CAPÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
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- Wilson Guterres Dinis
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1 INSTITUI O CÓDIGO DE OBRAS E EDIFICAÇÕES DO MUNICÍPIO DE POÇOS DE CALDAS E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS. Faço saber que a Câmara Municipal aprovou, e eu, Paulo César Silva, Prefeito Municipal, sanciono e promulgo a seguinte Lei Complementar: CAPÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES Art. 1º. Este Código disciplina, no Município de Poços de Caldas, os procedimentos administrativos e executivos e as regras gerais e específicas a serem obedecidas no projeto, licenciamento, execução, manutenção e utilização de obras, edificações e equipamentos, inclusive os destinados ao funcionamento de órgãos ou serviços públicos, sem prejuízo do disposto na legislação federal e estadual pertinentes, no âmbito de suas respectivas competências. Art. 2º. Esta Lei Complementar tem como objetivos: I orientar, os projetos e a execução das obras e edificações no Município, visando o progressivo aperfeiçoamento da construção e o aprimoramento da arquitetura das edificações; II assegurar a observância e promover a melhoria dos padrões mínimos de segurança, higiene, salubridade e conforto das edificações de interesse para a comunidade. Art. 3º. Para os efeitos de aplicação deste Código, são adotadas as definições constantes do Anexo I, que é parte integrante desta Lei, ressalvadas as contidas em seu texto. CAPÍTULO II DOS DIREITOS E RESPONSABILIDADES Seção I Do Município
2 Art. 4º. Cabe ao Município a análise e a aprovação do projeto, observando as disposições deste Código e seus Regulamentos, bem como as disposições das demais leis edilícias vigentes no Município. Art. 5º. O Município licenciará e fiscalizará a conformidade da obra com os projetos e especificações aprovados e a utilização das edificações. Art. 6º. O Município deverá assegurar o acesso de todos os interessados ao disposto nas leis edilícias municipais. Seção II Do Proprietário Art. 7º. Considera-se proprietário do imóvel a pessoa física ou jurídica detentora do título de propriedade registrado em Cartório de Registro Imobiliário. Art. 8º. É direito do proprietário do imóvel promover e executar obras no mesmo, mediante prévio conhecimento e consentimento da Prefeitura. Art. 9º. O proprietário do imóvel, ou seu sucessor a qualquer título, se responsabiliza pela manutenção das condições de estabilidade, segurança e salubridade do imóvel, suas edificações e equipamentos, bem como pela observância das disposições desta lei e legislação municipal correlata, sendo-lhe asseguradas todas as informações cadastradas na Prefeitura relativas ao seu imóvel. Art. 10. A análise dos pedidos de emissão dos documentos previstos neste Código dependerá, quando for o caso, da apresentação do título de propriedade registrado no Registro de Imóveis, respondendo o proprietário pela sua veracidade, não implicando sua aceitação, por parte da Prefeitura, em reconhecimento do direito de propriedade. Seção III Do Possuidor Art. 11. Considera-se possuidor a pessoa física ou jurídica, bem como seu sucessor a qualquer título, que tenha de fato o exercício, pleno ou não, de usar o imóvel objeto da obra.
3 Art. 12. Para os efeitos desta lei, é direito do possuidor requerer, perante a Prefeitura, licença para realizar obras e edificações no imóvel, desde que expressamente autorizado pelo proprietário para tal finalidade. Art. 13. Poderá o possuidor exercer o direito disposto no artigo 12 desta lei, desde que detenha qualquer dos seguintes documentos, juntamente com a autorização expressa do proprietário para tal finalidade: I - compromisso de compra e venda junto à certidão do Registro Imobiliário demonstrando a exatidão das informações relativas ao imóvel objeto do compromisso; II - certidão do Registro Imobiliário contendo as características do imóvel, quando o requerente possuir escritura definitiva sem registro ou quando for possuidor ad usucapionem com ou sem justo título ou ação em andamento; III - declaração de posse do imóvel, com as características do mesmo, assinada pelo requerente com firma devidamente reconhecida; IV opção de compra, com respectivas assinaturas reconhecidas em cartório, acompanhada pelo documento que caracterize o possuidor e o proprietário do imóvel. Parágrafo Único. Em qualquer caso, o requerente responde civil e criminalmente pela veracidade do documento apresentado, não implicando sua aceitação em reconhecimento, por parte da Prefeitura, do direito de posse sobre o imóvel. Art. 14. O possuidor se responsabiliza pela manutenção das condições de estabilidade, segurança e salubridade do imóvel, edificações e equipamentos, bem como pela observância das disposições desta lei e legislação correlata, sendo-lhe asseguradas todas as informações cadastradas na Prefeitura relativas ao imóvel. Seção IV Do Profissional Art. 15. Profissional habilitado é o técnico registrado junto ao órgão federal fiscalizador do exercício profissional, podendo atuar
4 como pessoa física ou como responsável profissional por pessoa jurídica, respeitadas as atribuições e limitações consignadas por aquele órgão. Art. 16. É obrigatória a assistência de profissional habilitado na elaboração de projetos, na execução e na implantação de obras, sempre que assim o exigir a legislação federal relativa ao exercício profissional, ou a critério da Prefeitura, ainda que a legislação federal não o exija. Art. 17. O profissional habilitado poderá atuar, individual ou solidariamente, como autor ou como executante da obra. 1º. Para os efeitos desta lei será considerado: I autor o profissional habilitado responsável pela elaboração de projetos, nos termos da legislação profissional específica, que responderá pelo conteúdo das peças gráficas, descritivas, especificações e exequibilidade de seu trabalho; II - executante o profissional habilitado responsável pela direção técnica das obras, nos termos da legislação profissional específica, desde seu início até sua total conclusão, respondendo por sua correta execução conforme o projeto aprovado na Prefeitura. Art. 18. É facultada a substituição ou a transferência da responsabilidade profissional para outro profissional habilitado, sendo obrigatória em caso de impedimento do atuante. 1º. Quando a baixa e assunção ocorrerem em épocas distintas, a obra deverá permanecer paralisada até que seja comunicada a assunção de novo profissional habilitado. 2º. A Prefeitura se exime do reconhecimento de direitos autorais ou pessoais decorrentes da aceitação de transferência de responsabilidade técnica ou da solicitação de alteração ou substituição de projeto. CAPÍTULO III DAS NORMAS ADMINISTRATIVAS Seção I Das Disposições Gerais Art. 19. Por requerimento do interessado, a Prefeitura fornecerá, através de consulta de critério básico, informações sobre o
