PRESIDÊNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS. Proposta de Lei n.º. Exposição de Motivos

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1 PL 40/ Exposição de Motivos A presente proposta de lei visa habilitar o Governo a regular o acesso e o exercício da atividade de intermediação de crédito, uma atividade económica que consiste na prestação de um conjunto de serviços às instituições de crédito e aos clientes bancários no âmbito da comercialização de contratos de crédito, nomeadamente a apresentação de contratos de crédito, a prestação de assistência em atos preparatórios da celebração de contratos de crédito e a celebração de contratos de crédito em representação das instituições de crédito. Esta atividade conheceu um desenvolvimento significativo em Portugal nos últimos anos, fruto, não só do aumento do recurso ao crédito para aquisição de bens e serviços de consumo, mas também do agravamento das dificuldades das famílias para cumprir os compromissos assumidos no âmbito de contratos de crédito celebrados com instituições de crédito. Todavia, ao invés do que se verifica noutros Estados-Membros da União Europeia, a atividade desenvolvida pelos intermediários de crédito não está sujeita a um quadro normativo e regulatório específico. Na verdade, no ordenamento jurídico nacional, a figura do «intermediário de crédito» apenas encontra consagração no domínio do crédito a consumidores, por força da transposição, pelo Decreto-Lei n.º 133/2009, de 2 de junho, alterado pelo Decreto-Lei n.º 72-A/2010, de 18 de junho, da Diretiva n.º 2008/48/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 23 de abril de 2008, que impôs certos deveres aos intermediários de crédito no âmbito da celebração dos referidos contratos, nomeadamente no que respeita à prestação de informação pré-contratual aos consumidores, remetendo para legislação especial a regulação desta atividade profissional. 1

2 A necessidade de regular esta atividade é particularmente premente no atual contexto económico e financeiro. Com efeito, para além da proteção dos consumidores no decurso do processo negocial, considera-se essencial promover a confiança dos clientes bancários nas instituições de crédito e no sistema bancário no seu todo, impedindo que estes valores sejam afetados por práticas comerciais desadequadas e pouco transparentes como as que, não raras vezes, têm vindo a ser desenvolvidas por entidades alegadamente dedicadas à atividade de intermediação de crédito. Neste contexto, através da presente iniciativa legislativa, pretende-se habilitar o Governo a aprovar um regime jurídico que regule o acesso e o exercício da atividade de intermediação de crédito, instituindo um regime de controlo da idoneidade, capacidade técnica e ausência de conflitos de interesses dos intermediários de crédito, bem como dos membros dos respetivos órgãos de administração que sejam responsáveis pela atividade de intermediação de crédito e dos profissionais qualificados que exerçam a função de responsáveis técnico pela atividade de intermediação de crédito, a tipificação como crime das condutas de violação de segredo praticadas no âmbito da atividade de intermediação de crédito e do exercício dos poderes de supervisão do Banco de Portugal, bem como as consequências jurídicas da prática de ilícitos de mera ordenação social relacionados com as infrações às normas legais e regulamentares respeitantes à atividade de intermediação de crédito, incluindo as situações suscetíveis de gerar procedimento contraordenacional, o nível das coimas, as sanções acessórias e outras regras de natureza substantiva e processual. Assim: Nos termos da alínea d) do n.º 1 do artigo 197.º da Constituição, o Governo apresenta à Assembleia da República a seguinte proposta de lei: 2

3 Artigo 1.º Objeto da autorização legislativa É concedida ao Governo autorização legislativa para: a) Regular o acesso e o exercício da atividade de intermediação de crédito; b) Instituir um regime de controlo da idoneidade, capacidade técnica e isenção das pessoas singulares que desenvolvam a atividade de intermediação de crédito, bem como dos membros dos órgãos de administração de pessoas coletivas que desenvolvam a atividade de intermediação de crédito que sejam responsáveis por essa atividade e das pessoas singulares a quem seja atribuída a função de responsável técnico pela atividade de intermediação de crédito; c) Estabelecer que as condutas de violação de segredo praticadas no âmbito da atividade de intermediação de crédito e do exercício dos poderes de supervisão do Banco de Portugal são puníveis nos termos do artigo 195.º do Código Penal, de modo equivalente ao previsto no Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 298/92, de 31 de Dezembro (RGICSF); d) Definir as consequências jurídicas da prática de ilícitos de mera ordenação social relacionados com as infrações às normas legais e regulamentares respeitantes à atividade de intermediação de crédito, ao nível: i) Das situações suscetíveis de gerar procedimento contraordenacional; ii) Das coimas, definindo os respetivos montantes e as sanções acessórias; iii) Das regras de natureza substantiva e processual aplicáveis aos correspondentes processos de contraordenação. 3

4 Artigo 2.º Sentido e extensão da autorização legislativa quanto ao regime de acesso e exercício da atividade de intermediação de crédito No uso da autorização legislativa conferida pela alínea a) do artigo anterior, pode o Governo: a) Fixar o objeto da atividade de intermediação de crédito; b) Delimitar o âmbito da atividade de intermediação de crédito, mediante a proibição da sua intervenção: i) Em operações bancárias que, embora sujeitas à supervisão do Banco de Portugal, não envolvam a concessão de crédito por parte de instituições de crédito; ii) Em contratos de crédito concedidos ou a conceder por mutuante que não seja uma instituição de crédito; iii) Em contratos de crédito para a realização de operações sobre instrumentos financeiros em que intervenha a entidade que concede o crédito ou entidade que, nos termos definidos no artigo 13.º do RGICSF, com esta se encontre em relação de domínio ou de grupo; c) Consagrar categorias de intermediários de crédito em função da existência de vínculo com instituição de crédito e do desempenho da atividade a título principal ou secundário; d) Possibilitar o acesso e o exercício da atividade de intermediação de crédito a pessoas singulares e a pessoas coletivas, reservando, no entanto, às pessoas coletivas o acesso e o exercício da atividade de intermediação de crédito sem vínculo a instituição de crédito; 4

