SUMÁRIO 1. DESENHO ARQUITETÔNICO NORMALIZAÇÃO ELEMENTOS DO DESENHO...
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- Martín Fartaria Alcântara
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3 SUMÁRIO 1. DESENHO ARQUITETÔNICO NORMALIZAÇÃO ELEMENTOS DO DESENHO LINHAS CONVENÇÕES HACHURAS FOLHAS LEGENDAS MATERIAIS DE DESENHO O DESENHO EM CADA UMA DAS ETAPAS DE UM PROJETO PROJETO ARQUITETÔNICO: REPRESENTAÇÃO E NOMENCLATURA PLANTA PLANTA DO PAVIMENTO PLANTA DE LOCAÇÂO ELEVAÇÃO / FACHADA CORTES PLANTA DE SITUAÇÃO COBERTURA TITULO PERSPECTIVA ESTATÍSTICA DO PROJETO ESPECIFICAÇÕES DE MEDIDAS ESCALAS NUMÉRICAS E GRÁFICAS COMPONENTES E ESPECIFICAÇÕES SÍMBOLOS GRÁFICOS COBERTURAS CIRCULAÇÃO VERTICAL ESCADAS RAMPAS ELEVADORES ROTEIRO PARA O DESENVOLVIMENTO DE UM PROJETO REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
4 1 DESENHO ARQUITETÔNICO HISTÓRIA
5 O desenho arquitetônico é rigorosamente uma especialização do desenho técnico normatizado voltada à execução e a representação de projetos de Arquitetura. Em uma perspectiva mais ampla, porém, o desenho de arquitetura poderia ser encarado como todo o conjunto de registros gráficos produzidos por arquitetos ou outros profissionais durante ou não o processo de projeto arquitetônico. O desenho de arquitetura, portanto, manifesta-se como um código para uma linguagem, estabelecida entre o emissor (o desenhista ou projetista) e o receptor (o leitor do projeto). Dessa forma, seu entendimento envolve um certo nível de treinamento. Por este motivo, este tipo de desenho costuma ser uma disciplina importante nos primeiros períodos das faculdades de arquitetura. Também costuma se constituir em uma profissão própria, sendo os desenhistas técnicos comuns nos escritórios de projeto. Imagem de uma prancheta de desenho, método de trabalho tornado obsoleto após a criação do CAD. Detalhe de um projeto produzido no século XIX O desenho começou a ser usado como meio preferencial de representação do projeto arquitetônico a partir do Renascimento. Apesar disso, ainda não havia conhecimentos sistematizados de geometria descritiva, o que tornava o processo mais livre e sem nenhuma Com a Revolução Industrial, normatização. os projetos das máquinas passaram a demandar maior rigor e precisão e consequentemente os diversos projetistas necessitavam agora de um meio comum para se comunicar e com tal eficiência que evitasse erros grosseiros de execução de seus produtos. Desta forma, instituíram-se a partir do século XIX as primeiras normas técnicas de representação gráfica de projetos, as quais incorporavam os estudos feitos durante o período de desenvolvimento da geometria descritiva, no século anterior.
6 Por este motivo, o desenho técnico (e, portanto, o desenho de arquitetura) era naquele momento considerado um recurso tecnológico imprescinível ao desenvolvimento econômico e industrial. A normatização hoje está mais avançada e completa, embora o desenho arquitetônico tenha passado a ser executado predominantemente em ambiente CAD (ou seja, de forma eletrônica). Por outro lado, para grande parte dos profissionais, o desenho à mão ainda é a génese e o principal meio para a elaboração de um projeto.
7 2 NORMALIZAÇÃO
8 A representação gráfica do desenho em si corresponde a uma norma internacional (sob a supervisão da ISO). Porém, geralmente, cada país costuma possuir suas próprias versões das normas, adaptadas por diversos motivos. No Brasil, as normas são editadas pela ABNT, sendo a: NBR Representação de projetos de arquitetura - a principal para o desenho arquitetonico. A Norma Brasileira de Desenho Técnico é a NB 8 R, que trata de assuntos que serão estudados adiante como : Legendas, convenções de traços, sistema de representação, cotas, escalas.
