ROMU ROMUALDO FARIAS DEFESA NO BASQUETEBOL. Análise Seqüencial de padrões de jogo relativos ao Campeonato Mundial Feminino de Basquetebol 2006.

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1 ROMU ROMUALDO FARIAS DEFESA NO BASQUETEBOL Análise Seqüencial de padrões de jogo relativos ao Campeonato Mundial Feminino de Basquetebol UNIVERSIDADE DE TRÁS-OS-MONTES E ALTO DOURO VILA REAL, 2008

2 DEFESA NO BASQUETEBOL Análise Seqüencial de padrões de jogo relativos ao Campeonato Mundial Feminino de Basquetebol Dissertação apresentada a Faculdade de Desporto da Universidade de Trás-os-Montes Alto Douro como requisito parcial à obtenção do titulo de Mestre em Educação Física e Desporto, na área da Observação e análise do Movimento Humano. Orientador: Professor Doutor Jorge Campaniço. Romu Romualdo Farias Vila Real, 2009.

3 FICHA DE CATALOGAÇÃO FARIAS, R. R. (2007). Defesa no Basquetebol: Análise Seqüencial de padrões de jogo relativos ao Campeonato Mundial de Basquetebol Dissertação de Mestrado. Vila Real: UTAD. Palavras-Chave: Defesa; Basquetebol; Padrões de jogo; Metodologia Observacional; Organização táctica.

4 A Dissertação, DEFESA NO BASQUETEBOL - Análise Seqüencial de padrões de jogo relativos ao Campeonato Mundial Feminino de Basquetebol Elaborada pelo Professor Romu Romualdo Farias e aprovada por todos os membros da Banca Examinadora foi aceita pela Faculdade de Desporto da Universidade de Trás-os- Montes Alto Douro e homologada pelo Conselho de Ensino, como requisito parcial á obtenção do titulo de: MESTRE EM EDUCAÇÃO FÍSICA E DESPORTO na área da Observação e análise do Movimento Humano. DATA: / /. JÚRI EXAMINADOR

5 Dedico este trabalho: A minha querida esposa, Letícia, que não economizou esforça para que eu pudesse realizar o meu grande sonho. Aos meus filhos Ingrid e Aldo pela paciência de me esperar quando ausente, mesmo estando presente. E a todos que de alguma forma torceram e acreditam também neste sonho.

6 Agradecimentos Agradecimentos Primeiramente gostaria de agradecer ao Doutor, Professor e Técnico Jorge Campaniço, que com sua experiência e sabedoria me incentivou e orientou durante todo o processo de elaboração dessa dissertação. Seus conselhos, oriundos da vivência acadêmica e em especial esportiva, me foram de grande valia. Á Drª Maria da Conceição Oliveira pelo seu empenho no aprofundamento da Metodologia Observacional, ensimamentos que contribuiram para a qualidade do presente trabalho, aqui ficam registados os meus sinceros agradecimentos. Meu obrigado muito especial a Irmã Delina diretora do Colégio São José de Itajaí/SC, que me apoiou nos momentos mais difíceis e nunca me deixou sozinho. A tantos amigos técnicos que dividiram comigo todas suas experiências; à equipe feminina de nossa cidade que tanto me ensinaram a ter paciência; e aos rapazes da equipe masculina de 2005, por terem acreditado no projeto de trabalho e nos tornados campeões. Aos companheiros da equipe do adulto : Maikon, Andelon, Everaldo, Luciano, Zozula, João, Richard, Werka e todos os demais que ao longo desses 20 anos ajudaram no processo de construção da minha trajetória profissional. Finalmente, gostaria de agradecer a meu filho Aldo que trouxe paz para minha vida quando mais necessitei; a minha adorada Ingrid por sua compreensão e inteligência; e a minha amada companheira Letícia, por sua força permanente e por tudo o que me proporciona de forma incondicional. IV Romu Farias

7 Índice de Figuras Índice Geral Dedico...III Agradecimentos...IV Índice Geral...V Índice de Figuras...VII Índice de Quadros...VIII Resumo...IX Lista de Abreviatura Legenda...X 1. Introdução Pertinência e âmbito do estudo Estrutura do trabalho Contexto do estudo Objeto de estudo O problema do estudo Objetivo do estudo Limitações conceituais e operacionais Revisão da literatura A Defesa no Jogo de Basquetebol Aspectos técnicos defensivos Aspectos tácticos defensivos As estratégia defensivas Sistema de defesa individual Sistema defensivo por zona Sistema defensivo combinado Análise do jogo de basquetebol A observação na análise do jogo O registro do jogo Técnica de análise dos dados Metodologia Conceito de Metodologia Observacional Desenho do estudo Amostra Observacional V Romu Farias

8 Índice de Figuras Seleção da amostra observacional Nível de amostra intersessão Nível amostra intra-sessão Instrumentos da Metodologia Observacional O instrumento para a recolha da conduta defensiva Observação e Registro dos Dados Características do processo de observação Procedimentos de Observação Procedimentos de Registro Diretrizes para o registro das seqüências Fase exploratória Análise da qualidade dos dados Amostra de Observação Análise dos Dados Análise seqüencial Análise da detecção de padrão (t-pattern) Processamento dos Dados No SDIS-GSEQ No THÈME e o reconhecimento de Padrões (T-pattern) Resultados e Discussão Análise Seqüencial Padrões da organização defensiva Padrões dos fundamentos técnico e tático defensivo Padrões da finalização defensiva Padrões para o contexto do jogo Análise da Detecção de Padrão (T-pattern) Conclusões Sugestões para futuro estudos Referências bibliográficas Anexos Estrutura do Instrumento Catálogo do Instrumento VI Romu Farias

9 Índice de Figuras Índice de Figuras Figura 3. 1 Classificação da técnica defensiva, adaptado de Moreno (1998) Figura 3. 2 Linhas de investigações sobre a análise do jogo de basquetebol, adaptado de Ibanez, Feu e Dorado (2003) Figura Desenho Observacional Básico Figura Desenho observacinais da superposição dos três critérios...51 Figura Convergência dos desenhos observacionais (Anguera, 2003) Figura Match Vision Studio v Figura Planilha do excel...61 Figura Inicio da codificação e da organização defensiva...64 Figura Codificação dos fundamentos técnicos e táticos...64 Figura Codificação da finalização da defesa Figura Processamento da detecção de padrões Figura Representação de padrões-t para dados contínuos...73 Figura Representação de padrões-t para dados contínuos Figura Padrão defensivo da jogadora 8 quando a equipe terminava o período perdendo Figura Padrão defensivo da jogadora 9 quando a equipe terminava o período perdendo Figura Padrão defensivo da jogadora 11 quando a equipe terminava o período perdendo...86 Figura Padrão defensivo da jogadora 5 quando a equipe terminava o período empatando VII Romu Farias

10 Índice de quadros Índice de Quadros Quadro Análise de concordância intra-observador: resultado da fiabilidade...67 Quadro Dados da sessão de observação Quadro Padrão de comportamento para a conduta critério defesa zona (DZ), defesa individual (DI) e equilibro defensivo (EQ) tendo como condutas objetos as condutas da organização defensiva Quadro Padrão de comportamento para a conduta critério defesa zona (DZ), defesa individual (DI) e equilíbrio defensivo (EQ) tendo como condutas objetos as condutas do fundamento técnico e tático defensivo Quadro Padrão de comportamento para a conduta critério defesa zona (DZ), defesa individual (DI) e equilíbrio defensivo tendo como condutas objetos as condutas da finalização defensiva.erro! Marcador não definido. Quadro Padrão de comportamento para a conduta critério defesa zona (DZ), defesa individual (DI) e equilíbrio defensivo (EQ) tendo como condutas objetos as condutas de contexto do jogo VIII Romu Farias

11 Resumo Resumo No estudo procura-se apresentar as etapas de construção e validação de um sistema de observação ad hoc para a fase defensiva do basquetebol, com base no homem que está marcando a bola. Utilizando para isso a Metodologia Observacional. O instrumento de codificação revelou-se suficientemente discriminativo cumprindo os requisitos para o objetivo que foi criado. A análise da qualidade dos dados foi elaborada através concordância intra-observador verificado por intermédio do índice de fiabilidade de Kappa. Em termos de amostra observacional foram considerados todos os 9 jogos da seleção brasileira feminina que disputou o Campeonato Mundial de Basquetebol Deste nove jogos foram registradas 36 unidades de observação ou períodos de jogo, o qual permitiu codificar 653 seqüências defensivas, o que resultou num total de 3308 multieventos. Para o tratamento e análise dos dados recolhidos, recorreu-se ao Software SDIS-GSEQ (Bakeman e Quera, 1996) e THÉME 5.0 (Magnusson et al, 2004). Os dados amostrais foram submetidos a análise seqüencial (retardos ou transições) através SDIS-GSEQ, para verificar a probabilidade de existência de relações de associação significativas entre as diferentes categorias do instrumento de observação, assim como a força de coesão existente entre a conduta critério e as condutas objeto. Complementarmente, foi utilizado o recurso do THÈME para detectar padrão de jogo defensivo que tinha uma regularidade temporal. A análise dos resultados permitiu estimar padrões de conduta defensiva, que consolidam as seguintes conclusões: os padrões defensivos encontrados indicam ineficiência da defesa zona e do equilíbrio defensivo para além do mero acaso; que a equipe ao realizar a defesa individual era mais eficiente nos fundamentos técnico-tático e por isso vencia os jogos; e que o instrumento de observação mapeia aspectos fundamentais da defesa no jogo, e como tal pode ser utilizado para estudar aspectos relevantes da dinâmica da performance individual e das equipas em cada jogo e ao longo de diferentes jogos. Palavras-chave: análise do jogo, metodologia observacional, sistema defensivo, sistema de observação, basquetebol. IX Romu Farias

12 Lista de Abreviatura - legenda Lista de Abreviatura Legenda ABREVIATURA P1 P2 P3 P4 Pex SM ZIQT ZIMQ ZIP ZIAR EP GD PR DZ DI DC EQ PE PM PN NOD DLP DCP DP NOP DL DPA DSJA DBT DCA NOA DESCRIÇÃO Primeiro período Segundo período Terceiro período Quarto período Período extra Jogador sem marcador Zona inicial quadra toda Zona inicial Meia quadra Zona inicial do perímetro Zona da área Restritiva Empatando Ganhando Perdendo Defesa zona Defesa individual Defesa combinada Equilíbrio defensivo Pressão elevada Pressão média Pressão nula Não realiza o drible Defesa na linha do passe Defesa corta o passe Defesa passiva Não realiza o passe Defesa longe Defesa perto e agressiva Defesa salta junto do tiro Defesa bloqueia o tiro Defesa chega atrasada Não realiza o arremesso X Romu Farias

13 Lista de Abreviatura - legenda BF BR BBN NOR VCL TM FCL NOCL ZFQT ZFMQ ZFP ZFAR RBDD RBAV RBAC RBAF NRB Bloqueio defensivo Briga no rebote Bloqueio e briga nulo Não houve ocorrência Vazou o corta-luz Trocou de marcador Fica no corta-luz Não realiza corta-luz Zona final Quadra toda Zona final Meia quadra Zona final Perímetro Zona final Área Restritiva Recuperação da bola depois da defesa Recuperação da bola após violação Recuperação da bola após cesta Recuperação da bola após falta Não recupera a bola XI Romu Farias

14 Introdução 1. Introdução 1.1. Pertinência e âmbito do estudo O basquetebol segundo Moreno (1998) caracteriza-se como um desporte de cooperação e oposição em que à posse ou a perda de bola permite delimitar claramente a fase de ataque ou defesa que se encontra uma equipe (Godoy e Ortega, 1998). Por essa peculiaridade, de oposição e cooperação, a defesa no jogo de basquetebol constitui um movimento inicialmente instintivo e importante (Marques, 1981). Neste contexto, a importância da defesa no basquetebol está na possibilidade de se obter mais posse de bola (Daiuto, 1989) e na possibilidade de controlar a evolução do jogo (Valdés, 1967). De acordo com Lopéz (2000) a defesa é o único elemento estável do jogo, pois o rendimento defensivo de uma equipe depende dela mesmo e não do rival, nem tão pouco como ocorre com o ataque de ter um dia bom. Pela sua importância e por ser o único elemento estável do jogo era de ser supor que a defesa fosse um dos elementos mais estudados na análise do jogo, porém a avaliação do desempenho na fase defensiva tem sido negligenciada por treinadores e investigadores. O descuido na avaliação do desempenho defensiva, por treinadores, parecer ser reforçado pela idéia que se tinha alguns anos atrás, em que a defesa se apresentava menos importante que o ataque e que os problemas da defesa, advinham de questões psicológicas, visto que para se ter uma boa defesa exigiase: motivação, agressividade, determinação, vontade e etc. Na investigação essa negligência aparece no instrumento de recolha da informação, uma vez que a maioria dos estudos disponível nessa área centra-se nos indicadores do jogo coletados pelo Scouting, para uma posterior avaliação do jogo e dos jogadores, através da análise estatística desses indicadores. No entanto, ao analisar a estrutura do scouting percebe-se mais indicadores voltados para análise das ações ofensivas do que defensivas. 12 Romu Farias

15 Introdução Neste sentido, Sampaio (2000) afirma que a evolução dos meios de análise contrapõe-se a ingenuidade da metodologia na recolha das informações e que questões metodológicas mais sólidas e esclarecedoras acerca da validade destas estatísticas têm sido descuidadas. Assim, para que qualquer processo de análise do jogo tenha fidelidade e validade é necessário desenvolver sistemas e métodos de observação que possibilitem o registro de todos os fatos relevantes do jogo, produzindo-se deste modo informação objetiva e quantificável (Prudente, Garganta e Anguera, 2004). Logo, qualquer análise subjetiva com base em aspectos parciais do jogo, ou sem conhecimento do contexto em que ocorreu, conduz muitas vezes a apreciações erradas (Oliveira, 1993). Por estas razões e tendo como preocupação à salvaguarda das características natural da situação alvo de estudo, elegemos a Metodologia Observacional (Anguera, 1998), que é considerada por muitos investigadores como o procedimento mais flexível e simultaneamente rigoroso para este tipo de análise e que tem assumido um papel decisivo no desenvolvimento do desporto (Campaniço & Oliveira, 2003). No presente estudo, procura-se apresentar as etapas de construção e validação de um sistema de observação ad hoc para a fase defensiva do basquetebol, com base no homem que está marcando a bola, e com isso analisar a informação produzida para identificar padrões de conduta que, com maior probabilidade, induzem eficácia da fase defensiva; Em termos de amostra observacional foram considerados todos os jogos da seleção brasileira feminina que disputou o Campeonato Mundial de Basquetebol Estamos convencidos que este estudo permitirá preencher algumas lacunas existentes no conhecimento do basquetebol, na medida em que o tema em questão carece de investigação. Desta forma, acreditamos que através deste trabalho podemos contribuir para um processo de ensino e de treino mais adequado, que conduza a um jogo na fase de defesa de melhor qualidade. 13 Romu Farias

16 Introdução 1.2. Estrutura do trabalho A estrutura do trabalho está organizada em sete capítulos: o primeiro capítulo consiste na introdução onde está enquadrada a pertinência do estudo através da do atual estado do conhecimento do tema, expõe-se às razões pelas quais é estudado, aborda-se a importância da defesa para o jogo de basquetebol e apresenta um breve relato da estrutura do estudo. No segundo capítulo, o contexto do estudo, procura-se através da definição do problema quais as questões centrais do estudo, os objetivos propostos para o mesmo e as principais limitações sentidas no decorrer da elaboração da dissertação. No terceiro capítulo, á revisão de literatura procura inicialmente caracterizar a especificidade da defesa no jogo de basquetebol, enfatizando-se os aspectos técnicos e táticos defensivos. Em seguida, discutimos os sistemas defensivos do jogo e sua importância para o basquetebol. Por fim, abordam-se as etapas que compõe a análise do jogo e como essas etapas ocorrem no basquetebol. A metodologia do trabalho é apresentada no quarto capítulo. Neste capítulo apresentaremos o processo de elaboração da ferramenta de observação, onde se combinam formatos de campo e sistemas de categorias, assim como, as estratégias que seguimos para observar e a analisar o comportamento do jogador que defende o atacante que tem a posse de bola, sendo este o centro das atenções no presente trabalho. Os Resultados e Discussão constituem o quinto capítulo do estudo. São aqui analisados os resultados através da técnica seqüencial e reforçado pela análise da regularidade temporal, sendo depois expostos e submetidos a uma discussão que procura produzir informação com qualidade. O sexto capítulo reporta-se às Conclusões é uma reflexão dos resultados encontrados afinadas ao problema e aos objetivos do estudo. Por fim, no capítulo nove surgem as Bibliografias, as quais constituem a base teórica em que se sustenta à realização do presente estudo. 14 Romu Farias

