ÁREA TEMÁTICA: Cidades, Campos e Territórios COMERCIANTES E CONSUMIDORES: VELHOS MÉTODOS DE VENDA, NOVOS HÁBITOS DE CONSUMO

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1 ÁREA TEMÁTICA: Cidades, Campos e Territórios COMERCIANTES E CONSUMIDORES: VELHOS MÉTODOS DE VENDA, NOVOS HÁBITOS DE CONSUMO PORFÍRIO GUIMARÃES, Pedro Mestre em Geografia, Centro de Estudos Geográficos da Universidade de Lisboa, pedroguimaraes@campus.ul.pt

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3 Resumo As cidades não são imutáveis. Ao longo das décadas e séculos sofreram alterações na sua estrutura com consequências para os seus habitantes. Mais recentemente temos assistido a novas alterações com o aumento de novas centralidades disseminadas pela cidade consolidada mas também por novas áreas da cidade, como consequência do desenvolvimento de novas urbanizações. O tecido comercial, como parte integrante da malha urbana, tem acompanhado esta evolução, sendo que em alguns casos pode mesmo ser considerado como uma das suas âncoras, sobretudo através da implantação de grandes superfícies comerciais no exterior da cidade antiga. Estas alterações têm provocado impactos no tecido comercial do outrora dominante centro da cidade, por vezes coincidente com o centro histórico. Com menor capacidade de adaptação, os antigos comerciantes destas áreas têm visto a sua importância cada vez mais reduzida. Da parte dos consumidores, os seus hábitos de consumo claramente não são os mesmos de há poucas décadas atrás e a forma de comunicação entre os comerciantes e consumidores tem vindo a ser composta de novas ferramentas. Partindo de dados recolhidos através de entrevistas realizadas no âmbito do projecto REPLACIS em três áreas distintas da cidade de Lisboa, Baixa-Chiado, Campo de Ourique e Telheiras, o presente artigo pretende confirmar se é possível classificar o perfil de comerciantes com base na utilização das novas formas de comunicação e no estrato etário. Abstract Cities are not statics. Over the decades and centuries there has been changes in its morphology with consequences for its inhabitants. More recently we have witnessed new changes with the increase of new city centers scattered around the city but also in new areas of the city, consequence of the city growing. The retail sector as an important part of the city, has followed this trend, and in some cases can even be considered as one of its anchors, particularly through the construction of large shopping centers outside the old city. These changes have caused impacts on the retail structure of the once dominant city center, sometimes coinciding with the historic center. With less capacity to adapt, the old retailers of these areas have seen their importance shrink. On the part of consumers, their consumption habits are clearly not the same as a few decades ago and the form of communication between retailers and consumers has been made of new tools. Based on data collected through interviews conducted under the project REPLACIS into three distinct areas of Lisbon, Baixa-Chiado, Campo de Ourique and Telheiras, this article aims to confirm whether it is possible to classify the profile of retailers based on the use of new forms of communication and age class. Palavras-chave: centro da cidade; classificação de comerciantes; estrato etário Keywords: City center; retailers classification; age stratum PAP de 14