9 3 ELEMENTOS DO DESENHO
10 Para que a (futura) realidade do projeto seja bem representada, faz-se uso dos diversos instrumentos disponíveis no desenho tradicional, na geometria euclidiana e na geometria descritiva. Basicamente, o desenho arquitetônico manifesta-se principalmente através de linhas e superfícies preenchidas (hachuras). Costuma-se diferenciar no desenho duas entidades: uma é o próprio desenho (o objeto representado, um edifício, por exemplo) e o outro é o conjunto de símbolos, signos, cotas e textos que o complementam. As principais categorias do desenho de arquitetura são: as plantas, os cortes e seções e as elevações (ou alçados, eventualmente chamadas também como fachadas). 3.1.LINHAS As linhas de um desenho normatizado devem ser regulares, legíveis (visíveis) e devem possuir constraste umas com as outras. I. ESPESSURA Linha grossa Linha média (metade da anterior) Linha fina (metade da anterior) II.TIPOS DE LINHA A-Linhas auxiliares (finas: cota, ladrilhos, etc.) B- Linhas gerais (média) C- Linhas principais (grossa) D- Partes invisíveis E- Eixos de simetria F- Seções ou cortes G- Interrupções
11 Pesos e categorias de linhas Normalmente ocorre uma hierarquização das linhas, obtida através do diâmetro da pena (ou do grafite) utilizados para executá-la. Tradicionalmente usam-se quatro pesos de pena: Linhas complementares - Pena 0,1. Usada basicamente para registrar elementos complementares do desenho, como linhas de cota, setas, linhas indicativas, linhas de projeção, etc. Linha fina - Pena 0,2 (ou 0,3). Usada para representar os elementos em vista. Linha média - Pena 0.4 (ou 0,5). Usada para representar os elementos que se encontram imediatamente a frente da linha de corte. Linha grossa - Pena 0.6 (ou 0,7). Usada para representar elementos especiais, como as linhas indicativas de corte (eventualmente é usada para representar também elementos em corte, como a pena anterior) CONVENÇÕES Caracterização no projeto, das partes a conservar, a demolir e a construir: na representação de uma reforma é indispensável diferenciar muito bem o que existe e o que será demolido ou acrescentado. Estas indicações podem ser feitas usando as seguintes convenções:
12 obs. Essa pintura deve ser feita, na cópia heliográfica, contínua e em tom suave; ou diretamente no desenho feito com o AUTOCAD HACHURAS Concreto Madeira Os elementos que em um desenho projetivo estão sendo cortados aparecem com um peso maior no desenho. Além da linha mais grossa, esses elementos Terra costumam estar Concreto aparente preenchidos por uma determinada hachura. Cada material é representado por uma hachura diversa. 3.4.FOLHAS Normalmemente, as folhas mais usadas para o desenho técnico são do tipo sulfite. Anteriormente à popularização do CAD, normalmente desenvolvia-se os desenhos em papel manteiga (desenhados à grafite) e eles eram arte-finalizados em papel vegetal (desenhados à nanquim). Tamanho das folhas Tamanhos de folhas (mm) A A4 210 X A3 297 X 420 A0 A A2 420 X 594 A 3 A1 594 X A 4 A 4 A0 841 X 1189