17 Contexto do Estudo 2. Contexto do estudo 2.1. Objeto de estudo A presente investigação visa o último passo para a realização da tese de mestrado, que se enquadra nas investigações das Ciências do Comportamento, referentes às Metodologias Observacionais, no quadro dos estudos dos Jogos Desportivos Coletivos e em particular do basquetebol. As técnicas dessa metodologia, além de pertinentes e inovadoras, podem ajudar a perceber melhor as relações, as condutas e os comportamentos no jogo permitindo não só quantificar, mas essencialmente, qualificar as suas condutas no contexto natural. Esta foi uma das áreas que surgiu no âmbito do rendimento desportivo, através do estudo do jogo a partir da observação do comportamento dos jogadores e das equipas (Garganta, 2001). Vários são os autores que atualmente, no âmbito do desporto, desenvolvem programas informáticos para a análise de jogo, tornando-a mais fácil e rápida, uma vez que esta tem um papel preponderante na interpretação do desempenho, sendo simultaneamente um fator chave na preparação e melhoria do rendimento. Entre os diferentes programas informáticos destacam: CASMAS (Verlinden, et al. 1998); SPORTCODER que actualmente se denomina THÈMECODER (PatternVision, 2001); SDIS-GSEQ (Bakeman & Quera, 1996); SOCCAF (Perea, Alday y Castellano, 2004); OBSERVER (Noldus, 1991); CODEX (Hernández, Anguera, Bermúdez-Rivera & Losada, 2000); MATCH VISION STUDIO (Perea Rodríguez, A., Alday Ezpeleta, L. & Castellano Paulis, J., 2004), SOF-5 (Blanco, A., Castellano, J., Hernández Mendo, A., Anguera, M.T., Losada, J.L., Ardá, A., & Camerino, O., 2004). Assim, na perspectiva do investigador e do treinador, torna-se essencial recolher o máximo de informação do jogo, para uma melhor direção e condução dos processos de ensino e treino. 15 Romu Farias

18 Contexto do Estudo Na literatura específica é sublinhado o fato da análise do jogo começar a centrar-se na procura de informações qualitativas (Garganta, 1997, 1998, 2001; Riera, 1989), constituindo desta forma, informações de extrema importância que deverão ser completadas com as observações quantitativas. Em termos processuais, procuraremos conceber uma metodologia de observação inovadora, que funcionando como reforço aos sistemas atuais da análise do jogo em basquetebol, proporcionando aos especialistas um acréscimo de informações específicas, sobre o comportamento (as ações) da equipe durante o processo defensivo, para que estes possam intervir com maior eficácia no processo de ensino/aprendizagem. Desta forma, contribuiremos para a otimização dos comportamentos dos jogadores/equipas em competição. Para isso, recorrendo a procedimentos científicos inerentes à Metodologia Observacional (Anguera, 1990), para a codificação e tratamento minuciosos da informação proveniente dos indicadores de jogo na fase defensiva, procuraremos centrar especificamente a nossa atenção no jogador que defende o homem que tem a posse da bola O problema do estudo No centro da discussão do presente estudo encontra-se a tentativa de acrescentar conhecimento de qualidade ao jogo de basquetebol. Em virtude da variedade e complexidade de situações que constituem a lógica do jogo de basquetebol, optou-se por direcionar o presente trabalho para a observação da fase defensiva, mas especificamente o jogador que marcar o homem que tem a posse da bola. Tendo consciência que o jogo de basquetebol se dá em contextos imprevisíveis, aleatórios e variáveis e, como tal, susceptível de ver o rumo dos seus acontecimentos alterado a qualquer momento, deve objetivar ao máximo o problema e os objetivos que traçamos, assim como os meios e os métodos de que nos serviremos para resolvê-los, pois só assim será possível analisar o problema sem a influência da circunstancia do jogo, como por exemplo: uma lesão, a 16 Romu Farias

19 Contexto do Estudo evolução do tempo de jogo, o ritmo do jogo, uma alteração táctica estratégica, entre outras. Assim, a questão que confere sentido a este estudo é: - Quais os padrões de conduta na fase defensiva que, com maior probabilidade, conduzem à eficácia da defesa no basquetebol? 2.3. Objetivos do estudo A escolha dos pressupostos metodológicos para o processo de investigação deste trabalho baseia-se na concretização dos objetivos. De acordo com Anguera et al. (2000), como o processo de observação permite descrever de forma objetiva a realidade para que possa ser analisada, é indispensável uma rigorosa delimitação dos objetivos que se pretende concretizar, pois só assim investigaremos a parcela de realidade que realmente interessa para o estudo. Os objetivos definidos para o trabalho são os seguintes: 1. Elaborar um instrumento de codificação dos comportamentos de defesa; 2. Identificar padrões de conduta no sistema defensivo que, com maior probabilidade, induzem eficácia da fase defensiva; 3. Averiguar os sistemas defensivos e os estilos defensivos que, com maior probabilidade, se encontram ligados à obtenção de eficácia da fase defensiva; 4. Perceber quais são as condutas comportamentais ou regulares (ações) que se encontram mais associadas à eficácia da fase defensiva no jogo de basquetebol 17 Romu Farias

20 Contexto do Estudo 2.4. Limitações conceituais e operacionais Devido à existência de uma bibliografia muito reduzida e pouco específica nesta área, tivemos pela frente um caminho sinuoso onde não podemos apoiar em investigações idênticas à nossa, o que impede a comparação entre os resultados por nós obtidos e outros estudos realizados. A instabilidade profissional sentida, também foi uma barreira bastante difícil de ultrapassar, pois as exigências laborais encurtar o tempo disponível para a realização da tese. Outro obstáculo foi o fato de sentirmos bastantes dificuldades a nível operacional para recolha dos dados amostrais. Além das dificuldades como: (i) condições materiais e financeiras; (ii) equipe técnica de suporte ao estudo; e (iii) as imagens dos jogos que analisamos. Estas foram retiradas de transmissões televisivas e com a necessidade de digitalizá-la, a imagem perde em qualidade o que dificultaram o acompanhamento do nosso alvo de estudo: a defesa no basquetebol. 18 Romu Farias

21 Revisão da Literatura 3. Revisão da Literatura 3.1. A Defesa no Jogo de Basquetebol O Basquetebol como desporto que pertencer ao grupo dos Jogos Desportivos Coletivos, guardando suas peculiaridades, tem sua dinâmica desenvolvida na alternância de ataque e defesa. Geralmente a situação de ataque e de defesa, que Godoy e Ortega (1998) classificam como fase de jogo, é defendida pela posse de bola. Logo quando uma equipe está em poder da posse de bola, ela está no ataque; quando não a tem, assume a postura de defesa. A defesa no basquetebol é constituída pelas ações técnicas e táticas que ordenadamente relacionam-se entre si e dão origem ao um sistema defensivo. Para Marques (1981), Daiuto (1989) e Guerrinha (2001) essas ações têm por objetivo impedir que o adversário receba a bola, arremesse à cesta, passe corretamente, drible tranqüilamente, corra livremente, organize o ataque com seu sistema ofensivo, adquira posição favorável e faça pontos. Portanto, na atual conjuntura competitiva do basquetebol, a defesa passa a ser parte importante do jogo e os fundamentos é à base de qualquer sistema defensivo. Neste sentido, Carra (1987) afirma que é preferível ter bons fundamentos a conhecer a melhor tática do mundo, porque o resultado será mau se a equipe não possuir base física e grandes fundamentos defensivos individuais. Para uma equipe marcar bem e seus jogadores adquiram o hábito de marcar e perceba que esse é o melhor caminho para a vitória, Rodrigues (1995) assegura que os fundamentos defensivos devem ser trabalhados nas sessões de treinamento diários. Além disso, a capacidade defensiva de uma equipe está na oportunidade dos jogadores atuarem coletivamente dentro de um plano pré-estabelecido. Logo, organizar o sistema defensivo é como estruturar um mecanismo de precisão, pois os movimentos técnicos e táticos defensivos devem estar totalmente planejados e 19 Romu Farias

22 Revisão da Literatura devidamente treinados, conseguindo assim que esse mecanismo seja cada dia mais preciso (Galvadá, 2000). Assim, deste ponto em diante faz-se necessário saber quais são os fundamentos técnicos defensivo, tácticos defensivo e os sistemas defensivos mais utilizados no basquetebol Aspectos técnicos defensivos Na literatura, apesar das diferentes definições encontradas, o conceito de técnica desportiva é consensual e está sempre associado à noção de eficácia e/ou de eficiência dos movimentos (Bradrão, Janeira & Cura, 2001). Embora haja esse consenso no conceito, à execução da técnica desportiva pressupõe ajustamentos adaptativos às características individuais dos executantes, às condições ambientais e às regras das competições em causa (Moreno 1998; Riera, 1995b & Carvalho, 1998). Além disso, em função de que nos jogos desportivos coletivos a equipe ou o jogador pode está com a posse ou não da bola, as ações técnicas podem ser classificadas em dois grandes blocos: técnicas defensivas ou ofensivas. Neste sentido, Kirkov (1979) citado por Moreno (1998) classifica esses dois blocos das ações técnicas do basquetebol, mas que aqui só será apresentada à classificação de nosso objeto de estudo, a defesa, gráfico 3.1. Figura 3. 1 Classificação da técnica defensiva, adaptado de Moreno (1998). 20 Romu Farias

23 Revisão da Literatura Ferreira & De Rose (1987) classificam a ação técnica defensiva em: posição básica, deslocamentos e rebote de defesa. A posição básica defensiva para muitos autores é o primeiro aspecto técnico a ser treinado para que a defesa atinja o sucesso. Nesta posição o atleta, segundo Daiuto (1989) deve: Estar com as pernas semiflexionadas, prontas para reagir rapidamente e manter um braço levantado, quando a bola estiver em zona de arremesso; Estar com os pés afastados lateralmente; Estar com o tronco semiflexionado à frente; Estar com os braços erguidos e semiflexionados, com as palmas da mão viradas para frente; Ter a cabeça seguindo o prolongamento normal do corpo; Estar atento a todas as reações adversas; Permanecer em equilíbrio; Manter posição entre o atacante e a cesta; Manter a posição baixa dos quadris; Desenvolver a visão periférica, de modo que possa vigiar a bola e o adversário. O deslocamento defensivo é uma técnica específica que Guerrinha (2001) denomina como deslocamento de afastamento com aproximação. O jogador que está na posição fundamental de defesa e quer mover-se, por exemplo, para a esquerda, afasta a perna esquerda lateralmente e depois aproxima à direita. Por isso, o deslizamento defensivo é chamado dessa forma. Enquanto defende, o atleta muitas vezes utiliza outros tipos de deslocamentos, como corrida de costas, corridas de frente, lateral e saltos. O que 21 Romu Farias

24 Revisão da Literatura determina esses deslocamentos é o posicionamento do defensor em relação à ação ofensiva. Correr (de frente e de costas) ou saltar não são deslocamentos exclusivos da defesa, também ocorrem em momentos de recuperação defensiva, de balanço defensivo, de tentativa de interceptação de passes altos ou arremessos, entre outras ações que acontecem na dinâmica do jogo. Porém, o deslizamento defensivo, afastamento aproximação é um deslocamento específico que caracteriza a defensiva no basquetebol, e o domínio deste tipo de locomoção permite ao atleta dificultar as ações ofensivas, pois o espaço de quadra que o defensor ocupa, nesta posição, é maior do que se estivesse correndo normalmente. O rebote defensivo corresponde à ação defensiva de recuperar a posse de bola depois que a bola toque no aro ou na tabela após uma tentativa de arremesso do adversário. O rebote para Carvalho (2001) é um dos fundamentos técnicos mais importantes do jogo e que 80% de todas as posses de bolas ocorrem por rebote e 20% resultam de erros de fundamentos e roubadas de bola. A importância do rebote defensiva também é destacada no estudo de Sampaio (1999), em que o autor identificou o percentual de lance de dois pontos e os rebotes defensivos como as estatísticas do jogo que mais contribuíram para o desfecho final do jogo. Carvalho (2001) considera que os fundamentos básicos de defesa têm quer ser treinados em três situações para que os jogadores aprendam e reajam instintivamente às funções defensivas de acordo com as suas responsabilidades e posições. Assim, para esse autor as três situações defensivas e os fundamentos básicos para cada situação são: 1. Defesa do homem com posse de bola: 1.1. Prática de movimento de pernas com passadas laterais, avanços, retroceder e contestar o arremesso; 22 Romu Farias

25 Revisão da Literatura 1.2. Prática para conter o avanço do atacante com posse de bola. 2. Defesa do passe no lado da bola e no lado da ajuda: 2.1. Marcação da linha do passe; 2.2. Prática de cobertura; 2.3. Prática do trep, isto é, situação de dois em um; 2.4. Defesa dos cortes para a cesta ou para a bola; 2.5. Defesa dos bloqueios e do corta-luz; 2.6. Defesa do pivô; 2.7. Prática de bloqueio de rebote defensivo. 3. Defesa na transição: 3.1. Prática de transição do ataque para defesa de acordo com as posições. Assim, como podemos percebe uma boa defesa requer muito mais que questões psicológicas, ela requer muita preparação técnica que será à base do jogo (Carra, 1987). Desta forma, os aspectos técnicos quando bem treinado e somado com os aspectos táticos permitem que a defesa reaja em menor tempo possível ás ações ofensivas, possibilitando mais sucesso à defesa Aspectos tácticos defensivos Assim como na técnica encontramos na literatura diferentes definições para a tática desportiva, porém o conceito não é consensual já que o termo tem significado diferente para cada área desportiva. Para Riera (1995a), no âmbito do desporto o conceito de tática com freqüência se confunde com o de estratégia e para diferenciar essas duas 23 Romu Farias

26 Revisão da Literatura componentes do jogo o autor (1995b) explica que o conceito de tática faz referencia a situações de oposição, em que o desportista deve tomar decisão em função de seus adversários. Nesta perspectiva, ao analisar a bibliografia disponível foi possível encontrar algumas definições de tática, onde é evidente uma concordância entre os autores nos sentidos de relacionar a tática com a tomada de decisão dos jogadores. Para Sampedro (1999) a tática é entendida como a combinação inteligente dos recursos motrizes, de forma individual e coletiva, para solucionar as situações de jogo que surgem da própria atividade competitiva. Por outro lado, Dufor (1989) define a tática como a contribuição ativa do fator consciência durante a partida, tanto em treinamento como em competição. Entretanto, para definir mais claramente o conceito de tática, Sampedro (1994) identificou cinco características neste componente do jogo que são: 1. Resposta imediata: necessidade de uma resposta adequada com maior rapidez possível, já que uma resposta correta mais defasada no tempo passa a ser incorreta e não efetiva; 2. Certa improvisação: em contrapartida da estratégia, a tática obriga a resolução de problemas no mesmo momento da ação; 3. Capacidade de observação: a interpretação correta da ação do adversário é indispensável para a correta resposta. Evidentemente, a observação e experiência sobre a ação do adversário aportam mais informação inicial sobre a situação motriz; 4. Utilização e eleição da melhor técnica: não basta determinar o que tem que ser feito, mas sim determinar a habilidade técnica mais adequada para a realização da ação com maior eficiência; 5. Evitar mostrar ao adversário as intenções. 24 Romu Farias

27 Revisão da Literatura Posteriormente, Riera (1989) definiu mais três aspectos no sentido caracterizar a tática de jogo: 6. Objetivo imediato: seria o objetivo particular na situação a revolver como, por exemplo, superar o adversário no drible ou no passe; 7. Existência de combate: par ao autor é importante determinar o aspecto do enfretamento, o corpo a corpo, onde a improvisação sobre saí ao planejamento. Deve-se decidir imediatamente já que as condições são modificáveis a cada instante, por isso a rapidez de decisão é crucial; 8. Oponente: a ação tática esta sempre condicionada pela ação do adversário, já que por definição, a resolução do problema motriz proposto pelo adversário é essencial tático. A atuação temporal e espacial do adversário é o que determina a resposta do jogador. Essas características levantadas anteriormente levaram a divisão do conteúdo da tática, conforme mencionado por Greco (1998) e Bota & Colibab- Evolut (2001) em: (1) tática individual, que diz respeito a comportamento de tomada de decisão em situações de jogo como, por exemplo, passar a bola ou driblar; (2) tática de colaboração entre os jogadores, no que se referem os comportamentos coordenados entre dois ou três jogadores, como por exemplo, bloquear o deslocamento de um jogador adversário para que um companheiro passe com a bola; e a (3) tática coletiva da equipe, quando todos os jogadores atuam em conformidade com as regras preestabelecidas pela equipe como, por exemplo, em uma jogada ensaiada ou no sistema defensivo. Estes três conteúdo ou conjuntos de comportamentos, coordenados de modo simultâneo ou sucessivo, baseado na estrutura formal e funcional do desporto vão influenciando na concepção tática da equipe. Assim, no basquetebol com a evolução técnica e física dos atletas e as mudanças de regras que ocorreram ao longo dos anos levaram ao surgimento de novas possibilidades na tática defensiva das equipes. 25 Romu Farias

28 Revisão da Literatura Uma das mudanças na regra que se pode citar como diferencial foi o surgimento da linha dos três pontos. Isso fez com que os sistemas defensivos até então preocupados em defender seu garrafão, área próxima à cesta, tivessem que dar conta de proteger também esses arremessos, pois essas cestas são determinantes no jogo. Essa linha limítrofe ampliou a área de defesa, exigindo dos atletas uma maior movimentação, aumentando a responsabilidade de área defensiva. Outra mudança importante na regra foi em relação ao tempo de posse de bola, que diminuiu de trinta para vinte e quatro segundos. Esta mudança fez com que os sistemas ofensivos fossem acelerados em busca da finalização e obrigou a defesa a reagir no sentido de retardar a chegada da bola na quadra de ataque, podendo levar o ataque a uma pressão psicológica, ocorrendo precipitação nas finalizações, ou seja, o sistema defensivo tentar imprimir o ritmo do jogo. Portanto, as diferentes ações táticas defensivas tiveram de ser organizadas estrategicamente para tentar impedir as ações ofensivas, tanto para impedir as finalizações de arremessos de três pontos, como também para tentar imprimir o ritmo de jogo As estratégias defensivas Para Riera (1995a) a estratégia está associada a um objetivo principal que supõe uma prévia planificação e aborda o cumprimento de objetivo numa perspectiva global. Neste sentido, Román (2001) refere-se à estratégia como um planejamento feito a priori, adequando ou antecipando situações que se podem ou que se poderiam dar na competição. Assim, a estratégia desportiva se materializa com os sistemas de jogo. Para Godoy & Ortega (1998) o sistema de jogo supõe a organização das ações individuais e coletivas que o treinador seleciona, ordena e distribui espacialmente e temporalmente para resolver os problemas nas diferentes fases do jogo, ataque ou defesa. 26 Romu Farias

