UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO INSTITUTO DE AGRONOMIA DEPARTAMENTO DE GEOCIÊNCIAS CURSO DE GEOLOGIA

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1 UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO INSTITUTO DE AGRONOMIA DEPARTAMENTO DE GEOCIÊNCIAS CURSO DE GEOLOGIA Mapeamento Geológico em escala de 1:5.000 da localidade de Fazenda Trindade, Município de Caeté, Quadrilátero Ferrífero Minas Gerais Graduando Marcos Paulo Amancio Pastori Orientador Francisco José da Silva UFRRJ IA/DG Co-orientador Flávio Andrade MSOL Seropédica Rio de Janeiro Dezembro 2010

2 AGRADECIMENTOS Em primeiro lugar, agradeço a Deus, que me deu a vida, e me presenteou com todas as pessoas que foram e que são essenciais para mim, em todos os momentos da minha vida. Agradeço aos meus pais Paulo e Célia, que sempre me guiaram e cuidaram para que, assim como eles, tivesse princípios, ética e honestidade acima de tudo. Agradeço muito aos meus amigos, que sempre estiveram presentes em todos momentos, ruins ou bons, que compartilharam um pedaço de suas vidas comigo, que me permitiram também compartilhar a minha com eles. Vocês estiveram e estarão comigo para o resto da minha vida e parte desta vitória é dedicada à vocês. Ao meus grandes amigos, André (Dedé), Monique (Saquarema), Jeferson (Tuta), Thiago, Luís (Luisinho), Gabriel (Michellin), Rafael (Careca), Lorena (Lozão), Pedro Henrique (Bussunda), Kamilla (Kamillinha), José Carlos (Zeck), Fabrício (Cremoso), Gisele, Pedro Henrique (Pter), Camila (Dolly), Juliana (Jú), Flávio (Flavinho), Heuzer, Leandro, Leonardos (Aquino, Sana e Purinho), Beatriz (Bia), Marcela, Clarissa, Pillar e Carol. Agradeço ao prof. José Miguel e ao Léo, pelas dicas no ArcGIS. Aos amigos da turma 2007 Marina, Paulo, Elyene, e mais...muito obrigado! Aos amigos, antes apenas calouros, da turma de 2008, em especial Francisco (Chicão)...obrigado pela amizade! A todos da geologia da Rural, que foram importantes para mim, muito obrigado!! Agradeço aos amigos da geologia de Roraima, a UFRR...amigos da geologia da UFMT, da UnB e em especial Bruno, da UFMG...é ótimo saber que vocês serão meus futuros companheiros de profissão. Geologia à parte, muitos amigos, mesmo leigos para a geologia, se mostraram grandes companheiros, e apoiram sempre a decisão de fazer este trabalho...amigos como Matheus, Gabriel, Daniel (Dani), Rafael, Bruna, Isabela (Bebela), à vocês meu muito obrigado! Aos meus queridos primos, mais do que minha família, são e sempre foram meus amigos; ao Felipe (Baiano), Fred, Samuel (Sam), Ana Paula (Papaula), Larissa, Débora (Nuna) e demais...obrigado por estarem presentes! Agradeço ao apoio da minha família toda, sempre presente também, minha avó Nilza, a todos os meus tios e tias, muito obrigado! Em um capítulo à parte, agradeço a todos que tornaram possível a realização deste projeto: Ao meu orientador prof. Francisco, agradeço muito pela atenção, dedicação, paciência, interesse e pela orientação, que muito além de profissional, foi também pessoal, assim como pelas oportunidades, e por ter acreditado neste trabalho e neste autor que vos fala. Agradeço imensamente ao geólogo Flávio Andrade, que muito mais do que orientador em campo e em escritório, tornou-se um companheiro interessado, prestativo com o qual aprendi muita geologia, e muito sobre campo, mas também muito mais do que isso (tem algo a ver com um caminhão de alguma coisa). Também aprendi, dentre outras coisas, que pode-se fazer geologia com extrema competência, e manter a simplicidade e o senso de humor. Devo à você este trabalho, portanto, o meu muito obrigado! Ao meu grande amigo Jeferson (Jefinho), agradeço também imensamente. Foram nove dias nos quais pude contar histórias e escutá-las também. Mais do que um ajudante de campo sempre pronto, disposto, interessado, você se tornou um grande amigo. Obrigado também a todos os geólogos da MSOL, sempre dispostos a cooperar em tudo o que foi preciso, atenciosos, prestativos e interessados no desfecho deste trabalho; Lucas, Alexandre, Gleison e todos da equipe de geologia, obrigado! Sem vocês este trabalho não seria realizado!

3 I INTRODUÇÃO ÍNDICE I.1 Apresentação...1 I.2 Características Gerais da Área...1 I.2.1 Localização...1 I.2.1 Características Fisiográficas...1 I.2.2 Aspectos Históricos... 2 I.3 Objetivos...4 II METODOLOGIA IV.1 IV.2 Pesquisa Bibliográfica...5 Trabalho de Campo...5 III GEOLOGIA REGIONAL (QUADRILÁTERO FERRÍFERO) III.1 Estratigrafia... 6 III.1.1 Complexos Granito-Gnáissicos...8 III.1.2 Supergrupo Rio das Velhas...11 III.1.3 Supergrupo Minas...13 III.1.4 Relação do Supergrupo Espinhaço com o Supergrupo Minas...14 III.2 Evolução Tectônica...15 III.3 Gênese de Depósitos Auríferos Mesotermais...16 III.4 Depósitos Auríferos do Quadrilátero Ferrífero...17 IV GEOLOGIA LOCAL IV.1 Unidades Litoestratigráficas...18 IV.1.1 Introdução...18 IV.1.2 Estratigrafia...19 IV.1.3 Complexo Caeté...19 IV.1.4 Grupo Nova Lima Indiviso...20 IV.1.5 Unidade Morro Vermelho...22 IV.1.6 Formação Cauê IV.1.7 Formação Cambotas...28 IV.1.8 Canga...31 IV.2 Geologia Estrutural...33 IV.2.1 Introdução...33 IV.2.2 Medições no Grupo Nova Lima...33 IV.2.3 Medições nos Quartzitos da Formação Cambotas...34 IV.2.4 Medições nos Itabiritos da Formação Cauê...34 IV.2.5 Medições na Unidade Morro Vermelho...34 IV.2.6 Medições nas FFB's da Unidade Morro Vermelho...34 IV.3 Mineralização de Ouro e litologias associadas...41 V CONSIDERAÇÕES FINAIS VI REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS VII ANEXOS

4 Resumo O trabalho apresentado consistiu no mapeamento geológico da localidade de Fazenda Trindade, em escala de 1:5000, situada no município de Caeté Minas Gerais. Em termos de contexto geológico, esta área se localiza na porção nordeste do Quadrilátero Ferrífero, em um dos flancos do sinclinal Gandarela. O trabalho de campo teve duração de 10 dias e contou com a permissão e apoio logístico da empresa MSOL (Mineração Serras do Oeste Ltda.). Fruto deste trabalho, foram elaborados os mapas geológico de detalhe e relatório com a descrição detalhada das litologias encontradas. De forma geral, identificou-se rochas do Complexo Granito-Gnáissico, do Supergrupo Rio das Velhas, do Supergrupo Minas, do Supergrupo Espinhaço e material superficial Fanerozóico denominado por Canga. Dentre as rochas do Supergrupo Rio das Velhas, destacam-se as formações ferríferas bandadas mineralizadas em ouro, as quais se constituem na área em questão, de relevante importância econômica.