13 As folhas devem seguir os mesmos padrões do desenho técnico. No Brasil, a ABNT adota o padrão ISO: usa-se um módulo de 1 m² (um metro quadrado) cujas dimensões seguem uma proporção equivalente a raiz quadrada de 2 (841 x 1189 mm). Esta é a chamada folha A0 (a-zero). A partir desta, obtém-se múltiplos e submúltiplos (a folha A1 corresponde à metade da A0, assim como a 2ª0 corresponde ao dobro daquela. A maioria dos escritórios utiliza predominantemente os formatos A1 e A0, devido à escala dos desenhos e à quantidade de informação. Os formatos menores em geral são destinados a desenhos ilustrativos, catálogos, etc. Apesar da normatização incentivas o uso das folhas padronizadas, é muito comum que os desenhistas considerem que o módulo básico seja a folha A4 ao invés da A0. Isto costuma se dever ao fato de que qualquer folha obtida a partir desde móculo pode ser dobrada e encaixada em uma pasta neste tamanho, normalmente exigida pelos órgãos públicos de aprovação de projetos LEGENDAS A legenda ou identificação na gíria profissional chama-se Carimbo, que tem a finalidade de uniformizar as informações que devem acompanhar os desenhos. Os tamanhos e formatos dos carimbos obedecem à tabela dos formatos A. Recomenda-se que o carimbo seja usado junto à margem, no canto inferior direito. Esta colocação é necessária para que haja boa visibilidade quando os desenhos são arquivados. O carimbo deve possuir as seguintes informações principais, ficando, no entanto, a critério do escritório, o acréscimo ou a supressão de outros dados: a- Nome do escritório, Companhia etc. ; b- Título do projeto ; c- Nome do arquiteto ou engenheiro ; d- Nome do desenhista e data ; e- Escalas ; f- Número de folhas e número da folha ; g- Assinatura do responsável técnico pelo projeto e execução da obra ; h- Nome e assinatura do cliente ;
14 i- Local para nomenclatura necessária ao arquivamento do desenho; j- Conteúdo da prancha
15 4 MATERIAIS DE DESENHO
16 Com a ampla difusão do desenho auxiliado pelo computador, a lista de materiais que tradicionalmente se usava para executar desenhos de arquitetura tem se tornado cada dia mais obsoleta. Alguns desses materiais, no entanto, ainda são eventualmente usados para checar algum problema com os desenhos impressos, ou no processo de treinamento de futuros desenhistas técnicos. A execução de desenhos de arquitetura no computador em geral exige a operação programas gráficos do tipo CAD que normalmente demandam equipamentos potentes em termos de capacidade de processamento, memória e hardware em geral. Hoje, o principal programa para lidar com estes tipos de desenho é o AutoCad, um software produzido pela empresa americana Autodesk. Seu formato de arquivos, o.dwg, é considerado o padrão de facto no mercado da construção civil para troca de informações de projeto. Existem diversos softwares de CAD para arquitetura. Além de programas CAD destinados ao desenho técnico de uma forma geral, como o AutoCAD e o Microstation, também existem softwares designados especificamente para o trabalho de projeto arquitetônico, como o ArchiCAD, o Autodesk Architectural Desktop, entre outros.
17 CAD Desenho gerado em um programa do tipo CAD Desenho à mão A seguinte lista apresenta os materiais mais tradicionais no que concerne o desenho instrumentado à mão. Ressalta-se, porém, que muitos destes materiais estão se tornando raros nos escritórios de arquitetura, dada a sua informatização. Prancheta de desenho. Uma mesa, normalmente inclinável, na qual seja possível manter pranchas de desenho em formatos grandes (como o A0) e onde se possam instalar reguas T ou paralelas. Regua T ou Regua paralela. Instrumentos para traçado de retas parelelas e perpendiculares, a serem usadas juntamente de um par de esquadros. Par de esquadros. Elementos para auxiliar o traçado de retas em ângulos pré-desenhados, como 30º, 45º, 60º e 90º.