29 Revisão da Literatura Para estes autores, na elaboração do sistema de jogo na fase defensiva do basquetebol devemos cumprir uma série de princípios como: Distribuição eficaz dos defensores: Adequação das capacidades defensivas individuais: Estabelecimento de ajudas defensivas: Respeito ao planejamento estratégico defensivo: Seleção adequada dos meios defensivos contra cada ação do ataque: Coordenação espaço-temporal adequado: Limitar as possibilidades do ataque: Controlar os deslocamentos dos atacantes: Impedir as rápidas movimentações da bola: Limitar as ações dos atacantes e possibilitando as interações defensivas: Equilíbrio entre o rebote defensivo e o contra-ataque: Comunicação na fase defensiva com a recuperação de bola: Ainda sobre os princípios para a construção do sistema defensivo, Daiuto (1989), faz referência aos seguintes princípios: Determinação de defender: Orgulho pelo sistema defensivo: Agressividade: Comunicação: Nunca descansar na defesa; 27 Romu Farias

30 Revisão da Literatura Organizar o equilíbrio defensivo: Treinar o equilíbrio defensivo; Dominar alguns fundamentos ofensivos: Não cometer falta desnecessariamente: Situações de defesa em momento especiais: Não perder contato visual com a bola e nem com o jogador: Não esquecer os três AAA (agressividade, alerta; e ambição). A diferença entre os princípios propostos pelos dois autores anteriormente citado está no fato de que Godoy & Ortega (1998) faz referência unicamente a princípio técnico-tático em quanto que Daiuto (1989) além de mencionar ações técnica-tática acrescenta nas suas proposta aspectos filosóficos. Mais resumidamente, Ferreira e De Rose (1987) afirmam que a utilização do sistema de jogo na fase de defesa dependerá das características físicas e técnicas dos jogadores, da equipe adversária, do grau de habilidade dos jogadores e da situação momentânea da partida. Desta forma, o sistema defensivo possui diversidade podendo ser mudado no decorrer de uma partida e conforme a literatura consultada os mais utilizados são: defesa individual, defesa por zona e defesa combinada Sistema de defesa individual A defesa individual consiste no fato de que cada jogador de uma equipe marque de muito perto o seu adversário. Para o Marques (1981) é o tipo de defesa mais importante no basquetebol, pelas suas próprias características individuais, através das quais se torna possível uma análise muito mais ampla de cada jogador, com todas as suas carências e virtudes, permitindo ao técnico conhecer o poderio defensivo da equipe. 28 Romu Farias

31 Revisão da Literatura Portanto, pode-se entender que o sistema defensivo individual é caracterizado por uma ação coletiva dos defensores, mas com responsabilidade individual, isto é, o marcador acompanha seu defensor no seu deslocamento pela quadra, mesmo que este não tenha posse de bola. Marques (1981) e posteriormente Ferreira e De Rose (1987) dividiram o sistema defensivo individual, em: Simples. Como o próprio nome demonstra, este é o tipo mais elementar da defesa individual. O defensor fica entre o atacante e a cesta (costas para a cesta e de frente para o atacante); Com visão Orientada. Neste tipo de defesa individual, o marcador mantém-se entre o atacante e a cesta, mas dirige sua visão para a bola; Com ajuda. Consiste em manter o olhar voltado para a bola e, no caso de um ou outro atacante passar por um defensor, tentar impedir a penetração desse atacante; De Flutuação. É o tipo de defesa individual que utiliza princípios da defesa por zona. Os defensores do lado oposto à bola deslocam-se em direção a um ponto imaginário central a área restritiva para impedir penetrações - facilitando a ajuda e cobrindo as regiões mais próximas à cesta; Com troca de marcação. É a movimentação defensiva, realizada quando os atacantes utilizam uma manobra ofensiva, como o corta-luz. No momento destas manobras, são realizadas trocas de defensores em relação aos atacantes; Sistema individual pressão. Caracterizado pelos marcadores defenderem a quadra toda, pressionando o jogador de posse de bola, tentando leva-lo para os cantos da quadra, onde se tenta criar uma situação de um contra dois (defensores), e neste momento, os demais jogadores de defesa se posicionam para impedir o primeiro passe - jogadores de ataque mais próximos ao jogador com posse de bola. 29 Romu Farias

32 Revisão da Literatura Sistema defensivo por zona Segundo Ferreira & De Rose (1987), é o sistema que tem por característica a proteção por áreas e o deslocamento dos defensores é determinado pelo deslocamento da bola. O defensor tem de se posicionar em uma determinada região da quadra e tem a responsabilidade de proteger uma determinada área de acordo com a posição da bola, isto é, os ajustes defensivos são feitos em relação à movimentação da bola. Os sistemas defensivos por zona têm em sua origem a característica de dificultar as investidas ofensivas em determinadas áreas e sua classificação, segundo Marques (1981), Ferreira e De Rose (1987) e Carvalho (2001) é: Defesas pares: zona 2-1-2, zona 2-3, zona 2-2-1; Defesas impares: zona 1-3-1, zona 1-2-2, zona e zona 3-2; Defesa Combinada ou defesa Match up; Defesa zona pressão. A leitura numérica da defesa é feita da linha do meio da quadra para o fundo. Sendo assim, no sistema defensivo por zona 2-1-2, por exemplo, têm dois atletas na linha do lance livre (alas), um atleta no centro da área restritiva (pivô), e dois atletas nas linhas laterais que demarcam a área restritiva (garrafão) próxima à linha da cesta (guardas). Essas denominações dos sistemas defensivos por zona permanecem nos dias atuais. Naturalmente, cada sistema defensivo por zona tem vantagens e desvantagens em relação à distribuição estratégica e postura tática. O que vale comentar é que a evolução do jogo como um todo também levou esses sistemas defensivos a serem aprimorados. Entretanto, os conceitos encontrados nas referências sobre defensiva por zona estão ultrapassados devido à falta de estudos nesta área. 30 Romu Farias

33 Revisão da Literatura Sobre a defesa Match up, Carvalho (2001), diz que o termo vem do inglês e significa equiparar. Para o autor esse tipo de defesa utiliza princípio da defesa individual e defesa zona, onde a movimentação e responsabilidade de cada jogador variam de acordo com a posição da bola e o movimento dos atacantes em seus respectivos setores. É uma pressão em cima da bola sobre uma defesa zona, sendo assim o match-up pode ser utilizado sobre qualquer sistema de zona, por exemplo: 2-3 match-up, sendo que as coberturas são feitas a partir da defesa adotada. Esse sistema também é conhecido por defesa igualada. A defesa zona pressão utiliza-se dos princípios da mesma estratégia da defesa zona, sendo que pode cobrir a quadra toda, ¾ da quadra ou ½ quadra. Esta formação tem por objetivo controlar o ritmo da partida e recuperar a posse da bola Sistema defensivo combinado Segundo Carvalho (2001) a defesa combinada ou mista é quando se conjugam as defesas individuais e zona, num mesmo momento. Assim, tem-se, ao mesmo tempo, uma defensiva por zona e um ou mais atletas defendendo individual. O propósito desta defesa é tentar anular o(s) principal (is) atacante(s) da equipe adversária e distribuir zonas de responsabilidade aos outros defensores, fazendo cobertura ao atleta que está defendendo individualmente, induzindo o ataque à finalização de outros atletas que têm menor aproveitamento. Nessa defesa, quem está defendendo individual deve estar sempre próximo ao seu atacante (linha de passe), impedindo que ele receba a bola, diminuindo suas chances de finalizações, enquanto os outros defensores devem marcar por zona, posicionando-se de acordo com a posição da bola. Existem muitas variações de defesa combinada, de acordo com Marques (1981), Ferreira & De Rose (1987) as mais conhecidas são: 31 Romu Farias

34 Revisão da Literatura Box and one: nesta defesa um defensor marca individualmente enquanto o restante da equipe marca na área restritiva num formato de quadrado ou de caixa para impedir o jogo interno do adversário; Diamante: esta defesa segue o mesmo princípio da defesa box and one só que a disposição dos jogadores muda para um formato de diamante, pois o objetivo é impedir o jogo externo do adversário. Triângulo de dois: nesta defesa dois defensores marcam individualmente enquanto o restante da equipe fecha a área restritiva num formato de triângulo. Geralmente os técnicos utilizam esse sistema para impedir que o armador organize o jogo e para marcar o jogador cestinha da equipe adversária, obrigando que os outros jogadores assumam e exerçam novas funções no jogo Análise do jogo em basquetebol O panorama dos Jogos Desportivos coletivos, especialmente do basquetebol, aponta cada vez mais para uma competição acerada e equilibrada. Neste contexto, Oliveira (1993) e posteriormente De Rose et al (2002) salientam que treinadores, atletas e investigadores do desporto sabem que o conhecimento que cada equipe tem de si própria e dos adversários pode ser a diferença entre sucesso e fracasso. A procura desse conhecimento, para Garganta (1997), tem-se direcionado para o estudo das competições esportivas por meio da observação do comportamento de atletas e equipes, através da análise do jogo. As informações procedentes desses estudos têm servido como subsidio para avaliação do rendimento de atletas e equipes em competição (Pim, 1986; Marques, 1990; Sampaio e Janeira, 1998; Sampaio, 2000), bem como, para formular treinamento mais eficiente. 32 Romu Farias

35 Revisão da Literatura No entanto, a disseminação dessas informações só foi possível devido à evolução dos meios e métodos de análise do jogo, a tradicional anotação manual fora substituído por modernos sistemas informáticos (Sampaio e Janeira, 2001). Este fato gerou, para Garganta (2001), novas linhas de investigação dentro da análise do jogo. O autor refere que os estudos iniciais sobre as atividades físicas impostas aos jogadores foram dando lugar à denominada análise do tempo-movimento e para a análise das habilidades técnicas, através do qual se procura quantificar as tarefas motoras realizadas pelos jogadores ao longo do jogo. Para o autor, a falta de contextualização e a incapacidade das conclusões decorrentes dos resultados provenientes de estudos quantitativos, levaram os pesquisadores a questionar a pouca relevância dos dados recolhidos e a duvidar da sua pertinência e utilidade. O autor afirma ainda, que essa questão fez surgir nos jogos desportivos coletivos novos estudos na análise do jogo que considerava a dimensão técnica em relação com o condicionamento tático, uma vez que só à técnica não caracteriza os traços dominantes do jogo. Crescendo desta forma a importância da expressão tática e despertando uma nova tendência de investigação na análise dos jogos desportivos coletivos que procurava identificar padrão de conduta ou padrão de regularidade revelada pelos jogadores e pelas equipes. No que dizer respeito ao entendimento de padrão de conduta, Silva (2004) refere que este conceito assenta no caráter de regularidade e de probabilidade de ocorrência de certas condutas relativamente a outras, pelo que deve ser assumido quando ocorre uma ordem e uma lógica junto de comportamentos que configuram padrões ou cenários. Já Paulis e Mendo (2002) sustentam que por padrão de conduta se entende o conjunto de condutas que se repetem com elevada freqüência, portanto não devidas ao acaso. Nesta linha de investigação, vários estudos vêm sendo realizados no futebol (Arda, 1998; Paulis, 2000; Lago e Anguera; 2003; Esteves, 2005; Barreira, 33 Romu Farias

36 Revisão da Literatura 2006; Flores et al, 2007), no Futsal (Amaral e Garganta, 2000); no handebol (Xavier e Ruben, 2004; Prudente, Garganta e Anguera, 2004), no voleibol (Mendo, 2000), e no rugby (Carrearas e Sola, 1997). No basquetebol são poucos os estudos nessa linha de investigação e os realizados apontam para os estudos de Mendo et all (2000) e de Moreno et al (2004). Geralmente, no basquetebol os estudos são realizados a partir do registro das ações do jogo e que o senso comum denominou de estatísticas oficiais. Neste sentido, Ibañez, Feu e Dorado (2003) diferenciam esses estudos em duas linhas de investigação: a primeira, aquela que analisa o produto ou resultado final do jogo e a segunda, aquelas que analisam o processo do jogo ou o que ocorre durante o mesmo, ver gráfico 3.1. Figura 3. 2 Linhas de investigações sobre a análise do jogo de basquetebol, adaptado de Ibanez, Feu e Dorado (2003). 34 Romu Farias

37 Revisão da Literatura Apesar da grande quantidade de estudo produzida e da importância que análise do jogo vem assumindo no quadro da investigação aplicada aos jogos de basquetebol, principalmente nas linhas de investigação citada anteriormente. Devemos considerar o alerta feito por Marques (1990) e Garganta (1998) quando referem que o recurso a método e meios de análise de jogo mais sofisticados, apesar conferirem a este processo maior rigor metodológico não fornecem, por si só, toda a informação contida num jogo. Essa opinião é reforçada por Melo & Sampaio (1998) quando diz que apesar de toda evolução dos métodos e meios de análise de jogo e da grande quantidade de indicadores e categorias, outros tantos existirão ainda por estudar, capaz de fornecer mais informação relevante sobre o jogo e possíveis de podem contribuir para a melhoria da condução do processo do treinamento. De fato, na literatura internacional e nacional encontramos poucos estudos disponíveis sobre a análise da fase defensiva no jogo de basquetebol. Os estudos que mais se aproximam a este tipo de apreciação, tanto no Brasil como no resto do mundo, são os que utilizam as estatísticas do jogo para analisar a desempenho dos jogadores e das equipes em competição. Nestes estudos, em relação à defesa, os resultados são consensuais ao apontarem o rebote defensivo como uma das ações técnicas que mais contribui para a vitória no resultado final do jogo (Sousa, 1993; Mendes, 1996; Coelho, 1996; Sampaio, 1997; Trninic et al, 1997; De Rose, 2002). Porém, para Vélez, Contreras e Torres (1996) não a dúvidas que essas estatísticas são insuficientes para avaliar a fase defensiva devido à escassez de informação registrada. A falta de informação sobre a defesa pode levar a uma tomada de decisão baseada exclusivamente numa percepção subjetiva, fato que contraria atualmente a evolução da análise do jogo. Perante este fato, parece-nos evidente a necessidade de acrescentar a literatura estudos desta natureza relativamente à análise da defesa no jogo de basquetebol. 35 Romu Farias

38 Revisão da Literatura Na procura de entender as questões da análise dos jogos desportivos coletivos e por conseqüência do basquetebol, devemos considerar que a análise não se limita apenas á recolha de dados e que esse processo, segundo Janeira (1998), engloba diferentes fases como: a observação, o registro, o tratamento e interpretação dos dados, que procuraremos definir a partir de agora A observação na análise do jogo Na análise dos jogos desportivos coletivos a observação é o primeiro passo para obter informação objetiva acerca dos comportamentos individuais e coletivos das equipes durante a competição. Diante deste fato as entidades de administração do desporto, dependendo do nível da competição, utilizam para a observação do jogo meio sofisticado que permite, por exemplo, acoplar os vídeos-gravadores aos microcomputadores. Bem como, disponibilizam uma pessoa ou um grupo de pessoas para realizar essa tarefa e que a bibliografia internacional chama de scouts, observadores. No Brasil, a observação em competição é feita in loco ou de forma direta pela Confederação Brasileira de Basquetebol (CBB). Esse trabalho é realizado por um grupo de pessoas denominadas de equipe de estatística, são compostas de três pessoas: dois anotadores, responsáveis por anotar os indicadores do jogo e um digitador, que digita em um computador as informações colhidas pelos anotadores. Nos jogos desportivos coletivos a tarefa desses observadores passou a fazer parte da rotina diária dos treinamentos e das competições, as informações oriundas dessas observações constituem um argumento de crescente importância nos processo de preparação desportiva. Mas, para que a observação se converta em uma técnica precisa e válida a literatura recomenda levarmos em considerações as características do jogo que vai ser observado e seguir alguns procedimentos metodológicos. 36 Romu Farias

39 Revisão da Literatura No que diz respeito à característica do jogo, Dufour (1989) afirma que a observação e análise dos comportamentos nos desportos coletivos devem ser diferentes dos desportos individuais. Essa opinião parece ser consensual na análise do jogo, porque quando realizamos a observação do desporto coletivo estamos diante de relações sociais em permanente mudança e os procedimentos estáticos da observação do desporto individual não permite fazer aceitável análise dos jogos coletivos. Em relação às questões metodológicas cabe fazer algumas considerações no intuito de dissolver o conflito existente acerca da definição da observação como método e como técnica. A diferença entre essas duas figuras metodológicas, para Anguera (2003), é que a observação como método segue toda uma sistematização balizada por um problema e obedece a um alto controle externo, ou seja, é uma modalidade do método cientifico. Enquanto que a observação como técnica consiste no uso pontual de algum recurso técnico dos métodos científicos, portanto sem um problema definido, com baixo controle externo e carente de sistematização. Diante do exposto, a observação na análise do jogo vem sendo realizada como técnica uma vez que nessa área de estudo, primeiro encontram-se as categorias e os indicadores e só depois se procurar as informações necessárias (Garganta, 2001). Neste contexto, a literatura sugere que os procedimentos metodológicos para tornar a observação precisa direcionam para o treinamento dos observadores, definição do tipo de observação e realizar a observação sistemática. Em relação ao treinamento do observador, Contreras & Ortega (2000) afirmam que para a observação devemos utilizar pessoa ou pessoas treinadas. Já que de outra forma a observador corre o risco de cometer três tipos de erros: (i) erro sistemático que é produzido pelo instrumento de medida, (ii) erro acidental que ocorre pela circunstância do momento e (iii) o erro de procedimento ou metodológico que se produz pela limitação do tempo. 37 Romu Farias