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5 1 - INTRODUÇÃO O presente artigo foi realizado tendo por base o projecto REPLACIS Retail Planning for Cities Sustainability. Este projecto foi realizado em parceria entre universidades de Portugal (Lisboa e Porto), França (Angers), Suécia (Malmoe) e Turquia (Ankara). Considerando a importância do sector comercial para a dinâmica dos centros urbanos, este projecto teve como objecto de estudo a resiliência de áreas comerciais. A incorporação deste conceito oriundo de outras ciências deve-se à importância que o mesmo poderia ter na análise e compreensão das várias fases que as áreas comerciais experienciam, desde o sucesso aos períodos de crise. Percebe-se empiricamente que estes períodos de crise não afectam de maneira igual todas as áreas. Pelo contrário, quando estes períodos surgem por razões exógenas, algumas áreas conseguem ser menos vulneráveis e quando afectadas conseguem superar mais facilmente as adversidades. A esta capacidade de adaptação, após sofrer algum tipo de choque, denomina-se de resiliência. No âmbito do projecto REPLACIS, a resiliência das áreas comerciais foi definida da seguinte forma: The resilience of an urban retail system is the ability of different types of retailing, at different scales, to adapt to changes, crisis or shocks, challenging the system s equilibrium, without failing to perform its functions in a sustainable way. Assumindo a importância dos comerciantes como um dos factores que pode intervir na resiliência das áreas comerciais, foram definidos três casos de estudo na cidade de Lisboa: Baixa-Chiado, centro histórico da cidade, possuidora de uma oferta comercial significativa, quando analisada no seu conjunto, embora com uma tendência de declínio, sobretudo motivada pelo aparecimento de novas ofertas comerciais em áreas periféricas, sob a forma de grandes centros comerciais; Campo de Ourique, bairro histórico, com uma localização semi-periférica face ao centro histórico da cidade; Telheiras, bairro de construção recente, localizado numa área que até há pouco seria considerada como sendo periférica mas que, cada vez mais e por via da grande acessibilidade que as vias de comunicação lhe têm proporcionado, se encontra actualmente integrada na cidade de Lisboa. Admitindo que o perfil dos comerciantes é um dos factores mais relevantes para a vitalidade e viabilidade das áreas comerciais, neste artigo iremos analisar se é possível classificar os comerciantes de acordo com o seu perfil, em especial o estrato etário, e de acordo com a utilização de novas formas de comunicação e marketing. Considera-se, desta forma que as alterações nos hábitos de consumo levaram à criação ou implementação de novos mecanismos de comunicação entre os comerciantes e os consumidores. Pretende-se com esta análise elaborar a referida classificação, assumindo que a mesma pode indiciar a maior fragilidade de uma área comercial, sendo mais susceptível aos impactos externos. Existindo uma componente espacial, através dos casos de estudo, este artigo pretende focar sobretudo nos empresários e no seu perfil, mais particularmente no seu estrato etário, admitindo que influencia a capacidade de ajustamento às rápidas mudanças que se têm vindo a verificar. 2 - METODOLOGIA Os dados aqui apresentados foram recolhidos através de inquéritos realizados, de forma presencial, a comerciantes das referidas áreas da cidade de Lisboa: Baixa-Chiado; Campo de Ourique; Telheiras. Foram realizados, entre 2010 e 2011, 125 inquéritos sendo a sua repartição pelas 3 áreas feita da seguinte forma: Baixa-Chiado: 52 inquéritos Campo de Ourique: 46 inquéritos 5 de 14

6 Telheiras: 32 inquéritos Pretendeu-se que a distinção entre o número de inquéritos realizados nas várias áreas acompanhasse o total de estabelecimentos existentes nestas. Para tal, foi usado como referência, um levantamento funcional levado a cabo pela Câmara Municipal de Lisboa, datado de Embora a representatividade estatística em termos do número de inquéritos realizados não se verifique, houve, no entanto, uma preocupação por haver uma correspondência ao nível dos sectores de actividade existentes e inquiridos. Apesar do esforço houve uma sub-representatividade por parte dos franchising e dos estabelecimentos englobados em cadeias de lojas. Isto porque, face à complexidade da estrutura orgânica das empresas nem sempre foi possível inquirir um responsável que nos garantisse a fiabilidade dos dados a recolher. No âmbito do mesmo projecto foram ainda realizados inquéritos a consumidores das mesmas áreas. Não sendo objecto do presente artigo a sua análise, não nos iremos focar sobre eles. 3 - COMÉRCIO E A CIDADE As cidades não são estáticas. Ao longo da história diversas alterações fizeram-se sentir, moldando a sua fisionomia. Segundo Barata-Salgueiro (2005, pp. 244), Épocas de crise e de esplendor das sociedades deixam marcas nas cidades. As primeiras, determinadas por epidemias, fomes, guerras ou problemas no regime de acumulação, correspondem a períodos de estagnação demográfica e económica, quando não mesmo de declínio, e foram, por vezes, acompanhadas por refluxo das populações para os campos, traduzindo-se na diminuição demográfica, abandono de estruturas edificadas e quase ausência de investimento em novos edifícios. Já os períodos de crescimento económico e demográfico estão associados a aumento da densidade de construção, alargamento da área construída e acções de embelezamento, uma vez que parte dos rendimentos é fixada na pedra como investimento ou como símbolo da riqueza e do sucesso. Actualmente, o ritmo das mudanças parece, no entanto, acelerar-se. De acordo com Fernandes (2007, pp. 130) nas últimas décadas assistiu-se a um processo de expansão e dispersão das cidades e de reforço do seu policentrismo que não tem paralelo na história urbana. Esta rápida mudança teve e continua a ter repercussões no sector comercial. A grande disseminação de novos centros comerciais, com uma oferta comercial muito significativa e dotados de novos mecanismos de atracção de consumidores veio colocar em causa o predomínio das antigas áreas comerciais dominantes. A existência de uma unidade de gestão é vista como um dos principais factores que atribuem vantagens a estes novos espaços. É notório que a sua localização em áreas facilmente acessíveis através de transporte individual e a grande capacidade de parqueamento vem claramente contrastar com as antigas áreas comerciais, cuja acessibilidade se faz sentir sobretudo através dos transportes públicos. Com o aumento da taxa de motorização, este contraste tem vindo a acentuar-se, com vantagem para os novos formatos comerciais. O aparecimento desta nova oferta comercial adequada às necessidades dos consumidores veio retirar quota de mercado aos comerciantes mais antigos. A nova oferta comercial veio responder às necessidades dos consumidores mas também as provocou e continua a provocar. Isto é, esta nova oferta comercial encontra-se alicerçada, em parte dos casos, em grandes empresas com capacidade de provocar alterações nos padrões de consumo dos consumidores, induzindo novas necessidades, que posteriormente satisfaz. Como tal, o tecido comercial mais antigo, na maioria dos casos, composto por empresas em nome individual ou propriedades de pequenas famílias não tem capacidade (ao nível económico mas também ao nível do próprio perfil dos comerciantes, envelhecidos e com pouca capacidade e motivação para a modernização) para responder em tempo adequado a estes novos padrões de consumo. Como este processo de mudança se continua a processar, estes comerciantes mais antigos afastam-se cada vez mais dos padrões de consumo actuais. 6 de 14

