que a família receberia para manter todos os filhos, de 7 a 14 anos, freqüentes na escola. A família, foco ampliado dos objetivos, recebia visitas semanais dos estagiários, que recebiam supervisão técnica, além das reuniões sócio-educativas que contava com a participação de todos pais ou responsáveis de cada comunidade, estagiários e técnicos. Buscava-se compreender a realidade da criança, na família, no contexto da comunidade, de forma a ser possível realizar encaminhamentos que levassem, de fato, a uma promoção familiar. A população atendida pelo Programa foi escolhida, principalmente, a partir de uma pesquisa realizada nas ruas de Belo Horizonte (AMAS, 1995) com trabalhadores infantis. 11

13 na realidade da favela. Desse contato inicial brotaram as raízes do estudo que aqui é apresentado, na busca da compreensão da relação trabalho e vida do sujeito morador de favela. Nossa pesquisa está colocada no campo social, em uma localidade específica, o Aglomerado Santa Lúcia: uma favela. Iremos buscar compreender sua realidade recortada pela questão do trabalho. Contudo, tal recorte não se deu sumariamente, mas sim orientado pela História de Vida ali colhida, narrativa que aponta o que iremos abordar. Mergulharemos na compreensão dos elementos apresentados pela História de Vida, a saber: o preconceito e o acesso (a mobilidade). Organizamos o estudo colocando, num primeiro momento, nossos objetivos e uma apresentação consistente desse plano onde a História de Vida se dá, para então contá-la, através das palavras que a nós foram confiadas. É da História de Vida que partimos para a compreensão da realidade. 12

14 Em arte, procurar não significa nada. O que importa é encontrar. Picasso 13

15 2. OBJETIVOS 2. 1 Objetivo Geral: Compreender a relação entre trabalho e mobilidade psicossocial, ao longo da trajetória de vida de um morador de favela. 2.2 Objetivos Específicos: Compreender o lugar e o significado que o trabalho ocupa no percurso de vida do morador de favela, observando quais valores e desdobramentos sociais e subjetivos nascem do trabalho Analisar os sentimentos acerca de um potencial processo de estigmatização social e suas repercussões Investigar como se dá a relação da favela com a cidade, buscando compreender quais as repercussões psicossociais de tal relação para o morador de favela. 14

16 3. METODOLOGIA O momento da escolha metodológica produz uma situação delicada. É, sem dúvida alguma, uma etapa de extrema importância para o bom desenvolvimento da pesquisa. No entanto, percebemos que, ao levarmos em conta as inelimináveis questões relativas ao rigor científico, à ética e aos objetivos a serem alcançados, é preciso um investimento cauteloso, orientado por muita atenção e crítica, pois é fato que tais cuidados podem se tornar (dependendo do tratamento que recebem) ilusórios e até perigosos se deixarmos, por exemplo, engessar-nos pela teoria ou o método pelo método, levando à produção de uma pesquisa enviesada. Assim, para nós, vale a inspiração de Picasso: primeiro eu encontro, depois eu procuro. Pretendemos, como o método exige e nossa concepção de ciência demanda, ir ao encontro da realidade, permitindo que o conhecimento se construa a partir do que esta oferecer. Assim, levando em consideração as formulações acima levantadas, optamos pela metodologia qualitativa de pesquisa, em que podemos pontuar a existência de um método que, em determinadas situações apresenta um cunho clínico, conhecido como História de Vida 7. Trata-se de uma concepção ampla de pesquisa que vem se consolidando no universo da Sociologia, Psicologia e História, através de práticas inovadoras 8 que buscam tratar do sujeito em seu contexto social e político, onde a teoria é ligada à prática social, através de uma análise complexa, multidisciplinar e dialética o que nos remete à vanguarda dos clássicos da Escola de Chicago e a movimentos como a Psicossociologia e a Sociologia Clínica (que têm ganhado fôlego na Europa, no Canadá e no Brasil). O método de História de Vida implica uma busca da articulação entre o psicológico e o social através de uma visão de homem como ser em processo de construção dialética, a partir de uma história, que o produz, da qual ele busca vir a ser sujeito, como sugere Gaulejac (1986). É esta a perspectiva que pretendemos trabalhar, pois importa-nos uma boa articulação entre a teoria e a prática social, levando-nos a uma abordagem clínica e sócio-histórica. A clínica 9 é uma metáfora da relação de proximidade entre o pesquisador e os atores sociais estudados, em uma relação igualitária, da implicação efetiva do pesquisador na busca da compreensão, pelo seu interior, das práticas sociais. É centrada em casos singulares (que sentido têm os deslocamentos sociais para a pessoa, na mobilidade experimentada em seu percurso de 7 Haguette (1992) sugere que o método de História de Vida, dentro da metodologia de abordagem biográfica, relaciona duas perspectivas metodológicas intimamente, pois pode ser aproveitado como documento ou como técnica de captação de dados. 8 Na verdade, entendemos que não é bem uma questão de inovação, mas talvez a retomada de um caminho que havia sido (e ainda é) esquecido. 9 Clínica do grego klines: ao pé da cama. 15