5 e) Definir requisitos para o acesso à atividade de intermediação de crédito por parte de pessoas singulares que sejam adequados aos serviços de intermediação de crédito a desenvolver, incluindo, nomeadamente: i) A capacidade legal para a prática de atos de comércio; ii) A reunião das condições necessárias ao exercício da atividade, nomeadamente quanto à capacidade técnica e à organização comercial, administrativa e contabilística; iii) A idoneidade; iv) A ausência de conflitos de interesses; v) A subscrição de contrato de seguro que acautele de forma apropriada a responsabilidade civil que possa decorrer do exercício da atividade de intermediação de crédito; vi) A inscrição em registo especial junto do Banco de Portugal; f) Definir requisitos para o acesso à atividade de intermediação de crédito por parte de pessoas coletivas que sejam adequados aos serviços de intermediação de crédito a desenvolver, incluindo, nomeadamente: i) Ações nominativas perante a sua constituição sob forma de sociedade anónima ou equiparada; ii) A reunião das condições necessárias ao exercício da atividade, nomeadamente quanto à organização comercial, administrativa e contabilística; iii) A subscrição de contrato de seguro que acautele de forma apropriada a responsabilidade civil que possa decorrer do exercício da atividade de intermediação de crédito; iv) A inscrição em registo especial junto do Banco de Portugal; 5

6 g) Estabelecer condições de acesso e de exercício da atividade específicas para cada categoria de intermediário de crédito, nomeadamente no que respeita: i) Ao exercício de outras atividades económicas em conjunto com a intermediação de crédito; ii) Às restrições à detenção de participações sociais no capital social dos intermediários de crédito; iii) Ao grau de independência exigido relativamente às instituições de crédito; iv) À remuneração pela prestação dos serviços de intermediação; h) Estabelecer que as instituições de crédito devem verificar o preenchimento das condições de acesso à atividade por parte das pessoas singulares ou coletivas a quem pretendam atribuir a intermediação dos seus produtos de crédito e, caso detetem o não preenchimento de alguma dessas condições, cessar imediatamente esse vínculo e informar o Banco de Portugal desse facto; i) Criar, junto do Banco de Portugal, um registo eletrónico dos intermediários de crédito que exercem a atividade em Portugal, que, entre outros elementos, reúna a seguinte informação: i) A identidade e endereço dos intermediários de crédito; ii) A categoria em que se encontram inscritos; iii) A identidade e as qualificações dos membros do órgão de administração responsáveis pela atividade de intermediação de crédito, no caso das pessoas coletivas; iv) A identidade e as qualificações dos responsáveis técnicos por essa atividade, caso existam; e 6

7 v) Quando estejam em causa intermediários vinculados ou que exerçam a atividade de intermediação a título acessório, a identificação as instituições de crédito com quem celebraram contratos de vinculação; j) Assegurar o acesso dos interessados a informação atualizada sobre os intermediários de crédito, designadamente através de mecanismos de consulta via Internet; k) Prever a possibilidade de cancelamento do registo de intermediário de crédito, dos membros do órgão de administração responsáveis pela atividade de intermediação de crédito e dos responsáveis técnicos por essa atividade com fundamento, entre outras situações, na falta originária ou superveniente das condições de acesso à atividade e na violação de normas que disciplinam a atividade de intermediação de crédito, quando a sua gravidade ou reiteração o justifique; l) Proibir os intermediários de crédito de receber ou entregar quaisquer valores relacionados com a formação e a execução dos contratos de crédito; m) Impedir os intermediários de crédito de subcontratar, no todo ou em parte, a prestação de serviços relativos à atividade de intermediação de crédito; n) Proibir os intermediários de crédito de celebrar contratos de crédito, ou qualquer outro negócio jurídico associado, em representação de clientes e impedir que os intermediários de crédito que não se encontrem vinculados a qualquer instituição de crédito celebrem contratos de crédito em representação das instituições de crédito. Artigo 3.º Sentido e extensão da autorização legislativa quanto ao regime de controlo da idoneidade, capacidade técnica e isenção No uso da autorização legislativa conferida pela alínea b) do artigo 1.º, pode o Governo: 7

8 a) Estabelecer que o exercício da atividade de intermediação de crédito por parte de pessoa singular depende de uma apreciação prévia e sucessiva, por parte do Banco de Portugal, da idoneidade, capacidade técnica e isenção do interessado; b) Estabelecer que o exercício de funções como membro do órgão de administração responsável pela atividade de intermediação de crédito em pessoa coletiva que pretenda desenvolver ou desenvolva a atividade de intermediação de crédito depende de uma apreciação prévia e sucessiva, por parte do Banco de Portugal, da idoneidade, capacidade técnica e isenção do interessado; c) Estabelecer que o exercício de funções como responsável técnico pela atividade de intermediação de crédito depende de uma apreciação prévia, por parte do Banco de Portugal, da idoneidade, capacidade técnica e isenção do interessado ; d) Consagrar os critérios a ter em conta pelo Banco de Portugal na apreciação prevista nas alíneas anteriores e, bem assim, regular os termos e os efeitos da sua decisão; e) Criar, junto do Banco de Portugal, um registo dos membros dos órgãos de administração de pessoas coletivas que exerçam a atividade de intermediação de crédito que sejam responsáveis por essa atividade e prever que a inscrição nesse registo seja condição necessária para o exercício dessas funções; f) Criar, junto do Banco de Portugal, um registo dos responsáveis técnicos pela atividade de intermediação de crédito e prever que a inscrição nesse registo seja condição necessária para o exercício dessas funções; g) Estabelecer os meios necessários para que o Banco de Portugal proceda à aferição da capacidade técnica, idoneidade e isenção dos intermediários de crédito que sejam pessoas singulares e, bem assim, dos membros do órgão de administração de pessoas coletivas que exerçam a atividade de intermediação 8