7 Ao nível da diferenciação das cidades e da promoção do seu caracter distintivo há o perigo da disseminação de lojas pertença de alguns grupos empresariais. O que se tem vindo a verificar é que cada vez mais as lojas são semelhantes em todas as cidades. Isto está a provocar no centro das cidades portuguesas o que já foi constatado em outros contextos nacionais, a criação de paisagens comerciais idênticas, clonando-se umas às outras (Ver Warnaby, 2009). Como exemplo, o caso do grupo Inditex e do grupo Regojo, os quais possuem, têm participação ou são associadas das seguintes marcas: Zara; Pull & Bear; Massimo Dutti; Bershka; Stradivarius; Oysho; Friday s project; Red Oak; Throttleman. A disseminação destas e de outras marcas faz com que as áreas comerciais fiquem semelhantes entre elas. Como grande parte destas marcas também se encontram nos novos centros comerciais, os antigos comerciantes das tradicionais áreas de comércio passam a concorrer com a oferta comercial existente nos modernos centros comerciais e também com a nova oferta comercial que está presente nas tradicionais áreas de comércio. Com a primeira, os antigos comerciantes não têm capacidade para competir com aspectos como: gestão comum dos espaços, estacionamento; promoção, mix comercial previamente definido; conforto ao nível da temperatura do ar e dos espaços para descanso, etc. Com a segunda, a concorrência faz com que a quota de mercado tenha de ser repartida pelos estabelecimentos que provocam esta clonagem das áreas, quase sempre em favorecimento destes últimos. Este ponto aplica-se sobretudo às áreas de maior dimensão, com maior capacidade de atracção e como tal atractivas para a instalação de estabelecimentos mais modernos. No caso das pequenas cidades, vilas e aldeias a concorrência é sobretudo através dos novos centros comerciais, localizados no exterior destas localidades mas facilmente acessíveis. 4 - ANÁLISE DAS ENTREVISTAS PERFIL DOS COMERCIANTES Havendo uma associação mental de alguma estagnação no comércio presente nas áreas comerciais mais antigas da cidade, assumimos que a mesma poderia derivar da própria estagnação dos comerciantes que possuem os estabelecimentos que se encontram nestas áreas. Conforme se verifica no gráfico abaixo as duas áreas de análise mais antigas, a Baixa-Chiado e campo de Ourique são aquelas onde existe uma tendência para um maior envelhecimento dos empresários. Gráfico 1 Comerciantes entrevistados, por estrato etário, por área estudada Fonte: Dados obtidos no projecto REPLACIS. Tratamento efectuado pelo autor Este envelhecimento dos comerciantes encontra-se, assim, associado com o próprio envelhecimento da área onde estes comerciantes se localizam. Um conjunto muito significativo destes, como se pode ver pelo gráfico abaixo, já se encontra a trabalhar na profissão há mais de 21 anos. O facto de se encontrarem há bastante 7 de 14