17 vida) sem perder de vista a história e os movimentos coletivo-ideológicos. Ou seja, dentro da evolução das trajetórias de vida dos sujeitos em questão é que vamos procurar uma aproximação da realidade por eles vivida; do interior dessas práticas, a partir da relação que vai se estabelecer, buscar conhecer sua própria lógica, traçando uma ponte de suas histórias para com a história coletiva, sem cair em generalizações. Buscamos a singularidade já que é nela, de fato, que encontramos o mundo sensível, efetivamente. 3.1 O MÉTODO DE HISTÓRIA DE VIDA Em seus primórdios, a História de Vida foi possibilitada pelas concepções teóricas propostas pelo interacionismo simbólico de George Herbert Mead e, em termo práticos, pelos estudos e pesquisas de Thomas e Znaniecki, dentro do movimento conhecido como Escola de Chicago. Mais tarde, o método ganha força e destaque nos trabalhos europeus de cunho qualitativo, como veremos. Coulon (1995) afirma que a expressão Escola de Chicago resume em si um movimento que teve, e tem, muito significado para a Sociologia e para a Psicologia Social, compreendendo um conjunto de trabalhos de pesquisa sociológica, desenvolvidos entre 1915 e 1940, por professores e estudantes da Universidade de Chicago, onde se desenvolveu e ganhou força a metodologia conhecida como Abordagem Biográfica, da qual faz parte a análise de documentos pessoais e o método de História de Vida. Tal escola se destacou por características muito específicas, experiências metodológicas pautadas numa abordagem empirista que percebia a sociedade como um todo, em seu conjunto, sendo a única via para compreender determinada ação se esta for significada pelo seu próprio agente. Essa Escola acaba por assumir papel decisivo no desenvolvimento da chamada Metodologia Qualitativa, legando um trabalho de campo e um estudo sociológico muito mais próximo da realidade através de suas produções orientadas pelo interacionismo simbólico e pela observação participante contribuindo, precisamente, na dimensão metodológica da sociologia científica. Entre os trabalhos desenvolvidos nesta escola, destaca-se a obra The polish peasant in Europe and América: Monograph of an immigrant group (de 1820) 10 de Znannieck e Thomas, cujo 10 Tal estudo se desenvolveu pautado em intenso trabalho de campo, através do recolhimento de relatos biográficos, além da análise de documentos e análise documental de cartas, que segundo eles permitem a compreensão e a interpretação desses emigrantes a partir da significação subjetiva que eles mesmos denotam às suas ações. Foram explorados documentos coletados na Polônia e, ainda, outros existentes 16