5 macrozoneamento e os parâmetros urbanísticos vigentes relativos ao imóvel, com validade improrrogável de 6 (seis) meses. Art. 20. A Prefeitura regulamentará e fornecerá Requerimento Padrão, Carimbo Padrão, Alvará de Construção, Certidão de Conformidade, Certidão de Construção e Habite-se. Seção II Do Licenciamento da obra os seguintes atos administrativos: Art. 21. O licenciamento da obra dar-se-á mediante I Comunicado de Obras; II III - IV Análise do Projeto; Aprovação de Projeto; obtenção de Alvará de Construção; V obtenção de Certidão de Conformidade, Certidão de Construção ou Habite-se. Art. 22. Toda obra de movimento de terra, como cortes, escavações e aterros, deverá estar de acordo com legislação vigente e normas pertinentes expedidas pelo órgão do meio ambiente da Prefeitura. Art. 23. Ressalvadas as citadas no Artigo 24, toda obra de construção, reconstrução, ampliação, reforma, trasladação e demolição de qualquer edificação, ou alteração de uso, e ainda as obras de movimento de terra, como cortes, escavações e aterros, deverão ser precedidos do licenciamento da obra. Parágrafo Único. Incluem-se no disposto deste artigo todas as obras do Poder Público, tendo o seu exame preferência sobre quaisquer outros. Subseção I Do Comunicado de Obras
6 Art. 24. Salvo a necessidade de andaime ou tapume, hipótese em que será obrigatório o comunicado de obras, poderão ser realizados, independentemente deste, os pequenos consertos ou reparos em que não se alterem ou modifiquem os elementos geométricos da construção, tais como: I - geral; II - III - reparo e substituição de telhas, de calhas, de rufos e de condutores em consertos em coberturas; impermeabilização de terraços e piscinas; IV - esquadrias; substituição de revestimentos, pisos, assoalhos, forros falsos e V - limpeza, pintura e reparos nos revestimentos das edificações; VI - instalações para canteiro de obra no interior do lote que possua alvará de construção. Parágrafo Único. A dispensa de que trata este artigo não se aplica aos imóveis tombados e no perímetro de entorno destes, e naqueles bens listados no Inventário de Proteção ao Acervo Cultural IPAC, que necessitarão de parecer do Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Cultural e Turístico - CONDEPHACT. Art. 25. Para o licenciamento da obra, estão sujeitas somente ao cumprimento do Comunicado de Obras as seguintes obras: I - reformas e instalações que não impliquem aumento de área, não alterem as características externas da edificação, nem modifiquem seu uso; II - construção de muros de divisa com até 2,00m (dois metros) de altura a partir do nível natural do terreno, exceto muros de arrimo com altura superior a 1,00m (um metro); III todas as obras listadas no artigo 24 que tenham necessidade de andaime ou tapume; IV - V - VI rebaixamento de meio-fio; colocação de toldos. reparos de passeios públicos; VII construção de muros em divisas com áreas públicas, bens tombados ou áreas de preservação;
7 VIII - construção de muros de divisa com mais de 2,00m (dois metros) de altura a partir do nível natural do terreno, IX - construção de muros de arrimo com altura superior a 1,00m (um metro). Art. 26. As obras citadas no artigo 25 necessitam de apresentação de documento comprobatório da responsabilidade técnica de profissional habilitado ou chancela do órgão profissional competente. Parágrafo Único. Por critério da Prefeitura poderão ficar dispensados da exigência contida no caput deste artigo as obras citadas nos incisos I a VI. Art. 27. O Licenciamento das obras citadas no artigo 25, quando em imóveis tombados e no perímetro de entorno destes, e naqueles bens listados no IPAC, necessitará de parecer do CONDEPHACT. Art. 28. Constatado o atendimento a este Código e às leis pertinentes, a Prefeitura emitirá Alvará de Construção discriminando os serviços autorizados. Subseção II Da análise do projeto apresentará a seguinte documentação: I requerimento padrão; Art. 29. Para análise do projeto, o interessado II III IV V uma cópia do projeto de acordo com a seção IV deste Capítulo; cópia do título de propriedade ou de posse do imóvel; cópia da matrícula do Registro de imóvel atualizada; cópia da folha de face do IPTU. Parágrafo Único. Os atendimentos para orientação serão prestados pela Prefeitura exclusivamente ao profissional habilitado. Art. 30. A Prefeitura deverá emitir parecer ao requerente em até 30 (trinta) dias após a constatação do pagamento da guia do protocolo. Art. 31. Novo prazo de até 30 (trinta) dias passa a contar a partir da data de resposta do requerente, ao parecer emitido pela Prefeitura.
8 Art. 32. Caso o requerente não responda a qualquer parecer decorrido 1 (um) ano da data de emissão do mesmo, o processo de análise do projeto será encerrado, não podendo ser reaberto. Art. 33. Caso a legislação edilícia sofra qualquer alteração, a Análise do Projeto terá 1 (um) ano a partir da publicação daquela alteração para se concluir, após o que terá prosseguimento seguindo o disposto na nova legislação. Parágrafo Único. Concluída a análise de projeto dentro do prazo disposto no caput deste artigo, ficam garantidos ao requerente os atos administrativos subseqüentes, bem como seus prazos, de acordo com o disposto nesta Lei. Subseção III Da aprovação de projeto Art. 34. Estando o projeto de acordo com a legislação edilícia do Município, a Prefeitura solicitará ao requerente a documentação para proceder à aprovação de projeto. Art. 35. Estando atendidas todas as solicitações de que trata o artigo 34 desta lei, a Prefeitura deverá aprovar o projeto em até 20 (vinte) dias. Art. 36. Para a aprovação do projeto o requerente apresentará à Prefeitura a seguinte documentação: I duas ou mais cópias do projeto conforme disposto na Seção IV deste Capítulo, com a chancela do órgão profissional competente; II - levantamento topográfico, quando necessário, a critério do órgão competente da Prefeitura; III uma cópia do projeto legal de acordo com o artigo 65 desta lei para arquivo da Prefeitura. Parágrafo Único. Em caso de membramentos, desmembramentos ou loteamentos, serão necessárias no mínimo 3 (três) cópias do projeto citado no inciso I.