18 Escalímetro. Um tipo especial de regua, normalmente com seção triangular, com a qual podem ser medidas diversas escalas diferentes. Lapiseiras ou lápis. Adequados às espessuras desejadas. canetas nanquim. Para execução do desenho final. Mata-gato. Instrumento que auxilia o uso da borracha em locais determinados do desenho. Borracha. Podendo ser a comum ou a elétrica. Conjunto de normógrafo e reguas caligráficas. Auxiliam a escrita de blocos de texto padronizados e com caligrafia técnica. Lâmina e borracha de areia. Permitem a correção de desenhos errados efetuados à nanquim. Gabaritos. Pequenas placas plásticas que possuem elementos prédesenhados vazados e auxiliam seu traçado, como instalações sanitárias, circunferências, etc. Curva francesa. Um tipo especial de gabarito composto apenas por curvas. Curvas francesas em Exemplos Um par de esquadros tamanhos diversos gabaritos de Gabaritos caligráficos Diversos materiais de traçado Exemplo de um compasso
19 5 O DESENHO EM CADA UMA DAS ETAPAS DE UM PROJETO
20 Normalmente a complexidade e quantidade de informações de um desenho variam de acordo com a etapa do projeto. Apesar de existirem etapas intermediárias de projeto, as apresentadas a seguir normalmente são as mais comuns, pelas quais passam praticamente todos os grandes projetos.. Estudo Preliminar Cabe ao cliente dizer os objetivos que pretende atingir com sua construção, fornecer um programa ou lista de necessidades, fixar o tempo que gastará para construir e o custo máximo para a obra. No diálogo cliente - engenheiro vão surgindo problemas e soluções. Ao mesmo tempo o engenheiro estará fazendo suas pesquisas e anotações de modo a orientar suas primeiras idéias (croquis). A partir da localização do terreno (lote, quadra e bairro), faz-se a consulta prévia na prefeitura, que é um documento obrigatório para aprovação de projetos. Este documento fornece os parâmetros mínimos recomendados pela prefeitura, como: recuos, altura máxima da edificação, taxa de ocupação, coeficiente de aproveitamento... Logo depois o projeto vai tomando forma em esboços. O estudo preliminar, que envolve a análise das várias condicionantes do projeto, normalmente materializa-se em uma série de croquis e esboços que não precisam necessariamente seguir as regras tradicionais do desenho arquitetônico. É um desenho mais livre, constituído por um traço sem a rigidez dos desenhos típicos das etapas posteriores..anteprojeto. Do esboço passado a limpo surge o anteprojeto. Nesta etapa, com as várias características do projeto já definidas, (implantação, estrutura, elementos construtivos, organização funcional, partido, etc), o desenho já abrange um nível maior de rigor e detalhamento. No entanto, não costuma ser necessário informar uma quantidade muito grande, nem muito trabalhada, de detalhes da construção. Em um projeto residencial, por exemplo, costuma-se trabalhar nas escalas 1:100 ou 1:200.Nesta etapa ainda são anexadas perspectivas internas e externas feitas à mão ou produzidas em ambiente gráfico-computacional, em cores ou preto e branco, com localização de mobílias, para permitir melhor compreensão do projeto.
21 .Projeto legal. Discutido o anteprojeto junto com o cliente, e feito as modificações necessárias, partese para o desenho definitivo o projeto, que corresponde ao conjunto de desenhos que é encaminhado aos órgãos públicos de fiscalização de edifícios. Por este motivo, possui algumas regras próprias de apresentação, variando de cidade em cidade. Costuma-se trabalhar nas mesmas escalas do anteprojeto..projeto executivo. Esta etapa corresponde à confecção dos desenhos que são encaminhados à obra, sendo, portanto, a mais trabalhada. Devem ser desenhados todos os detalhes do edifício, com um nível de complexidade adequado à realização da construção. O projeto básico costuma ser trabalhado em escalas como 1:50 ou 1:100, assim como seu detalhamento é elaborado em escalas como 1:20, 1:10, 1:5 e eventualmente, 1:1. O projeto completo deve ser acompanhado de detalhes construtivos (portas, janelas, balcões, armários, e outros) e de especificações de materiais ( piso, parede, forros, peças sanitárias, coberturas, ferragens,etc. ). Com estes dados preparam-se o orçamento de materiais, e os projetos complementares como: projetos estrutural, elétrico, telefônico, hidro-sanitário, prevenção contra incêndio e outros. Todos estes projetos, chamados de originais, chegam à construção sob forma de cópias, em geral feitas em papel heliográfico ou sulfite (AUTOCAD). O papel heliográfico (tipo azul ou preto) é o resultado da ação química do amoníaco em presença da luz ou vice-versa.