18 tema central é o processo de desorganização organização e reorganização que sofre um grupo ao se inserir numa nova sociedade. Como exemplo, o caso dos poloneses ao se integrarem à cultura americana. Outro estudo de grande importância foi o de Clifford Shaw, que se desenvolveu também através de Abordagem Biográfica e é referência importante para a metodologia qualitativa de forma geral e, em especial, ao método de História de Vida. No clássico livro The Jack Roller: A delinquent boy s own story, o autor, ao apresentar a história de Stanley, que narra sua vida a partir do viés de suas experiências de transgressão, lembra com grande propriedade que o valor de uma narração está além de sua veracidade. Ele ressalta que o objetivo primordial é que a história ali contada reflita as atitudes pessoais do indivíduo em questão, suas interpretações próprias, por serem estes fatores os elementos essenciais para o estudo e o tratamento do caso: produzindo uma aproximação do fenômeno em si, de forma que se torna possível fazer perguntas sobre a delinqüência do ponto de vista do delinqüente (Shaw apub Coulon, 1995: XV). Ainda nessa tendência, a Editora da Universidade de Chicago publicou diversos outros trabalhos e, em 1937, o estudo de Edwin Sutherland: The professional Thief 11, enfocando a criminalidade a partir dos ladrões profissionais, trabalhando mais uma vez com o método de História de Vida que, como lembra o autor, possibilita compreender do interior o mundo do sujeito em questão. É esse o movimento que buscamos desenvolver em nossa pesquisa, partindo do interior de uma História de Vida para desvendar o universo que a envolve, para compreender a dinâmica social que a engendra. Em 1963, Oscar Lewis escreve The Children of Sanchez, que se desenvolve a partir do recolhimento da História de Vida do pai Jesus Sanchez, e de seus filhos, no contexto da miséria mexicana dos anos 60 um dos pilares do livro que a jornalista Denise Paraná escreve, amparada na abordagem biográfica, intitulado O Filho do Brasil: de Luiz Inácio a Lula, em A contribuição de Lewis foi de grande relevância, mas é importante ainda ressaltar que os trabalhos desenvolvidos por Franco Ferraroti, na Itália (1970), e por Daniel Bertaux (1976), na França, ofereceram novo impulso ao método de História de Vida. Atualmente, os seminários de nos Estados Unidos que tratavam sobre os poloneses que lá estavam, além da coleta do longo relato de um polonês chamado Wladek Wiszniewski. 11 Sutherland, que considerava a criminalidade como resultado de um processo social, vai trabalhando as descrições que o ladrão faz de sua prática, de sua vida cotidiana, de como vê o mundo onde está inserido, em sua interação com o próprio sujeito, quem dá o sentido às ações e escolhas, dentro de seu contexto particular. 17

19 Romance Familiar e Trajetória Social, que se desenvolvem na Universidade de Paris VII, são exemplos concretos e atuais da utilização deste método. 12 É Oscar Lewis quem ressalta que este método oferece uma visão cumulativa, múltipla e panorâmica da situação analisada, oferecendo uma possibilidade de acesso do indivíduo (e à realidade que lhe transforma e é por ele transformada) pelo interior, na busca da apreensão do vivido social, das práticas do sujeito, por sua própria maneira de negociar a realidade em que está inserido. Segundo Barros & Silva: Trata-se de apreender o vivido social, o sujeito e suas práticas na maneira pela qual ele negocia as condições sociais que lhes são particulares. Pede-se ao sujeito que conte sua história da maneira que lhe é própria, de seu ponto de vista e, através dessa história, tentamos compreender o universo do qual os sujeitos fazem parte. Isso nos mostra uma faceta muitas vezes ignorada pelos pesquisadores: a do mundo subjetivo em relação permanente e simultânea com os fatos sociais. (Barros & Silva, 2002: 136) O percurso individual está essencialmente ligado à história em geral (ou, mais especificamente, à história de uma comunidade ou de um país) e é preciso estar atento aos determinantes sóciohistóricos, às influências ideológicas em quê fomos produtos da história e como; até que ponto somos sujeito dessa história e aos fatores psicológicos que sustentam o processo de mobilidade. Gaulejac (1997) nos lembra que, apesar de sua singularidade irredutível, o indivíduo não é de nenhuma forma indiferente ao social, não está dissociado do campo social onde se encontra inserido. É dentro dessa concepção psicossociológica que pretendemos direcionar nosso estudo. Na História de Vida, há a proposta de uma escuta comprometida, engajada, participativa, dentro de uma relação de cumplicidade, possibilitando àquele que narra sua história experimentar uma re-significação de seu percurso (o que gera um reflexão dual, das duas partes igualmente envolvidas 13 ), a construção de sentido. A coleta da História de Vida é muito importante pela sua dimensão democrática (de relação igualitária) e pela dimensão terapêutica (que oferece a possibilidade do sujeito se apropriar sua história, de re-significá-la). Aqui, apresenta-se uma premissa que para nós é fundamental: ao 12 Procura-se, através dos relatos biográficos, elaborar a articulação entre o social e o psicológico na evolução da trajetória social individual e inserção no romance familiar, a partir da construção identitária do indivíduo, da afirmação da identidade. 13 Além de buscar a promoção do conhecimento de uma dada realidade social, a História de Vida propõe, a partir da busca de sentido, reflexões sobre possíveis mudanças ou o que a Psicanálise conhece como retificação subjetiva. É a saída do que Enriquez chamou de imaginário ilusório (que não movimenta, não reflete, é hermético e estático) para o imaginário motor, que, por sua vez, movimenta a realidade, alimenta projetos, re-significa. 18

