ACÓRDÃO. ESTADO DA PARAÍBA PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA Gab. Des. Leôncio Teixeira Câmara

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1 4,14 IX CIPU AM. ni +Ir ESTADO DA PARAÍBA PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA Gab. Des. Leôncio Teixeira Câmara ACÓRDÃO APELAÇÃO CRIMINAL N /001 ia Vara Comarca de Pombal/PB RELATOR: Desembargador Leôncio Teixeira Câmara APELANTE: Janierison Mendonça de Lima, vulgo "Jandinho" ADVOGADO: Henrique Sérgio Alves da Cunha (OAB/PB 9.633) APELADA: Justiça Pública Estadual APELAÇÃO CRIMINAL. PORTE ILEGAL DE ARMA. CONDENAÇÃO. PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE E MULTA. SUBSTITUIÇÃO. PRESTAÇÃO DE SERVIÇO À COMUNIDADE E MULTA. APELAÇÃO. DESCLASSIFICAÇÃO. IMPOSSIBILIDADE. ARMA DESMUNICIADA. IRRELEVÂNCIA. CRIME DE PERIGO COLE IIVO E ABSTRATO. AUTORIA E MATERIALIDADE INCONTESTES. MANUTENÇÃO DA CONDENAÇÃO. MULTA DESPROPORCIONAL À REPRIMENDA CORPORAL. REDUÇÃO DE OFÍCIO. PROVIMENTO PARCIAL DO RECURSO. 1. A confissão, nas esferas policial e judicial, da prática delituosa, por parte do inculpado, viabiliza, sem dúvida, o decreto condenatório exarado em seu desfavor, uma vez que, na hipótese sub judice, mostra-se consentânea com os demais elementos probatórios carreados aos autos. 2. Para a configuração do crime de porte ilegal de arma de fogo, faz-se necessário que a arma esteja fora da residência do réu ou de seu local de trabalho. Entretanto, consta dos autos que o acusado percorreu vias públicas de porte de arma e empreendeu perseguição a seus desafetos, no que consiste o perigo coletivo em abstrato e a adequação à figura típica descrita na peça acusatória. 3. "A circunstância de a arma estar desmuniciada não pode excluir a tipicidade, sob o singelo argumento de que não acarretaria lesão a qualquer bem jurídico. Entende-se como suficiente para a configuração do delito de porte ilegal de arma de fogo, previsto no art. 14, da Lei no /03, tão-somente o porte do armamento sem a devida autorização da autoridade competente". 4. "Na fixação da pena deve o número de dias-multa er reduzido para o mínimo legal, visando adequá-1,. ao quantum da pena privativa de liberdade aplicada, sois a fixação da pena pecuniária deve observar os mesmos critérios utilizados para a dosagem da pena de prisão".