9 Art. 37. Aprovado o projeto, uma via será arquivada na Prefeitura e as demais entregues ao requerente. Parágrafo Único. Em caso de membramentos, desmembramentos ou loteamentos, duas vias serão arquivadas pela Prefeitura. Art. 38. Caso a legislação edilícia sofra qualquer alteração, o projeto aprovado terá 1 (um) ano de validade a partir da publicação daquela alteração. Parágrafo Único. Dentro do prazo fixado no caput deste artigo ficam garantidos ao interessado os atos administrativos subsequentes bem como seus prazos, de acordo com o disposto nesta Lei. Subseção IV Do Alvará de construção Art. 39. Para obtenção do alvará de construção, o interessado apresentará à Prefeitura os seguintes documentos: I - requerimento padrão com informação do número do protocolo da aprovação do projeto; II - III IV - licença ambiental de instalação LAI, quando for o caso; documento comprobatório da responsabilidade técnica ou chancela de órgãos profissionais ou órgãos responsáveis, dos projetos complementares; plano de gerenciamento de resíduos da construção civil que atenda a legislação específica. Parágrafo Único. A Prefeitura deverá expedir o alvará de construção em até 20 (vinte) dias após a constatação do pagamento da guia do protocolo. Art. 40. O alvará de construção será válido por prazo definido pelo seguinte critério, com base na área de construção e a partir da sua data de expedição: I de 01m² até 200m²: 12 (doze) meses; II III de 201m² a 1.200m²: 24 (vinte e quatro) meses; de 1.201m² a 2.400m²: 36 (trinta e seis) meses;
10 IV - acima de 2.400m²: 48 (quarenta e oito) meses. Art. 41. O início da obra sem o devido Alvará de Construção implicará no seu embargo, sujeitando os responsáveis as penalidades da Lei. Art. 42. Estando para expirar o prazo de validade, caso a obra ainda não esteja concluída, o interessado deverá solicitar, por Requerimento Padrão, a prorrogação de prazo de validade do Alvará de Construção. 1º. Será concedida prorrogação de prazo de validade do alvará de construção, a partir da data de expiração, definida pelo seguinte critério: I de 01m² até 400m²: 12 (doze) meses; II acima de 400m²: 24 (vinte quatro) meses 2º. Caso não haja mudanças na legislação edilícia, poderão ser fornecidas tantas prorrogações quantas se fizerem necessárias, desde que o interessado as solicite dentro do prazo de vigência. 3º. A falta de solicitação de prorrogação sujeitará os responsáveis às penalidades da Lei. Art. 43. Caso haja mudanças na legislação edilícia e a edificação não tenha sido iniciada, poderá o alvará de construção ser prorrogado por mais uma única vez, pelo prazo disposto no 1º do artigo 42 desta lei, a partir da data de vencimento do alvará vigente. 1º. Vencido novamente o Alvará, permanecendo a edificação sem início, dar-se-á por encerrado o processo de licenciamento. 2º. Novo licenciamento poderá ser iniciado, respeitando as disposições da legislação vigente. Art. 44. Caso haja mudanças na legislação edilícia e a edificação tenha sido iniciada, passará o alvará de construção a ter prazo de validade de 12 (doze) meses, a partir da data de vencimento do alvará vigente, independente do disposto no 1º do artigo 42 desta lei, ficando o proprietário obrigado ao pagamento de taxa anual de renovação prevista em Lei. Parágrafo Único. A qualquer tempo, poderá o proprietário solicitar certidão de construção ou habite-se das áreas concluídas e o consequente recálculo da taxa de renovação.
11 Art. 45. Para efeito da presente lei, uma edificação será considerada iniciada quando os serviços de fundação estiverem concluídos. Art. 46. Emitido o alvará de construção, independente de sua validade, caso a edificação esteja concluída ou habitada, será o fato comunicado à Secretaria Municipal da Fazenda, através da Secretaria Municipal de Planejamento, Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente, ficando ainda os responsáveis sujeitos às penalidades dispostas em Lei. Art. 47. As plantas populares serão fornecidas pela Prefeitura e regidas por regulamento próprio, tendo seu alvará de construção expedido juntamente com a aprovação do projeto. Subseção V Da obtenção de Certidão de Conformidade, Certidão de Construção ou Habite-se Art. 48. Concluída a construção, modificação ou acréscimo, a edificação só poderá ser utilizada após a obtenção da Certidão de Conformidade ou do Habite-se ou da Certidão de Construção junto à Prefeitura, que o deferirá comprovada a conformidade da obra com os projetos e especificações aprovados. Art. 49. Qualquer que seja a sua destinação, a edificação será considerada própria à obtenção de Certidão de Conformidade ou Certidão de Construção, respeitadas as seguintes condições: I alvenaria ou vedação externa concluída de acordo com o projeto aprovado; II cobertura concluída; III piso acabado na cozinha, na área de serviço e em 1 (uma) instalação sanitária; IV instalação hidráulica e de esgotamento sanitário e instalação elétrica em condições de funcionamento; V passeios fronteiriços concluídos, desobstruídos e transitáveis; VI muros limítrofes, na altura mínima de 1,80m (um vírgula oitenta metros) com sua alvenaria concluída; VII elevadores e escadas rolantes em funcionamento, quando exigidas;
12 VIII quando exigidas, estarem as instalações de prevenção e combate a incêndio, vistoriadas e liberadas pelo Corpo de Bombeiros ou por profissional legalmente habilitado para tal; IX possuir licença ambiental LA para operação, quando for o caso; X possuir laudo de vistoria e aprovação das edificações destinadas aos usos de saúde e de educação, pelos órgãos competentes. Parágrafo Único. Qualquer que seja a sua destinação, a edificação será considerada própria à obtenção de Habite-se quando atendidas todas as disposições deste código e demais leis pertinentes. Art. 50. A vistoria para obtenção do Habite-se ou Certidão de Construção ou Certidão de Conformidade deverá ser requerida junto à Prefeitura, após a conclusão das obras, pelo proprietário e executante da obra. Parágrafo Único. A Prefeitura deverá proceder à vistoria e emitir parecer ao requerente em até 30 (trinta) dias após a constatação do pagamento da guia do protocolo. Art. 51. Poderá ser concedido Habite-se parcial quando se tratar de unidades independentes e autônomas e atenderem ao disposto nos artigos 49 e 52 desta lei. Art. 52. Para a concessão de Habite-se parcial: I os equipamentos e instalações da edificação para completo atendimento às unidades autônomas a serem utilizadas deverão estar concluídos, em funcionamento e aprovados pelas autoridades competentes; II os acessos, circulações e áreas de uso comum, pelo menos até as unidades em questão, deverão estar concluídos. Parágrafo Único. A execução do restante das obras ficará sujeita as condições da validade do alvará de construção. Seção III Do Licenciamento de Demolições Art. 53. A demolição de qualquer edificação, ou parte dela, só poderá ser executada mediante licenciamento da Prefeitura.