20 construir o texto, a narrativa de sua vida, o sujeito pode experimentar a reconstrução do sentido, de suas experiências e escolhas, da realidade vivida. Marilena Chauí, na apresentação do belíssimo livro de Ecléa Bosi (1973), afirma: lembrar não é reviver, é re-fazer. Barros, Bosi e Paraná realçam em muito a importância deste vínculo de confiança e até amizade que o pesquisador estabelece com quem narra sua história. É a partir desse vínculo que a construção de conhecimento toma forma para o pesquisador e ainda se dá, para o sujeito, a elaboração de sentido de seu percurso biográfico. Um método como esse possibilita uma abordagem histórica muito mais democrática, além de oferecer flexibilidade ímpar, considerando a promoção da capacidade de dominar a evidência humana exatamente onde ela é necessária, como sugere Paraná. Trata-se de uma tentativa de oferecer escuta (dar ouvidos) e, ainda mais, de dar voz àqueles cujo discurso foi calado ou teve pouca influência no discurso dominante (Paraná, 1996: 317) 14. Seguindo as orientações acima descritas, desenvolvemos nossa pesquisa em três etapas, sendo a última a análise dos dados colhidos: Primeiro momento: atendendo à preocupação de não cairmos num viés psicologisante e para que encontremos uma proximidade real com o universo a que nos propomos conhecer, realizamos inicialmente uma série de entrevistas em profundidade para que pudéssemos conhecer (e nos re-inserir 15 ), de forma mais ampla, na realidade da comunidade. A pesquisa contou com a participação de oito moradores, de forma que foram realizados dezesseis encontros formais 16, individuais (no total geral). Foi a partir desses contatos iniciais que se deu a escolha do sujeito que participou do segundo momento o recolhimento, a colheita da História de Vida propriamente dita. Ao encontrarmos/escolhermos tais sujeitos, estávamos atentos às questões referentes ao rigor metodológico necessário a uma pesquisa científica. Estávamos preocupados em atender uma 14 Ver também Blazquez, Como já dito no item Apresentação, tivemos a oportunidade de estar em contato com a comunidade entre 1997 e 1998, a partir do Programa de Criança e, desde então, não tínhamos estabelecido outros contatos com essa comunidade. 16 Chamamos formais aqueles encontros previamente marcados e que responderam ao objetivo específico de documentar, através de gravação, a conversa travada sobre a vida na comunidade tema proposto a esses sujeitos. Os encontros formais aconteceram (com duas exceções) nas casas dos participantes. Além desses chamados formais tivemos ainda vários encontros, em situações diversas, (como eventos festivos e culturais da comunidade ou acontecimentos importantes de caráter individual), que não tinham como objetivo a realização de entrevista, mas que foram muito importantes para nossa inserção e, mais, para uma efetiva subsunção àquela realidade. 19