2 ,,,, Apelação Criminal n /001 2 criminal, acima identificados, VISTOS, relatados e discutidos estes autos de apelação ACORDA a Egrégia Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado da Paraíba, à unanimidade, em dar provimento parcial ao recurso, em harmonia, em parte, com o parecer da Procuradoria-Geral de Justiça. RELATÓRIO Perante a 1a Vara da Comarca de Pombal/PB, Janierison Mendonça de Luna, devidamente qualificado, foi denunciado como incurso nas sanções do art. 14 da Lei n /2003, acusado de conduzir consigo, em via pública, uma espingarda, tipo "garrucha", sem registro e sem munição (fls. 2-5). Instruído regularmente o processo e oferecidas as alegações finais pelas partes (fls ; ), a magistrada singular julgou procedente o pedido constante na exordial acusatória, condenando o acusado às penas de 2 (dois) anos de reclusão e 70 (setenta) dias-multa, à razão de 1/30 (um trinta avos) do salário mínimo (fls ). Em seguida, converteu a pena privativa de liberdade aplicada por uma restritiva de direitos, especificamente, prestação de serviços à comunidade e multa de R$ 500,00 (quinhentos reais) (f1s ). Irresignado com o decisório adverso, recorreu o censurado a esta superior instância, propugnando pela desclassificação do delito de porte para o crime de posse ilegal de arma de fogo, ambos descritos nos arts. 14 e 12 da Lei n /03, respectivamente, tendo em vista que a arma fora apreendida na residência do acusado e que a mesma se encontrava sem qualquer munição. Insurge-se, outrossim, contra a aplicação da pena de multa por considerá-la exorbitante e em disparidade com o poder aquisitivo do acusado (fls ). Ofertadas as contra-razões ministeriais (fls ), seguiram os autos, já nesta instância, à douta Procuradoria-Geral de Justiça que, em parecer, opinou pela manutenção da sentença condenatória (fls ). Lançado o relatório (fls. 136), os autos foram com vistas ao Revisor, que, com ele concordando, incluiu o feito em pauta para julgamento (fls. 137). É o breve relato. VOTO O recurso apelatório apresentado pelo réu, em face da sentença que o condenou nas sanções do art. 14 da Lei n /2003, requer a esta E. Corte a reforma do r. decisum e sua conseqüente desclassificação para o tipo penal inserto no art. 12 do mesmo diploma legal, uma vez que a arma fora apreendida na residência do acusado e estava completamente desmuniciada. Pretende, igualmente, a redução da pena de multa, eis que foi fixada em excesso e desproporcional ao poder aquisitivo do acusado, posto ser o mesmo pobre na forma da lei e não dispor de recursos financeiros para satisfa ^ Consta no caderno processual que, no dia 28 de agos de 2006, por volta das 3h, na Cidade de Pombal/PB, o acusado foi preso em flagrante, or se encontrar portando arma de fogo, tipo espingarda de antecarga (garrucha), vulgayhiente conhecida como "soca-soca", sem a devida autorização legal, em total desacord?i com a legislação em vigor, pelo que foi autuado perante a autoridade policial competente.

3 Apelação Criminal n /001 3 A verdade material a positivar a existência do delito reputa-se cristalina, espelhada na prova técnica consistente no auto de apresentação e apreensão (fls. 16), como, também, por meio do exame de eficiência de disparo (fls ). A autoria do ilícito, por sua vez, é revelada por um conjunto de circunstâncias, que vão, desde a própria confissão do inculpado, até os depoimentos testemunhais colacionados aos autos, constituindo, com isso, a robustez de provas da autoria delitiva. Cuido de afirmar que, não obstante a arma apreendida estivesse desmuniciada, conforme constatou o laudo pericial (fls ) e os depoimentos testemunhais (fls ), tal fato não torna atípica a conduta criminosa do agente, porquanto a referida arma, quando submetida à perícia técnica, revelou-se com eficiência e aptidão para efetuar disparos, conforme se depreende do respectivo laudo. Demais disso, consta dos autos que o acusado percorreu vias públicas de posse da arma, vindo a reconhecer, na esfera policial, as acusações produzidas contra ele (fls. 10), razão porque se enquadra, perfeitamente, na figura do tipo previsto no art. 14 da Lei n /2003. A propósito, sobre o assunto, vem decidindo o colendo STJ: "PROCESSO PENAL E PENAL. HABEAS CORPUS. PORTE ILEGAL DE ARMA DE FOGO. ARMA DESMUNICIADA. IRRELEVÂNCIA PARA A CARACTERIZAÇÃO DO DELITO. EXAME PERICIAL. APTIDÃO DA ARMA PARA EFETUAR DISPARO. TIPICIDADE RECONHECIDA. ORDEM DENEGADA. É entendimento pacífico desta Corte Superior de Justiça que, para a configuração do delito previsto no art. 10 da Lei n o 9.437/97, basta que o agente porte de arma de fogo sem autorização ou em desacordo com a determinação legal, o que torna irrelevante o fato de a arma encontrar-se desmuniciada. Precedentes do STJ e STF. Se a ausência ou a eventual nulidade do exame pericial na arma de fogo não desconfigura o crime de porte de arma, ou até mesmo o fato de a arma estar desmuniciada, muito mais demonstrada a tipicidade no presente caso, visto que a arma apreendida foi devidamente periciada, sendo detectada a sua indubitável aptidão para efetuar disparos. Ordem DENEGADA." (STJ - HC 40309/SP - Rel. Min. Paulo Medina Sexta Turma - j DJU , p. 389). "PENAL. PORTE ILEGAL DE ARMA DE FOGO. ART. 6, PARÁGRAFO ÚNICO, IV, DA LEI /2003. MA DESMUNICIADA. IRRELEVÂNCIA PARA A CARACTERIZAÇÃO DO DELITO. ORDEM DENEGADA. 1. A objetividade jurídica dos crimes de porte e posse de arma de fogo tipificados na Lei /2003 não se restringe à incolumidade pessoal, alcançando, por certo, também, a liberdade pessoal, protegidas mediatamente pela tutela primária dos níveis da segurança coletiva, do que se conclui ser irrelevante a eficácia da arma para a configuração do tipo penal. 2. Ordem denegada." (STJ - HC /DF - Rel. Ministro Arnaldo Esteves Lima - Quinta Turma j DJ , p. 355).