13 será instruído com os seguintes documentos: Art. 54. O pedido de licenciamento de demolição I II - III - Requerimento Padrão; título de propriedade ou equivalente; croqui de localização do imóvel, quando necessário; IV documento comprobatório da responsabilidade técnica de profissional habilitado; V parecer do órgão de meio ambiente da Prefeitura, quanto ao atendimento da legislação pertinente. 1º. No pedido de licenciamento de demolição deverá constar o nome do proprietário, endereço completo e características gerais das edificações a serem demolidas, número da inscrição imobiliária municipal do imóvel, CPF ou CNPJ do proprietário e o prazo de duração dos trabalhos. 2º. O prazo de duração dos trabalhos poderá ser prorrogado, mediante solicitação justificada do interessado. 3º. Quando o licenciamento de demolição envolver bens listados no Inventário de Proteção ao Acervo Cultural IPAC ou em perímetro de entorno de bens tombados, o processo será instruído com parecer do Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Cultural e Turístico - CONDEPHACT. Art. 55. O órgão competente da Prefeitura poderá estabelecer horários para a realização de demolição. Art. 56. Em qualquer demolição, o profissional habilitado e o proprietário adotarão todas as medidas necessárias à garantia das condições de segurança dos operários, dos vizinhos, dos transeuntes, das benfeitorias dos logradouros e das propriedades vizinhas. Seção IV Do Projeto Subseção I Das Disposições Gerais
14 Art. 57. Para a análise do projeto serão necessárias peças gráficas impressas em escala legível e textos com pelo menos 2,00mm (dois milímetros) de altura, que atendam ao disposto nesta Seção. Art. 58. As pranchas deverão ser numeradas e atender às especificações da ABNT quanto à forma, dimensões e dobradura. 1º. As pranchas deverão ser dobradas de modo que a face mostre o carimbo padrão da Prefeitura; 2º. Todas as folhas serão autenticadas com a assinatura do proprietário e do autor do projeto, devendo figurar, junto da assinatura do último, seu nome, número e título profissional; emendas não ressalvadas. Art. 59. O projeto será apresentado sem rasuras ou 1º. A retificação dos projetos poderá ser feita por meio de ressalvas, rubricadas pelo responsável pela análise da Prefeitura e pelo autor do projeto. 2º. Serão permitidas as ressalvas em número que não prejudique a leitura do projeto. Art. 60. As dimensões lineares deverão ser anotadas em metros e as áreas em metros quadrados, devendo, ainda, serem arredondadas, limitando-se a dois algarismos após a vírgula. Parágrafo Único. Para efeito do disposto no caput deste artigo, deverá ser seguida a regra de arredondamento universal. Art. 61. Nos projetos de ampliações, modificações ou reformas deverão ser apresentados desenhos indicativos da construção com legendas distintas para cada tipo de intervenção. Parágrafo Único. Por critério da Prefeitura, nos projetos citados no caput deste artigo e naqueles que se prestarem à regularização de imóveis, os desenhos representarão o imóvel na sua totalidade. Art. 62. As alterações de projeto a serem efetuadas após a obtenção de Alvará de Construção deverão ser aprovadas previamente. Art. 63. Toda obra ou serviço que não necessitar de apresentação do Estudo de Impacto de Vizinhança EIV ou Estudo de Impacto
15 Ambiental EIA-RIMA deverá ser analisada através do Projeto de Aprovação, de acordo com o disposto no artigo 64 desta lei. Parágrafo Único. As demais obras ou serviços deverão ser analisadas através do Projeto Legal, de acordo com o disposto no Artigo 65. Subseção II Do projeto de aprovação mínimo, de: Art. 64. O projeto de aprovação deverá constar, no I planta de situação do imóvel podendo ser sem escala, que contenha a indicação do Norte, a distância a uma rua com denominação oficial ou designação notória e a denominação das ruas de acesso; II planta de locação em escala legível, com a indicação do logradouro; todos os elementos que definem a forma e as dimensões do lote e das edificações; a posição destas no lote com todos os afastamentos e recuos; a indicação de distâncias entre edificações no mesmo lote; a locação das fossas sépticas e filtros anaeróbios, dos cursos d água e a distância das margens destes às edificações, quando necessário; área permeável com todas as suas dimensões; a locação e o dimensionamento do sistema de captação e drenagem; III projeção de todos os pavimentos com suas dimensões, locados dentro do lote, com todos os afastamentos e recuos; destacar no desenho sem seu dimensionamento o perímetro das circulações verticais e dos vazios sem uso; IV um corte esquemático para cada logradouro limítrofe ao terreno, que contenha: a identificação dos pavimentos; a cota da distância entre o ponto mais baixo e o ponto mais alto da edificação; a cota da distância entre o ponto médio do passeio lindeiro e a altura máxima da edificação; o perfil natural do terreno; quando necessário, a cota da distância entre o ponto médio do plano de fachada e a altura máxima da edificação; a cota da distância entre o ponto médio do plano de fachada e o perfil natural do terreno; a cota da altura do subsolo, quando houver; V quadro de áreas, conforme carimbo padrão;
16 VI memorial de cálculo das áreas. Parágrafo Único. Os limites dos beirais deverão ser indicados e cotados na projeção do pavimento imediatamente inferior à cobertura no mesmo desenho tratado no inciso III deste artigo. Subseção III Do projeto legal de: Art. 65. O projeto legal deverá constar, no mínimo, I planta de situação do imóvel, podendo ser sem escala, que contenha: indicação do Norte, distância a uma rua com denominação oficial ou designação notória e denominação das ruas de acesso; II planta de locação em escala legível com a indicação do logradouro; todos os elementos que definem a forma e as dimensões do lote e das edificações; a posição destas no lote com todos os afastamentos e recuos; a indicação de distâncias entre edificações no mesmo lote; as cotas do nível do lote, dos passeios e das soleiras; a locação das fossas sépticas e filtros anaeróbios, dos cursos d água e a distância das margens destes às edificações quando necessário; área permeável com todas as suas dimensões; a locação e o dimensionamento do sistema de captação e drenagem, quando existir; III plantas baixas, cortes e elevações em escala legível que indiquem claramente o uso, as dimensões de cada compartimento, bem como representem e dimensionem todos os elementos referidos neste código; IV quadro de áreas, conforme carimbo padrão; V planta de cobertura, em escala legível, que indique o sentido das águas, as calhas e os rufos e as cotas das dimensões dos beirais; VI memorial de cálculo das áreas de projeção por pavimento. Parágrafo Único. Os cortes e fachadas deverão ser apresentados em número suficiente para um perfeito entendimento do projeto e convenientemente cotados, com a representação do perfil natural do terreno e dos níveis das edificações.