40 Revisão da Literatura No que refere ao tipo de observação, Sampaio (1994) faz distinção entre três tipos e defini cada uma delas como: (i) observação direta, é a que permite uma apreciação in loco do jogo com vantagens de ter a presença do observador no local da competição; (ii) observação indireta, habitualmente é realizada sobre os registros de vídeos das competições; e a (iii) observação mista, é a que utiliza simultaneamente os dois tipos de observação anteriormente referidos. Já sobre a observação sistemática, Garganta (2001) sugere sua utilização como alternativa a observação casual e subjetiva. Porque para alguns autores (Hughes e Franks, 1997; MacDonald, 1984; Franks, 1985; Morais, 1996) a visão e a memória humana é limitada, sendo impossível relembrar todos os acontecimentos que ocorrem durante o jogo e menos ainda ao longo de uma temporada. Em resumo, Pieron (1998) citado e Contreras e Ortega (2000) considera que se seguirmos os procedimentos anteriormente discutidos a observação podese converter em um método de recolha de dados com um rigor científico muito aceitável. Assim sendo, veremos na próxima sessão as informações a cerca dos procedimentos para registrar o observado durante a análise do jogo O registro do jogo Para Anguera et al (1993) o registro é a transcrição da realidade por parte do observador mediante a utilização de código determinados e que se materializa em suporte físico. Nos últimos anos o processo de registro dos dados tem sofrido uma evolução evidente, o tradicional registro dos comportamentos dos jogadores e da equipe que eram realizados a partir da técnica do papel e lápis fora substituído por modernos instrumentos tecnológicos, como vídeo e computadores. A difusão do vídeo permitiu aborda análise do jogo de forma indireta e sua utilização permite completar a informação que se tem de cada partida, ampliando o número de parâmetro registrado. 38 Romu Farias

41 Revisão da Literatura Diversos autores (Garganta, Maia e Basto (1997), Cárdenas et al. (1999), Ribeiro e Samapio (2001), Bertorello, (2003), Okazaki et al (2004) e outros) publicaram trabalhos em que o registro de dados se realizou mediante o emprego deste elemento técnico (vídeo). A evolução da informática permitiu através de computadores mais potentes incorpora imagens, aumentar a capacidade de registro, processar informação mais rápida e aumentar a base de dados. Um exemplo, que permite caracterizar bem essa evolução, pode ser sentido no método de processar e divulgar a informação. As informações colhidas durante um jogo vão em tempo real para o site das entidades que administram o desporto e são apresentadas como a estatística oficial, ficando a disposição durante as partidas e após o término delas para os clubes filiados, a imprensa e o público em geral. Um outro benefício dessa evolução foi de fornecer aos treinadores e especialistas acesso a uma ampla gama de programas especificamente criados para o registro do comportamento desportivo em tempo real, entre os quais podemos citar alguns deles: Transcriptor (Hernández-Mendo, Ramos, Peralbo y Risso, 1993), Behavioral Evaluation Strategy and Taxonomy (BEST)4 (1996), Codex5 (Hernández-Mendo, Anguera-Argilaga & Bermúdez-Rivera, 2000; Hernández Mendo, Bermúdez Rivera, Anguera Argilaga y Losada López (2000)), DATACAP (Emerson, 1995), Thème (Magnusson, 1996), Data Collection Assistant (DCA) (1997), Direct Observation Data System (DODS) (Johnson, 1993), Ecobehavioral Assessment System Software (EBASS) (Greenwood, 1993), EVENT-PC (Ha, 1992), Observational Data Acquisition Program (ODAP) (Hetrick, Isenhart, Taylor & Sandman, 1991), Observational Data Collection and Analysis for Windows (ObsWin) (Oliver, 1998), Observe (1994), SDIS-GSEQ (Bakeman y Quera, 1996), PROCODER (Tapp & Walden, 2000), The Observer (1993), Professional Behavior Evaluation System (ProBES) (Ricketts, 1995), y Virtual Behavior Analyst (VBA)14 (1995). No basquetebol, por exemplo, podemos citar o programa Advanced scout utilizado na National Basketball Association (NBA), que tem como objetivo ajudar 39 Romu Farias

42 Revisão da Literatura os treinadores analisarem as informações dos jogos, podendo funcionar de duas formas: a primeira, respondendo a questões previamente definidas e a segunda, detectando padrões de comportamento (Carvalho, 1998). Para Sampaio (2000) com esse programa torna-se relativamente fácil perceber quais os sistemas ofensivos e defensivos mais eficazes, com quais jogadores e em que circunstância, sob uma perspectiva transversal e longitudinal. Contudo, todo esse poderoso e sofisticado sistema de análise tem sido utilizado exclusivamente como auxiliar dos treinadores em equipes profissionais (MacMullan, 1998). Além disso, toda essa sofisticação tecnológica não aumenta, como refere Garganta (2001), a eficácia da análise do jogo e nem os conhecimentos sobre uma determinada realidade. Para o aumento da eficácia dos meios informáticos, o autor (1997) diz que só será possível pelo refinamento e extensão das categorias que os integram. Como também se faz necessário à utilização de um instrumento de registro padronizados ou desenvolvidos para tais fins, os chamados instrumentos ad hoc (Anguera, 2003), que permitem materializar as informações da observação direta ou indireta, e que possibilite a entrada de informação nos meios informáticos. Os instrumentos de medida são formados pela categorização das ações do jogo (Garganta, 2001) e dependendo da linha de investigação pode ser chamada de variáveis, de indicadores, de coeficiente de eficácias e de unidades de análise (Molinuevo, 2000). No basquetebol o instrumento de medida utilizado, mundialmente para o registro, em jogo de torneios internacionais, nacionais e regionais, tanto para o sexo masculino quanto para o feminino, é o scouting. O Scouting é constituído por indicadores técnico-táticos do jogo e é utilizado para registrar o número de vezes que ocorrem determinadas ações e sua limitação, segundo Stavropoulos et al (2005), está em não medir a interação entre os indicadores e não permitir a ordem de ocorrência deles. Normalmente, os indicadores registrados em jogo segundo Sampaio (2000) e De Rose et al (2002) são: arremessos tentados e convertidos, rebotes ofensivos 40 Romu Farias

43 Revisão da Literatura e defensivos, faltas cometidas e sofridas, assistências, desarmes de lançamentos, bolas recuperadas e perdidas. Na literatura, estão disponíveis outros instrumentos de registro do desempenho dos jogadores e da equipe, como o total basketball proficiency score- TBPS (Kay, 1966), o rendimento indiviudal em las paridas - RIP (Gómez e Moll, 1980), o Coeficiente de eficácia individual - CEI (Garba, 1981), o Tedex (Heeren, 1988), o Basketball Evoluation System (Swalgin, 1994), o Points Responsible (Perkins, 1999), os coeficientes de eficácias (Steel, 1994) e o Advanced scout (Bhandari, 1997). Em relação ao instrumento específico para analisar a defesa encontramos na literatura consultada o Coeficiente de Eficiência Defensiva (CED), de Keller (1960), que em conjunto com o Coeficiente de Eficácia Ofensivo (CEO) serve para medir a eficácia coletiva da equipe. Para atender o interesse do estudo vamos nos prender ao calculo do coeficiente defensivo, assim sendo, o CED é medido pela razão entre o número de pontos sofridos e o número de posses de bola da equipe, que pode ser calculada pela equação CED=PS/PB. Deste modo, pretende-se que o CED expresse a capacidade das equipes em contrariar a conversão de pontos do adversário e a eficácia defensiva deverá corresponder a um CED mais baixo. No entanto, essa metodologia apresenta segundo Sampaio e Janeira (2001), algumas limitações como: (i) só tem utilização quando devidamente contextualizado, ou seja, quando comparados com as equipes adversárias no mesmo jogo; (ii) o número de posse de bola ao variar pela contaminação do ritmo do jogo, limita a utilização destes procedimentos numa perspectiva longitudinal; e (iii) pode expressar que uma equipe que venceu o jogo pode ser considerada ofensivamente mesmo eficaz, ou seja, pode apresentar no jogo um CEO menor do que a equipe derrotada; Diante dessas limitações, Turcoliver (1990), sentiu a necessidade de redefinir os processos de avaliação da eficácia coletiva da equipes e sugeriu para isso a redefinir o conceito de posse de bola. 41 Romu Farias

44 Revisão da Literatura Nesta redefinição o autor, considerava a conquista do rebote ofensivo não como uma nova posse de bola, mas como um reavivar da posse de bola anterior. Desta forma, o autor constatou que no final do jogo as equipes em confronto tinham aproximadamente o mesmo número de posses de bolas e sugeriu que se utilize uma medida padrão de 100PB. Assim, o coeficiente de eficácia defensiva passou a representar o número de pontos sofridos em 100PB e podem ser calculados pela seguinte equação: CED= PSx100/PB. Um outro instrumento encontrado foi o defensive intensity chart (DIC), desenvolvido por Brow (1991), que consiste em medir e valorizar a desempenho defensivo dos jogadores nos jogos, através da soma das freqüências registradas nos seguintes indicadores: interceptação, recuperação de bola, rouba de bola, desarme de arremesso, faltas ofensivas provocadas, arremessos alterados e contatos coma bola. Por últimos, encontramos o Coeficiente de Eficácia Defensiva de Doug Steel, em 1994, que também é chamado de Tedex defensivo uma vez que foi construído a partir do Tendex de Heeren (1998). O calculo do Tendex defensivo pode ser realizado através da equação: Tendex defensivo = (1,25 x roubo de bola) + rebote defensivo + desarme de arremesso (2 x faltas anti-desportivas) (faltas cometidas / 2) + (tedex ofensivo médio do adversário direto tendex ofensivo do adversário direto) / jogos disputados. Assim sendo, os instrumentos de medidas permitiu aumentar a capacidade do registro e dar sentido aos dados recolhidos gerando, desta forma, uma propagação das bases de dados que precisam ser explorados através das técnicas de análise dos dados. 42 Romu Farias

45 Revisão da Literatura Técnicas de análise dos dados Nos primórdios da análise do jogo segundo Sampaio (1999) pela insuficiência de meios o tratamento dos dados era feito à posteriori e absorvia muito tempo dos treinadores. A partir da evolução da informática, já mencionado neste estudo, a análise dos dados passou a ser realizado em tempo real e as vantagens dessa evolução são evidentes, como por exemplo, a possibilidade dos treinadores poderem intervir no jogo em tempo real. Este fato fez surgir, nos últimos anos, diversas técnicas estatísticas para análise dos dados que permiti o tratamento, isto é, transformar grandes quantidades de dados em formas mais manejáveis e compreensíveis. O tratamento estatístico permite analisar os dados em busca de informação relativa aos comportamentos expressos no jogo, no sentido de tipificarem as ações que determinam a desempenho dos jogadores e das equipes (Garganta, 2001). Segundo MacAdam (1984) existi três razões para utilizar as técnicas estatísticas no basquetebol: a primeira é avaliar a desempenho em áreas especificas de interesse do treinador, a segunda é ajudar o treinador a entender o que está acontecendo durante a partida e a terceira considera a estatística como instrumento motivador para a melhora do desempenho dos jogadores e das equipes. Todavia, as técnicas estatísticas podem induzir o erro e não mostrar uma imagem verdadeira do jogo (Stavropoulos et al, 2005), para isso, basta que os dados recolhidos sejam observados e registrados indevidamente ou que o observador escolha uma técnica estatística inadequada para análise dos dados. Em relação à técnica estatística inadequada, Sampaio (2000) ao estudar o poder discriminatório das estatísticas do jogo de basquetebol verificou que uma grande quantidade de investigadores tem recorrido à técnica univariada para avaliar o rendimento dos jogadores e das equipes. 43 Romu Farias

46 Revisão da Literatura O problema em utilizar essa técnica, segundo o autor, está no fato de que esse procedimento se enquadra bem no conceito de descrição, e por isso, são poucas ajustadas às questões multidimencional do jogo. Para o autor, as técnicas multivariadas são os procedimentos mais adequados para analisar os dados colhidos do jogo, pois permiti aos investigadores estudar a interatividade das variáveis colhidas e com isso avaliar a desempenho das equipes em situação de jogo. Embora, numa perspectiva mais atual, tenha havido uma preocupação por parte dos investigadores de ajustar as técnicas estatísticas na análise dos dados, cresce na análise do jogo as técnicas de análise dos dados que salientam o comportamento da equipe e dos jogadores, através da identificação da regularidade e variação das ações de jogo. Assim, nos jogos desportivos coletivos e particularmente no basquetebol não basta apenas concentra-se na análise quantitativa dos indicadores, o foco da análise centra-se nos comportamentos/indicadores e em aspectos que antecede ou procede à ação do jogo. Em face da idéia anteriormente apresentada diversos autores (Mendo, 1996; Ardá, 1998; Ardá y Anguera, 1999, 2000; Paulis, 2000; Ardá, Anguera y Camiña, 2002; Ardá, Casal y Anguera, 2002; Mendo & Anguera, 2002), têm aplicado à técnica da análise seqüencial para o tratamento dos dados nos estudos dos jogos desportivos coletivos, principalmente no futebol. Essa técnica tem por objetivo analisar a existência de padrões ou regularidade seqüenciais, ou mesmo estabelecer que certas condutas apresentem tendências de ativar ou inibir a aparição de outras (Mendo e Anguera, 2001). Na literatura internacional, o primeiro estudo que utilizou a técnica de análise seqüencial no basquetebol, foi realizado em 2000, por Antonio Hernandez Mendo e seus colaborados, que procuraram estimar os padrões de condutas dos jogadores e à ação técnica desses jogadores durante o treinamento. Neste estudo, os autores observaram e codificaram onze jogadores durante três treinamentos da equipe de basquetebol da liga ABC, UNICAJA-Malaga, utilizando um instrumento de formato de campo. 44 Romu Farias

47 Revisão da Literatura A análise foi feita, no primeiro momento, levando em conta todos os jogadores e as ações que realizavam e no segundo momento analisou-se a ação do passe da bola como conduta critério. Grosso modo, os resultados indicaram na análise geral que três jogadores tinham padrões de iniciar a ação do passe e dois jogadores dos três inibiam a ação da cesta. Na segunda análise que tinha como conduta critério o passe indicou que essa inibição ocorria porque antes de dar um tiro à cesta os dois jogadores realizavam o passe. Portanto, estudo nessa linha de análise dos dados afigura-se claramente mais coerente e proveitoso, do que a exaustividade de elementos quantitativos relativos à ação individuais e não contextualizados. 45 Romu Farias

48 Metodologia 4. Metodologia 4.1. Conceito de Metodologia Observacional A Metodologia Observacional, segundo Losada & López (2003) é uma estratégia do método científico que planeja a observação sistemática da realidade, desenvolvendo categorias que permitam obter registros sistemáticos de conduta, que uma vez transformados em dados quantitativos com um nível de fidelidade e validade determinada descreve, e em alguns casos prediz, a conduta do sujeito em situação natural. De acordo com Anguera (2003) existem muitas situações de estudo em que esse método é o mais adequado ou o único possível de ser utilizado. Entre essas situações, para a autora, está à avaliação de programa de baixa intervenção, a avaliação de interação diversa, a avaliação da competência social, análise do movimento em diversas atividades, etc. No desporto diversos estudos têm-se debruçado sobre a análise do jogo de basquetebol, mas poucos no âmbito da metodologia observacional (acrescentar os estudos). A grande parte desses trabalhos direciona-se para a utilização de metodologias empíricas (seletiva e experimental) que empregam instrumento estandardizado, como o Scouting, na recolha dos dados para uma posterior avaliação do jogo e dos jogadores através das designadas estatísticas do jogo. Método este, que segundo Sampaio (2000), necessita de questões metodológicas mais sólidas e esclarecedoras acerca da validade destas estatísticas. Para o autor, esse não é o único problema desse tipo de pesquisa, assuntos como: as técnicas de análise utilizadas e a falta de definição do contexto específico do jogo, particularmente no que diz respeito ao tipo, local e categoria dos diferentes jogos analisados tem sido abordados de forma pouco consistente. Já Barreiras (2006) afirmar que esse procedimento parece ser pouco capaz de acrescentar um conhecimento objetivo à conduta do jogo e tendem a revelar no seu conteúdo o que os estudados fazem na sua atividade, retirando-se apenas 46 Romu Farias

49 Metodologia ilações qualitativas de caráter pouco objetivo, não incidindo nas condutas que o jogo em competição pode evidenciar. Desta forma, pretende-se utilizar a metodologia observacional neste estudo para contornar algumas das referidas limitações. Apesar da sua expansão nas últimas décadas e cujo caráter cientifico se achar perfeitamente avaliado, para a utilização dessa metodologia faz necessário o cumprimento, segundo Anguera et al. (2000), de alguns requisitos como: O caráter perceptível. Consiste nas condutas do sujeito observado que implicam ganho total de perceptividade e que oferece uma maior garantia de observação; Contexto habitual. Fato que faz parte da vida cotidiana ou do contexto do sujeito a avaliar. Se nos interessar estudar as condutas habituais do sujeito, não faz sentido estudar outros aspectos dos quais ele não está inserido; Estudo ideográfico. Posição clássica que possibilita o desenvolvimento da metodologia observacional e diz respeito a se observa um individuo. Os novos conceitos ideográficos possibilitam também o desenvolvimento, quer através da observação de um pequeno grupo de indivíduos ou pela observação de condutas pertencentes a um só um nível de resposta, tanto se referindo a um sujeito como ao um grupo de indivíduos que atuam como uma unidade; Continuidade temporal. O seguimento temporal vai mais além da mera ocorrência casual ou esporádica de determinadas condutas. Na avaliação da conduta devemos adotar um planejamento diacrônico e é conveniente fixar os limites do tempo a avaliar; Instrumento estándar ou ad hoc. Pelo caráter natural do contexto e espontaneidade das condutas fica impossível a existência de um instrumento que meça o caráter natural das condutas produzidas. Assim, deve ser construir um instrumento a ad hoc em cada caso e nessa elaboração devemos contar com outros instrumentos já elaborados como referência. 47 Romu Farias