9 de crédito que sejam responsáveis por essa atividade e, quando aplicável, das pessoas singulares que sejam designadas pelos intermediários de crédito como responsáveis técnicos por essa atividade; h) Prever a possibilidade de o Banco de Portugal cancelar o registo do intermediário de crédito que seja pessoa singular, do membro do órgão de administração responsável pela atividade de intermediação de crédito e do responsável técnico pela intermediação de crédito, nomeadamente caso tenha conhecimento de factos, originários ou supervenientes, que afetem a idoneidade, a capacidade técnica ou a isenção da pessoa em causa ou quando a violação de normas que disciplinam a atividade de intermediação de crédito, em razão da sua gravidade ou reiteração, o justifique. Artigo 4.º Sentido e extensão da autorização legislativa quanto ao tipo de crime de violação do dever de segredo No uso da autorização legislativa conferida pela alínea c) do artigo 1.º, fica o Governo autorizado a estabelecer que as condutas de violação de segredo praticadas no âmbito da atividade dos intermediários de crédito que não estabeleçam vínculo com instituição de crédito e do exercício de poderes de supervisão do Banco de Portugal sobre os intermediários de crédito são puníveis nos termos do artigo 195.º do Código Penal de modo equivalente ao que se encontra atualmente previsto no RGICSF em relação à atividade das instituições de crédito e à respetiva supervisão. Artigo 5.º Sentido e extensão da autorização legislativa quanto ao regime jurídico das contraordenações 9

10 1 - No uso da autorização legislativa conferida pela alínea d) do artigo 1.º, pode o Governo instituir um regime aplicável às infrações às normas de acesso e exercício da atividade de intermediação de crédito, podendo, nomeadamente: a) Estabelecer as infrações às normas de acesso e exercício da atividade de intermediação de crédito que configuram ilícitos de mera ordenação social, incluindo, nomeadamente, as seguintes: i) O exercício da atividade de intermediação de crédito sem a devida inscrição no registo junto do Banco de Portugal; ii) A intermediação de operações bancárias que, embora sujeitas à supervisão do Banco de Portugal, não envolvam a concessão de crédito por parte de instituições de crédito; iii) O exercício da atividade de intermediação de crédito em contratos de mútuo concedidos ou a conceder por mutuante que não seja uma instituição de crédito; iv) O exercício da atividade de intermediação de crédito em contratos de crédito para a realização de operações sobre instrumentos financeiros em que intervenha a entidade que concede o crédito ou entidade que, nos termos definidos no artigo 13.º do RGICSF, com esta se encontre em relação de domínio ou de grupo; v) A prestação de informações incompletas ou inexatas ao Banco de Portugal no âmbito deste regime jurídico; b) Estabelecer as infrações às normas de acesso e exercício da atividade de intermediação de crédito específicas para cada categoria de intermediário de crédito que configuram ilícitos de mera ordenação social; 10

11 c) Definir que as infrações são sancionáveis, em abstrato, com coimas entre 750 e ou entre e , consoante o agente seja pessoa singular ou coletiva; d) Determinar que se o dobro do benefício económico exceder o limite máximo da coima aplicável este é elevado àquele valor; e) Estabelecer, para as infrações que tipificar, a aplicação, cumulativamente com as sanções principais, das seguintes sanções acessórias: i) Interdição do exercício da atividade de intermediação de crédito pelo período máximo de três anos; ii) Inibição do exercício de funções de administração ou de gerência em sociedades que tenham por objeto o exercício da atividade de intermediação de crédito pelo período máximo de três anos; iii) Inibição do exercício de funções como responsável técnico pela atividade de intermediação de crédito pelo período máximo de três anos; iv) Cancelamento do registo como intermediário de crédito; v) Cancelamento do registo como membro do órgão de administração de pessoas coletivas que exerçam a atividade de intermediação de crédito que sejam responsáveis por essa atividade; vi) Cancelamento do registo como responsável técnico pela atividade de intermediação de crédito; vii) Publicação pelo Banco de Portugal da sanção definitiva no sítio de Internet do Banco de Portugal, bem como, a expensas do infrator, num jornal de larga difusão na localidade da sede ou do estabelecimento permanente do infrator ou, se este for uma pessoa singular, na localidade da sua residência; f) Prever que o montante das coimas reverte integralmente para o Estado; 11

12 g) Consagrar a imputabilidade dos ilícitos de mera ordenação social que tipificar a título de dolo e de negligência, bem como a punibilidade da tentativa; h) Atribuir ao Banco de Portugal a competência para instruir os procedimentos contraordenacionais e aplicar as correspondentes coimas e sanções acessórias; i) Definir que a apreciação de recursos interpostos de decisões do Banco de Portugal que apliquem coimas por violação das normas que regulam a atividade de intermediação de crédito compete ao tribunal da concorrência, regulação e supervisão; j) Estabelecer que ao processo relativo aos ilícitos de mera ordenação social que tipificar, tanto na fase administrativa como na fase judicial, sejam aplicáveis as regras processuais e substantivas especiais estabelecidas no RGICSF, com as necessárias adaptações. 2 - No uso da autorização legislativa conferida pela alínea d) do artigo 1.º, pode ainda o Governo instituir um regime sancionatório da violação, pelas instituições de crédito, das normas que regulam a atividade de intermediação de crédito no sentido de: a) Definir que as infrações às normas que regulam a atividade de intermediação de crédito são puníveis nos termos previstos na alínea m) do artigo 210.º e no artigo 212.º do RGICSF; b) Consagrar a imputabilidade dos ilícitos de mera ordenação social que tipificar a título de dolo e de negligência, bem como a punibilidade da tentativa; c) Estabelecer que às contraordenações praticadas por instituições de crédito e, bem assim, ao respetivo processamento é aplicável o disposto no RGICSF. Artigo 6.º Duração A autorização legislativa concedida pela presente lei tem a duração de 120 dias. 12

13 Visto e aprovado em Conselho de Ministros de [inserir dia] [inserir mês] de O Primeiro-Ministro O Ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares 13