17 CAPÍTULO IV DAS OBRIGAÇÕES DURANTE A EXECUÇÃO DAS OBRAS Seção I Das Disposições Gerais Art. 66. Para fins de documentação e fiscalização, cópia do alvará de construção deverá permanecer no local da obra juntamente com cópia do projeto aprovado, quando houver. Art. 67. A execução de obras, incluindo os serviços preparatórios e complementares, suas instalações e equipamentos, será procedida de forma a obedecer ao projeto aprovado, à boa técnica e ao direito de vizinhança, a fim de garantir a segurança dos trabalhadores, da comunidade, das propriedades limítrofes e dos logradouros públicos, observada, em especial, a legislação trabalhista pertinente. 1º. Durante a execução das obras, será obrigatória a manutenção do passeio desobstruído e em perfeitas condições, sendo vedada sua utilização, ainda que temporária, como canteiro de obras ou para carga e descarga de materiais de construção, salvo no interior dos tapumes que avançarem sobre o logradouro. 2º. Nenhum elemento do canteiro de obras poderá prejudicar a arborização da rua, a iluminação pública, a visibilidade de placas, avisos ou sinais de trânsito e outras instalações de interesse público. 3º. Nas obras situadas nas proximidades de hospitais, escolas, asilos e estabelecimentos similares, fica proibido executar, antes das 7 (sete) horas e depois das 19 (dezenove) horas, qualquer trabalho ou serviço que produza ruído. Seção II Do Movimento de Terra Art. 68. Qualquer movimento de terra deverá ser executado respeitando a legislação municipal específica, de modo a garantir a segurança dos imóveis e logradouros limítrofes.
18 Seção III Dos Muros de Divisa Art. 69. Para os lotes não edificados, será facultativa a construção de muros de fechamento em suas divisas, exceto nos alinhamentos, onde serão obrigatórios. CAPÍTULO V DAS NORMAS TÉCNICAS Seção I Das Disposições Gerais Art. 70. O órgão competente da Prefeitura poderá impedir o emprego de qualquer material não normatizado e, em consequência, exigir o seu exame, às expensas do profissional habilitado ou do proprietário, em laboratório de entidade oficialmente reconhecida. Art. 71. A especificação dos componentes básicos da edificação que compreenda fundações, estruturas, paredes e cobertura, é de responsabilidade do autor do projeto e do executante, no âmbito de suas respectivas competências, e do proprietário. Seção II Das Fundações e Estruturas Art. 72. As fundações e estruturas deverão ficar situadas inteiramente dentro dos limites do lote e considerar as interferências para com as edificações vizinhas, logradouros e instalações de serviços públicos. Parágrafo Único. A movimentação dos materiais e equipamentos necessários à execução de obras será feita, exclusivamente, dentro do espaço aéreo do imóvel ou outro imóvel com autorização expressa do proprietário do mesmo. Seção III Das Paredes
19 Art. 73. As paredes das edificações em geral, quando executadas em alvenaria, deverão ter espessura não inferior a 0,10m (dez centímetros). Art. 74. Os pavimentos acima do solo que não forem vedados por paredes perimetrais deverão dispor de guarda-corpo de proteção contra queda com altura mínima de 1,10m (um metro e dez centímetros) quando interno e 1,30m (um metro e trinta centímetros) quando externo, resistente a impactos e pressão. Parágrafo Único. Se o guarda-corpo for vazado, deverá assegurar condições de segurança contra transposição de esfera com diâmetro superior a 0,15m (quinze centímetros). Seção IV Das Fachadas Art. 75. As fachadas e demais paredes externas das edificações, inclusive aquelas nas divisas do lote, deverão receber emboço e reboco, e quando for o caso, tratamento para impermeabilização, e serem convenientemente conservadas. Art. 76. As saliências poderão alcançar o limite máximo de 0,30 (trinta centímetros), exceto quando servirem para contorno de aparelhos de ar condicionado, caso em que poderão alcançar 0,50m (cinquenta centímetros), desde que sejam individuais para cada aparelho e possuam largura e altura não superiores a 1,20m (um metro e vinte centímetros). poderão constituir área de piso. Parágrafo Único. Em hipótese alguma as saliências Art. 77. Nos logradouros onde forem permitidas edificações no alinhamento, não poderão ser projetadas saliências nas respectivas fachadas, exceto no caso de aparelhos de ar condicionado ou seus condensadores. Parágrafo Único. Admite-se a instalação de elemento de proteção com dimensões que não ultrapassem a 10cm (dez centímetros) nas dimensões da parte do aparelho que ficam no lado externo da edificação. Seção V