4 Apelação Criminal n /001 4 "CRIMINAL. HC. PORTE ILEGAL DE ARMA DE FOGO. ARMA DESMUNICIADA. ATIPICIDADE. IRRELEVÂNCIA. ORDEM DENEGADA. Hipótese em que o paciente foi condenado pelo porte de arma de fogo e alega atipicidade da conduta em virtude da ausência de munição, ocasionando inexistência de ofensa ao bem jurídico protegido. A circunstância de a arma estar desmuniciada não pode excluir a tipicidade, sob o singelo argumento de que não acarretaria lesão a qualquer bem jurídico Entende-se como suficiente para a configuração do delito de porte ilegal de arma de fogo, previsto no art. 14, da Lei n o /03, tão-somente o porte do armamento sem a devida autorização da autoridade competente. Precedentes. Ordem denegada." (STJ - HC 49142/DF - Rel. Ministro Gilson Dipp - Quinta Turma - DJ , p. 355). redação: Aliás, o art. 14 da Lei n /2003 contém a seguinte "Art. 14. Portar, deter, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito, transportar, ceder, ainda que gratuitamente, emprestar, remeter, empregar, manter sob guarda ou ocultar arma de fogo, acessório ou munição, de uso permitido, sem autorização e em desacordo com determinação legal ou regulamentar: Pena reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa. Parágrafo único. O crime previsto neste artigo é inafiançável, salvo quando a arma de fogo estiver registrada em nome do agente." Como se pode verificar, a lei não faz qualquer referência à arma municiada ou desmuniciada, não sendo, portanto, possível ao intérprete distinguir onde a lei não o fez. Ademais, o crime de porte ilegal de arma, a que a lei mencionada se refere, constitui crime de perigo concreto e tutela a incolumidade pública ou a segurança da coletividade. Portanto, toda vez que esses bens jurídicos tutelados forem expostos a perigo, por pessoas portando arma em desacordo com a legislação pertinente, haverá, sempre, a ocorrência de uma conduta criminosa. com decisões desta Corte: Nesse sentido, colaciono os seguintes arestos, inclusive, "EMENTA: PORTE ILEGAL DE ARMA (ART. 10, da EI 9.437/97) - CRIME DE MENOR POTENCIAL OFENS O - COMPETENCIA - ARMA POTENCIALMENTE OFEN IVA - CONDUTA TÍPICA - PERIGO CONCRETO - PROVA PERICIAL - COMPROVAÇÃO DO RISCO À INCOLUMIDADE PÚBLICA - CONDENAÇÃO MANTIDA - REGIME DE CUMPRIMENTO DA PENA - ABERTO. Ainda que conceituado de crime de menor potencial ofensivo, tendo o feito se iniciado e se desenvolvido perante a Justiça Comum, sendo decidido por Juiz de Direito de Vara Criminal, a competência para conhecer do recurso contra essa decisão é de Câmara Criminal e não da Turma