14 Diploma: Forma do ato: Lei Órgão Responsável: Assembleia da República. Sumário: Autoriza o Governo a regular o acesso e o exercício da atividade de intermediação de crédito, instituir um regime de controlo da idoneidade, capacidade técnica e isenção, estabelecer as consequências decorrentes da violação de segredo no âmbito da atividade de intermediação de crédito e definir ao regime sancionatório aplicável à violação das disposições previstas no diploma. Impacto legislativo: 1. Audições obrigatórias: Sim. Executadas/Em execução: Quais: Banco de Portugal. Conselho Nacional do Consumo promovida pelo G-MEE 1.b Audições facultativas Sim. Executadas/ Em execução: Quais: Instituto dos Seguros de Portugal Associação Portuguesa de Bancos promovida pelo Ministério das Finanças (G- SEF); 14

15 Associação das Instituições de Crédito Especializado promovida pelo Ministério das Finanças (G-SEF) 2. Número de procedimentos administrativos Mantém Quanto: 3. Número de obrigações de prestação de informação Mantém Quanto: 4. Taxas Mantém Variação: 5. Receita pública Não aplicável. Quanto: 6. Despesa pública Não aplicável. Quanto: 7. Recursos humanos Não aplicável. Quanto: 8. Ponderação na óptica das políticas de família e de natalidade Não aplicável. 8.b Implicações com igualdade de género Não aplicável. 9. Proceder à avaliação sucessiva do impacto Sim. 15

16 Outros 10. Legislação a alterar Não. Quanto: 11. Legislação a revogar Não. Quanto: 12. Transposição de ato normativo da UE Não. Quanto: 13. Aprova convenção Internacional Não 14. Regulamentos Não Quanto: Sumário Entidade Forma do Prazo competente acto Proposta de nota para a comunicação social O Conselho de Ministros aprovou ainda uma proposta de lei que autoriza o Governo a regular o acesso e o exercício da atividade de intermediação de crédito, instituir um regime de controlo da idoneidade, capacidade técnica e isenção, estabelecer as consequências decorrentes da violação de segredo no âmbito da atividade de intermediação de crédito e definir ao regime sancionatório aplicável à violação das disposições previstas no diploma. 16

17 Nos últimos anos, a atividade de intermediação de crédito tem vindo a conhecer um desenvolvimento significativo em Portugal. Num primeiro momento, esse desenvolvimento foi impulsionado pelo aumento da procura de bens e serviços de consumo, o qual, para além de ter estimulado o recurso ao crédito para a aquisição desses bens e serviços, acabou igualmente por ter um papel decisivo na transformação dos fornecedores de bens e serviços de consumo em intermediários do processo de concessão de crédito. Mais recentemente, porém, o crescimento da atividade de intermediação de crédito foi, sobretudo, fomentado pelo agravamento das dificuldades das famílias para cumprir os compromissos assumidos no âmbito de contratos de crédito celebrados com instituições de crédito. Num contexto marcado pela deterioração das condições económicas e financeiras, surgiu um conjunto de entidades que, entre outros serviços, se propõem aconselhar e acompanhar os clientes bancários em dificuldades financeiras na renegociação dos referidos contratos de crédito de forma a impedir o seu incumprimento ou, nos casos em que o incumprimento já se tenha verificado, na procura de soluções que possibilitem a respetiva regularização. Deste modo, a atividade de intermediação de crédito é atualmente exercida por um universo de entidades que, sob diferentes denominações, apresentam e propõem contratos de crédito aos clientes bancários, prestam assistência em matérias relacionadas com produtos de crédito e, nalguns casos, celebram contratos de crédito em representação das instituições de crédito. Ao invés do que sucede noutros Estados-Membros da União Europeia, a atividade desenvolvida pelos intermediários de crédito não está sujeita a um quadro normativo e regulatório específico. Na verdade, no ordenamento jurídico nacional, a figura do «intermediário de crédito» apenas encontra consagração no domínio do crédito a consumidores, pelo Decreto-Lei n.º 133/2009, de 2 de junho, alterado pelo Decreto-Lei n.º 72-A/2010, de 18 de junho, e pelo Decreto-Lei n.º 42-A/2013, de 28 de março, que 17

18 transpôs para a ordem jurídica interna a Diretiva n.º 2008/48/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 23 de abril de 2008, que impôs deveres aos intermediários de crédito no âmbito da celebração dos referidos contratos, nomeadamente no que respeita à prestação de informação pré-contratual aos consumidores, remetendo para legislação especial a regulação desta atividade profissional. Assim sendo, verifica-se que, por um lado, o acesso à atividade de intermediação de crédito não depende presentemente da observância de quaisquer requisitos e que, por outro, um conjunto significativo de atividades desenvolvidas pelos intermediários de crédito, designadamente a respeito da celebração de contratos não abrangidos pelo âmbito de aplicação do referido Decreto-Lei n.º 133/2009, de 2 de junho, não se encontra sujeito a regulação. A necessidade de regular a atividade de intermediação de crédito é particularmente premente no atual contexto económico e financeiro. Com efeito, para além da proteção dos consumidores no decurso do processo negocial, considera-se essencial promover a confiança dos clientes bancários nas instituições de crédito e no sistema bancário no seu todo, impedindo que estes valores sejam afetados por práticas comerciais desadequadas e pouco transparentes como as que têm vindo a ser desenvolvidas por entidades que se dedicam à atividade de intermediação de crédito. O presente diploma regula as condições de acesso à atividade de intermediação de crédito e as normas que devem ser observadas no exercício dessa atividade, pretende contribuir para esse desiderato. Em concreto, o regime jurídico que o presente diploma consagra vem clarificar as funções dos intermediários de crédito, limitando a sua intervenção às operações de crédito concedidas por instituições de crédito e proibindo o exercício de funções afins relativamente a outros produtos e serviços bancários, nomeadamente no âmbito da poupança e dos serviços de pagamento. 18