20 Dos Jiraus e Mezaninos Art. 78. A construção de mezaninos e jiraus é permitida, desde que não sejam prejudicadas as condições de ventilação, iluminação e segurança, tanto dos compartimentos onde estas construções forem executadas, como do espaço assim criado. seguintes condições: Art. 79. Os jiraus e mezaninos deverão atender às I - permitir passagem livre com altura mínima de 2,00m (dois metros) nos dois níveis de sua projeção; II - ter acesso exclusivo, através do compartimento onde se situar, por escada permanente. Seção VI Das Chaminés Art. 80. As chaminés de qualquer espécie, em usos não residenciais, serão executadas de maneira que a emissão de fumo, fuligem, odores ou resíduos respeitem legislação ambiental pertinente. 1. A qualquer momento a Prefeitura poderá determinar a modificação das chaminés existentes ou o emprego de dispositivos fumívoros ou outros dispositivos de controle da poluição atmosférica, a fim de ser cumprido o que dispõe o presente artigo. 2. As chaminés de lareiras, churrasqueiras e coifas deverão ultrapassar o pano de cobertura que as contém no mínimo em 0,50m (cinquenta centímetros); Seção VII Dos Toldos e Acessos Cobertos Art. 81. A colocação de toldos e acessos cobertos será permitida sobre os recuos, afastamentos e passeio público, desde que atendidas as seguintes condições: I - II ser engastado na edificação, não podendo haver colunas de apoio; distar no mínimo 0,50m (cinquenta centímetros) aquém do meio-fio;
21 III - não possuir elementos abaixo de 2,20m (dois metros e vinte centímetros) de altura em relação ao nível do passeio público; IV - não prejudicar a arborização e a iluminação pública e não ocultar placas de utilidade pública; V - ter estrutura removível; VI - ter afastamento mínimo de 1,50m (um metro e cinquenta centímetros) das divisas, exceto quando haja muro com altura superior à do toldo ou acesso coberto. Art. 82. Os toldos e acessos cobertos deverão ter característica de provisórios, devendo ser cobertos com lona, vidro ou material similar na forma, acabamento e textura. Art. 83. Nos casos de edificações tombadas e no perímetro de entorno destas, e naqueles bens listados no Inventário de Proteção ao Acervo Cultural IPAC, a instalação de toldos e acessos cobertos estará sujeita ao exame e aprovação do Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Cultural e Turístico - CONDEPHACT. Art. 84. Os toldos e acessos cobertos não poderão servir de suporte para qualquer tipo de informação, ainda que sejam aplicados diretamente sobre qualquer parte de sua estrutura ou superfície; Seção VIII Dos Pórticos Art. 85. Não serão consideradas como área construída as coberturas executadas em qualquer material, que se caracterizem como pórtico, sobre portão de entrada, portão de garagem e sobre padrão de medição de água e luz, mesmo com projeção sobre o logradouro público, desde que atendam as seguintes condições: I ter área de projeção máxima de 12,00m² (doze metros quadrados); II ter balanço máximo sobre o logradouro público de 0,40m (quarenta centímetros). 1º. Desde que atendido o disposto no inciso I deste artigo, poderá existir mais de um pórtico.
22 2º. Quando em balanço, o pórtico deverá atender à altura mínima de 2,50m (dois metros e cinquenta centímetros) acima do nível do passeio público. Art. 86. É vedada a construção de pórticos e outros elementos que impossibilitem a entrada de veículos de mudanças e de bombeiros em atividades de grande porte, que reúnam público e condomínios residenciais. Parágrafo único. A largura mínima útil dos portões de entrada nesses imóveis será de 3,00m (três metros) e a altura livre sob quaisquer pórticos, vergas ou marquises situadas sobre estas passagens será de 4,50m (quatro vírgula cinquenta metros). Seção IX Dos Estacionamentos Art. 87. Os estacionamentos de veículos para os diferentes usos e atividades permitidos serão classificados em: I - privativos: de utilização exclusiva da população permanente da edificação; II III - seletivos: de utilização da população flutuante da edificação; coletivos: de utilização da população em geral. Art. 88. Deverão ser previstas vagas para veículos de pessoas portadoras de necessidades especiais em estacionamentos seletivos e coletivos, na razão de 2 (duas) vagas para as primeiras 100 (cem) ou fração e mais 2% (dois por cento) do número total de vagas existente, caso seja maior que 100 (cem). Art. 89. Fica assegurada aos idosos, a reserva de 5% (cinco por cento) das vagas nos estacionamentos coletivos e seletivos, as quais deverão ser posicionadas de forma a garantir a melhor comodidade ao usuário. Art. 90. Os acessos de veículos através de rebaixamento de meios-fios ou curvas horizontais de concordância, as faixas de circulação e os espaços de manobra e estacionamento deverão obedecer aos dispositivos constantes nas leis de parcelamento e de zoneamento, uso e ocupação do solo vigentes.