5 LISTA DE FIGURAS FIGURA 1 Mapa de Acesso e Localização p.3 FIGURA 2 Mapa do Quadrilátero Ferrífero p.7 FIGURA 3 Mapa dos Complexos Granito-Gnaisse, Supergrupo Rio das Velhas, Supergrupo Minas e Supergrupo Espinhaço p.10 FIGURA 4 Coluna Estratigráfica do Quadrilátero Ferrífero p.14 FIGURA 5 Foto de Afloramento de Sericita-Xisto do Grupo Nova Lima Indiviso p.21 FIGURA 6 Foto de Afloramento de Sericita-Xisto da Unidade Morro Vermelho p.23 FIGURA 7 Foto de Afloramento de Formação Ferrífera Bandada do Tipo Algoma (Unidade Morro Vermelho) p.24 FIGURA 8 Foto de Caneta Imantada com Magnetita muito fina p.26 FIGURA 9 Foto de Afloramento de Itabirito da Formação Cauê (trincheira) p.27 FIGURA 10 Foto de Estratificação Cruzada de pequeno porte em Quartzito p.29 FIGURA 11 Foto de Lente de Formação Ferrífera Bandada em Quartzito p.30 FIGURA 12 Foto de Afloramento de Canga p.32 FIGURA 13 Estereograma de Xistosidades do Grupo Nova Lima Indiviso p.35 FIGURA 14 Diagrama de Roseta de Xistosidades do Grupo Nova Lima Indiviso p.35 FIGURA 15 Estereograma de Foliações de Quartzitos (Formação Cambotas) p.36 FIGURA 16 Diagrama de Roseta de Foliações de Quartzitos (Formação Cambotas) p.36 FIGURA 17 Estereograma de Bandamentos dos Itabiritos da Formação Cauê p.37 FIGURA 18 Diagrama de Roseta de Bandamentos dos Itabiritos da Formação Cauê p.37 FIGURA 19 Estereograma de Xistosidades da Unidade Morro Vermelho p.38 FIGURA 20 Diagrama de Roseta de Xistosidades da Unidade Morro Vermelho p.38 FIGURA 21 Estereograma de Bandamentos de Formações Ferríferas Bandadas do Tipo Algoma (Unidade Morro Vermelho) p.39 FIGURA 22 Diagrama de Roseta de Bandamentos de Formações Ferríferas Bandadas do Tipo Algoma (Unidade Morro Vermelho) p.39 FIGURA 23 Diagrama de Roseta do Plunge de Formações Ferríferas Bandadas do Tipo Algoma (Unidade Morro Vermelho) p.40 FIGURA 24 Foto de Plunge em Formação Ferrífera Bandada do Tipo Algoma (Unidade Morro Vermelho) p.42

6 LISTA DE TABELAS TABELA 1 Datações U-Pb em zircão para os complexos granito-gnáissicos do embasamento arqueano do Quadrilátero Ferrífero p.9 TABELA 2 Datações de eventos metamórficos (retrabalhamento) do Paleoproterozóico no embasamento arqueano do Quadrilátero Ferrífero e adjacências. Idades isocrônicas Rb-Sr em rocha total e idades U-Pb em titanita p.9

7 I INTRODUÇÃO I.1 Apresentação O presente trabalho, teve por objetivo elaborar um mapa geológico na localidade de Fazenda Trindade, sudeste de Caeté MG, na escala de 1:5.000, tendo sido também gerado, um mapa de pontos e um relatório completo com fotos, croquis e descrição da geologia local. Foram coletadas 60 amostras em suporte à descrição macroscópica das rochas e que eventualmente poderão ser utilizadas em outros trabalhos de monografia. Oeste Ltda.). Este, foi feito com a permissão e total apoio logístico da MSOL (Mineração Serras do I.2 Características Gerais da Área I.2.1 Localização O acesso à área é feito partindo-se de Caeté, por estrada não-pavimentada que liga Barão de Cocais à Caeté. Esta estrada corta a parte norte da área na direção leste-oeste. Para chegarse à Caeté, vindo do Rio de Janeiro, o principal acesso é através da BR-040 até Belo Horizonte, com saída pelo anel rodoviário desta cidade, para alcançar a BR-262 em direção à Itabira, e em seguida a BR-381, como mostra a Figura 1. I.2.2 Características Fisiográficas O clima da região é classificado como tropical de altitude. As chuvas predominam nos meses mais quentes ( de Outubro à Março) com totais pluviométricos que variam em torno de mm anuais. Registra-se uma temperatura média anual de cerca de 20º C, com máximas e mínimas em torno de 26º C e 12º C, respectivamente. Do ponto de vista fitogeográfico, a região foi recoberta por mata tropical, ainda preservada em alguns pontos, o que forma importantes reservas naturais. O relevo de difícil acesso é o principal responsável pela preservação destas reservas e um grande obstáculo ao desmatamento. 1

8 I.2.3 Aspectos Históricos São João Batista do Morro Grande foi a denominação primitiva do atual município de Barão de Cocais, povoado por sertanistas que procuravam ouro em princípios do século XVIII. (as galerias encontradas na área de estudo são, provavelmente desta época, tendo sido abertas pelos bandeirantes para a exploração do ouro). O núcleo urbano que ali se constituiu teve como condicionamento geográfico o contorno do rio, a lógica do ouro em abundância que atraía novos moradores, a insegurança e a instabilidade que cercavam a região, a necessidade de se agregarem para a confraternização e para o comércio. De qualquer forma, a pequena localidade ao contrário de outras cidades exploradoras de ouro, teve uma mineração florescente até o século XIX, destacando-se a importante mina do Gongo Soco, que continuou a produzir a partir de tecnologias adequadas. Em 1824, a Imperial Brasilian Mining Association assume o controle da Mina do Gongo Soco que foi comprada ao Barão de Catas Altas. Destaca-se que em 30 anos de atividade, esta empresa, entre 1826 a 1856 produziu quase 13 mil quilos de ouro. 2