8 tempo a exercerem funções pode não acarretar automaticamente consequências positivas, por via da aquisição da experiência que permita melhor exercer a sua profissão, salvaguardando o facto de que tal possa suceder, numa parte dos casos analisados. As mudanças que se têm vindo a produzir no sector comercial têm sido muito significativas e concentradas num espaço temporal muito reduzido. Desta forma, embora a mudança sempre tenha estado presente neste sector, a mudança era menos profunda e realizada a um ritmo mais lento, o que permitia uma fácil adaptação, através das várias gerações. No presente, esta geração de comerciantes mais antigos, ainda habituados ao ritmo lento, encontra-se desajustado do ritmo acelerado de mudança que caracteriza a sociedade actual e o sector comercial no particular. Gráfico 2 Total de comerciantes, por número de anos na profissão, por área estudada Fonte: Dados obtidos no projecto REPLACIS. Tratamento efetuado pelo autor ACÇÕES DE FORMAÇÃO A realização de acções de formação para os funcionários e proprietários das várias empresas do sector comercial é assumido como um aspecto crucial para a aquisição de novos conhecimentos que possam alavancar o sucesso da respectiva empresa. O que se constatou com a análise das entrevistas realizadas é que na maioria dos casos não é efectuado qualquer tipo de formação. Para o presente efeito foram consideradas como acções formativas tanto aquelas que seriam contratadas a uma empresa externa, especialista no ramo, como aquelas dadas pelos próprios proprietários ou gerentes. Esta opção permitia incluir aqueles casos em que um número reduzido de pessoas numa empresa obtêm formação externa (normalmente os proprietários e/ou gerentes) e posteriormente ficam encarregues de transmitir os conhecimentos obtidos aos restantes funcionários. Nestes casos, é possível reduzir um conjunto significativo de custos. No entanto, mesmo considerando esta possibilidade, a ausência de formação é o mais notório. Existem, no entanto, algumas diferenças, de acordo com o estrato etário onde se encontra o empresário, havendo uma maior predisposição para a realização de acções de formação nos empresários com idades compreendidas entre os 41 e os 50 anos. Para os restantes estratos etários percebeu-se, durante a realização das entrevistas, que os comerciantes com mais de 50 anos não conseguiam percepcionar as vantagens das acções de formação e os empresários com 40 ou menos anos ainda não achavam necessário obter. Sobretudo porque ainda era recente, em parte dos casos, a obtenção de um curso superior que, assumiam, auxiliar no exercício das suas funções. 8 de 14

9 Gráfico 3 Comerciantes que efectuam acções de formação, por estrato etário, em % Fonte: Dados obtidos no projecto REPLACIS. Tratamento efectuado pelo autor 4.3 COMUNICAÇÃO E MARKETING O desenvolvimento de acções de comunicação e marketing assume-se como um dos principais aspectos a levar em consideração no mercado concorrencial actual. Com a rápida expansão das tecnologias de informação e comunicação, o consumidor passou a dispor de um acesso a informação a que antes dificilmente iria ter acesso. As alterações nos padrões de acessibilidade, na taxa de motorização vieram provocar alterações nos locais de consumo. Porventura será mais fácil efectuar compras num local mais distante mas que se encontre mais acessível e onde o estacionamento seja facilitado. Antigos comerciantes que se baseavam nos clientes que o eram por via da proximidade física sentiram de forma acentuada uma diminuição da sua quota de mercado. Novas formas de comunicação têm vindo a ser encetadas por diversos comerciantes, para além das aguerridas campanhas levadas a cabo por parte dos grandes centros comerciais e das grandes empresas, detentoras de diversas marcas. Apesar de alguma dificuldade em destacar orçamento para esta componente, através das entrevistas, notamos um esforço para a utilização de novas formas de comunicação, nomeadamente: criação de site ou blog da empresa e respectivo endereço electrónico (utilizando estas ferramentas como um meio privilegiado de comunicação com os seus clientes); cartão de cliente, fornecendo vantagens aos clientes regulares; distribuição de flyers; publicidade em revistas e guias; criação de base de dados dos clientes e posterior contacto com os mesmos através de correio ou SMS; participação em feiras especializadas (sobretudo locais); criação de página no facebook. A utilização destas ferramentas é feita, sobretudo, pelos empresários mais jovens, cientes da importância das mesmas. Subsiste um conjunto de empresários mais antigos que se baseiam no passa palavra ou que afirmam que o seu nome chega para publicidade por se encontrar naquele local há muito tempo. Admite-se alguma passividade que, todavia não será na sua totalidade desejada por parte destes empresários. Na realidade, estamos em crer que parte destes empresários não terá mesmo capacidade para se ajustarem. Em alguns casos, os empresários socorrem-se dos filhos para introduzirem novas ferramentas. No entanto, na maioria dos casos, foi possível apurar, pelas entrevistas, um certo isolamento que não lhes permite a modernização. 9 de 14