5 Apelação Criminal n /001 Recursal, pois a competência desta é ratione matenae, e se limita ao julgamento de recursos interpostos contra sentenças proferidas por juízes em exercício nos Juizados Especiais Criminais e de embargos de declaração a seus acórdãos, conforme artigo 61 da Lei 9.099/95, com as alterações introduzidas pelo parágrafo único do artigo 2.0 da Lei /01. Para a configuração do delito previsto no art. 10 caput, da Lei 9.437/97, basta apenas que o agente porte arma de fogo sem autorização ou em desacordo com a determinação legal, pouco importando que a mesma esteja desmontada ou desmuniciada, pois a prova colhida demonstra que a mesma, além do seu poder de intimidação, tinha eficácia para efetuar disparos, podendo ser montada e municiada a qualquer momento. Tendo a pena sido fixada no mínimo legal e substituída por restritiva de direitos, diante da ausência de justificação a indicar um regime mais severo, nos termos do art. 33, 20, 'c' e 3 0 do Código Penal, mostra-se recomendável a fixação do regime aberto. Recurso conhecido e parcialmente provido." (TJMG ACrim Rel. Des. Antônio Armando dos Anjos - DJU ). "APELAÇÃO CRIMINAL ART. 14, CAPUT, DA LEI No /03 - PORTE ILEGAL DE ARMA DESMUNICIADA - CONDENAÇÃO - IRRESIGNAÇÃO - CONDUTA TÍPICA - APELO DESPROVIDO. - Não se pode olvidar o caráter intimidatório do porte de uma arma de fogo, mormente encontrando-se o agente em local público, onde a presença de uma arma, mesmo que desmuniciada, tem o poder de causar tumulto e intimidar as pessoas presentes, incitando a violência e a desordem. São justamente situações como essas, geradas pelo porte de uma arma de fogo, que o Estatuto do Desarmamento visa coibir." (TJPB ACrim Rel. Des. Nilo Luis Ramalho Vieira - j D ). Assim, não há qualquer atipicidade na conduta, mostrando-se necessária a manutenção da condenação. De outra banda, analisando, atentamente, a sentença guerreada, podemos concluir, a partir da análise operada, que a juíza singular fixou a penabase em 2 (dois) anos e 3(três) meses de reclusão, em regime inicial semi-aberto, e 100 (cem) dias-multa. Em seguida, considerando a atenuante de confissão espontânea, reduziu a pena de reclusão em 3 (três) meses e a pena de multa em 30 (trinta) dias-multa, tornando a pena definitiva em 2 (dois) anos de reclusão e 70 (setenta) dias-multa, à base de 1/30 (um trinta avos). Entendendo, ainda, estarem presentes os requisitos do art. 44 do CP, substituiu a pena privativa de liberdade aplicada por uma restritiva de direitos, na modalidade de prestação de serviços à comunidade e multa correspondente ao pagamento de R$ 500,00 (quinhentos reais), sujeitando o cumprimento da reprimenda legal a cargo do Juízo de Execuções Penais (fls ). Contudo, por oportuno, hei de afirmar que a pena d multa, obedecendo ao sistema trifásico, é fixada em duas etapas. A primeira delas co siste na estipulação da quantidade de dias-multa, estribando-se nas circunstâncias ju ciais que norteiam a aplicação da pena-base (art. 59 do CP) e, ainda, na gravidade do crime, nas