22 6 PROJETO ARQUITETÔNICO: REPRESENTAÇÃO E NOMENCLATURA
23 O PROJETO ARQUITETÔNICO é a solução de um problema de edificação, equacionando com arte e técnica, os elementos fixos e variáveis existentes, visando a obtenção do objetivo desejado, determinado por um programa estabelecido. Elementos fixos: terrenos / programa / verba / exigências institucionais. Elementos variáveis: programa / partido arquitetônico / funcionabilidade / estética / volumetria. De acordo com a LEI COMPLEMENTAR Nº 84 DE 06 DE JULHO DE 1993, toda construção, reforma, ampliação de edifícios, bem como demolição parcial ou total, efetuados por particulares ou entidade pública, a qualquer título, é regulada pela presente lei complementar, obedecidas, no que couberem, as disposições federais e estaduais relativas à matéria e as normas vigentes da ABNT. Um projeto arquitetônico completo é composto por 6.1 PLANTA É o desenho do objeto visto na sua projeção sobre o plano horizontal PLANTA DO PAVIMENTO é o corte horizontal feito acima do piso, a distância variável, a fim de mostrar no desenho, todos os componentes do pavimento, como paredes, vãos de portas e janelas, equipamentos fixos e móveis (opcionais), de modo a dar uma perfeita compreensão das divisões, circulação, iluminação e ventilação do pavimento, na escala
24 adequada, devidamente cotada, com as dimensões dos ambientes, sua destinação e área, além da indicação dos níveis dos pisos. Para representação da planta devemos observar os seguintes itens: a). Representação das paredes ( altas com traço grosso contínuo, e paredes baixas com traço médio continuo com a altura correspondente ) ; b). Colocar todas as cotas necessárias a cada pavimento, telhado, dependências a construir, modificar ou sofrer acréscimo. As cotas constantes dos projetos deverão ser escritas em caracteres claros e facilmente legíveis. Essas medidas prevalecerão no caso de divergência com as medidas tomadas no desenho; c). Indicar os destinos e as áreas correspondentes de cada compartimento em m2; d). Colocar o tipo de piso de cada compartimento ; e). Indicar as portas e janelas com suas medidas correspondentes ( base x altura X peitoril) de acordo com a simbologia adotada ; f). Representar piso cerâmico ou similar com quadrículas ( linha fina ) ; g). Indicar desníveis se houver ; h). Representar todas as peças sanitárias, tanque, pia de cozinha (obrigatório ); i). Com linha pontilhada, indicar o beiral ( linha invisível ); j). Indicar a posição de todas as divisas do lote; l). Indicar onde passam os cortes longitudinal e transversal ( traço e ponto com linha grossa ) e o sentido de observação, colocando letras ou números que correspondem aos cortes. Para o exercício seguinte, utilize as seguintes medidas: Muro e paredes internas = 0.15m Paredes externas = 0,20m Muro alinhamento = 0,30 m Jl = 2,00 x 1,20 X 0,90 m J2 = 1,50 X 1,20 X 0,90 m J3 = 0,60 X 0,60 X 1,50 m J4=1,60 X 1,00m X1,10 m
25 5.00 Rampa Sobe muro h=1.60m 20,00 muro h=1.60m 20,00 muro h=1.60m proj. da cobertura J P a.serv. J3 4.48m 2 cozinha m J3 banho. A A 4.48m 2 P J3 P3 P P2 dormitório 12.05m 2 sala 16.52m 2 P1 abrigo J1 Jj2j2J muro h=1.60m calçada Portão de correr Alinhamento principal Planta Baixa m escala
26 6.3 - PLANTA DE LOCAÇÂO Indica a posição da construção dentro do terreno. Pode-se fazer um desenho único com a locação e a planta de cobertura. A planta de locação não se limita a casa ou construção. Para locar uma obra é necessário representar o local exato que ocupará no lote. Para isso necessita - se da obtenção de todos os dados que caracterizam o terreno, na prefeitura, suas dimensões, recuos de todos os elementos salientes, reentrantes, áreas e poços, além de todo elemento existente no passeio fronteiriço; Ela deve mostrar os muros, portões, postes, árvores existentes ou a plantar, a calçada ou passeio e, se necessário às construções vizinhas. a- Representa-se a projeção da obra sem contar com os beirais, do muro até a parede, Não seria correto indicar o afastamento entre o muro e a extremidade da cobertura; b- Representar todas as cotas necessárias. c- É necessário a representação da calçada ( tipo de material ) ; O nome da rua que passa na frente da obra ; Indicação do norte magnético ; locação de fossas, caixas de gordura, caixas de inspeção, ou saída para o esgoto publico, localização da entrada de energia elétrica e água; Cotas de nível (meio fio, calçada, obra...); Indicação da localização do lixo. As escalas indicadas para a planta de locação são as 1:100 ou 1:200.