9 Figura 1 Mapa de Acesso e Localização. Fonte: Modificado de 3

10 I.3 Objetivos O objetivo do presente trabalho foi de mapear, na escala de 1:5.000, uma área de aproximadamente 17 Km 2 no município de Caeté MG, localizada na porção nordeste do Quadrilátero Ferrífero. Com este trabalho pretendeu-se confeccionar um mapa geológico de detalhe, numa escala adequada e compatível com a principal mineralização de ocorrência na área que são as formações ferríferas auríferas do tipo Algoma. Outro objetivo, foi contribuir para o aumento do conhecimento geológico da área uma vez que, os atuais mapas geológicos utilizados na região estão na escala de 1: Foi também um objetivo deste trabalho coletar o máximo de informação como fotos, medidas estruturais e amostras, de todos os litotipos encontrados, para compreender melhor a evolução geológica da área, que tem interesse econômico significativo. 4

11 II METODOLOGIA II.1 Pesquisa Bibliográfica A etapa de pesquisa bibliográfica consistiu na busca dos principais trabalhos publicados que envolvessem a geologia do Quadrilátero Ferrífero, de um modo geral. De forma específica, foram procurados trabalhos que descrevessem os processos de formação das formações ferríferas bandadas e mineralizações associadas. Na referida pesquisa, foram utilizados principalmente o site Google Acadêmico (acessado em 20/10/10), e periódicos publicados sobre o Quadrilátero Ferrífero gentilmente cedido pela MSOL, que nos forneceram os trabalhos em formato digital. Esta empresa também forneceu os mapas-base para o trabalho: folha Caeté, do Projeto Geologia do Quadrilátero Ferrífero (UFMG, CODEMIG) e fotos de satélite Ikonos. Em outra parte desta pesquisa, recorreu-se à Biblioteca Central da UFRRJ na busca de livros e publicações de maior interesse ao trabalho. Esta etapa foi importante, para a familiarização do graduando com a geologia da área a ser pesquisada, o que propiciou um melhor aproveitamento da próxima etapa, que consistiu no trabalho de campo. II.2 Trabalho de Campo O trabalho de campo foi a fase principal, onde se desenvolveu o mapeamento da mencionada área. Para tal, foram utilizados os seguintes equipamentos: Bússola modelo Brunton, martelo geológico Estwing, GPS Garmin, mapa geológico da CODEMIG, topográfico em escala 1: e imagem do satélite Ikonos, escalímetro, máquina fotográfica, lupa de bolso, caderneta de campo, sacolas para amostras, além de botas e perneiras. A duração do trabalho foi de 10 dias. O procedimento adotado consistiu em mapear a área fazendo caminhamentos preferencialmente perpendiculares à direção principal das unidades geológicas. A marcação de pontos não seguiu um padrão de repetição, sendo esta feita de acordo com o interesse geológico do ponto em particular. A convenção utilizada para as medidas com a bússola foi strike-dip, medidas em azimute. Para a impressão de mapas, e edição destes, assim como todo o planejamento de campo, foram utilizadas as instalações e pessoal da MSOL em Caeté. Em particular, é de destacar que fui orientado durante os trabalhos de campo pelo geólogo Flávio Andrade (MSOL), chefe da equipe responsável pelos trabalhos na área, tendo sido acompanhado pelo Sr. Jeferson, funcionário da empresa mencionada, que atuou como ajudante de campo e amostrador. Os mapas geológico e de pontos descritos foram editados no software ArcGIS, versão 9.3 no formato A2. 5

12 III GEOLOGIA REGIONAL (QUADRILÁTERO FERRÍFERO) III.1 Estratigrafia As principais unidades litoestratigráficas do Quadrilátero Ferrífero são quatro : os complexos metamórficos granito-gnáissicos (granitóides, gnaisses, anfibolitos e metaultramáficas) que formam o embasamento cristalino (Borba, 1998). O Supergrupo Rio das Velhas, que é uma sequência metavulcanossedimentar, ou cinturão de rochas verdes (Greenstone Belt). O Supergrupo Minas que consiste em conglomerados aluviais, arenitos e rochas sedimentares químicas (Dorr, 1969) e o Grupo Itacolomi, que consiste em quartzitos, quartzitos arcoseanos e arcósios. Este último recobre o Supergrupo Minas (Rosiére e Chemale, 2000), do Quadrilátero Ferrífero. Pode-se ainda considerar como parte da pilha estratigráfica as rochas intrusivas pós- Minas que ocorrem como veios pegmatíticos (Alkmin e Marshak, 1998). Há, no entanto, litologias que embora não associadas ao Quadrilátero Ferrífero, ocorrem geograficamente junto ao mesmo. Como exemplo, podemos citar várias unidades do Supergrupo Espinhaço e Supergrupo São Francisco. Em seguida são descritas de forma sumária as principais unidades litoestratigráficas mencionadas anteriormente. São Francisco. Na Figura 2 é mostrado a localização do Quadrilátero Ferrífero no contexto do Cráton do 6

13 Figura 2 Mapa do Quadrilátero Ferriífero Localização do Quadrilátero Ferrífero na porção meridional do Cráton do São Francisco (Spreafico, 2006) 7

14 III.1.1 Complexos Metamórficos Granito-Gnáissicos Os complexos Belo Horizonte, Bação, Caeté, Bonfim, Florestal e Mato Dentro são os principais e maiores identificados dentro da região do Quadrilátero Ferrífero. Estes terrenos são caracterizados por maciços (domos) de granito-gnaisse, geralmente sub-circulares à elípticos, circundados por sinclinais de escala quilométrica (Hippertt e Davis, 2000). Estes representam o embasamento arqueano do Quadrilátero Ferrífero e seus arredores (Renger et al. 1994). Ocorrem na maior porção deste embasamento cristalino rochas denominadas de TTG's ( tonalitotrondhjemito-granodiorito), que exibem bandamentos e feições de migmatização. Estas seriam o representante da crosta mais velha, siálica, que foi intrudida por granitóides de composição variável, desde veios até grandes corpos (Noce, 2000). As principais datações foram feitas por Romano (1989), Noce (1995), Machado e Carneiro (1992), Delhal e Demaiffe (1985), Machado et. al. (1992), Teixeira (1985) e Besang et. al. (1977), as quais estão condensadas e são apresentadas nas Tabelas 1 e 2 a seguir. A Figura 3 é um mapa das principais litologias encontradas no Quadrilátero Ferrífero ( Supergrupo Rio das Velhas SGRV, Supergrupo Minas SGM e Supergrupo Espinhaço SGE ) e que inclui a localização dos Complexos Granito- Gnáissicos. 8

15 Tabela 1 Datações U-Pb em zircão para os complexos granito-gnáissicos do embasamento arqueano do Quadrilátero Ferrífero (* - idades de cristalização; ** - idades de retrabalhamento/metamorfismo; *** - idade mínima). (Renger et. al. 1994). Tabela 2 Datações de eventos metamórficos ( retrabalhamento ) do Paleoproterozóico no embasamento arqueano do Quadrilátero Ferrífero e adjacências. Idades isocrônicas Rb-Sr em rocha total e idades U-Pb em titanita. (Renger et. al. 1994). 9