50 Metodologia Esses requisitos têm por objetivo delimitar a temática do comportamento perceptível do individuo ou situação a avaliar e formam o perfil básico da metodologia observacional (Anguera, 2003). Além disso, os requisitos devem estar vinculados ao objeto de estudo que neste caso especifico é o estudo a defesa no jogo de basquetebol, a partir da análise das condutas dos fundamentos defensivos individuais do homem que marcar a bola. Pois, qualquer que seja o sistema defensivo adotado pela equipe, a maior ou menor eficiência do sistema estará sempre em função da conduta individual dos jogadores que o constitui (Daiuto, 1989). Portanto, depois de delimitar o perfil da observação a Metodologia Observacional segue todas as fases das metodologias empíricas em Ciência do Comportamento que é a delimitação do problema, a recolha e otimização dos dados, a análise dos dados e interpretação de resultados pesquisa (Anguera et al., 2000). Ao contrário das ciências físicas, as ciências do comportamento possuem poucas teorias formalizadas, pelo que muitas vezes o que se valida são inferências realizadas a partir da constatação repetida de regularidades nos fenômenos (generalizações empíricas), um procedimento indutivo, em vez de deduções teóricas. As hipóteses, a não ser que o investigador tenha conhecimento de resultados obtidos em trabalhos similares, são formuladas ao longo do processo de investigação. 48 Romu Farias

51 Metodologia 4.2. Desenho do Estudo O desenho do estudo é entendido por Anguera (2003) como um plano estratégico do processo, que utiliza uma série de pautas relativas à organização empírica do estudo. Para a autora, o desenho trata-se da primeira fase do processo inerente à Metodologia Observacional e está subordinada a fixação dos objetivos específicos do estudo, funcionando como meio de orientação para saber que dados são necessários obter, como os organizar e analisar. Na Metodologia Observacional podem-se estabelecer diversos critérios para classificar os desenhos e realizar seu desenvolvimento sistemático. Mas, na última década, a Metodologia Observacional tem desenvolvido uma proposta que se fundamenta no cruzamento de dois critérios proposto por Anguera (1995) que são: 1. Critério de caráter Idiográfico ou nomotético. Esse critério diz respeito à dimensão de sujeito observado. Basicamente, um estudo Idiográfico implica em uma unidade de observação (n=1). Sujeito, parelha ou grupo entendido como um só tipo de elemento observado. No estudo nomotético, implica em múltiplas unidades de observação (n>1). Sujeito, parelha ou grupo; 2. Critério Temporalidade do registro. Esse critério diz respeito à dimensão temporal do registro que pode ser pontual ou de seguimento. O registro pontual trata-se de uma única sessão de observação e o de seguimento, refere-se ao registro continuo no tempo. Nesta proposta a sugestão é cruzar a dicotomia idiográfico (unidade) / nomotético (pluralidade de unidades); registro pontual / seguimento e unidimensional / multidimensional, conforme a figura 4.1, dando origem a quatro quadrantes (Anguera, 1990). 49 Romu Farias

52 Metodologia Figura Desenho Observacional Básico (Anguera, 1990). Apesar dessa proposta permite resolver boa parte dos possíveis estudos na metodologia observacional, Anguera, Blanco e Losada (2001) sentiram a necessidade de melhorar e contemplar a dimensionalidade dos respectivos estudos introduziu um terceiro critério: 3. Critério nível de resposta. Esse critério diz respeito à resposta do fluxo de conduta que pode ser unidimensional ou multidimensional. A resposta unidimensional refere-se a um só nível de resposta (uma só conduta) em função da sua ocorrência ou não ocorrência. A resposta multidimensional refere-se a várias condutas e por diferentes níveis de respostas, ou seja, condutas diferentes representadas em sistemas de categorias. Assim, o desenho observacional passou a dispor de oito zonas em quatro quadrantes, conforme a figura 4.2, onde o eixo vertical se refere às unidades de observação, o horizontal corresponde à temporalidade da analise, enquanto que os círculos correspondem à dimensionalidade do estudo. 50 Romu Farias

53 Metodologia Figura Desenho observacinal obtido mediante a superposição dos três critérios (Anguera, Blanco, Losada, 2001). Desta forma, a ortogonalidade entre os eixos confere oito desenhos observacionais com características distintas: no 1º quadrante inserem-se os desenhos diacrônicos; no 2º quadrante os de caráter somativo, caracterizando-se omo os mais débeis; os sincrônicos no 3º quadrante e, por último, os lag log ou sincrônicos diacrônicos no 4º quadrante. A totalidade dos desenhos observacionais, segundo Anguera (2003), vão se ramificando de forma a seguir, demonstrado em função dos três critérios referidos, convergindo no final no desenho observacional pretendido e adequado para o estudo em questão, como mostra a figura 4.3. Portanto, conforme as propostas dos desenhos observacionais apresentados anteriormente o nosso estudo enquadra-se no quadrante, desenho seguimento / nomotético / multidimensional (S/N/M). Pois, pretende-se seguir uma equipe de basquetebol ao longo de um tempo, ou seja, durante todo o campeonato. 51 Romu Farias

54 Metodologia Em relação ao número de sujeitos será Nomotético, mesmo sendo uma única equipe estudada. O interesse do estudo centra-se em múltiplas unidades de observação, pois consideremos a equipe desde a individualidade de cada jogador. Referente ao nível de resposta será multidimencional, pois serão evidenciados diferentes níveis de respostas à medida que ocorrem as condutas durante o processo defensivo. Figura Convergência dos desenhos observacionais (Anguera, 2003) Amostra Observacional Depois de definido o desenho observacional que é o indicado para a condução desta investigação, torna-se fundamental organizar um desígnio de amostra para as possíveis situações de observação a partir das quais serão recolhidos os dados deste estudo. Este plano consiste na definição e explicitação de um conjunto de critérios conducentes à seleção da possível amostra, uma vez que em virtude do carácter da investigação, apenas no final da recolha de dados é que será possível aferir a amostra real utilizada. Pretende-se que as seguintes decisões primem pelo rigor e pela realidade relativamente ao jogo de basquetebol, pois só assim será possível obter um universo de dados que circunscreva as mais variadas situações do jogo. 52 Romu Farias

55 Metodologia Assim, espera-se que esses dados caracterizem os padrões de conduta defensiva da equipe observada e que convergem para informações substantivas capazes de fornecer conclusões efetivas sobre a relação entre a eficácia e a forma de realização desta combinação de condutas, e ainda que seja capaz de caracterizar objetivamente a temática em questão Seleção da amostra observacional As decisões relativas à amostra observacional devem ser entendidas com base em dois níveis amostrais: intersessão e intra-sessão. O nível de amostra intersessão corresponde a decisões relativas ao período de observação, à periodicidade das sessões de observação, ao número mínimo de sessões, e aos critérios de início e de final de cada sessão. Quanto ao outro nível de amostra intra-sessão, refere-se aos procedimentos de registro da informação dentro de cada sessão de observação Nível de amostra intersessão A amostra intersessão foi estabelecida com base nos seguintes critérios: a. Nessa investigação entende-se sessão cada um dos quatro períodos da totalidade do jogo de basquetebol, compreendido em sua duração conforme as recomendações regulamentares; b. A amostra será constituída por todos os jogos da seleção brasileira de basquetebol feminino, que disputou o Campeonato Mundial, realizado no Brasil, no período de 12 a 23 de setembro de 2006; c. O número mínimo de sessão ou de jogo depende da classificação da equipe, como por exemplo: na primeira fase da competição a equipe fará três jogos. Caso passe para a segunda fase, ela fará mais três jogos e na seqüência da competição será um jogo por fase até chegar a fase final, totalizando nove jogos e trinta seis sessões de observações; 53 Romu Farias

56 Metodologia d. O inicio e final das sessões seguirão as orientações regulamentares para os períodos. Assim, no primeiro período, o início da sessão se dará com o árbitro erguendo a bola no circulo central e nos outros últimos três períodos, o início da sessão se dará, com a bola reposta na lateral da quadra e, o final da sessão se dará após os dez minutos cronometrados Nível amostra intra-sessão As decisões para a amostra intra-sessão referem-se aos procedimentos de registro da informação relativa ao que é relevante recolher no presente estudo, dentro de cada sessão. Assim, a amostra intra-sessão se estabeleceu a partir das seguintes decisões: a. Registro da Sessão: O registro da sessão ocorrerá de forma continua, mas apenas será registrada a informação relevante que se adeqüei aos objetivos do estudo. Assim, apenas se registram as seqüências de conduta defensiva do jogador que marcar a bola, e em que foi possível observar a totalidade das condutas que a compõem. Todas as seqüências que, por qualquer razão, não permitam a completa observação das suas condutas, tornando imperceptível e incompleto o seu registro, são eliminadas, não sendo contabilizadas para o registro final do número de seqüências observadas; b. Amostra de multieventos: Como só será registrada a seqüência de conduta que interessam dentro da sessão. Duas sessões de igual duração podem fornecer um número bastante distinto de seqüências de conduta defensiva registradas. Do registro destas seqüências resultará uma lista de configurações (unidade básica no registro de formatos de campo), que consiste no encadeamento de códigos correspondentes a condutas simultâneas ou concorrentes. 54 Romu Farias

57 Metodologia 4.4. Instrumentos da Metodologia Observacional Na Metodologia Observacional existem como instrumentos, segundo Anguera (2003), o sistema de categorias, o formato de campo, a rating scale e a combinação de formato de campo e o sistema de categorias. O sistema de categorias é um meio de registrar condutas mediante a sua classificação por categorias. Este sistema deve ser exaustivo e mutuamente excluente (M/ME): exaustivo (E) na medida em que toda a conduta que se observar deve poder ser incluída num critério de cada categoria, e mutuamente excluente (ME) porque cada conduta apenas servirá para uma e uma só categoria. Desta forma, é indispensável à existência de um corpo teórico prévio e sustentado, sendo, portanto um sistema fechado. O formato de campo é um sistema mais aberto e flexível, pois permite a inclusão de novas condutas no decorrer da sua utilização. Permite uma descrição simultânea da conduta e da situação que a envolve pelo que na transcrição dos respectivos códigos forma-se uma cadeia de códigos concorrentes. De acordo com Anguera (2003) a sua elaboração implica as seguintes fases: (i) fixação de critérios em função do objetivo do estudo; (ii) atribuição de um conjunto de condutas que correspondem a cada um dos critérios, formando uma listagem denominada de catálogo; (iii) designação de um sistema de codificação; e (iv) a elaboração de configurações. A escala de estimação ou rating scale : que é um instrumento de observação que corresponde a um sistema dimensional de registro. Tem um caráter residual devido ao necessário requisito de ordenação de um atributo ou dimensão que nem sempre é possível nem fácil de realizar (Anguera e Blanco, 2003). São escalas de avaliação, de grande subjetividade, destinadas a quantificar as impressões obtidas no ato de observar. É muito freqüente a atribuição de valores de zero a dez. Por último, temos o instrumento elaborado pela combinação de sistemas de categorias e formatos de campo que consiste em combinar categorias rígidas 55 Romu Farias

58 Metodologia (exaustivas e mutuamente excluentes) nos formatos de campo, que tem por objetivo dar maior flexibilidade na observação de comportamentos múltiplos. Atualmente, a utilização desse instrumento pode ser encontrar em diversos trabalhos no âmbito do comportamento desportivo (Arda e Anguera, 1999; Ordéñez, 1999; Paulis, 2000) O instrumento para a recolha da conduta defensiva No presente estudo optou-se pela elaboração de um instrumento ad hoc, devido a grande diversidade de situações suscetível de serem observadas que necessitam de uma observação sistemática, específica e contínua. A decisão pela elaboração de um instrumento ad hoc baseia-se, em parte, no fato de não ser encontrado qualquer instrumento estandardizado que se revele adequado a este estudo, isto é, que permita estudar padrões de conduta defensiva no Basquetebol como é pretendido. Porém, esta não foi a principal razão para tal decisão, pois na Metodologia Observacional a elaboração de um instrumento ad hoc é um dos requisitos básicos exigidos (Mendo et al., 2000). Assim, procede-se à construção de um instrumento próprio que vai ao encontro de todos os aspectos metodológicos exigidos pelo problema e pelos objetivos propostos. Deste modo, a opção consistiu na elaboração de um instrumento ad hoc, que combine sistema de categorias e formatos de campo que responda em simultâneo a um marco teórico e à realidade do estudo em questão. A razão para tal opção fundamenta-se na relação de complementaridade entre os dois instrumentos (SC/FC), ou seja, utilizar as debilidades de um com as qualidades do outro. Portanto, O instrumento que se apresenta está constituído por quatro critérios: 56 Romu Farias

59 Metodologia Critério 1 O contexto do jogo. Critério 2 A organização defensiva. Critério 3 O fundamento técnico-tático defensivo. Critério 4 A finalização defensiva. O Contexto do jogo corresponde aos fatores situacionais que estão relacionados com aspectos peculiares de cada jogo e das situações momentâneas da competição. Darão-nos informações de onde e como ocorre a competição. O seu registro deverá ser efetuado antes do início da sessão de observação. As categorias que o compõem são: local, período, sistema de disputa e fase. A organização defensiva permitir caracterizar o sistema defensivo dentro da dinâmica do jogo. As categorias que o compõem são: número do defensor, zona inicial, placar momentâneo e tipos de defesa. O critério técnico-tático defensivo diz respeito aos fundamentos que permite ao defensor marcar o atacante com a máxima eficiência e com mínimo de esforço, sem a colaboração do companheiro. As categorias que o compõem são: defesa do drible, defesa do passe, defesa do arremesso, defesa do rebote e a defesa do corta-luz. A finalização defensiva descreve as ações defensivas que caracterizam a recuperação da posse de bola e a interrupção do ataque adversário. As categorias que os constituem são: zona final, recuperação da posse e a duração da ação defensiva. A fase seguinte consiste na construção de um catálogo aonde atribuiremos um conjunto de condutas, divididas em subcategorias, para cada categoria com seus respectivos códigos. Elaborando assim (regidas pelos critérios sincrônico e diacrônico) configurações em que é possível o encadeamento de códigos que representam exatamente o fluxo de conduta decorrido em contexto real. 57 Romu Farias

60 Metodologia Torna-se importante ressaltar que as categorias e as subcategorias do catálogo aqui proposto constituem uma ferramenta que se encontra sujeita a constante correção, reformulação ou aperfeiçoamento. Assim sendo, o presente instrumento terá uma estrutura geral de acordo com que é apresentado na figura 4.4 e permitirá a elaboração de configurações (regidas pelos critérios sincrônico e diacrônico) em que é possível o encadeamento de códigos que representam exatamente o fluxo de conduta decorrido em contexto real Observação e Registro dos Dados A observação é sempre condicionada pelo observador quando seleciona os aspectos que considera relevantes para a sua investigação durante períodos de tempo ininterruptos, os quais Anguera (1993) designa por sessões de observação. A escolha desses aspectos nos permite descrever objetivamente a realidade para analisá-la e é feita através do registro observacional. Assim, as tarefas de observação e registro dos dados encontram-se diretamente ligadas, na medida em que o registro deve expressar a realidade observada da forma mais fiável e clara possível (Barreira, 2006). Na Metodologia Observacional essa representação da realidade aparece segundo Anguera (1993), normalmente, sob a forma de códigos e símbolos, que descrevem a conduta observada de um sujeito, ou vários sujeitos, durante um ou mais períodos de tempo de observação. Para a autora o uso de determinados códigos possibilita ao observador a transcrição da representação da realidade e a sua materialização num suporte físico que garanta a sua prevalência. Essa sistematização do registro permite abrandar as limitações derivadas, essencialmente, da captação da ocorrência de condutas, quer através dos nossos órgãos sensoriais (forma mais primitiva) quer da gravação ou armazenamento da informação. 58 Romu Farias

61 Metodologia Assim sendo, torna-se importante referir a forma como a observação e o registro dos dados serão realizados nesta investigação Características do processo de observação A sistematização da observação neste estudo respeitará a classificação básica inerente a Metodologia Observacional defendidos por Anguera et al. (2000), segundo o grau de cientificidade, o grau de participação do observador, o grau de perceptividade e aos níveis de resposta. Assim, será utilizada uma observação em situações de máxima realização (competição), através de uma observação ativa, não participante, direta e indireta porque apesar de envolver o registro da realidade, esta será observada através de meios audiovisual pré-definidos para a situação. Partindo pressuposto que o jogo de basquetebol está constituído por inúmeras seqüências defensivas, essas seqüências por sua vez são compostas por ações defensivas realizadas pelos jogadores. Analisar-se-á as condutas defensivas ou as seqüências defensivas formadas pelas ações técnica e tática dos jogadores que marcar a bola, que ocorrem desde o momento definido para início até ao momento final da observação, objetivando assim indagar sobre a incidência, sobre a freqüência (número de ocorrências de determinada categoria ou código de formatos de campo durante um período de observação), sobre a seqüência/ordem e acerca dos valores em que se manifestam as variáveis escolhidas para o estudo Procedimentos de observação No presente estudo optou-se por uma observação indireta, pois se recorre a meios audiovisuais para a recolha dos dados amostrais. Todos os jogos foram gravados em fita VHS a partir de emissões realizadas por uma estação de Figura Match Vision Studio v Romu Farias