10 Gráfico 4 Comerciantes que efectuam acções de comunicação e marketing, por estrato etário, em % Fonte: Dados obtidos no projecto REPLACIS. Tratamento efectuado pelo autor VOLUME DE NEGÓCIOS Como consequência do desajustamento entre os vários estratos etários que se tem vindo a constatar nos tópicos analisados anteriormente, a evolução do volume de negócios apresenta um contexto menos favorável para os comerciantes com maior idade. De facto, no caso dos comerciantes com mais de 61 anos, a grande maioria tem vindo a diminuir o seu volume de negócios. Nos restantes casos, a situação apenas é positiva para os dois estratos com 40 ou menos anos. No caso dos empresários com idades localizadas entre os 31 e 40 verifica-se uma tendência para o aumento do volume de negócios. Gráfico 5 Evolução do volume de negócios, por estrato etário, em % Fonte: Dados obtidos no projecto REPLACIS. Tratamento efectuado pelo autor 10 de 14

11 4.5 - ASSOCIATIVISMO As entrevistas realizadas também nos permitiram concluir a relação entre a pertença a alguma associação e a própria idade do comerciante. De facto, conforme se constata pelo gráfico abaixo, são sobretudo os comerciantes com mais idade que são associados a pelo menos uma associação. Neste caso, foi possível refinar a análise e apurou-se que, na grande maioria dos casos corresponde à tradicional associação comercial, neste caso a UACS. Os comerciantes mais jovens não vislumbram vantagens que justifiquem o pagamento de uma quotização a determinada associação. De acordo com o discurso dos entrevistados também se percebeu que os comerciantes mais jovens que são sócios de uma ou mais associações, estão mais predispostos a serem associados de novas associações que têm desenvolvido diferentes tipos de actividades. Pelo contrário, a tradicional associação comercial é vista como relativamente estagnada. Os valores recolhidos são ainda mais significativos na medida em que parte dos comerciantes mais antigos admitiram que apenas são sócios por tradição não vendo grande vantagem pelo facto de o serem. Actualmente, existem exemplos de diversas associações criadas por comerciantes ou por privados, caracterizadas por uma maior informalidade, maior envolvência por parte dos comerciantes e por desenvolverem um conjunto de iniciativas de promoção das respectivas áreas. É o caso da AVC Associação de Valorização do Chiado; Associação de dinamização da Baixa Pombalina, Guias Convida, entre outros. Pelo carácter de maior proximidade aos comerciantes que, desta forma, se sentem mais envolvidos nos projectos é de prever que no futuro assistamos a um incremento deste tipo de estruturas. Gráfico 6 Pertença a associação, por parte dos comerciantes, em % Fonte: Dados obtidos no projecto REPLACIS. Tratamento efectuado pelo autor 5 - CLASSIFICAÇÃO DOS COMERCIANTES Adoptando a classificação já utilizada por Barata-Salgueiro et al. (2002) e Porfírio Guimarães et al. (2011) para classificar os comerciantes de acordo com a sua postura face ao negócio, distinguimos as seguintes categorias: pró-activos; reactivos e passivos. Assumindo a passagem cada vez mais necessária de simples comerciantes para empresários, a pró-actividade deriva da capacidade que os mesmos possuem de introduzir novas estratégias. Incluem-se aqui os empresários com formação média ou superior, normalmente inseridos em cadeias ou lojas franquiadas. Embora possam existir empresários que, de forma individual, consigam assumir uma postura pró-activa admitimos que a inserção num grupo de trabalho mais alargado, num grupo económico com maior 11 de 14