16 Figura 3 Mapa dos Complexos Granito-Gnáissicos, SGRV, SGM e SGE. (Renger et. al. 1994) 10

17 III.1.2 Supergrupo Rio das Velhas O termo Supergrupo Rio das Velhas foi primeiramente proposto por Loczy e Ladeira em 1976 para nomear as sequências metavulcano-sedimentares que circundam os terrenos granitognáissicos do Quadrilátero Ferrífero. Anteriormente esta unidade era conhecida informalmente como greenstone belt Rio das Velhas, após o reconhecimento do seu arcabouço tectonoestratigráfico como sendo de uma típica sequência greenstone belt (Lobato et. al., 2001). O primeiro autor a dividir esta sequência arqueana foi Dorr (Dorr et. al., 1957 in Lobato et. al., 1998), em Grupo Nova Lima de posição basal, e Grupo Maquiné no topo. O grupo Nova Lima, foi dividido informalmente por Ladeira (1980) em três unidades. A Unidade Metavulcânica é a mais basal, sendo composta de rochas ultramáficas de derrames e corpos intrusivos metamorfisados (serpentinitos, esteatitos e talco-xistos), metabasaltos (clorita-tremolita-actinolita xistos), delgadas camadas de formação ferrífera do tipo Algoma, metacherts, filitos carbonosos, meta-riolitos subordinados (quartzo-sericita xistos) e xistos tufáceos, sendo que a composição química destas rochas varia desde komatiítica até toleítica (Noce et. al., 1992). Acima estratigraficamente, ocorre a Unidade Metassedimentar Química, na qual ocorrem cherts ferríferos e carbonáticos, FFB (Formações Ferríferas Bandadas - fácies carbonato, sulfeto, silicato e óxido), intercalados com filitos carbonosos e xistos tufáceos félsicos à intermediários (Noce et. al., 1992). No topo desta sequência, temos a Unidade Metassedimentar Clástica, composta por quartzo-mica xistos, xistos carbonáticos, metagrauvacas, quartzitos imaturos e metaconglomerados (Noce et. al., 1992). É neste grupo aonde são encontradas a maior parte das mineralizações de ouro do Quadrilátero Ferrífero sendo este, portanto, de grande interesse do ponto de vista econômico. O Grupo Maquiné se sobrepõe ao Grupo Nova Lima, na porção centro-leste do Quadrilátero Ferrífero, sendo este dividido nas formações Palmital e Casa Forte. Neste grupo ocorrem quartzitos, conglomerados e, menos comumente, filitos e grauvacas (Dorr, 1969 in Lobato et. al.,1998). Ainda existem sub-divisões em formações e unidades dentro destes dois grupos como por exemplo, pode-se citar as unidades Ouro Fino, Morro Vermelho e Santa Quitéria do Grupo Nova Lima, e as unidades Rio das Pedras, Córrego do Sítio e Mindá, pertencentes à Formação Palmital, do Grupo Maquiné. 11

18 III.1.3 Supergrupo Minas Segundo Rosiére e Chemale (2000), a estratigrafia do Supergrupo Minas pode ser dividida em duas megassequências principais: a primeira, é uma sequência entre fluvial deltaica e marinha plataformal que inclui os grupos Caraça, Itabira e Piracicaba sendo a segunda sequência representada pelos depósitos marinhos imaturos do Grupo Sabará. O Grupo Caraça, base do Supergrupo Minas, é composto pelas Formações Moeda e Batatal. Este apresenta, da base para o topo, conglomerados, quartzitos e metapelitos, sendo considerada como uma sequência clástica progradante (Rosiére e Chemale, 2000). O Conglomerado Moeda, na base da Formação Moeda, é mineralizado em ouro tendo, portanto, importância econômica. Estratigraficamente acima, ocorre o Grupo Itabira, sendo este dividido em uma unidade inferior, correspondente à Formação Cauê, onde ocorrem predominantemente itabiritos (formações ferríferas bandadas, deformadas e oxidadas) e a unidade superior, correspondendo à Formação Gandarela, onde há ocorrência de rochas carbonáticas (dolomitos, mármores dolomíticos e calcíticos), filitos e formações ferríferas bandadas (Rosiére e Chemale, 2000). Segundo estes autores, não existe uma separação nítida entre estas unidades onde, dolomitos e itabiritos ocorrem intercalados tanto verticalmente quanto lateralmente (Pires, 1995 in Rosiére e Chemale, 2000), com um contato frequentemente brusco. Na Formação Cauê, ocorrem as formações ferríferas mais espessas do Supergrupo Minas, variando de 200 m a 300 m, e consequentemente com importantes implicações para a exploração do minério de ferro. Superposto ao Grupo Itabira, temos o Grupo Piracicaba, que apresenta na sua porção basal feições turbidíticas com metarenitos, geralmente ferruginosos, intercalados com filitos. Esta sequência passa na lateral e vertical para filitos carbonáticos, filitos ferruginosos, dolomitos, mármores estromatolíticos e formações ferríferas bandadas. Esta complexidade se deve à alternância de condições transgressivas (Rosiére e Chemale, 2000). A segunda megassequência, onde foi depositado o Grupo Sabará, tem características de depósitos flysch, compreendendo metagrauvacas, metadiamictitos, tufos e metavulcanitos ácidos a intermediários associados a filitos carbonosos e formações ferríferas bandadas (Rosiére e Chemale, 2000). 12

19 O Grupo Itacolomi consiste de quartzitos, quartzitos arcoseanos e arcósios, provenientes do metamorfismo de arenito grosseiro e conglomerado polimítico impuro, com estratificação cruzada acanalada e clastos não selecionados de FFB e xistos (Spreafico, 2006). Este recobre a sequência do Supergrupo Minas sendo a sua idade, semelhante com a do Grupo Sabará (Rosiére e Chemale, 2000). A Figura 4 mostra uma coluna estratigráfica do Supergrupo Minas. III.1.4 Relação do Supergrupo Espinhaço com o Supergrupo Minas O Supergrupo Espinhaço, de idade Neoproterozóica, está sobreposto ao Supergrupo Minas em discordância angular, representado por uma sequência rift que inclui brechas sedimentares, conglomerados e quartzitos além de rochas metavulcânicas (Rosiére e Chemale, 2000). Este no entanto, tem ocorrência restrita à na porção nordeste do Quadrilátero, sendo representado por ocorrências de quartzitos puros, quartzitos sericíticos e conglomerados da Formação Cambotas. O evento de rifteamento do Espinhaço, teve um papel secundário na evolução do Quadrilátero Ferrífero (Noce, 2000). 13