21 certa representatividade da comunidade em questão, sabendo-a um universo heterogêneo e rico, sem contudo perder de vista nosso objetivo, que não visa a elaboração generalista daquela realidade, mas sim a sua compreensão consistente, do interior, partindo de um determinado fragmento, sabendo-o conter as marcas e inscrições do todo uma História de Vida. Os encontros se deram, em sua grande maioria, nas próprias casas dos moradores, sendo que apenas dois encontros transcorreram em outro local (os dois no espaço do Centro Social, ambos realizados com referências comunitárias). Desta forma, buscamos realizar entrevistas com sujeitos variados, estabelecendo as seguintes categorias: A. Moradores integrados ao mercado formal de trabalho; B. Moradores não formalmente vinculados ao mercado de trabalho; C. Moradores que são referências comunitárias importantes; D. Jovens moradores que apresentam percurso definido de mobilidade psicossocial frente às determinações sociais postas simbólica e socioeconomicamente. Ou seja, jovens que conseguiram optar por um percurso profissional diverso do tradicionalmente enlevado pela família e, ainda, resistiram à sedução promovida pela via do tráfico de drogas. Desta forma, entrevistamos: Categoria A Dona Emererciana (62 anos), trabalhadora doméstica, integrada à economia formal, ainda que num trabalho desqualificado 17. Com ela, tivemos a oportunidade de realizar três encontros formais para entrevistas. Pedro (Pedro 41 anos) motorista, integrado à economia formal, trabalhando em uma grande empresa do setor público. Realizamos apenas um encontro formal para entrevista. Categoria B Dona Maria (58 anos), costureira, autônoma. Realizamos três encontros formais para entrevistas. Ana (59 anos), desempregada. Realizamos dois encontros formais para entrevistas. 17 O trabalho doméstico é, ao mesmo tempo, um trabalho sem qualificação (não obedecendo a uma escala formal de qualificação profissional) e é, ainda, um trabalho desqualificado. O compreendemos como trabalho desqualificado porque, em geral, apresenta conteúdos subjetivos que desvalorizam quem o executa (além de jornada de trabalho abusiva e, muitas vezes, condições precárias e perigosas de execução das tarefas, a posição que é destinada a esse sujeito confere à atividade um caráter negativo, remetendo à idéia de escravidão, ou, pelo menos, de inferioridade que deixam marcas indeléveis em sua auto-estima), podendo imprimir um status negativo e nocivo de desqualificação, como veremos. 20

22 Categoria C Mauro, líder comunitário, vinculado ao movimento religioso. Realizamos dois encontros formais para entrevistas, sendo apenas um desses gravado. Márcia (28 anos), jornalista 18 e líder comunitária. Realizamos três encontros formais para entrevistas. Categoria D Suzana (28 anos), atriz. Realizamos apenas um encontro formal para entrevista. Nil César (27 anos), ator e educador. Realizamos apenas um encontro formal para entrevista em profundidade e mais seis encontros formais para o recolhimento de sua História de Vida, além de tantos, em situações diversas. Nessa primeira etapa, assim como na seguinte, o tempo foi um elemento essencial. O processo de recolhimento da História de Vida foi sendo desenrolado gradualmente, como dissemos, a partir do desejo do sujeito de participar e da relação que foi sendo estabelecida: o vínculo, a confiança, a construção de sentidos. Trata-se da interlocução, como lembra Lévy (2001). Notase, assim, que nós não escolhemos sumariamente determinado fragmento desse universo que estaríamos utilizando, no intuito de desvenda-lo, mas deixamos que essa realidade nos encaminhasse por seu próprio sentido. Buscamos permitir, de fato, que a realidade se nos mostrasse, do interior. Não é àtoa que, no caso, o discurso toma a voz de um ator que define sua vida num movimento de transformação dessa mesma realidade, que busca a posição de autor, de sujeito criador de história (Enriquez: 1989). De fato, ele já se posiciona na busca de significado e, ao relatar sua História de Vida, faz emergir o sentido, possibilitando que seja construído um esboço de compreensão dos determinantes sociais que ali atuam, e de sua resignificação. O processo de colheita da História de Vida desenvolveu-se espontaneamente, a partir de um primeiro encontro com Nil, nos moldes de uma entrevista não estruturada, como já o dissemos (e como foi proposto a todos os outros entrevistados). Pediu-se a ele, em nosso segundo encontro, que contasse sua história como achasse melhor (numa formatação metodológica de entrevista não estruturada), começando por onde quisesse. Buscamos deixar que a fala transcorresse livremente, sem roteiro definido ou perguntas, deixando que a história nos fosse contada, fluindo nos seis 19 encontros que se seguiram estabelecidos para a construção do 18 Márcia também poderia ter sido encaixada na categoria D, visto que é uma das primeiras moradoras da comunidade a alcançar nível universitário. Aproveitamos o caso para esclarecer que tal distinção entre categorias é apenas didática, objetivando a exposição dos elementos pensados em nosso percurso científico. 19 Assim, tivemos um encontro inicial com Nil e, ainda, seis encontros já no recolhimento da História de Vida, totalizando sete encontros. 21