19 Paralelamente, procede-se à classificação dos intermediários de crédito em três categorias, separando os intermediários de crédito que exercem a atividade a título principal (com vínculo a uma ou mais instituições de crédito ou de forma independente) daqueles que o fazem a título acessório, adotando para o efeito as seguintes designações: intermediário de crédito vinculado, intermediário de crédito não vinculado e intermediário de crédito a título acessório. Adicionalmente, são definidas condições de acesso à atividade de intermediação de crédito, umas de cariz geral e outras específicas, atenta a categoria de intermediário em causa, destacando-se desse conjunto a inscrição obrigatória em registo especial junto do Banco de Portugal e a subscrição de contrato de seguro de responsabilidade civil. Por outro lado, estabelecem-se regras claras quanto à remuneração dos serviços prestados pelo intermediário de crédito, de forma a evitar conflitos de interesse. Nesse sentido, prevêse que os intermediários de crédito vinculados sejam unicamente remunerados pelas instituições de crédito, não recebendo dos clientes qualquer retribuição pela prestação dos seus serviços. Diversamente, os intermediários de crédito não vinculados apenas podem ser remunerados pelos seus clientes, sendo-lhes negada a possibilidade de remuneração, a qualquer título, pelas instituições de crédito. São também estabelecidos deveres de informação e regras aplicáveis à publicidade, quer relativamente ao serviço de intermediação de crédito propriamente dito, quer quanto aos produtos de crédito intermediados. Finalmente, atribui-se ao Banco de Portugal a supervisão da atividade prestada pelos intermediários de crédito, cabendo-lhe, nomeadamente, receber e analisar as reclamações apresentadas pelos clientes bancários relativamente à atividade dos intermediários de crédito, sancionar os incumprimentos das normas que regem esta atividade e regulamentar os aspetos que sejam necessários à boa execução do presente diploma. Foi ouvido o Banco de Portugal, o Instituto dos Seguros de Portugal, o Conselho Nacional do Consumo, a Comissão de Regulação do Acesso a Profissões, a Associação Portuguesa 19

20 de Bancos, a Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal, e a Associação de Instituições de Crédito Especializado. Assim, No uso da autorização legislativa concedida pela Lei n.º [inserir], e nos termos das alíneas a) e b) do n.º 1 do artigo 198.º da Constituição, o Governo decreta o seguinte: Artigo 1.º Objeto 1 - O presente diploma estabelece o regime jurídico que regula as condições de acesso e o exercício da atividade de intermediação de crédito. 2 - O presente diploma procede ainda à alteração do anexo I do Decreto-Lei n.º 156/2005, de 15 de setembro, alterado pelos Decretos-Leis n.ºs 371/2007, de 6 de novembro, 118/2009, de 19 de maio, 317/2009, 30 de outubro, e 242/2012, de 11 de novembro, integrando os intermediários de crédito no elenco de entidades que estão sujeitas à obrigatoriedade de existência e disponibilização do livro de reclamações. Artigo 2.º Regime jurídico que regula as condições de acesso e o exercício da atividade de intermediação de crédito É aprovado, em anexo ao presente diploma e que dele faz parte integrante, o regime jurídico que regula as condições de acesso e o exercício da atividade de intermediação de crédito. 20

21 Artigo 3.º Alteração ao anexo I do Decreto-Lei n.º 156/2005, de 15 de setembro O anexo I do Decreto-Lei n.º 156/2005, de 15 de setembro, alterado pelos Decretos-Leis n.ºs 371/2007, de 6 de novembro, 118/2009, de 19 de maio, 317/2009, de 30 de outubro, e 242/2012, de 11 de novembro, passa a ter a seguinte redação: «ANEXO I [ ] 1 - [ ]. 2 - [ ]. 3 - [ ]. 4 - Instituições de crédito, sociedades financeiras, instituições de pagamento, instituições de moeda eletrónica, prestadores de serviços postais, no que se refere à prestação de serviços de pagamento, e intermediários de crédito. 5 - [ ]. 6 - [ ]. 7 - [ ]. 8 - [ ]. 9 - [ ].» Artigo 4.º Entrada em vigor O presente diploma entra em vigor no dia 1 de janeiro de Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 21

22 O Primeiro-Ministro O Ministro de Estado e das Finanças 22

23 ANEXO (a que se refere o artigo 2.º) CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES GERAIS Artigo 1.º Objeto O presente regime jurídico regula as condições de acesso e o exercício da atividade de intermediação de crédito. Artigo 2.º Âmbito As regras do presente regime jurídico aplicam-se às pessoas singulares e coletivas que exerçam a atividade de intermediação de crédito em Portugal. Artigo 3.º Definições 1 - Para efeitos do presente regime jurídico, entende-se por: a) «Cliente», qualquer pessoa, singular ou coletiva, que, pretendendo celebrar um contrato de crédito, recorre aos serviços prestados por um intermediário de crédito, incluindo, designadamente os consumidores, na aceção prevista na Lei de Defesa do Consumidor, aprovada pela Lei n.º 24/96, de 31 de julho, 23

24 alterada pela Lei n.º 85/98, de 16 de dezembro, pelo Decreto-Lei n.º 67/2003, de 8 de abril, e pela Lei n.º 10/2013, de 28 de janeiro; b) «Contrato de crédito», o contrato pelo qual uma instituição de crédito concede ou promete conceder a um cliente um crédito sob a forma de mútuo, abertura de crédito, utilização de cartão de crédito, ou qualquer outro acordo de financiamento semelhante, designadamente locação financeira e aluguer de longa duração; c) «Contrato de intermediação», o contrato celebrado entre o cliente e o intermediário de crédito não vinculado, através do qual são estabelecidos os termos e condições da prestação de serviços de intermediação de crédito; d) «Contrato de vinculação», o contrato celebrado entre a instituição de crédito e o intermediário de crédito vinculado ou o intermediário a título acessório, fixando os termos da relação entre as partes, a qual assenta num princípio de independência funcional no exercício da atividade; e) «Instituição de crédito», qualquer entidade habilitada a efetuar operações de crédito em Portugal, nos termos do disposto nos artigos 2.º, 3.º e 10.º do Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 298/92, de 31 de dezembro; f) «Intermediário de crédito», a pessoa, singular ou coletiva, que não seja instituição de crédito e que, no exercício da sua atividade profissional, contra remuneração pecuniária ou outra vantagem económica: i) Apresenta ou propõe contratos de crédito a clientes; ii) Presta assistência a clientes em atos preparatórios da celebração de contratos de crédito; iii) Celebra contratos de crédito com clientes em nome das instituições de crédito. 24