20 Figura 4 Coluna Estratigráfica do Quadrilátero Ferrífero (Alkmin e Marshak 1998) 14

21 III.2 Evolução Tectônica A história da evolução tectônica do Quadrilátero Ferrífero vem sendo investigada e discutida há muitos anos, sendo que até hoje não existe um modelo conclusivo mas sim vários modelos propostos por autores como Dorr (1969), Ladeira e Viveiros (1984) e Marhsak e Alkmin (1989) e Chemale et. al. (1994) para citar somente alguns. Segundo Dorr (1969) in (Endo e Machado, 2002), o arcabouço tectônico do Quadrilátero Ferrífero pode ser dividido em três eventos de deformação: o primeiro afetou as unidades do Supergrupo Rio das Velhas, com a intensidade da deformação aumentando de leste para oeste; o segundo evento deformacional ocorreu durante a deposição do Supergrupo Minas e Grupo Itacolomi, sendo de natureza mais diastrófica do que orogênica e com soerguimentos de camadas e arqueamentos; o terceiro evento ocorreu após a sedimentação do Grupo Itacolomi, envolvendo todas as sequências pré-cambrianas e sendo responsável pelas dobras sinformais e antiformais de eixos N-S, E-W, NE-SW e NW-SE e soerguimento parcial do Complexo Bação. Este último evento é responsável pelas estruturas de rasgamento e cavalgamento com transporte de W para NW que, de modo geral, provocaram a inversão dos flancos E e SE de dobras maiores. De acordo com Marshak e Alkmin (1989) in (Endo e Machado, 2002), existem quatro eventos tectônicos pós-minas, que explicam o arcabouço tectônico do Quadrilátero Ferrífero. Para Chemale et. al. (1994), o Quadrilátero Ferrífero é uma feição tectônica resultante da superposição de estruturas desenvolvidas durante dois eventos tectônicos principais: o primeiro é representado por um evento distensional regional e o segundo por um evento compressional com vergência para oeste. Segundo Endo e Machado (2002), a região do Quadrilátero Ferrífero é caracterizada por 4 ciclos geodinâmicos: 1 Ciclo Rio das Velhas (2.555 ma ma) 2 Ciclo Transamazônico (1.900 ma a ma) 3 Ciclo Espinhaço (1.770 ma a?) 4 Ciclo Brasiliano (450 ma a 600 ma) 15

22 III.3 Gênese de Depósitos Auríferos Mesotermais Segundo Biondi (2003), os fluidos formadores dos sistemas hidrotermais gigantes, geneticamente relacionados aos depósitos do subsistema dínamo-termal, resultam da desvolatização. Este processo é causado pelo metamorfismo, em condições de P e T correspondentes à transição entre os graus fraco e médio e, em casos mais raros, dos graus médio para o forte, de sequências supracrustais de origens marinhas acrescidas em margens continentais convergentes. Nesse tipo de ambiente portanto, os minerais hidratados recristalizam-se para fases menos hidratadas, em região mais aquecida. Os fluidos libertados nessa transformação deslocam-se em direção às regiões menos aquecidas, percolando através de rochas ou focalizadas em canais de maior permeabilidade. Neste percurso, os fluidos são desestabilizados e geralmente mineralizam as falhas de segunda ordem ou de ordens maiores (Biondi, 2003). Segundo este mesmo autor, a diminuição da permeabilidade das zonas de cisalhamento pode ser causada, por exemplo, pela presença de uma rocha menos competente, mais dúctil. A diminuição da velocidade concentra e aumenta a pressão das fases fluidas, o que facilita a reação com os silicatos de Fe, Ca e Mg, das rochas encaixantes. Provavelmente, a principal reação que ocorre nestas condições e responsável pela precipitação do ouro, seria a reação de sulfetação das encaixantes e a precipitação de pirita, devido a desestabilização dos complexos tiossulfetados que transportam o ouro ao reagir com o Fe das rochas. 16

23 III.4 Depósitos Auríferos do Quadrilátero Ferrífero A região do Quadrilátero Ferrífero é muito rica em mineralizações de ouro, e daí a sua extrema importância econômica. Ladeira (1988) identifica disseminações de ouro em itabiritos manganesíferos paleoproterozóicos, do tipo Lago Superior, na mina do Gongo Soco. Pires et. al. (1986) e, posteriormente Minter et. al. (1990) descreveram disseminações do tipo ''Witwatersrand'', paleoproterozóicas, em conglomerados oligomíticos da Formação Moeda (Supergrupo Minas). Veiga (1985), Duarte e Pires (1996) e Figueiredo et. al. (1996) descreveram mineralizações do tipo stratabound em ''lodes'' turmaliníticos, que ocorrem em metassedimentos de idade arqueana à paleoproterozóica (mina da Passagem de Mariana). Os maiores depósitos, no entanto, estão ligados ao Supergrupo Rio das Velhas. Estes são do tipo stratabound, como é o caso da mina de Morro Velho, ou em ''lodes'' associados à zonas de cisalhamento, como no caso da mina Tinguá (Martini,1998). Estes depósitos são denominados por de mesotermais ou orogênicos, o primeiro pela sua gênese e o segundo pelo tipo de ambiente na a mineralização esta ocorreu. Segundo Lobato et. al. (1998), dentro de cinturões dominados por rochas metavulcânicas, podemos classificar os estilos de mineralização em: 1 - Brechas, stockworks e zonas ricas em sulfetos em formações ferríferas fácies óxido (stratabound ou estratiforme) ; 2 - hospedadas em rochas máficas vulcânicas ou sedimentares associadas com zonas de cisalhamento, com disseminação em sulfetos; 3 - em veios de quartzo auríferos cortando as outras litologias. Para Kerswill (1993) in Lobato et. al. (1998), os depósitos hospedados em FFB's podem ser divididos em estratiformes e não-estratiformes, sendo que no segundo caso, o ouro está relacionado com estruturas tardias (veios e zonas de cisalhamento) e/ou sulfetos de FFB's adjacentes à estas estruturas. Thorpe et. al. (1984) in Spreafico (2006), determinou o intervalo de Ma para a mineralização primária do Au no Grupo Nova Lima (Supergrupo Rio das Velhas). Segundo este autor, o Au teria sido remobilizado durante as orogêneses proterozóicas, mais especificamente, durante orogênese Transamazônica, assim como durante a orogênese Brasiliana. Referindo-se à gênese de ouro no Supergrupo Rio das Velhas, a tendência de interpretação é pelos modelos epigenéticos controlados por estruturas, mesmo considerando que houve uma remobilização parcial de sulfetos. Ainda assim, existem autores que preferem a interpretação singenética da mineralização, ou que esta seja a base para a remobilização tardia dos sulfetos e do Au (Spreafico, 2006). 17