23 relato que aqui, mais à frente, será transcrito. Nessa transcrição, não colocamos nossas idéias ou palavras, respeitando a ordem e o fluxo de sua narrativa, de sua vida. Tivemos o trabalho de ocultar passagens muito íntimas e, ainda, de eliminar as repetições que a lembrança provoca, contudo, mantendo a ordem por ele estabelecida, seguindo o próprio movimento de sua vida no sentido experimentado por ele. O que a memória ama fica eterno, nas palavras de Adélia Prado. Ou, ainda, fica o que significa, como sugere Ecléa Bosi. 3.2 A ANÁLISE DOS DADOS O método de História de Vida traz contribuições em termos de historicidade (para que o sujeito tenha a oportunidade de se apropriar de sua própria história) e atua como ponte entre a história individual e a coletiva. Esses dois aspectos se interpenetram e são fundamentais nos planos de nossa pesquisa. Chasin sugere que o rigor é dado pelo objeto e Trow (1969 apud Haguette, 1992), seguindo semelhante caminho, lembra que o problema a ser investigado é que dita o método de investigação. No caso do método de História de Vida, é inclusive ao longo do processo que tal caminho se faz presente, pois faz parte dos pressupostos desse método, como vimos, a implicação igual do pesquisador e daquele que narra sua história. Desta forma, mesmo o momento de análise transcorre de forma próxima aos envolvidos no trabalho, criando a possibilidade de, em alguns momentos, de acordo com a necessidade, se retornar ao sujeito e verificar seu próprio entendimento do que foi dito. É muito importante observar as condições de produção do texto (a narração da História de Vida): quem fala, onde fala, a quem fala, para que fala etc., já que existe aí um endereçamento que não pode ser ocultado. Um relato é sempre dirigido a alguém e, assim, provoca também um efeito em quem o ouviu, trazendo novamente o campo da dualidade, como bem estabelece este modelo baseado na relação entre aquele que colhe os relatos e quem os conta. Este endereçamento é fator de grande relevância no momento da análise daquilo que foi construído e, assim sendo, pudemos percebê-lo em diversos momentos em que Nil parece buscar uma espécie de auto-afirmação, especialmente frente ao conhecimento científico que possuímos, o que nos conta também a respeito da visão de mundo que envolve o relato. A maneira como o indivíduo conta a sua história oferece o acesso a outras dimensões: ao sentido que o indivíduo dá à sua vida; como, de que forma, a partir de quais escolhas (e por quê) ele dá para si uma identidade social, para tentar se situar dentro das identidades que são 22