27 Recuo de frente DIVISA LATERAL ESQUERDA Recuo do fundo DIVISA LATERAL DIREITA DIVISA DE FUNDO Recuo lateral esquerdo Recuo lateral direito PROJEÇÃO DA EDIFICAÇÃO FRENTE DO LOTE calçada ou passeio alinhamento meio fio ou guia RUA 6.4- ELEVAÇÃO / FACHADA É o desenho do objeto visto na sua projeção sobre um plano vertical. Um objeto pode ficar claramente representado por uma só vista ou projeção (ex. lâmpada incandescente). Outros ficarão bem mais representados por meio de 3 projeções ou vistas. Haverá casas ou objetos que somente serão definidos com o uso de maior numero de vistas. Num lote de meio de quadra é obrigatória a representação de pelo menos uma fachada. No caso de lote de esquina é obrigatória a representação de pelo menos duas fachadas com a respectiva indicação dos materiais a serem utilizados.
28 Obs.: as projeções ortogonais da Geometria Descritiva são usadas no desenho arquitetônico apenas mudando os termos técnicos. Para a representação da fachada é necessário observar : a. A fachada não deve constar cotas como no corte, somente em alguns casos excepcionais; b. Indicar através de setas o tipo de material a ser empregado no revestimento, pintura... c. Desenhar as paredes mais próximas ao observador com traço grosso contínuo; d. Desenhar as paredes ou partes mais distantes ao observador com traço médio e fino; e. Ao contrário do corte, na fachada é representada detalhes das portas e janelas com traço fino. Damos a seguir, a disposição das quatro fachadas de uma construção, relacionando-as com a planta. Notar a aplicação da convenção para os traços nas fachadas. As partes mais próximas do observador são desenhadas com traço grosso. Reduzir a espessura dos traços na medida em que eles estão mais distantes
29 FACHADA LATERAL ESQUERDA FACHADA LADERAL DIREITA a. cozinha serviço banho dormitório living abrigo para auto FACHADA PRINCIPAL 6.5- CORTES São obtidos por planos verticais que interceptam as paredes, janelas, portas e lajes, com a finalidade de permitir esclarecimentos que venham facilitar a execução da obra. As linhas indicando onde devem ser feitos os cortes são traçadas SEMPRE nas plantas do projeto.