24 IV GEOLOGIA LOCAL IV.1 Unidades Litoestratigráficas IV.1.1 Introdução A área mapeada, é delimitada pelas coordenadas UTM e UTM Leste e UTM e UTM Norte, o que perfaz um total de 17,024 Km 2, na localidade da Fazenda Trindade. Esta área está localizada estruturalmente, em um dos flancos (norte) do sinclinal Gandarela. Ao longo do mapeamento geológico, e tomando como base a folha Caeté, do Projeto Geologia do Quadrilátero Ferrífero (UFMG,CODEMIG), foram identificadas 6 unidades litoestratigráficas distintas, as quais serão detalhadas neste capítulo. De forma geral, são estas: Complexo Granito-Gnáissico representado pelo Complexo Caeté (gnaisse granítico à granodiorítico); o Supergrupo Rio das Velhas está representado pelo Grupo Nova Lima indiviso formado de xistos, filitos metassedimentares e metavulcânicos e pela unidade Morro Vermelho do Grupo Nova Lima, constituído por xistos e, localmente, delgadas faixas de formação ferrífera bandada e metachert. O Supergrupo Minas é representado pela Formação Cauê, que ocorre na área como Itabiritos hematíticos e magnetíticos; o Supergrupo Espinhaço é representado pela Formação Cambotas na forma de quartzitos puros à sericíticos com finas lentes de conglomerado com formação ferrífera. Há também material superficial do tipo Canga, que ocorre como fragmentos de formação ferrífera bandada e cimentado por limonita. De um modo geral, as camadas apresentam-se orientadas na direção leste-oeste. Estratigraficamente, a região ao norte da área apresenta as litologias mais antigas, enquanto que ao sul, estão as mais novas, isto é, o mergulho é predominantemente para sul/sudeste. Existe uma extensa cobertura de mata nativa à nordeste, sudoeste e na região central, somando-se à isso, o relevo é muito acidentado nestas regiões, o que dificultou o acesso aos afloramentos. Nestas áreas portanto, não foram marcados pontos, e os contatos foram inferidos pela interpretação de fotos de satélite e a partir da descrição de outros pontos. Para uma melhor localização e compreensão das litologias à seguir, foram citados os pontos marcados, tendo a abreviação PT. Estes estão relacionados ao Mapa de Pontos e Tabela de Pontos (ver Anexos). 18

25 IV.1.2 Estratigrafia A coluna estratigráfica começa com o Complexo Caeté, que compõe o embasamento da área, sendo a unidade mais antiga. Acima estratigraficamente, se encontra o Grupo Nova Lima Indiviso que compõe a parte basal do Supergrupo Rio das Velhas. A próxima sequência a ser depositada foi a unidade Morro Vermelho, do Grupo Nova Lima, que compõe assim a ocorrência da parte superior deste, na área. Seguindo a sequência para cima, ocorre a deposição da Formação Cauê, Supergrupo Minas. A próxima unidade a ser depositada foi a Formação Cambotas, Supergrupo Espinhaço que foi depositada sobre o Supergrupo Rio das Velhas. A Canga é a litologia mais recente, sendo o produto da alteração da Formação Cauê, formando literalmente uma ''capa'' sobre esta. IV.1.3 Complexo Caeté O Complexo Caeté aflora de uma forma restrita, na porção norte da área sendo que, de uma forma geral, apresenta-se em um estado muito avançado de alteração intempérica. Devido a isto, somente pode-se visualizar perfis de solo de cor amarelada à acinzentada, muito quartzoso que muito certamente estão relacionados com esta unidade. Vale ressaltar que não foram encontrados afloramentos, o que dificultou muito a identificação da litologia. Esta litologia foi interpretada através de mapas geológicos, por um método local muito utilizado que é o de verificar a coloração de cupinzeiros (acinzentados à amarelados indicam um solo gnáissico) e pela observação dos perfis de solo. Provavelmente as rochas que deram origem à estes perfis de solos são gnaisses graníticos à granodioríticos, do Complexo Caeté, sendo a diferença de composição observada em campo pela variação de cores do solo. É de notar que a variação destas cores ocorre de forma irregular, sendo muito difícil mapeá-la. Esta litologia representa o embasamento de idade Mesoarqueana, e mostra orientação preferencial leste-oeste. Geomorfologicamente, pode-se diferenciar esta litologia de outras por mostrar relevo suave, topografia aplainada, o que serve localmente de pasto para gado na maior parte da área, mas também abrigando uma parte com mata fechada, na porção noroeste da área. Segundo os mapas regionais, o contato entre estes gnaisses com os filitos e xistos do Grupo Nova Lima, estratigraficamente posicionados acima, faz-se segundo uma falha de empurrão. Localmente, no entanto, não foi possível observar qualquer estrutura que indicasse tal tipo de contato. Este contato, no entanto, foi observado em apenas um afloramento em corte de estrada, onde o xisto do Grupo Nova Lima encontra-se sobre material gnáissico bem amarelado (PT 86). Em todos os outros pontos (PT 88, PT 94) este contato foi inferido, pela diferença de coloração gradual observada no solo e pela coloração dos cupinzeiros presentes na área. 19

26 IV.1.4 Grupo Nova Lima Indiviso Ainda na porção norte da área encontramos o Grupo Nova Lima Indiviso do Supergrupo Rio das Velhas. Esta litologia foi identificada principalmente por afloramentos em cortes de estrada, e pela coloração bem avermelhada do solo, tendo também uma granulação mais fina e argilosa do que o solo gnáissico. Nestes afloramentos, foi possível identificar basicamente quartzo-sericitaxistos, quartzo-clorita-xistos e sericita-xistos bem alterados, friáveis, mas ainda mantendo estruturas visíveis como a xistosidade, o que permitiu que pudessem ser medidas atitudes. A coloração das amostras variam de vermelho sangue à rosado. Localmente (PT 12, PT 83), o xisto contém ''bandas'' pretas, provavelmente material carbonoso, e onde a coloração tende a ser mais alaranjada (Figura 5). Em escala de amostra de mão, o quartzo apresenta-se muito fino e homogeneamente distribuído enquanto a sericita comumente está alterada, sendo bem friável ao toque. Em dois afloramentos (PT 19 e PT 21), o xisto mostra-se totalmente intemperizado com uma xistosidade não tão evidente, sendo a coloração mais esbranquiçada e alaranjada. Na área, esta unidade mostra um mergulho para SE, aparecendo no mapa, com direção preferencial leste-oeste. O contato desta unidade, com os quartzitos da Formação Cambotas foi observado em mais de um afloramento, tendo sido marcado em vários pontos. Nos outros pontos este contato foi inferido. No terreno, ocorrem ainda inúmeros blocos rolados de quartzitos, de tamanhos que variam de centimétricos a métricos, sendo difícil diferenciar se estes pertecem ao Grupo Nova Lima ou a Formação Cambotas. Como no caso do contato inferior, este contato também é representado no mapa geológico da CODEMIG por uma falha de empurrão. Também desta vez, não foram identificados indicadores cinemáticos, portanto o contato neste mapa de detalhe foi representado apenas como definido/inferido. Geomorfologicamente, é observado que a topografia se apresenta com um relevo mais acidentado, o que nos permite também utilizar esta feição para diferenciar litologicamente o Grupo Nova Lima na área. 20