6 Apelação Criminal n /001 6 circunstâncias legais e nas causas de aumento e diminuição da pena, posto que a pena de multa deve manter proporcionalidade com a privativa de liberdade cominada ao increpado. A segunda etapa direciona-se à graduação do valor unitário do dia-multa, devendo-se, nesta fase, considerar a situação econômico-financeira do réu. Essa é, aliás, a orientação doutrinária mais abalizada, na lição do renomado Julio Fabbrini Mirabete, in litteris. "Na fixação da pena de multa, é necessário que, em primeiro lugar, se fixe o número de dias-multa cabível na espécie. Não atende aos princípios da justiça fixar a multa tendo em vista apenas a condição econômica do sentenciado sem atender à gravidade do crime por ele praticado. Por isso, além da gravidade do crime praticado, é necessário levar em conta as circunstâncias judiciais que orientam a fixação da pena-base (art. 59), as circunstâncias agravantes e atenuantes, bem como as causas de aumento e diminuição gerais e especiais da pena. Em seguida, passa-se a determinar o valor do dia- multa." (ia Código Penal Interpretado, 5 a ed., São Paulo: Atlas, 2005, pág. 476). De outra banda, embora não sendo erro material, tem-se que a multa aplicada deve ser corrigida, visto que não guarda proporcionalidade com a reprimenda corporal, pois, enquanto esta teve a sua pena definitiva fixada no mínimo legal (dois anos), aquela foi fixada além do mínimo (setenta dias-multa). Nesse sentido, tem-se: "Pena. Fixação de dias-multa. Redução. Admissibilidade. Observância dos mesmos critérios utilizados para a dosagem da pena privativa de liberdade [...]. Na fixação da pena deve o número de dias-multa ser reduzido para o mínimo legal, visando adequá-lo ao quantum da pena privativa de liberdade aplicada, pois a fixação da pena pecuniária deve observar os mesmos critérios utilizados para a dosagem da pena de prisão." (TJAP Ap. Rel. Luiz Carlos j In RT 752/632). Ademais, verifica-se outro pequeno equívoco na bem elaborada sentença, no que atina à substituição da reprimenda com base no art. 44, 2, 2a parte do CP, eis que a MM. Juíza, ao substituir a pena corporal por uma pena restritiva de direitos e multa, aplicou esta como se fosse uma pena pecuniária, em R$ 500,00 (quinhentos reais), o que não pode, pois deveria se ater ao mesmo critério dosimétrico daquela multa anteriormente aplicada à citada substituição, motivo por que ela deve, à luz do mencionado dispositivo, ficar em 10 (dez) dias-multa. Portanto, hei de asseverar, ante o efeito amplo da apelação que, somente nesse particular, a r. sentença merece ser reformada, razão pela qual promovo o reparo da dosimetria da repreensão pecuniária, reduzindo a pena-base de 100 (cem) para 20 (vinte) dias-multa, atenuada de 10 (dez) dias-multa, pela confissão espontânea, e que a multa aplicada em virtude da substituição da pena corporal, fique em 10 (dez) dias-multa, guardando-se, então, a esperada proporcionalidade e equivalência com aquela anteriormente aplicada à substituição em desate. Seguindo esse pensamento, passo, agora, a s pe r a pena de multa, com assento no sistema trifásico preconizado no art. 68 do Estatuto Pun. ivo:

7 Apelação Criminal n /001 7 Diante dos fatos e com base nos preceitos legais, fulcrado no princípio da proporcionalidade e considerando a devolução ampla do recurso apelatório, bem como as circunstâncias judiciais já sopesadas na sentença de fls , reconheço o excesso e reconsidero a pena de multa, reformando a decisão da Juíza monocrática, fixando a pena-base em 20 (vinte) dias-multa, atenuando-a de 10 (dez) dias-multa, pela confissão espontânea, visto que a reprimenda se encontra fixada no mínimo legal, chegando, finalmente, em 10 (dez) dias-multa, à razão de 1/30 (um trinta avos) do salário mínimo vigente à época do fato. Do mesmo modo, diante da substituição da pena corporal, nos termos do art. 44, 2, 2a parte, do CP, afasto a equívoca punição de R$ 500,00 (quinhentos reais), para que a multa aplicada (em cumulação com a prestação de serviços à comunidade) fique em 10 (dez) dias-multa, à razão de 1/30 (um trinta avos) do salário mínimo vigente à época do fato. Ante todo o exposto, em parcial harmonia com o parecer da douta Procuradoria-Geral de Justiça, dou provimento, em parte, ao recurso, para fixar a pena de multa no mínimo legal, ou seja, em 10 (dez) dias-multa, à base de 1/30 (um trinta avos) do salário mínimo vigente à época do fato, bem como para aplicar multa fixada, em observância ao art. 44, 2, do CP, em 10 (dez) dias-multa, igualmente, à razão de 1/30 (um trinta avos) do salário mínimo vigente à época do evento. É como voto. Presidiu ao julgamento, com voto, o Desembargador Joás de Brito Pereira Filho, dele participando, além de mim, Relator, o Dr. Arnóbio Alves Teodósio, Juiz de Direito convocado. Presente à sessão de julgamento o Excelentíssimo Senhor Doutor Antônio de Pádua Torres, Procurador de Justiça. Sala de Sessões "Des. M. Taigy de Queiroz Melo Filho" da Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Es do da Paraíba, em João Pessoa, aos 8 (oito) dias do mês de abril do ano de De Lm, i Teixeira Câmar - elator

8 TRIDISIRAL ill?tifg) Coordonadfria Jedialikrin ~rad, r?-61oria. 410

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