30 Se desenharmos a vista do edifício secionado em um plano vertical, teremos um desenho demonstrativo das diferentes alturas de peitoris, janelas, portas, vergas e das espessuras das lajes do piso, do forro, dos detalhes de cobertura e dos alicerces. O corte vertical corta a edificação desde a sua fundação até a sua cobertura, como mostra a figura: Quase sempre uma única seção não é suficiente para demonstrar todos os detalhes do interior de um edifício, sendo necessários, no mínimo dois cortes. Por esse motivo, sempre que se apresenta um projeto, representamos duas seções: LONGITUDINAL E TRANSVERSAL. Deve-se sempre passar um dos cortes por um dos compartimentos ladrilhados, cujas paredes sejam revestidas por azulejos. Indicamos as seções nas plantas por traços grossos interrompidos por pontos e terminados por setas que indicam a situação do
31 observador em relação ao plano da seção. Assinalamos os cortes por letras maiúsculas. As paredes secionadas devem ser representadas tal como aparecem nas plantas. VISTA EM CORTE PERSPECTIVADO DA RESIDÊNCIA (sem escala) CO RTE AA A.S ER VIÇ O CO ZI NH A Para a representação do corte é necessário observar os seguintes itens : a. Representação das paredes em que o plano vertical está cortando com traço grosso ; b. Representação das paredes em que o plano vertical não corta, com traço fino; c. Representação de portas e janelas conforme a simbologia adotada, com as devidas medidas ( altura ); d. Indicação somente das cotas verticais, indicando alturas de peitoris, janelas, portas, pé direito, forro... e. Representação da cobertura (esquemática ); f. Representação e indicação do forro. Se for laje a espessura é de 10 cm; g. Representação esquemática da fundação com o lastro de 10 cm; h. Indicação de desníveis se houver ( verificar simbologia ); i. Indicar revestimento ( azulejos ) com a altura correspondente; j. Indicar os compartimentos que o plano vertical está cortando ( geralmente indicase um pouco acima do piso ); k. Indicar o desvio do corte, quando houver,através de traço e ponto com linha média; l. Indicar o beiral, platibandas, marquises, rufos e calhas se houver necessidade; m. Indicar o tipo de telha e a inclinação correspondente
32 6.6 - PLANTA DE SITUAÇÃO É a representação do lote dentro da quadra. a- É necessário indicar e numerar todos os lotes da quadra, ressaltando-se o lote em questão, assim como o seu numero e o numero da quadra. b- Colocar os nomes de todas as ruas que circundam a quadra, c- Indicar também o norte magnético. obs. É cotado somente o lote em questão COBERTURA A planta de cobertura é uma vista superior da obra necessitando assim a representação de todos os detalhes relativos à coberta, como: a - tipo de telha; b - inclinação correspondente ao tipo de telha, c - se houver, indicar beiral, platibanda, rufos, marquises... d - Determinar as cotas parciais e totais da edificação. 6.8.TITULO O título do projeto geralmente é a finalidade da obra, ou seja, se a construção é para fins residenciais, comerciais, assistências, religiosos..., seguido da localização da obra (lote / quadra / bairro / cidade /estado). Ex.: Projeto destinado a construção de uma residência em alvenaria, situado sobre o lote X, quadra Y, bairro W, Cidade/Estado PERSPECTIVA
33 É o desenho do objeto visto bi-dimensionalmente, isto é, em projeções sobre dois planos verticais ortogonais. No mínimo representa-se 2 cortes, passando principalmente onde proporcione maiores detalhes ao executor da obra ou dos projetos complementares ESTATÍSTICA DO PROJETO Segundo a LEI COMPLEMENTAR Nº 387 DE 13 DE ABRIL DE a ocupação do solo fica condicionada a índices urbanísticos definidos a partir do estabelecimento de: I. lote mínimo (Área do lote em m2) para efeito de parcelamento;a metragem quadrada do terreno, constante do título de propriedade, deve ser verificada com levantamento topográfico que mostrará a geometria do lote. II. Taxa de ocupação máxima do lote, representada pelo percentual da área do lote que pode receber edificação ( área da construção térrea : área do lote ) x 100 % III. coeficiente de aproveitamento máximo do lote representado pelo número de vezes que sua área pode ser reproduzida em área construída (área da construção total : área do lote) IV. recuos mínimos que a edificação deve obedecer em relação aos limites do lote e entre edificações no mesmo lote. Obs.: Caso haja construções existentes, indicar também a área correspondente com o respectivo número do protocolo de aprovação. Além de constar estes índices, a legenda deve informar também: - Área da construção (térreo, superiores..., todos em separado) em m2; - Área total da construção em m2 Orientações para o projeto: PÉ-DIREITO: é a altura livre entre o piso e o teto de um compartimento. ALINHAMENTO: é a linha projetada, marcada ou indicada pela Prefeitura Municipal, para fixar o limite do lote do terreno em relação ao logradouro público.
34 RECUO: é a distância da construção a divisa considerada (recuo de frente, recuo de fundo e recuos laterais direito e esquerdo ou como costuma ser denominado afastamento lateral direito ou esquerdo ). NIVEL: o sinal gráfico da indicação de nível pode ser: um círculo dividido em quatro setores iguais (quadrantes), com cheios e vazios alternados, comumente usado em plantas um triângulo com um vértice apontando a indicação do nível de referência escolhido, comumente usado em cortes.