25 g) «Intermediário de crédito a título acessório», a pessoa singular ou coletiva que, no exercício da sua atividade como fornecedor de bens ou prestador de serviços, e no âmbito de contrato de vinculação celebrado com uma ou várias instituições de crédito, desenvolve a atividade de intermediação de crédito, tendo em vista a venda dos bens ou a prestação dos serviços por si oferecidos; h) «Intermediário de crédito não vinculado», a pessoa coletiva que tem por objeto exclusivo o exercício da atividade de intermediação de crédito, com exceção da atividade prevista na subalínea iii) da alínea f), sem que tenha celebrado, para esse efeito, contrato de vinculação com qualquer instituição de crédito; i) «Intermediário de crédito vinculado», a pessoa singular ou coletiva que, de forma exclusiva ou não, exerce a atividade de intermediação de crédito no âmbito de contrato de vinculação celebrado com uma ou várias instituições de crédito; j) «Membro do órgão de administração responsável pela atividade de intermediação de crédito»: o membro do órgão de administração de pessoa coletiva que pretenda exercer ou que exerça a atividade de intermediação de crédito a quem tenha sido atribuída a responsabilidade pela gestão desta atividade; k) «Responsável técnico pela atividade de intermediação de crédito», a pessoa singular que, ao abrigo de um contrato de trabalho ou de prestação de serviços, desempenha as funções de responsável técnico pela atividade de intermediação de crédito desenvolvida por um intermediário de crédito; l) «Suporte duradouro», qualquer instrumento que permita armazenar informações durante um período de tempo adequado aos fins a que as informações se destinam e que possibilite a reprodução integral e inalterada das informações armazenadas. 2 - Não se consideram intermediários de crédito as pessoas, singulares ou coletivas, que, ainda que pratiquem algum dos atos previstos na alínea f) do número 25

26 anterior, o façam no contexto mais vasto da assessoria a um determinado cliente ou instituição de crédito ou da prática de atos próprios de uma determinada profissão. Artigo 4.º Categorias de intermediários de crédito 1 - Os intermediários de crédito podem exercer a sua atividade numa das seguintes categorias: a) Intermediário de crédito vinculado; b) Intermediário de crédito a título acessório; c) Intermediário de crédito não vinculado. 2 - Os intermediários de crédito não podem exercer a atividade de intermediação de crédito em mais do que uma das categorias mencionadas no número anterior. Artigo 5.º Firma e denominação 1 - Só as entidades habilitadas a atuar como intermediário de crédito nos termos previstos no artigo 7.º podem incluir na sua firma ou denominação, ou usar no exercício da sua atividade, expressões que sugiram o exercício da atividade de intermediação de crédito. 2 - Apenas os intermediários de crédito não vinculados podem incluir na sua firma ou denominação, ou usar no exercício da sua atividade, expressões que sugiram que a sua atividade é exercida sem qualquer vínculo com instituições de crédito, designadamente «consultoria financeira» e «consultoria de crédito». 26

27 3 - As expressões referidas nos números anteriores devem ser usadas por forma a não induzir o público em erro quanto ao âmbito dos serviços que a entidade em causa pode prestar. Artigo 6.º Proibição 1 - É proibido aos intermediários de crédito intervir em: a) Operações bancárias sujeitas à supervisão do Banco de Portugal que não se encontrem expressamente previstas no presente regime jurídico; b) Contratos de crédito concedidos ou a conceder por mutuante que não seja uma instituição de crédito. 2 - Aos intermediários de crédito está ainda vedada a atuação no âmbito de contratos de crédito para a realização de operações sobre instrumentos financeiros em que intervenha a entidade que concede o crédito ou entidade que, nos termos previstos no artigo 13.º do Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 298/92, de 31 de dezembro (RGICSF), com esta se encontre em relação de domínio ou de grupo. CAPÍTULO II CONDIÇÕES DE ACESSO À ATIVIDADE DE INTERMEDIAÇÃO DE CRÉDITO Secção I Condições comuns de acesso Artigo 7.º 27

28 Entidades habilitadas a exercer a atividade de intermediação de crédito 1 - São condições comuns de acesso à atividade de intermediação de crédito: a) Para as pessoas singulares: i) Ter a nacionalidade portuguesa, de outro Estado-Membro da União Europeia ou de país terceiro em relação à União Europeia que confira tratamento recíproco a nacionais portugueses no âmbito da atividade abrangida pelo presente diploma; ii) Dispor de domicílio profissional em território nacional; iii) Ser maior; iv) Ter capacidade legal para a prática de atos de comércio; v) Ter reconhecida idoneidade; vi) Não se encontrar numa das situações de incompatibilidade previstas no artigo 11.º; vii) Ter capacidade técnica adequada às características da atividade que pretende exercer, ou, em alternativa, ter contratado um responsável técnico pela atividade de intermediação de crédito; viii) Possuir organização comercial, administrativa e contabilística adequadas ao exercício da atividade. b) Para as pessoas coletivas: i) Estar constituída de acordo com a lei portuguesa, de outro Estado- Membro da União Europeia ou de país terceiro em relação à União Europeia que confira tratamento recíproco a nacionais portugueses no âmbito da atividade abrangida pelo presente diploma, devendo, em caso de adotar a forma de sociedade anónima ou equiparada, as suas ações serem nominativas; 28