62 Metodologia televisão aberta e posteriormente digitalizadas do vídeo para um computador. A visualização dos jogos e respectivas tarefas de observação foram efetuadas através de um computador AMD Sempron 2400+, com 1,66GHz e 224 MR de RAM, através da utilização do software Match VISION Studio3.0, versão para Windows (Perea, Alday, e Castellano, 2005). Esse software permite uma observação detalhada e rigorosa da unidade de registro em estudo através do controle e da visualização de cada frame, o que garante uma vantagem significativa relativamente à visualização do vídeo. Desta forma, cada seqüência de defesa foi observada pelo menos uma vez em velocidade normal e tantas quantas necessárias por frame, de forma a registra todos os dados propostos para o estudo, com os seguintes momentos de observação: (1) a organização defensiva; (2) os fundamentos técnicos e táticos e (3) a finalização defensiva. Tornando assim possível que o observador se sinta mais seguro na codificação do fluxo de conduta, diminuindo deste modo o erro Procedimentos de registro O registro da ação defensiva é realizado de forma seqüencial e deve ser efetuado sempre que o defensor estiver marcando a bola. Esse registro baseia-se nos códigos de cada conduta ou comportamentos concorrentes observados e ordenados na medida em que ocorrem, ou seja, na ordem em que se sucedem ao longo de cada seqüência defensiva. Assim, tendo por base o instrumento ad hoc, procede-se à codificação das seqüências defensivas que vão emergindo do processo de observação, registrando-se no próprio software Match VISION Studio3.0, figura Romu Farias

63 Metodologia Diretrizes para o registro das seqüências Como mencionado anteriormente o processo de codificação da ação defensivo será efetuado no software Match VISION Studio3.0 que gerar uma planilha do Excel, conforme o apresentado na figura 4.5. Tempo Duração Jogador Zona Tipo de Defesa do Defesa do Defesa do Defesa do Defesa do Zona Recuperação Placar inicial defesa drible corta-luz passe arremesso rebote final da bola ZIMQ EP DI PN NOCL DP NOA NOR ZFP NRB ZIP EP DI PN NOCL DP NOA NOR ZFP NRB ZIP EP DZ PN TM NOP NOA NOR ZFP NRB ZIP EP DZ PN NOCL DP NOA NOR ZFP NRB ZIAR EP DZ NOD NOCL DP NOA NOR ZFAR NRB ZIAR EP DZ NOD NOCL NOP DCA NOR ZFP RBAC ZIP EP DZ NOD NOCL DP NOA NOR ZFP NRB ZIP EP DZ NOD NOCL DP NOA NOR ZFP NRB ZIP EP DZ NOD NOCL NOP NOA NOR ZFP NRB ZIP EP DZ NOD NOCL DP NOA NOR ZFP NRB ZIP EP DZ NOD NOCL DP NOA NOR ZFP NRB ZIP EP DZ NOD NOCL NOP DCA NOR ZFP NRB ZIAR EP DZ NOD NOCL NOP NOA BR ZFAR NRB ZIAR EP DZ NOD NOCL NOP DPA BR ZFAR NRB ZIMQ EP EQ PN NOCL DP NOA NOR ZFP NRB ZIAR EP EQ NOD NOCL DP NOA NOR ZFAR NRB ZIMQ PR EQ PN NOCL NOP NOA NOR ZFP NRB ZIAR PR EQ NOD NOCL DLP NOA NOR ZFAR NRB ZIAR PR EQ NOD NOCL NOP DPA NOR ZFAR NRB ZIAR PR EQ NOD NOCL NOP NOA BR ZFAR RBDD. Figura Planilha do excel Essa planilha será salva e posteriormente se enquadrará na linguagem do software específico selecionado para o presente estudo, o programa SDIS-GSEQ de Bakeman e Quera (1996), que tem a seguinte formatação: Após o registro de uma conduta será utilizado um ponto final (.) como passagem para a conduta seguinte da mesma seqüência; Para definir o final de uma seqüência será utilizado um ponto e vírgula (;); Para definir o final de uma seqüência defensiva e também do registro de uma sessão de observação será utilizado o sinal (/); Cada seqüência recolhida diz respeito a uma conduta defensiva, pois uma nova seqüência implica a passagem para a linha seguinte. 61 Romu Farias

64 Metodologia Assim sendo, o processo de registro da seqüência defensiva será referido e explicado com base nos critérios: 1. Cada seqüência defensiva de um jogador corresponderá uma linha na tabela de registro; 2. O registro das ações defensivas iniciará no momento em que a equipe adversária recupera a posse, tenha o efetivo domínio da bola, e terminará quando a equipe observada retoma a posse de bola, dominando-a; 3. Caso haja interrupção no processo defensivo por qualquer motivo, ou troca de passe entre os atacantes e ou alteração na posição do defensor inicia-se o registro em outra linha; 4. Quando aparecer um atacante sem marcador, ou durante a lateral, ou na lateral fundo bola e no lance-livre por falta antidesportiva não deverá ser registrada nenhuma ação defensiva; 5. Nos casos em que o atacante aparecer sem defensor, como por exemplo, após um rebote, ou reposição da bola ou no contra-ataque. O registro desta ação deverá ser efetuado com o código SM logo após a interrupção do processo defensivo; 6. No registro da zona inicial defensiva deverá ser levado em consideração o posicionamento do defensor no momento da observação ou da ação do defensor; 7. No registro da zona final deverá ser levado em consideração o posicionamento do defensor quando termina a ação defensiva ou quando o defensor recuperar a posse; 8. Nos casos em que a defesa está jogando com dobra defensiva (Trep), ou haja rotação defensiva ou troca de marcação no corta-luz a ação defensiva registrada deverá ser do defensor responsável por marcar o atacante que está com a posse da bola; 62 Romu Farias

65 Metodologia 9. Na infiltração, a ação defensiva registrada deverá considerar o drible e o arremesso conforme a categoria equivalente e seus respectivos códigos; 10. No lance-livre, ação defensiva deverá ser registrada no segundo lance e terá dois momentos: do arremesso e do rebote, que deverão ser registrados em linhas diferentes; 11. Quando a defesa for zona ou combinada a ação defensiva registrada deverá ser do defensor responsável por marcar o atacante que está com a posse da bola na sua zona. Para exemplificação de um registro, foi utilizada uma seqüência de conduta defensiva relativa ao 1º jogo do Campeonato Mundial Feminino de Basquetebol, versão 2006, entre Brasil e Argentina, sendo o Brasil a seleção observada. Para o registro utilizam-se os códigos inerentes ao catálogo do instrumento elaborado. Assim, temos as seguintes situações: No contexto do jogo O registro do Contexto do jogo deverá ser feito antes do inicio da sessão de observação e neste caso, será registrado como variável de contexto na sintaxe do programa SDIS-GSEQ, pois o programa permite fazer a análise dos dados cruzando com essas variáveis. Na Organização Defensiva: Neste critério a observação da seqüência defensiva inicia quando da cesta do Brasil, a posse da bola está com a Argentina que vai bater o fundo e dá inicio ao ataque, figura 4.6. Nesse momento inicia a codificação, figuras 4.7 e 4.8, registrando o código (número 5) da jogadora do Brasil que marcar a atacante da Argentina, a zona inicial dessa marcação (ZIP), o placar momentâneo (GD) e o tipo de defesa realizada pela equipe (DI), figura Romu Farias

66 Metodologia 5 ZIP GD DI Figura Inicio da codificação e da organização defensiva. No Fundamento técnico-tático defensivo: Na continuidade da codificação, as condutas a registra neste momento dizem respeito aos fundamentos técnico e tático defensivo. Neste momento a jogadora do Brasil está marcando o drible com uma pressão nula (PN), a atacante não realiza corta-luz (NOCL), a defesa do passe é passiva (DP), atacante não realiza o arremesso (NOA) e, portanto não houve também defesa do rebote (NOR), figura 4.9. PN NOCL DP NOA NOR Figura Codificação dos fundamentos técnicos e táticos. Na finalização defensiva: Apresentamos na figura 4.10, a forma como é finalizada a ação defensiva observa-se e registra-se que a jogadora 5 continua na zona do perímetro (ZFP) e não recupera a posse da bola. Deste ponto em diante inicia-se uma nova linha de 64 Romu Farias

67 Metodologia codificação para a outra jogadora da defesa, seguindo os mesmos critérios de 5 ZIP GD DI PN NOCL DP NOA NOR ZFP NRB registro. Figura Codificação da finalização da defesa Fase exploratória Nesta etapa pré-científica é que ocorre a observação e o registro dos dados, de forma passiva, de um conjunto de seqüências. Porém, apesar de se identificar como uma fase de experimentação, o observador deve possuir já algum conhecimento do instrumento e da situação de observação. Segundo Anguera (2003), a finalidade da fase exploratória passa por permitir uma adequada delimitação e/ou redefinição do problema em estudo, aumentar a identificação entre o observador e o instrumento a utilizar, assim como com possíveis situações de observação, e ainda possibilitar que o observador adquira conhecimentos que lhe permitam tomar decisões mais precisas em etapas posteriores, ou seja, no registro propriamente dito (ativo). No presente estudo, determinou-se que esta etapa se realizaria pela observação e pelo registro de seqüências defensivas decorrentes do jogo Brasil contra Katar, relativo ao Campeonato Mundial Masculino de Basquetebol, ocorrido no Japão em agosto de Procedeu-se assim à observação e registro de 156 seqüências defensivas relativas à seleção do Brasil, por se pensar ser um número já suficiente para a concretização dos objetivos desta fase exploratória. 65 Romu Farias

68 Metodologia Análise da qualidade dos dados Para um estudo deste âmbito, é sobremaneira importante a estabilidade das observações, ou seja, a existência de fiabilidade na recolha dos dados. A avaliação da qualidade dos dados pode ser realizada através do grau de concordância inter observador ou intra-observador. No primeiro caso, dois ou mais observadores registram a mesma sessão de observação em separado. No caso da concordância intra-observador, o mesmo observador realiza a observação e o registro da mesma sessão em dois momentos diferentes. Neste estudo optou-se pela análise da qualidade dos dados, através da concordância intra-observador que foi verificada por intermédio do índice de fiabilidade de Kappa. Para verificar a análise da qualidade dos dados, procedeuse o registro das condutas defensivas de duas sessões de observação de uma equipe da amostra (Brasil). O que corresponde a um total de 348 seqüências de conduta defensiva, com vinte dias de intervalo, recorrendo para tal recorrendo para tal ao programa SDIS-GSEQ de Bakeman e Quera (1996) e à sua função Calcular Kappa. O índice de fiabilidade de Kappa preconiza que para existir estabilidade entre observações, ou seja, para se verificar concordância no registro dos dados, o valor de Kappa para todos os critérios deve ser superior a 0,75 (Bakeman e Gottman, 1989). Deste modo, quanto mais próximo o valor de Kappa for de 1, maior o grau de concordância intra-observador. Da análise da qualidade dos dados foram obtidos, para cada critério, resultados que garantem a fiabilidade da recolha dos dados, isto é, todos possuem um valor Kappa superior a 0,9, como mostra a quadro Romu Farias

69 Metodologia Quadro Análise de concordância intra-observador: resultado da fiabilidade Critérios Índice Kappa de Cohen Índice de concordância intraobservador Nº do jogador 0, ,71% Zona inicial 0, ,83% Placar momentâneo 1, ,00% Tipos de defesa 0, ,85% Defesa do drible 0, ,20% Defesa do corta-luz 0,9179, 97,69% Defesa do passe 0, ,97% Defesa do arremesso 0, ,81% Defesa do rebote 0, ,52% Zona final 0, ,95% Recuperação da bola 0, ,98% Assim, pode ser referido que os resultados traduzem uma elevada estabilidade entre observações, isto é, garantem a qualidade dos dados recolhidos. No intuito de manter a qualidade dos dados e do estudo não foi registrado nenhum processo que apresentou algum problema de ordem técnica. Pode-se observa ainda que o valor mais baixo de Kappa esta no critério Defesa do drible. Este resultado vem ao encontro do que era esperado na medida em que se pode tornar de difícil avaliação, pois dos critérios é o que mais acarreta subjetividade na interpretação da situação momentânea de jogo. 67 Romu Farias

70 Metodologia 4.6. Amostra de Observação A amostra de observação do presente estudo foi retirada de nove jogos da seleção brasileira feminina de Basquetebol, que no memento da observação estava disputando o Campeonato Mundial, realizado no Brasil de 19 a 27 de setembro de Destes nove jogos foram registradas 36 unidades de observação ou período de jogo, totalizando 653 seqüências defensivas, conforme apresentado na tabela 2. Quadro Dados da sessão de observação. Nº Adversário 1º Período 2º Período 3º Período 4º Período Resultado Final Seqüência Resultado Seqüência Resultado Seqüência Resultado Seqüência Resultado Defensiva Parcial Defensiva Parcial Defensiva Parcial Defensiva Parcial Subtotal 1º 27x15 13x17 14x12 17x25 ARGENTINA Vitória (venceu) (perdeu) (venceu) (perdeu) 105 2º 23x15 20x23 35x22 28x26 KOREA Vitória (venceu) (perdeu) (venceu) (venceu) x24 19x16 17x15 09x12 ESPANHA Derrota (perdeu) (venceu) (venceu) (perdeu) 69 4º 24x13 25x11 15x08 18x09 CANADA Vitória (venceu) (venceu) (venceu) (venceu) 57 5º 21x17 18x30 18x21 16x14 AUSTRALIA Derrota (venceu) (perdeu) (perdeu) (venceu) 71 6º 19x19 27x09 16x12 13x11 R. THECA Vitória (empate) (venceu) (venceu) (venceu) 80 7º 16x15 17x12 25x14 26x26 LITUANIA Vitória (venceu) (venceu) (venceu) (empate) x21 19x18 24x18 12x31 AUSTRALIA Derrota (empate) (venceu) (venceu) (perdeu) 67 9º 21x31 13x18 11x34 14x16 USA Derrota (perdeu) (perdeu) (perdeu) (perdeu) 73 SUBTOTAL TOTAL DE SEQUENCIAS DEFENSIVAS Análise dos Dados A análise dos dados observados e registrados realizar-se-á através de duas ferramentas específicas de uso corrente em Metodologia Observacional, especificamente adequada para este tipo de análises: (i) detecção de padrões - T: software designado por THÈME 5.0 (Magnusson et al., 2004); (ii) para análises seqüenciais, freqüências relativas e absolutas: software designado por SDIS- GSEQ (Backman e Quera, 1996). 68 Romu Farias

71 Metodologia Análise seqüencial Análise Seqüencial é um procedimento estatístico que serve para determinar padrões de conduta, em uma seqüência de condutas que são significativas e que estatisticamente ocorrem mais vezes ao acaso (Anguera, 1992). Tem por objetivo a obtenção de padrões seqüenciais, mediante a detecção de contingências seqüenciais entre categorias de conduta, que surgem de um extrato altamente condensado de informação. Para Anguera (1983) essa técnica ajuda a identificação direta e exata de padrões de ocorrência entre condutas do tipo ordem (eventos seqüenciais) e tempo (duração); a obtenção de medidas diretas de ciclicidade para uma única conduta (autocontingência) ou relações de fase entre várias (contingência cruzada). Assim, pretende-se no fundo com essa técnica a detecção de padrões de conduta ou configurações estáveis de comportamento, que se repetem com alguma freqüência no jogo de basquetebol, e que são perceptíveis de forma intuitiva, sobretudo pelos treinadores mais experientes. Neste estudo utilizaremos a abordagem de Descrição para análise seqüencial, aonde o observador carecendo de um modelo substantivo para as seqüências que observa, tenta de forma indutiva, descobrir as regularidades existentes nas mesmas (Mendo e Anguera, 2001). Neste âmbito, a técnica de retardos ou de transições (lag method) é, juntamente com os modelos markovianos e as séries de tempo, uma das três formas de abordar a análise seqüencial, ocupando a primeira o lugar preferencial (idem, 2001). Assim, a partir de uma conduta considerada por hipótese como possível iniciadora ou desencadeadora das que se segue a conduta critério (idem, 2004), pretende-se detectar a ocorrência de padrões de conduta com maiores probabilidades que as estimadas pelo azar entre as diferentes categorias desenhadas para representar o fluxo condutor do jogo (Paulis & Mendo, 2002), e ainda averiguar como mudam as probabilidades de ocorrência de certas condutas 69 Romu Farias