27 Figura 5 Foto de afloramento de sericita-xisto do Grupo Nova Lima Indiviso 21

28 IV.1.5 Unidade Morro Vermelho A unidade Morro Vermelho do Grupo Nova Lima, pertence ao Supergrupo Rio das Velhas, ocupa a porção central e sul da área fazendo contato com o quartzito Cambotas ao norte e com a Formação Cauê e um material ferruginoso superficial (Canga) à sudeste. Na área mapeada, esta unidade está representada por quartzo-clorita-xistos, quartzo-sericita-xistos, sericita-xistos, quartzo-carbonato-sericita-xistos, xistos carbonosos com intercalações de formações ferríferas bandadas do tipo Algoma e locamente metachert. Nesta unidade, os xistos ocorrem em muitos locais estando totalmente alterados, sendo identificados apenas pelo perfil de solo, notadamente argiloso e avermelhado (PT 56, PT 98, PT 121). O contato com o quartzito Cambotas foi inferido pela diferença de coloração do solo (o solo do quartzito se mostra muito quartzoso de cor acinzentada). Em um ponto (PT 114) foi identificada uma faixa de quartzo-carbonato-sericita xisto de aproximadamente 50 cm, com metachert. Observa-se localmente, ao sul desta unidade (PT 118), um afloramento de xisto pouco carbonoso (1 a 15%), provavelmente uma ''lente'' mais espessa deste material, já comumente só pequenas lentes deste material são observadas. Na porção mais ao sul da ocorrência desta litologia encontram-se intercalações de formacões ferríferas bandadas do tipo Algoma, mineralizadas em ouro, servindo o quartzo-sericita-xisto de rocha encaixante a estas unidades ferríferas. Estas intercalações ferríferas têm espessuras muito variáveis mas, em geral, são de pequena extensão (poucas dezenas de metros) e espessuras na ordem de 4 m, em média. Afloramentos de quartzo-sericita-xisto e de sericita-xistos (PT 119), embora apresentem-se alterados, oxidados e friáveis mostram xistosidade o que torna possível a realização de medições. À sudeste da área, temos o contato com a Canga, que pode ser facilmente visualizado pela diferença de cor e tipo de solo. Este contato pode ser igualmente observado em fotos de satélite. O contato com os itabiritos da Formação Cauê foram inferidos através da observação da diferença de cor de solo onde um solo mais arroxeado, indica a presença de itabirito. Em escala de amostra de mão, o quartzo quando presente nos xistos, se apresenta homogêneo, distribuído de maneira uniforme, e bem fino. A sericita apresenta-se levemente alterada à muito alterada, com uma coloração que varia de esverdeada a amarelada. Lentículas de material carbonoso escuro são observadas ao longo do plano de xistosidade. O carbonato está presente em quantidade muito reduzida, podendo ser visto apenas localmente, e identificado com o auxílio de uma lupa e ácido. A formação ferrífera bandada do tipo Algoma é do tipo silicática, na fácies óxido, e com intercalações centimétricas de metachert. Notam-se a presença de ''boxworks'' mas não é possível observar sulfetos devido ao elevado grau de intemperismo da rocha. Vale ressaltar que, do ponto de vista estrutural, estas rochas mostram-se bastante cisalhadas, sendo comum observar os níveis de ferro e quartzo perturbados e dobrados. 22

29 Figura 6 Foto de afloramento de sericita-xisto da Unidade Morro Vermelho 23

30 Figura 7 Foto de afloramento de formação ferrífera bandada do tipo Algoma, Unidade Morro Vermelho 24

31 IV.1.6 Formação Cauê A Formação Cauê do Grupo Itabira, Supergrupo Minas, ocorre na área como itabiritos (formações ferríferas bandadas do tipo Lake Superior), estando na fácies óxido. Estas são menos silicáticas do que as formações ferríferas bandadas do tipo Algoma. Em escala de mão, podemos notar a presença de muito quartzo de granulação bem fina, disperso de forma homogênea na rocha. As bandas de metachert e de hematita/magnetita têm espessuras variáveis em níveis milimétricos à centimétricos. A magnetita foi detectada pelo uso de caneta com ponta especial, imantada, como pode ser observado na Figura 8. Tanto este mineral, quanto a hematita, são muito finos, equigranulares, podendo ser melhor observados com a lupa. Há muitos afloramentos na área desta unidade, localizados à sudeste, ao longo de cortes de estrada. Esta litologia ocorre à sudeste da área, sendo que está em contato com a unidade Morro Vermelho à oeste, sul e norte e à leste com a canga. O contato com a foi observado no PT 126, sendo o resto deste, inferido. O contato com a canga pôde ser observado nos pontos PT 127, PT 140 e PT 141. O itabirito em alguns afloramentos, está mais friável do que em outros, como no PT 135, mas ainda preserva estruturas bem visíveis, como bandamento. Isto possibilitou a obtenção de medidas de mergulho e direção. O solo sobre a Formação Cauê, apresenta-se com coloração arroxeada à alaranjada, com muitos fragmentos de rocha. No ponto PT 126 existe uma trincheira antiga, aberta por bandeirantes, na qual é possível observar muito bem os bandamentos destes itabiritos (Figura 9). 25

32 Figura 8 Foto de caneta imantada com magnetita muito fina 26

33 Figura 9 Foto de afloramento de itabirito da Formação Cauê (trincheira) 27

34 IV.1.7 Formação Cambotas A Formação Cambotas, Grupo Conselheiro Mata, Supergrupo Espinhaço, consiste em quartzitos puros à sericíticos com lentes de formação ferrífera bandada, ocorrendo na porção meridional da área, por sobre o Supergrupo Rio das Velhas. Está em contato com o Grupo Nova Lima ao norte, e com a unidade Morro Vermelho ao sul. Topograficamente, esta litologia corresponde às maiores cotas da área, e geomorfologicamente, ao relevo mais acidentado, com vegetação rasteira. Os afloramentos são abundantes, a rocha encontra-se relativamente pouco alterada, em comparação com as outras litologias da área. No contato com a unidade Morro Vemelho no entanto, a rocha está extremamente alterada, podendo ser visto apenas pelo perfil de solo (cor mais amarelada). Característica deste local, são os blocos rolados, encontrados sobre as duas unidades com as quais esta unidade faz contato. Estes são de tamanhos muito variáveis, de escala métrica (notados em fotos de satélite) à milimétrica, sendo que os maiores estão localizados ao norte. Os quartzitos puros, estão pouco alterados, possuem uma coloração esbranquiçada, visualizando-se facilmente estruturas como veios de quartzo, foliações, pequenas dobras, e estratificações cruzadas (pequeno porte), como foi observado no PT 40 (Figura 10). Os quartzitos sericíticos, contém sericita em níveis centimétricos, e e em alguns locais, possuem lentes de formação ferrífera bandada, como no PT 35, também centimétricas (ver Figura 11). Estas ''lentes'' acompanham a foliação em vários níveis, formando intercalações com a foliação do quartzito sericítico. Estes quartzitos apresentam-se mais alterados, com coloração que varia de alaranjado à rosado. 28