23 Parágrafo Único. O acesso de veículos ao imóvel compreende a faixa de passeio público entre o meio-fio e o alinhamento do terreno, defronte aos vãos de entrada. Art. 91. Visando a segurança dos pedestres, a abertura destinada à saída de veículos do imóvel deverá estar posicionada de forma tal que permita a visualização do passeio público. Art. 92. A acomodação transversal do acesso entre o perfil do logradouro e os espaços de circulação e estacionamento será feita exclusivamente dentro do imóvel, de forma a não criar degraus ou desníveis abruptos no passeio público. Parágrafo Único. Admitem-se no passeio público rampas com inclinação máxima de 20,00% (vinte por cento), salvo em loteamentos aprovados antes da Lei Complementar nº 18, de 31 de agosto de 2000, desde que não originem degraus. Art. 93. As faixas de circulação de veículos no interior do imóvel deverão apresentar dimensões mínimas, para cada sentido de tráfego, de: I - 2,20m (dois metros e vinte centímetros) de largura, quando destinadas à circulação de automóveis e utilitários; II - 3,50m (três metros e cinquenta centímetros) de largura, quando destinadas à circulação de caminhões e ônibus. 1º. Nas edificações para fins residenciais admitese faixa de circulação única para mais de um sentido de tráfego. 2º. Nos demais usos admite-se faixa de circulação única, desde que o número de vagas de estacionamento seja menor que 50 (cinquenta) unidades. Art. 94. Os vãos de entrada e os rebaixamentos de meio-fio para acesso de veículos ao imóvel, de modo a restar junto ao meio-fio espaço para estacionamento nas vias públicas, terão dimensões máximas que atendam aos seguintes parâmetros: I para lotes com testada entre 8m (oito metros) e 15m (quinze metros) usar a fórmula: dimensão da testada menos 4,50m (quatro metros e cinquenta centímetros);
24 II para lotes com testada maior que 15m (quinze metros) até 30,00m (trinta metros) usar a fórmula: dimensão da testada menos 9,00m (nove metros); III para lotes com testada maior que 30m (trinta metros) usar a fórmula: dimensão da testada multiplicado por 0,30 (três décimos). Art. 95. Deverão ser previstos espaços de manobra e estacionamento de veículos de forma que estas operações não sejam executadas nos logradouros públicos. Art. 96. Os estacionamentos seletivos e coletivos deverão ter área de acumulação, acomodação e manobra de veículos dimensionada conforme lei de uso e ocupação do solo. Parágrafo Único. Quando se tratar de estacionamento com acesso controlado por cancelas, a área de acumulação deverá estar situada entre o alinhamento do logradouro e o local de controle. Art. 97. As vagas de estacionamento para automóveis terão pé-direito não inferior a 2,20m (dois metros e vinte centímetros) e dimensões mínimas que atendam: I 2,50m x 4,80m (dois metros e cinquenta centímetros por quatro metros e oitenta centímetros) para uma vaga; II 2,30m x 4,80m (dois metros e trinta centímetros por quatro metros e oitenta centímetros) para vaga contígua; III 3,00m x 9,00m para vaga de carga e descarga. Parágrafo Único. As vagas de estacionamento previstas no inciso III deste artigo terão pé-direito mínimo de 4,00m (quatro metros). Art. 98. Nos locais de estacionamento, a distribuição de pilares, paredes e demais componentes da construção e a circulação projetada deverão permitir a entrada e saída independente de cada veículo, com área de manobra compatível. Art. 99. Quando as leis de zoneamento, uso e ocupação do solo exigirem pátio para carga e descarga de caminhões, deverá ser prevista, no mínimo, uma vaga para caminhão compatível com o porte e atividade do estabelecimento a ser servido.
25 Art Será admitida a utilização de equipamento mecânico ou eletromecânico para estacionamento de veículos, observadas as seguintes condições: I - a adoção do equipamento não acarretará alteração dos índices mínimos relativos ao número de vagas para estacionamento, nem das exigências para acesso e circulação de veículos entre o logradouro público e o imóvel; II - observadas as demais exigências e o comprimento mínimo de 4,50m (quatro metros e cinquenta centímetros), as dimensões e indicações das vagas através da adoção do sistema mecânico ou eletromecânico poderão ser feitas levandose em consideração as reais dimensões dos veículos; III - quando instalados equipamentos eletromecânicos para estacionamento de veículos, deverá ser também instalado sistema de emergência para fornecimento de energia para os referidos equipamentos ou prever operação manual como alternativa. Seção X Das Instalações Sanitárias desta lei, classificam-se em: Art As instalações sanitárias, para efeito I Banheiro - terá no mínimo as seguintes peças: 1 (um) chuveiro, 1 (uma) bacia sanitária e 1 (um) lavatório; II Lavabo - terá no mínimo as seguintes peças: 1 (uma) bacia sanitária e 1 (um) lavatório; III Vestiário quando o banheiro se prestar também para troca de roupa, devendo ter área de vestíbulo; IV V Banheiro coletivo - quando servir a mais de 10 (dez) pessoas; Vestiário coletivo - quando servir a mais de 10 (dez) pessoas. Art Nos banheiros e vestiários coletivos, o número de peças será definido de acordo com a lotação e a atividade desenvolvida e calculado de modo a atender exigência de legislação específica ou, no mínimo, o seguinte:
26 I chuveiro: 1 (um) para cada 50 (cinquenta) usuários ou funcionários; II bacia sanitária: 1 (uma) para cada 40 (quarenta) usuários ou funcionários; III IV lavatório: 1 (um) para cada 30 (trinta) usuários ou funcionários; vestíbulo: 1 (um) para cada 25 (vinte e cinco) usuários ou funcionários. Parágrafo Único. Os banheiros coletivos ficam dispensados de atender ao disposto no inciso IV deste artigo. coletivos em cocho. Art Ficam proibidos no Município os mictórios Art As instalações sanitárias serão necessariamente separadas por sexo, quando legislação específica assim o definir. 1º. A distribuição por sexo será decorrente da atividade desenvolvida e do tipo de população predominante. 2º. Nos sanitários masculinos, 50% (cinquenta por cento) das bacias sanitárias poderão ser substituídas por mictórios. Art As instalações sanitárias deverão ser providas de antecâmara ou anteparo quando derem acesso direto a compartimentos destinados a cozinha, manipulação, armazenagem, refeitório ou consumo de alimentos. Art Serão obrigatórias instalações sanitárias para pessoas portadoras de necessidades especiais, nos locais de reunião para mais de 30 (trinta) pessoas e em qualquer outro uso público para mais de 100 (cem) pessoas. Art Nos diferentes usos e atividades, as instalações sanitárias destinadas aos funcionários, quando exigidas, deverão ser sempre separadas das dos demais usuários. Art Será obrigatória a previsão de, no mínimo, 1 (um) lavabo junto a todo compartimento de consumo de alimentos, para unidades autônomas não residenciais. Parágrafo Único. Incluem-se neste artigo as edificações para fins residenciais transitórias e as residenciais coletivas.