29 ii) Ter sede social em território nacional ou, tratando-se de pessoa coletiva constituída de acordo com lei de outro Estado-Membro da União Europeia ou de país terceiro em relação à União Europeia que confira tratamento recíproco a nacionais portugueses no âmbito da atividade abrangida pelo presente diploma, sede social ou estabelecimento permanente em território nacional; iii) Possuir organização comercial, administrativa e contabilística adequadas ao exercício da atividade; iv) Ter designado como membros do órgão de administração responsáveis pela atividade de intermediação de crédito pessoas singulares que preencham as condições referidas nas subalíneas iii) a vi) da alínea anterior; v) Ter designado como membros do órgão de administração responsáveis pela atividade de intermediação de crédito pessoas singulares tenham capacidade técnica adequada às características da atividade que pretende exercer, ou, em alternativa, ter contratado um responsável técnico pela atividade de intermediação de crédito; vi) Não se encontrar numa das situações de incompatibilidade previstas no artigo 11.º. 2 - Caso os intermediários de crédito contratem um responsável técnico pela atividade de intermediação de crédito, esse responsável deve preencher as condições referidas nas subalíneas iii) a vi) da alínea a) do n.º 1 e dispor de capacidade técnica adequada às características da atividade de intermediação de crédito. 3 - Constitui ainda condição de acesso à atividade de intermediação de crédito a inscrição em registo especial junto do Banco de Portugal, nos termos previstos nos artigos 13.º e 16.º e nos artigos 36.º a 41.º. 29

30 4 - Os prestadores de serviços de intermediação de crédito legalmente estabelecidos noutro Estado-Membro da União Europeia ou do Espaço Económico Europeu podem exercer a respetiva atividade em território nacional de forma ocasional e esporádica, em regime de livre prestação de serviços, isentos dos requisitos referidos nos números anteriores, à exceção da restrição de incompatibilidade, nos termos do artigo 11.º, ficando no entanto sujeitos aos requisitos constantes dos artigos 5.º, 6.º, 15.º e, na medida em que lhes sejam aplicáveis, dos artigos 17.º a 27.º, 32.º, do n.º 1 do artigo 33.º e dos artigos 34.º e 35.º do presente decreto-lei. Artigo 8.º Capacidade técnica 1 - Para os efeitos previstos no artigo anterior, considera-se que possuem capacidade técnica adequada as pessoas singulares que, em alternativa: a) Detenham, como habilitações literárias mínimas, a escolaridade obrigatória legalmente definida e obtenham aprovação em curso de formação profissional sobre a atividade de intermediação de crédito ministrado por entidade formadora certificada pelo Banco de Portugal; b) Sejam titulares de curso de bacharelato ou de licenciatura, ou de formação de nível pós-secundário, superior ou não, conferente de diploma, cujo plano de estudos inclua os conteúdos mínimos ministrados nos cursos sobre a atividade de intermediação de crédito ministrados pelas entidades formadoras certificadas pelo Banco de Portugal referidas na alínea anterior; c) Tenham exercido legalmente, durante pelo menos três anos consecutivos ou interpolados, as seguintes atividades: 30

31 i) Intermediário de crédito, membro do órgão de administração responsável pela atividade de intermediação de crédito ou responsável técnico pela atividade de intermediação de crédito; ii) Trabalhador de instituição de crédito, desde que diretamente envolvido na atividade de concessão de crédito. 2 - Cabe ao Banco de Portugal, através de aviso, estabelecer os requisitos e conteúdos mínimos a ministrar nos cursos sobre a atividade de intermediação de crédito referidos na alínea a) do n.º A certificação das entidades formadoras referidas na alínea a) do n.º 1 é da competência do Banco de Portugal, nos termos do regime de certificação das entidades formadoras, adaptado por portaria do membro do governo responsável pela área das finanças. 4 - A certificação das entidades formadoras, seja expressa ou tácita, é comunicada aos serviços centrais competentes do ministério responsável pela área da formação profissional, no prazo de 10 dias. 5 - O Banco de Portugal divulga a lista das entidades formadoras certificadas no seu sítio da internet. 6 - As qualificações obtidas fora de Portugal pelos nacionais de Estado-Membro da União Europeia ou do Espaço Económico Europeu que pretendam estabelecer-se em território nacional para o exercício da atividade de intermediação de crédito, para o exercício de funções como membros do órgão de administração responsáveis pela atividade de intermediação de crédito e como responsável técnico pela atividade de intermediação de crédito são reconhecidas pelo Banco de Portugal, nos termos previstos na Lei n.º 9/2009, de 4 de março, alterada pela Lei n.º 41/2012, de 28 de agosto. Artigo 9.º 31

32 Organização comercial, administrativa e contabilística Sem prejuízo de outros aspetos legalmente exigíveis, considera-se que dispõem de organização comercial, administrativa e contabilística adequada ao exercício da atividade de intermediação de crédito: a) As pessoas singulares que preencham as seguintes condições: i) Disponham de meios informáticos que permitam a comunicação por via eletrónica e o acesso à Internet; ii) Disponham de arquivo próprio; iii) Quando não seja possível a presença do próprio intermediário de crédito, assegurem a presença, em permanência, no mínimo, de um responsável técnico pela atividade de intermediação de crédito por cada estabelecimento aberto ao público. b) As pessoas coletivas que preencham as seguintes condições: i) As condições previstas nas alíneas a) e b) do número anterior; ii) Disponham, no mínimo, de um estabelecimento aberto ao público; iii) Assegurem a presença em permanência, no mínimo, de um membro do órgão de administração responsável pela atividade de intermediação de crédito ou de um responsável técnico pela atividade de intermediação de crédito, por cada estabelecimento aberto ao público. Artigo 10.º Idoneidade 1 - Na apreciação da idoneidade deve ter-se em conta o modo como a pessoa gere habitualmente os negócios ou exerce a profissão, em especial nos aspetos que revelem 32