35 Figura 10 Foto de estratrificação cruzada de pequeno porte em quartzito (Formação Cambotas) 29

36 Figura 11 Foto de lente de formação ferrífera banda em quartzito (Formação Cambotas) 30

37 IV.1.8 Canga A litologia denominada Canga representa uma cobertura Fanerozóica, resultado do intemperismo e erosão das formações ferríferas bandadas da Formação Cauê, sendo composta de blocos com tamanhos que variam de métricos à milimétricos de formação ferrífera bandada cimentada por limonita. Esta litologia é como uma ''capa'' de alteração dos itabiritos. Ela ocorre somente na porção sudeste da área, e está em contato com a unidade Morro Vermelho à norte e noroeste, e com a Formação Cauê à oeste. O primeiro contato pode ser observado tanto por interpretação de fotos de satélite como pela variação do solo. O segundo pode ser observado em afloramentos com a Canga sobreposta aos itabiritos. Geomorfologicamente, a Canga forma morros suaves e mostra uma vegetação rasteira. Os blocos desta litologia podem ser são carreados à quilômetros de distância de onde afloram. Foram encontrados, por exemplo, no colúvio sobre o gnaisse alterado do Complexo Caeté ao norte da área. 31

38 Figura 12 Foto de afloramento de Canga 32

39 IV.2 Geologia Estrutural IV.2.1 Introdução Na área estudada, a partir da análise dos estereogramas e diagramas de roseta, o trend preferencial das camadas (strike) é NE-SW, onde as camadas têm um caimento (dip) para SE. Este trend pode ser explicado como resultado da atuação do ciclo Brasiliano, ou seja, por ser o mais recente atuou no Complexo Caeté, Supergrupo Rio das Velhas, Minas e Espinhaço, deixando como registro esta orientação preferencial. Uma análise em separado, de cada litologia da área, utilizando-se estereogramas e diagramas de roseta é apresentada a seguir. Estes diagramas foram feitos com o programa Stero32, versão acadêmica, sendo as projeções feitas em equiárea, hemisfério inferior. A letra n representa a quantidade de medidas plotadas. As classes dos diagramas de roseta são de 10º. IV.2.2 Medições no Grupo Nova Lima Indiviso Os dados obtidos no Grupo Nova Lima foram medidas da xistosidade dos vários xistos que ocorrem na área. Como podemos visualizar nos diagramas das Figuras 13 e 14, os pontos estão plotados no quarto quadrante, indicando a orientação NE-SW das unidades e no diagrama de roseta um mergulho preferencial entre 140º e 170º. IV.2.3 Medições nos Quartzitos da Formação Cambotas As medidas obtidas nesta litologia representam foliações (Sn) dos quartzitos. Nota-se pela interpretação do estereograma (Figura 15) e diagrama de roseta (Figura 16) que existem 2 trends de mergulho das camadas. O primeiro, o qual representa a maior parte das medidas, está orientado para sul com valores que variam entre 170º e 190º. O segundo está orientado mais para sudeste com valores de mergulho entre 130º e 140º. Esta mudança de orientação pode indicar a presença de dobramentos. Ao total foram efetuadas 22 medidas nestas rochas. 33

40 IV.2.4 Medições nos Itabiritos da Formação Cauê As medidas obtidas correspondem aos bandamentos das formações ferríferas (itabiritos). Estas têm notadamente uma grande variação da orientação como podemos ver nas Figuras 17 e 18, o que pode denotar a presença de dobras ou zonas de cisalhamento. Apesar da presença de minerais magnéticos, estes parecem não interferir na qualidade das medições. IV.2.5 Medições na Unidade Morro Vermelho Os dados obtidos para a unidade Morro Vermelho consistem em medidas das xistosidades de variados xistos que ocorrem na área. O diagrama de roseta mostra que o mergulho está para SE, com, no entanto, maior tendência para leste do que as rochas do Grupo Nova Lima Indiviso. As Figuras 19 e 20 são referentes a esta interpretação. IV.2.6 Medições nas FFB's da Unidade Morro Vermelho Foram tiradas 8 medidas de bandamentos das formações ferríferas do tipo Algoma. Notase que a orientação do dip do bandamento (ou camada) está concentrada no intervalo 170º-160º. O plunge, que está contido nesse bandamento, mostra-se divergente com o mergulho e tendência a se aproximar da direção leste. A diferença angular entre estes é de aproximadamente 20º a 30º. (Figuras 21,22 e 23). 34

41 Figura 13 Estereograma de xistosidades do Grupo Nova Lima Indiviso Figura 14 Diagrama de roseta de xistosidades do Grupo Nova Lima Indiviso 35

42 Figura 15 Estereograma de foliações de quartzitos da Formação Cambotas Figura 16 Diagrama de roseta de foliações de quartzitos da Formação Cambotas 36

43 Figura 17 Estereograma de bandamentos de itabiritos da Formação Cauê Figura 18 Diagrama de roseta de bandamentos de itabiritos da Formação Cauê 37

44 Figura 19 Estereograma de xistosidades da Unidade Morro Vermelho Figura 20 Diagrama de roseta de xistosidades da Unidade Morro Vermelho 38

45 Figura 21 Estereograma de bandamentos de FFB's do tipo Algoma (Unidade Morro Vermelho) Figura 22 Diagrama de roseta de bandamentos de FFB's do tipo Algoma (Unidade Morro Vermelho) 39

46 Figura 23 Diagrama de roseta do plunge de FFB's do tipo Algoma (Unidade Morro Vermelho) 40

47 IV.3 Mineralização de ouro e litologias associadas A mineralização de ouro na área mapeada é de importância econômica. Os teores estimados variam entre 3g/t a 5g/t (conforme comunicação verbal da MSOL) o que, dependendo do volume do material, pode viabilizar a instalação de minas de superfície e/ou subterrâneas. Existem inúmeras galerias abertas por bandeirantes na área, muitas das quais ainda não mapeadas. A mineralização de ouro ocorre nas formações ferríferas bandadas do tipo Algoma, tendo como rocha encaixante, quartzo-sericita-xistos, ambos da unidade Morro Vermelho, Grupo Nova Lima, Supergrupo Rio das Velhas. Esta mineralização está associada com a alteração hidrotermal e zonas de cisalhamento, estando o ouro na fácies óxido da formação ferrífera. Os sulfetos comumente presentes neste tipo de mineralização, foram lixiviados sobrando apenas os ''boxworks'' (estruturas em formas de caixa remanescentes de onde estiveram os sulfetos). O plunge é uma estrutura de importância para o estudo deste tipo de mineralização. Ele é uma lineação que está associada ao evento de alteração hidrotermal indicando, portanto, qual a orientação da concentração de ouro na camada da formação ferrífera. Essa lineação está contida nos bandamentos, mas a sua direção é oblíqua ao mergulho. O plunge portanto, é a estrutura controladora das mineralizações. Pode-se visualizar esta estrutura na Figura

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