12 capacidade financeira facilite a adopção de novas estratégias que abarquem ferramentas ao nível informático, de marketing ou outras. Serão estes, os empresários que, de forma geral têm a capacidade de induzir mudanças no mercado, conseguindo desta forma estar na vanguarda destas mesmas mudanças. Os comerciantes reactivos são aqueles que face às mudanças que afectam o sector adoptam estratégias que lhes permitem manter a sua posição no mercado. No entanto, podemos subdividir este sector em dois: (1) aqueles que face às mudanças vão reagindo através de pequenas modificações, por exemplo, adoptando estratégias de comunicação já utilizadas por outras empresas, com o objectivo de manterem o negócio; (2) aqueles cuja reacção às mudanças se traduz numa atitude mais aguerrida e em transformações mais significativas, como alteração dos produtos transaccionados para se adequarem às novas necessidades dos consumidores e mesmo, por vezes, em alteração dos locais onde se encontra, procurando novas localizações que possam estar mais próximas ou acessíveis do seu público-alvo. Os comerciantes passivos são aqueles que, em regra, são geridos por pessoas de maior idade e que se encontram a trabalhar no sector comercial há muito tempo. Como tal, possuem dificuldades de adaptação às novas exigências do sector. A ausência de motivação para a modernização deriva, em muitos casos, da própria incapacidade para a mudança, por via de um menor conhecimento de ferramentas que lhes permitam alcançar a respectiva modernização. 6 - DISCUSSÃO E CONCLUSÃO A análise do estrato etário dos comerciantes entrevistados permitiu constatar diferenças significativas nas posturas adoptadas face a alguns indicadores, nomeadamente o fornecimento de formação aos funcionários dos estabelecimentos; a introdução e utilização de meios de comunicação e marketing; a evolução do volume de negócios; a participação no associativismo. Foi pretendido verificar se as diferenças se faziam sentir ao nível dos vários estratos etários, o que se confirmou. Confrontando estes perfis com a categorização teórica dos comerciantes de acordo com a sua postura face ao negócio, parece-nos que os comerciantes mais antigos possuem uma postura passiva. Adoptando a divisão seguida neste artigo, poderíamos encaixar nesta categoria os comerciantes com mais de 51 anos. A passividade de alguns empresários, sobretudo dos que se localizam no antigo centro histórico das cidades tem sido criticada. Existe algum discurso estabelecido de que estes apenas subsistem nestas áreas, por via de antigos contratos de arrendamento com valores desajustados da realidade actual. Tal facto confirmou-se nos inquéritos realizados. No entanto, esta resistência à mudança deve ser encarada como uma incapacidade destes empresários em se modernizarem. Mais do que resistirem à mudança, na maioria dos casos não têm a capacidade para o fazer. Este aspecto sucede por duas razões: (i) incapacidade que deriva das próprias características destes empresários, idade elevada e com muitos anos a trabalhar de determinada forma e até, recentemente com sucesso; (ii) grande pressão por parte dos empresários classificados como pró-activos que ditam o ritmo de mudança. Os empresários reactivos compõem o grosso dos entrevistados. Encontram-se neste grupo, grosso modo, os comerciantes até aos 50 anos. Apercebendo-se das mudanças existentes conseguem introduzir medidas de modernização. A diminuição da taxa de lucro que parece afectar o grosso do comércio de rua levou a que estes encetassem medidas de reacção, sobretudo, através da utilização de ferramentas digitais como sites, blogs, s, páginas no facebook mas também de outras como a participação em revistas e/ou Guias promocionais. De acordo com o estrato etário parece-nos ainda ser possível fazer uma subdivisão dentro desta. Os empresários com idades compreendidas entre os 20 e 30 anos (em alguma medida até aos 40), para além do elevado conhecimento das ferramentas digitais partem para o negócio sem expectativas demasiado elevadas, já se encontram mais ajustados à realidade pelo que a sua entrada neste sector já se efectua num diferente patamar de compreensão do que poderá ser necessário para ter sucesso e do que poderão retirar do seu negócio. Como não possuem referências mentais significativas do período anterior ao das mudanças sentidas (sobretudo a disseminação de grandes centros comerciais), assumem o presente como o padrão e as medidas introduzidas são sentidas como naturais. Pelo contrário, nos restantes empresários a postura reactiva surge quase como imposição para a manutenção do estabelecimento, de forma quase forçada. 12 de 14