33 incapacidade para decidir de forma ponderada e criteriosa, ou a tendência para não cumprir pontualmente as suas obrigações ou para ter comportamentos incompatíveis com a preservação da confiança do mercado. 2 - Considera-se indiciador de falta de idoneidade, entre outras circunstâncias atendíveis à luz das finalidades preventivas enunciadas e dos critérios referidos no número anterior, o facto de a pessoa em causa: a) Ter sido declarada, por sentença nacional ou estrangeira transitada em julgado, insolvente ou julgada responsável pela insolvência de empresas cujo domínio haja assegurado ou de que tenha sido, no caso de pessoas singulares, administrador, diretor ou gerente; b) Ter sido, ela própria ou, no caso de pessoas coletivas, os seus administradores, diretores ou gerentes, condenada, em Portugal ou no estrangeiro, por furto, abuso de confiança, roubo, burla, extorsão, infidelidade, abuso de cartão de garantia ou de crédito, emissão de cheque sem provisão, usura, insolvência dolosa, insolvência negligente, frustração de créditos, favorecimento de credores, apropriação ilegítima de bens do sector público ou cooperativo, administração danosa em unidade económica do sector público ou cooperativo, falsificação, falsidade, suborno, corrupção, branqueamento de capitais, receção não autorizada de depósitos ou outros fundos não reembolsáveis, prática ilícita de atos ou operações de seguros, de resseguros ou de gestão de fundos de pensões, abuso de informação, manipulação do mercado de valores mobiliários ou pelos crimes previstos no Código das Sociedades Comerciais, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 262/86, de 2 de setembro; c) Ter sido, ela própria ou, no caso de pessoas coletivas, os seus administradores, diretores ou gerentes, condenada, em Portugal ou no estrangeiro, pela prática de infrações às regras legais ou regulamentares que regem a atividade de intermediação de crédito, a atividade das instituições de crédito, sociedades 33

34 financeiras, instituições de pagamento ou instituições financeiras, na aceção prevista no artigo 13.º do RGICSF, das sociedades gestoras de fundos de pensões e do mercado de valores mobiliários, bem como a atividade seguradora ou resseguradora e a atividade de mediação de seguros ou resseguros, quando a gravidade ou a reiteração dessas infrações o justifique. 3 - Para efeitos do presente artigo, presume-se cumprir a condição de idoneidade a pessoa que se encontre já registada junto do Instituto de Seguros de Portugal ou da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários quando esse registo esteja sujeito a condições de idoneidade, a menos que factos supervenientes à data do referido registo conduzam o Banco de Portugal a pronunciar-se em sentido contrário. Artigo 11.º Incompatibilidades 1 - Sem prejuízo de outras situações legalmente previstas, é incompatível com a atividade de intermediação de crédito o facto de o intermediário de crédito, de o membro do órgão de administração responsável pela atividade de intermediação de crédito ou de o responsável técnico pela atividade de intermediação de crédito: a) Ser membro dos órgãos sociais de instituição de crédito ou de sociedade que com esta se encontre em relação de grupo nos termos do artigo 13.º do RGICSF; b) Manter contrato de trabalho ou vínculo jurídico análogo a relação laboral com instituição de crédito ou com sociedade que com esta se encontre em relação de grupo nos termos do artigo 13.º do RGICSF; c) Exercer funções como auditor de instituição de crédito ou de sociedade que com esta se encontre em relação de grupo nos termos do artigo 13.º do RGICSF; 34

35 d) Pertencer aos órgãos ou ao quadro de pessoal do Banco de Portugal ou com este mantiverem vínculo jurídico análogo a relação laboral. 2 - Para além do disposto no número anterior, os membros do órgão de administração responsáveis pela atividade de intermediação de crédito e os responsáveis técnicos pela atividade de intermediação de crédito não podem ser intermediários de crédito a título individual, nem desempenhar funções idênticas em outro intermediário de crédito. Secção II Condições específicas de acesso Subsecção I Intermediários de crédito vinculados e intermediários de crédito a título acessório Artigo 12.º Condições específicas de acesso às categorias de intermediário de crédito vinculado e de intermediário de crédito a título acessório 1 - Sem prejuízo das condições comuns de acesso previstas na secção anterior, só podem exercer a atividade de intermediação de crédito nas categorias de intermediário de crédito vinculado e de intermediário de crédito a título acessório, as pessoas singulares e as pessoas coletivas que: a) Tenham celebrado contrato de vinculação com uma ou várias instituições de crédito; b) Pretendendo exercer atividade como intermediários de crédito vinculados, tenham assegurada, perante terceiros, a responsabilidade civil que da mesma possa derivar, mediante a subscrição de contrato de seguros, cujo capital seguro deve corresponder no mínimo a por anuidade; 35

36 c) Pretendendo exercer atividade como intermediários de crédito a título acessório, tenham assegurada, perante terceiros, a responsabilidade civil que da mesma possa derivar, mediante a subscrição de contrato de seguros, cujo capital seguro deve corresponder no mínimo a por anuidade; d) Não sejam agentes de instituições de pagamento ou de instituições de moeda eletrónica. 2 - Em complemento do disposto no número anterior, não podem exercer a atividade de intermediação de crédito nas categorias de intermediário de crédito vinculado e de intermediário de crédito a título acessório: a) As pessoas que, nos termos da legislação aplicável, exerçam a atividade de mediação imobiliária; b) As pessoas coletivas que sejam participadas no seu capital social por mediadores imobiliários ou por sociedades que com estes se encontrem em relação de grupo nos termos do artigo 13.º do RGICSF. Artigo 13.º Processo de inscrição dos intermediários de crédito vinculados e dos intermediários de crédito a título acessório 1 - É da responsabilidade da instituição de crédito que pretenda celebrar contrato de vinculação com o candidato a intermediário de crédito vinculado ou a intermediário de crédito a título acessório a recolha dos elementos necessários e a verificação do preenchimento das condições de acesso previstas nos artigos 7.º e 12.º. 2 - Após a verificação do preenchimento das condições de acesso e a celebração do contrato de vinculação, a instituição de crédito envia ao Banco de Portugal os elementos necessários à verificação do preenchimento das condições de acesso 36

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