27 Art As instalações sanitárias serão dimensionadas em função do tipo de peças que contiverem, conforme a tabela seguinte: I chuveiro: largura média mínima de 0,70m (setenta centímetros) e área mínima de 0,49m² (zero vírgula quarenta e nove metros quadrados); II bacia sanitária: largura média mínima de 0,60m (sessenta centímetros) e área mínima de 0,60m² (zero vírgula sessenta metros quadrados); III lavatório: largura mínima de 0,50m (cinquenta centímetros) e área mínima de 0,25m² (zero vírgula vinte e cinco metros quadrados); IV mictórios: largura mínima de 0,60m (sessenta centímetros) e área mínima de 0,48m² (zero vírgula quarenta e oito metros quadrados); V vestíbulo: largura mínima de 0,60m (sessenta centímetros) e área mínima de 0,42m² (zero vírgula quarenta e dois metros quadrados). Art Nas edificações residenciais unifamiliares e multifamiliares permanentes, ao menos 1 (um) banheiro deve ter dimensão média mínima de 1,10m (um vírgula dez metros) e área mínima de 2,30m² (dois vírgula trinta metros quadrados). 1º. Os banheiros poderão ter lavatório em ambiente contíguo, caso em que da área mínima expressa no caput deste artigo não poderá ser diminuída a área relativa à peça, expressa no artigo 109, inciso III, desta lei. Art Nas edificações em que for exigência, o lavabo deverá ter dimensão média mínima de 1,00m (um metro), área mínima de 1,20m² (um vírgula vinte metros quadrados) e pé-direito de 2,30m (dois metros e trinta centímetros). Seção XI Dos Corredores e Circulações Subseção I Das Circulações Horizontais Art Os corredores, áreas de circulação e acesso deverão obedecer aos seguintes parâmetros mínimos, ou, quando mais restritivas, a legislação específica:
28 I - quando de uso privativo, exceto em edificações para fins residenciais unifamiliar e edificações para fins residenciais multifamiliar permanentes, a largura mínima será de 10% (dez por cento) do comprimento, com o mínimo de 0,80m (oitenta centímetros); II - quando de uso coletivo nas edificações residenciais multifamiliares, comerciais ou de serviços, a largura mínima será de 1,10m (um metro e dez centímetros) para até 10,00m (dez metros) de extensão, acrescentando-se 5cm (cinco centímetros) por cada metro ou fração que exceder aos 10,00m (dez metros); III - quando em galerias e centros comerciais, a largura mínima será de 10% (dez por cento) do comprimento, considerado o maior percurso, observado o mínimo de 2,50m (dois metros e cinquenta centímetros) de largura; IV - quando em locais de reuniões em geral, a largura mínima total das circulações para escoamento de público deverá corresponder a 1,00m (um metro) para cada 200 (duzentas) pessoas ou fração, respeitando o mínimo de 2,00m (dois metros); V - quando em hotéis, hotéis-residência e congêneres, a largura mínima das circulações que interligam as unidades de hospedagem à portaria e recepção será de 2,00m (dois metros); VI quando em indústrias, depósitos e oficinas, a largura mínima será de 10% (dez por cento) do comprimento, não podendo ser inferior a 1,50m (um metro e cinqüenta centímetros). 1º. O pé-direito mínimo das circulações e corredores será de 2,40m (dois metros e quarenta centímetros), exceto no caso de galerias e centros comerciais, quando será de 3,00m (três metros). 2º. Quando o corredor ou circulação nas galerias e centros comerciais for seccionado por escadas, vazios ou outros elementos, cada seção deverá garantir passagem com largura mínima de 2,00m (dois metros). 3º. A largura obrigatória das passagens e circulações deverá ser isenta de obstáculos, componentes estruturais, paredes, lixeiras, telefones públicos, bancos, floreiras e outros elementos que possam restringir, reduzir ou prejudicar o livre trânsito.
29 Subseção II Das Circulações Verticais por Escadas Art Nas edificações de uso coletivo haverá, obrigatoriamente, interligação entre todos os pavimentos através de escadas ou rampas. Art As escadas deverão assegurar passagem com altura livre não inferior a 2,10m (dois metros e dez centímetros), respeitando ainda as seguintes dimensões mínimas: I - 0,90m (noventa centímetros) de largura mínima, quando destinadas a unidades autônomas de uso privativo; II - 1,10m (um metro e dez centímetros) de largura mínima, quando destinadas a uso coletivo; III - 2,00m (dois metros) de largura mínima, nas galerias e centros comerciais; IV - nos locais de reuniões e usos especiais a largura será dimensionada na base de 1,00m (um metro) para cada 200 (duzentas) pessoas, não podendo ser inferior a 2,00m (dois metros); V - nos estádios, as interligações dos diferentes níveis deverão ter largura livre de 1,50m (um metro e cinquenta centímetros) para cada (mil) pessoas ou fração, não podendo ser inferior a 2,50m (dois metros e cinquenta centímetros); VI - quando de uso nitidamente secundário e eventual no interior de unidades autônomas de uso privativo, e ainda para acessos de manutenção a casas de máquinas, casas de bombas e assemelhados, a largura poderá ser reduzida para um mínimo de 0,70m (setenta centímetros); VII - nos hotéis, hotéis-residência e assemelhados, que não forem dotados de elevador, a largura mínima será de 2,00m (dois metros). Parágrafo único. As escadas deverão respeitar, quando existir, legislação específica que seja mais restritiva.
30 Art O dimensionamento dos degraus será feito de acordo com a fórmula (2e+p) = 0,63m a 0,65m, onde e é a altura do espelho do degrau e p a profundidade do piso, obedecendo aos seguintes limites: I - e máximo = 0,19m (dezenove centímetros); II - p mínimo = 0,27m (vinte e sete centímetros). Parágrafo Único. Será admitido bocel ou balanço nos degraus com dimensão entre 1,5cm (um vírgula cinco centímetros) e 2,0cm (dois centímetros). Art As escadas do tipo caracol ou em leque só serão admitidas para acessos a torres, adegas, jiraus, mezaninos, sobrelojas ou no interior de uma unidade autônoma residencial. Art As escadas do tipo marinheiro só serão admitidas para acessos a torres, adegas, jiraus, caixas de água e casas de máquinas e sua largura deverá ser de no mínimo 40cm (quarenta centímetros). Art Nas escadas circulares ou com trechos em leque a faixa livre mínima será igual à largura das escadas retilíneas para o mesmo tipo de uso ou edificação, conforme disposto no artigo 114 desta lei. Parágrafo Único. Os pisos dos degraus terão profundidades mínimas de 0,15m (quinze centímetros) e 0,30m (trinta centímetros) nos bordos internos e externos, respectivamente. intermediários sempre que: Art Serão obrigatórios patamares I - a escada vencer desnível superior a 3,70m (três metros e setenta centímetros); II - houver mudança de direção em escada coletiva. Parágrafo Único. Os patamares não poderão ter nenhuma dimensão menor que a largura da escada. Art Serão obrigatórios patamares junto às portas, com comprimento, em ambos os lados, medidos a partir do centro das mesmas, não inferiores a 0,70m (setenta centímetros). Art As escadas de uso coletivo, obrigatoriamente, deverão ter pisos antiderrapantes, ser construídas em material incombustível e possuir corrimãos, admitindo-se estes em madeira.
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