13 Relativamente aos comerciantes pró-activos, após a realização das entrevistas e posterior análise não foi possível classificar estes empresários de acordo com o estrato etário, ao contrário do que sucedeu com as duas anteriores classificações. A pró-actividade no sector comercial necessita que as empresas e empresários possuam valências que permitam introduzir neste sector novas mudanças que, por sua vez, influenciem os hábitos de consumo. Esta capacidade está sobretudo ao alcance das grandes empresas, possuidoras de diversas marcas, ou de cadeias de lojas. Desta forma conclui-se que existe clara relação entre a utilização das novas formas de comunicação e o estrato etário do comerciante. Confirmou-se ainda que esta relação permite classificar os comerciantes, tendo por base a sua atitude perante o negócio. No entanto, concluímos que esta classificação fica limitada aos comerciantes considerados como passivos ou reactivos. A concretização de um perfil para o comerciante pró-activo não se revelou como sendo possível, tendo por base o estrato etário e a utilização de novas formas de comunicação. Isto deve-se ao facto de se ter considerado que a pró-actividade se encontra nas grandes empresas com capacidade de introduzir mudanças no sector comercial. Relativamente às várias áreas que serviram de caso de estudo e, considerando apenas os indicadores aqui analisados, parece-nos que tanto a Baixa-Chiado como Campo de Ourique estarão mais susceptíveis aos impactos externos, sendo como tal menos resilientes. Por outro lado, o perfil dos comerciantes de Telheiras indicia que poderão responder melhor às mudanças que o sector comercial poderá vir a sofrer no futuro, considerando-se que a mesma possa ser mais resiliente e capaz de melhor cumprir as suas funções comerciais. 7 NOTAS FINAIS A classificação efectuada tem validade no presente, não havendo garantias que a mesma se mantenha válida no futuro. Isto é, como referido inicialmente a rapidez das mudanças no sector comercial é muito elevada e parte dos comerciantes mais idosos não tiveram tempo nem capacidade para se adaptar. A análise elaborada levou em consideração esta mudança. Desta forma, é possível que esta nova geração de novos comerciantes já adaptada à velocidade da mudança seja capaz de se ir modernizando, inclusive quando eles próprios se enquadrarem na categoria dos comerciantes mais antigos. Estes dados serviram como base para a apresentação no congresso da Associação Portuguesa de Sociologia. Desta forma, os resultados aqui apresentados foram reduzidos e simplificados de forma a serem apresentados neste congresso. Estes resultados poderão ser alvo de análise mais específicas. No entanto, parece-nos que poderão servir como lançamento para um debate mais aprofundado acerca da temática. 8 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Barata-Salgueiro, T. (coord.) (2002). Estratégias empresariais, emprego e empregabilidade no comércio. Lisboa, Observatório do Comércio. Barata-Salgueiro, T (2005), Transformação Urbana, in T. Barata Salgueiro e J. Ferrão (coord.) Geografia de Portugal: Sociedade, Paisagem e Cidades, II Volume, Lisboa, Circulo de Leitores, pp Fernandes, J. R. (2007), As actividades comerciais e a valorização das áreas centrais, Inforgeo, Recuperado em 28 demarço de 2012 de Porfírio Guimarães, P. et al. (2011). Os comerciantes como actores da resiliência das áreas comerciais. In Barata-Salgueiro & Cachinho (Ed.), Retail Planning for the Resilient City (pp ). Lisboa: CEG Warnaby, G (2009), Look up! Retailing, historic architecture and city centre distinctiveness, Cities 26 (2009) Recuperado em 18 de Dezembro de 2011, de 13 de 14

14 9 - SÍTIOS visto em 01/5/ visto em 01/5/ de 14

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