24 múltiplas. Ou seja, não temos acesso ao indivíduo, mas sim ao esforço que ele faz de apresentar a si mesmo, ao romance. O romance traz verdades, verdades inesgotáveis, verdades subjetivas, que muito nos interessam: o sentido que o indivíduo constrói para sua história, a maneira como se relaciona com ela, como se situa, como a incorpora de fato. O que importa é o sentido que o sujeito dá a essa realidade 20, então é preciso que a análise dê conta do indivíduo como social (o que ele não tem condições de perceber por si), como agente representante, trazendo em si as marcas daquele social (que ele representa, quem também o construiu e foi, por ele, construído). Vale, ainda, perceber a relação que o sujeito estabelece com sua história, pois é exatamente isso que vai indicar o sentido dos processos por ele experimentados: No que tange à análise das histórias de vida, o pesquisador deve orientar-se no sentido de como utilizar as histórias para fazer avançar a compreensão de uma dada realidade. Nessa perspectiva, as narrações nos interessam não apenas como histórias pessoais mas, sobretudo, como pretexto para descrever um objeto, uma situação, um universo social desconhecido. Embora a situação de pesquisa gire em torno das histórias dos sujeitos, a análise é que vai diferenciar; vai ser guiada por questões centradas sobre a pessoa, sobre o trabalho, sobre escolhas teóricas, sobre engajamentos etc., mediada por conceitos e teorias. (Barros & Silva, 2002: 142) A ponte que pode ser estabelecida entre a história individual e a coletiva nos oferece a solução ideal para nossas questões, sem contudo acreditar que vamos construir a totalidade da história coletiva daquela comunidade. Ferraroti lembra que, ao se apropriar do social, o indivíduo nele inscreve sua marca e faz em sua subjetividade uma re-tradução deste social, reinventando-o a cada instante. Não optaremos entre uma posição subjetivista ou objetivista e nem é preciso: nos esforçamos por não cair num viés psicologista ou sociologista, considerando o indivíduo como criador de história, buscando vir a ser sujeito de uma história que o determina. Buscamos observar a relação entre o subjetivo e o social. No momento de análise é que se dá o recorte que visa analisar aspectos que dialogam com a questão do trabalho e a relação estabelecida, a partir das atividades laborais, ao longo da vida. Pudemos perceber, no desenvolvimento da História de Vida de Nil, o relevo de três elementos importantes, relacionados ao trabalho, que vão nos contar sobre essa realidade que buscamos conhecer, a saber: preconceito; família; acesso e transformação 21. Esses elementos vão se 20 O sentido é construído a partir dessa realidade, que implica a inter-relação de fatores tais como: situação de classe; atividade e relações de trabalho; inscrições culturais e ideológicas; simbólico-familiar. 21 Tais elementos se inter-relacionam, como já apontamos, em especial, através do trabalho, mas somamse a eles ainda: busca de reconhecimento, estratégias de resistência e a questão da exclusão social (entre outros). 23

25 delineando na forma de um mapeamento psicossocial dos aspectos e valores resgatados pelos entrevistados ao longo de suas vidas, em relação ao trabalho, apontando como fio condutor para a compreensão dessa realidade a dialética inclusão/exclusão perversa, como veremos. Buscamos perceber se existem lacunas deixadas pelo trabalho e em que medida abarca sua dimensão positiva ou aponta para seus aspectos negativos, tanto em termos de estruturação de sua vida e de sua condição humana, quanto em termos de negação, na dimensão negativa que o trabalho pode exprimir, expropriando o homem de si mesmo. Utilizamos o método para apreender as repercussões psicossociais desse quadro. 3.3 DIFICULDADES ENCONTRADAS Muitos cuidados tiveram de ser tomados e muitas foram as dificuldades encontradas. Julgamos pertinente apontá-los aqui: Além do exercício de experimentar a escuta sensível e de oferecer espaço para uma relação igualitária, fez-se primordial estarmos vigilantes em relação aos preconceitos arraigados em nós mesmos, ao que tange o universo das favelas, preconceito esse que mostra ser altamente nocivo (em termos psíquicos) aos moradores de favela e, ao que tudo indica, que responde a interesses socioeconômicos específicos, como aponta Lícia Valladares, como veremos. Essa nos parece ter sido a maior dificuldade, posto que tivemos que nos colocar atentos ao tratamento romântico que pode ser dado, compreendendo tal realidade resumidamente sob uma ótica de vitimização, no esforço de não reproduzir os dogmas reinantes de pensar a favela como referência de precariedade e violência. Essa pesquisa nasceu de um contato anteriormente estabelecido, que havia deixado questões a esclarecer e marcas importantes em nossa experiência. Muito pudemos aprender naquela experiência e, assim, estávamos mobilizados por uma intenção de poder oferecer um retorno consistente à comunidade, pensado na forma de uma elaboração teórica (no intuito de sanar algumas das questões deixadas em aberto pela oportunidade da experiência). Administrar e compreender semelhante expectativa foi também um fator dificultador para que se desse um bom desenvolvimento do estudo. Compreendemos que nossa pesquisa não vai mudar a realidade, mas estamos certos de que pode oferecer subsídios para que esta realidade possa ser transformada legitimamente. Um outro fator que precisa ser levado em consideração é a questão do tempo, já que em virtude dos moldes do Programa de Mestrado atual (...) é preciso oferecer rapidamente o produto de nossa pesquisa à comunidade científica. Entendemos que é preciso, de fato, um 24

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