35 7 ESPECIFICAÇÕES DE MEDIDAS
36 COTAS: Representam sempre dimensões reais do objeto e não dependem, portanto, da escala em que o desenho está executado. São os números que correspondem às medidas. Obs. As cotas devem ser escritas na posição horizontal, de modo que sejam lidas com o desenho em posição normal, colocando-se o leitor do lado direito da prancha. Para localizar exatamente uma cota e indicar qual a parte ou elemento do objeto a que ela se refere é necessário recorrer a dois tipos de linhas que são: a) linhas de chamada (ou de extensão ou, ainda linha de referencia) b) linhas de cota (ou de medida). As setas podem ser substituídas por: PRINCÍPIOS GERAIS: 1. Tanto as linhas de chamada como as linhas de cota se desenham com traço contínuo fino. As linhas de chamada devem, em princípio, ser perpendiculares ao elemento a cotar, mas em casos excepcionais, pode haver conveniências em que sejam desenhadas obliquamente, preferindo-se nesses casos inclinações de 60 ou 75 ; 2. As linhas de cota não devem ser escritas muito próximas das linhas de contorno, dependendo a distancia a que se colocam as dimensões do desenho e do tamanho do algarismo das cotas. 3. Os ângulos serão medidos em graus, exceto em coberturas e rampas que se indicam em porcentagem (%). 4. As linhas de cota paralelas devem ser espaçadas igualmente. 5. Colocar as linhas de referencia de preferência fora da figura.
37 6. Evitar repetições de cota. 7. Todas as cotas necessárias serão indicadas. 8. Não traçar linha de cota como continuação de linha da figura. 9. As cotas prevalecem sobre as medidas calculadas no desenho. 10. As cotas de um desenho devem ser expressas na mesma unidade. 11. A altura dos algarismos é uniforme dentro do mesmo desenho. Em geral usa-se 2.5 a 3mm. 12. No caso de divergência entre cotas de desenhos diferentes, prevalece a cota do desenho feito na escala maior. 13. As linhas de cota são desenhadas paralelas à direção de medida.
38 8 ESCALAS NUMÉRICAS E GRÁFICAS
39 ESCALA: é a relação entre cada medida do desenho e a sua dimensão real no objeto. A escala é uma razão: Medida do desenho Medida real correspondente A necessidade do emprego de uma escala na representação gráfica, surgiu da impossibilidade de representarmos, em muitos casos, em verdadeira grandeza; certos objetos cujas dimensões não permitem o uso dos tamanhos de papel recomendados pelas Normas Técnicas. Nesses casos empregamos escalas de redução; quando necessitamos obter representações gráficas maiores que os objetos utilizamos escalas de ampliação. No desenho de arquitetura geralmente só se usam escalas de redução, a não ser em detalhes, onde aparece algumas vezes a escala real. A escolha de uma escala deve ter em vista: 1. O tamanho do objeto a representar 2. As dimensões do papel 3. A clareza do desenho As escalas devem ser lidas 1:50 (um por cinqüenta), 1:10 (um por dez), 1:25 (um por vinte e cinco), 10:1 (dez por um), etc. ESCALA GRÁFICA: é a representação da escala numérica. A escala gráfica correspondente a 1:50 é representada por segmentos iguais a 2 cm, pois 1 metro dividido por 50 é igual a 0,02 m. Escalas utilizadas para desenhos arquitetônicos: 1:200 ou 1:100 = rascunhos / estudos (papel manteiga) 1:100 = anteprojeto plantas, fachadas, cortes perspectivas 1:100 = projeto legal - plantas, fachadas, cortes, perspectivas 1:50 = projeto executivo (desenhos bem cotados), fundações, estrutura, instalações, etc 1:10, 1:20 e 1:25 = detalhes 1:200/ 1:500 = planta de Localização 1:1000 e 1:2000 = planta de Situação obs: A escala não dispensará a indicação de cotas.
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