72 Metodologia em função da ocorrência prévia de outras (Mendo et al., 2000). Deste modo é possível aceder a um cálculo de tipo probabilístico, onde um determinado evento de conduta ou comportamento de uma cadeia ou seqüência de eventos condutas, é dependente tanto do evento inicial (conduta critério) como dos eventos anteriores, procurando-se encontrar assim, uma probabilidade nas transições entre os diferentes acontecimentos do jogo (Paulis & Mendo, 2002). Objetiva, deste modo, identificar as condutas defensivas que resultam da interação das equipas em jogo, que pode ser realizado com base em dois sentidos: 1. Sentido retrospectivo: analisam-se os retardos negativos (-1,-2,-3 ), ou seja, condutas que aparecem até chegar a conduta critério; 2. Sentido prospectivo: analisam-se os retardos positivos (1,2,3 ), ou seja, condutas que surgem a partir da conduta critério. De salientar que existem condutas ou categorias que apenas podem ser analisadas desde um ponto de vista prospectivo ou retrospectivo, enquanto outras, devido à sua aplicação no continuum do jogo permitem uma dupla análise a partir dos dois sentidos (Silva, 2004), como específica para o presente estudo o quadro A técnica de retardos ou de transições (lag method) trata-se, portanto, de um método que se baseia na eleição de uma determinada conduta como Conduta Critério (CC), a partir da qual se contabiliza às vezes ou tempo em que uma determinada Conduta Objeto (CO) segue a CC no lugar de ordem seguinte, o qual supõe o primeiro retardo, e assim sucessivamente até se chegar ao retardo máximo ( max-lag ) que marca o fim do padrão de conduta para efeitos interpretativos (Silva, 2004: 85). Para definir qual o retardo máximo ou max-lag do padrão de conduta Anguera (1983) introduziu uma série de regras interpretativas de caráter convencional que facilitam a adoção da forma definitiva de padrão: 1. Um padrão de conduta termina de forma natural quando não há mais retardos excitatórios. Neste estudo, o padrão conductural nunca excederá o retardo 5, 70 Romu Farias

73 Metodologia tanto retrospectiva como prospectivamente, pois este foi convencionado como o retardo máximo. 2. Um padrão de conduta em que há dois retardos consecutivos vazios (sem condutas excitatórias) termina em consequência destes. 3. Quando num padrão de conduta há dois retardos consecutivos com várias condutas excitatórias, o primeiro deles denomina-se max-lag, e considera-se o ultimo retardo interpretativo do padrão de conduta, conforme mostra a figura Em suma, o padrão de conduta que se pode encontrar corresponde a um extrato muito condensado da informação obtida, sendo muito útil para um conhecimento objetivo do comportamento estudado e para a análise da sua evolução (Mendo et al., 2000) Análise da detecção de padrão (t-pattern) Em termos conceptuais, o fluxo de comportamento humano na atividade desportivo tem uma estrutura temporal e seqüencial regular, que devido às características do olho humano e complexidade da informação não podem ser detectados através de uma observação simplificada e por isso é necessário recorrermos à ajuda de métodos de representação, ou técnicas estatísticas, para análise da interação de comportamentos (Campaniço e Oliveira, 2003; Jonsson, 1998, 2000, 2004; Magnusson, 1998). Diante desta necessidade, Borrie et al. (2001) fundamentado na prova binominal desenvolveu um algoritmo especifico com base num conjunto de filtros que permite isolar e relacionar as condutas existentes no quadro de interações, que demonstraram a exigência de padrões de comportamentos específicos no tempo (padrões-t). 71 Romu Farias

74 Metodologia Essa analise foi elaborada através de seqüências probabilísticas de contingência na forma de eventos, permitindo o reconhecimento e identificação da estrutura temporal face à ordem dos dados, tanto discreto como contínuos. Figura Processamento da detecção de padrões. Para reconhecimento dos padrões-t foi criada uma ferramenta estatística conhecida por THÈME, desenvolvida por Magnusson (1983 e 2000). Atualmente, utiliza-se a versão 5.0 para o programa Windows (Magnusson et al., 2004) escrito na linguagem Delphi. Este software tem como principal objetivo identificar e analisar padrões hierárquicos de comportamento regular no tempo, representando interações inter ou intra indivíduos. No caso de dados contínuos, pode-se exemplificar uma análise a partir da figura 5.2, referente à detecção de um sinal elétrico do cérebro obtido durante o sono de um dado paciente. 72 Romu Farias

75 Metodologia Figura Representação de padrões-t para dados contínuos. Adaptado de Jonnson, Estes padrões são também representados para dados discretos no formato gráfico da figura 5.3. Neste caso, obtêm-se três visualizações do mesmo padrão: (i) na forma ramificada de estrutura bidimensional, que representa a interligação dos códigos; (ii) o mesmo padrão, visualizado por cima, que nos dá a percepção da ligação dos dados no mapa de codificação (event time plot); (ii) uma terceira representação da mesma ligação, numa perspectiva sagital da ramificação, permitindo visualizar a repetição do padrão no tempo. Com base nestes padrões podemos desenvolver perfis em combinação com diversas estatísticas. O reconhecimento de padrões tem sido demonstrado em diversos estudos em desporto (Magnusson, 1996; Borrie et al., 2001). 73 Romu Farias

76 Metodologia Figura Representação de padrões-t para dados contínuos. Adaptado de Jonnson, Processamento dos Dados No SDIS-GSEQ Todos os dados recolhidos nas sessões de observação foram introduzidos no programa SDIS-GSEQ para Windows (versão ), resultando daí um arquivo SDS. Através das funções do programa «verificar sintaxis solamente» e «compilar arquivo SDS», foram verificados possíveis erros no processo de digitalização dos dados. Através da última função referida foi criado um flecheiro MDS, a partir do qual se realizou a análise seqüencial, pela técnica de retardos ou de transições (lag method), utilizando para tal as condutas critério que se afiguravam necessárias e significativas para o estudo. Neste sentido, como meio de orientação, foi elaborado o quadro 4.18., onde são definidas as condutas critério e as condutas objecto, nos sentidos retrospectivo, prospectivo e retrospectivo prospectivo. Visto que a consistência da seqüência se vê muito reduzida a partir do lapso 5 de Transição, quer em 74 Romu Farias

77 Metodologia termos prospectivos como retrospectivos, (Paulis, 2000 citado por Silva, 2004), na presente investigação a determinação da excitatoriedade das transições entre as diferentes condutas consideradas como critério e objeto teve lugar considerando o padrão seqüencial até ao limite 5, ou seja, pedindo-se retardos de -5 a +5. Foram seguidos alguns preceitos para o processo de determinação da excitatoriedade e da relação entre as condutas critério e as condutas objeto: As cadeias de retardo serão tão longas quanto maior for a existência de continuidade excitatória entre as condutas critério e objecto, nunca excedendo os cinco retardos, quer retrospectivamente como prospectivamente (idem, 2004); Só foram considerados as transições cujo valor de Z fosse igual ou superior a 1,96, pois este é o que representa uma maior probabilidade de Transição que o esperado pelo mero conceito da sorte ou acaso, existindo assim uma dependência excitatória ou positiva. Se o valor Z é menor que 1,96, a dependência torna-se inibitória ou negativa (Bakeman e Gottman, 1989: 173); Quando num retardo existem duas ou mais condutas excitadas, considerase como primária aquela cuja diferença entre a probabilidade condicional e incondicional for maior. A partir deste carácter de primariedade pode-se ordenar os diferentes padrões de conduta obtidos, em ordem da maior para a menor força de coesão entre os diferentes retardos (Anguera et al.,2000) No THÈME e o reconhecimento de Padrões (T-pattern) Para a analise da detecção de padrão (T-pattern) dividimos a amostra de observação em três subgrupos: vitória, derrota e empate, conforme o resultado final dos períodos. 75 Romu Farias

78 Metodologia Assim, os subgrupos foram constituídos da seguinte forma: (i) vitória 21 períodos com 2010 multieventos; (ii) derrota, 12 períodos e 1082 multieventos; (iii) empate, 3 períodos com 216 multieventos. A analise centrou-se nos padrões completos, isto é, nos padrões que eram formados pelos três critérios: organização defensiva, fundamentos técnico e tático defensivo e finalização defensiva, que se encontram pela ordem natural dos acontecimentos. Além disso, o padrão para ser considerado tinha que no mínimo ter ser repetido dez vezes. Para os padrões incompletos, apenas iremos analisar aqueles que respeitam a ordem dos acontecimentos e que se mostrem importantes para a interpretação e obtenção dos resultados do nosso estudo. O y que surge nos padrões, trata-se de um símbolo para que o programa reconheça o início da ação defensiva, que introduzimos no nosso estudo, para mais facilmente podermos interpretar os resultados, e os padrões. Todos os padrões sujeitos a análise deverão iniciar com esta variável ou então, simplesmente não deverá estar presente. 76 Romu Farias

79 Resultados e Discussão 5. Resultados e Discussão No presente estudo foi observado nove jogos que deram origem a 36 períodos de jogo ou unidades observadas, desta foram registrados 3308 seqüências defensivas ou multieventos. Para a analise dados, o presente capitulo está organizado em duas partes distintas: a primeira, consiste numa análise seqüencial dos padrões defensivo da equipe e na segunda parte, uma análise de detecção de padrões de comportamento (T-parttern) das jogadoras quando a equipe vencia, empatava e perdia os períodos dos jogos Análise Seqüencial A análise seqüencial dos padrões defensivo da equipe foi realizada através da técnica de retardos (lag method). Nesta técnica uma conduta, tomada como conduta critério, é considerado como possível iniciadora ou desencadeadora das que se segue, objetivando-se detectar a ocorrência de padrões de conduta com maiores probabilidades que as estimadas pelo azar entre as diferentes categorias desenhadas para representar o fluxo de conduta do jogo (Paulis & Mendo, 2002). Essa técnica permite detectar comportamentos padrões com facilidade, pois isola condutas padrão dentro da complexidade do jogo (Campaniço e Esteves, 2006). A forma de apresentar os resultados consiste em isolar a conduta critério e agrupar em cada retardo as condutas objeto associadas, que neste estudo vai até o retardo 5. Para cada conduta critério e em cada retardo em que se observe um padrão de conduta (e até se atingir o retardo máximo), será possível observar a conduta da organização, bem como a situação relativa às condutas dos 77 Romu Farias

80 Resultados e Discussão fundamentos técnicos e táticos defensivos e os critérios contextuais, e de finalização defensiva. Tem-se assim informação relativa a essa conduta através de uma análise prospectiva associadas às condutas objeto pretendida. A partir dos resultados das análises, estabelece-se uma associação em cada retardo, objetivando-se a recolha de informação com qualidade acerca do fluxo de conduta defensiva dos jogos e dos padrões de conduta da defesa em particular. Este procedimento pode implicar alguns desacertos na medida em que se realizam análises em separado, mas é possível agrupar a informação em cada retardo e inferir sobre a mesma de uma forma conjunta. Em suma, através da técnica seqüencial utilizada, as relações estabelecidas não devem ser entendidas sob um ponto de vista determinista ou preditivo, mas sim através de uma perspectiva probabilística, ou seja, o primeiro evento é simplesmente o antecedente e o segundo o conseqüente, com um determinado grau de probabilidade de transição de caráter associativo (Pereira, 2005). Assim, ao analisar os quadros desse estudo pode-se observar os resíduos ajustados z (valores colocados entre parêntesis) que nos irão permitir conhecer as condutas do sistema de categoria que apresentam uma probabilidade de ocorrência, após a conduta critério, acima do que seria de esperar enquanto fruto do acaso. Desta forma, nos pontos seguintes serão apresentados os padrões de condutas obtidas com a análise seqüencial tendo como conduta critério os tipos de defesa: defesa zona (DZ), defesa individual (DI) e o equilíbrio defensivo (EQ), e como conduta objeto às categorias da organização defensiva, dos fundamentos técnicos e táticos defensivos, da finalização defensiva e da situação de contexto do jogo que fazem parte do instrumento ad hoc. 78 Romu Farias

81 Resultados e Discussão Padrões da organização defensiva Os resultados encontrados no quadro 5.1, revelam que o tipo de defesa zona, de defesa individual e do equilíbrio defensivo realizado pela equipe é ativado pelas condutas jogadoras e zona inicial. Além dessas duas categorias, a defesa individual e o equilíbrio defensivo também são ativados pelo placar momentâneo. Quadro Padrão de comportamento para a conduta critério defesa zona (DZ), defesa individual (DI) e equilibro defensivo (EQ) tendo como condutas objetos as condutas da organização defensiva. CONDUTA CRITÉRIO Defesa zona (DZ) Análise Prospectiva R1 R2 R3 R4 R5 - Jogador 5 (4.55) 7 (2.61) 5 (3.29) 7 (1.96) 5 (2.24) (2.42) 5 (2.24) Zona inicial ZIP (4.65) ZIP (2.76) CONDUTA CRITÉRIO Defesa individual (DI) Análise Prospectiva R1 R2 R3 R4 R5 13 (5.37) Jogador 13 (3.38) 13 (2.14) 11 (3.29) - Zona inicial ZIAR (4.17) ZIAR (2.47) ZIAR (2.19) ZIAR (2.20) Placar momentâneo GD (6.35) GD (5.77) GD (4.97) GD (3.74) GD (2.40) CONDUTA CRITÉRIO Defesa no equilíbrio defensivo (EQ) Análise Prospectiva R1 R2 R3 R4 R5 - Jogador - Zona inicial SM (4.48) 4 (4.00) 5 (3.12) ZIQT (12.44) ZIMQ (10.23) ZIP (2.38) Placar momentâneo PR (6.88) PR (6.89) PR (6.71) PR (5.60) PR (4.55) Esses comportamentos indicam que durante a competição quando a equipe realizava a defesa zona (DZ) as jogadoras 5 e 7 tinham uma elevada probabilidade de ter participado e da defesa ter iniciado na zona do perímetro (ZIP). Na defesa individual (DI) havia uma grande possibilidade da equipe iníciar a defesa na zona da área restritiva (ZIAR) com as jogadoras 13 e 11, quando a equipe parcialmente vencia os jogos (GD). 79 Romu Farias

82 Resultados e Discussão Já no equilíbrio defensivo (EQ) verifica-se que durante a competição quando a equipe perdia os jogos, momentaneamente, iniciava a defesa na quadra todo ou na meia quadra deixando as atacantes sem marcadora (SM) no equilíbrio defensivo para em seguida realiza o balanço defensivo com as jogadoras 4 e Padrões dos fundamentos técnico e tático defensivo No quadro 5.2, observar-se que os três tipos de defesas são ativados pelas condutas de defesa do drible e defesa do arremesso e que além dessas duas categorias, a defesa individual é ativada pela conduta defesa do corta-luz e defesa do rebote. Quadro Padrão de comportamento para a conduta critério defesa zona (DZ), defesa individual (DI) e equilíbrio defensivo (EQ) tendo como condutas objetos as condutas do fundamento técnico e tático defensivo. CONDUTA CRITÉRIO Defesa zona (DZ) Análise Prospectiva R1 R2 R3 R4 R5 - Defesa do drible ---- PE (2.06) Defesa do arremesso DCA (2.45) DSJA (2.06) DSJA (2.32) CONDUTA CRITÉRIO Defesa individual (DI) Análise Prospectiva R1 R2 R3 R4 R5 - Defesa do drible PM (3.49) PM (2.35) ---- PM (2.04) Defesa do arremesso DPA (2.21) ---- DPA (2.06) Defesa do corte ---- TM (2.05) Defesa do rebote BBN (2.21) BBN (1.99) ---- BR (1.97) ---- CONDUTA CRITÉRIO Defesa no equilíbrio defensivo (EQ) Análise Prospectiva R1 R2 R3 R4 R5 - Defesa do drible PN (4.41) Defesa do arremesso DCA (2.06) O padrão defensivo em relação ao drible indica que a equipe exercia uma pressão elevada no drible (PE) para defesa zona e uma pressão média (PM) na defesa individual. Esse comportamento está de acordo com o proposto por Ortega (2001), de controlar o deslocamento dos atacantes durante a fase defensiva. 80 Romu Farias

83 Resultados e Discussão Para o autor essa ação defensiva limita a capacidade do atacante de progredir livremente e de realizar um ataque posicional, pois a primeira preocupação do atacante é com o defensor para em seguida executar a ação tática coletiva. Fato este que não foi visto no padrão defensivo do drible para o equilíbrio defensivo, quando a defesa exercia pressão nula no drible (PN) deixando a atacante chegar perto da cesta ou organizar as ações ofensivas. Na defesa do arremesso a equipe apresenta um padrão pouco agressivo na defesa zona, chegava atrasada no arremesso (DCA) para em seguida realizar um salto junto ao arremesso (DSJA) e na defesa do equilíbrio defensivo, também chegava atrasada no arremesso (DCA). O comportamento da defesa zona em marcar o arremesso esta de acordo com a literatura especializada (Carra,1987; Ferreira e De Rose,1987; Daiuto, 1989; Guerrinha, 2001; Carvalho, 2001) que reconhece como uma desvantagem da defesa zona a ineficiência de marcar o arremesso de meia e longa distância. Diferente das outras duas defesas, o padrão da defesa individual indica que durante a competição a equipe defendia o arremesso de perto e agressivamente (DPA). Este padrão defensivo de marcar o arremesso de perto e agressivo foi uma boa estratégia defensiva da equipe, pois essa conduta vai de encontro ao referido por Carvalho (2001), ao afirmar que uma defesa agressiva pode diminuir o aproveitamento de arremesso do adversário. A defesa individual ainda apresenta um padrão de troca marcador (TM) quando da defesa do corta-luz e um padrão nulo de briga e de bloqueio defensivo na defesa do rebote. Esse padrão do rebote defensivo quando analisado a luz dos estudos existentes na literatura do basquetebol indica uma incoerência da defesa, uma vez que alguns estudos identificaram e sustentaram a importância e associação deste tipo de rebote para a vitória no basquetebol (Gingerich, 1946; Sousa, 1993; Mendes, 1996; Sampaio, 1997) e como sendo uma das características do perfil das equipas vencedoras (Hagedorn et al., 1984). 81 Romu Farias

84 Resultados e Discussão Devido ao fato de que o ganho do rebote defensivo possibilita mais oportunidades para iniciar o contra-ataque e limita as oportunidades do adversário pontuar através da restrição do número de segundos lançamentos (Araújo, 1992; Wissel, 1996) Padrões da finalização defensiva Analisando o quadro 5.3, verifica-se que as três defesas são ativadas pela conduta zona final e que além dessa conduta, a equilíbrio defensivo é ativado pela conduta de recuperação da bola. Quadro Padrão de comportamento para a conduta critério defesa zona (DZ), defesa individual (DI) e equilíbrio defensivo tendo como condutas objetos as condutas da finalização defensiva. CONDUTA CRITÉRIO Defesa zona (DZ) Análise Prospectiva R1 R2 R3 R4 R5 - Zona final ZFP (5.01) ZFP (3.98) ZFP (2.81) ZFP (1.96) ZFP (2.12) CONDUTA CRITÉRIO Defesa individual (DI) Análise Prospectiva R1 R2 R3 R4 R5 - Zona final ZFAR (3.41) ZFAR (4.67) ZFAR (3.58) ZFAR (3.20) --- CONDUTA CRITÉRIO Defesa no equilíbrio defensivo (EQ) Análise Prospectiva R1 R2 R3 R4 R5 - Recuperação da bola RBAC (2.17) Zona final --- ZFAR (2.04) --- ZFAR (2.16) Esses resultados indicam que durante a competição quando a equipe realizava a defesa zona tinha um padrão de finalização defensiva na zona do perímetro (ZFP). Este comportamento se assemelha aos resultados encontrados nos estudos de Correia & Sampaio (1998) e Melo & Sampaio (1998) quando encontraram um elevado número de desfecho final de arremesso na zona perimetral. O padrão defensivo de finalização na área restritiva (ZFAR) encontrado, para defesa individual e para o equilíbrio defensivo, também se assemelha aos resultados encontrados na bibliografia especifica (Mikes, 1987; Grosgeorge, 1990; 82 Romu Farias

85 Resultados e Discussão Correia & Sampaio, 1998; Melo & Sampaio, 1998) que indicam a zona da área restritiva como a mais procurada pela equipe para finalizar o ataque, por conseqüência a defesa. Esta idéia é fundamentada por Araújo (1992) e Wissel (1996), ao considerarem que é na zona da área restritiva onde surgem as mais elevadas percentagens de conversão de lançamentos através do contra-ataque e da exploração do jogo interior de 1x1. Fato este que também pode ser confirmado com os resultados da recuperação da bola após a cesta (RBAC) na defesa do equilíbrio defensivo, indicando que a equipe não conseguia marcar o contra-ataque adversário Padrões para o contexto do jogo Conforme o quadro 5.4, os resultados revelam que as três defesas são ativadas pelas condutas do período de jogo e do resultado final da partida, que se apresentam como uma estrutura coesa. Esse comportamento defensivo indica que no decorre da competição quando a equipe realizava a defesa individual (DI) havia uma grande probabilidade desse tipo de defesa ocorre no segundo período (P2) quando o resultado final da partida era de vitória (VIT). Quadro Padrão de comportamento para a conduta critério defesa zona (DZ), defesa individual (DI) e equilíbrio defensivo (EQ) tendo como condutas objetos as condutas de contexto do jogo. CONDUTA CRITÉRIO Defesa zona (DZ) Análise Prospectiva R1 R2 R3 R4 R5 - Período de jogo P3 (5.73) P3 (5.72) P3 (5.22) P3 (4.67) P3 (4.71) - Resultado final DER (4.61) DER (4.04) DER (3.80) DER (3.10) DER (2.02) CONDUTA CRITÉRIO Defesa individual (DI) - Período de jogo P2 (4.74) P2 (4.13) P2 (3.19) P2 (3.86) P2 (4.07) - Resultado final VIT (8.38) VIT (7.64) VIT (6.72) VIT (5.06) VIT (2.79) CONDUTA CRITÉRIO Defesa no equilíbrio defensivo (EQ) - Período de jogo P1 (2.85) P1 (2.59) P1 (2.35) P1 (2.52) P1 (2.47) - Resultado final DER (6.29) DER (5.87) DER (4.87) DER (3.38) Romu Farias

86 Resultados e Discussão Já o padrão defensivo para a defesa zona e para o equilíbrio defensivo indica que durante a competição havia uma grande probabilidade desse tipo de defesa ocorre no terceiro (P3) e primeiro período de jogo (P1), respectivamente, quando o resultado final da partida era de derrota (DER). Esse padrão defensivo, no caso da defesa zona, parece confirmar a desvantagens dessa defesa de marcar o arremesso, principalmente o de longa distância, uma vez que os estudos de Marques (1990), Souza (1993) e Cordeiro (1996) indicam forte associação entre a porcentagem de eficácia nos lance de 3 pontos e as vitórias das equipes. No equilibro defensivo, esse padrão defensivo reforça o resultado que vimos nos critérios da organização defensiva e dos fundamentos técnico-tático que durante a competição a equipe não conseguia marcar o contra-ataque adversário e terminava o jogo com derrota (DER) Análise da Detecção de Padrão (T-pattern) Na análise do padrão defensivo realizado com T-pattern verifica-se no gráfico 5.1, 5.2 e 5.3, sete padrão completo de defesa, onde a jogadora 8 apresentou três padrões e trinta três ocorrências e as jogadoras 9 e 11 apresentaram quatro padrões e vinte ocorrências, sendo dois padrões e dez ocorrência para cada uma, quando a equipe terminava o período do jogo perdendo. Nestes sete padrões observa-se que o comportamento da equipe na organização defensiva se alternar de defesa individual (DI) para defesa zona (DZ) no que se refere ao tipo de defesa. Este comportamento parece ser justificável pelo resultado momentâneo de derrota (PR), pois pode ser uma tentativa do treinador de mudar o fluxo de conduta do jogo. 84 Romu Farias

87 Resultados e Discussão No jogo de basquetebol é função do defensor, segundo Simões (1985), tentar para o drible, dificultar o passe, tirar o atacante de sua área normal de atuação e dificultar o arremesso. Mas, nas condutas técnica-tática defensiva e de finalização defensiva das jogadoras, não foi isto que se observou quando da realização na defesa. Os resultados indicam que a defesa se apresentou passiva na marcação do passe (DP) e não recuperava a bola (NRB) na zona do perímetro (ZFP). Esse comportamento defensivo facilitava as ações ofensivas, percebe-se ainda pela não ocorrência dos outros fundamentos de ataque que a equipe adversária nestes momentos estava trocando passe, organizando suas ações ofensivas no intuito de alcançar o objetivo do jogo, a cesta. Este comportamento não se alterou nem mesmo quando a equipe mudava o tipo de defesa de individual (DI) para defesa zona (DZ), como vimos anteriormente na organização defensiva. Padrão N.º 2188 (10 ocorrências, p <.005) Padrão N.º 2263 (10 ocorrências, p <.005) Padrão N.º 2275 (13 ocorrências, p <.005) Figura Padrão defensivo da jogadora 8 quando a equipe terminava o período perdendo. Padrão N.º 2143 (10 ocorrências, p <.005) Padrão N.º 2239 (10 ocorrências, p <.005) Figura Padrão defensivo da jogadora 9 quando a equipe terminava o período perdendo. 85 Romu Farias

88 Resultados e Discussão Padrão N.º 1914 (10 ocorrências, p <.005) Padrão N.º 1919 (10 ocorrências, p <.005) Figura Padrão defensivo da jogadora 11 quando a equipe terminava o período perdendo Nos jogos em que a equipe terminava o período empatando verifica-se, gráfico 5.4, um padrão completo de defesa para a jogadora 5, onde a conduta de organização defensiva iniciava na zona perimetral (ZIP) quando a equipe estava ganhando momentaneamente (GD) o jogo e marcava no sistema individual (DI). Para as condutas dos fundamentos técnicos e táticos observa-se padrão de pressão nula no drible (PN) e defesa passiva (DP) na marcação do passe e não recuperação de bola (NDB) na zona perimetral quando da finalização defensiva (ZFP). Esse comportamento da defesa pouco agressiva parece justificar o empate porque no decorrer do período o placar momentâneo indica que a equipe estava ganhando (GD) o jogo e no final do período a equipe cedeu o empate. 86 Romu Farias

89 Resultados e Discussão Padrão N.º 261 (12 ocorrências, p <.005). Figura Padrão defensivo da jogadora 5 quando a equipe terminava o período empatando. 87 Romu Farias

90 Sugestões 6. Conclusões Hoje em dia, na área do desporto não a dúvida de que a metodologia observacional é uma abordagem válida no campo da observação e análise do jogo, pois permite a caracterização do comportamento de jogo de uma forma integrada no seu contexto natural, ou seja, sujeito aos constrangimentos provenientes da complexidade competitiva. Neste sentido, procurou-se a aplicar essa metodologia no presente estudo com o intuito de responder a seguinte questão: quais os padrões de condutas produzidos na fase defensiva que se encontram mais associados à eficácia da defesa no jogo de basquetebol? Assim, a partir dos objetivos formulados para o estudo e com base nos resultados obtidos é possível tecer algumas conclusões no sentido de responder a questão central do estudo. Em relação à estratégia ou sistema defensivo utilizado pela equipe podemos constatar que o sistema de defesa individual (DI) foi o mais eficiente, pois foi o padrão de jogo mais associado à vitória da equipe. Isso ocorreu porque as jogadoras quando defendia individualmente apresentaram um padrão na defesa de pressão média no drible (PM), marcava o arremesso de perto e agressivo (DPA), quando havia corta-luz trocava de marcador para não ficar no bloqueio ofensivo (TM) e brigava no rebote defensivo (BR). O sistema menos eficiente foi à defesa zona (DZ) e o equilíbrio defensivo (EQ), pois quando a equipe realizava um desses sistemas terminava o jogo com derrota. Em relação à defesa zona (DZ), as jogadoras apresentaram um padrão de defesa de chegar atrasada no arremesso (DCA) e de saltar junto com arremesso (DSJA), o que mostra que não conseguiam marcar o arremesso da zona perimetral. No equilibrio defensivo (EQ) o padrão defensivo das jogadoras era de deixar as adversárias sem marcadoras (SM), finalizar a ação defensiva na área 88 Romu Farias

91 Sugestões restritiva (ZFAR) e recuperava a bola depois da cesta (RBAC), o que nos indica que a equipe não conseguia para o contra-ataque da equipe adversária. Pressupõe assim, que o instrumento de observação mapeia aspectos fundamentais da defesa no jogo, e como tal pode ser utilizado para estudar aspectos relevantes da dinâmica da performance individual e das equipas em cada jogo e ao longo de diferentes jogos. Esparamos que esse trabalho possa constituir um ponto de referência para que os treiandores utilizem as informações aqui produzidas para aprofundar o próprio conheciemento e inovar os seus métodos de trabalho sobre a defesa, pois só assim podemos ir mais além. 89 Romu Farias

92 Sugestões 7. Sugestões Para Futuro Estudos Face ao estudo realizado e sabendo que o conhecimento não pode ser entendido como alcançado, pois existe sempre mais para compreender e para desenvolver. Assim, deixamos aqui as seguintes sugestões para futuras investigações: 1. Comparar equipes de distintos níveis competitivos relativamente aos padrões de jogo defensivo com o resultado final do jogo; 2. Averiguar os padrões de jogo defensivo adotado em função das diversas condicionantes de jogo, tais como: o resultado momentâneo do jogo; a situação casa/fora; e o poder do adversário; 3. Realizar um estudo de caso sobre uma equipa ao longo de uma época desportiva, observando os padrões de jogo defensivo que tende a adotar e se esses padrões alteram-se, em caso afirmativo, em que condições o fazem; 4. Estudar uma equipa de basquetebol nas categorias de Formação, tendo em conta a evolução/regressão da defesa para a eficácia ofensiva. 5. Investigar os padrões de conduta da defesa em equipes de basquetebol no campeonato brasileiro e nos campeonatos regionais, ambos os sexos; 6. Averiguar os comportamentos defensivos ao longo do jogo, com base na utilização da Análise Seqüencial; 7. Acrescentar no instrumento criado uma categoria que contemple a situação de 1x1, para averiguar de forma direta a interação entre defesa e ataque. 90 Romu Farias

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97 Referências bibliográficas 95 Romu Farias

98 Anexos 9. Anexos 9.1. Estrutura do Instrumento MACROCATEGORIAS CATEGORIAS CÓDIGOS Casa - LOCAL Fora - Neutro - Primeiro P1 Segundo P2 PERÍODO Terceiro P3 Quarto P4 Extra Pex Rodizio simples - SISTEMA DE DISPUTA Rodizio em grupo - Eliminatório - Classificatório - FASE semifinal - Play-off - JOGADOR Número de camiseta - Sem marcador SM Quadra toda ZIQT ZONA INICIAL Meia quadra ZIMQ Perímetro ZIP Área Restritiva ZIAR Empatando EP PLACAR MOMENTANEO Ganhando GD Perdendo PR Defesa zona DZ TIPOS DE DEFESAS Defesa individual DI Defesa combinada DC Equilíbrio defensivo EQ Pressão elevada PE DEFESA DO DRIBLE Pressão média PM Pressão nula PN Não realiza o drible NOD Defesa na linha do passe DLP DEFESA DO PASSE Defesa corta o passe DCP Defesa passiva DP Não realiza o passe NOP Defesa longe DL Defesa perta e agressiva DPA DEFESA DO ARREMESSO Defesa salta junto do tiro DSJA Defesa bloqueia o tiro DBT Defesa chega atrasada DCA Não realiza o arrmesso NOA Bloqueio defensivo BF DEFESA DO REBOTE Briga no rebote BR Bloqueio e briga nulo BBN Não houve ocorrência NOR Vazou o corta-luz VCL DEFESA DO CORTA-LUZ Trocou de macador TM Fica no corta-luz FCL Não realiza corta-luz NOCL Quadra toda ZFQT ZONA FINAL Meia quadra ZFMQ Perímetro ZFP Área Restritiva ZFAR Recuperação da bola depois da defesa RBDD Recuperação da bola após violação RBAV RECUPERAÇÃO DA POSSE Recuperação da bola após cesta RBAC Recuperação da bola após falta RBAF Não recupera a bola NRB 96 Romu Farias

99 Anexos 97 Romu Farias

100 Anexos 9.2. Catálogo do instrumento CRITÉRIO 1 CONTEXTO DO JOGO DEFINIÇÃO OPERACIONAL: O Contexto do jogo corresponde aos fatores situacionais que estão relacionados com aspectos peculiares de cada jogo e das situações momentâneas da competição. Nos darão informações de onde e como ocorre a competição. O seu registro deverá ser efetuado antes do início da sessão de observação e são propostas quatro categorias: Categoria Local: O local corresponde ao lugar aonde esta sendo realizado a partida e dependendo da localidade em que joga a equipe observada e são propostas três subcategorias: CATÁLOGO CÓDIGO DESCRIÇÃO Casa -- O jogo se realiza na quadra da equipe observada. Fora -- O jogo se realiza na quadra da equipe adversária. Neutro -- O jogo se realiza na quadra neutra da equipe observada e do adversário Categoria Período: O período corresponde a uma parte regulamentar em que se encontra o jogo no momento da observação e são proposta cinco categorias: CATÁLOGO CÓDIGO DESCRIÇÃO Primeiro P1 Corresponde ao primeiro período de 10 minutos que compõe a partida. Segundo P2 Corresponde ao segundo período de 10 minutos que compõe a partida. Terceiro P3 Corresponde ao terceiro período de 10 minutos que compõe a partida. Quarto P4 Corresponde ao quarto período de 10 minutos que compõe a partida. Extra Pex Corresponde aos cinco minutos de prorrogação conforme as regras da modalidade. 98 Romu Farias

101 Anexos Categoria Sistema de Disputa: O sistema de disputa corresponde como a competição esta sendo disputada e são propostas três subcategorias: CATÁLOGO CÓDIGO DESCRIÇÃO Rodízio -- Sistema de competição em que todas as equipes de um evento competem entre si. Sistema de competição em que todos as equipes de um evento são divididas em Rodízio em grupo -- grupos nas fases iniciais e disputam dentro de cada grupo vagas para fase seguinte. Eliminatória -- Sistema de competição em que as equipes vão sendo eliminadas à medida que vão perdendo Categoria Fase: A fase corresponde à etapa em que a competição se encontra no momento da observação e são propostas quatro subcategorias: CATÁLOGO CÓDIGO DESCRIÇÃO Classificatória -- Fase da competição que qualifica a equipe observada para a etapa posterior. Semifinal -- Fase da competição que qualifica a equipe observada para a etapa final. Final -- Fase final da competição. Play Off -- Etapa que pode ser utilizado na fase final ou de classificação e que pode ser disputada em até sete jogos. 99 Romu Farias

102 Anexos CRITÉRIO 2 A ORGANIZAÇÃO DEFENSIVA DEFINIÇÃO OPERACIONAL: A organização defensiva permitir caracterizar o sistema defensivo dentro da dinâmica do jogo e são proposta quatro categorias: Categoria Número do Defensor: Corresponde a indicação ao número do jogador responsável pela ação defensiva observada e são propostas as seguintes subcategorias: CATÁLOGO CÓDIGO DESCRIÇÃO EXEMPLO Nº do jogador -- Sem marcador SM Numeração conforme as regras da Federação Internacional de Basketball, que vai da numeração de 4 a 15. Durante a observação o atacante aparece sem marcador até terminar a ação ofensiva. Quando por algum motivo não é ---- Inobservável possível observar o número do jogador Categoria zona Inicial: com vista ao registro espacial das condutas defensivas do(s) jogador (es) em cada um dos critérios definidos foi seguida a divisão de Ribeiro e Sampaio (20001) em quatro zonas. Cada zona corresponderá ao local na quadra onde começa o processo defensivo, conforme a figura abaixo. A seta corresponde o sentido da defesa e as subcategorias são: Romu Farias

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